sábado, 31 de maio de 2008

4 Rodada:Série B

CORINTHIANS 2X0 FORTALEZA
Timão 100% bate Fortaleza em casa

O Corinthians está imbatível na Série B do Campeonato Brasileiro. Na tarde deste sábado, no estádio do Pacaembu, o time paulista não deu chance ao Fortaleza e fez 2 a 0, em partida válida pela quarta rodada. Assim, o Timão mantém 100% de aproveitamento na competição e lidera de maneira isolada com 12 pontos.

A equipe cerense, que estava de olho na primeira colocação, continua com sete pontos. Essa, aliás, foi a primeira derrota na competição. Antes tinha vencido duas vezes e empatado outra. Apática, a equipe tricolor pouco levou perigo e ainda teve o lateral Márcio Azevedo e o técnico Heriberto da Cunha expulsos.

Melhor para o Corinthians de Mano Menezes, que mesmo com alguns jogadores titulares poupados para a Copa do Brasil não perdeu sua força na Segundona. Foi ao ataque, envolveu o adversário no meio-de-campo e criou volume suficiente para construir uma goleada. Só que apenas Alessandro e Herrera marcaram.



Na próxima rodada, o Fortaleza enfrenta o Avaí, na capital cearense, na sexta-feira, às 20h30m. O Timão, por sua vez, joga no sábado, às 16h, contra o Grêmio Barueri, fora de casa.



Antes disso, porém, o Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira, no estádio do Morumbi, às 21h50, para iniciar a última batalha pelo título da Copa do Brasil. A equipe alvinegra recebe os pernambucanos do Sport. O segundo jogo da grande final será no próximo dia 11, na Ilha do Retiro, no Recife.



O primeiro lance de perigo neste sábado não foi contra nenhum dos gols, mas sim contra o jovem Lulinha. Aos dois minutos, o meia-atacante levou a pior em dividida na linha de fundo e caiu na escadaria de acesso ao antigo vestiário do Pacaembu. Sentindo muitas dores, ele foi substituído aos 15 minutos por Alessandro.

E foi o próprio Alessandro quem fez a pressão corintiana ser convertida em gol. Aos 22 minutos, após cobrança de falta de André Santos da esquerda, a bola sobrou no rebote e ele chutou forte. O desvio na zaga enganou o goleiro Tiago Cardoso. Foi o primeiro gol do camisa 5 pelo time do Parque São Jorge.

Antes do gol, o Corinthians dominava totalmente a partida. O meia Douglas tomou conta do meio-de-campo e distribuiu bem o jogo. No entanto, as jogadas de perigo eram raras. Mas depois que ficou em vantagem no placar, o Timão foi com muito mais força ao ataque e por duas vezes teve ótima chance de aumentar.

Aos 31 minutos, a bola sobrou para o atacante Lima na grande área e ele bateu forte de direita. Bem colocado, o goleiro Tiago Cardoso fez boa defesa. Aos 39, um lance incrível. Após cabeçada de Lima, Fábio Ferreira pegou o rebote na pequena área e chutou para fora. Se tivesse tocado, quatro corintianos esperavam para concluir.



Na etapa final, o Fortaleza não iniciou tão apático quanto no primeiro tempo e até conseguiu partir para cima do Corinthians. Mas os donos da casa logo se impuseram e não deram mais espaço ao time cearense. A torcida, porém, não estava satisfeita só com isso. Queria mais. E por isso clamou por Herrera.

O nome do argentino foi gritado pela maioria dos torcedores no Pacaembu e o técnico Mano Menezes o chamou para entrar no lugar de Lima – o camisa 17 tinha iniciado no banco porque foi poupado para a final da Copa do Brasil. E como o torcedor queria, Herrera foi decisivo.

Primeiro ele sofreu falta de Márcio Azevedo aos 29 minutos e viu o lateral-esquerdo, que esteve na mira do Timão recentemente, ser expulso. Depois, aos 34, ele recebeu passe de Elias, dominou, ajeitou e bateu colocado para fazer seu quarto gol na Série B do Campeonato Brasileiro e completar mais uma vitória alvinegra.


Ficha do jogo
CORINTHIANS 2x0 FORTALEZA
CORINTHIANS
Felipe; Carlos Alberto, Fábio Ferreira, William e André Santos; Fabinho, Elias, Lulinha (Alessandro) e Douglas; Lima (Herrera) e Acosta (Marcel).
Técnico: Mano Menezes.
FORTALEZA
Tiago Cardoso; Vitor, Erandir e Preto; Simão, Leandro, Dude (Júnior Cearense), Paulo Isidoro e Márcio Azevedo; Osvaldo (Lúcio) e Rômulo (Leo Jaime).
Técnico: Heriberto da Cunha.
Gols: .Alessandro, aos 22 minutos do primeiro tempo; Herrera, aos 34 do segundo tempo
Cartões amarelos: Carlos Alberto (C); Simão, Leandro, Júnior Cearense (F)
Cartão vermelho: Márcio Azevedo (F)
Público: 22.194 pagantes . Renda: R$ 412.111,00.
Estádio: Pacaembu. Data: 31/05/2008.
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF).
Auxiliares: Renato Miguel Vieira (DF) e Marcia Bezerra Lopes Caetano (RO).

BAHIA 0X1 BARUERI
Bahia perde mais uma, e Barueri dá um pulo na tabela

O Bahia perdeu para o Barueri por 1 a 0, no Estádio Jóia da Princesa, em Feira de Santana, neste sábado, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Com a derrota, o Tricolor segue com quatro pontos, agora em quatro jogos. O Barueri deu um salto na tabela e chegou a oito pontos. Foi a segunda derrota seguida do time baiano.



Primeiro tempo


Diante de sua torcida, o Bahia partiu para cima do adversário no início da partida. Embora tocasse bem a bola e tivesse um domínio maior, foi o visitante que levou mais perigo no primeiro tempo. Quando chegava ao gol adversário, obrigada o goleiro Darci a fazer boas defesas.



Aos 13 minutos, o estreante Luciano Ferreira quase marcou de calcanhar, mas o árbitro já havia marcado o impedimento do atleta. A resposta do Barueri foi rápida, e o lateral-esquerdo Guigov fez um golaço de fora da área, aos 17.



Até aí, o jogo estava equilibrado, com uma leve vantagem para o Tricolor. Com o tento, o Barueri cresceu e começou a ameaçar com rápidos contra-ataques. Fim da etapa inicial, e o Bahia, que começou a rodada com o segundo pior ataque da competição ao lado do Gama, seguiu com dificuldade de marcar.



Etapa final


Para tentar virar o jogo, o Bahia voltou a campo mais ofensivo, com Ananias e Bruno Lopes, 19 anos, que estreou no time profissional. Saíram Luciano Ferreira e Elias. Porém, foi o Barueri que quase marcou, aos 9 minutos. O Tricolor cresceu na segunda metade e, por duas vezes, esteve perto de empatar: aos 36, com Bruno Lopes, e aos 41, com Bruno Meneghel, que também entrou na etapa final. Porém, não conseguiu tirar o zero do placar.


AMÉRICA-RN 2X1 PONTE PRETA
Contra a Ponte, Dragão conquista primeira vitória na Segundona

Em jogo disputado debaixo de muita chuva e com o gramado do Machadão bastante castigado, o América-RN venceu a Ponte Preta por 2 a 1 neste sábado, em Natal. Renato abriu o placar para os paulistas, e Jefferson e Fábio Neves viraram o placar na primeira vitória do Dragão na Série B.

Agora com três pontos, o time nordestino encara o Vila Nova fora de casa na próxima rodada. A Ponte, que permaneceu com seis, pega o Gama em Campinas.



O jogo


Com a dificuldade de fazer um bom de futebol por conta do gramado, os jogadores tentavam se superar na base da raça. As poças d'água atrapalhavam os passes. Aos 34 minutos do primeiro tempo, o América já tinha errado 16, contra 25 dos visitantes. A bola acabou ficando mais tempo no meio de campo, com as equipes criando boas chances.

Nos 45 minutos iniciais, apenas dois lances dignos de registro. Pelo Dragão, Emerson bateu falta, a bola desviou na zaga e sobrou com Daniel na área. O meia bateu forte e o goleiro Dênis desviou para escanteio, aos 14.

A Ponte, por sua vez, reclamou de um pênalti. Com 36 de jogo, Juliano caiu na área após choque o lateral Raí. O árbitro Wilson Souza de Mendonça mandou o jogo seguir.

A segunda etapa começou bem mais movimentada no ataque. Logo com oito minutos, Renato recebeu na área e bateu cruzado por baixo de Fabiano, que conseguiu desviar a bola, mas não evitar o gol: Ponte 1 a 0.



Virada americana


A vantagem dos paulistas, no entanto, só durou dois minutos. Jefferson avançou até a intermediária, arriscou dali mesmo e fez o primeiro gol do Dragão na Série B. A bola quicou no gramado molhado, ganhou velocidade e enganou Dênis.

O gol animou o time da casa e o gol da virada saiu pouco depois. Aos 22, Marcelo Nicácio recebeu na área, tentou girar em cima da marcação e a bola sobrou para Fábio Neves tocar no canto esquerdo de Dênis.

Fabiano garantiu a vitória americana em um lance aos 32 minutos. Moraes dominou na área e tocou no canto esquerdo. O camisa 1 do Dragão esticou o braço e desviou para escanteio.

GAMA 0X2 ABC
ABC derrota o Gama fora de casa

O último jogo da quarta rodada da Série B terminou com vitória dos visitantes. O ABC foi até o Distrito Federal e derrotou o Gama por 2 a 0, deixando a equipe candanga como a única sem marcar pontos até o momento. Alysson, aos 29 minutos do primeiro tempo, e Bosco, aos cinco da etapa final, fizeram os gols da partida.

Com o resultado, o ABC chegou aos sete pontos e é o sexto colocado. Na próxima rodada, a equipe potiguar encara o Juventude dentro de casa. O Gama tentará marcar seu primeiro ponto na competição contra a Ponte Preta, em Campinas.

Amistosos

ALEMANHA 2X1 SÉRVIA
Bomba de falta de Ballack garante vitória suada da Alemanha sobre a Sérvia


Sem muito brilho a Alemanha derrotou a Sérvia, por 2 a 1, de virada, neste sábado, em amistoso realizado no estádio do Schalke 04, na cidade de Gelsenkirchen. Foi o último jogo do time do técnico Joachim Löw em solo germânico antes da disputa da Eurocopa, que começa na próxima semana.

Mesmo com o apoio da torcida, a Alemanha começou mal a partida e, aos 18 minutos, viu Jankovic abrir o placar. O empate só veio aos 29 minutos do segundo tempo, com o veterano Neuville. O craque da equipe, o meia Michael Ballack, garantiu a virada com uma bomba em cobrança de falta aos 37 minutos da etapa final.

PORTUGAL 2X0 GEÓRGIA


Sem muitas dificuldades, a seleção de Portugal derrotou a Geórgia, por 2 a 0, no último amistoso na Terrinha antes da disputa da Eurocopa. A partida foi realizada no estádio de Fontelo, na cidade de Viseu, local onde a seleção de Felipão estava concentrada há quase duas semanas.

Com Cristiano Ronaldo e Deco como titulares, Portugal começou pressionando a fraca seleção da ex-União Soviética. Depois de desperdiçar algumas oportunidades, os ‘gajos’ de Scolari abriram o placar aos 19 minutos. João Moutinho, do Sporting, dominou com estilo, deu uma embaixada com o joelho e, de bate-pronto, colocou a bola no fundo das redes do goleiro Loria.

Ainda no primeiro tempo, Simão recebeu belo passe de Petit e foi derrubado pelo arqueiro da Geórgia dentro da área. Na cobrança, o próprio atacante do Atlético de Madri cobrou com maestria e ampliou o placar aos 45 minutos.

Portugal está no Grupo A da Eurocopa de 2008, ao lado da co-anfitriã Suíça, da República Tcheca e da Turquia - esta última adversária da estréia, no dia 7, no Stade de Genève, em Genebra.

A equipe de Felipão faz a segunda partida diante dos tchecos no dia 11, novamente em Genebra, e encerra sua participação na primeira fase contra os anfitriões, dia 15, no estádio St. Jakob Park, em Basiléia.





FRANÇA 0X0 PARAGUAI
Adversário do Brasil, Paraguai segura França em amistoso na Europa

Em jogo de baixo nível técnico, a seleção da França não passou de um magro 0 a 0 com o Paraguai, em Toulouse, no último amistoso da equipe antes da disputa da Eurocopa.

Os sul-americanos, por sua vez, usaram a partida como preparação para o duelo contra o Brasil, no próximo dia 15 de junho, pelas eliminatórias para Copa do Mundo de 2010.

O único lance de grande perigo aconteceu somente aos 40 minutos do segundo tempo, quando Govou, meia-atacante do Lyon, acertou a trave do goleiro Villar.



A partida de hoje foi uma reedição do confronto das oitavas-de-final da Copa de 1998. Naquela oportunidade, após um jogo bastante disputado, o zagueiro francês Laurent Blanc marcou o gol de ouro aos oito minutos do segundo tempo da prorrogação.


ESPANHA 2X1 PERU
No sufoco, Espanha derrota peruanos


Em amistoso realizado na cidade de Huelva, a Espanha bateu, no sufoco, a seleção do Peru por 2 a 1, neste sábado. Foi o último jogo da Fúria antes da disputa da Eurocopa que começa na próxima semana, na Áustria e na Suíça.

Depois de dominar todas as ações na primeira etapa, a Espanha, do técnico Luis Aragonés, abriu o placar com David Villa aos 37 minutos. No segundo tempo, a Fúria acabou cochilando e permitiu o empate da equipe sul-americana aos 30 minutos. Rengifo foi o autor do gol peruano.



No entanto, aos 47 da etapa final, Capdevila garantiu o triunfo da Fúria.



A Espanha está no grupo D do torneio europeu e estréia contra a Rússia no dia 10 em Innsbruck. A equipe treinada por Luis Aragonés ainda vai enfrentar a Suécia no dia 14 e encerrará sua participação na primeira fase contra a Grécia, atual campeã da Eurocopa, em 18 de junho.

Já o Peru, lanterna das Eliminatórias sul-americanas da Copa de 2010, vai enfrentar a Colômbia, em Lima, no dia 14. Em 17 de junho, os peruanos vão à Montevidéu para enfrentar o Uruguai.


Rodada de Sábado

VASCO 2X1 GRÊMIO
Jean brilha, e Vasco vence o Grêmio de virada

Depois da eliminação da Copa do Brasil, a reabilitação do Vasco tem um nome: Jean. O atacante entrou no segundo tempo e marcou os gols do time cruzmaltino na vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio, neste sábado, em São Januário, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor gaúcho perdeu a invencibilidade e sofreu seus primeiros gols na competição.



Na próxima rodada, o Vasco vai a Belo Horizonte enfrentar o líder Cruzeiro, no domingo. No mesmo dia, o Grêmio recebe o Fluminense em Porto Alegre, buscando a reabilitação no Brasileirão.



O Vasco iniciou a partida tendo maior posse de bola, e, com isso, conseguindo chegar com mais freqüência ao gol adversário. E a primeira grande chance do jogo foi cruzmaltina. Após um belo lançamento de Morais pela direita, Wagner Diniz recebeu e cruzou rasteiro. Alan Kardec e Leandro Amaral não alcançaram a bola, que sobrou para Madson, mas o lateral chutou para fora.

Ao sair para a frente, o Vasco deixava muitos espaços. E foi aproveitando essas brechas que o Grêmio cresceu na partida, utilizando a velocidade como arma para surpreender o adversário. Aos oito minutos, Roger avançou pela direita e não foi incomodado até entrar na grande área e chutar, mas sem mira alguma.

O lance deu ainda mais confiança ao Grêmio, que conseguia criar boas jogadas de contra-ataque. Três minutos depois, Roger desperdiçou outra boa chance. Soares lançou Paulo Sérgio na direita. O lateral avançou e cruzou para o camisa 10, que, novamente dentro da área, chutou para fora.

O time da casa, então acordou, e passou a ter mais a iniciativa das jogadas. O primeiro gol quase saiu num contra-ataque, iniciado após uma cobrança de falta do Grêmio. Morais arrancou e tocou para Wagner Diniz. Pelo lado direito, o lateral recebeu e chutou cruzado, mas para fora.

Apesar do domínio, o Vasco pecava nas conclusões. Mas o Grêmio foi mais eficiente nesse fundamento, e abriu o placar aos 30 minutos. Numa boa jogada trabalhada, Paulo Sérgio cruzou pelo lado direito, e a bola foi com perfeição na cabeça de Reinaldo. O atacante cabeceou para o chão, no canto esquerdo de Tiago, fazendo 1 a 0.

O gol passou a irritar a torcida do Vasco, que vaiava a equipe a cada saída lenta para o ataque. O time conseguia chegar na entrada da área do Grêmio, mas não encontrava o caminho para penetrar na área adversária. E foi com um chute de longa distância que o time cruzmaltino assustou aos 37 minutos. Morais fez jogada individual e rolou de calcanhar para Leandro Bomfim, que chutou forte, rente à trave direita de Victor.





Jean entra no intervalo e empata para o Vasco







Na volta para o segundo tempo, o Vasco apareceu com Jean no lugar de Morais. O objetivo de Antônio Lopes era dar maior movimentação à equipe para encontrar espaços na fechada defesa do Grêmio. E o resultado não demorou muito a aparecer. Jean recebeu na entrada da área, ajeitou e chutou forte no canto esquerdo de Victor, empatando a partida.

Em seguida, o técnico Celso Roth substituiu Soares por Marcel, buscando ganhar vantagem nas bolas aéreas. Já Antônio Lopes tirou o grandalhão Alan Kardec e promoveu a estréia de Landu, que era uma opção de maior velocidade. A partida neste momento estava equilibrada, com as duas equipes não conseguindo chegar de forma efetiva ao gol adversário.



Aos 26 minutos, o Grêmio fez uso da principal característica de Marcel. Anderson Pico cruzou pela esquerda, e o atacante cabeceou. Apesar do quique da bola no campo molhado pela chuva, o goleiro Tiago defendeu com segurança. A partir de então, o time gaúcho passou a adotar uma postura mais defensiva, com a entrada do volante Makelele no lugar do atacante Reinaldo, machucado.



A punição ao Grêmio veio logo em seguida. Wagner Diniz avançou pelo lado direito e cruzou rasteiro para Jean, que chutou. A bola explodiu na zaga e voltou para o atacante, que emendou para o gol, fazendo 2 a 1 para o Vasco, aos 30 minutos.



Como último recurso, o técnico Celso Roth colocou em campo o atacante Jonas no lugar de Roger. Mas com uma confiança maior, o Vasco abusava da velocidade para surpreender o Grêmio, que buscava o empate. A equipe cruzmaltina investia nas jogadas de Madson e Jean pelo lado esquerdo.



Nos minutos finais, o Vasco procurou manter a bola em seu campo ofensivo, ganhando tempo. O Grêmio, mesmo já com dois atacantes, não mostrou o ímpeto necessário para buscar ao menos o empate. Aos 48 minutos, Jonas ainda perdeu uma grande oportunidade.





Ficha do jogo
VASCO 2 x 1 GRÊMIO
VASCO
Tiago, Luizão, Jorge Luiz e Rodrigo Antônio; Wagner Diniz, Jonílson, Leandro Bomfim, Morais (Jean) e Madson (Souza); Leandro Amaral e Alan Kardec (Landu).
Técnico: Antônio Lopes.
GRÊMIO
Victor, Léo, Pereira e Réver; Paulo Sérgio, Eduardo Costa, Rafael Carioca, Roger (Jonas) e Anderson Pico; Soares (Marcel) e Reinaldo (Makelele).
Técnico: Celso Roth.
Gols: Reinaldo, aos 30 minutos do primeiro tempo; Jean, aos 7 e aos 30 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Leandro Bomfim, Jean (Vasco); Léo, Paulo Sérgio, Pereira, Reinaldo, Rafael Carioca (Grêmio). Público: 3.402 pagantes. Renda: R$ 56.445,00.
Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 31/05/2008.
Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP).
Auxiliares: Ednilson Corona (Fifa/SP) e Carlos Berkenbrock (SC).

INTERNACIONAL 1X1 SPORT
Inter fica no empate com o Sport


Vivendo a expectativa pela situação do técnico Abel Braga, que pode sair a qualquer momento, o Internacional ficou apenas no empate de 1 a 1 com o Sport, neste sábado, no Beira-Rio. Alex e Leandro Machado marcaram os gols da partida. Assim, o Colorado não conseguiu vingar a eliminação na Copa do Brasil deste ano, na qual o time pernambucano é um dos finalistas.

Agora com quatro pontos em quatro jogos no Brasileirão, o Inter joga fora de casa na próxima rodada, contra a Portuguesa. O Sport, por sua vez, joga em seus domínios. Pegará mais um time que eliminou na Copa do Brasil: o Palmeiras.

Chance de gol é o que não faltou no primeiro tempo. Principalmente pelo lado do Inter, que começou abrindo o placar logo aos seis minutos. Passe de Nilmar e chute rasteiro de Alex, no canto esquerdo. Aos dez, jogada parecida. O atacante tocou para o camisa 10, mas Magrão desta vez conseguiu intervir.

O Colorado chegou a marcar o segundo gol, mas este foi anulado. Marcão cruzou para Sidnei, impedido, balançar a rede.

Parecia que o Inter conseguiria marcar mais gols em pouco tempo. Entretanto, foi o Sport quem marcou logo depois, aos 13. Luisinho Netto bateu escanteio da direita, Dutra desviou de escanteio e Leandro Machado completou para o gol. Criado no Inter, o atacante não comemorou.

A equipe visitante quase virou o placar. Com 21 de jogo, Luisinho Netto cruzou da direita, Dutra tirou Adriano da marcação só com o domínio e chutou por cima do gol.

A partir daí só deu Inter até o intervalo. Nilmar, Alex (duas vezes), e Adriano perderam chances, ou jogando para fora ou parando em Magrão. O Inter ainda teve outro gol anulado, desta vez com Nilmar. Também impedido, ele marcou o gol, e o assistente levantou a bandeira.



Inter perde um homem no início


A torcida colorada viveu duas emoções diferentes na volta do intervalo. Aos cinco, expectativa em uma falta próxima à meia-lua, que Alex mandou no travessão. Dois minutos depois, apreensão com a expulsão do jovem Sidnei, após este cometer falta por trás em Luciano Henrique.

Com um homem a mais, o Leão equilibrou a partida. Com dez da etapa final, Carlinhos Bala tocou de calcanhar para Luisinho Netto soltar a bomba de fora da área. A bola passou muito perto do ângulo esquerdo de Renan.

Com um a menos, Abel optou por colocar um lateral-direito de origem. Na posição, muitos jogadores estavam se revezando - até o atacante Adriano se posicionava no setor quando o Sport estava com a bola. Ricardo Lopes entrou e passou a ocupar o setor.

E foi pela direita o bom ataque seguinte do Inter. Aos 20, Índio cruzou e Adriano, agora mais presente na área, cabeceou raspando a trave direita.



Sport parte para o ataque


O técnico Nelsinho Baptista também decidiu ousar. Trocou um zagueiro por um atacante e pouco depois conseguiu um pênalti. Enílton entrou na vaga de César e sofreu o pênalti nos primeiros instantes em que ficou em campo. Ele driblou Renan na área e caiu em campo. O goleiro colorado não encostou no adversário, mas o árbitro Jaílson Macedo Freitas marcou a infração. Carlinhos Bala foi para a cobrança, Renan defendeu, a bola voltou para o atacante, que cabeceou e Renan espalmou para escanteio, aos 29.

Depois deste lance, o jogo ficou mais truncado. E o placar de 1 a 1 seguiu até o fim.



Ficha do jogo
INTERNACIONAL 1 x 1 SPORT
INTERNACIONAL
Renan, Índio, Sidnei e Marcão; Edinho, Guiñazu, Ramon, Andrezinho (Ricardo Lopes) e Alex; Nilmar (Iarley) e Adriano (Ji-Paraná).
Técnico: Abel Braga.
SPORT
Magrão, Igor, César (Enílton) e Durval; Luisinho Netto (Diogo), Fábio Gomes, Sandro Goiano, Everton (Luciano Henrique) e Dutra; Carlinhos Bala e Leandro Machado.
Técnico: Nelsinho Baptista.
Gols: Alex, aos seis minutos, Leandro Machado, aos 13 do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Sidnei, Ricardo Lopes, Renan (Internacional); Dutra, Luciano Henrique, Igor, Fábio Gomes, Diogo, Enílton (Sport). Cartão vermelho: Sidnei (Internacional).
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Data: 31/05/2008. Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (BA). Auxiliares: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (Fifa BA) e Adson Márcio Lopes Leal (BA).

FIGUEIRENSE 0X0 GOIÁS
Figueira e Esmeraldino empatam em jogo com poucas emoções

Figueirense e Goiás empataram em 0 a 0, no Estádio Orlando Scarpelli, neste sábado, pela quarta rodada do Brasileirão. Após um jogo de pouca emoção e técnica, o Alvinegro chegou a cinco pontos, e o Esmeraldino ficou com três.



No próximo sabado, o Figueira enfrenta o Flamengo, no Maracanã. O Goiás, por sua vez, vai a Curitiba, no domingo, pegar o Atlético-PR.



Primeiro tempo



O Verdão não se intimidou com a torcida alvinegra, dominou grande parte da etapa inicial e partiu para cima. Porém, o time da casa foi bem nas poucas vezes em que desceu para o ataque. Aos10 minutos, Cleiton Xavier tocou para chute de Rodrigo Fabri. O goleiro Harlei espalmou, e a bola parou no travessão. O Alvinegro saía bem com rapidez nos contra-ataques, mas perdia a bola quando tentava trabalhar a jogada. Com isso, o Esmeraldino cresceu em campo e chegou a de fato pressionar em alguns momentos.

Aos 23, O lateral Vitor levantou para Schwenk, que cabeceou com muito perigo para o Alviverde. A partir dos 30, a torcida começou a vaiar a equipe diante da pressão do rival. Parece que os gritos acordaram o time da casa, que jogou com mais vontade no finzinho da etapa inicial e equilibrou a partida.



Etapa final


No intervalo, o técnico Guilherme Macuglia tirou o meia Elton e colocou o atacante Tadeu para deixar o Figueira mais ofensivo, com uma dupla de ataque. De cara, deu certo. O time da casa voltou com gás total para o segundo tempo, e o Verdão entrou mais tímido. Logo no primeiro minuto, Tadeu tocou para Fabri, que perdeu o gol sozinho com Harlei. Mas parou por aí.



O Goiás acabou equilibrando o jogo, que perdeu um pouco em emoção na etapa final. Os times bem que tentaram, mas foram poucos os lances de perigo. No fim, o Verdão teve dois gols anulados corretamente pelo árbitro.





Ficha do jogo
FIGUEIRENSE 0 x 0 GOIÁS
FIGUEIRENSE
Wilson; Leo Matos (Anderson Luiz), Vinícius, Asprilla, Willian Mateus; Magal, Diogo, Elton (Tadeu), Cleiton Xavier, Rodrigo Fabri; Wellington Amorim (Edu Sales)
Técnico: Guilherme Macuglia
GOIÁS
Harlei; Vitor, Ernando, Henrique e Fabinho; Ramalho, Fernando, Pituca (Amaral) e Paulo Baier; Alex Terra (Rinaldo) e Schwenck (Anderson Aquino)
Técnico: Vadão
Gols: -
Cartões amarelos: Leo Matos (F), Vinícius (F), Schwenck (G), Fernando (G)
Estádio: Orlando Scarpelli Data: 31/05/2008
Árbitro: Rodrigo Martins Cintra
Auxiliares: João Bourgalber Chaves e Anderson José de Moraes Coelho

Olímpiadas de Berlim:1936

Os Jogos Olímpicos de 1936 foram realizados em Berlim, na Alemanha, entre 1 e 16 de agosto, com a participação de 3963 atletas, sendo 328 mulheres, representando 49 países, em 22 modalidades esportivas, tornando-se até então os mais grandiosos, bem realizados, ricos e politicamente explorados Jogos Olímpicos até então.

Abertos com grande pompa no espetacular e moderno Estádio Olímpico de Berlim pelo ditador nazista Adolf Hitler, o Fuehrer do III Reich alemão, os Jogos se propunham, subliminarmente, a demonstrar na prática as teorias de superioridade racial ariana apregoada pelo líder nazista e seus seguidores, que não pouparam tempo, treinamento e recursos para produzir a melhor equipe olímpica nacional já montada para disputar o evento. Infelizmente para o Führer, um pequeno grupo de atletas, os negros norte-americanos, iria demonstrar na prática a falácia das teorias hitleristas, conquistando a maioria das medalhas do atletismo, a modalidade mais importante dos Jogos, liderados por Jesse Owens, um neto de ex-escravos, que ganhou quatro medalhas de ouro nos 100m, 200m, revezamento 4x100 e salto em distância, em pleno estádio de Berlim lotado de arianos loiros e estupefatos, no mais emblemático episódio da história dos Jogos

História política dos Jogos Olímpicos de 1936
Em 1936, os Jogos Olímpicos de Inverno e de Verão realizaram-se na Alemanha Nazi, respectivamente em Garmisch-Partenkirchen (Baviera) e Berlim. Nesta dupla ocasião, o desporto forneceu um palco para a estética nazi e foi utilizado como veículo de propaganda pelo regime hitleriano como nunca antes acontecera.

A escolha das sedes não foi particularmente polémica. No entanto, após a subida de Hitler ao poder, houve propostas de boicote e mesmo tentativas de organização de Olímpiadas alternativas. Durante os jogos, a Alemanha reduziu a repressão anti-judia e tentou mostrar uma melhor imagem ao mundo. Ao mesmo tempo, o governo alemão participou de uma campanha diplomática tentando captar a simpatia de dignitários estrangeiros que visitaram a Alemanha durante os jogos. Para a posteridade, no entanto, os Jogos de 1936 estão essencialmente associados à figura de Jesse Owens.

Escolha da organização
O Comité Olímpico Internacional atribuiu a organização dos Jogos de Verão a Berlim, durante o seu congresso de 1931 em Barcelona. A outra cidade candidata para os Jogos de Verão era exactamente Barcelona. Naquela altura, começava-se por se escolher a cidade que organizava os Jogos de Verão, e era depois o Comité Olímpico nacional respectivo que decidia se organizava também os Jogos de Inverno. Os Jogos de Inverno de 1924 e 1932 realizaram-se também no mesmo país que organizava os Jogos de Verão. Foi, portanto, o Comité Olímpico Alemão que decidiu que os Jogos de Inverno se celebrariam nas aldeias vizinhas de Garmisch e Partenkirchen.

A escolha da Alemanha tinha uma carga política considerável, dado que assinalava o regresso da Alemanha às grandes competições desportivas depois da Primeira Guerra Mundial. Além disso, os Jogos de 1916, cancelados por causa da guerra, tinha sido inicialmente atribuídos a Berlim.

Proposta de boicote

Emblema dos Jogos de 1936.Hitler e o partido Nazi subiram ao poder em 1933. Poucos meses depois, diversos membros de comités olímpicos nacionais começaram a interrogar-se sobre se seria eticamente correcto participar nos Jogos organizados pelo regime nazi. De facto, confirmando a sua retórica antes de chegar ao poder, os nazis rapidamente (a partir de Abril de 1933) instauraram uma política de segregação racial no desporto e noutros aspectos da vida social. Os judeus, em particular, foram sistematicamente expulsos dos clubes e federações desportivas, e eram probidos de entrar nas instalações deportivas.

Nos Estados Unidos, o presidente do comité olímpico estado-unidense, Avery Brundage, começou por defender que se retirasse a organização dos Jogos à Alemanha, e que estes fossem organizados noutro país. Brundage estava particularmente preocupado com as restrições à actividade desportiva dos Judeus na Alemanha. Na sua opinião, os fundamentos do espírito olímpico cairiam por terra se os países decidissem quem poderia estar presente em função de aspectos sociais, de credo ou de raça. No entanto, após uma curta visita à Alemanha, Brundage declarou que os judeus alemães estavam a ser bem tratados e que os Jogos deveriam ter lugar como previsto na Alemanha. Brundage, que assumia uma particular responsabilidade, dado que a delegação estado-unidense aos Jogos era tradicionalmente a mais numerosa, viria a manifestar-se várias vezes contra um possível boicote, afirmando que o desporto se deveria manter afastado das escaramuças judeo-nazis. Chegou mesmo a afirmar haver uma conspiração comunisto-semita contra a participação dos EUA nos Jogos.

Do lado dos partidários do boicote, um dos mais activos era Jeremiah Mahoney, presidente da Federação estado-unidense de atletismo amador. Mahoney realçava que a Alemanha tinha quebrado o espírito do Olimpismo ao impor discriminações raciais e religiosas; participar era apoiar Hitler. Os apelos ao boicote de Mahoney tinham particular receptividade junto da comunidade católica dos Estados Unidos. Ernst Lee Jahncke, um outro ardente apoiante das propostas de boicote, foi mesmo expulso do Comité Olímpico Internacional por se manifestar contra a participação dos EUA nos Jogos.

As propostas de boicote foram também vivamente discutidas noutros países, em particular no Reino Unido, França, Suécia, Espanha, Checoslováquia e Países Baixos. Alemães no exílio de diversas orientações políticas também se manifestaram a favor de um boicote. No entanto, com a excepção de Espanha, todos esses países acabaram por participar, ao passo que, em diversas delegações, atletas (judeus ou não) se recusaram a isso.


Olimpíadas alternativas: as Olimpíadas Populares
Os adeptos do boicote começaram a organizar Olimpíadas alternativas (as Olimpíadas Populares) que se deveriam realizar no Verão de 1936 em Barcelona, a cidade que havia sido preterida pelo Comité Olímpico Internacional. Esta iniciativa teve no entanto de ser anulada, poucos dias antes de se iniciar (alguns atletas já se encontravam mesmo em Barcelona)[1], por causa da Guerra Civil Espanhola, em Julho de 1936.


Países participantes
Afeganistão
África do Sul
Alemanha
Argentina
Austrália
Áustria
Bélgica
Bermuda
Bolívia
Brasil
Bulgária
Canadá
Chile
China
Colômbia
Costa Rica
Checoslováquia
Dinamarca
Egipto
Estados Unidos
Estónia
Filipinas
Finlândia
França
Grécia
Hungria
Islândia
Índia
Itália
Japão
Iugoslávia
Letónia
Liechtenstein
Luxemburgo
Malta
México
Mónaco
Nova Zelândia
Noruega
Países Baixos
Peru
Polónia
Portugal
Reino Unido
Roménia
Suécia
Suíça
Turquia e
Uruguai.
Nunca, até então, tantos países tinham participado nos Jogos, 42 contra 37 em 1932. Seis nações estrearam-se nestes Jogos: Afeganistão, Bermuda, Bolívia, Costa Rica, Liechtenstein e Peru.


Supressão da violência anti-judia

Durante o Jogos, os cartazes anti-semitas foram retirados da via pública.Durante os Jogos e os meses que os precederam, era necessário mostrar aos milhares de visitantes tudo o que o país e o regime tinham de bom, e evitar que a face negra do regime sobressaísse. Assim, as sucessivas campanhas anti-semitas, que tinham sido uma constante desde a tomada do poder por Adolf Hitler, esmoreceram. A violência contra a comunidade judaica, particularmente visível no Verão do ano anterior, quase desapareceu. Os avisos proibindo ou dissuadindo a presença de judeus, que eram frequentes à entrada de muitas localidades e bairros (Juden sind nicht erwünscht - Judeus não são desejados), ou outros cartazes de teor semelhante e gosto duvidoso, foram retirados por ordem de Hitler (após um pedido do conde Henri Baillet-Latour, o belga que presidia ao Comité Olímpico Internacional), em Fevereiro de 1936, imediatamente antes da abertura dos Jogos de Inverno. Além disso, a Alemanha aceitou incluir na sua delegação uma atiradora (esgrima) que era descendente de judeus: Helene Mayer viria mesmo a conquistar uma medalha de prata.

Infra-estruturas
A construção, decoração e renovação de infra-estruturas desportivas e zonas de lazer realizaram-se a um ritmo frenético, sem olhar a despesas, tentando melhorar a aparência das sedes do Jogos. Estima-se que as infra-estruturas tenham custado cerca de 53 milhões dólares (6,5 milhões financiados pela organização, 16,5 pelo município de Berlim e 30 milhões pelo governo federal.[2]

O centro das atenções seria naturalmente o novo Estádio Olímpico de Berlim.

Estádio Olímpico de Berlim
Os projectos iniciais do novo estádio eram do arquitecto Werner March. O estádio substituiu o Estádio Alemão (Deutsche Stadion) desenhado por Otto March (pai de Werner March) e construído entre 1912 e 1913 para ser a sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 1916 que acabariam por ser cancelados devido à primeira guerra mundial.

Os projectos de Werner March foram rejeitados pelo próprio Hitler já durante a construção; Hitler comparou o projecto a uma caixa de louça moderna, numa das suas usuais diatribes. Hitler ameaçou mesmo anular os Jogos por causa da pequenez do projecto. Albert Speer rapidamente alterou os esboços para linhas mais clássicas e imponentes. Hitler exigia que o estádio viesse a ser o maior de sempre. Muito embora o estádio fosse consideravelmente maior que o estádio dos Jogos de 1932, em Los Angeles, Hitler continuou durante as obras a queixar-se da alegada pequenez do projecto.

Cerimónia de abertura

O facho olímpico em BerlimToda a cidade de Berlim estava enfeitada com suásticas quando a chama olímpica chegou à cidade em 1 de Agosto de 1936 e os Jogos da XI Olimpíada foram inaugurados. Sobre o estádio, flutuava o enorme dirigível Hindenburg, sobre o qual estava suspensa a bandeira olímpica. Durante a cerimónia inaugural, o estádio tinha certamente mais do que a sua capacidade nominal de 110 000 espectadores, enquanto no exterior, uma multidão estimada em 1 milhão de pessoas se alinhou pelas ruas para ver passar o desfile de carros transportando o Führer, dignitários do regime e convidados.

Uma fanfarra de trinta trombetas saudou Hitler quando este entrou no estádio. Richard Strauss dirigiu um coro de 3 000 elementos que entoaram o hino alemão "Deutschland, Deutschland über Alles", e "Horst-Wessel-Lied", o hino do Partido Nazi. Strauss dirigiu também a orquestra que tocou o novo hino olímpico, especialmente composto para esta ocasião.

Muitas das delegações que entraram no estádio para a cerimónia inaugural fizeram a saudação nazi ao passar em frente ao chefe do Estado. As delegações estado-unidense e britânica contaram-se entre as raras que se abstiveram de o fazer. Por todo o estádio, havia câmaras fotográficas que captavam aqueles momento épicos. Leni Riefenstahl, que já havia trabalhado para o partido e filmado o congresso de Nuremberga de 1936, filmou muito dos jogos por encomenda do governo.


Competição
Jesse Owens em BerlimOs jogos de Verão desenrolaram-se durante duas semanas. Entre os sucessos desportivos dos participantes sobressaíram os feitos de Jesse Owens, vencedor de quatro medalhas de ouro. Disse-se que Hitler se recusou a cumprimentar Owens e outros medalhados negros, mas verdade é que não estava previsto que Hitler saudasse os medalhados. Hitler, efectivamente, cumprimentou os vencedores das duas primeiras medalhas de ouro, um finlandês e um alemão, embora isso não tivesse sido previsto pela organização. No primeiro dia, já tarde, mas ainda antes do fim das provas, Hitler abandonou o estádio após a eliminação dos últimos concorrentes alemães participantes no salto em altura. Deliberadamente ou não, isso fez com que Hitler não tivesse de decidir se haveria ou não de cumprimentar pessoalmente Cornelius Johnson e Davis Albritton, os dois afro-americanos que conquistaram as medalhas de ouro e de prata, respectivamente.

Jesse Owens
Jesse Owens competiu no segundo dia e ganhou os 100 metros rasos. Antes disso, já Henri Baillet-Latour tinha informado Hitler que, de acordo com o protocolo olímpico, um convidado de honra do comité olímpico não deveria saudar os vencedores. Hitler não cumprimentou mais nenhum medalhado. No entanto, pode inferir-se com grande certeza que Hitler teria evitado encontrar-se com Owens: Baldur von Schirach, o líder da Juventude Hitleriana, teria proposto que Hitler fosse fotografado juntamente com Owens. Hitler teria reagido indignado e ofendido e teria dito a von Schirach que os Estados Unidos deveriam se envergonhar de enviar negros aos Jogos. Owens ganhou também a medalha de ouro dos 200 metros rasos, a estafeta 4×400 metros e salto em comprimento.

Vitória alemã
Hitler assistiu a provas desportivas quase todos os dias, e foi sempre efusivamente aclamado pela multidão de espectadores. Para seu orgulho e contentamento, os atletas alemães registaram diversos êxitos; a Alemanha foi o país mais medalhado nos Jogos de Verão, e o segundo mais medalhado nos Jogos de Inverno.


Fatos, destaques e curiosidades
Em Berlim foi introduzido o revezamento que transportou a Chama Olímpica de Olímpia na Grécia até o estádio olímpíco de Berlim, na sede dos Jogos, por mais de três mil atletas através da Europa.

Entrada do Estádio Olímpico de Berlim, 1936
foto: Josef Jindřich ŠechtlAlém da melhor tecnologia e conforto existentes na época, providenciados pelo governo nazista de maneira a demonstrar a superioridade da eficiência germânica, um fato que marcaria as comunicações do século XX aconteceu pela primeira vez em Berlim: espalhadas por cinemas e teatros da cidade e com imagens projetadas por circuito interno em enormes panos brancos retangulares pendurados, espectadores privilegiados assistiram à transmissão da abertura e de algumas provas dos Jogos através da recém inventada televisão.
Reza a lenda que, inconformado com o sucesso de Jesse Owens diante de seus olhos, Hitler retirou-se furioso do estádio após a vitória de Owens no salto em distância, quando ele quebrou o recorde mundial derrotando o campeão alemão, Lutz Long. O fato verdadeiro é que Hitler não se encontrava no estádio neste dia, e não pôde assistir pessoalmente a mais uma derrota de suas teorias. Entretanto, como diz o ditado, quando a lenda é muito melhor que o fato, imprima-se a lenda.

Jesse Owens nos Jogos de Berlim 1936Em mais uma faceta da falência das idéias do nazismo, Long, alemão, branco, loiro e de olhos azuis e Owens, negro norte-americano e descendente de escravos, tornaram-se bons amigos e conversavam durante todas as provas nas barbas das autoridades nazistas; Long chegou a orientar e encorajar Owens, quando este quase falhou na tentativa de se classificar nas eliminatórias do salto em distância. O alemão morreu en combate lutando com as tropas da Wehrmacht na Sicília, em 1943, e por seu espírito esportivo foi condecorado postumamente pelo COI com a medalha Pierre de Coubertin.
Os jornais nazistas da Alemanha, controlados por Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, omitiram completamente todas as notícias referentes às vitórias dos negros americanos no Atletismo.
Berlim assistiu à última apresentação pública de um dos maiores heróis olímpicos , o grego Spiridon Louis, campeão da maratona nos I Jogos, em Atenas, quarenta anos antes. Já velho e alquebrado, Louis entregou em cerimônia a Adolf Hitler um ramo de oliveiras colhidas nas montanhas sagradas de Olímpia, ingenuamente, em nome da paz entre os povos.
Apesar de ao fim dos Jogos liderarem o quadro de medalhas com 33 de ouro, pouco acima dos Estados Unidos e bem abaixo de suas expectativas, os alemães ainda tiveram que engolir algumas derrotas nos esportes coletivos para os quais haviam se preparado por anos para vencer. A Índia tornou-se tricampeã do Hóquei sobre a Grama, a Itália ganhou o torneio de futebol e a Hungria sagrou-se bicampeã no pólo aquático. Todavia, o maior constrangimento e humilhação sofridos pelo governo hitlerista aconteceu quando a imprensa internacional escolheu como musa dos Jogos a linda judia holandesa Hendrika Mastenbroek, dezessete anos, campeã olímpica da natação nos 100m, 400m e revezamento 4x100. Anos depois, Rea, o apelido pelo qual era conhecida, integraria a resistência subterrânea neerlandesa contra a ocupação nazista de seu país.
O governo nazista não poupou recursos para produzir o mais impressionante documentário já realizado sobre as Olimpíadas, Os Deuses dos Estádios (Olympia) , dirigido pela cineasta Leni Riefenstahl, famosa no cinema alemão daqueles idos e protegida do ditador, e feito mais para valorizar as idéias nazistas do que a competição esportiva em si, que mostra num preto e branco contrastado, ao gosto de Hitler, a eficiência e o rigor estético da suntuosidade fria e apavorante do que poderia ser a sociedade de hoje caso o nazismo tivesse vencido.
O Basquete, a canoagem e o handebol fizeram sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos e o Pólo se despediu deles.
Na Maratona, venceu o coreano Sohn Kee-chung correndo com as cores japonesas e sob o nome de Kitei Son, por estar seu país ocupado pelo Japão, um dos aliados da Alemanha nazista, desde 1910. Ídolo em sua Coréia natal e fervoroso nacionalista, Sohn, obrigado a competir pelos dominadores, passou o tempo todo dos Jogos explicando pacientemente aos jornalistas que seu país era uma nação independente ocupada pelo Japão, sem medo de represálias, pois os japoneses estavam mais interessados na sua vitória do que na diplomacia. Constrangido, Sohn recebeu sua medalha de ouro no pódio olímpico ouvindo o hino nacional japonês sob o hasteamento da bandeira do sol nascente, olhando para o chão. Nos anos 80, o COI reconheceu oficialmente sua nacionalidade e cassou a medalha referendada ao Japão. Em 1988, aos 75 anos, cabelos brancos e avô, Sohn Kee-chung, o Kitei Son de Berlim em 1936, um dos maiores heróis esportivos da história, entrava no estádio olímpico de Seul carregando a tocha olímpica, debaixo do choro do locutor oficial e da ovação emocionada de seu verdadeiro povo, anfitrião daqueles Jogos.

Modalidades disputadas
Atletismo
Basquetebol
Boxe
Canoagem
Ciclismo
Esgrima
Futebol
Ginástica
Halterofilismo
Handebol
Hipismo
Hóquei sobre a grama
Natação
Pentatlo moderno
Pólo
Pólo aquático
Remo
Saltos ornamentais
Tiro
Vela
Wrestling

Quadro de medalhas
Quadro de Medalhas / Berlim 1936
Posição País Ouro Prata Bronze Total
1 Alemanha 33 26 30 89
2 Estados Unidos 24 20 12 56
3 Hungria 10 1 5 16
4 Itália 8 9 5 22
5 Finlândia 7 6 6 19
França 7 6 6 19
7 Suécia 6 5 9 20
8 Japão[1] 6 4 8 18
9 Países Baixos 6 4 7 17
10 Grã-Bretanha 4 7 3 14
11 Áustria 4 6 3 13
12 Checoslováquia 3 5 8
13 Argentina 2 2 3 7
Estónia 2 2 3 7
15 Egipto (Egito) 2 1 2 5
16 Suíça 1 9 5 15
17 Canadá 1 3 5 9
18 Noruega 1 3 2 6
19 Turquia 1 1 2
20 Índia 1 1
Nova Zelândia 1 1
22 Polónia 3 3 6
23 Dinamarca 2 3 5
24 Letónia 1 1 2
25 África do Sul 1 1
Jugoslávia (Iugoslávia) 1 1
Roménia 1 1
28 México 3 3
29 Bélgica 2 2
30 Austrália 1 1
Filipinas 1 1
Portugal 1 1

Semana q vem teremos as Olímpiadas de Londres.

Vamos falar de música:Red Hot Chili Peppers


Red Hot Chili Peppers é uma banda de rock alternativo dos Estados Unidos formada em Los Angeles, Califórnia em 1983. A banda vencedora dos Grammy, é composta por quatro membros, o vocalista Anthony Kiedis, o guitarrista John Frusciante, o baixista Michael "Flea" Balzary e o baterista Chad Smith. Assistindo a várias mudanças e a problemas pessoais de membros, a banda conseguiu com sucesso juntar elementos de gêneros como punk rock, funk, rock alternativo e rock psicodélico.

Os seus álbuns venderam aproximadamente 60 milhões de cópias em todo o mundo. Detêm também o recorde de mais hits #1 de rock moderno (11), e mais semanas no topo dessa lista (81).


História
Eles eram garotos de Hollywood que descobriram um som diferente. Em retrospecto eles estavam fora do contexto, fora do que havia na época. Eram diferentes. Os Chili Peppers causaram polêmica desde o início, com suas famosas "Socks on Cocks", mas, por trás da fachada extravagante há uma amizade inabalável. O grupo passou pela morte de um dos integrantes (Hillel Slovak), e testemunho do quase declínio total de outro (John Frusciante). Após a recuperação, com a "nova" formação, o Red Hot Chili Peppers abriu novas trilhas e atingiu seu maior sucesso, ultrapassando muitos grupos pop atuais. E hoje eles são um fenômeno mundial.

A formação e o The Red Hot Chili Peppers (1983–1984)
O Red Hot Chili Peppers tem seu embrião desde 1979, nos intervalos entre aulas da Fairfax High School, em Hollywood, Los Angeles. Os garotos de 15 anos, Michael Balzary, Hillel Slovak e Jack Irons eram três amigos que tinham algumas ambições musicais formando a banda chamada Anthym. Um dos grandes admiradores dessa banda era Anthony Kiedis, também amigo de infância de Michael (Flea), Hillel e Irons. No verão de 1981 Flea sai do "Anthym" e vai para o Fear, uma banda punk de Los Angeles. Hillel e Irons permanecem no "Anthym", agora conhecida como What is This?, com Anthony fazendo parte do conjunto.

Em abril de 1983 nasce o Red Hot Chili Peppers, ainda com o nome de "Tony Flow and the Miraculousy Majestic Masters of Mayhem", apartir de uma idéia súbita de Anthony Kiedis, e com ele Flea, Hillel Slovak, Jack Irons se apresentam em um clube de Los Angeles. A princípio seria só uma brincadeira, mas os integrantes gostaram do resultado e passaram a fazer shows, agora batizando a banda de Red Hot Chili Peppers*, onde tinham apenas duas músicas "Out in LA" e "Get up and Jump". Misturando punk e funk eles começaram a ser conhecidos por Los Angeles. A explicação para o nome Red Hot Chili Peppers vem de um improviso de Anthony Kiedis que conta: "Eu estava caminhando em Hollywood Hills e vi esse nome piscando num arbusto psicodélico".(o arbusto era em formato de pimenta), mas essa história parece muito mais uma lenda ou piada de Anthony, do que a verdadeira história. O que parece ser mais próximo da realidade é que eles adoravam comida mexicana com bastante pimenta (chili), Flea era fã da banda de apoio de Louis Armstrong "Red Hot Peppers" e Anthony Kiedis não poderia esquecer o nome da banda que tocou num pub em Londres, a "Chili Willy and the Red Hot Peppers".

Três meses depois eles recebem uma oferta da Run DMC num mini festival. No mesmo tempo que Hillel e Irons ainda tocavam no What is This?, enquanto Flea continuava tocando com o Fear. No entanto, algo fazia com que o Red Hot Chili Peppers tivesse algo a mais. Mark Richardson conhecido como "Roaster", um descobridor de talentos, procurou a banda e no verão de 1983, os Peppers já tinham uma programação completa. Eles fizeram shows por toda a cidade e no Kit-Kat Club, onde os garçons andavam quase sem roupa, eles apareceram totalmente pelados, apenas vestindo meias em seus pênis (Socks on Cocks).

E em outubro de 1983, o Red Hot Chili Peppers assina o seu primeiro contrato com uma gravadora. A banda tinha apenas 6 meses, quando eles assinaram um contrato com a EMI, o que gerou problema, pois o grupo não pôde contar com Hillel Slovak e Jack Irons, que tinham compromissos com o What Is This?, que fazia parte do cast da MCA Records. Além do que Hillel e Jack acreditavam mais na sua banda que no RHCP, sabiam que tudo não passava de hobby e preferiam investir no seu antigo sonho de adolescência. Não teve outra, Anthony e Flea ficaram arrasados com a notícia e com a postura dos outros dois. Kiedis e Flea seriam obrigados a gravar no início do próximo ano, para contornar a situação chamaram então, o guitarrista Jack Sherman e o baterista Cliff Martinez. Porém, a química não era a mesma. Para tentar contornar o problema, a EMI sugeriu Andy Gill para ser o produtor do álbum, sendo bastante aceito por Anthony e Flea. Todavia, surgiu um conflito musical entre eles, pois Andy Gill não dava liberdade para a banda criar melodias próprias além de querer fazer com que suas músicas soassem modernas e mecânicas. O primeiro álbum foi chamado de The Red Hot Chili Peppers e foi uma grande decepção para a banda. O disco saiu em agosto de 1984 e não teve grandes atenções. No verão do mesmo ano, a MTV apresenta o RHCP no MTV News.

O clipe de True Men Don’t Kill Coyotes faz um sucesso rápido e logo é esquecido, porém os Peppers continuam a estender a lista de shows e começam a tocar na costa-oeste e médio-oeste dos EUA. Durante estas viagens o consumo de drogas é intensificado, além disso, o contato pessoal durante todo o dia começou a criar atritos entre Sherman e Kiedis que não o suportava porque acreditava que ele era politicamente correto demais para a banda e não tinha a mesma habilidade de Hillel, então, no começo de 1985, Kiedis e Flea expulsam Sherman da banda, que é substituído por Hillel Slovak. Anthony e Hillel começam a usar heroína com mais freqüência. A maior obsessão de Hillel era encontrar os ruídos de Hendrix.

Freaky Styley e The Uplift Mofo Party Plan (1985–1988)
Em 1985, os Peppers completamente perdidos, batem na porta de George Clinton para que ele produzisse o novo álbum, e então obrigam a gravadora a aceitá-lo como o novo produtor da banda. Clinton fica impressionado com o conhecimento musical deles. Então vem o novo álbum da banda, o Freaky Styley, com sua gravação feita em Detroit, na fazenda de Clinton, sai em setembro de 1985 e recebe várias críticas positivas. O Red Hot Chili Peppers revive novamente, após o relativo fracasso do álbum anterior. Eles fizeram shows por todo os Estados Unidos e, no início de 1986, pisam pela primeira vez nos palcos europeus. Cliff Martinez deixa a banda e Jack Irons volta para os Peppers. Eles continuavam com toda a força para que tivessem o verdadeiro reconhecimento do público.

Um fato curioso durante a turnê do Freaky Styley é que, em 1986, Kiedis toca em Grand Rapids, sua cidade natal pela primeira vez, e tem a "brilhante idéia" de usar as meias (Socks on Cocks), o que acaba sendo um escândalo na sua cidade, e ele vira a “ovelha-negra” do público de lá.

No final do ano de 1986, um grande problema entrou na banda, drogas. Kiedis tinha perdido qualquer noção da realidade e se entregara às drogas totalmente. Ele andava em becos e tinha contato com algumas gangues. Ele chegou ao ponto mais baixo de sua vida e passou a consumir drogas embaixo de uma ponte no centro de Los Angeles, porém a heroína não fazia o mesmo efeito de antes. Nesta época eles fizeram a pior turnê da história da banda e Kiedis foi convidado a se retirar pelo seu vício, e Flea o aconselha a se tratar, aí então ele percebe que as drogas não eram mais diversão e estavam invadindo sua vida.

Kiedis vai se tratar e tem a ajuda de seu pai. Durante sua passagem na clínica ele conhece a acupuntura que acaba sendo um meio alternativo de aliviar a tensão dele. Sai limpo da clinica, escreve "Fight Like a Brave" e retorna ao RHCP. No verão de 1986, Flea se casa e logo começaria as preparações para o terceiro álbum. A banda ainda não tinha nenhuma música pronta e Rick Rubin se recusa a produzí-los. Entretanto, Michael Beinhorn aceita a tarefa e, em 4 de Maio de 1987, os Peppers estão de volta na Capitol Studios, onde eles gravaram uma versão funk para a música de Bob Dylan, "Subteranean Homesick Blues" e outras músicas como "Special Secret Song Inside". O terceiro ábum fica acima de suas expectativas. The Uplift Mofo Party Plan sai em setembro de 1987 e fica no 143º lugar nas paradas, uma pequena vitória.

No começo de 1988, ao passo que o Red Hot Chili Peppers vinha ascendendo a cada trabalho e no caminho certo do sucesso, Hillel usava drogas cada vez mais. Flea já estava preocupado. Em maio, a banda vai para Inglaterra e numa manhã eles tiram a roupa e com apenas as famosas meias, fazem uma paródia da foto dos Beatles na Abbey Road. Logo após, a EMI lança The Abbey Road E.P., um álbum com apenas cinco músicas, incluíndo a cover "Fire" de Jimi Hendrix. Em junho, os Peppers estão de volta a Los Angeles, onde Michael Beinhorn está esperando por eles para começar o novo álbum. Kiedis e Hillel começam a usar drogas novamente. E no meio de uma noite o telefone de Flea toca, ele pensara que estavam ligando para dizer que Kiedis havia morrido devido ao abuso das drogas, porém a vitima era outra. E em 27 de junho, Hillel é encontrado morto por overdose de heroína. Ele tinha apenas 26 anos. Kiedis então vai para um pequeno vilarejo no México, ele queria um lugar onde ninguém o conhecesse, para tentar se livrar das drogas. Irons sai da banda sumindo por um tempo no mundo. Flea mergulha em projetos paralelos. Parecia que era o fim do Red Hot Chili Peppers.

Mother's Milk (1988–1990)
Anthony voltou para casa e Flea tornou-se pai de uma pequena menina chamada Clara, ocasião em que decidem reconstruir a banda em memória de seu grande amigo Hillel. Durante este tempo houve várias mudanças de guitarristas e bateristas nos Peppers, até que finalmente acham um novo guitarrista, John Frusciante de apenas 18 anos que, além de ser grande fã dos Peppers e de Hendrix, praticava até 15 horas por dia. Quando aconteceu o primeiro show com a banda, os fãs não acreditaram que ele nunca tivesse tocado com os Peppers antes. "John era absolutamente um clone de Hillel. Ele não toca somente igual ao Hillel, ele se move como o Hillel...", disse Alain Johannes. Coincidência ou não, John tinha realmente todo o estilo de Hillel, pois era o seu ídolo. Depois de muito procurar, os Peppers, também, encontram um novo baterista, Chad Smith que veio de Detroit.

Em fevereiro de 1989, os Peppers com sua nova formação, começam novamente. Em abril, Kiedis tira toda sua roupa em frente de uma mulher no backstage. Um ano depois ele tem que se justificar com um juiz na Virgínia. Houve outro incidente com Flea e Chad durante o MTV Spring Break Party e uma fã. Ultrapassadas as polêmicas, banda começou a se dar muito bem, Anthony Kiedis e John Frusciante tornaram-se grandes amigos. O Mother's Milk foi lançado em agosto de 1989, a partir de um trabalho longo e doloroso, principalmente porque Frusciante e Michael Beinhorn, o novo produtor, não se davam nada bem. O título do novo trabalho reflete a nova mentalidade do conjunto: "O leite materno nutri e desintoxica. Quando você o bebe, você se sente bem e saudável. E isso é o que a gente quer que nossa música represente", disse Kiedis sobre o recém lançado álbum.

O disco Mother's Milk contém 11 músicas e a cover de "Higher Ground" de Stevie Wonder e "Fire" de Jimi Hendrix, na qual Hillel participa. O primeiro single "Knock me Down" foi lançado em memória de Hillel. Flea ainda toca trompete em "Subway to Venus", "Taste The Pain" e "Pretty Little Ditty". Finalmente os Peppers fizeram um álbum que fez sucesso nas paradas e vende 2 milhões de cópias em todo o mundo. Eles começaram uma turnê na Europa e deixaram os britânicos de cabelos em pé. Os RHCP tinham uma certa implicância com a Inglaterra e não escondiam isso de ninguém, fizeram um show completamente alucinante. Flea tocou baixo de cabeça para baixo, sendo amarrado pelos pés. Frusciante dava ótimas idéias para a banda, Kiedis e Flea começaram a considerar a idéia de lançar um próximo álbum duplo, porém não achavam que a EMI estivesse fazendo um bom trabalho de divulgação, achavam que precisavam mudar de gravadora. Conseguiram se livrar do contrato com a gravadora e receberam inúmeras propostas de outras gravadoras, até fecharem com a Warner em 1991.


Blood Sugar Sex Magik (1990–1992)
O verdadeiro sucesso estava por vir. Com o novo contrato, também muda o produtor, Rick Rubin era o novo. As gravações aconteceram numa mansão que pertenceu a Rudolph Valentino, em Laurel Canyon. Durante 8 semanas Rick usou sua estratégia para gravação: os músicos tocaram frente a frente, no mesmo quarto, usando menos tecnologia possível. O genial Blood Sugar Sex Magik foi lançado no final de setembro de 1991. O álbum teve vários Hits, como: "Give It Away", "Under The Bridge" e "Suck My Kiss" que atingem o topo das paradas no mundo inteiro. Resultado, o disco torna-se sucesso mundial, vendendo nada menos que 12 milhões de cópias, apesar de haver uma grande concorrência naquela época, as bandas grunges, que para Kiedis não era problema algum porque primeiramente simpatizava com elas e tinha amigos como Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains e depois porque sabia que o estilo dessas bandas não tinha nada a ver com o som que eles faziam.

Eles gravaram o primeiro clipe do álbum, "Give it Away", onde foram levados para o Deserto de Mojave e foram pintados de prata. Em seguida "Under the Bridge" estourou no mundo todo e as pessoas queriam conhecer a tal ponte citada na música, viviam lhe perguntando a localização e ele respondia: "No centro da cidade, mas eu não queria falar mais nada sobre isso. As pessoas estão tentando encontrá-la, não é? Fuck! Não é uma atração turística, pelo amor de Deus. É o território das gangues, vocês estão procurando uma bala nos seus miolos?". Uma curiosidade, durante uma apresentação na Europa, os Chili Peppers foram avisados para não se comportarem de forma muito sexual no palco e muito menos usarem meias, porem como já era de costume da banda contestar, eles fingiram concordar com as exigências, mas quando subiram ao palco estavam vestidos de damas da idade média, imediatamente foram expulsos do palco e tiveram que se explicar para toda a imprensa européia.

A turnê foi enorme e muito cansativa. Em conseqüência, John Frusciante não suporta toda essa pressão e constantes viagens e resolve deixar a banda, ficando um outro problema nas mãos dos Peppers, faltavam apenas poucos dias para o Lollapalooza, onde eram uma da atrações principais. Com a correria interna, pois tiveram que arrumar, rapidamente um substituto para John. A vaga foi ocupada por Arik Marshall que praticava até 5 horas por dia durante três semanas. A banda estava esgotada, não agüentava mais o ritmo dos shows, muitas coisas passavam pelas cabeças dos Peppers, principalmente na de Anthony Kiedis, ele gostava de Arik, achava que era um bom músico, mas não tinha a mesma criatividade de Frusciante, do qual sentia falta, mas sua raiva e decepção eram maiores, ele tinha certeza que precisava arranjar um outro guitarrista. Logo depois da saída de Arik Marshall, Jesse Tobias entrou em seu lugar, mas não permaneceu por muito tempo.

One Hot Minute (1993-1998)
Os problemas não pararam por aí. Em 1993, Flea foi diagnosticado com fadiga crônica e teve que descansar durante 12 meses para que se recuperasse. Em 31 de outubro, os Peppers perdem um dos seus melhores amigos: River Phoenix. Quando isto aconteceu Flea ficou muito doente com a perda de uma importante pessoa de sua vida. Dave Navarro (ex-guitarrista do Jane's Addiction), que estava com o “Deconstruction” foi solicitado novamente para entrar no Red Hot Chili Peppers, para substituir definitivamente John Frusciante. E em 5 de setembro de 1993 Dave Navarro é anunciado como novo guitarrista do Red Hot Chili Peppers.

Ao contrário do Blood Sugar Sex Magik, a banda foi para o Hawaii buscar inspiração, eles trocaram o silêncio da mansão por uma viagem descontraída e "barulhenta". Em abril de 94, Flea fica sabendo do suicídio de Kurt Cobain através da tv, ele fica chocado e conta pra Kiedis, que começa a fazer uma reflexão sobre sua vida, e mesma que ele não admita, tudo leva a crer que ele escreveu a letra de "Tearjerker" pensando na morte de Kurt, afinal eles eram amigos e Kiedis tinha uma admiração profunda por tudo que Kurt representava. Após o Woodstock, eles começam a trabalhar no novo álbum e chamam novamente Rick Rubin para produzi-lo. O nome do novo álbum passou por muitas alterações, assim como também a “track list” das músicas, o que causou muitas dúvidas na banda. Os títulos considerados naquela época para o novo albúm eram: "Hypersensitive", "Turtlehead", "Black Fish Ferris Wheel", "The Blight Album" e "The Good and The Bad Moods of The Red Hot Chili Peppers", até chegar ao nome definitivo. O One Hot Minute, foi lançado em 8 de setembro de 1995.

O disco reflete o momento difícil pelo qual passava os integrantes, tendo um clima bastante melancólico nas músicas que compõe o trabalho, principalmente em baladas como "Aeroplane", "My Friends" e "Warped". Kiedis tinha problemas com os pais de Jamie, sua namorada na época, eles não aceitavam que sua filha de 17 anos se envolvesse com um rockstar de 31 (E é dessa história nasceu a letra da música "Let´s Make Evil"). O One Hot Minute obtém boa repercussão, mais fraca se comparada à do trabalho anterior. Após a turnê mundial, o Red Hot Chili Peppers retorna para casa e agora planeja o novo álbum sem data para o lançamento. Enquanto isso, John Frusciante se afundava nas drogas, chegando a beirar a morte. E no dia 4 de Abril de 1998, Dave Navarro anuncia a sua saída do Red Hot Chili Peppers para dar uma maior atenção ao seu projeto "Spread". Dave diz que mesmo não estando com os Peppers eles serão amigos eternamente.

Californication (1998–2001)
Kiedis visita John Frusciante no hospital. Ele poderia esperar por todo mundo, menos por Kiedis e fica extremamente feliz com a visita. Então, num determinado dia, Flea estava em casa e alguém bate à porta. Era Kiedis e Frusciante, já recuperado do vício e da depressão pela qual passava. Flea se sentiu como se tivesse voltado 7 anos no tempo. A banda precisava de uma decisão sobre o seu futuro, mas faltava um guitarrista. O primeiro nome a ser cogitado era Tom Morello, que na época tocava no Rage Against the Machine, e que estava trabalhando na trilha sonora do filme "Small Soldiers" com o Flea. "Peppers e Rage sempre tiveram uma ligação. Somos amigos e gostamos do trabalho um do outro. Mas Tom não vai se juntar a nós." Disse Flea.

Para Flea e Chad Smith só havia um guitarrista que poderia tocar no Red Hot. Assim, John Frusciante volta para a banda depois de seis anos. A sua volta é confirmada por Anthony Kiedis numa entrevista para MTV no dia 29 de abril de 1998. Somente em 1999 o grupo volta a gravar, lançando, em setembro, Californication que foi um grande sucesso, apesar de soar um pouco pop. A faixa-título, além de "Scar Tissue" e "Around The World" entre outras, são executadas à exaustão nas rádios e na MTV. "O título tem a ver com uma viagem que eu fiz ao redor do mundo há uns 2 anos. Eu fui para Índia, Tibet e outros lugares e notei que a minha cidade tem uma grande influência no resto de mundo. Mesmo sendo tão longe." Disse Kiedis. Rick Rubin decidiu quais faixas iria cortar. "Bunker Hill", "Gong Li", "Phat Dance" e "How Strong" foram algumas. Ele escolheu músicas que dessem ao álbum uma nova direção. Esse CD era pra mostrar a nova fase dos Chili Peppers, uma fase sóbria e madura. Por isso o elemento funk teve que ser reduzido a: "Around the World", "Right on Time", "Get on Top" e "Purple Stain".

By the Way (2002-2005)
Todos os integrantes se livraram de vez das drogas. E assim começava uma série de sucessos. By the Way foi gravado em 2002. Recebeu muitas críticas dos fãs, pois o álbum praticamente só tem baladas românticas. A mistura funk rock tinha ido pro lixo. Muito provavelmente por ter sido o primeiro CD em anos que a banda fez sem usar nenhum tipo de droga. Mas, mesmo deixando o funk rock um pouco apagado, o álbum tinha excelentes músicas, como "Dosed", "The Zephyr Song", "By the Way" (Que entitula o álbum). A faixa mais bem aceita entre os fãs antigos da banda foi a música "Can't Stop". Também foi nesse álbum que surgiu uma das primeiras críticas à mídia vinda dos Peppers, com a música "Throw Away Your Television". (Jogue fora sua televisão).

Stadium Arcadium (2006-atualmente)
Em 2006 foi lançado o álbum duplo Stadium Arcadium, onde as singles "Snow ((Hey Oh))", "Tell me Baby" e "Dani California" emplacam. O álbum duplo possuia dois CD's intitulados "Mars" e "Júpiter". Destaque para Dani California que é a primeira música do CD duplo. No clipe de "Dani California" algumas bandas são homenageadas, como Sex Pistols, Nirvana e The Beatles. Dani California é uma personagem da cabeça de Anthony. Ela também aparece em outras duas músicas da banda: "By the Way"e "Californication".

Membros
Vocais:
Anthony Kiedis, que está na banda desde sua criação; no início como amigo acompanhante da banda, depois como integrante oficial.
Baixo:
Michael Balzary, conhecido como "Flea", também desde o início da banda;
Guitarra:
Hillel Slovak - Primeiro guitarrista do Red Hot Chili Peppers. Morreu em Junho de 1988, com uma overdose de heroína. Foi substituído por:
Jack Sherman, que já havia tocado com o Red Hot no primeiro álbum, quando Slovak tinha um contrato com outra gravadora;
Duane 'Blackbird' McKnight;
John Frusciante - É o atual guitarrista. Era um fã da banda, com 18 anos, que os impressionou com seu estilo e técnica. Saiu temporariamente durante a turnê do álbum Blood Sugar Sex Magik, voltando em 1999, no álbum Californication. Foi substituído por:
Arik Marshall;
Jesse Tobias;
Dave Navarro, ex-guitarrista da banda Jane's Addiction, gravou o álbum One Hot Minute, de 1995. Atualmente toca no The Panic Channel.

Bateria:
Jack Irons - Saiu quando Hillel faleceu. Em 1994 foi tocar no Pearl Jam, onde permaneceu até 1998. E recentemente lançou um disco solo chamado Attention Dimension;
Cliff Martinez - Tocou nos 2 primeiros álbuns, pois Irons tinha um contrato com outra gravadora;
D.H. Peligro - Ex-baterista dos Dead Kennedys. Guitarrista e vocalista de sua banda própria: Peligro;
Chad Smith - Atual baterista desde 1989.

Discografia
Álbuns de estúdio
1984 - The Red Hot Chili Peppers
1985 - Freaky Styley
1987 - The Uplift Mofo Party Plan
1989 - Mother's Milk
1991 - Blood Sugar Sex Magik
1995 - One Hot Minute
1999 - Californication
2002 - By the Way
2006 - Stadium Arcadium
Compilações e álbuns ao vivo
1992 - What Hits!?
1994 - Out In L.A.
1998 - The Best of Red Hot Chili Peppers
2003 - Greatest Hits
2004 - Live in Hyde Park
Variados
1988 - The Abbey Road E.P.
1994 - The Plasma Shaft
1994 - Live Rare Remix Box
1998 - Under the Covers: Essential Red Hot Chili Peppers

Semana q vem teremos o Foo Fighters.

SPORTS HISTORY BRASIL:Flamengo

O Clube de Regatas do Flamengo é um clube poliesportivo brasileiro com sede na cidade do Rio de Janeiro fundado para disputas de remo em 1895. Criado no bairro de mesmo nome, o clube mudou-se para o bairro da Gávea na primeira metade do século XX.

Sua atuação no futebol iniciou-se em 1912. Suas maiores glórias neste esporte são o Mundial Interclubes e a Copa Libertadores de 1981. Além disso, detém ao lado do Botafogo, a maior seqüência invicta do futebol brasileiro, 52 partidas sem derrotas em 1979[1].

O Flamengo é o clube com o maior números de torcedores do Brasil e do mundo de acordo com pesquisas do IBOPE, Datafolha e revista Mundo Estranho, respectivamente. Estima-se ter uma torcida entre 33 à 40 milhões de torcedores só no Brasil. Tais parâmetros indicam uma diferença de mais de 10 milhões de torcedores para a segunda colocada.

Numa pesquisa feita pela FIFA, o Flamengo foi eleito o décimo maior clube do século XX, segundo maior do Brasil e quarto maior das Américas.

Em 2007, foi sancionado pelo governador Sérgio Cabral Filho o Dia do Flamengo. A data comemorativa no calendário do estado do Rio de Janeiro homenageia a fundação do clube rubro-negro. Também em 2007, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro César Maia tombou a Torcida do Flamengo como Patrimônio Cultural da Cidade por promover espetáculos de alegria no Maracanã e em diversos estádios.

História
A origem

Em fins do século XIX, o remo dominava o Rio de Janeiro. O futebol começava a aparecer em alguns clubes, mas ainda era olhado com certo temor, pois não estava sendo recebido com entusiasmo pela sociedade carioca. Entretanto, como era o remo quem mandava, as competições movimentavam as manhãs no Rio antigo e não havia praia que não tivesse o seu grupo de regatas. A turma da praia do Flamengo não acompanhava o resto dos rapazes, preferindo os passeios de barco pela baía e o bate-papo no Lamas, o já famoso restaurante do Largo do Machado.

Entretanto, a idéia de se formar um grupo na praia mais movimentada do Rio começava a nascer e numa noite de setembro de 1895, José Agostinho Pereira da Cunha perguntou a Nestor de Barros, Mário Spínola e Augusto da Silveira Lopes o que achavam em de se fundar um clube de remo. Eles concordaram com a idéia, a notícia correu logo pelo Largo do Machado e as adesões surgiram na primeira noite. Entretanto, para se tornar um clube de regatas, havia necessidades de um barco, naturalmente.

Havia uma baleeira a cinco remos, meio gasta, que poderiam comprar. E nada mais justo do que os que tivessem dinheiro fossem os primeiros a colaborar e, assim, Mário Spínola, Felisberto Laport, Nestor de Barros, José Félix da Cunha Menezes e José Agostinho Pereira da Cunha contribuíram com quatrocentos mil réis, o suficiente para a compra da veterana embarcação, que teria que passar por uma reforma completa para ser o barco oficial do novo grupo que se formava.

Pherusa foi o nome dado ao barco e, para os devidos reparos, alguém indicou um armador de Maria Angu. Serviço perfeito por duzentos e cinqüenta mil réis e, mais uma vez, o pessoal que podia colaborar, colaborou. A manhã do dia 6 de outubro foi uma festa, pois era a data marcada para apanhar a ambicionada Pherusa.

Um bom grupo foi formado para ir buscar o barco: Nestor de Barros, José Félix, José Agostinho, Mário Espínola, Felisberto Laport, Napoleão de Oliveira, Maurício Rodrigues Pereira e Joaquim Bahia partiram felizes e mais felizes ficaram ao contemplar Pherusa, novinha em folha, a balançar-se no mar.

Depois do meio-dia saíram orgulhosos da Ponta do Caju já na embarcação. Mário Espínola dirigia o barco e apesar do tempo feio, nada tirava a empolgação dos rapazes. Entretanto, começou a ventar e a chover e, para tristeza de todos, a Pherusa não conseguia resistir e acabou naufragando. O medo tomou conta dos tripulantes e cada um procurava se manter de qualquer maneira seguro ao que ainda restava do barco. Bahia resolveu nadar até a praia em busca de ajuda, pois era um excelente nadador e o única capaz de tal tarefa.

Bahia sumiu, o vento parou, assim como a chuva e, de repente, uma lancha vinda da Penha viu o sinal de Mário Espínola – uma bandeira branca – e veio buscar os náufragos. Os tripulantes da lancha Leal salvaram todos e rebocaram a pobre Pherusa, totalmente destroçada.

Entretanto, o barco pouco importava, tudo o que queriam era saber do Bahia. Felizmente, Bahia realmente era um exímio nadador e, depois de quatro horas de luta, conseguiu chegar à praia, feliz por lá encontrar os seus companheiros. A recuperação de Pherusa foi mais uma vez iniciada, mas quando o barco já estava sendo preparado para novas batalhas, foi roubado e nunca mais o encontraram. Ficou de Pherusa apenas a lembrança e o desejo de todos em fundar realmente um grupo de regatas.

A fundação
Um novo barco foi comprado e recebeu o nome de Scyra. Agora só faltava reunir o pessoal e fundar o grupo. Na noite do dia 17 de novembro de 1895, muita gente estava num dos corredores da casa número 22 da Praia do Flamengo, onde Nestor de Barros morava num dos quartos. Lá, há muito tempo, já guardavam Pherusa e depois Scyra. A reunião teve por objetivo a fundação do Grupo de Regatas do Flamengo. Naquela mesma noite, foi eleita a primeira diretoria:

Domingos Marques de Azevedo, presidente
Francisco Lucci Colas, vice-presidente
Nestor de Barros, secretário
Felisberto Cardoso Laport, tesoureiro
Além dos eleitos, foram destacados como sócios fundadores José Agostinho Pereira da Cunha, Napoleão Coelho de Oliveira, Mário Espínola, José Maria Leitão da Cunha, Carlos Sardinha, Maurício Rodrigues Pereira, Desidério Guimarães, George Leuzinger, Augusto Lopes da Silveira, João de Almeida Lustosa e José Augusto Chairéo, sendo que os três últimos faltaram à reunião, mas foram considerados sócio fundadores. Na oportunidade, ficou estabelecido que a data oficial da fundação do clube seria 15 de novembro, feriado nacional.

As cores iniciais foram azul e ouro em listras horizontais bem largas. Entretanto, em 1898, por proposta de Nestor de Barros, houve mudança para as atuais: vermelho e preto.

Novos barcos foram sendo comprados e o Flamengo começou a destacar-se nas competições. Na I Regata do Campeonato Náutico do Brasil conquista a sua primeira vitória com Irerê, uma baleeira a dois remos, no dia 5 de junho de 1896. Anteriormente, o Flamengo só havia obtido colocações secundárias e muitos segundos lugares, o que lhe valeu, inclusive, o apelido de Clube de Bronze.

Em 1902, diante de seu crescimento, houve a transformação para Clube de Regatas do Flamengo.

O início no futebol
A partir de 1902, o remo passou a dividir com o futebol a preferência popular. Assim, os associados do Flamengo tornaram-se sócios também do Fluminense para acompanhar o futebol e os do clube das Laranjeiras vieram para o rubro-negro, a fim de acompanhar as regatas. Alberto Borgerth representava bem o exemplo, pois pela manhã remava pelo Flamengo e à tarde jogava pelo seu clube, o Fluminense.

Entretanto, em 1911, houve a cisão no Fluminense e muitos jogadores do tricolor vieram para o Flamengo, resolvendo em assembléia do dia 8 de novembro de 1911 fundar um departamento de esportes terrestres, com Alberto Borgerth na direção. A briga entre Oswaldo Gomes e muitos dos jogadores do primeiro quadro do Fluminense foi a razão da discórdia. Originalmente, pensou-se em uma simples adesão ao Botafogo mas como o alvinegro, na época, era o grande rival do Fluminense, a idéia foi logo descartada. Em seguida consideraram a idéia de reforçar o já estabelecido Paysandu mas também foi vetado, uma vez que o clube era composto exclusivamente de ingleses. Finalmente, surgiu a idéia de Borgerth, de se criar uma seção de futebol no Flamengo. A proposta foi aprovada e consagrada na assembléia do clube realizada no dia 8.


A primeira partida
Na Praia do Russel foram feitos os primeiros treinos e no dia 3 de maio de 1912, já devidamente filiado à Liga Metropolitana de Desportos Terrestres, o Flamengo realizou a sua primeira partida. Foi no campo do América e os rubro-negros venceram o Mangueira por 16 a 2, sendo que o juiz foi o consagrado Belfort Duarte. O quadro do Flamengo formou com Baena; Píndaro e Nery; Coriol, Gilberto e Galo; Baiano, Arnaldo, Amarante, Gustavo e Borgerth.



A Gávea

Estádio da Gávea, vista atual.O primeiro gramado conseguido pelo Flamengo localizava-se na Praia do Russel. Nele foram feitos os primeiros treinos, mas para os jogos do campeonato, conseguiu-se rendar o campo da rua Paiçandu. Na administração de Burle de Figueiredo, verificou-se um surto de progresso e expansão, incrementando-se a prática de diversos esportes.

O Flamengo passou a disputar vários campeonatos, construindo-se, então, o rink para a prática do basquete e da patinação. Outro grande evento da época foi a aquisição da sede náutica. A vida esportiva do clube transcorria normalmente. A conquista de brilhantes vitórias alcançadas pelos seus atletas nas competições aquáticas não sofreu solução de continuidade com o advento da prática dos desportos terrestres, nem tampouco com a passagem do amadorismo para o profissionalismo. Todavia, volta e meia, grandes dificuldades tinham de ser contornadas. Ficou-se na lembrança o plano utilizado na compra dos prédios números 66 e 68 da praia do Flamengo (hoje sede velha) e que consistiu no acréscimo das mensalidades, destinado ao pagamento da dívida. Em pouco tempo os dirigentes de então liquidaram esse compromisso, sem que houvesse desvios de verba para pagamentos de outra natureza que não a pertinente aos fins a que a mesma se destinava. Mas eis que, ao terminar o arrendamento do campo da rua Paiçandu, os seus proprietários não concordaram com a renovação do contrato, concedendo ao Flamengo, apenas, uma opção de compra. Na falta de verba para atender a uma operação tão vultosa, ficou o Flamengo, novamente sem praça de esportes. Foi quando Pascoal Segreto encetou a campanha pró-estádio da Gávea.

Para complementação da área doada foi preciso aterrar uma faixa da lagoa. De 1940 a 1948, os irmãos Pedro e Paulo Ramos Nogueira trabalharam incansavelmente na conquista da área que faltava. E na gestão de Dario de Melo Pinto, no ano de 1948, em face do término das obras do aterro, pleiteou-se à prefeitura do antigo Distrito Federal, por intermédio de Antero Coelho, a regularização definitiva da doação que fora feita pelo prefeito Pedro Ernesto, o que foi atendido pelo sócio benemérito General Ângelo Mendes de Morais, naquela época Prefeito da cidade.

A garagem da lagoa e aquela ponte da praia do Flamengo que deixou de existir com as obras de duplicação das pistas e posteriormente do aterro, foram obras da administração Bastos Padilha, durante a qual se fomentou uma campanha para solucionar definitivamente o problema da nossa praça de esportes, visto que o Flamengo se vinha utilizando do campo do Fluminense, em troca de uma pequena participação na renda das suas partidas. José Bastos Padilha, Alexandre Baldassini e Mário de Oliveira foram as grandes figuras dessa luta. Para apurar a verba necessária à construção do estádio da Gávea, lançaram uma campanha de aumento de sócios proprietários. E foi em 1938, já na administração Raul Dias Gonçalves, que o Flamengo inaugurou o seu estádio, na Gávea, já há alguns anos totalmente murado e que dispõe de uma área útil total de 60 mil metros quadrados.

Por decreto legislativo da antiga Câmara dos Deputados do antigo Distrito Federal, o Flamengo já possuía uma área de 50 metros de frente por 50 de fundos, na Avenida Rui Barbosa. E na administração Gustavo de Carvalho pleiteou o então Ministro da Guerra, Marechal Eurico Gaspar Dutra, um terreno vizinho a esse que fora anteriormente obtido na administração José Bastos Padilha. Eram mais 93 metros de frente por 50 metros de fundos. Atendida essa pretensão, ficou o Flamengo de posse de dois terrenos situados num dos pontos mais pitorescos da baía da Guanabara. E estava aberto, assim, o caminho para a concretização de uma velha aspiração rubro-negra: a construção de uma sede social capaz de atender às necessidades de uma entidade com tão alto coeficiente de expansão. Uma comissão encarregou-se de conseguir o apoio do benemérito Marechal Eurico Gaspar Dutra, para o plano de construção e financiamento do edifício a ser erguido nos terrenos da avenida Rui Barbosa nº 170. O Marechal empenhou-se pessoalmente no patrocínio da nossa causa, obtendo o apoio financeiro. Assim, sem que se vendesse o terreno nº 66/68, onde está situada a sede velha, mas com um bom planejamento financeiro, ergueu-se o grande edifício da avenida Rui Barbosa. Com dois blocos centrais de 24 pavimentos cada. Os quatro blocos totalizando 148 confortáveis apartamentos, ficando do quarto andar para baixo destinadas todas as suas dependências para a nova e moderna sede do Flamengo, além de algumas lojas. O prédio custou 52 milhões de cruzeiros antigos e seus apartamentos e inauguração da sede nova foi na administração Gilberto Ferreira Cardoso.

Neste período o Flamengo tinha como ídolo maior o craque Dida que, antes de uma contusão, era o camisa 10 da Seleção Brasileira. Dida foi a Copa de 58, mas ficou no banco de reservas machucado, em seu lugar entrou o garoto, até então reserva Edson Arantes do Nascimento (O Rei Pelé). Dida é também ídolo de Zico, que já confessou diversas vezes a sua influência em seu futebol.

Antes de chegar a "Era Zico", o Flamengo contou também com grandes craques como: Zizinho, Leônidas da Silva, Gérson, Benitez, Horacio Doval e Domingos da Guia, e ainda com com Garrincha por uma temporada, que vestiria o Manto Sagrado para encerrar a sua carreira.


Anos 60 e 70
Apesar de nessas duas décadas as conquistas do Flamengo se limitarem mais ao âmbito regional, o clube teve em seu elenco diversos jogadores importantes para o futebol brasileiro e mundial.

Jogadores como Dida, Paulo César "Caju", Gérson, Rondinelli, Horacio Doval, Fio Maravilha, Evaristo de Macedo, Reyes, entre outros, fortaleciam as equipes montadas pelo clube.

Ainda na década de 60, o Flamengo sagrou-se campeão do Torneio Rio-São Paulo. Na época um título que valia muito mais que a simples rivalidade entre paulistas e cariocas.

O maior legado da década de 70, foi revelar ao mundo do futebol a equipe mais vitoriosa do Flamengo, e sem dúvida alguma um dos maiores esquadrões do futebol mundial. Foi nesse período que craques como Zico, Júnior, Leandro, Andrade e outros tão importantes quanto, subiram para a equipe profissional do Flamengo.

Segundo os próprios jogadores, o marco inicial da geração que seria tetracampeã brasileira (1980/82/83/87), e campeã da Libertadores da América e Mundial (ambos em 1981), foi o tricampeonato estadual de 1978/79/79, conquistado contra o rival Vasco da Gama.


A era Zico - Os anos 80

A década de 80 foi a época mais importante na história do Flamengo. Ao conquistar quatro vezes o Campeonato Brasileiro, uma vez a Taça Libertadores da América e o Campeonato Mundial Interclubes, o Flamengo foi considerado O Time da Década.

Embora já possuísse a maior torcida do Brasil, o Flamengo só conquistaria o Campeonato Brasileiro na década de 80. Com Zico na equipe, o rubro-negro conquistou seu primeiro título brasileiro em 1980, ao derrotar o Atlético Mineiro no Maracanã por 3 a 2, e Zico foi o artilheiro principal com 21 gols.

1981 foi o ano mais especial da década para o Flamengo. Além de conquistar o Campeonato Carioca levantou a Taça Libertadores da América derrotando o Cobreloa do Chile por 2 a 0 , gols de Zico, na primeira participação do rubro-negro na competição. Depois, conquistou o Mundial de Clubes ao bater o Liverpool da Inglaterra por 3 a 0, em Tóquio. Zico ganhou o prêmio de melhor jogador da decisão. O Flamengo é o único clube carioca possuidor do título mundial. Além disso, houve outra façanha memorável pelo Campeonato Carioca deste ano: Zico e sua equipe conseguiram devolver a goleada de 6 a 0 imposta pelo Botafogo em 1972. Zico marcou o segundo e o quinto gol e Andrade fechou a goleada com um golaço. Em entrevista ao programa Jogos para sempre, do canal SporTV, em 2007, onde a partida homenageada fora justamente a citada goleada, Zico revelou que seus principais objetivos eram devolver esta goleada e dar ao Flamengo superioridade de vitórias sobre o Botafogo.

Em 1982 veio a segunda conquista do Campeonato Brasileiro, com uma vitória sobre o Grêmio por um gol de Nunes em pleno Estádio Olímpico Monumental. Zico foi mais uma vez o artilheiro da competição.

Em 1983 o Flamengo conquistou o tricampeonato brasileiro ao golear o Santos no Maracanã por 3 a 0. Neste mesmo ano, Zico deixou o clube para ir jogar na Udinese (Itália).

Dois anos depois, Zico voltou ao Flamengo e em 1986 conquistou seu último Campeonato Carioca.

Em 1987, foi um dos principais responsáveis pela conquista do tetracampeonato brasileiro na Copa União. Em um time onde orientava os jovens Bebeto, Leonardo, Ailton, Zinho, Alcindo e contava com os experientes Leandro, Andrade, Aldair e Renato Gaúcho. Foram memoráveis as vitórias nas partidas semifinais contra o Atlético Mineiro e a grande final contra o Internacional, que foi vencida com um gol de Bebeto.

Em 1988[7] , apesar do Flamengo ainda possuir Zico e todo o grande elenco do ano anterior, permitiu o bicampeonato vascaíno. Porém, esse foi o último título que a equipe de São Januário conseguiu conquistar sobre o Flamengo, iniciando aí a maior escrita até hoje entre os dois clubes: a síndrome do Vice. Desde esse ano, o Vasco não vence uma decisão contra o Flamengo. Nessa época, uma das grandes dificuldades do Flamengo foi os constantes problemas de joelho de Zico.

Após o fim do Campeonato Carioca, vários titulares importantes deixaram o clube, como Andrade, Renato Gaúcho, Leandro, Edinho e outros, como o goleiro Zé Carlos e o artilheiro Bebeto que desfalcaram a equipe para defender a Seleção Brasileira durante as Olimpíadas de Seul. O técnico Carlinhos também foi substituído por Candinho, que teve um tempo curtíssimo na Gávea e foi substituído por Telê Santana. Não contratando substitutos à altura, o Flamengo teve participação regular no primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Permitiu a quinta vitória consecutiva do arqui-rival Vasco (uma série de cinco vitórias que seria devolvida três anos mais tarde), porém teve algumas vitórias marcantes: 5 a 1 sobre o Guarani em pleno estádio Brinco de Ouro e 1 a 0 sobre o Santos no Maracanã, no jogo de maior público do primeiro turno, e 3 a 0 sobre o Criciúma, onde Zico fechou a goleada com um chute tão forte e rápido para o gol que o goleiro do time catarinense nem ao menos se moveu para realizar qualquer defesa.

No segundo turno, mesmo com todos seus titulares de volta, o time perdeu vários pontos e estava prestes a perder suas chances de classificação. Até que chegou o dia em que o Flamengo enfrentaria o já classificado Fluminense, no famoso Fla-Flu. Os jornais da época revelaram que a equipe tricolor zombou da equipe rival, dizendo coisas como "fechar o caixão do Flamengo". Porém, com uma vitória através de um gol do artilheiro Bebeto, o Flamengo iniciou sua empreitada rumo à classificação. Este Fla-Flu foi marcado pela estréia do então júnior rubro-negro Marcelinho Carioca no futebol profissional. A partir dessa vitória, o Flamengo não mais foi derrotado no segundo turno, seguindo vencendo e empatando. Na última rodada, o Flamengo teve dois desafios: vencer o Atlético Mineiro e superar o São Paulo na classificação. Ambos adversários eram concorrentes diretos a uma das vagas para a segunda fase. O Flamengo havia feito sua parte no Maracanã, ao vencer a equipe mineira por 2 a 0, gols de Zinho e do ex-atleticano Sérgio Araújo e graças ao tropeço do São Paulo frente ao Goías (1 a 1), a vaga para a próxima fase foi assegurada, e a classificação foi comemorada pelos jogadores como um título.

Em janeiro de 1989[8], teve início a segunda fase do Campeonato Brasileiro de 1988, e o Flamengo tinha como adversário o Grêmio, dos então jogadores Paulo Bonamigo e Cuca. O rubro-negro ainda estava sob comando do técnico Telê Santana. Após empatar em 0 a 0 no Estádio Olímpico, a equipe carioca foi derrotada por 1 a 0 na partida de volta no Maracanã, gol de Cuca.

Pelo Campeonato Carioca do mesmo ano, o Flamengo fez um ótimo primeiro turno, goleando o Nova Cidade por 8 a 1, a Cabofriense e o Fluminense por 4 a 0 (uma goleada que afundou em crise o tricolor carioca e causou a demissão do jogador Edinho devido à uma briga com um dirigente ainda nos vestiários) empatando em 1 a 1 com o Botafogo e decidindo de forma invicta a Taça Guanabara em uma tarde de domingo contra o Vasco, eliminado do primeiro turno, num Maracanã lotado. Os jornais da época revelaram que os jogadores vascaínos estavam muito confiantes por haverem ganho as cinco partidas anteriores, e pretendiam ganhar a sexta e assim fazer a Sena sobre o arqui-rival. O jogador Zé do Carmo chegou a dizer que "perder para o Flamengo seria o fim do mundo para os vascaínos". O Vasco ainda contava com a maioria dos algozes rubro-negros remanescentes do bicampeonato, como o próprio Zé do Carmo, o goleiro Acácio, Geovani, Bismarck, Mazinho, Cocada, o jovem goleador Sorato e o ídolo máximo Roberto Dinamite. Mas foi o dia da vingança: Com dois gols de Bebeto e um de Renato Carioca, e Bismarck descontando para o Vasco (3 a 1), a equipe da Gávea impediu o que seria uma histórica sequência de seis vitórias vascaínas e conquistou em festa a Taça Guanabara, derrotando também ao Botafogo, concorrente direto ao título. Durante a festa, a torcida rubro-negra gritava: "Êôô, êôô, êôô, a Sena acumulou!"

Porém, no segundo turno, após empatar em 3 a 3 com o Botafogo num jogo praticamente ganho, onde Zico abriu o marcador com um golaço de falta e o zagueiro Gonçalves estragou a vitória do Flamengo ao fazer um gol contra e permitir a reação do adversário e perder duas partidas (Porto Alegre e Vasco), o rubro-negro entregou a Taça Rio ao invicto Botafogo, que mais tarde se sagraria campeão carioca.

No mesmo ano, iniciou-se um novo campeonato, a Copa do Brasil, e o Flamengo foi eliminado ao se encontrar novamente com o Grêmio.

Pelo Campeonato Brasileiro de 1989, o Flamengo teve participação discreta, porém com algumas vitórias expressivas, como 2 a 0 (gols do júnior Bujica) sobre o rival Vasco, que já possuía o ex-rubro-negro Bebeto no seu elenco. No meio do campeonato aconteceu a volta de Renato Gaúcho ao clube, e logo em seguida a demissão do seu desafeto, o técnico Telê Santana, devido à uma discussão entre os dois. Outra grande vitória aconteceu quando Zico fez sua última partida oficial pelo clube, numa goleada de 5 a 0 sobre o Fluminense em Juiz de Fora, onde o ídolo abriu o placar com um belíssimo gol de falta (em soma, no ano de 1989 o Flamengo marcou dez gols no Fluminense e não sofreu nenhum; as vitórias foram 4 a 0 e 1 a 0 no Campeonato Carioca e 5 a 0 no Campeonato Brasileiro). O Flamengo ainda havia vencido o Botafogo com uma vitória por um golaço de Aílton, terminando o campeonato e fechando a gloriosa década de 80 vitorioso sobre seus três principais adversários.

No Flamengo, Zico foi muitas vezes artilheiro do Campeonato Carioca de Futebol e do Campeonato Brasileiro. Marcou 568 gols e foi o maior artilheiro da história do clube, uma grande façanha para um jogador de meio campo. O craque também foi diversas vezes eleito o melhor jogador do Brasil, da América e do Mundo por revistas e jornais especializados em futebol. Em 1990, diante de um Maracanã lotado, Zico faria a sua partida de despedida pelo Flamengo.



Pós-Zico

Maracanã em uma partida do Flamengo.Os primeiros anos sem Zico, mesmo sem ele, foram de glória para o Flamengo. A primeira façanha foi conquistar a segunda edição da Copa do Brasil em 1990 contra o Goiás.

Entre o fim de 1990 e ao longo de 1991 o Flamengo, agora comandado pelo craque Júnior devolveu a "quina" em cima do rival vasco, conquistando cinco vitórias seguidas, terminando o ano de 1991 como campeão Estadual do Rio vencendo o Fluminense na final por 4 a 2.

Em 1992 foi marcado pela conquista do sexto título nacional (contando com a Copa do Brasil/90), vencendo o Botafogo nas finais, sendo o primeiro jogo vencido pelos rubro-negros por 3 a 0 e o segundo um empate de 2 a 2, consagrando o Flamengo Campeão Brasileiro de 1992 e o primeiro clube a conquistar por cinco vezes o Campeonato Brasileiro. O grande destaque, mais uma vez, foi o maestro Júnior que, inclusive, foi o artilheiro do clube nesta competição.

Time dos Sonhos

Após o título brasileiro de 1992, o clube entrou em uma grande crise financeira e as conquistas nacionais e internacionais tornaram-se menos freqüentes. Em 1995, ano do seu centenário, o radialista Kleber Leite assumiu a presidência do clube e contratou o atacante Romário, então o melhor jogador do mundo, que estava no Barcelona.

Mesmo com Romário (que nesse ano brigava contra Túlio e Renato Gaúcho pelo "título" de Rei do Rio) e outros craques que foram contratados, como Edmundo e Branco, o ano do centenário rubro-negro não foi vitorioso. O Flamengo conquistou apenas a Taça Guanabara com três gols de Romário contra o Botafogo.

Em 1996, o Flamengo conquista de forma invicta o Campeonato Carioca de Futebol e a Taça Guanabara, vencendo o Vasco no último jogo da Taça Rio e conquistando o título por antecipação, sem a necessidade de uma final. Romário foi o artilheiro do estadual e Sávio o destaque da campanha do Flamengo na Copa Ouro Sul-Americana, onde o Rubro Negro sagraria-se campeão. Sávio terminou a competição como artilheiro ao marcar 3 vezes contra o São Paulo na final. Este foi o terceiro título internacional oficial do Flamengo.

Craques revelados
Na década de 1990 o Flamengo revelou vários novos grandes jogadores como: Djalminha, Sávio, Athirson, Júlio César, Adriano, Juan, entre outros.


Casos de corrupção e o risco do rebaixamento
Em 1999, assumiu Edmundo dos Santos Silva e, com ele, veio um contrato milionário com a empresa de marketing esportivo ISL. Apesar de campanhas ruins no Campeonato Brasileiro, o Flamengo se destacava em outras competições, tanto que sagrou-se tricampeão estadual (1999, 2000 e 2001) todas elas em cima do Vasco. Ganhou a Copa Mercosul em 1999 e a Copa dos Campeões, em 2001.



Neste mesmo ano, o Flamengo iniciou uma série de campanhas pífias no Campeonato Brasileiro em que lutava contra o rebaixamento.

Em 2002, Edmundo dos Santos Silva foi afastado da presidência acusado de desviar dinheiro do clube. A ISL também faliu e o clube ficou sem seu parceiro milionário.

Sem dinheiro para grandes contratações, o Flamengo não conseguiu formar equipes competitivas e por pouco não foi rebaixado no Campeonato Brasileiro em 2002, 2004 e 2005.

Em 2003 e 2004, ainda conseguiu chegar a final da Copa do Brasil. No primeiro ano, perdeu para o Cruzeiro. Na segunda vez, perdeu para o Santo André.

Em 2004 o Flamengo conquista seu 28º título estadual em cima do rival Vasco da Gama.

Em 2005, o Flamengo fez um dos piores anos de sua história e, na chegada do técnico Joel Santana para salvar o clube do rebaixamento nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro, crava, em nove jogos disputados, seis vitórias e três empates, evitando assim que o Flamengo tivesse que disputar a Segunda Divisão em 2006.

2006 - O início de novos tempos

Torcida no Maracanã.Em 2006, chega pela quinta vez à final da Copa do Brasil, porém desta vez consegue conquistar o título sobre o rival Vasco, ganhando novamente um título nacional, o que não acontecia desde 2001 com a conquista da Copa dos Campeões.

Em 2007, paralelo a disputa da Copa Libertadores da América, o Flamengo conquista a Taça Guanabara 2007.

Na final do estadual contra o Botafogo, o Flamengo empata ambos os jogos em 2 a 2 e, nos pênaltis (4 a 2), sagra-se Campeão Carioca de 2007, erguendo o 29° título estadual de sua história.

Na Taça Libertadores da América de 2007, é eliminado pelo Defensor Sporting, do Uruguai, nas oitavas de final. Em sua partida de ida, perdeu por 3 a 0 em Montevidéo e, mesmo vencendo por 2 a 0 o jogo de volta no Maracanã não consegue a classificação por ter um gol a menos no placar somado (3 a 2).


Campeonato Brasileiro de 2007

Torcida do Flamengo no Maracanã em 2007.O Campeonato Brasileiro de 2007 prometia ser um dos piores da história do Clube de Regatas do Flamengo. Após a eliminação da Taça Libertadores da América, o clube estreou no Campeonato Brasileiro. Durante a disputa, o técnico Ney Franco foi demitido e o clube contratou novamente Joel Santana.

Nesse ponto, o clube almejava apenas sair da zona de rebaixamento e talvez conquistar uma vaga na Copa Sul-americana. porém ao final do campeonato o Flamengo havia conquistado o direito à uma vaga na Taça Libertadores da América de 2008.


Título recorde e nova frustração em 2008
Para a nova temporada de 2008 o clube renova o contrato de Joel Santana e contrata reforços para a disputa da Taça Libertadores. No primeiro turno do Campeonato Carioca conquista o décimo oitavo título da Taça Guanabara e, posteriormente na final, seu trigésimo Campeonato Carioca, ambos sobre o Botafogo. O trigésimo título deste campeonato é o atual recorde, pois o título de 2002 que pertence ao Fluminense encontra-se sub judice.

Na primeira fase da Taça Libertadores consegue três vitórias no Maracanã e uma na cidade de Cuzco, vencendo o Cienciano por 3 a 0. Na mesma fase ainda empata e perde em dois jogos, resultando na primeira colocação do seu grupo e na segunda melhor campanha desta fase do campeonato, com 4 vitórias, 1 empate e 1 derrota.

Nas oitavas de final da Taça Libertadores, em meio à disputa dos jogos finais do Campeonato Carioca, o Flamengo enfrenta o América do México. No primeiro jogo aplica uma goleada de 4 a 2 sobre o adversário, em pleno Estádio Azteca. Contudo, no jogo de volta é novamente eliminado nas oitavas de final, perdendo a partida no Maracanã por 3 a 0.

Títulos
Mundial Interclubes: 1981.
Continentais
Taça Libertadores da América: 1981.
Copa Mercosul: 1999.
Copa Ouro Sul-Americana: 1996*.
* Títulos conquistados sem derrota - invicto
Campeonato Brasileiro: Pentacampeão (1980, 1982, 1983, 1987¹, 1992).
Copa do Brasil: Bicampeão (1990 e 2006).
Copa dos Campeões: 2001.
¹ No ano de 1987, o Flamengo foi o vencedor da Copa União, torneio organizado pelo Clube dos Treze, que hoje representaria a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Entretanto, depois da quinta rodada da competição, a CBF mudou o regulamento e tentou fazer um cruzamento entre os finalistas da Copa União (equivalente à primeira divisão, chamado de módulo Verde) e os finalistas do Módulo Amarelo (este criado pela CBF e equivalente à segunda divisão) para decidir o Campeonato daquele ano, bem como as equipes que disputariam a Libertadores da América do ano seguinte. Eurico Miranda, representante do Clube dos Treze na CBF, concordou com esta alteração sem consultar a direção do Clube dos Treze, e, quando a informou, esta recusou tal alteração veementemente e não a assinou. Desta forma, por decisão do Clube dos Treze e por ter sido o próprio a realizar a Copa União, Flamengo e Internacional não jogaram no cruzamento com o campeão e o vice-campeão do módulo amarelo. O título nacional do Flamengo de 1987 foi reconhecido pelo Conselho Nacional de Desportos (CND) - órgão normativo supremo e última instância do esporte nacional à época - como também pelo Clube dos Treze e pela FIFA(entidade máxima do futebol mundial).
Torneio Rio-São Paulo: 1961.
Campeonato Carioca: 30 títulos (1914, 1915*, 1920*, 1921, 1925, 1927, 1939, 1942, 1943, 1944, 1953, 1954, 1955, 1963, 1965, 1972, 1974, 1978, 1979*, 1979 - Especial, 1981, 1986, 1991, 1996*, 1999, 2000, 2001, 2004, 2007 e 2008).
Taça Guanabara: 18 vezes (1970, 1972*, 1973*, 1978, 1979, 1980*, 1981, 1982, 1984, 1988, 1989, 1995, 1996*, 1999*, 2001, 2004, 2007 e 2008).
Taça Rio: 7 vezes (1978*, 1983, 1985*, 1986, 1991*, 1996* e 2000).
* Títulos conquistados sem derrota - invicto


Elenco atual
Goleiros
1 Bruno
20 Diego
24 Marcelo Lomba
# Paulo Victor
Laterais
2 Léo Moura
6 Juan
13 Luizinho
26 Egídio
Zagueiros
3 Fábio Luciano
4 Ronaldo Angelim
23 Leonardo
25 Thiago Sales
# Rodrigo Arroz
# Dininho
Meio-campistas
19 Aírton
8 Gavilán
7 Ibson
5 Jônatas
10 Renato Augusto
8 Jaílton
15 Kléberson
5 Cristian
11 Toró
22 Marcinho
# Rômulo
# Colace
Atacantes
9 Souza
11 Diego Tardelli
17 Maxi
18 Obina
# Paulo Sérgio
# Éder
Técnico
Caio Júnior

Artilheiros
# Jogador Gols
1. Zico 568
2. Dida 264
3. Henrique 216
4. Pirilo 204
5. Romário 204
6. Jarbas 154
7. Leônidas 153
8. Bebeto 151
9. Zizinho 146
10. Índio 142
11. Tita 130
12. Adílio 128
13. Durval 124
14. Nonô 123
15. Esquerdinha 116
16. Joel 116
17. Alfredinho 103
18. Evaristo de Macedo 103
19. Gaúcho 98
20. Nunes 96
21 Sávio 95
22. Vevê 92
23. Doval 92
24. Babá 89
25. Luís Carlos 85
26. Rubens 84
27. Cláudio Adão 82
28. Luisinho Lemos "Tombo" 82
29. Gérson 80


O Dia do Flamengo
Em 9 de março de 2007, o Flamengo ganhou uma data comemorativa no calendário carioca. O dia 17 de novembro, data de fundação do clube, passa a ser também o Dia do Flamengo. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, sancionou a Lei Estadual 4.998/2007 criando o Dia do Flamengo[1].


Cronologia
1895, 17 de novembro - Fundação, no casarão de Nestor de Barros, número 22 da Praia do Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro
1911 - Disputa o Campeonato Carioca pela primeira vez
1914 - Ganha o primeiro Carioca
1914/1915 - Primeiro bicampeonato do Campeonato Carioca
1920/1921 - Segundo bicampeonato do Campeonato Carioca
1925, 1927, 1939 - Campeão carioca
1942/1943/1944 - Primeiro tricampeonato do Campeonato Carioca
1953/1954/1955 - Segundo tricampeonato do Campeonato Carioca
1961 - Campeão do Torneio Rio-São Paulo
1963, 1965, 1972, 1974 - Campeão Carioca
1978/1979/1979 especial - três títulos em dois anos no Campeonato Carioca
1980 - Campeão brasileiro pela primeira vez
1981 - Campeão da Copa Libertadores da América, e da Mundial de Clubes e do Campeonato Carioca
1982 - Campeão brasileiro pela segunda vez
1983 - Campeão brasileiro pela terceira vez
1986 - Campeão Carioca
1987 - Campeão da Copa União. Contabilizado como um Campeonato Brasileiro pelo STJD e pelo clube dos 13, mas não oficializado pela CBF. Ver Mais.
1990 - Campeão da Copa do Brasil pela primeira vez
1991 - Campeão Carioca
1992 - Campeão brasileiro
1996 - Campeão estadual invicto e Campeão da Copa Ouro Sul-Americana.
1999 - Campeão da Copa Mercosul
1999/2000/2001 - Quarto tricampeonato do Campeonato Carioca
2001 - Campeão da Copa dos Campeões
2004 - Campeão Carioca
2006 - Campeão da Copa do Brasil pela segunda vez.
2007 - Campeão da Taça Guanabara pela décima sétima vez.
2007 - Campeão Carioca
2008 - Campeão da Taça Guanabara pela décima oitava vez.
2008 - Campeão Carioca

Amanhã teremos o Fluminense.