
Flu vence nos pênaltis e está na final
Em uma semifinal emocionante, o Fluminense se classificou para a final da Taça Rio ao vencer o Vasco nos pênaltis, neste sábado, no Maracanã. No tempo normal, empate de 1 a 1. Jean abriu o placar e o zagueiro Thiago Silva empatou. Agora, o Tricolor espera o vencedor de Botafogo e Flamengo, neste domingo, para conhecer o adversário na decisão.
O garoto Pablo, de 19 anos, que estreava nos profissionais do Vasco, foi o vilão da partida ao perder o último pênalti cruzmaltino.
Edmundo, que seria um dos cobradores, foi substituído pelo técnico Antônio Lopes aos 41 minutos do segundo tempo. Foi a quarta eliminação vascaína nos pênaltis desde 2005 no Campeonato Carioca. A segunda para o Fluminense.
Muitas chances, nenhum gol
Antes da partida, o trio de arbitragem chamou todos os jogadores no meio de campo em uma cena curiosa. Gutemberg de Paula Fonseca avisou que não iria tolerar comemorações de gol provocativas à torcida adversária. A partida começou atrasada porque o Fluminense só entrou em campo às 18h31m. Logo no primeiro minuto o Fluminense deu o cartão de visita. Conca passou por Jonilson em um drible de corpo e foi até a linha de fundo pela esquerda. O meia cruzou e Jorge Luiz cortou antes da conclusão de Washington, que estava pronto para marcar o gol. Aos seis minutos, um lance incrível. Cícero recebeu livre pelo meio e arrancou. O meia chutou da entrada da área e Tiago defendeu. Na sobra, Conca completou de primeira. O goleiro, ainda no chão, conseguiu espalmar e evitar o gol. Milagre do camisa 1 vascaíno no Maracanã (assista ao vídeo acima).
O Fluminense levava muito perigo com Junior Cesar pela esquerda. Por duas vezes, ele levou a melhor em cima de Wagner Diniz. Mas a defesa vascaína conseguiu cortar o cruzamento antes da conclusão tricolor. Pouco depois, Washington caiu na área e reclamou muito com o árbitro alegando que foi puxado. O atacante recebeu o cartão amarelo.
O Vasco só foi assustar aos 13 minutos com Leandro Bomfim. Ele fez uma grande jogada e chutou da entrada da área. Mas a bola desfiou na zaga e foi para escanteio. Em seguida, Morais cruzou pela direita e Pablo apareceu livre na segunda trave para concluir de primeira. Mas a bola subiu muito e foi por cima do travessão.
O jogo era disputado com muita velocidade. Cícero jogava como segundo volante e Conca e Thiago Neves tinham mais liberdade e ficavam mais próximos do ataque. O Fluminense dominava a partida. Thiago Neves colocou a bola entre as pernas de Eduardo e sofreu falta. O vascaíno recebeu amarelo. Na cobrança, Washington cabeceou com muito perigo para fora. Mais um susto para a torcida cruzmaltina.
O Vasco tentava responder com a dupla Morais e Wagner Diniz pela direita. Mas apesar das tabelas serem bem feitas, os cruzamentos não encontravam os atacantes. Aos 31 minutos, Alan Kardec recebeu passe de Edmundo, entrou na área e, mesmo marcado por Thiago Silva, chutou rasteiro para fora. Quatro minutos depois, o Fluminense respondeu. Thiago Neves chutou da entrada da área e a bola foi para fora com muito perigo para o goleiro vascaíno. E o primeiro tempo terminou 0 a 0 apesar das várias chances para as duas equipes.
Jean abre o placar; Thiago Silva empata
O técnico Antônio Lopes mudou o Vasco para o segundo tempo. Jean entrou no lugar de Alan Kardec para dar mais movimentação ao ataque. Aos três minutos, Pablo tocou para Morais, que de calcanhar encontrou Edmundo na área. O Animal mandou a bomba. Fernando Henrique espalmou para escanteio. O Vasco marcava melhor e o Fluminense passou a apostar em cruzamentos para a área em lances de bola parada. Em um deles, Tiago defendeu no susto após a bola passar por todo mundo e ir em direção ao gol.
E na garra que faltou no primeiro tempo, o Vasco abriu o placar. Morais recebeu passe livre pela direita e cruzou. A defesa cortou para cima. Wagner Diniz ganhou pelo alto e a bola foi para Edmundo, que ganhou a dividida e chutou. Fernando Henrique defendeu e, na sobra, Jean completou para o gol! Vasco 1 a 0! Foi o quarto gol de Jean no Campeonato Carioca.
Mas a alegria cruzmaltina durou pouca. Falta na intermediária em cima de Conca. Thiago Neves cruzou para a área, a defesa do Vasco falhou e o zagueiro Thiago Silva teve tempo de dominar e girar para chutar. A bola entrou rasteira no campo direito do goleiro Tiago. Era o empate tricolor: 1 a 1.
O jogo ficou nervoso. Edmundo deu uma entrada dura em Junior Cesar, mas não recebeu nem cartão amarelo. Com o tempo passando, os dois times ficaram receosos. A partida começou a se arrastar. Apenas Thiago Neves, pelo Fluminense, e Morais, pelo Vasco, tentavam algumas arrancadas. O Time da Colina pecava por causa das várias faltas que fazia na intermediária. Isso proporcionava cruzamentos perigosos para a área. A última grande chance foi do Vasco. Morais deu um ótimo passe para Wagner Diniz na área. O lateral soltou a bomba por cima do travessão. Jean queria o cruzamento para a área. Aos 41 minutos, Antônio Lopes surpreendeu a todos ao tirar Edmundo e colocar Alex Teixeira. O Animal seria um dos cobradores oficiais do Vasco na decisão de pênaltis. E o jogo terminou sem o jovem meia cruzmaltino tocar na bola.
Disputa por pênalti
AS COBRANÇAS
VASCO FLUMINENSE
Morais GOL Conca GOL
Tiago GOL Thiago Neves GOL
Souza GOL Washington GOL
Wagner Diniz GOL Cícero GOL
Pablo X Gabriel GOL
A disputa de pênaltis aconteceu à direita das cabines de imprensa, onde fica a torcida do Vasco. Apesar disso, os cruzmaltinos tinham uma superstição e preferiam que o árbitro escolhesse o outro lado. O clube havia perdido as últimas três disputas neste gol do Maracanã.
Morais cobrou o primeiro para o Vasco. O meia bateu bem no canto esquerdo de Fernando Henrique, que não alcançou. Conca teve a missão de empatar com uma pancada no ângulo. O goleiro Tiago fez 2 a 1 para o Vasco com uma linda cobrança no ângulo esquerdo do goleiro tricolor. Thiago Neves deixou tudo igual ao cobrar no meio do gol. Souza foi o terceiro cobrador vascaíno. O jovem vascaíno não sentiu a responsabilidade e deixou o Time da Colina na frente ao bater no canto esquerdo: 3 a 2. Washington empatou novamente com um chute no ângulo direito de Tiago, que foi na bola. Wagner Diniz chutou fraco e rasteiro, mas deslocou o goleiro Fernando Henrique: 4 a 3. Cícero empatou ao bater no canto direito de Tiago.
Pablo, que estreava entre os profissionais, era o último cobrador vascaíno. Ele deslocou o goleiro Fernando Henrique, mas a bola bateu na trave. A classificação estava nos pés de Gabriel. O lateral não decepcionou. E bateu no canto esquerdo de Tiago. Fluminense 5 a 4. E o garoto Pablo, de 19 anos, deixou o gramado chorando e sendo consolado pelos companheiros. E os tricolores foram comemorar com os torcedores.
FLUMINENSE 1(5) x 1(4) VASCO
FLUMINENSE
Fernando Henrique
Gabriel
Thiago Silva
Luiz Alberto
Junior Cesar
Ygor
Arouca
Conca
Thiago Neves
Cícero
Washington
T: Renato Gaúcho
VASCO
Tiago
Vilson
Eduardo
Jorge Luiz
Wagner Diniz
Jonílson
Leandro Bomfim (Souza)
Morais
Pablo
Edmundo (Alex Teixeira)
Alan Kardec (Jean)
T: Antônio Lopes Gols: Jean aos 13 e Thiago Silva aos 17 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Conca, Cícero, Washington (FLU); Vilson, Alan Kardec, Eduardo (VAS)
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Marco Aurélio Pessanha.
Data: 12/04/2008
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro
Público: 46.625 pagantes
Renda: R$ 862.720,50
Ponte Preta X Guaratinguetá
Macaca vence e agora tem vantagem
A Ponte Preta mostrou força em casa o Guaratinguetá na primeira partida da semifinal do Paulistão. Com gol de Eduardo Arroz, no segundo tempo, a Macaca venceu por 1 a 0, neste sábado à noite, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. O resultado faz com que a vantagem agora mude para o lado do time de Sérgio Guedes, que joga por um empate no próximo sábado, em Guatinguetá, para passar à mais uma final de Campeonato Estadual em sua história (assista ao vídeo ao lado com o gol da partida).
SEGUNDO JOGO: GUARATINGUETÁ x PONTE PRETA
Sábado, dia 19/4, às 18h10m - no estádio Dario Rodrigues Leite
Macaca cheia de energia
O primeiro tempo resumiu bem o que as duas equipes tiverem de melhor até o momento. Time de melhor defesa na fase de classificação (14 gols sofridos) o Guará conseguiu segurar o ímpeto da Ponte, que tem o melhor ataque do estadual (ao lado do Palmeiras), com 36 gols marcados.
A Macaca começou a mil por hora. Empolgada com o apoio da torcida, a Macaca apertou o Guaratinguetá desde o primeiro segundo de jogo. Em descidas rápidas de Wanderley, a Ponte chegava com facilidade à área do Guará, sem, no entanto, conseguir finalizar a gol.
Se sobrava energia ao time dentro de campo, faltava no estádio. Aos 6 minutos, uma pane apagou parte do estádio. O jogo ficou interrompido por 17 minutos. No reinício, a Macaca se manteve acesa. Aos 29, quase abriu o placar, com Wanderley. Ele recebeu bom cruzamento de Luís Ricardo e, livre de marcação, cabeceou por cima.
Mas o Guará é um time perigoso e mostrou isso aos 31. A bola foi chutada para a frente, Dinei escorou de cabeça e a bola sobrou para Alessandro, que chutou firme de esquerda e obrigou o goleiro Aranha a espalmar e salvar a Ponte.
O ritmo do jogo era alucinante. No minuto seguinte, Michael exagerou na dose de pedalada, perdeu a bola e deu o contra-ataque para a Macaca. Elias recebeu, invadiu a área e chutou. O goleiro já estava batido, mas Renato salvou o Guará, afastando a bola quando ela já ia entrando.
Após esse lance, o jogo teve o seu ritmo diminuído. A Ponte continuava tomando a iniciativa, mas o Guará armava contra-ataques perigosos, sem, no entanto, chegar a ameaçar Aranha.
Gol salvador dá vantagem à Ponte
O segundo tempo começou igual ao primeiro: com o time da casa tomando a iniciativa e tentando encurralar o adversário. A diferença é que os contra-ataques do Guará, que não deram resultado na primeira parte do jogo, começaram a se encaixar.
Em uma dessas jogadas, logo aos 8 minutos, por muito pouco o time do Vale do Paraíba não abriu o placar: Alessandro arrancou pela direita e cruzou para Dinei. O atacante completou de primeira e Aranha conseguiu fazer a defesa, salvando a Ponte.
Precisando vencer para tirar a vantagem do Guará, a Macaca saiu mais para o jogo. Adiantou sua marcação na tentativa de apertar as saídas de bola do Garça do Vale do Paraíba. Como jogava por dois empates, o caçula do Paulistão procurava segurar a bola, aguardando uma chance para contra-atacar.
A partir dos 20 minutos, o jogo tornou-se nervoso, com divididas duras e poucas jogadas mais inspiradas. A Ponte seguia ocupando melhor os espaços e conseguiu abrir o placar aos 29. Após cobrança de escanteio de Renato, Eduardo Arroz pegou o rebote de canhota e acertou o canto direito. Delírio no Majestoso!
A FICHA DO JOGO
PONTE PRETA 1 x 0 GUARATINGUETÁ
PONTE PRETA
Aranha
Eduardo Arroz
César
Jean
Vicente
Deda
Bilica (Ricardo Conceição)
Elias
Renato
Luís Ricardo
Wanderley (M. Soares/Danilo Neco)
T.: Sérgio Guedes
GUARATINGUETÁ
Fábio
Renato (Jackson)
Thiago Gomes
Toninho
Alex Silva
Alê
Magal
Michael (Nenê)
Jefferson
Alessandro (Bolívia)
Dinei
T.: Guilherme Macuglia Gols: Eduardo Arroz, 29 do segundo tempo
Cartões amarelos: César, Deda, Eduardo Arroz (Ponte Preta), Toninho, Alessandro, Thiago Gomes (Guaratinguetá)
Cartão vermelho:
Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior e Aline Lambert
Data: 12/4/2008
Estádio: Moisés Lucarelli, em Campinas
Público: 11.739 pagantes
Renda: R$ 269.440,00
Itiuitaba X Cruzeiro
Cruzeiro abre 4 a 1 mas permite o empate
O Cruzeiro cometeu muitos erros defensivos e permitiu o empate do Ituiutaba, que fez 4 a 4 depois de estar perdendo por 4 a 1 até os 19 minutos do segundo tempo, na primeira partida da semifinal do Campeonato Mineiro. O time celeste jogará por um empate na partida de volta, no domingo (dia 20), também no Mineirão, para se classificar para a decisão. A outra semifinal, entre Atlético e Tupi, começa a ser disputada neste domingo.
A torcida ficou revoltada com o empate num jogo que parecia liquidado e vaiou muito a equipe após a partida. Os gols cruzeirenses foram feitos por Ramires, Amarildo (contra), Marcelo Moreno e Guilherme, numa pintura. O Ituiutaba marcou com Pachola (duas vezes), Moreno e Rodrigo Hote.
Primeiro tempo tranqüilo para o Cruzeiro
O time de Adílson Batista nem precisou se esforçar muito para fazer 2 a 0 no primeiro tempo. O Ituiutaba começou a partida indo ao ataque, mas sua animação não passou dos primeiros minutos. Aos sete, o time celeste abriu o placar: Wagner fez boa jogada pela direita e cruzou; Henrique escorou a bola de cabeça e Ramires concluiu.
O gol assustou o Ituitaba, que ainda perdeu uma de suas boas opções ofensivas, Felipe, machucado. O Cruzeiro aproveitou a desorganização do adversário e fez o segundo, aos 16 minutos. Jadílson deixou Olívio sentado com um drible e cruzou a bola. O zagueiro Amarildo tentou cortar e marcou contra.

O Cruzeiro passou o resto do primeiro tempo rondando a área, mas sem criar chances de muito perigo. O adversário se mostrava inofensivo, sem passar do meio-campo, e parecia despertar uma certa apatia no Cruzeiro. Assustado com o que via em campo, o técnico do Ituiutaba, Nedo Xavier, tirou o meia Verona para escalar Maurício, deixando o esquema com três zagueiros.
Nos últimos minutos da primeira etapa, o Cruzeiro resolveu pressionar um pouquinho e chegou próximo do terceiro gol. Primeiro, num chute de longe e com efeito de Marquinhos Paraná, que obrigou Daniel a boa defesa. Depois, Charles entrou sozinho na área, pela esquerda, mas chutou para fora.
Jadílson dá presente para o adversário
A vitória tranqüila mascarava alguns defeitos da Raposa, sobretudo na zaga. Eles ficaram claros logo aos dois minutos, quando, na saída de bola, Jadílson arriscou um passe de trivela e entregou a bola para Pachola, que aproveitou o presente e marcou. O gol do Ituiutaba obrigou o Cruzeiro a jogar com vontade.
E o ímpeto ofensivo foi logo transformado em gols. Aos 11 minutos, Marcelo Moreno precisou cobrar pênalti - sofrido por Ramires - três vezes para marcar, pois nas outras duas Daniel se adiantou mais do que qualquer árbitro poderia tolerar. Um minuto depois, Guilherme marcou uma obra-prima. Driblou Welton Felipe e, de fora da área, percebeu o goleiro adiantado, acertando um toque por cobertura.
O Cruzeiro se manteve no ataque, mas sofreu o segundo gol aos 19, em outra falha da defesa. Após troca de passes, Barone cruzou para Moreno concluir. Cada ataque do Ituiutaba se transformava num tormento para a torcida cruzeirense, que foi ao Mineirão em número apenas razoável.
E o time do interior conseguiu chegar ao empate. Aos 34 minutos, Pachola concluiu boa jogada do zagueiro Welton Felipe. No minuto seguinte, Rodrigo Hote acertou um forte chute cruzado, fazendo 4 a 4. O empate fez a torcida perder de vez a paciência e pegar no pé do técnico Adílson Batista e de alguns jogadores, como Charles.
Ficha do jogo
ITUIUTABA 4 x 4 CRUZEIRO
ITUIUTABA
Daniel
Olívio
Amarildo (Rodrigo Hote)
Welton
Barone
Cleiton Arrabal
Kiko
Verona (Maurício)
Diego Mineiro (Felipe)
Pachola
Moreno
T: Nedo Xavier
CRUZEIRO
Fábio
Jonathan (Elicarlos)
Henrique
Espinoza
Jadilson (Thiago Martinelli)
Marquinhos Paraná
Charles
Ramires
Wagner
Guilherme (Apodi)
Marcelo Moreno
T: Adilson Batista Gols: Ramires, aos sete, Amarildo (contra), aos 16 minutos do primeiro tempo; Pachola, aos dois, Marcelo Moreno, aos 11, Guilherme, aos 12, Moreno, aos 19, Pachola, aos 34, Rodrigo Hote, aos 35 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Daniel, Amarildo, Welton Felipe, Kiko, Pachola, Barone e Felipe (Ituiutaba); Henrique, Wagner e Moreno (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Barone (Ituiutaba)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro
Auxiliares: Helbert Costa Andrade e Janette Mara Arcanjo
Público: 17.816 pagantes
Data: 12/04/2008
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)