
SÃO PAULO 2X1 GOIÁS
São Paulo se recupera e bate o Goiás debaixo de chuva no Morumbi
Debaixo de chuva, o São Paulo conseguiu uma vitória importante por 2 a 1 sobre o Goiás, na noite deste sábado, no Morumbi, e se manteve no G-4 do Brasileirão. O Esmeraldino chegou a empatar a partida, mas não contava com o belo gol de falta de Rodrigo, ainda no primeiro tempo.
Com o resultado, o dono da casa está com 33 pontos e se mantém na quarta posição, enquanto o visitante tem 23 pontos, na 13ª colocação. Na próxima rodada, que dá início ao returno, o time paulista enfrenta o líder Grêmio, no Olímpico, no domingo, e o Esmeraldino recebe o Náutico, no mesmo dia.
Rodrigo se recupera com belo gol
Depois de Muricy Ramalho considerar a derrota para o Fluminense como a pior partida do São Paulo na temporada, a obrigação do time era de ganhar em casa. E, logo aos dois minutos de jogo, o anfitrião mostrou que não estava de brincadeira. Jorge Wagner, em cobrança de falta, colocou a bola na cabeça de Zé Luis, que balançou a rede.
Com o gol sofrido, o Goiás precisou sair um pouquinho mais para tentar o empate. Aos dez minutos, André Lima achou um espaço e encontrou Dagoberto, que partiu para cima da defesa e passou para Hugo. O meia tentou o chute, mas Harlei fez uma boa defesa. Zé Luis deu o troco em jogada individual, mas Harlei também ficou com a bola.
Aos 15, o São Paulo, que até então neutralizava o Goiás com tranqüilidade, sofreu um golpe. O árbitro marcou pênalti de Rodrigo em Iarley. Os são-paulinos reclamaram muito da marcação e o zagueiro levou as mãos ao rosto, em desespero, pois não chegou a atingir o adversário. Mas Iarley não quis nem saber e converteu a cobrança aos 17, com uma cobrança forte, no meio do gol. Foi o oitavo gol do atacante na competição.
o dono da casa tentou se recompor após o empate. Uma boa chance aconteceu aos 22, em cobrança de falta de Jorge Wagner, que Harlei precisou espalmar. Pouco depois, o Goiás armou o contra-ataque com Ramalho, que desceu pela direita e arriscou, mas Rogério Ceni impediu o gol da virada do visitante.
O Esmeraldino passou a marcar a saída de bola do adversário com atenção. Mesmo assim, Hugo recebeu uma boa bola pela esquerda, mas chutou muito forte, por cima do gol de Harlei. Aos 35, Zé Luis mais uma vez apareceu bem de cabeça, só que mirou um pouquinho acima do travessão.
Aos 42, o São Paulo perdeu a grande chance de ampliar o placar. Em tabela com Dagoberto, André Lima finalizou na pequena área, mas se atrapalhou, e Paulo Baier salvou o Goiás, mandando a bola para fora.
Se não conseguia fazer um gol com trocas de passe, o jeito foi apelar para a bola parada. Aos 45, Rodrigo viu a chance de ampliar em uma falta na intermediária. Soltou a bomba e conseguiu um efeito, enganando Harlei e fazendo o segundo para o São Paulo. O dono da casa foi para o intervalo aliviado.

Gol anulado e muita reclamação
O segundo tempo começou quente. Logo aos seis minutos, Hugo carregou a bola na entrada da área e arriscou o chute. Harlei espalmou e Dagoberto, na sobra, colocou para dentro do gol. Os jogadores do São Paulo comemoraram muito, mas o time do Goiás foi reclamar com a arbitragem que a bola havia tocado em André Lima, impedido, no momento do chute de Hugo. O árbitro voltou atrás e anulou o gol. Começou uma chuva de reclamações, agora dos são-paulinos.
Não teve jeito: o gol foi anulado corretamente. O dono da casa continuou melhor em campo, pressionando o Goiás. Aos 11, Harlei fez nova defesa em chute de Dagoberto. Aos 21, novo chute do atacante, mas desta vez ele pegou mal na bola e chutou longe do gol.
Aos 31, Richarlyson quase complicou a vida do São Paulo. Ao dar um carrinho na área, ele tocou com a mão na bola, mas o juiz não marcou nada. Paulo Baier ainda reclamou, só que o lance passou batido. O Goiás ainda tentou ameaçar com a entrada de Rinaldo, mas o dono da casa conseguiu segurar o resultado importante, embora tenha sofrido certa pressão no fim.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 2 x 1 GOIÁS
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Zé Luis, Rodrigo, André Dias e Richarlyson; Joilson, Jean, Hugo (Cazumba), e Jorge Wagner, Dagoberto (Éder Luis) e André Lima (Aloísio).
Técnico: Muricy Ramalho.
GOIÁS
Harlei; Henrique, Rafael Marques e João Paulo (Thiago Feltri); Fábio Bahia, Ramalho, Fernando (Fahel), Paulo Baier e Júlio César (Rinaldo); Romerito e Iarley.
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Zé Luis, aos 2 minutos, Iarley, aos 17 minutos, Rodrigo, aos 45 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Jean, Dagoberto, André Lima, Cazumba, Joilson (São Paulo); Ramalho, Paulo Baier, Rafael Marques, Henrique (Goiás).
Estádio: Morumbi. Data: 09/08/2008.
Árbitro: Francisco de Assis Almeida Filho (CE).
Auxiliares: Erich Bandeira (PE) e Manuel Márcio Bezerra Torres (CE)

ATLÉTICO-MG 0X4 GRÊMIO
Metade do caminho já foi: Grêmio goleia o Galo e conquista o turno
Já dá para colocar metade da estrela na camisa, porque o Grêmio, com futebol e sorte de campeão, fez 4 a 0 no Atlético-MG em Belo Horizonte e conquistou neste sábado o primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O detalhe que enche de otimismo até o mais descrente dos tricolores é que desde 2003, quando a competição passou a ser disputada em pontos corridos, o campeão do turno também conquistou o Nacional ao término do returno.
E não é tudo: com a goleada, o Grêmio chegou a 71,9% de aproveitamento no final do turno. O percentual é inédito. Cruzeiro, Santos, Corinthians e São Paulo, campeões desde 2003, não chegaram a tanto. De quebra, o time gaúcho abriu dez pontos de vantagem para o primeiro clube fora da zona de classificação para a Libertadores.
O Galo, com a derrota, viu interrompida uma animadora seqüência de duas vitórias consecutivas. O Atlético entra no domingo em 11º, com 24 pontos, e volta a campo na quinta-feira, no Rio de Janeiro, contra o Botafogo, pela Sul-Americana. O Grêmio tem clássico Gre-Nal um dia antes, também pela competição continental, e deve ir com time reserva.
Sorte de campeão
Ter cara e sorte de campeão é vencer mesmo quando o adversário é superior. O Grêmio foi assim no primeiro tempo. Competente, soube conter o maior volume de jogo do Galo nos primeiros 45 minutos. De lambuja, encaixou um contra-ataque e pulou na frente no placar.
Para ameaçar o gol de Victor, o adversário precisa suar um bocado e ainda estar em uma daquelas jornadas iluminadas. A defesa do Grêmio é uma fortaleza. E a prova esteve no gramado do Mineirão. Porque a bola ficou quase sempre nos pés de algum atleticano e, paradoxalmente, o time mineiro teve raras chances efetivas de gol. Petkovic e Serginho oscilaram boas jogadas com momentos de sumiço.
Quando pintaram oportunidades para o Galo, elas morreram na sorte de campeão do Grêmio. Aos 14 minutos, Petkovic dominou pela esquerda e tocou por cobertura, sem condições de Victor buscar. Mas a bola foi manhosa. Voou, passeou pelo céu do Mineirão e bateu na trave de Victor. Sorte de campeão...
Segurar o Galo já estava de bom tamanho. Mas o Grêmio foi além. Aos 35 minutos, Marcel, centroavante brincando de articulador, fez lançamento preciso para Willian Magrão, volante brincando de centroavante. Ele recebeu na área e bate estranho, sem força, um tanto desequilibrado. Aí a bola desviou em Leandro Almeida, enganou Edson e entrou de fininho. Precisa dizer que é sorte de campeão?
Futebol de campeão
Mas um candidato a título não é feito apenas de sorte. Precisa de futebol, e muito. E aí o Grêmio volta a sobrar. A postura da equipe de Celso Roth no segundo tempo foi uma aula de tática. O Grêmio jogou demais. Fechadinho (e intransponível) lá atrás, o time gaúcho infernizou a vida do Galo em contra-ataques rápidos e mortais. Já era para ter feito o segundo gol aos sete minutos, em cabeceio certeiro de Marcel que o goleiro Edson salvou com grande defesa. Quatro minutos depois, não teve jeito. Vinícius permitiu que Perea dominasse na área e, apavorado, se viu obrigado a cometer o pênalti. Tcheco bateu e fez.
O jogo não mudou muito com o segundo gol tricolor. O Galo seguiu buscando o gol, mas sem sucesso. E o Grêmio, cada vez mais ameaçador, quase ampliou aos 27. Edson fez duas grandes defesas em lances de Marcel e Perea. Aos 33, Reinaldo, que acabara de entrar, chutou duas vezes para fazer o terceiro . Cinco minutos depois, livre na área, fechou o placar a favor de um time com futebol e sorte de campeão. E que realmente é, pelo menos no primeiro turno, o grande campeão.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 0 x 4 GRÊMIO
ATLÉTICO-MG
Edson, Mariano, Leandro Almeida, Vinícius e Calisto; Rafael Miranda (Gedeon), Márcio Araújo (Tchô), Serginho e Petkovic; Raphael Aguiar (Eduardo) e Jael.
Técnico: Marcelo Oliveira.
GRÊMIO
Victor, Léo, Pereira e Réver; Paulo Sérgio, Rafael Carioca (Amaral), Willian Magrão, Tcheco (Souza) e Anderson Pico; Perea e Marcel (Reinaldo).
Técnico: Celso Roth.
Gols: Willian Magrão, aos 35 minutos do primeiro tempo, e Tcheco, aos 12, e Reinaldo, aos 33 e aos 38 do segundo.
Cartões amarelos: Vinícius e Márcio Araújo (Atlético-MG); Réver (Grêmio).
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 09/08/2008.
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF).
Auxiliares: Ednílson Corona (Fifa SP) e César Augusto de Oliveira Braz (DF).
FLAMENGO 1X0 ATLÉTICO-PR
Cabeçada de Jaílton põe fim ao longo jejum do Fla: 1 a 0 no Atlético-PR
Muitas vezes vilão da torcida do Flamengo, Jaílton experimentou o outro lado da moeda na noite deste sábado. O volante foi o herói da suada vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-PR, no Maracanã, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. A vitória, para os supersticiosos, coincide com a bênção do padre Benedito aos atletas. Ele esteve sexta-feira na Gávea.
O Fla venceu depois de sete jogos de jejum – cinco derrotas e dois empates – e chegou aos 31 pontos ao fim do primeiro turno. A equipe termina o dia na quinta posição, mas pode ser ultrapassada por Vitória, Coritiba e Botafogo na rodada de domingo. A partida marcou a volta da camisa "Freddy Krueger", que havia sido aposentada por ser "azarada".
Apesar do triunfo, as rusgas entre alguns jogadores e a torcida ficaram evidentes. Ibson foi bastante vaiado e não perdoou:
- Quando a gente mais precisa da torcida, eles em vez de nos apoiar, nos criticam. É brincadeira.
O Flamengo volta a campo no próximo domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro.
O Atlético-PR, que teve atuação muito ruim, segue estacionado nos 20 pontos e pode terminar o primeiro turno na zona de rebaixamento. Por enquanto, o time está em 14º lugar. Na próxima rodada, o adversário será o Ipatinga, na Arena da Baixada.
Primeiro tempo expõe fraquezas das equipes
O Flamengo entrou em campo sob gritos de raça e com uma escalação diferente. Jaílton atuou na zaga e Aírton entrou no meio. No ataque, o menino Paulo Sergio teve a chance ao lado de Maxi. Logo a 1 minuto, Paulo recebeu na área, girou, mas chutou em cima da zaga.

Recuados os visitantes apostaram nos contra-ataques. Aos 17 minutos, Alan Bahia cobrou falta lateral e Márcio Azavedo cabeceou no travessão de Bruno, que ficou imóvel.
Com as costumeiras dificuldades ofensivas, o Flamengo começou a impacientar a torcida. Leo Moura e Ibson receberam vaias. Aos 27, Maxi quase mudou o panorama ao chutar de esquerda e Galatto se esforçar para conseguir espalmar.
Até o fim do primeiro tempo, os erros se repetiram e o jogo ficou arrastado. Quando o árbitro apitou o fim da etapa, as vaias
Jaílton, o salvador
No segundo tempo, os dois técnicos demonstraram a insatisfação com os ataques e fizeram substituições. Entraram Éder, no Fla, e Pedro Oldoni, no Furacão. A primeira chance foi dos visitantes. Aos 6 minutos, Ferreira chutou, a bola desviou e foi por cima do travessão.

O Maracanã voltou-se contra Ibson. A cada toque na bola, o jogador foi vaiado. Aos 13, Maxi fez grande jogada na direita, cruzou, mas Angelim não alcançou e perdeu gol feito. Éder recebeu livre aos 15, mas precipitou o arremate e isolou.
Leo Moura errou um passe no campo de ataque e permitiu o contragolpe ao Atlético. Alan Bahia chutou e Bruno se esticou para salvar, aos 23 minutos.
Ibson tabelou com Leo Moura aos 31, e a bola quase sobrou para Angelim. A zaga do Atlético-PR conseguiu afastar. Na cobrança do escanteio, Juan levantou e Jaílton subiu para abrir o placar.
No fim, o Flamengo recuou e quase foi castigado. Rodriguinho chutou e Bruno espalmou impedindo o empate do Atlético-PR. A vitória foi comemorada como título. No vestiário, os dirigentes deram gritos histéricos, considerando a má fase obstáculo ultrapassado.
Ficha técnica:
FLAMENGO 1 x 0 ATLÉTICO-PR
FLAMENGO
Bruno; Leo Moura, Jaílton, Ronaldo Angelim e Juan; Aírton, Cristian, Jônatas (Luizinho) e Ibson; Maxi (Erick Flores) e Paulo Sergio (Éder).
Técnico: Caio Júnior.
ATLÉTICO-PR
Galatto, Nei, Danilo, Antônio Carlos e Márcio Azevedo; Renan (Alex Fraga), Alan Bahia (Rogerinho), Rodriguinho e Ferreira; Anderson Aquino e Rafael Moura (Pedro Oldoni).
Técnico: Tico.
Gol: Jaílton, aos 31 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Renan, Marcio Azevedo, Anderson Aquino (Atlético-PR), Juan, Luizinho, Ibson (Flamengo).
Estádio: Maracanã. Data: 09/08/2008.
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho.
Auxiliares: Marrubson Freitas (DF) e Renato Vieira (DF).
Público: 14.257 pagantes (16.127 pagantes).Renda: R$ 178.240,00.