sábado, 27 de junho de 2009

8 Rodada:Série B

BRAGANTINO 1X2 PORTUGUESA
Fora de casa, Lusa vence o Bragantino e se aproxima do G-4 da Série B

Em Bragança Paulista, a Portuguesa venceu o Bragantino neste sábado, por 2 a 1, e voltou a se aproximar dos primeiros colocados na classificação da Série B. O clube da capital paulista soma agora 14 pontos e fechou a rodada na quinta colocação, com o mesmo número de pontos da Ponte Preta, última equipe do G-4. Já o Bragantino segue com 10 pontos e já poder cair para a zona de degola na próxima rodada, na qual encara o Vasco, no Rio de Janeiro. O Juventude, o mais bem colocado entre os quatro últimos, tem oito pontos.

Mesmo fora de casa, a Lusa se impôs, disposta a se recuperar da derrota na rodada anterior, quando perdeu no Canindé para o Brasiliense. O Bragantino, que vinha de derrota para o Juventude, buscou o gol de maneira desordenada e acabou derrotado.

As duas equipes começaram a partida partindo ao ataque. Mas nenhuma chance clara de gol foi criada antes de a Portuguesa abrir o placar, aos 14 minutos de jogo.

Em uma falha de Thiago Almeida na entrada da área, Anderson Paim roubou a bola dos pés do zagueiro do Bragantino e usou o bico da chuteira do pé esquerdo para finalizar na saída do goleiro Gilvan. Foi o terceiro gol do ala-esquerdo da Lusa, que voltou ao time após se recuperar de entorse no tornozelo esquerdo. Paim se isolou como artilheiro da equipe nesta Série B, com três gols.

O Bragantino tratou de responder rapidamente. Primeiro, Paulinho arriscou de longe e a bola passou perto do gol de Fábio. Um minuto depois, em falta da entrada da área, Diego Macedo mandou a bola no travessão. Pela direita, Léo Jaime arriscou de longe, aos 33, e a bola passou perto do gol.

Os donos da casa tinham dificuldade para entrar na área da Lusa e o chute de longa distância era a única arma do ataque do time da casa. Já a Portuguesa passou a se preocupar mais em se defender e explorar os contra-ataques. O time visitante criou ainda uma boa chance no fim do primeiro tempo, mas o chute de Héverton saiu pela linha de fundo e o primeiro tempo acabou 1 a 0 para a Lusa.

Na segunda etapa, o Bragantino seguiu buscando o ataque sem eficiência e parou diante da defesa da Portuguesa, que não deixava os donos da casa entrarem na área e os obrigava a chutar de longe. A receita do Bragantino continuou ineficiente mesmo com o campo molhado em razão da chuva, que chegou no meio do segundo tempo. Nas poucas vezes em que a bola foi ao gol, Fábio defendeu com tranquilidade.

E para comprovar que tinha os jogos nas mãos, em um contra-ataque, a Portuguesa tratou de ampliar o marcador, após Kempes dar bom passe para Fabrício, que havia entrado na vaga de Fellype Gabriel. O reserva teve calma, driblou o goleiro e marcou seu primeiro gol com a camisa da Lusa.

Apenas quando conseguiu entrar na área rival o Bragantino chegou ao gol. Aos 45, Diego Macedo fez boa jogada pela direita e cruzou para Éverton desviar e marcar. O Bragantino teve quatro minutos para buscar o empate, mas acabou mesmo derrotado por 2 a 1.

Para a próxima rodada, o Bragantino encara o Vasco, no Rio, já na terça-feira. A equipe do técnico Marcelo Veiga deposita suas esperanças na volta de Bill, artilheiro da equipe na Série B, que voltará de lesão.

Já a Lusa receberá no Canindé o Paraná, na sexta-feira. E Paulo Bonamigo poderá com importantes retornos. Os atacantes Edno e Christian estão recuperados, voltaram a treinar na última sexta-feira e devem estar à disposição, assim como o lateral César Prates, que cumpriu suspensão neste sábado.


FIGUEIRENSE 1X1 VASCO
Vasco quebra jejum de gols, mas fica no empate com o Figueirense em Floripa



O Vasco segue o seu calvário de não conseguir vencer nas últimas partidas da temporada 2009 e completou o seu sétimo compromisso sem um triunfo sequer. Neste sábado, o time carioca empatou em 1 a 1 com o Figueirense, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pela oitava rodada da Série B. Carlos Alberto, aos 29 minutos da etapa inicial, acabou com o jejum de mais de sete horas sem balançar a rede, mas não adiantou. Clodoaldo, em um chute errado, deixou o placar igual no segundo tempo.

Com o resultado, o Vasco permaneceu na sexta colocação e fora do G-4, com 13 pontos. O Figueirense está em 10º, com 11 pontos. Na próxima rodada, o time carioca vai pegar o Bragantino, na terça-feira, em São Januário. Os catarinenses vão encarar o Bahia, no sábado, em Salvador.

VEJA A TABELA DE CLASSIFICAÇÃO DA SÉRIE B

Vasco domina etapa inicial e consegue vantagem

Mesmo como visitante, o Vasco não temeu o mando de campo do Figueirense e partiu para o ataque na etapa inicial. Logo com um minuto de jogo, após uma cobrança de escanteio, Carlos Alberto foi puxado na área pelo zagueiro Toninho. Pênalti não marcado pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden. Aos 7, Robinho recebeu belo passe de Alex Teixeira, mas foi travado no momento do chute.



O Figueirense só foi assustar aos dez minutos. Schwenk recebeu na entrada da área e chutou por cima do travessão de Fernando Prass. A partir daí, só deu Vasco. Aos 15, Alex Teixeira tocou para Carlos Alberto dentro da área. Pressionado por um zagueiro, o meia conseguiu chutar para Wilson defender com o ombro (clique no vídeo ao lado e assista aos comentários de Luis Carlos Junior e Alex Escobar).

Dez minutos depois, Léo Lima deu um ótimo passe para Robinho. O atacante entrou na área e chutou de primeira. A bola explodiu no travessão de Wilson. Dois minutos depois, Alex Teixeira foi quem recebeu dentro da área e chutou para outra boa intervenção do camisa 1 do Figueira.

Os catarinenses tiveram uma ótima oportunidade aos 28. Lucas cruzou da direita na cabeça de Rafael Coelho. Completamente sozinho, o atacante cabeceou com força e Fernando Prass evitou o pior para os cariocas. Um minuto depois, o Vasco abriu o placar. Carlos Alberto dominou na entrada da área e arriscou de canhota. A bola entrou à esquerda de Wilson: 1 a 0 Vasco, que não marcava há sete horas e 47 minutos.

Após o gol, o Vasco passou a jogar nos contra-ataques. O Figueira teve mais uma chance de marcar em uma cobrança de falta rápida. Aos 40, Roger rolou para Pedrinho, que chutou. Fernando Prass defendeu com tranquilidade.

Figueira melhora e consegue o empate



O Figueirense voltou completamente diferente para a etapa final. Apenas no bate-papo, o técnico Roberto Fernandes conseguiu acertar a sua equipe. Enquanto os cariocas recuaram, buscando os contra-ataques. Os catarinenses partiram para frente em busca da igualdade no marcador.

Logo com um minuto da etapa final, após cobrança de escanteio, Régis desviou no primeiro pau e a bola quicou na entrada da pequena área. Atento, Titi afastou o perigo com um chutão. Aos 15, Pedrinho aproveitou uma virada de bola pelo lado esquerdo e finalizou para o gol vascaíno. Fernando Prass fez uma bela defesa, evitando o empate do Figueira.

Aos 24 minutos não teve jeito. Rafael Coelho recebeu na entrada da área e chutou para bela defesa de Fernando Prass. Na sobra, Clodoaldo, que acabara de entrar, chutou errado e igualou o marcador. Seis minutos depois, Alex Teixeira quase recolocou os cariocas em vantagem. O jogador fez uma bela jogada pela direita e tentou cruzar. A bola pegou um efeito e quase enganou o goleiro Wilson, que tocou para escanteio.

Após o gol de empate, a partida ficou truncada. Mas duas oportunidades quase coloraram Vasco ou Figueirense em vantagem. Os catarinesnes por pouco não foram premiados aos 40 minutos. Após cobraça de escanteio, Regis acertou um belo chute de canhota e a bola explodiu no travessão do Vasco. Um minuto depois, o gol mais perdido do jogo. Carlos Alberto lançou Alex Teixeira dentro da área. Completamente livre, o meia-atacante chutou em cima do goleiro Wilson.

Ficha técnica:
FIGUEIRENSE 1 x 1 VASCO
FIGUEIRENSE
Wilson, João Filipe, Régis e Toninho; Lucas, Roger, Pedrinho (Jairo), Fernandes (Ale) e Egídio; Schwenck (Cloadoaldo) e Rafael Coelho.
Técnico: Roberto Fernandes.
VASCO
Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vílson, Titi e Ramon; Amaral, Nilton (Souza), Léo Lima (Ernani) e Alex Teixeira; Carlos Alberto e Robinho (Alan Kardec).
Técnico: Dorival Júnior.
Gols: Carlos Alberto, aos 29 minutos do primeiro tempo; Cloadoaldo, aos 24 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Schwenck, Fernandes, João Filipe, Regis (Figueirense); Nilton, Carlos Alberto (Vasco).
Estádio: Orlando Scarpelli. Data: 27/06/2009.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS).
Auxiliares: Marcelo Bertanha Barison (RS) e Paulo Ricardo Silva Conceição (RS).


DUQUE DE CAXIAS 0X0 BAHIA
Bahia e Duque de Caxias empatam sem gols e têm 12 pontos na competição

O Bahia continuou sem vencer fora de casa na Série B. O time comandado por Gallo empatou nesta tarde com o Duque de Caxias, por 0 a 0, em Mesquita. Foi o segundo ponto conquistado em 12 disputados pelos baianos longe da sua torcida. O tricolor não vence há 14 partidas fora de casa. A última vitória foi em agosto do ano passado contra o CRB, por 2 a 1.

Com o empate, as duas equipes permanecem com a mesma campanha na Série B: três vitórias, três empates e duas derrotas.O técnico Gallo, do Bahia, se reunirá neste domingo com a diretoria. Ele pode perder o cargo por causa da campanha irregular da equipe.

A torcida do time baiano compareceu ao estádio Giulite Coutinho, que teve 409 pagantes. O juiz Edivaldo Elias da Silva deu seis cartões amarelos: Joãozinho, Leandro, Nem e Rubens Cardoso, do Bahia; Zé Carlos e Santiago, do Duque de Caxias.

O Bahia enfrenta o Figueirense, em casa, no próximo sábado. Já o Duque de Caxias enfrenta o Brasiliense, fora do Rio, na terça-feira.


ATLÉTICO - GO 2X0 ABC
Atlético-GO bate o ABC e soma a terceira vitória consecutiva na Segunda Divisão

Foi preciso uma bronca do capitão Robston, após o fim do primeiro tempo, para o Atlético-GO acordar e bater o ABC por 2 a 0, neste sábado, no Serra Dourada, pelo fechamento da oitava rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Robston e Elias, ambos no segundo tempo, garantiram a terceira vitória consecutiva do Dragão e a manutenção no G-4, ocupando a terceira posição na classificação. Com o revés, a equipe potiguar cai para 18º, na zona do rebaixamento.

Na próxima rodada, o Atlético-GO encara o São Caetano, sábado, no Anacleto Campanella, enquanto na sexta-feira, o ABC recebe o Ipatinga, no Frasqueirão. As partidas estão marcadas para às 21h (horário de Brasília) respectivamente.


O Atlético-GO iniciou a partida mostrando quem manda no Serra Dourada. No entanto, não conseguiu traduzir a superioridade em gol. O ABC, percebendo que poderia atacar, chegou a ameaçar, mas também não conseguiu colocar a bola na rede.

Quando o árbitro encerrou a primeira etapa, o capitão Robston, do Atlético-GO, desceu para o vestiário reclamando da postura do time. Na volta para o segundo tempo, o técnico Mauro Fernandes trocou a dupla de ataque. Saíram Marcão e Juninho para as entradas de André Leonel e Brazão respectivamente.

Na equipe potiguar, o treinador Arturzinho colocou o centroavante estreante Nonato. No entanto, quem finalmente abriu o placar foi a equipe anfitriã. Brazão desceu pela direita e cruzou rasteiro. A bola sobrou para Robston, que fuzilou para o fundo da rede. Aos 14, Rafael Cruz cruzou para a área e Elias, impedido, ampliou para o Dragão, de cabeça.

No desespero, Arturzinho fez mais duas alterações ofensivas no ABC, enquanto Mauro Fernandes mudou para segurar a vitória. Aos 34, Rafael arriscou de longe e quase diminuiu para a equipe de Natal. A situação se complicou de vez para o ABC, aos 42, quando João Paulo foi expulso.


PARANÁ 0X2 BRASILIENSE
Fora de casa, Brasiliense vence o Paraná e mantém vice-liderança da Série B

O Brasiliense manteve o segundo lugar da Série B do Campeonato Brasileiro. Neste sábado, o Jacaré foi a Curitiba e venceu o Paraná por 2 a 0, no estádio Durival de Britto, em confronto válido pela oitava rodada da competição. O zagueiro Cláudio Luiz e o lateral-esquerdo Edinho foram os artilheiros da partida.

Com o resultado, o time do Distrito Federal chegou ao 18º ponto na Série B, quatro atrás do líder Guarani, que nesta rodada venceu o São Caetano por 1 a 0, em Campinas. O Paraná seguiu com oito e, agora, está na 17ª posição da competição.

Na próxima rodada, o Brasiliense recebe o Duque de Caxias terça-feira, às 21h (horário de Brasília), na Boca do Jacaré. O Paraná vai a São Paulo enfrentar a Portuguesa sexta-feira, às 21h, no Canindé.

Frio de Curitiba não assusta o Jacaré

Jogando em casa, o Paraná começou o jogo no ataque e logo, aos 10 minutos, criou a primeira chance real de gol. João Paulo arriscou chute, de fora da área, e a bola passou perto da trave esquerda do goleiro Guto. Davi recebeu uma bola na cara do camisa 1 do Jacaré, mas perdeu o domínio e a chance de abrir o placar.

O primeiro lance de perigo do Brasiliense aconteceu aos 13. Chimba recebeu passe na área, driblou o goleiro Ney e cruzou para o atacante Fábio Júnior, que não conseguiu pegar bem na bola e chutou para fora.

O frio de Curitiba não assustou o time do Distrito Federal, que com mais posse de bola procurou ameaçar o Tricolor paranaense. Insatisfeitos com o desempenho do Paraná, os torcedores vaiaram o time ainda no primeiro tempo. O técnico da equipe da casa, Zetti, procurou apenas orientar os seus jogadores.

Em uma jogada de bola parada o Jacaré abriu o placar. Aos 39 minutos, Iranildo cobrou falta na entrada da área do Paraná, o zagueiro Cláudio Luiz se antecipou ao goleiro Ney e, de cabeça, fez o primeiro gol do Brasiliense.

O meia João Paulo ainda tentou levar o Paraná para o vestiário com o empate, mas não conseguiu sucesso. O jogador tricolor arriscou um chute, de fora da área, e o goleiro Guto defendeu com firmeza.

Tricolor perde duas chances no início do segundo tempo

O Paraná voltou para o segundo tempo no ataque e, com apenas um minuto, teve duas grandes chances. Malaquias e Freire tiveram, de cabeça, chances de empatar o jogo para o Tricolor. Empolgados, o torcedores passaram a cantar nas arquibancadas do estádio Durival de Britto.

Com mais posse de bola, o Tricolor continuou ameaçando o Brasiliense. Aos 11 minutos, o jovem meia Elvis arriscou chute de fora da área e a bola passou perto do poste esquerdo do goleiro Guto.

A situação do Paraná começou a piorar na segunda etapa aos 15 minutos. O lateral-direito Marcelo Toscano, que já tinha um cartão amarelo, fez falta dura em Edinho e foi expulso pelo árbitro Luiz Carlos da Silva.

Com mais um jogador em campo, o Brasilense equilibrou o jogo, segurou o ímpeto do Paraná e passou a ameaçar. Aos 28 minutos, Júlio César arriscou chute da entrada da área e assustou o goleiro Ney. Pouco depois, Iranildo tentou encobrir o camisa 1 da equipe paranaense, que fez bela defesa.

Aos 38 minutos, o lateral-esquerdo Edinho deu números finais ao jogo. O jogador do Jacaré aproveitou rebote da defesa do Paraná e, na entrada da área, deu um belo drible em Freire e chutou forte sem chance para o goleiro Ney, que buscou a bola mais uma vez a bola no fundo do gol.

O Paraná ainda buscou igualar a partida nos minutos finais, mas deixou o gramado do Durival de Britto com vaias da sua torcida.


CEARÁ 2X0 CAMPINENSE
Ceará enterra o lanterna Campinense e sai da zona de degola na Segundona

Em jogo de "cinco minutos", o Ceará bateu o Campinenese por 2 a 0, pela oitava rodada da Série B do Brasileirão. Apesar das muitas chances criadas, ambas as equipes não tiveram competência na hora de concluir a gol no primeiro tempo. Lanterna da competição, com três pontos em 24 disputados, os visitantes jogaram na base do contra-ataque e conseguiram segurar o ímpeto dos anfitriões nos 45 minutos iniciais.

Entretanto, na etapa complementar, o Alvinegro liquidou a fatura em apenas cinco minutos. Como sonhara o torcedor que foi ao Castelão, o time do técnico Paulo Cesar Gusmão chegou à sua segunda vitória na competição e saiu da zona de rebaixamento.

Cinco minutos de lucidez

O primeiro gol do Ceará saiu aos 38 minutos da etapa final. Após cobrança de escanetio de Boiadeiro, o zagueiro Fabrício subiu mais alto que a zaga do Campinense e desviou de cabeça para as redes. Os donos da casa ampliaram o placar aos 43 minutos. O atacante Reinaldo arrancou em velocidade e bateu, de perna esquerda, no cantinho esquerdo de Fabiano.

Na próxima rodada, o Campinense recebe o América-RN. Enquanto o Ceará joga o clássico Rei contra o Fortaleza.

Etapa inicial foi dos goleiros

Se no primeiro tempo os times esbarram nas defesas salvadoras dos goleiros Lopes (Ceará) e Fabiano (Campinense), na etapa final a partida ganhou em emoção. Aos 17 minutos, Preto deu belo lançamento para Beto Amorim, que tocou na saída de Fabiano. O goleiro do Campinense defendeu chute à queima-roupa.

Cinco minutos depois, Fernandes arriscou do meio da rua. E quase surpreendeu o goleiro Lopes, que se esticou todo para defender bola no cantinho esquerdo. O arqueiro da equipe alvinegra ainda defendeu depois uma cabeçada perigosa em batida de escanteio.

Aos 30 minutos, Boiadeiro foi à linha de fundo e cruzou na pequena área. Fabiano fez ótima defesa na conclusão de Reinaldo.

5 Rodada:Série C

Invicto, América-MG vence o Mixto e continua líder na Série C

O América-MG continua invicto na Série C do Campeonato Brasileiro. Mesmo fora de casa, a equipe mineira derrotou o Mixto por 1 a 0, neste sábado, em Cuiabá, e deu um passo importante na busca pela classificação para as quartas de final.

O resultado deixou o América-MG isolado na primeira colocação do Grupo C, com 10 pontos e três vitórias em quatro jogos. Já o Mixto permanece na lanterna da chave, com apenas três pontos. Apenas os dois primeiros colocados de cada grupo se classificam para a próxima fase, enquanto o última é rebaixado para a Série D.

Em melhor situação na tabela, o América-MG não teve dificuldade para dominar a partida. O gol da vitória do clube mineiro ocorreu aos 43 minutos do primeiro tempo, quando Wellington Paulo aproveitou rebote do goleiro Mauro e mandou para as redes.

Quem também faz boa campanha no Grupo C é o Guaratinguetá. Em confronto direto pela segunda colocação da chave, o time paulista aproveitou o mando de quadra, goleou o Gama por 5 a 2, no interior de São Paulo, e assumiu a vice-liderança, com seis pontos. Já a equipe do Distrito Federal permanece em quarto, com quatro pontos.

O Guaratinguetá teve um início de jogo arrasador. Logo aos 2 minutos de jogo, Rocha aproveitou cobrança de escanteio e cabeceou para as redes. Três minutos depois, Diego Dedoné fez o segundo após cruzamento de Nenê.

Apesar do domínio paulista, o Gama buscou o empate na etapa inicial. Goeber, em um chute forte, descontou para os visitantes aos 23 minutos. O gol empolgou o time do Distrito Federal, que conseguiu a igualdade aos 27 minutos, em cobrança de pênalti de Fábio Oliveira.

Mas a tarde era da equipe paulista. Em mais uma jogada aérea, Laércio subiu sem marcação e ampliou o placar aos 35 minutos. O domínio dos donos da casa continuou no segundo tempo e o Guaratinguetá chegou ao quarto gol aos 32 minutos, em pênalti convertido por Nenê. Laércio, mais uma vez de cabeça, fechou o placar aos 47.

ASA goleia e lidera o Grupo B

O ASA fez o dever de casa e goleou o Confiança-SE por 5 a 2, em Arapiraca, e assumiu a liderança do Grupo B. A equipe alagoana chegou aos 10 pontos, empatado com o Icasa, que venceu de virada o CRB por 2 a 1, em Alagoas.

Outros jogos: Luverdense 3 x 2 Paysandu; Rio Branco-AC 3 x 1 Sampaio Corrêa-MA; Brasil-RS 2 x 1 Marcílio Dias; e Marília 2 x 0 Caxias.

8 Rodada:Série A

ATLÉTICO - PR 1X0 CORINTHIANS
Atlético-PR deixa a lanterna com vitória suada sobre os reservas do Corinthians



Com a cabeça na finalíssima da Copa do Brasil, o Corinthians conheceu neste sábado a terceira derrota no Campeonato Brasileiro. Com 11 reservas em campo, o Timão lutou, mas não conseguiu impedir a derrota por 1 a 0 para o até então lanterna Atlético-PR, neste sábado, na Arena da Baixada, pela oitava rodada. Paulo Baier, cobrando falta aos 35 minutos do primeiro tempo, marcou único gol da partida.

O primeiro triunfo em casa ameniza o ambiente pesado vivido pelo Rubro-Negro de Curitiba nas últimas semanas. Agora, o time dirigido por Waldemar Lemos deixa a última colocação e sobe para 14°, com oito pontos, torcendo por tropeços de rivais diretos para não despencar na tabela. Já o Corinthians cai da quinta para a sexta posição, com 11.

No próximo domingo, o Atlético-PR encara o Grêmio, às 16h, no Olímpico. O Corinthians decide o título da Copa do Brasil contra o Internacional, quarta-feira, às 21h50m, no Beira-Rio. Pelo Brasileirão, o Alvinegro pega o Fluminense, dia 8 de julho (quarta-feira), às 21h50m, no Pacaembu.

Paulo Baier coloca Furacão na frente



Apesar de jogar com apenas Jucilei na marcação, o Corinthians conseguiu controlar com facilidade o ímpeto ofensivo do Atlético-PR nos primeiros minutos. Bem posicionado, o Timão tentou explorar principalmente os contra-ataques pelo lado direito. E foi por lá que quase marcou, aos sete minutos. Marcelinho avançou pelo setor e bateu cruzado. Souza, atrasado, não alcançou.

O Furacão sofreu um pouco para se acertar. Paulo Baier, o cérebro da equipe, ficou sobrecarregado na armação, enquanto Wesley, com a missão de cavar espaços na defesa rival, teve atuação discreta. Os sustos vieram somente em lances parados. Aos nove, Baier bateu falta com perigo no canto esquerdo, mas errou o alvo. Já aos 13, o armador levantou para a área, Chico se antecipou a Julio Cesar e quase marcou.

A melhora atleticana abriu espaços na defesa, porém, o Corinthians não soube aproveitar. Marcinho, estreando como titular, foi tímido jogando aberto pelo lado esquerdo. Marcelinho e Morais também pouco produziram, dificultando ainda mais o trabalho do centroavante Souza, preso na marcação do trio de zagueiros do adversário.

Se tocando a bola estava difícil, o Atlético-PR conseguiu abrir o placar em uma nova jogada de bola parada. Em lance perto da área, Paulo Baier bateu com perfeição por cima da barreira. Julio Cesar voou em vão. Era impossível pegar. Foi o primeiro gol dele pelo Furacão.


Timão melhora, mas Furacão garante vitória



No segundo tempo, Mano Menezes tentou deixar o Corinthians mais ofensivo pela entrada do atacante Otacílio Neto no lugar de Marcinho. Entretanto, quem assustou foi o Atlético-PR. Aos nove minutos, Paulo Baier bateu escanteio, Rafael Santos desviou de cabeça e a bola saiu à direita, arrancando um "uuuuh" da torcida rubro-negra.

O Corinthians ganhou mais força na frente com a entrada do lateral-esquerdo Wellington Saci na vaga de Diego. .O Timão passou a tocar a bola com mais calma e fez o Atlético-PR recua, de olho nos contra-ataques. Apesar do domínio, os paulistas não criaram grandes chances pelo ferrolho armado na entrada da área.

Paulo Baier teve a chance de garantir a vitória e se consagrar, aos 35 minutos. Ele avançou livre em velocidade pela direita em contra-ataque e, na entrada da área, e chutou torto, para desespero de Eduardo, que surgia do outro lado sem marcação.

Nos minutos finais, Waldemar Lemos trancou ainda mais o Furacão com a entrada do volante Rafael Miranda em lugar de Paulo Baier. O Corinthians ainda tentou chegar ao empate. Apenas tentou. Os jogadores do Timão ainda reclamaram de um toque de mão dentro da área, mas o árbitro nada marcou.

Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 1 x 0 CORINTHIANS
ATLÉTICO-PR
Vinícius, Rhodolfo, Rafael Santos e Antônio Carlos; Zé Antônio (Raul), Valencia, Chico, Paulo Baier (Rafael Miranda) e Márcio Azevedo; Wesley e Rafael Moura (Eduardo).
Técnico: Waldemar Lemos.
CORINTHIANS
Julio Cesar, Diogo, Renato, Jean e Diego (Wellington Saci); Jucilei, Boquita, Marcinho (Otacílio Neto) e Morais (Lulinha); Marcelinho e Souza.
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Paulo Baier, aos 35 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Rafael Santos, Valencia (Atlético-PR); Marcinho, Lulinha (Corinthians)
Estádio: Arena da Baixada. Data: 04/05/2008.
Árbitro: Claudio Luciano Mercante Junior (PE).
Auxiliares: Erich Bandeira (PE) e Carlos Berkenbrock (SC).
Público: 17.119 pagantes. Renda: R$ 377.130,00.


SÃO PAULO 2X0 NÁUTICO
Na estreia de Ricardo Gomes, São Paulo vence Náutico no Morumbi

O técnico Ricardo Gomes pode adicionar mais uma vitória ao seu histórico de estreias. O São Paulo venceu o Náutico por 2 a 0, na tarde chuvosa deste sábado, no Morumbi, pelo Brasileiro. Washington não conseguiu aproveitar as chances criadas e foi substituído com algumas vaias. No Timbu, Márcio Bittencourt foi expulso pela arbitragem por reclamação no dia em que voltava ao banco de reservas.

Com o resultado, o São Paulo chega a dez pontos e alcança a nona posição provisoriamente. O Náutico tem os mesmos oito pontos e a 13ª colocaão por enquanto. Na próxima rodada, o Tricolor encara o Coritiba no Couto Pereira, no dia 5 de julho, e o Timbu recebe o Internacional no mesmo dia.

Washington tenta, não marca, e torcida não gosta

Como era esperado, o São Paulo, jogando no 4-4-2, começou a partida em casa pressionando o Náutico, que perdeu Sidny logo no início, por causa de uma fisgada na coxa. Juliano entrou. Durante a semana, Washington reclamou mais uma vez que a bola não chegava para o ataque, o que dificultava a marcação dos gols, e que se tivesse três chances claras, mas não marcasse, pedia para sair. Desta vez, a ligação do meio com os homens de frente foi melhor, com Marlos sendo o principal condutor. No entanto, as oportunidades não foram bem aproveitadas, principalmente pelo Coração Valente.

Aos oito minutos, em cobrança de falta da intermediária, Washington chutou por cima do gol de Eduardo. Dois minutos depois, o camisa 9 arriscou um chute rasteiro, mas sem muita mira. Aos 17, mais uma tentativa do atacante para fora. E, aos 23, ele chegou pela direita e concluiu forte, acertando a rede, mas pelo lado de fora. Alguns torcedores, de forma isolada, reclamaram de Washington.

O Náutico, vendo que o São Paulo não acertava o pé e errava muitos passes, começou a se arriscar mais. Aos 19, Aílton assustou Denis com um chute por cima do travessão. Aos 26, foi a vez de Asprilla mandar a bola perto do gol tricolor. O visitante aproveitava cada vez mais os espaços e já igualava forças com o anfitrião.

Aos 32, o São Paulo conseguiu acertar o pé da trave direita de Eduardo. Enquanto Washington tentava sair da marcação, Borges pegou a sobra e chutou forte, carimbando o poste. No rebote, Junior Cesar ainda tentou o gol, mas chutou para fora. O lance levantou a torcida. A resposta do Náutico veio aos 39, quando Gilmar cruzou e Asprilla cabeceou para fora, para a sorte de Denis. O primeiro tempo terminou sem gols.

Gols saem no segundo tempo. Hernanes garante vitória

Os times voltaram sem modificações nas escalações, mas o jogo mudou logo no primeiro minuto. Hernanes cobrou falta pela direita e encontrou Jean Rolt pelo alto, na frente do gol. O zagueiro cabeceou com precisão e abriu o placar para o São Paulo: 1 a 0. Animados com o gol, os são-paulinos passaram a pressionar novamente, o que já não acontecia no fim da primeira etapa. E o Timbu apelou para as faltas. Juliano e Asprilla foram premiados com cartões amarelos.

O visitante até tentava o gol de empate, mas não conseguia assustar o gol de Denis. A melhor chance foi de Washington, aos 22. Ele recebeu na área, tentou se livrar da marcação, não conseguiu e arriscou de calcanhar. A bola passou na frente do gol de Eduardo. A torcida ficava cada vez mais irritada.

O técnico Márcio Bittencourt não aprendeu a lição. Depois de ser suspenso por 60 quando ainda era técnico do Santa Cruz e voltar a trabalhar no banco de reservas justamente nesta partida, foi novamente expulso pelo árbitro por reclamar demais. Do outro lado, Ricardo Gomes tentou mudar a forma de jogar da equipe e tirou Washington, que ouviu algumas vaias. O jovem meia Oscar foi o escolhido para tentar alcançar Borges.

Hugo também entrou na vaga de Marlos e o time ganhou velocidade e fôlego. Aos 40, depois de duas tentativas pela esquerda, o anfitrião conseguiu o segundo gol. Hernanes cobrou falta na direção da área, e a bola desviou em Johnny, enganando o goleiro Eduardo e balançando a rede. Festa da torcida tricolor.


Ficha técnica:
SÃO PAULO 2 x 0 NÁUTICO
SÃO PAULO
Dênis; Zé Luís, Renato Silva, Jean Roth e Junior Cesar; Eduardo Costa, Richarlyson(Jorge Wagner), Hernanes e Marlos(Hugo), Borges e Washington(Oscar)
Técnico: Ricardo Gomes.
NÁUTICO
Eduardo; Galiardo, Gladstone, Asprilla e Sidny(Juliano); Anderson Santana, Derley, Johnny e Aílton(Edson Miolo); Gilmar e Márcio Barros(Anderson Lessa).
Técnico: M. Bittencourt
Gols: Jean Roth com um minuto e Hernanes aos 41 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Renata Silva, Eduardo Costa e Richarlyson (São Paulo). Asprilla e Juliano (Náutico)
Público: 7.977 pagantes
Renda: R$ 180.060
Estádio: Morumbi. Data: 28/06/2009.
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO).
Auxiliares: Jesmar Benedito Miranda de Paulo (GO) e Cristhian Passos Sorence (GO).


BARUERI 4X2 ATLÉTICO - MG
Terror dos mineiros, Barueri acaba com invencibilidade do líder Atlético-MG



O Barueri acabou com a pose do líder Atlético-MG no Campeonato Brasileiro. Debaixo de muita chuva, a equipe comandada pelo técnico Estevam Soares não tomou conhecimento do rival e venceu por 4 a 2, em partida realizada na tarde deste sábado, na Arena Barueri. Foi a primeira derrota do time mineiro na competição. (Veja ao lado o gol marcado por Thiago Humberto).

Com o resultado, o time paulista mostrou ser o terror das equipes mineiras, já que na última rodada, não tomou conhecimento do Cruzeiro e aplicou uma goleada de 4 a 2 em pleno estádio do Mineirão.

Com a vitória, a terceira na competição, o Barueri, um dos caçulas da Série A, alcançou uma surpreendente quarta posição na tabela, com 13 pontos. Já o Atlético-MG segue na liderança, mas pode ser alcançado em número de pontos pelo Internacional que, neste domingo, recebe o Coritiba no Beira-Rio.

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro

As duas equipes voltarão a campo no próximo final de semana. No próximo sábado, o Barueri vai ao ABC encarar o Santo André. No dia seguinte, o Atlético-MG receberá a visita do Botafogo, no estádio do Mineirão.

Começo arrasador

O Barueri não se importou com a forte chuva que caía e, assim que a partida começou, tomou a iniciativa da partida e encurralou o Atlético-MG. Jogando com velocidade, principalmente pelo lado esquerdo com a dupla Thiago Humberto e Fernandinho, o time da casa só não abriu o marcador logo aos 2min porque Pedrão falhou na hora de dominar a bola quando ficaria cara a cara com Aranha.

Mas, aos 9min, não teve jeito. Fernandinho, endiabrado, fez bela jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para a área. Éder, sozinho, furou. A bola sobrou para Thiago Humberto, que bateu no canto direito de Aranha, que ainda tocou na bola. Aos 17min, o goleiro do Atlético-MG trabalhou bem e evitou gol de Thiago Humberto, que ao cruzar a bola para a área, quase encobriu o goleiro atleticano.

O Galo seguia irreconhecível em campo. Suas principais peças não funcionavam. Como o meio-campo praticamente não criava nada, Diego Tardelli era obrigado a voltar para buscar a bola, o que deixava Éder Luís preso entre os zagueiros. O Barueri forçava na marcação e, quando tinha a bola dominada, buscava rapidamente o contra-ataque.



Aos 31min, quando a partida já havia perdido um pouco de velocidade, o Barueri foi para a rede novamente. E foi uma verdadeira lambança do goleiro Aranha. Ele recebeu passe recuado do lateral Júnior e, ao tentar afastar a bola da área, chutou em cima do zagueiro Pedrão. A bola caminhou em direção ao gol e Thiago Humberto, que ganhou na corrida de Alex Bruno, só teve o trabalho de empurrar para as redes. (Reveja o gol)

Mesmo em desvantagem de 2 a 0, o Atlético-MG não esboçava a menor reação. Para complicar ainda mais para o técnico Celso Roth, o Galo perdeu Éder Luís, machucado. Kléber entrou no seu lugar.

Segundo tempo

Na etapa complementar, a equipe mineira voltou com mais vontade e equilibrou a partida no início. O Barueri, satisfeito com o resultado, diminuiu o ritmo. O goleiro Renê, que não trabalhou nos primeiros 45 minutos, começou a aparecer. Aos 7min, ele fez grande defesa em lance de Márcio Araújo, que havia feito bela jogada pelo meio. Logo depois, o técnico Celso Roth queimou suas duas últimas alterações, colocando Thiago Feltri e Alessandro nas vagas de Júnior e Renan.

No Barueri, o técnico Estevam Soares resolveu mexer na lateral-direita. Éder, que já tinha cartão amarelo e mostrava deficiência na marcação, deu lugar a Marcos Pimentel, que entrou aplaudido pela torcida.

Se Renê havia brilhado no começo do segundo tempo, o goleiro Aranha também resolveu aparecer aos 19min. Após cruzamento da esquerda, Xandão cabeceou no ângulo esquerdo do goleiro do Atlético-MG, que voou e fez uma grande defesa.



Aos 26min, o Galo renasceu na partida. O zagueiro Xandão foi tentar cortar a bola na área, errou e colocou a mão na área. Pênalti bem marcado pela arbitragem. Na cobrança, Diego Tardelli mostrou categoria, batendo no canto direito de Renê, que pulou para o lado esquerdo. Foi o quinto gol do atacante do Galo no Brasileirão, que assumiu a vice-artilharia da competição. (Reveja o gol ao lado)

O jogo ganhou em emoção. Isso porque o Galo, logo depois, chegou ao empate. Alessandro fez jogada pela esquerda, invadiu a área e foi derrubado. Novo pênalti para Diego Tardelli, que não desperdiçou a chance.

Com a igualdade no marcador, o Barueri resolveu fazer o que não havia feito durante todo o segundo tempo e voltou a atacar. Bastou repetir a atitude do primeiro tempo que o time voltou a ficar em vantagem. Primeiro, o Atlético-MG ficou com dez homens ao perder Werley, expulso.

Depois, aos 39min, Thiago Humberto, em cobrança de falta da entrada da área, botou no canto direito de Aranha. Ainda havia tempo para mais um gol. E ele veio aos 40min, com Marcos Pimentel, que aproveitou cruzamento de Fernandinho e empurrou para o gol vazio.

Depois, foi esperar o tempo passar e comemorar. O Atlético-MG, perdido, ainda terminou a partida com nove homens, já que Evandro também foi expulso.

Ficha técnica:
BARUERI 4 x 2 ATLÉTICO-MG
BARUERI
Renê; André Luís, Xandão e Leandro Castan (João Vitor); Éder (Marcos Pimentel), Ralf, Everton, Thiago Humberto e Márcio Careca; Pedrão (Basílio) e Fernandinho.
Técnico: Estevam Soares.
ATLÉTICO-MG
Aranha; Carlos Alberto, Alex Bruno, Werley e Júnior (Thiago Feltri); Renan (Alessandro), Jonílson, Márcio Araújo e Evandro; Éder Luis (Kléber) e Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth.
Gols: Thiago Humberto, aos 9min e Fernandinho, aos 31min do 1º tempo. Diego Tardelli, aos 26min e 30min, Thiago Humberto, aos 39min e Marcos Pimentel, aos 40min do 2º tempo
Cartões amarelos: André Luís, Marcos Pimentel, Thiago Humberto e Éder (Barueri); Werley, Leandro Castan, Alex Bruno, Carlos Alberto e Jonílson (Atlético-MG).
Cartões vermelhos: Werley e Evandro (Atlético-MG)
Estádio: Arena Barueri. Data: 27/06/2009.
Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez.
Auxiliares: Jackson Lourenço Massarra dos Santos (BA) e Rodrigo Pereira Joia (RJ) . Renda e Público: R$ 39.055,00 / 3.613 pagantes


CRUZEIRO 1X0 AVAÍ
Garotada do Cruzeiro mostra personalidade e derrota o Avaí

Depois de ficar quatro rodadas sem vencer no Brasileirão, o Cruzeiro derrotou o Avaí, neste sábado, no Mineirão, pela oitava rodada. O atacante Zé Carlos, de pênalti, fez o único gol da partida. Com o resultado, a Raposa assume provisoriamente o nono lugar, com dez pontos. O time subiu oito posições na tabela. Os avaianos continuam na zona de rebaixamento, em 18º, com sete.

Na nona rodada, os dois times jogam no domingo. O Cruzeiro vai enfrentar o Goiás, em Goiânia, enquanto o Avaí recebe o Palmeiras, na Ressacada. Os mineiros, porém, voltam a campo na próxima quinta-feira, pelo segundo jogo da semifinal da Libertadores. A equipe encara o Grêmio, no estádio Olímpico, em Porto Alegre. Na primeira partida, vitória celeste por 3 a 1.


Apesar do equilíbrio, Cruzeiro sai na frente



Quem esteve no Mineirão na última quarta-feira e voltou neste sábado deve ter pensado que se tratava de outro estádio. O público que saiu de casa e encarou uma noite fria para assistir ao duelo entre Cruzeiro e Avaí não chegou a 3.500 pagantes. Bem diferente dos quase 52 mil que viram a Raposa bater o Grêmio pela competição continental.

Os times começaram a partida sem pressa, com muitos erros de passe e pouca criatividade. Como a Libertadores é prioridade, Adilson Batista escalou dez reservas. A exceção foi o volante Henrique. O técnico teve de usar garotos da base, já que tem dez jogadores no departamento médico.

Jancarlos, Zé Carlos e Dudu foram os mais ativos do lado mineiro. Muriqui, Marquinhos e Ferdinando tentavam responder. A primeira chance clara de gol só foi criada aos 15 minutos. O garoto Dudu, de 1,65m, invadiu a área pela direita e bateu cruzado. A bola passou perto da trave de Eduardo Martini. Quando a ansiedade da garotada começou a passar, os donos da casa melhoraram. O volante Mateus avançou até a intermediária, tabelou bonito com o atacante Zé Carlos e recebeu na frente. O chute rasteiro passou muito perto do gol, aos 25. A primeira boa chance dos visitantes só apareceu cinco minutos depois. Léo Gago fez belo lançamento para Lima na entrada da área, o atacante ficou na dúvida sobre um possível impedimento e dominou muito mal.

O técnico Silas precisou tirar Uendel, machucado, e lançou Eltinho na lateral esquerda. Parecia que o placar ficaria em branco, mas o mistão do Cruzeiro não decepcionou. Aos 39, Ferdinando deslocou o baixinho Dudu na área, e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Zé Carlos não deu chance para o Eduardo Martini: 1 a 0 (assista ao vídeo acima).

Equipe avaiana pressiona, e garotos resistem

O Cruzeiro voltou mais ligado no jogo, com velocidade e o domínio das ações. Aos quatro, Dudu cruzou da ponta esquerda para a área, o zagueiro Anderson apareceu para cabecear na segunda trave, mas Eduardo Martini fez uma linda defesa. A partir daí, o jogo passou por dez minutos de monotonia, muito concentrado no meio-campo. Tanto que o Avaí só chegou com perigo, aos 14. Muriqui avançou pela direita, cruzou rasteiro, e Luís Ricardo perdeu sozinho na área. O avanço pelas laterais passou a ser a principal arma alviceleste.

Adilson Batista e Silas promoveram mudanças do meio para frente, com intuito de mudar o desenho do jogo. As alterações do Cruzeiro funcionaram melhor. Com Diego Renan no lugar de Bernardo, que saiu machucado, e Wanderley na vaga de Zé Carlos, o time ficou mais veloz. No entanto, quem chegou mais perto do gol foi o Avaí. O atacante Luís Ricardo ficou com a sobra sozinho na área, bateu rasteiro, e Andrey fez boa defesa. O técnico celeste sentiu que estava perdendo força no meio-campo e resolver contar com a experiência de Wagner. Aos 33, ele entrou na vaga de Dudu, que saiu muito aplaudido pela torcida.

- Graças a Deus joguei bem, e a torcida reconheu - disse.

O time de Silas também buscou a igualdade na bola aéra. Aos 37, o zagueiro Émerson recebeu cruzamento na área, mas a cabeçada saiu torta pela linha de fundo. Mas a chance mais clara estava por vir. Aos 41, o atacante William ficou na cara do gol, sem marcação, e chutou para fora. Já no desespero, Muriqui teve a última chance, aos 47. Ele bateu forte, e Andrey, destaque do jogo, salvou. Era mesmo uma noite para a garotada celeste brilhar.

Ficha técnica:
CRUZEIRO 1 x 0 AVAÍ
CRUZEIRO
Andrey; Jancarlos, Anderson, Luisão e Vinícius; Henrique, Mateus, Aderson Uchôa e Bernardo (Diego Renan); Zé Carlos (Wanderley) e Dudu (Wagner).
Técnico: Adilson Batista.
AVAÍ
Eduardo Martini; Ferdinando, Émerson, Anderson e Uendel (Eltinho); Léo Gago, Xaves (Michel), Marquinhos e Muriqui; Luís Ricardo e Lima (William).
Técnico: Silas.
Gols: Zé Carlos, aos 41 do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Andrey (Cruzeiro); Xaves e Léo Gago (Avaí).
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 27/06/2009.
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA).
Auxiliares: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Luiz Carlos Silva Teixeira (BA).
Público pagante: 3.435
Renda: R$ 59.776,72


BOTAFOGO 1X4 GOIÁS
Goiás coloca Botafogo na roda e goleia no Engenhão por 4 a 1



Entre o aplauso e repúdio a jogadores do passado, a torcida do Botafogo encontrou a ira destinada ao elenco que disputa o Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado, o Goiás passeou no Engenhão, goleou por 4 a 1 e deflagrou uma crise de relacionamento entre torcedores e jogadores alvinegros.

O segundo tempo do duelo, válido pela oitava rodada, praticamente foi dominado pelos gritos de protestos vindos das arquibancadas. Os xingamentos se multiplicaram – Lucio Flavio foi o principal alvo - e a sessão nostalgia ganhou voz:
- Que saudade enorme, que eu sinto de 89.

Momentos antes do jogo, diversos jogadores que participaram do título do Campeonato Carioca de 1989 foram ao gramado e receberam os aplausos da torcida. O mesmo tratamento não teve Zé Roberto. O jogador está cotado para voltar ao clube, mas antes mesmo de a negociação avançar foi xingado e “homenageado” com uma faixa contra a sua contratação.

Em situação delicada no comando do Botafogo, Ney Franco foi “dispensado” pela torcida: “Fora, Ney Franco”, cantaram os botafoguenses.

O time está na 19º colocação, com seis pontos, e pode terminar a rodada na lanterna se o Sport pelo menos empatar com o Grêmio, domingo, na Ilha do Retiro.

A segunda vitória fora de casa – a outra foi contra o Coritiba – faz o Goiás pular para os 11 pontos e terminar o sábado na sétima colocação. A goleada fora de casa foi construída graças à velocidade dos contragolpes. Felipe Menezes, Felipe, Rafael Toloi e Iarley fizeram os gols.

Na próxima rodada, o time goiano recebe o Cruzeiro no Serra Dourada. Por sua vez, o Botafogo visita o Atlético-MG. As duas partidas acontecem no domingo.

Felipes dão vantagem ao Goiás
O clima de nostalgia que antecedeu a partida foi quebrado com o choque de realidade do momento atual. Antes dos 15 minutos, a torcida do Botafogo ensaiou algumas vaias aos jogadores. O grito de “Queremos raça” veio pouco depois. Os chutes a gol dos mandantes, porém sumiram.

E se não fosse Renan, aos 19 minutos, Felipe teria feito o primeiro do Goiás. O atacante chutou de dentro da grande área e o goleiro alvinegro espalmou. Mas aos 24 não houve jeito. Juninho cortou mal um cruzamento , e a bola sobrou para Felipe Menezes acertar o canto direito e abrir o placar.

A vantagem fez mal aos goianos. Entre uma tentativa ou outra de cozinhar a partida, o time visitante falhou e Victor Simões aproveitou para fazer um golaço, aos 35. De dentro da pequena área, o atacante deu um voleio forte, sem chance de defesa para Harlei.

Quando a torcida botafoguense se animou, Léo Silva empurrou Iarley dentro da área. Na cobrança do pênalti, aos 42, Felipe fez uso da paradinha para enganar Renan e fazer 2 a 1.

Mais gols dos visitantes, e fúria dos alvinegros
No intervalo, o técnico Ney Franco colocou Tony na vaga de Léo Silva e deixou o Botafogo com três atacantes. Mas o que era ruim para os alvinegros piorou aos 12 minutos. Após bate rebate na área, Rafael Tolói chutou forte e fez o terceiro dos goianos. Dois minutos depois, já sob a ira da torcida botafoguense, Iarley bateu cruzado da entrada da área e fez o quarto do time esmeraldino.

O Botafogo partiu para o desespero e até criou chances. Victor Simões, Fahel e Leandro Guerreiro obrigaram Harlei a fazer defesas arrojadas. Nas arquibancadas, os protestos se multiplicaram e atingiram diretoria, jogadores e o técnico Ney Franco.



Ficha técnica:
BOTAFOGO 1 x 4 GOIÁS
BOTAFOGO
Renan; Alessandro, Emerson, Juninho (Fahel) e Eduardo; Leandro Guerreiro, Batista, Léo Silva (Tony) e Lucio Flavio (Rodrigo Dantas); Victor Simões e Laio.
Técnico: Ney Franco.
GOIÁS
Harlei; Leandro Euzébio, Rafael Toloi e Ernando; Vitor, Amaral, Ramalho, Felipe Menezes (Gomes) e Julio Cesar; Iarley e Felipe (Zé Carlos).
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Felipe Menezes, aos 24, Victor Simões, aos 35, Felipe, aos 42 minutos do primeiro tempo; Rafael Tolói, aos 12 minutos e Iarley, aos 14 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Léo Silva, Laio (Botafogo) e Iarley e Vitor (Goiás)
Estádio: do Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 27/06/2009.
Árbitro: Paulo Cesar Oliveira (Fifa-SP)
Auxiliares: Vicente Romano Neto (SP) e Anderson José de Moraes (SP)
Renda: R$ 76.524,00

sexta-feira, 26 de junho de 2009

8 Rodada:Série B

JUVENTUDE 1X1 VILA NOVA
Juventude e Vila Nova fazem jogo sem emoções e empatam em Canoas



Juventude e Vila Nova não conseguiram esquentar a noite fria desta sexta-feira em Canoas e, em um jogo sem emoções, empataram por 1 a 1.Com o resultado, o time gaúcho permanece no 16º lugar, com oito pontos. Os goianos, com 11 pontos, sobem para a 11ª posição.

Na próxima rodada, a equipe alviverde enfrenta a Ponte Preta em Campinas. A partida será no sábado, às 16h10m. O Vila Nova volta a jogar na próxima sexta-feira, às 21h. O time recebe o líder Guarani em Goiânia.

Bom início de jogo

A partida começou animada, especialmente do lado do Juventude. Antes dos dez minutos, o goleiro Juninho já tinha feito boas defesas em chutes de fora da área dos volantes Lauro e Walker.

Apesar do bom início o time gaúcho pareceu contagiado pelo frio de Canoas e, apesar de ter a posse de bola, não conseguiu criar jogadas de perigo. Aos 33 minutos, porém, o Ju foi presenteado com um gol em uma bola parada. O zagueiro Allyson cobrou falta com muita categoria, acertou o ângulo de Juninho e abriu o placar.

Castigo pelo recuo alviverde

O Vila Nova voltou mais solto para o segundo tempo e assustou a equipe alviverde. Primeiro, Marcel cobrou falta e Jaílson saltou para fazer grande defesa, aos dez minutos. No lance seguinte, Gil completou cruzamento e acertou a trave do Juventude.

Muito recuado e sem criar jogadas ofensivas, o Alviverde pagou o preço pela falta de ousadia. Quando o jogo parecia decidido, Luciano Ratinho salvou o Vila Nova, novamente graças a uma cobrança de falta. Aos 44 minutos, o meia acertou o ângulo de Jaílton e empatou o confronto.


GUARANI 1X0 SÃO CAETANO
Guarani bate o São Caetano e agora tem o melhor início da história da Série B



No reencontro do técnico Oswaldo Alvarez com a equipe da qual foi demitido no início da temporada, o Guarani bateu o São Caetano por 1 a 0, no Brinco de Ouro da Princesa, nesta sexta-feira, e a diferença para o segundo colocado Brasiliense pode ser ampliada para sete pontos. Para isso, basta a equipe do Distrito Federal não vencer o Paraná, neste sábado, em Curitiba.

Com sete vitórias e um empate, o Bugre superou o Corinthians, que no ano passado tinha 20 pontos na oitava rodada, e é o novo detentor do melhor início da história da Segunda Divisão.

Ricardo Xavier, aos 41 minutos do primeiro tempo, garantiu o triunfo da equipe de Campinas (assista ao vídeo) - que tem 91% de aproveitamento na Série B -, mas depois foi expulso na segunda etapa. O Azulão permanece em penúltimo na classificação com apenas quatro pontos e o pior ataque, com apenas três gols marcados.

Confira a classificação da Série B do Campeonato Brasileiro

Na próxima rodada, o Guarani enfrenta o Vila Nova, no Serra Dourada, sexta-feira, enquanto o São Caetano recebe o Atlético-GO, sábado, no Anacleto Campanella. As partidas estão marcadas para as 21h (de Brasília) respectivamente.

Ricardo Xavier cala a torcida do Bugre

Líder invicto da Série B do Campeonato Brasileiro, o Guarani não deixou o São Caetano jogar no primeiro tempo. Logo aos dois minutos, o volante Xavier arriscou de fora da área e quase surpreendeu o goleiro Luiz. A bola saiu rente à trave, pela linha de fundo. O Azulão teve uma única chance, aos cinco, mas o goleiro Douglas segurou o chute do estreante Washington, da entrada da área.

De tanto pressionar, o Bugre abriu o placar, aos 40. Andrezinho cobrou falta na área. O zagueiro Anderson Marques atrapalhou o arqueiro Luiz, e a bola sobrou para Ricardo Xavier, que finalizou para o fundo da rede. Antes de sair o gol, a torcida do Guarani já começava a ensaiar um coro pedindo a entrada do centroavante Nei Paraíba em seu lugar.

Autor do gol é expulso, mas Douglas garante a vitória
Na volta do intervalo, o técnico Antônio Carlos tirou Anderson Marques, que se machucou, e colocou Mateus, apostando no esquema com três atacantes para tentar o empate, até mesmo virar o jogo para o São Caetano. O Guarani retornou sem qualquer mudança. O Azulão melhorou, obrigando o Bugre a recuar e sair nos contra-ataques.

Aos 16, após cobrança de falta, a bola sobrou na área para Vandinho, que desperdiçou o empate. Em Seguida, Caíque respondeu para o Bugre, em um chute perigoso. A quantidade de passes errados era absurda: 68 erros até os 30 minutos da etapa complementar. Aos 32, Ricardo Xavier, autor do único gol da partida, foi expulso após um carrinho violento em Adriano.

Mesmo com um jogador a menos, o treinador Oswaldo Alvarez não abriu mão do ataque e colocou Nei Paraíba na vaga de Walter Minhoca, apagado no jogo. O São Caetano pressionou até o fim, mas o goleiro Douglas, com duas belas defesas nos últimos minutos, garantiu mais uma vitória para o Guarani.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Recopa Sul Americana:Primeiro Jogo

INTERNACIONAL (BRA) 0X1 LDU (EQU)
Inter tropeça na LDU e perde a primeira partida da final da Recopa Sul-Americana



Sem vencer há seis jogos e sem marcar há quatro, o Internacional tropeçou na LDU, na noite desta quinta-feira, e perdeu, no Beira-Rio, a primeira partida da decisão da Recopa Sul-Americana por 1 a 0. Os gaúchos não conseguiram furar a retranca equatoriana e pouco ameaçaram os rivais diante da torcida colorada. O resultado quebrou, ainda a série invicta do time no estádio, onde não era derrotado desde 23 de novembro de 2008, quando perdeu para o Fluminense por 2 a 0, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.

Para chegar ao bicampeonato, o Inter precisará vencer o jogo de volta por qualquer placar diferente do 1 a 0 – que levaria a decisão para os pênaltis.

O time do técnico Tite, campeão da Copa Sul-Americana, volta a enfrentar os equatorianos, atuais donos da Libertadores da América, para o jogo decisivo, em Quito, no dia 9 de julho. Antes disso, os gaúchos recebem o Coritiba, no domingo, pelo Brasileirão, e o Corinthians, pela final da Copa do Brasil, na quarta-feira, dia 1º.

Falta de gols e lances violentos

Os visitantes não fizeram cerimônia e partiram para o ataque no primeiro minuto do confronto. Bieler avançou pela direita, foi à linha de fundo e cruzou para a área, mas Lauro, atento, ficou com a bola. Aos 9, Taison aproveitou a sobra da zaga equatoriana e tentou surpreender Dominguez com uma bomba de fora da área, mas a bola pegou muito efeito e saiu à esquerda do goleiro da Liga.

Com toque de bola rápido, o ataque colorado procurava, sem sucesso, uma brecha no 3-6-1 da equipe do técnico Jorge Fossati. Mas as chances eram raras para os dois times. Apenas aos 19, após tentar jogada com Bieler, o meia Vera deu o primeiro chute contra a meta colorada, mas a tentativa teve mais força que pontaria.



Aos 26, Taison recebeu passe de D’Alessandro e chutou rasteiro da meia-lua. Dominguez espalmou e conseguiu fazer a defesa definitiva antes que Alecsandro pegasse o rebote.

Lances polêmicos, aos 28. Em cobrança de falta pela esquerda, D’Alessandro fez o levantamento na área equatoriana e a bola resvalou na mão de Calle, que tinha o braço esquerdo esticado. Enquanto alguns colorados reclamavam com a arbitragem, Andrezinho tentava o drible na entrada da área, mas se atrapalhou e cedeu o contra-ataque. Guiñazu conseguiu interromper a jogada veloz dos visitantes, mas, na sequência, foi puxado e quase viu Bieler abrir o placar em chute forte. Lauro mandou para escanteio.

Em nova falha de Andrezinho, aos 39, De La Cruz roubou a bola no meio-campo, avançou e bateu no canto direito de Lauro, que voltou a mostrar serviço e defendeu com segurança.

Com a arbitragem poupando nos cartões amarelos, a etapa inicial, acabou marcada por jogadas duras dos dois lados. Apenas quatro jogadores foram advertidos, no entanto - os colorados Andrezinho e Índio, além de De La Cruz e Campos, da LDU.

Gol da LDU e expulsão no Inter

Sob a ameaça de ver as jogadas violentas tomarem conta da partida, o árbitro Juan Soto, da Venezuela, voltou dos vestiários mais atento ao aspecto disciplinar. Aos três minutos, o argentino Guiñazu recebeu amarelo por segurar o adversário. Aos 5, Calle impediu o avanço de Taison e foi punido.

Com sua equipe esbarrando nas mesmas dificuldades da primeira metade da partida, o técnico Tite pôs Giuliano na vaga de Andrezinho, em noite pouco inspirada. Mesmo assim, o Inter cedeu a vantagem aos 11 minutos. Lara avançou pela esquerda, driblou Sandro, dentro da área, e rolou para trás. A bola caiu nos pés de Bieler, que chutou de primeira. Lauro conseguiu espalmar, mas, no rebote, o atacante do time equatoriano mandou para o fundo das redes.

Apesar do placar adverso, a torcida colorada só interrompeu os gritos de incentivo ao time quando Tite chamou Leandrão para o aquecimento – o atacante substituiu o apagado Alecsandro.

Se a situação colorada já não era boa, piorou aos 24. Bolívar, que já havia se estranhado com os rivais durante a substituição do meia Lara por Graf, agrediu Vera e acabou expulso pelo árbitro.

Aos 39, quase saiu o empate. Taison aproveitou o cruzamento de Danilo Silva, mas concluiu por cima do gol de Dominguez. Jogando no contra-ataque, a LDU quase ampliou aos 43, em chute cruzado de Larrea, que saiu pela linha de fundo.

Com o apito final, ao som das primeiras vaias da temporada, o time colorado deu início à contagem regressiva para o duelo com o Corinthians.

Ficha técnica:
INTERNACIONAL 0 x 1 LDU
INTERNACIONAL
Lauro; Bolívar, Índio, Danny Morais e Marcelo Cordeiro; Sandro (Danilo Silva), Guiñazu, Andrezinho (Giuliano) e D’Alessandro; Taison e Alecsandro (Leandrão).
Técnico: Tite.
LDU
Dominguez; Campos, Araujo e Calle (Espinola); Reasco, De La Cruz, Urrutia, Vera, Lara (Graf) e Ambrosi; Bieler (Larrea).
Técnico: Jorge Fossati.
Gols: Bieler, aos 11 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Andrezinho, Índio, Guiñazu (Internacional); De La Cruz, Campos, Calle, Ambrosi, Reasco (LDU).
Cartão vermelho: Bolívar (Internacional).
Estádio: Beira-Rio. Data: 25/06/2009.
Árbitro: Juan Soto (VEN).
Auxiliares: Rafael Yánez (VEN) e Gerardo Quintero (VEN).

Taça Libertadores:Semifinal

ESTUDIANTES (ARG) 1X0 NACIONAL (URU)
Estudiantes vence o Nacional e sai na frente na semifinal da Libertadores



O Estudiantes mostrou mais uma vez sua força no estádio Ciudad de La Plata, que contava apenas com a sua torcida na noite desta quinta. Mesmo sem uma grande apresentação, o time argentino derrotou o Nacional-URU por 1 a 0 na primeira partida da semifinal da Libertadores e manteve os 100% de aproveitamento em casa. A equipe uruguaia, por outro lado, viu sua invencibilidade na competição terminar.

Com o resultado, o Estudiantes joga por um empate na partida de volta, na próxima quarta, em Montevidéu, no estádio Centenário, que contará apenas com os torcedores do Nacional. Se marcarem um gol, os argentinos podem até perder por um gol de diferença.

Quem passar desse confronto pega o vencedor de Grêmio e Cruzeiro, que voltam a se enfrentar na quinta, em Porto Alegre. No primeiro jogo, os mineiros venceram por 3 a 1.

Menos de 15 minutos de emoção

O jogo começou equilibrado, mas o Estudiantes não demorou a se impor. A primeira boa oportunidade para o time da casa surgiu aos sete minutos. Gastón Fernández recebeu bom passe na área, bateu cruzado e Muñoz espalmou. Na sobra, Boselli chutou da marca do pênalti e o goleiro do Nacional fez mais uma grande defesa.

Em uma jogada de talento e experiência de Verón, a equipe argentina conseguiu sair na frente, aos 14 minutos. O capitão do time cobrou falta com rapidez, ainda no campo de defesa e fez grande lançamento para Benítez. O meia cruzou para Galván, de peixinho, abrir o placar.

Depois do gol, os mandantes recuaram, mas o goleiro Andújar não chegou a ter trabalho no restante do primeiro tempo. Mesmo assim a torcida não escondeu a insatisfação com o desempenho da equipe.

Sem Verón, sustos

Na segunda etapa, por outro lado, o Nacional voltou dando mais trabalho para o time da casa, que perdeu Verón, com dores na panturrilha, no intervalo. Logo aos três minutos, García, livre dentro da área, cabeceou para fora e perdeu uma chance incrível. Cinco minutos depois, Biscayzacú aproveitou falha de Desábato e chutou para grande defesa de Mariano Andújar.

A empolgação dos uruguaios parou por aí e o jogo se arrastou até os 44 minutos sem grandes emoções, quando o Estudiantes perdeu grande chance de fazer o segundo. Gastón Fernández deixou Boselli cara a cara com Muñoz, que fez a defesa com o pé esquerdo.

Copa das Confederações:Semifinal

BRASIL 1X0 ÁFRICA DO SUL
Seleção passa sufoco, mas derrota a África do Sul de Joel Santana e vai à final



Não foi fácil vencer as vuvuzelas, a bênção de Nelson Mandela e, principalmente, Joel Santana. A seleção brasileira sofreu para fazer 1 a 0 na África do Sul, nesta quinta-feira, em Joanesburgo. As 48.049 pessoas que foram ao Ellis Park viram os “Bafana Bafana” dominarem a partida, mas a eficiência do time de Dunga prevaleceu e o Brasil vai enfrentar os Estados Unidos na final da Copa das Confederações , domingo, graças a um gol de Daniel Alves de falta aos 42 do segundo tempo. No apito final, a torcida local reconheceu o bom trabalho de sua equipe e aplaudiu os comandados de Joel Santana.



Joel afirmou antes do jogo que não deixaria os donos da casa na retranca. No início, não foi isso que aconteceu: a África do Sul se fechou lá atrás e conseguiu segurar os brasileiros. Mas os “Bafana” gostaram do jogo, foram para o ataque e tiveram boas oportunidades de marcar. O contra-ataque da seleção brasileira pouco funcionou e o gol só saiu nos minutos finais em cobrança de falta, quando a torcida já esperava prorrogação. Daniel Alves havia entrado no lugar de André Santos, lateral-esquerdo, pouco antes.

Enquanto o futebol brasileiro vive polêmica de racismo por causa das acusações na partida entre Cruzeiro e Grêmio, na Libertadores, Brasil e África do Sul deram um bom exemplo nesta quinta. Antes de a bola rolar, o capitão Lúcio leu uma mensagem contra o preconceito racial no microfone, assim como Mokoema, capitão dos donos da casa. Na tribuna de honra, o presidente do país, Jacob Zuma, viu o confronto ao lado de Joseph Blatter, presidente da Fifa.

Esta foi a terceira partida entre Brasil e África do Sul, todas em Joanesburgo. Duas vitórias brasileiras: 3 a 2, em 1996, e 3 a 1, um ano depois, em amistosos. Os sul-africanos enfrentam agora a Espanha, também no domingo, pela disputa do terceiro lugar.

Retranca de Joel não deixa o Brasil se criar

O primeiro chute a gol só saiu com 12 minutos, de Ramires, nas mãos do goleiro Khune. Joel armou a África do Sul na defesa e deixou Parker isolado na frente. Conseguiu segurar o Brasil no início. Para alegria das vuvuzelas, que não pararam de fazer barulho um só minuto no Ellis Park, os donos da casa gostaram do jogo e foram mais perigosos na etapa inicial.



Aos 13, Gaxa quase marcou ao bater da direita, perto da trave do goleiro brasileiro. A África do Sul voltou assustar Julio César aos 21: após falta da direita, Lúcio não subiu e Mokoena tocou de cabeça por cima do gol.

Principal arma brasileira, os contra-ataques não surtiam efeito. A todo instante, o mesmo grito na arquibancada: “Booooooth”. Sinal que o zagueiro Booth, o único branco titular da África do Sul, estava se dando bem contra os atacantes brasileiros.

Aos 27, Luisão fez falta perigosa em Parker, perto da área. Tshabalala cobrou bem, mas Julio César colocou para escanteio. Logo em seguida, Felipe Melo recebeu o primeiro cartão amarelo do Brasil na Copa das Confederações.

A seleção de Dunga assustou os donos da casa aos 30: a bola sobrou para André Santos na esquerda, o lateral bateu cruzado com força e obrigou Khune a se esforçar para defender.

Apesar do frio de 7º, a partida esquentou nos minutos finais. Aos 38, o Brasil teve sua melhor chance. Em jogada individual, Kaká dominou pela esquerda, avançou, driblou Mokoena na entrada da área e chutou rente à trave sul-africana. Três minutos depois, o contra-ataque funcionou de novo: Ramires roubou pela direita e deixou com o novo craque do Real Madrid, que arrancou até a área e bateu no cantinho esquerdo, mas Khune salvou. A África do Sul respondeu aos 42, também com perigo: Pienaar arriscou de fora da área e a bola passou muito perto do gol de Julio César.

Para tentar furar o bloqueio armado por Joel, o Brasil começou o segundo tempo já procurando o ataque. Robinho tentou logo aos dois minutos, de fora da área, para fora. Em cinco minutos, o time de Dunga conseguiu dois escanteios.

A África do Sul conseguiu voltar a dominar e chegou muito perto de marcar aos 12. Modise arriscou de fora da área, a bola bateu nas costas de Luisão e Julio César salvou o Brasil com grande defesa. A jogada incendiou a torcida. Vuvuzelas a todo vapor.

Com a torcida cantando, os donos da casa se empolgaram e foram para frente. Aos 15, André Santos recebeu o segundo cartão amarelo da seleção por falta em Modise, para parar um contra-ataque. O Brasil respondeu com Luís Fabiano, mas Khune pegou. Robinho também tentou, mas a pontaria foi ruim.

O panorama do jogo seguiu o mesmo ao longo da segunda etapa. Bem postada na defesa, a África do Sul seguiu bem fechada atrás, porém sem deixar de ameaçar o Brasil em alguns lances.

A seleção, por outro lado, não desistiu de tentar o ataque. Mas com o jogo afunilado pelo meio, teve muitas dificuladades para criar chances de gol.

Daniel Alves entra para jogar pela esquerda e se torna herói

A partida seguiu sem substituições até os 36 minutos do segundo tempo, quando Dunga surpreendeu ao trocar André Santos pelo lateral-direito Daniel Alves, que jogou solto pela esquerda.

E coube justamente a Daniel Alves resolver a parada, aos 42 minutos. Após falta sofrida por Ramires na entrada da área, o camisa 13 bateu com perfeição, no canto esquerdo do goleiro Khune. A bola ainda bateu na trave antes de entrar.

A partir daí, as vuvuzelas diminuíram a intensidade. A África do Sul ainda tentou na base do abafa o empate, mas quem esteve perto de marcar foi o Brasil, com Luis Fabiano, que perdeu cara a cara com Khune. No fim, muita festa brasileira e palmas da torcida sul-africana para sua equipe, que caiu de pé.

Ficha técnica:
BRASIL 1 x 0 ÁFRICA DO SUL
BRASIL
Julio César, Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos (Daniel Alves); Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires e Kaká; Robinho e Luis Fabiano (Kleberson).
Técnico: Dunga.
ÁFRICA DO SUL
Khune, Gaxa, Booth, Mokoena, e Masilela; Dikgacoi, Mhlongo, Pienaar e Modise; Tshabalala e Parker.
Técnico: Joel Santana.
Gol: Daniel Alves, aos 42 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Felipe Melo, Daniel Alves, André Santos (BRA) e Masilela (AFS).
Estádio: Ellis Park, em Joanesburgo. Data: 25/06/2009.
Árbitro: Massimo Busacca (SUI).
Auxiliares: Mathias Arnett (SUI) e Francesco Buragina (SUI).
Público: 48.049 pessoas

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Taça Libertadores:Semifinal

CRUZEIRO (BRA) 3X1 GRÊMIO (BRA)
Cruzeiro mostra força no Mineirão, bate o Grêmio e está próximo da vaga na final



O Cruzeiro está em vantagem na disputa por uma vaga na final da Taça Libertadores. Nesta quarta-feira, a Raposa derrotou o Grêmio por 3 a 1, no Mineirão, em um jogo cheio de emoção e alternativas (assista aos melhores momentos do confronto no vídeo ao lado). Na próxima quinta-feira, no Olímpico, o time do técnico Adilson Batista pode até perder por 1 a 0 ou por dois gols de diferença (a partir do placar de 4 a 2) que se classifica. Uma vitória por 2 a 0 garante o Tricolor gaúcho na próxima fase, e uma por 3 a 1 leva a decisão aos pênaltis.


Ouça os gols da partida com a narração de Osvaldo Reis, da Rádio Globo

Antes de se reencontrarem, porém, as equipes têm compromissos pelo Brasileirão. A Raposa recebe o Avaí, sábado, no Mineirão, às 18h30m. O Grêmio vai ao Recife para enfrentar o Sport, domingo, na Ilha do Retiro, no mesmo horário.

Competitividade em alto nível em Belo Horizonte

Nervoso, truncado, brigado... Jogo de Libertadores da América é assim mesmo. E quando envolve dois times "copeiros" fica ainda mais empolgante. Bicampeões continentais, Cruzeiro e Grêmio fizeram um primeiro tempo de alto nível de competitividade. Cada centímetro do gramado do Mineirão foi disputado como se fosse o único.


O time de Adilson Batista entrou em campo desfalcado: o zagueiro Léo Fortunato e o lateral-esquerdo Gerson Magrão, machucados, foram vetados horas antes da partida. Thiago Heleno entrou na defesa, mas o técnico foi obrigado a improvisar o volante Marquinhos Paraná na esquerda.

O Tricolor gaúcho investiu em um jogo paciente e de contra-ataques. Quase se deu muito bem. Maxi López e Alex Mineiro tiveram as melhores oportunidades de surpreender a zaga celeste, mas pecaram nas finalizações. Aos cinco minutos, o argentino encarou a marcação de Elicarlos na direita, cruzou certinho para o parceiro, mas o camisa 9 errou o chute. Ele não marca há 125 dias.

O Cruzeiro parecia um time incomodado com a forma que estava disposto em campo. No entanto, era perigoso. Aos oito, a principal característica apareceu. Com toques rápidos, Paraná encontrou Wellington Paulista na área. O atacante esperou o momento certo para fazer o pivô e rolar para a chegada do lateral-direito Jonathan, que chegou em boas condições. O chute com o pé esquerdo, no entanto, ficou fácil para Marcelo Grohe defender.

Durante 13 minutos, os visitantes fizeram valer a experiência do grupo, chegaram duas vezes e passaram muito perto. Primeiro com Alex Mineiro: após cruzamento de Túlio, aos 14, ele subiu sozinho para cabecear, mas Fábio estava atento. Aos 21, Thiago Heleno perdeu a bola no campo de defesa, Maxi López disparou, se livrou da marcação e bateu rasteiro. A bola caprichosamente tocou a trave direita do goleiro Fábio antes de sair pela linha de fundo. Se faltava o gol, sobrava discussão. Kléber e Túlio, Leonardo Silva e Maxi López, Henrique e Souza. Tudo era motivo para esquecer a partida e resolver alguma diferença.

Sorte que o Cruzeiro tem Kléber. Longe da área, quase como um meia, mas sempre perigoso, o Gladiador se apresentou cheio de vontade. Com um lançamento, achou Jonathan na área, aos 29. O lateral teve duas chances, mas Marcelo Grohe salvou. Aos 37, Kléber avançou pela direita, cruzou na cabeça de Wellington Paulista, que não vacilou. Conclusão precisa, fulminante. Logo ele, que no início do ano quase foi para o estádio Olímpico.

Mas o Grêmio é forte, principalmente quando Souza decide jogar o que sabe. Aos 41, ele arriscou de fora da área. De longe mesmo. A bola que parecia ir para a linha de fundo só não entrou porque Fábio, em grande fase, defendeu de mão trocada.

Um jogão com cara de final de campeonato

Alguns torcedores ainda se acomodavam nas arquibancadas do Mineirão, na volta do intervalo, quando o Cruzeiro ampliou. Jogo de Libertadores é assim. Não dá tempo nem de piscar. No primeiro minuto, após cobrança rápida de escanteio, Wagner recebeu a bola, ajeitou o corpo e disparou de esquerda. O chute não saiu tão forte, mas um desvio em Tcheco enganou Marcelo Grohe: 2 a 0.

O gol deixou o Tricolor atordoado, mas também serviu para acordar. Aos sete, Rafael Marques deu uma de atacante, achou Souza livre na área, só que o camisa 8 isolou. O Grêmio sentia principalmente a falta do meia Tcheco, sumido até então. Alex Mineiro, pouco produtivo, teve uma boa chance. Aos 12, ele foi lançado e dividiu com o goleiro Fábio na área. Último lance dele no jogo. Herrera entrou para imprimir velocidade no ataque. E por pouco não conseguiu o resultado no primeiro toque na bola. Lançado na direita, o argentino cruzou rasteiro para o compatriota Maxi López, mas Leonardo Silva chegou para dividir.

MEMÓRIA E.C.: relembre duelos marcantes do clássico azul: Cruzeiro x Grêmio

O desenho do jogo mudou. O Cruzeiro passou a explorar contra-ataques, enquanto o Grêmio se lançava sem muita organização. O terceiro golpe celeste foi duro. Aos 21, Marquinhos Paraná olhou para área, viu Fabinho pedir a bola, e cruzou da ponta esquerda, na cabeça do companheiro: 3 a 0. Primeiro gol do volante com a camisa celeste e gritos de "Tricampeão!" nas arquibancadas. A torcida ainda festejava quando Maxi López e Herrera por pouco não diminuíram, aos 23. Fábio saiu muito bem do gol para defender.

Aos 27 minutos, um lance pouco comum. O árbitro chileno Henrique Osses machucou a perna esquerda e precisou parar o jogo para receber atendimento médico. Como não conseguiu voltar, foi substituído pelo quarto árbitro, Jorge Osorio. Foram quase cinco minutos de interrupção.

E o novo juiz parece ter dado sorte ao Grêmio. Aos 34, Souza cobrou falta com muita categoria e conseguiu diminuir o prejuízo. Foi a primeira vez que o Mineirão ficou em silêncio na partida. Em seis jogos fora de casa na Libertadores, o Tricolor fez gols em todos, e este pode fazer a diferença no Olímpico. O Cruzeiro cansou, parou de jogar e foi pressionado. A bola aérea virou a melhor opção dos gaúchos, mas a zaga celeste conseguiu suportar bem. Mas a vantagem é mineira para o jogo da volta.

CRUZEIRO 3 x 1 GRÊMIO
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Thiago Heleno, Leonardo Silva e Marquinhos Paraná; Fabinho, Elicarlos (Jancarlos), Henrique e Wagner (Bernardo); Kléber e Wellington Paulista
Técnico: Adilson Batista
GRÊMIO
Marcelo Grohe, William Thiego, Léo, Réver e Fábio Santos; Túlio, Adílson, Tcheco e Souza; Alex Mineiro (Herrera) e Maxi López
Técnico: Paulo Autuori
Gols: Wellington Paulista, aos 37 minutos do primeiro tempo; Wagner, a um minuto, Fabinho, aos 21, e Souza, 34 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Elicarlos (Cruzeiro); Marcelo Grohe e Tcheco (Grêmio)
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 24/06/2009
Árbitro: Henrique Osses (CHI) e Jorge Osorio (CHI)
Auxiliares: Cristian Julio (CHI) e Osvaldo Talamilla (CHI)
Público: 51.296 pagantes Renda: R$ 1.387.644,94

Copa das Confederações:Semifinal

ESPANHA 0X2 ESTADOS UNIDOS
Estados Unidos surpreendem o mundo, derrotam os espanhóis e vão à final



Fã de futebol, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve estar dando pulos de alegria na Casa Branca. De virtualmente eliminada na primeira fase, a seleção da Terra do Tio Sam está na final da Copa das Confederações . Jogando com muita bravura, os americanos surpreenderam a Espanha e derrotaram a atual número 1 do ranking da Fifa por 2 a 0, nesta quarta-feira, pela semifinal da Copa das Confederações (confira os gols no vídeo ao lado).

Além de garantir uma inédita vaga na decisão do torneio contra o vencedor de Brasil e África do Sul, os EUA acabaram com uma invencibilidade de quase três anos da Fúria (35 jogos). A última derrota da equipe de Fernando Torres, Villa, Puyol e companhia foi há 933 dias, quando perdeu um amistoso para a Romênia (1 a 0) em 15 de novembro de 2006.



Espanha sem o mesmo ímpeto da estreia

Com a mesma escalação que goleou a Nova Zelândia na estreia, a Espanha começou a partida no estádio Free State, em Bloemfontein, em um ritmo completamente oposto ao da primeira partida na Copa das Confederações. Sem ter nada com isso, os Estados Unidos criaram a primeira boa chance da partida aos oito minutos. Da entrada da área, o meia Dempsey chutou rasteiro e abola tirou tinta da trave de Casillas.

GALERIA DE FOTOS: imagens da vitória americana em Joanesburgo

A primeira investida da Fúria só veio aos 11 minutos. Após cruzamento de Fábregas, o artilheiro Fernando Torres chegou atrasado e acabou escorando para fora do gol.

Com o passar do tempo, a Espanha foi normalizando a partida, controlando as ações e passando a ter quase o dobro de posse de bola que o rival.

Casillas falha, festa dos EUA

No entanto, em um contra-ataque sem muitas pretensões, foram os americanos que abriram o placar aos 27 minutos. Dempsey deu belo passe para Altidore que girou sobre Capdevilla e, na entrada da área, chutou fraco. Casillas, parecendo que esperava uma finalização mais forte, acabou falhando e permitiu a festa dos ianques.

Assustada, a Fúria quase sofreu o segundo gol aos 35 minutos. Após bola alçada, Dempsey cabeceou rente ao poste direito de Casillas.

Aos 44, Fernando Torres, em jogada individual por pouco não igualou o marcador obrigando o goleiro Howard, que defende o Everton-ING, fazer grande defesa com os pés.

Pressão da Fúria, raça americana

No segundo tempo, a Fúria massacrou os americanos no início. Em apenas um minuto e meio, Villa e Xabi Alonso por pouco não empataram em dois chutes poderosos. No primeiro, Howard fez bela defesa. No segundo, a bola passou muito próxima ao travessão.

Os Estados Unidos, por sua vez, buscavam de todas as formas conter a pressão espanhola. Além de Howard, que quando não agarrava contava com a sorte (um chute de Sergio Ramos carimbou a trave aos 18 minutos), os zagueiros defendiam com uma energia impressionante, muitas vezes se atirando de encontro aos arremates adversários.

Até Donovan, que atua como meia-atacante, era visto no miolo da zaga cortando cruzamentos. E toda essa raça dos EUA foi recompensada aos 29 minutos com o próprio Donovan. O jogador do Los Angeles Galaxy deixou o campo de defesa e cruzou uma bola despretensiosa pelo lado direito. Casillas cortou, mas Sergio Ramos, ao tentar dominar e sair jogando, acabou errando e permitiu que a bola sobrasse nos pés de Dempsey que, com o gol vazio, empurrou para o fundo das redes.



Abalados com o surpreendente segundo gol americano, os espanhóis tentaram buscar o empate, mas em vão. Como verdadeiros guerreiros, os atletas dos Estados Unidos seguraram o placar, mesmo com um jogador a menos (Bradley foi expulso aos 41 minutos) e se garantiram na final do próximo domingo em Joanesburgo. Será a primeira vez que os americanos participarão de uma decisão de um torneio organizado pela Fifa.

Ficha técnica:
ESPANHA 0 x 2 EUA
ESPANHA
Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Piqué e Capdevila; Xabi Alonso, Xavi, Fabregas (Cazorla) e Riera (Mata); Torres e Villa.
Técnico: Vicente del Bosque.
EUA
Howard; Spector, Bocanegra, Onyewu, DeMerit; Dempsey (Casey), Bradley, Clark e Donovan; Davies (Feilhaber) e Altidore (Bornstein).
Técnico: Bob Bradley.
Gols: Altidore aos 27 minutos do primeiro tempo. Dempsey aos 29 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Altidore e Donovan (EUA); Capdevilla, Piqué (Espanha)
Cartão vermelho: Bradley (EUA)
Estádio: Free Stadium, Bloemfontein (África do Sul). Data: 24/06/2009.
Árbitro: Jorge Larrionda (URU).
Auxiliares: Mauricio Espinosa (URU) e Pablo Fandino (URU).

terça-feira, 23 de junho de 2009

8 Rodada:Série B

IPATINGA 0X1 FORTALEZA
Fortaleza bate Ipatinga e chega à terceira vitória consecutiva no torneio



Depois de um início de campeonato ruim, o Fortaleza parece ter embalado no torneio. Nesta terça-feira, o Tricolor de Aço derrotou o Ipatinga, fora de casa, por 1 a 0, e chegou à terceira vitória consecutiva na competição (assista ao vídeo). O gol marcado por Marcelo Nicácio fez a equipe chegar aos 10 pontos, em 13º na tabela de classificação. Por sua vez, o Tigre segue com 11 pontos, e caiu para a 9ª posição.

Na próxima rodada, o Ipatinga tentará se reabilitar contra o ABC, fora de casa, na sexta-feira, às 21h. No dia seguinte, o Fortaleza tentará chegar à sua quarta vitória seguida, no clássico contra o Ceará, às 16h10m.

O jogo

As duas equipes fizeram uma primeira etapa sem muitas emoções e sem chances de gol. O placar de 0 a 0 não foi alterado até a saída para o intervalo devido à excessiva cautela apresentada por ambas as equipes.

No segundo tempo, as duas equipes seguiram demonstrando dificuldades nas ações ofensivas. Com isso, prevaleceu a estrela de Marcelo Nicácio. O atacante tentou tocar para um companheiro, mas a zaga interceptou o passe. Contudo, na hora de afastar a bola, o zagueiro caiu e deixou a bola livre para o artilheiro fazer o gol da vitória do Tricolor de Aço.


AMÉRICA - RN 1X2 PONTE PRETA
Com direito a apagão, Ponte Preta bate o América-RN, de virada, no Machadão



Com direito a paralisação de mais de 20 minutos por conta de um apagão dos refletores do estádio Machadão, a Ponte Preta bateu o América-RN por 2 a 1, de virada, nesta terça-feira, na abertura da oitava rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Thoni abriu o placar para o Dragão, enquanto Fabiano Gadelha e Edilson, de falta, viraram a partida para a Macaca na etapa complementar (assista ao vídeo). Com o resultado, a equipe potiguar cai para a quinta posição com 13 pontos. Já a Ponte, em terceiro com 14 pontos, entra no G-4.

A Macaca devolveu o placar do ano passado. A Federação Norte-rio-grandense de Futebol chegou a cogitar o adiamento da partida devido à chuva forte que caiu na capital potiguar e também por uma greve de ônibus.

Na próxima rodada, o América-RN encara o Campinense, em Campina Grande, enquanto a Ponte Preta recebe o Juventude, no Moisés Lucarelli. Os jogos estão marcados para às 16h10m (horário de Brasília).

Confira a classificação da Série B do Campeonato Brasileiro

Mesmo com o mando de campo sendo do América-RN, as equipes se alternaram no ataque. O equilíbrio dava o tom do jogo até os 21 minutos, quando em um rápido contra-ataque, Thoni recebeu o lançamento de Everton, pela direita, avançou e soltou a bomba, inaugurando o placar a favor da equipe potiguar. A bola ainda bateu na trave antes de balançar a rede.

Então, a Ponte teve que correr atrás do prejuízo. Cinco minutos mais tarde, Fabiano Gadelha cobrou falta para dentro da área. No bate-rebate, o goleiro Rodolfo chegou primeiro que o volante Deda, impedindo o empate da Macaca. A equipe campineira passou a dominar as ações, porém não conseguiu concluir em gol até o fim do primeiro tempo.

Apagão paralisa o jogo por mais de 20 minutos

Na etapa complementar, o técnico Pintado sacou Willian e pôs Guilherme para tentar melhorar a marcação pelo setor direito da defesa da Ponte Preta. A alteração funcionou, e a equipe paulista permaneceu em cima do América-RN. O atacante Evando, que recentemente deixou o Avaí, reestreou fazendo a jogada do empate pontepretano. Aos 23, o centroavante escapou pela esquerda e cruzou rasteiro. Fabiano Gadelha recebeu pelo meio e bateu no alto, sem chance para Rodolfo.

O treinador Guilherme Macuglia também mexeu no América-RN. Tirou o estreante Somália e colocou Helinho, para tentar recuperar a movimentação do ataque alvirrubro. Mais tarde, Sandro Hiroshi deixou o jogo para a entrada de Guru. Aos 35, parte dos refletores do estádio Machadão se apagaram devido a um relâmpago, e o árbitro paralisou a partida.

Enquanto a iluminação não foi reestabelecida, os técnicos de América-RN e Ponte Preta reuniram seus jogadores no gramado para tentarem corrigir os erros. Após 25 minutos sem luz, o árbitro reiniciou o jogo. Na sequência, a Ponte Preta conseguiu a virada, com uma bela cobrança de falta de Edilson, de fora da área.

O zagueiro Marinho entrou para reforçar a defesa da Macaca, enquanto a equipe potiguar corria atrás do empate, que não veio. Ainda deu tempo de o goleiro Gilson fazer duas defesas espetaculares para a Ponte. Primeiro, em uma testada à queima-roupa de Lúcio, em seguida, num chute que partiu de fora da área.

domingo, 21 de junho de 2009

7 Rodada:Série A

CRUZEIRO 2X4 BARUERI
Mistão do Cruzeiro não resiste ao Barueri, é goleado e perde longa invencibilidade

Com a cabeça na Taça Libertadores, o Cruzeiro se apresentou abaixo do esperado na noite deste domingo, foi dominado e goleado por 4 a 2 pelo Barueri, no Mineirão. A equipe mista escalada pelo técnico Adilson Batista mostrou completa falta de entrosamento e não suportou o ímpeto do adversário. Com o resultado, cai uma invencibilidade de nove meses da Raposa no Gigante da Pampulha. A equipe não perdia no estádio desde 14 de setembro do ano passado (1 a 0 para o Palmeiras). Os paulistas conseguem a segunda vitória na competição, chegam a dez pontos e assumem o sétimo lugar. A equipe celeste continua com sete, em 15º.

Os times voltam a campo pelo Nacional no sábado da semana que vem. Ambos vão jogar em casa. O Cruzeiro recebe o Avaí, às 18h30m, enquanto o Barueri pega o Atlético-MG, às 16h10m. Antes, porém, os comandados de Adilson Batista terão um compromisso importantíssimo pela competição continental. Na próxima quarta-feira, a Raposa encara o Grêmio, no primeiro jogo da semifinal, em Belo Horizonte, às 21h50m.


Início promissor, queda e empate



Parecia que seria um baile. Mesmo sem usar força máxima, o time de Adilson Batista começou o jogo com disposição. Alguns titulares foram poupados para a disputa da semifinal da Libertadores. Com isso, foi preciso improvisar. O lateral-direito Jonathan, por exemplo, entrou na partida como volante. O zagueiro Vinícius, jogador da base, fez o papel de lateral-esquerdo. O primeiro gol saiu muito rápido. Aos dois minutos, Jonathan recebeu na entrada da área e, antes que a marcação chegasse, bateu cruzado com a perna esquerda (assista ao vídeo ao lado). A abertura do placar teve efeito negativo sobre o grupo celeste. Sonolento, passou a trocar passes no meio-campo e deixou o adversário crescer.

As investidas pelas laterais eram as melhores opções dos paulistas. Por várias vezes o goleiro Fábio foi obrigado a corrigir o posicionamento da defesa na tentativa de evitar surpresas. Esforço inútil. Aos dez minutos, Fernandinho avançou pela esquerda com velocidade, se livrou da marcação de Anderson sem pedir passagem e rolou para o meio da área. Thiago Humberto, com liberdade, deu um tapa na bola, de primeira, para empatar: 1 a 1.



Ao contrário do que os cruzeirenses esperavam, o gol não acordou o semifinalista da Libertadores. Os visitantes partiram para o abafa, mas falhavam no último passe. Se no toque de bola não adiantava, o jeito foi investir na jogada aérea. Aos 24, após escanteio, o zagueiro Andre Luis, ex-Santos, Cruzeiro e Botafogo, subiu muito e cabeceou no ângulo. Fábio, em excelente forma, evitou o pior e mandou pela linha de fundo. No entanto, um minuto depois, na segunda cobrança, houve desvio na primeira trave, e a bola sobrou limpa para Pedrão, de cabeça, fazer o segundo. Ela ainda tocou no poste esquerdo antes de entrar (assista ao vídeo ao lado).

Só depois de sofrer a virada e ouvir muitos gritos de Adilson Batista o Cruzeiro despertou, mas ainda sem muita vibração. A falta de entrosamento da formação escolhida pelo treinador se comprovava com os erros de passe na ligação entre meio-campo e ataque. Foram quase vinte minutos para encaixar uma jogada e chegar à igualdade. Aos 43, Wagner recebeu na esquerda, fez o levantamento para a segunda trave, e Wellington Paulista cabeceou no contrapé do goleiro Renê. Tudo igual no Mineirão: 2 a 2.

Cruzeiro irreconhecível, e Barueri inspirado



Sem substituições, os dois time voltaram para o segundo tempo, e a emoção não demorou a acontecer. Primeiro, Léo Fortunanto atravessou uma bola no meio-campo e por pouco não entregou o jogo. A tarefa ficou com Anderson. No lance seguinte, o zagueiro tentou sair com a bola, mas acabou desarmado por Márcio Careca que, em velocidade, avançou até a entrada da área e tocou com tranquilidade na saída de Fábio (assista ao vídeo ao lado). O erro custou caro para o defensor celeste. A cada toque na bola, Anderson era "homenageado" pela torcida.

Irritado e insatisfeito, Adilson recorreu ao banco de reservas. Kléber, que estava sendo poupado, e Bernardo substituíram Wanderley e Vinícius. Com a mudança, Wagner passou a fazer a função de lateral-esquerdo, equanto Bernardo assumiu a armação das jogadas. As mudanças não surtiram efeito imediato, e o Barueri continuou melhor e mais perigoso.

Perto do quarto gol, o time paulista se lançou ao ataque com velocidade e conseguiu tirar um jogador celeste de campo. Aos 17 minutos, o estreante Fabinho, ex-Corithians, segurou Thiago Humberto pela camisa e evitou que o meia ficasse cara a cara com Fábio. Cartão vermelho para ele. Na cobrança da falta, o camisa 10 do Barueri buscou o canto esquerdo, mas o goleirão evitou o quarto gol dos visitantes.

A primeira e única chance de Kléber só apareceu aos 25 minutos. Ele recebeu passe de Jonathan, ganhou do zagueiro na corrida e bateu forte. A bola subiu demais. O lance até animou ao time que, três minutos depois, teve duas chances em uma só jogada, com Wagner e Wellington Palista. Ambas foram desperdiçadas.

Em vantagem numérica e no placar, além de jogar melhor, o Barueri explorava contra-ataques e levava perigo aos mineiros. Aos 30, Fernandinho tentou repetir a jogada que deu certo no primeiro gol do time. Só que desta vez ele foi parado com falta de Léo Fortunato dentro da área. Na cobrança de pênalti, Pedrão não deu chances para Fábio: 4 a 2. Por muito pouco o Barueri não chegou ao quinto gol. Aos 39, mais uma falha da defesa vulnerável do Cruzeiro, a bola sobrou para Fernandinho na marca do pênalti, mas o atacante chutou para fora. A Raposa não vence há quatro jogos no Nacional.

Ficha técnica:
CRUZEIRO 2 x 4 BARUERI
CRUZEIRO
Fábio; Jancarlos, Léo Fortunato, Anderson e Vinícius (Bernardo); Fabinho, Marquinhos Paraná, Jonathan e Wagner; Wellington Paulista (Zé Carlos) e Wanderley (Kléber).
Técnico: Adilson Batista.
BARUERI
Renê; Andre Luis, Leandro Castan e Xandão; Éder (Marcos Pimentel), Ralf, Ewerton, Thiago Humberto (Val Baiano) e Márcio Careca; Pedrão (João Vitor) e Fernandinho.
Técnico: Estevam Soares.
Gols: Jonathan, aos dois, Thiago Humerto, aos dez minutos, Pedrão, aos 25, e Wellington Paulista, aos 43 do primeiro tempo; Márcio Careca, aos dois, e Pedrão, aos 30 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Wellington Paulista, Kléber, Léo Fortunato e Bernardo (Cruzeiro); Xandão, João Vitor e Val Baiano (Barueri).
Cartão vermelho: Fabinho (Cruzeiro).
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 21/06/2009.
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (RS).
Auxiliares: Julio Cesar Rodrigues Santos (RS) e José Antonio Chaves Franco Filho (RS).


FLAMENGO 4X0 INTERNACIONAL
Com atitude e três gols do Imperador, Fla goleia o desfalcado Inter no Maracanã



O Flamengo superou em parte a crise de relacionamento, as falhas constantes da defesa e as últimas derrotas traumáticas no Campeonato Brasileiro, para Sport (4 a 2) e Coritiba (5 a 0), e goleou o Internacional por 4 a 0, neste domingo, no Maracanã. Em noite de Adriano, que marcou três vezes e pareceu bem mais em forma, o time rubro-negro mostrou uma atitude bem diferente das últimas apresentações no Brasileiro e acabou com a invencibilidade do Colorado na competição. Emerson completou o placar. O resultado dá fôlego ao técnico Cuca, que chegou a ter o cargo ameaçado durante a semana.

Na arquibancada, antes da partida, os torcedores aproveitaram para cobrar um bom desempenho contra o Colorado, que entrou em campo com cinco desfalques (o zagueiro Bolivar, o meia D´Alessandro e o atacante Taison, machucados, e o lateral-esquerdo Kleber e o atacante Nilmar, ambos na seleção brasileira). Faixas com os dizeres "O Flamengo é maior do que tudo e todos" e "Diretoria e jogadores respeitem a a nação" foram exibidas no Maracanã.

Imperador e Sheik colocam o Fla em vantagem

O Flamengo aproveitou o excesso de desfalques do Internacional para impor o seu ritmo de jogo no início da partida. Aos 12, Ibson fez um belo lançamento para Adriano, que invadiu a área completamente livre. O Imperador olhou a posição do goleiro Lauro e deu um leve toque para encobrir o arqueiro e marcar o primeiro do Rubro-Negro. O Inter teve uma boa chance aos 17. Sandro arriscou de fora da área e Bruno fez a defesa.

Fabrício quase marcou o segundo em uma cobrança de falta ensaiada. Aos 30, Juan rolou para Fabrício na intermediária e o zagueiro acertou uma bomba. A bola passou rente à trave de Lauro. O Rubro-Negro seguiu melhor e mantendo a posse de bola. O Colorado só assustava em lances de bola parada.

Aos 35, o Flamengo marcou um belo gol. Léo Moura avançou pelo lado direito e cruzou para Ibson. De forma inteligente, o meia ajeitou de calcanhar e a bola chegou aos pés de Emerson. Com tranquilidade, o atacante chutou para ampliar. O Inter quase diminuiu com Bolaños. Aos 44, o equatoriano recebeu no bico da grande área e tentou encobrir o goleiro Bruno. A bola foi para fora.

Dois minutos depois, o Flamengo fez o terceiro. Adriano cobrou falta com categoria no canto esquerdo de Lauro e ampliou o marcador. Na saída para o intervalo, Emerson deu a tônica do time na etapa inicial.

- Jogamos com atitude. A semana na Granja Comary serviu para isso aí - disse o jogador antes de descer para o vestiário.

Adriano fecha a goleada

O Flamengo voltou para o segundo tempo com a mesma atitude da etapa inicial. O Inter, por sua vez, retornou com duas alterações. O técnico Tite perdeu a paciência com o meia Giuliano e com o equatoriano Bolaños. O treinador apostou nas entradas de Gleidson e Leandrão.

Com o jogo na mão, o Flamengo passou a jogar nos contra-ataques, mantendo a posse de bola. O Inter buscava diminuir a diferença, tentando compensar a péssima apresentação do primeiro tempo. Aos 15, a atenção dos torcedores se voltou para os atletas rubro-negros que estavam no banco e seguiram para o aquecimento. O coro no Maracanã foi um só: "Pet! Pet! Pet!". Tudo por conta de Petkovic, ídolo do clube.

Aos 20, Léo Moura entrou na área e foi derrubado por Gleidson. O lance acabou causando uma divergência entre dois jogadores: Juan e Adriano, que queriam fazer a cobrança do pênalti. No fim das contas, Adriano pegou a bola e foi para a batida. A indefinição revoltou alguns jogadores, principalmente Ibson, que tentou mediar a situação.

Finalmente, aos 22, Adriano cobrou e marcou o quarto gol do Flamengo. Ibson sequer foi comemorar com os companheiros. Após o reinício da partida, o volante ainda discutiu com Adriano e Emerson. Aos 38, o torcedor rubro-negro finalmente reencontrou o ídolo Petkovic. No fim, aplausos e vibração com o show de Adriano: "Ô, o Imperador voltou!"

Ficha técnica:
FLAMENGO 4 x 0 INTERNACIONAL
FLAMENGO
Bruno, Welinton, Fabrício, Ronaldo Angelim, Léo Moura (Fierro), Toró, Willians, Ibson (Petkovic) e Juan; Emerson e Adriano (Everton).
Técnico: Cuca.
INTERNACIONAL
Lauro, Danilo Silva, Índio, Álvaro e Marcelo Cordeiro; Sandro, Guiñazu, Andrezinho e Giuliano (Gleidson); Alecsandro e Bolaños (Leandrão).
Técnico: Tite.
Gols: Adriano, aos 12 minutos, Emerson aos 35 minutos, Adriano, aos 46 minutos do primeiro tempo; Adriano, aos 22 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ronaldo Angelim, Emerson, Fabrício, Bruno (Fla); Guiñazu, Sandro, Giuliano, Gleidson (Inter).
Estádio: Maracanã. Data: 21/06/2009.
Árbitro: José Henrique de Carvalho (RJ).
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e João Bourgalber Chaves (SP).
Renda: R$ 249.961,00. Público: 15.864 pagantes


CORINTHIANS 3X1 SÃO PAULO
Com direito a olé, Timão derruba o São Paulo e comemora: ‘O freguês voltou’



Sobrou olé e gritos de que o “freguês voltou”. A torcida do Corinthians não teve do que reclamar nesta noite, já a do São Paulo... O Timão, na verdade, não precisou nem apresentar o seu melhor futebol para fazer 3 a 1 no rival do Morumbi neste domingo, no estádio do Pacaembu, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. A derrota no clássico, aliás, aumenta o clima de tensão no clube tricolor.

Diferentemente do Alvinegro, que está bem próximo do título da Copa do Brasil, o São Paulo vive o momento mais turbulento dos últimos anos. Foi eliminado da Libertadores pelo Cruzeiro, teve o técnico Muricy Ramalho demitido e ainda perdeu para um dos principais rivais. Para piorar, a situação do Tricolor na tabela do Nacional não é das melhores. Tem apenas sete pontos e namora a zona de rebaixamento.

Já o Corinthians, com o incontestável triunfo desta noite, aumenta para sete o número de jogos sem perder do rival tricolor e sobe para a quinta colocação, bem perto do bloco de frente. A última derrota aconteceu no dia 11 de fevereiro de 2007, pelo Campeonato Paulista. De lá para cá são quatro vitórias alvinegras e três empates. Antes disso, era o São Paulo quem mantinha um tabu. O clube do Morumbi ficou sem saber o que era cair diante do Timão por mais de quatro anos.

Sem compromissos durante a semana, Corinthians e São Paulo voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro no próximo sábado. A equipe do Parque São Jorge encara o Atlético-PR, às 16h10m, na Arena da Baixada, em Curitiba. Já o time do Morumbi tem desafio em casa, diante do Náutico, no mesmo horário.

Pressão, gol e confusão



Como já imaginava, o São Paulo encontrou um forte clima de pressão no estádio Pacaembu na noite deste domingo. A começar pela sua própria torcida. Insatisfeitos com a saída de Muricy Ramalho, demitido após a eliminação da equipe na Taça Libertadores da América, os tricolores gritavam o nome do ex-técnico e entoavam o seguinte canto: “vergonha, vergonha, time sem vergonha”.

Em alta depois da vitória sobre o Internacional, na primeira final da Copa do Brasil, os corintianos aproveitaram e provocaram os rivais gritando: “eliminado, eliminado...”. A bola, então, rolou, e as duas equipes adotaram postura cautelosa no início do jogo. O Timão, sem Dentinho, entrou com Marcelinho ao lado de Jorge Henrique e Ronaldo. E o Tricolor, que teve Washington vetado, teve Hugo e Borges na linha de frente.

Logo aos 6 minutos, uma nota triste para o Corinthians: Marcelo Oliveira, que retornou recentemente após um ano e dez meses afastado, sentiu lesão muscular na coxa esquerda e deu lugar a Diego. No decorrer da partida, principalmente nos 15 minutos iniciais, os dois times abusaram dos erros de passe e não assustaram os goleiros.

Depois de algumas tentativas frustradas de ambos os lados, enfim um chute a gol saiu certo, aos 16 minutos. E foi do são-paulino Richarlyson. Mas Felipe defendeu. Aos 20, foi a vez de Marlos entrar driblando na área e se jogar reclamando pênalti. Três minutos depois, Jean arriscou de longe. O goleiro do Corinthians salvou de novo.

A leve superioridade do São Paulo em campo não foi transformada em gol. Fato que fez o Corinthians acordar na partida. E foi preciso dois lances de perigo para os donos da casa abrirem o placar. Aos 31 minutos, Cristian arriscou de longe e assustou Denis. Mais tarde, aos 37, ele não desperdiçou. Após tabela com Douglas, o volante apareceu na grande área e tocou na saída do goleiro.

No lance, Cristian sentiu um problema muscular e pediu para sair. Jucilei entrou. O gol, aliás, esquentou o clima da partida. Aos 38, Júnior César entrou forte em Douglas, que acusou o são-paulino de ser maldoso e avisou que teria volta. Em seguida, ainda por conta desse lance, Jorge Henrique e Hugo se desentenderam. A confusão continuou depois em discussão entre Mano Menezes e Milton Cruz, interino do São Paulo.

Só deu Timão



Em desvantagem no placar, o São Paulo logo foi para cima do Corinthians no segundo tempo. No primeiro minuto, Hugo arriscou de longe e viu Felipe defender. Aos 2 foi a vez de Marlos aparecer bem na área, mas o chute saiu fraco, sem perigo para o goleiro alvinegro. Depois desses dois sustos, o Timão ressurgiu no jogo. E bem.

Primeiro com Diego, aos 4 minutos. O zagueiro apareceu bem no ataque, dominou a bola e chutou rasteiro. Denis fez boa defesa. Aos 9 minutos, o Fenômeno assustou os tricolores. Após passe de Douglas, o atacante dominou, cortou um marcador e arriscou de perna esquerda, de fora da área. O defensor são-paulino salvou.

Perdido em campo, o clube do Morumbi não suportou a pressão alvinegra e sofreu o segundo gol. Aos 12 minutos, após falta de Eduardo Costa em Marcelinho, o zagueiro Chicão cobrou com perfeição e acertou o ângulo esquerdo de Denis. A Fiel, então, explodiu nas arquibancadas e começou a gritar “olé” a cada toque dos corintianos.

Assim como no começo do jogo, os são-paulinos responderam com os gritos pró-Muricy Ramalho. Porém eles foram calados novamente pelos alvinegros, que falavam assim: “ô, o freguês voltou, o freguês voltou”. Aos 17 minutos, mais uma chance para Ronaldo. O Fenômeno puxou o contra-ataque, mas perdeu a bola.

Sem ser pressionado pelo São Paulo, o Corinthians tocou com calma e quase chegou ao terceiro gol aos 23 minutos. Marcelinho fez boa jogada pela esquerda e cruzou para o meio da área. Ronaldo tentou de carrinho, porém não alcançou. Aos 25, mais uma vez o atacante tentou levar o Timão ao ataque, mas passou errado.

Ainda aos gritos de olé da torcida, os donos da casa tocaram a bola com facilidade no meio-campo. Foi então que Jucilei começou a brilhar. Aos 26 minutos, ele resolveu avançar sozinho para a grande área e chutar para desvio de Denis. Na cobrança do escanteio, o volante cabeceou para o chão e marcou o terceiro do Corinthians.

O lance parecia ter derrubado o São Paulo em campo. Infernizado pelo gritos de olé da torcida corintiana, o time tricolor ficou ainda mais abatido em campo. Mas aos 35 minutos esboçou uma reação. Richarlyson apareceu bem na grande área e bateu forte para diminuir.

Ficha técnica:
CORINTHIANS 3x1 SÃO PAULO
CORINTHIANS
Felipe; Diogo, William, Chicão e Marcelo Oliveira (Diego); Cristian (Jucilei), Elias e Douglas; Jorge Henrique, Marcelinho (Jean) e Ronaldo.
Técnico: Mano Menezes.
SÃO PAULO
Denis; André Dias, Jean Rolt (Jorge Wagner) e Renato Silva; Jean (Arouca), Eduardo Costa, Richarlyson, Marlos e Júnior César; Hugo (Oscar) e Borges.
Técnico: Milton Cruz.
Gols: Cristian, aos 37 minutos do primeiro tempo; Chicão, aos 12, Jucilei, aos 27, Richarlyson, aos 35 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Diogo, Jorge Henrique, William (C); Marlos, Hugo, Jean Rolt, André Dias (SP).
Público: 15.371 pagantes. Renda: R$ 487.054,00
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 21/06/2009.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (SP).
Auxiliares: Vicente Romano Neto (ES) e Márcio Luiz Augusto (SP).


SANTOS 2X3 ATLÉTICO - MG
Galo encurrala o Peixe e vence, de virada, jogo que terminou duas vezes



O Atlético-MG está se tornando o bicho-papão das primeiras rodadas do Brasileirão. Invicto na competição, o Galo não tomou conhecimento do Santos e venceu mais uma: 3 a 2, neste domingo à noite, na Vila Belmiro. O Peixe - que perdeu Fábio Costa logo no começo do jogo, por lesão - saiu na frente, mas não foi páreo para a rapidez e a intensa movimentação dos jogadores de frente do Galo, que mataram o jogo nos contra-ataques no segundo tempo.

O jogo terminou de maneira muito confusa. O árbitro Djalma Beltrami apitou o fim antes do tempo, percebeu o erro e recomeçou a partida. Em seguida, o Peixe marcou o gol de empate, mas o juiz anulou equivocadamente, alegando falta de Kléber Pereira.

O Atlético-MG, que conseguiu sua terceira vitória em quatro jogos fora de casa, segue na primeira colocação, com 17 pontos, três a mais do que o vice-líder Inter. Na próxima rodada, pega o Barueri fora de casa, às 16h10m de sábado. O Santos, que somou apenas um ponto nos últimos três jogos, tem nove e está em décimo lugar. No domingo, faz o clássico contra o Palmeiras, às 16h, no Palestra Itália.


Peixe domina e sai na frente

Após perder para o Botafogo por 2 a 0, no Rio, numa partida irreconhecível de seus principais jogadores, o Santos entrou em campo neste domingo disposto a se reabilitar. Mesmo diante de um líder que está invicto fora de casa, o Peixe encontrou espaços para jogar.

O técnico Vagner Mancini optou por escalar Neymar, deixando Molina no banco. E o garoto não fez feio. Logo no primeiro minuto, acertou um belo voleio e mandou a bola no travessão. Como ia muito para frente, o Santos deixava espaços em sua defesa. O Galo chegou a se aproximar da área adversária, mas sem conseguir arrematar com correção.

Aos sete minutos, um susto: Fábio Costa saiu para cortar um lançamento para Diego Tardelli com um carrinho, prendeu o pé direito na grama e torceu joelho e tornozelo. Deixou o gramado chorando, com suspeita de lesão de ligamentos.



Entre os 15 e os 25 minutos, o Atlético chegou a ter o domínio da posse de bola, mas o Peixe era mais incisivo. E Neymar estava inspirado. Aos 28, ele recebeu passe de Wagner Diniz e mandou por cobertura. Faria um golaço se o zagueiro Werley não tirasse em cima da linha.

De tanto insistir, Neymar acabou marcando o seu golaço. Aos 45, a zaga do Galo tentou afastar a bola com um chutão. O garoto, que estava na entrada da área, matou a bola com o pé direito e emendou logo de pé esquerdo, acertando o cantinho esquerdo de Aranha.


Galo acorda e vira o jogo

O Atlético voltou melhor no segundo tempo. Provando que é mesmo um visitante indigesto, foi para cima do Peixe. Adiantou sua marcação e deixou o time da casa acuado, sem conseguir trocar passes. Aos 16, a bola foi levantada na área santista. A zaga afastou, mas a bola caiu no pé esquerdo de Diego Tardelli, que completou de primeira, no ângulo. Mais um golaço na Vila.

O gol do Galo colocou fogo no jogo. O Peixe acordou e respondeu logo em seguida, aos 17. Wagner Diniz fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro para a área. Léo, com o gol aberto à sua frente, pegou mal e jogou a bola nas mãos de Aranha. O lance não assustou o Atlético, que continuou melhor. Aos 20, Evandro recebeu na entrada da área, deixou Roberto Brum no chão com um drible seco e chutou no canto esquerdo, virando a partida.

O Santos voltou a demonstrar os seus problemas defensivos. Roberto Brum e Rodrigo Souto marcavam mal, e os atacantes do Galo apareciam livres à frente da zaga. A movimentação constante de Evandro, Éder Luís e Diego Tardelli bagunçou a defesa alvinegra, que parecia não saber para onde correr.



Maikon Leite entra e se machuca

Vagner Mancini resolveu mexer no time, trocando Neymar e Paulo Henrique por Maikon Leite e Molina. Paulo de fato não vinha bem, mas Neymar era o santista mais lúcido em campo. A torcida reprovou as substituições e vaiou.

O jogo era todo do Atlético. O Santos, completamente bagunçado, tentou ir para o abafa e deixou um latifúndio no meio. Nos contra-ataques, os visitantes acabaram matando o jogo. Aos 30, Carlos Alberto foi lançado na direita. Ele avançou sozinho pela direita, a partir da linha de meio-campo, e tocou na saída de Douglas.

Para provar que a noite não era mesmo santista, aos 40, Maikon Leite machucou o joelho direito, o mesmo operado em 2008, e deixou o gramado chorando. Como Mancini já havia feito as três alterações, o Peixe terminou o jogo com dez jogadores.

Mais na base da vontade do que na organização tática, o Santos foi para cima tentando diminuir o prejuízo. Aos 43, Kléber Pereira ganhou disputa com a zaga e a bola sobrou para Léo chutar de pé direito e estufar a rede.

No fim, o árbitro Djalma Beltrami originou uma enorme confusão. Após anunciar quatro minutos de acréscimo, apitou o término da partida com com 47. Os santistas reclamaram, e a partida recomeçou. Aos 50, o Peixe empatou, com um gol de Molina, mas o juiz invalidou o lance marcando falta inexistente de Kléber Pereira. Léo reclamou muito e foi expulso.


Ficha técnica:
SANTOS 2 x 3 ATLÉTICO-MG
SANTOS
Fábio Costa (Douglas), Wagner Diniz, Fabão, Fabiano Eller e Léo; Roberto Brum, Rodrigo Souto, Paulo Henrique Lima (Molina) e Madson; Neymar (Maikon Leite) e Kléber Pereira.
Técnico: Vagner Mancini.
ATLÉTICO-MG
Aranha, Carlos Alberto, Welton Felipe, Werley e Chiquinho (Marcos Rocha), Renan, Jonílson, Márcio Araújo e Evandro; Éder Luís (Serginho) e Diego Tardelli (Renan Oliveira)
Técnico: Celso Roth.
Gols: Neymar, aos 45 do primeiro tempo; Diego Tardellli, aos 15, Evandro, aos 20, Carlos Alberto, aos 30, e Léo, aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fabiano Eller, Wagner Diniz, Paulo Henrique (Santos), Evandro, Marcos Rocha, Welton Felipe, Aranha (Atlético-MG).
Cartão vermelho: Léo (Santos).
Estádio: Vila Belmiro, em Santos. Data: 21/06/2009.
Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ).
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (RJ) e Ricardo Mauricio Ferreira de Almeida (RJ).
Público e renda: 7.214 pagantes e R$110.640,00