sábado, 21 de junho de 2008

7 Rodada:Série B

PONTE PRETA 1X1 CORINTHIANS
Ponte arranca empate no fim e acaba com os 100% do Corinthians

Depois de seis vitórias consecutivas, o Corinthians, enfim, perdeu os primeiros pontos na Série B do Campeonato Brasileiro. Sem cinco jogadores considerados titulares, o Timão foi a Campinas e empatou por 1 a 1 com a Ponte Preta, nesta tarde de sábado, no estádio Moisés Lucarelli.

Com o resultado no interior de São Paulo, a equipe dirigida pelo técnico Mano Menezes perde a chance de disparar ainda mais na classificação. Agora, segue na liderança, mas com 19 pontos. O Avaí, segundo colocado, tem 13. A Macaca sobe para sete, mas segue na zona do rebaixamento, em 17º lugar.



Na próxima rodada, o Timão enfrenta o Bragantino, quarta-feira, às 21h50m, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto. Um dia antes, a Macaca atua mais uma vez em casa. Desta vez, recebe o Santo André, às 20h30m.



Herrera marca, e brilha a estrela do goleiro Julio Cesar

Com o bom retrospecto em casa na temporada, a Ponte Preta partiu para cima do Corinthians. Com menos de um minuto, Luis Ricardo perdeu boa chance ao chutar à esquerda de Julio Cesar depois de receber passe de Vicente. A pressão, porém, parou. Rapidamente, o Timão se organizou e abriu o placar, aos cinco. Elias bateu escanteio da direita, Herrera se antecipou à marcação e marcou de cabeça.

Com pouca criatividade no meio-de-campo e sofrendo com a boa marcação rival, a Macaca só conseguiu assustar novamente em bola parada, aos 19. Eduardo Arroz cobrou falta pela direita, João Paulo cabeceou para o chão e assustou. Aos 21 e aos 26, as respostas do Timão, com Elias quase acertando o ângulo, e Herrera, parando em Aranha depois de se antecipar à marcação.

Apesar de não jogar bem, a Ponte Preta teve grande chance para empatar, aos 35, quando César foi derrubado na área por Carlos Alberto e o árbitro Phillippe Lombard marcou pênalti. Luis Ricardo bateu mal e Julio César, substituto do barrado Felipe, defendeu no canto direito para delírio da Fiel, localizada exatamente atrás do gol do camisa 22.



Macaca pressiona e consegue empate no fim



No segundo tempo, a Ponte Preta voltou mais ofensiva com a entrada do atacante Danilo Neco no lugar do meia Leandrinho. E, logo aos três minutos, a equipe da casa por pouco não empatou. Eduardo Arroz cruzou da direita, Julio Cesar fez golpe de vista e a bola explodiu no travessão.



Com Carlão no lugar de Eduardo Ramos, o Corinthians ganhou mais força ofensiva, mas não soube aproveitar, tanto que Mano Menezes sacou Herrera para a entrada de Acosta.



E foi do uruguaio a grande chance da etapa final. Aos 23 minutos, ele recebeu na entrada da área, cortou para o meio e chutou forte para Aranha fazer bela defesa no canto direito. Aos 31, foi a vez de Lulinha perder. André Santos cruzou da esquerda, o meia tentou de carrinho na pequena área, mas não alcançou.



Quando a partida parecia definida, a Ponte Preta chegou ao gol, aos 39. Vicente avançou pela esquerda e cruzou na medida para Danilo Neco desviar de pé direito e garantir o empate aos campineiros.





Ficha técnica:
PONTE PRETA 1 x 1 CORINTHIANS
PONTE PRETA
Aranha, César (Rafael Ueta), João Paulo e Jean; Eduardo Arroz, Ricardo Conceição, Bilica, Leandrinho (Danilo Neco) e Vicente; Luis Ricardo (Wanderley) e Leandro.
Técnico: Paulo Bonamigo.
CORINTHIANS
Julio César, Carlos Alberto, Fábio Ferreira, Chicão e André Santos; Nilton, Elias, Eduardo Ramos (Carlão) e Douglas; Dentinho (Lulinha) e Herrera (Acosta).
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Herrera, aos cinco minutos do primeiro tempo; Danilo Neco, aos 39 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Leandrinho, Leandro (Ponte); Chicão, Eduardo Ramos, Herrera, André Santos, Douglas, Carlão, Julio Cesar, Fábio Ferreira (Corinthians). Público: 8.493 pagantes. Renda: R$ 122.758,00
Estádio: Moisés Lucarelli, em Campinas-SP. Data: 21/06/2008.
Árbitro: Phillippe Lombard (SP).
Auxiliares: Márcio Luiz Augusto e Anderson José de Moraes Coelho (ambos de SP).


AMÉRICA-RN 1X5 AVAÍ
Avaí goleia em Natal e sobe para segundo

Sem muitas dificuldades, apesar de jogar fora de casa, o Avaí manteve a sua invencibilidade na Série B do Brasileirão ao golear o lanterna América-RN por 5 a 1, e entrou na zona de classificação para a elite do futebol brasileiro. O atacante catarinense Vandinho fez o dele e chegou ao 25º gol na temporada, disparando na disputa pelo Prêmio Friedenreich, criado pelo TV Globo em parceria com o GLOBOESPORTE.COM para homenagear o maior artilheiro de 2008. A equipe catarinense subiu para 13 pontos, ocupando a segunda posição, ficando atrás apenas do Corinthians, graças ao empate do Juventude com o Vila Nova por 1 a 1, em Goiânia. O time potiguar segue em último, com três pontos apenas.



O Avaí já joga nesta terça-feira, dia 24, contra o Ceará, em Florianópolis. O América só joga na sexta, dia 27, novamente em Natal, contra o Paraná.





O jogo

Tentando manter o embalo de quem ainda não perdeu na competição, mas precisando de uma recuperação imediata, já que empatou a maioria de seus jogos, o Avaí abriu o placar logo aos dois mintuos de jogo, com Válber batendo de esquerda de fora da área. Com total domínio da partida, o Leão aumentou o placar aos 23, após cobrança de escanteio. Ozéia desviou, e o zagueiro Emerson completou de cabeça para as redes.



O time azul aproveitou para aumentar o saldo de gols e, aos 41, marcou o terceiro. Vandinho recebeu na área, chutou para a defesa de Fabiano, mas Marquinhos pegou o rebote e concluiu certeiro. E logo na volta do intervalo, aos três minutos, após tiro de canto, foi a vez do ex-vascaíno Abuda aparecer na área e cabecear para marcar o quarto gol do Avaí.



A torcida do América que compareceu no Machadão a esta altura estava completamente calada. E para piorar, aos nove minutos, Max fez falta sem bola em Emerson, levou vernelho e deixou os anfitriões com um jogador a menos. Mesmo assim, aos 23, Anderson Bill diminuiu o placar, meio de ombro, após escanteio da equipe vermelha.



A chuva fina que caía em Natal apertou, e as duas equipes diminuíram o ritmo nos minutos finais. Só aos 43, o atacante Vandinho marcou mais um, o quarto dele na Série B e o 25º na temporada, aumentando a vantagem como o maior goleador do Brasil, liderando a briga pelo Prêmio Friedenreich.

VILA NOVA 1X1 JUVENTUDE
Juventude empata com o Vila Nova e perde chance alcançar a vice-liderança

O Juventude tinha tudo para chegar a vice-liderança do Campeonato Brasileiro da Série B, na tarde deste sábado, mas empatou com o Vila Nova em 1 a 1, no estádio do Serra Dourada. Com a igualdade entre São Caetano e Santo André, na última sexta-feira, a equipe de Caxias do Sul poderia somar 14 pontos e só ficaria atrás do Corinthians(19) na tabela de classificação. Agora possui 12 e o Vila ficou com 10. O próximo jogo do Juventude será contra o Bahia, na terça, às 20h30m, no Alfredo Jaconi. A equipe do Vila Nova recebe o Criciúma, na sexta, no mesmo horário.





Primeiro tempo do time visitante


O Juventude começou melhor, mesmo atuando fora de casa. Logo aos oito minutos, a primeira grande chance de gol. Ivo entrou pela esquerda e chutou forte, a bola passou por cima do gol do Vila e assustou o goleiro Max. A equipe de Caxias do Sul marcava a saída de bola do adversário e não deixava com que os donos de casa saíssem para o jogo e já incomodava os torcedores que cobravam mais determinação do time de Goiânia.

Aos 24, Xuxa fez um belo lançamento para Ivo. A zaga do Vila não acreditou e atacante tocou na saída de Max, a bola bateu na trave e, no rebote, Luiz perdeu mais uma boa chance para o Juventude. O Vila só veio assustar aos 39. Wando aproveitou uma bobeada da zaga, recuperou o lance e chutou cruzado. A bola passou raspando a trave e acordou os torcedores no estádio do Serra Dourada. O time acordou. Dois minutos depois, Túlio Maravilha, que não havia tocado na bola, recebeu um bom passe de Wando e finalizou acertando o travessão de Michel Alves.





Vila abre o placar no início do 2° tempo





O Vila Nova começou o segundo tempo tentando apagar a má apresentação dos primeiros 45 minutos de jogo e foi logo abrindo o placar. Depois de um cruzamento, André Leone subiu mais que a zaga do Juventude e cabeceou no ângulo do goleiro Michel Alves que não pode fazer nada. Mas a torcida do Vila não teve muito tempo para comemorar. Aos 16 minutos, Luis aproveitou um cruzamento na área e empatou também de cabeça.



Com 30 minutos o técnico Zetti colocou o atacante Mendes que não jogava desde o dia 23 de maio, em função de uma lesão muscular. Aos 42 o Juventude quase desempatou com o artilheiro. Mendes recebou passe na direita e chutou cruzado para uma bela defesa do goleiro Max que espalmou para escanteio garantindo o empate final na partida.

GAMA 1X0 BRASILIENSE
Gama vence Brasiliense no clássico candango e dá um salto na tabela

O Gama conseguiu escapar da zona de rebaixamento da Série B do Brasileirão com uma vitória por 1 a 0 em cima de seu maior rival, o Brasiliense, na noite deste sábado, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. A equipe consegue o seu terceiro triunfo na competição, sobe para nove pontos e dá um salto para a nona posição, graças ao número de vitórias. Com um ponto a menos, o Jacaré está em 14º lugar.



Ao fim da sétima rodada, Ponte Preta, Paraná, CRB e América-RN ocupam a área da degola, enquanto o líder Corinthians, o vice Avaí (ambos invictos), São Caetano e Juventude estão na zona de classificação para a elite do futebol brasileiro.



O único gol do jogo saiu aos 40 minutos do primeiro tempo, com um chute forte de Pedro Paulo. Na etapa final, o time alviverde ainda desperdiçou uma cobrança de pênalti. Bebeto não converteu a penalidade, que foi dfendida pelo goleiro Guto e bateu na trave direita. Na seqüencia da jogada, o cobrador do pênalti deu uma entrada desleal e acabou expulso.



As duas equipes voltam a jogar no próximo sábado, dia 28. O Gama vai ao ABC paulista enfrentar o São Caetano, e o Brasiliense recebe o Barueri, em Taguatinga.

Rodada de Sábado

SÃO PAULO 1X0 SPORT
Hugo salva o Tricolor, que bate o Sport aos 45 minutos do segundo tempo

No sufoco e com um gol salvador de Hugo, aos 45 minutos do segundo tempo , o São Paulo, atual bicampeão nacional, derrotou por 1 a 0 o Sport, que levantou o título da Copa do Brasil, neste sábado, no Morumbi, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. O Leão foi melhor no primeiro tempo, mas se acovardou na defesa na etapa final e abriu espaço para o Tricolor tomar conta do jogo e conquistar a vitória merecidamente. Foi a terceira vitória consecutiva do time de Muricy Ramalho.



Com a vitória, o São Paulo foi a doze pontos e assumiu provisoriamente a quarta colocação, ficando na zona da Libertadores. O Sport segue com oito pontos e permanece na 13ª colocação.



Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o São Paulo enfrenta o Cruzeiro, no Mineirão, no próximo domingo, dia 29, às 16h. Já o Sport recebe a visita do Flamengo, na Ilha do Retiro, em Recife, no mesmo dia e horário.



Muita chuva no Morumbi

Sem contar com Hernanes no meio-campo e Alex Silva na defesa, que estão na seleção brasileira olímpica, o São Paulo tentou pressionar o Sport pelos lados do campo. Mas a equipe pernambucana, a atual campeão da Copa do Brasil, levou perigo nos contra-golpes puxados por Enílton e Carlinhos Bala.



Após troca de passes entre Hugo e Borges, aos 11 minutos, Aloísio recebeu a bola dentro da área e chutou fraco, sem direção. O Sport deu o troco aos 12, quando Enílton rolou para Luciano Henrique, que acertou um torpedo de fora da área e levou perigo para o gol de Rogério Ceni.



O jogo continuou equilibrado. O São Paulo insistiu nas tabelas com Hugo, Borges e Aloísio. Aos 15, Juninho, cobrando falta, levou perigo ao gol de Magrão. E, aos 18, Luciano Henrique fez boa jogada e Rogério Ceni defendeu.



Mesmo debaixo de chuva, o gramado do Morumbi ficou intacto. E as duas equipes continuaram tocando a bola e procurando o gol. Mas, na maioria das vezes, o três zagueiros do São Paulo e do Sport levaram vantagem em cima dos meias e atacantes até o final do primeiro tempo.



Segundo tempo

Mesmo com dificuldades na armação das jogadas e nas finalizações, o São Paulo voltou com o mesmo time para o segundo tempo. O Sport, que foi bem nos contra-ataques no primeiro tempo e teve maior posse de bola, também não mexeu. E o jogo caiu na monotonia tamanha a apatia das duas equipes.



Com 15 minutos, Muricy sacou o apático lateral Jancarlos e mandou a campo Richarlyson, deslocando Joílson para atuar pelo lado direito. A alteração burocrática não adiantou nada. o São Paulo continuou sem criatividade no meio-campo e a bola também não chegou ao ataque.



Na base do tudo ou nada, Muricy atendeu os torcedores e colocou Dagoberto na vaga do apagado Aloísio. E, somente aos 26 minutos, aconteceu a primeira jogada perigosa. Dagoberto cruzou, Borges cabeceou e Magrão defendeu. O São Paulo cresceu em campo e após chute de Joilson, aos 28, o goleiro do Sport fez bela defesa. Em seguida, após cruzamento de Jorge Wagner, Hugo perdeu gol incrível de cabeça.



Melhor em campo e aproveitando a covardia do Sport, o São Paulo fez o gol da vitória aos 45 minutos. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para Hugo, que bateu de primeira e fez um belo gol.





Ficha técnica:
SÃO PAULO 1 x 0 SPORT
SÃO PAULO
Rogério Ceni, André Dias, Juninho e Miranda; Jancarlos (Richarlyson), Zé Luis, Joílson, Hugo e Jorge Wagner; Borges e Aloísio (Dagoberto).
Técnico: Muricy Ramalho.
SPORT
Magrão, César, Gabriel Santos e Durval; Diogo, Daniel Paulista, Sandro Goiano (Fábio Gomes), Luciano Henrique (Kássio) e Dutra; Carlinhos Bala e Enílton (Leandro Machado).
Técnico: Nelsinho Batista.
Gol: Hugo, aos 45 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: André Dias (São Paulo) e Fábio Gomes, Dutra, Luciano Henroque e César (Sport). Público: não divulgado. Renda: não divulgada.
Estádio: Morumbi. Data: 21/06/2008.
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ).
Auxiliares: Marco Aurélio dos Santos Pessanha e Paulo Sérgio Durães Fernandes (ambos do RJ).

CRUZEIRO 3X0 FIGUEIRENSE

Na luta para retornar à liderança, o Cruzeiro fez a sua parte e derrotou o Figueirense por 3 a 0, na noite deste sábado, no Mineirão, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Os atacantes Guilherme e Weldon (duas vezes) marcaram os gols do jogo. Agora, a equipe celeste assume provisoriamente a primeira posição, com 16 pontos, e neste domingo torce por tropeços de Flamengo e Grêmio, que enfrentam Ipatinga e Atlético-PR, respectivamente. O time mineiro passa a ter saldo positivo de oito gols, contra sete do Rubro-Negro e seis dois tricolores. A equipe catarinense segue com oito pontos, com a pior defesa da competição, com 19 gols sofridos.



O próximo compromisso do Cruzeiro é no domingo, dia 29, contra o São Paulo, mais uma vez no Mineirão. No mesmo dia, o Figueira vai enfrentar outro mineiro, o Atlético-MG, em Florianópolis.





Pressão celeste demora

Precisando vencer por uma boa diferença para aumentar o saldo de gols e passar o domingo secando os rivais, a Raposa começou o jogo encontrando dificuldades para entrar na área catarinense. A primeira boa chegada foi só aos 16 minutos, com o lateral Jonathan tentando duas vezes, mas o zagueiro Asprilla salvou o perigo.



Aos poucos, a equipe alvinegra se animou e começou a dominar algumas ações de ataque. A defesa cruzeirense errou feio aos 19, e Tadeu apareceu livre, mas chutou para fora. Aos 24, Wellington Amorim driblou Jadilson e apareceu livre na área, mas Espinoza travou o chute. Porém, no contra-ataque, os anfitriões apareciam com mais espaço e perigo. Guilherme errou uma conclusão, aos 27, e logo depois, Weldon cabeceou para fora após bela escorada de cabeça de Guilherme.



Aos 34, o lateral-direito Anderson Luiz errou um chute e acertou um pontapé em Guilherme dentro da área: pênalti para o Cruzeiro, que o próprio camisa 11 celeste bateu, no canto direito de Wilson, fazendo 1 a 0. Era o que precisava para a Raposa embalar. Aos 38, Wagner quase marcou o segundo em um chute colocado. E aos 40, Guilerme tabelou com Wagner, mas bateu prensado com o goleiro. No rebote, Camilo perdeu. Em seguida, Jonathan entrou sem dificuldades na área e chutou por cima. A torcida no Mineirão se animou com os minutos finais da primeira etapa.





Weldon brilha

O segundo tempo começou com o time da casa dando espaço para o Figueirense. Wellington Amorim cruzou para Tadeu aos sete minutos, mas o camisa 9 não dominou. Mas, de novo, a Raposa era quase fatal nos contra-golpes. Weldon perdeu um gol feito aos oito, com boa defesa de Wilson. Na seqüência, Espinoza quase surpreendeu tocando de costas, mas toda a defesa catarinense afastou após confusão na área.



Até que, aos 11, do bico da grande área, Wagner fez um cruzamento perfeito para Weldon, que cabeceou para o chão no cantinho direito, aumentando o placar. A Raposa engrenou e marcou mais um ao 22. O lateral-esquerdo Jadílson driblou Franklin, meteu entre as pernas de Leandro Soares e cruzou para a área. a defesa alviinegra cortou, mas Weldon pegou de primeira e, com a perna esquerda, acertou o ângulo, fazendo 3 a 0. No restante do jogo, o Cruzeiro só sofreu risco aos 46, quando Fábio tirou uma bola dos pés de Edu Sales, que chegava sozinho em velocidade.

Ficha do jogo
CRUZEIRO 3 x 0 FIGUEIRENSE
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Espinoza (Leo Fortunato), Thiago Heleno e Jadilson; Fabrício, Marquinhos Paraná, Camilo (Elicarlos) e Wagner; Weldon (Marcinho) e Guilherme.
Técnico: Adilson Batista.
FIGUEIRENSE
Wilson; Anderson Luiz, Bruno Aguiar, Asprilla e Leandro Soares (William Matheus); Magal, Cleiton Xavier, Diogo e Ramon (Franklin); Tadeu e Wellington Amorim (Edu Sales).
Técnico: Guilherme Macuglia.
Gols: Guilherme, aos 34 minutos do primeiro tempo, e Weldon, aos 11 e aos 22 do segundo.
Cartões amarelos: Thiago Heleno (Cruzeiro); William Matheus (Figueirense).
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 21/06/2008.
Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (Fifa RJ).
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos (Fifa RN) e Claudio José de Oliveira Soares (RJ).

BOTAFOGO 0X1 PORTUGUESA
Portuguesa confirma boa fase e vence o Botafogo no Engenhão

Numa partida entre duas equipes que vivem momentos opostos, de certa forma deu a lógica. A Portuguesa confirmou o bom momento, vencendo por 1 a 0 o Botafogo, que mais uma vez não mostrou bom futebol, mesmo jogando no Engenhão. A Lusa chegou ao terceiro triunfo consecutivo, somando 11 pontos e alcançando o quinto lugar no Campeonato Brasileiro. O Alvinegro perdeu pela segunda vez seguida, sendo que pela primeira vez em casa na competição, e se manteve com sete pontos.



As duas equipes começaram a partida de forma bem ofensiva, sem muito tempo para estudos do adversário. Por jogar em casa, o Botafogo tomava mais a iniciativa do ataque, principalmente com as jogadas individuais de Carlos Alberto. O Alvinegro se aproveitava de jogadas de bola parada para levar perigo à Portuguesa.

A equipe paulista, que inicialmente usava a velocidade dos contra-ataques, aos poucos conseguiu criar jogadas, se aproveitando dos espaços deixados e pela falta de coordenação do Botafogo. E aos 12 minutos abriu o placar, exatamente numa falha defensiva. Patrício cruzou do lado direito, e Edson se aproveitou da falha na marcação de Renato Silva para cabecear. Castillo ficou no meio do caminho e ainda tocou na bola antes de ela entrar.

Mas o gol da Portuguesa acordou o Botafogo e sua torcida. A equipe partiu com tudo para cima do adversário, parando em André Luís. Aos 20 minutos, Wellington Paulista, dentro da área, chutou para a defesa do goleiro. No rebote, Triguinho cruzou e Renato Silva cabeceou. André Luís defendeu à queima-roupa.
Apoiado pelos torcedores, o Botafogo continuou a pressionar, e teve uma nova seqüência de chances de empate. Aos 24 minutos, Wellington Paulista recebeu lançamento e chutou. André Luís saiu nos pés do atacante e defendeu. Em seguida, Alessandro recebeu cruzamento rasteiro e emendou de esquerda. A bola explodiu no travessão.



Até o fim do primeiro tempo, parecia um jogo de ataque contra defesa. O Botafogo pressionava e criava várias chances de marcar, mas faltava qualidade nas conclusões. A Portuguesa, que inicialmente encontrava espaços, passou a atuar bem mais recuada, quase sem passar do meio-campo.



Botafogo insiste, mas deixa o campo sob protestos da torcida





O intervalo esfriou as duas equipes, que voltaram a campo em ritmo mais lento. O Botafogo continuava a tomar a iniciativa do ataque, mas sem o mesmo ímpeto da primeira etapa. A primeira grande chance alvinegra aconteceu aos sete minutos, quando Alessandro entrou na área, passou por dois adversário e chutou cruzado. A bola passou rente à trave direita de André Luís.



Aos poucos o Botafogo foi recuperando o maior domínio da partida. A Portuguesa voltou a se preocupar quase que totalmente com a defesa. Aos 20 minutos, o técnico Vagner Benazzi trocou o meia Preto pelo volante Carlos Alberto, com o objetivo de reforçar a marcação. Geninho respondeu promovendo a entrada de Vanderlei no lugar de Túlio. No seu primeiro toque na bola, o atacante escorou de cabeça uma cobrança de escanteio que passou rente ao travessão.



Mesmo empenhado em atacar, o Botafogo continuava a pecar nas conclusões. A torcida começou a perder a paciência aos 36 minutos, quando começou a pedir raça aos seus jogadores. Do outro lado, a Portuguesa fazia o máximo para valorizar o tempo que restava, demorando muito na reposição de bolas.



Carlos Alberto ainda teve uma boa chance aos 44 minutos, quando André Luís fez boa defesa em chute de fora da área. Os jogadores deixaram o campo ouvindo o coro de "queremos time".



Ficha técnica:
BOTAFOGO 0 x 1 PORTUGUESA
BOTAFOGO
Castillo, Alessandro, Renato Silva, Ferrero e Triguinho (Luciano Almeida); Leandro Guerreiro, Túlio (Vanderlei), Lucio Flavio e Carlos Alberto; Jorge Henrique e Wellington Paulista (Fábio).
Técnico: Geninho.
PORTUGUESA
André Luís, Patrício, Bruno Rodrigo, Halisson e Bruno Recife; Dias (Erick), Gavilán, Edno e Preto (Carlos Alberto); Diogo e Washington (Rogério).
Técnico: Vagner Benazzi.
Gols: Edno, aos 12 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Jorge Henrique, Ferrero, Carlos Alberto, Leandro Guerreiro (Botafogo); Edno, Preto, Bruno Rodrigo, Carlos Alberto (Portuguesa). Público: 5.230 pagantes. Renda: R$ 50.570,00.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 21/06/2008. Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA). Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos (Fifa/BA) e Antônio Carlos de Oliveira (ES).

CORITIBA 2X1 FLUMINENSE
Coritiba vence Flu com polêmico gol de pênalti aos 40 minutos da etapa final

O Coritiba derrotou o Fluminense por 2 a 1 neste sábado, no Couto Pereira, e manteve o Tricolor carioca na lanterna do Brasileirão. O Alviverde chega a nove pontos, enquanto o Flu segue com apenas dois. Hugo e Marlos marcaram para o Coritiba, enquanto Alan fez o gol do Fluminense. Com a vitória, o time paranaense chegou ao oitavo lugar, se afastando da zona de rebaixamento.

No próximo domingo, o Flu enfrenta o Botafogo às 18h10m. O Coritiba também joga um clássico no mesmo dia, contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, às 16h.




A partida

O primeiro tempo não foi recheado por grandes emoções. Fluminense e Coritiba fizeram uma partida com muitos passes errados e baixa qualidade técnica. Até os 5 minutos, somente Dodô conseguia colocar a bola no chão e jogar pelo Flu. O destaque do Alviverde era Carlinhos Paraíba, que se movimentava muito.


Aos 18, Dodô recebeu um excelente passe em profundidade nas costas da defesa, dominou, invadiu a área e, sem marcação, chutou à esquerda de Edson Bastos. O erro não foi perdoado. Um minuto depois, Ricardinho recebeu pela canhota nas costas de Carlinhos e Maurício, e cruzou. Hugo, livre de marcação, escorou para o gol e fez 1 a 0.

O caminho do gol se mostrou uma excelente opção para o Coritiba, que insistia em jogadas pela esquerda. Carlinhos Paraíba e Ricardinho faziam muitas tabelas, mas os atacantes não conseguiam finalizar. O Fluminense passou a ter mais posse de bola, mas não criava jogadas.

Equipes voltam sem alterações

Os técnicos decidiram não fazer nenhuma substituição na volta do intervalo e o panorama da partida não mudou. O Coritiba tocava a bola melhor do que o Fluminense, mas sem muita objetividade. O jogo continuava lento e sem grandes jogadas. O primeiro lance que chamou a atenção foi aos 7 minutos. Carlinhos Paraíba chutou de longe e Fernando Henrique salvou no canto esquerdo, jogando para escanteio.

Aos 16 minutos, Alexandre Mendes, que comandou o Flu no lugar de Renato Gaúcho, resolveu tornar o time mais ofensivo. Ele tirou os volantes Romeu e David e colocou o meia Marinho e o atacante Alan em campo. Depois das alterações, a qualidade do jogo melhorou. O Fluminense passou a ser mais presente no campo de ataque e o Coritiba acordou para o jogo, saindo perigosamente nos contra-ataques.

Mas foi o Flu que aproveitou a velocidade de um contra-ataque. Aos 34 minutos, Maurício arrancou pelo meio-campo e rolou para Alan. Livre na quina esquerda da grande área, o atacante chutou com curva e a bola entrou no ângulo superior esquerdo de Edson Bastos, deixando tudo igual no placar do Couto Pereira.

Aos 39, Marlos recebeu na área e tentou o chute para gol. O atacante furou no meio de dois tricolores e o árbitro viu falta de Carlinhos sobre o jogador alviverde, pênalti em um lance polêmico. O próprio Marlos bateu e colocou o Coritiba mais uma vez na frente.



Ficha técnica:
CORITIBA 2 x 1 FLUMINENSE
CORITIBA
Edson Bastos; Maurício, Jéci e Nenê; Alex Silva (Marcos Tamandaré), Rodrigo Mancha, Leandro Donizete, Carlinhos Paraíba e Ricardinho; Michael (Marlos); Hugo (Henrique Dias) .
Técnico: Dorival Júnior.
FLUMINENSE
Fernando Henrique, Carlinhos, Anderson, Roger e Uendel; Romeu (Marinho), Fabinho, Maurício, David (Alan), Tartá (Léo Itaperuna) e Dodô.
Técnico: Alexandre Mendes.
Gols: Hugo, aos 19 minutos do primeiro tempo; Alan, aos 34 e Marlos, aos 40 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Maurício, Rodrigo Mancha, Hugo (Coritiba), Romeu e Tartá (Fluminense). Cartão vermelho: Nenhum. Público: . Renda: R$ .
Estádio: Couto Pereira. Data: 21/06/2008.
Árbitro: Alicio Pena Junior.
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Junior (SP) e Paulo Ricardo Silva Conceição (RS).

Quartas de Final da Eurocopa:Holanda X Rússia


Rússia manda favorita Holanda para casa

Depois de Portugal, eliminado pela Alemanha, neste sábado foi a vez da Holanda, outra favorita ao título da Eurocopa , despedir-se do torneio. Jogando no estádio St. Jakob Park, em Basiléia, a Laranja Mecânica foi inferior à Rússia durante quase todo o jogo e perdeu por 3 a 1. Pavlyuchenko fez o gol russo no tempo normal e Van Nistelrooy, no finzinho, igualou. Na prorrogação, Torbinski e Arshavin garantiram o triunfo da Rússia.

De luto pela morte da recém-nascida filha do lateral Boulahrouz, a Holanda esteve longe de mostrar o bom futebol que encantou o mundo na primeira fase da Euro. Bem armados pelo técnico holandês Guus Hiddink, os russos tiveram o controle do jogo durante boa parte do tempo normal e, na prorrogação, dominaram amplamente.



Holanda joga de luto e se despede de Van Basten



A partida marcou a despedida do técnico Marco van Basten do comando da Holanda. O treinador vai assumir o Ajax na próxima temporada. Bert van Marwijk será o treinador da Laranja Mecânica a partir das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010. Hiddink, por sua vez, confirmou a previsão da véspera, quando disse que pregaria uma peça na seleção de seu país:



- Se tenho que ser um traidor, quero ser o maior deles.



A Holanda começou o jogo com o mesmo time que encantou na primeira fase. No entanto, a Laranja atuou em ritmo lento e a Rússia, bem organizada em campo, teve uma atuação melhor que os favoritos no primeiro tempo. A seleção do técnico Guus Hiddink deu poucos espaços aos holandeses e ainda criou maior número de chances antes do intervalo.



Laranja não consegue atacar como nos outros jogos



Pavlyuchenko foi o primeiro a assustar, em cabeçada por cima do gol de Van der Sar. A Holanda procurou equilibrar as ações e obrigou Afinkeev a fazer boa defesa em chute de Van Nistelrooy.



Tocando bem a bola, a Rússia esteve bem perto de marcar quando Arshavin recebeu na área e bateu cruzado, para defesa difícil de Van der Sar. Na cobraça de escanteio, Kolodin pegou a sobra fora da área e soltou a bmba, obrigando o goleiro holandês a fazer mais uma boa defesa.



A Laranja Mecânica ainda ganhou um presente da zaga russa, aos 43, mas Van der Vaart bateu em cima de Afinkeev, que conseguiu afastar o perigo.





Rússia faz 1 a 0, mas bobeia no fim



No segundo tempo, a Holanda voltou com Van Persie na vaga de Kuyt. A mudança em nada adiantou e a equipe não conseguiu se tornar mais ofensiva. Calculista, a Rússia seguiu sólida na defesa e saindo na boa para chegar ao ataque.



O mapa da mina para os russos começou a se desenhar pelo lado direito da defesa da Holanda. Boulahrouz levou cartão amarelo por falta violenta e, como tinha dificuldades para marcar no setor, acabou por dar lugar a Heitinga. A mudança, porém, também não deu muito certo.



Aos 11 minutos, depois de boa jogada pela ponta esquerda, Semak cruzou baixo para a área e o artilheiro Pavlyuchenko escorou para a rede.



Em desvantagem, a Holanda, que se notabilizou pelos contragolpes mortais nesta Eurocopa, teve dificuldades para atacar. A Rússia seguiu serena no jogo, mas cometeu o erro de recuar demais nos minutos finais.

Mais na base do abafa do que por apresentar um bom futebol, a Holanda foi em busca do empate. A Laranja Mecânica acabou premiada aos 41. Após cobrança de falta de Sneijder, Van Nistelrooy subiu no segundo pau para testar firme, no canto esquerdo do goleiro AKinfeev.





Arshavin dá show e resolve a parada



Na prorrogação, a Rússia voltou a se soltar mais no jogo. A Holanda, por sua vez, também não recuou. Em menos de cinco minutos, Sneijder, pela Laranja, e Arshavin, no time russo, deram trabalho aos goleiros rivais.



A Holanda procurou se manter na frente, mas passou a dar muitos espaços para a Rússia. Arshavin chutou por cima uma boa oportunidade. Logo em seguida, Pavlyuchenko fez linda jogada e, do bico da grande área, soltou uma bomba que acertou o travessão de Van der Sar. Ainda aos oito minutos do primeiro tempo da prorrogação, Arshavin fez bela jogada de linha de fundo e rolou para Torbinski perder gol incrível, chutando fraco em cima do goleiro.



Melhor na parte física que a Holanda, a Rússia passou a não correr mais perigos. Valorizando a posse de bola, os russos dominaram as ações. No segundo tempo da prorrogação, a Rússia seguiu criando chances. Pavlyuchenko chutou por cima outra boa oportunidade aos três minutos.



De tanto tentar, a Rússia acabou por conseguir o segundo gol. Arshavin fez mais uma grande jogada de linha de fundo, desta vez pelo lado esquerdo, e cruzou para Torbinski escorar para a rede. Nocauteada, a Holanda ainda levou o terceiro, depois de Arshavin receber um lançamento proveniente de um arremesso lateral e, dentro da área, bater pelo meio das pernas de Van der Sar.



Ficha técnica:
HOLANDA 1 x 3 RÚSSIA
HOLANDA
Van der Sar, Boulahrouz (Heitinga), Ooijer, Mathijsen e Van Bronckhorst; De Jong, Engelaar (Afellay), Kuyt (Van Persie), Van der Vaart e Sneijder; Van Nistelrooy.
Técnico: Marco van Basten.
RÚSSIA
Akinfeev, Anyukov, Iganshevich, Kolodin e Zhirkov; Semak, Zyryanov, Semshov (Bilyaletdinov) e Saenko (Torbinski); Arshavin e Pavlyuchenko (Sychev).
Técnico: Guus Hiddink.
Gols: Pavlyuchenko, aos 11; Van Nistelrooy, aos 41 minutos do segundo tempo; Torbinski, aos 7, e Arshavin, aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação.
Cartões amarelos: Boulahrouz, Van Persie, Van der Vaart (HOL), Kolodin, Torbinski e Zhirkov (RUS). Cartão vermelho: -.
Estádio: St. Jakob Park, em Basiléia (SUI). Data: 21/06/2008.
Árbitro: Lubos Michel (SVK).
Auxiliares: Roman Slysko (SVK) e Martin Balko (SVK).

Liga Mundial:França X Brasil


Brasil dá o troco na França ao melhorar nos fundamentos e vencer por 3 sets a 0

A seleção brasileira entrou em quadra para enfrentar a França neste sábado com uma formação diferente da usada na primeira partida da Liga Mundial em Paris, quando foi derrotada por 3 sets a 2. Com o intuito de testar os jogadores e novas combinações, o técnico Bernardinho listou o capitão André Heller, o levantador Marlon, Samuel na posição de oposto, Murilo, Nalbert, Eder e o líbero Alan.



A mudança surtiu efeito, pois a equipe errou menos, melhorou os fundamentos e deu o troco nos franceses ao vencer por 3 sets a 0, com parciais de 31/29, 25/21 e 25/17. O resultado garantiu a liderança do Grupo A para o Brasil.
O próximo desafio da seleção brasileira será a Venezuela. Nos dias 28 e 29 de junho, o Brasil, também com o time reserva, vai a Caracas. No sábado, o jogo será às 19h. No domingo, às 16h. As duas partidas serão transmitidas ao vivo pelo SporTV



Como o Brasil está com a vaga garantida na fase final da competição por ser a sede da decisão, o técnico Bernardinho está com a filosofia de fazer testes, colocando os 19 convocados para jogar, e dar ritmo a todos para os Jogos Olímpicos de Pequim. Na viagem para a Cidade Luz o treinador contou apenas com os reservas. O mesmo acontecerá em Caracas. Giba, que se recupera de uma torção no tornozelo esquerdo, Serginho, Gustavo, Dante, André Nascimento, Rodrigão e Marcelinho, assim como na semana passada, ficarão no CT de Saquarema aprimorando os treinos para as Olimpíadas.



Início equilibrado, com set decidido na casa dos 30

A escolha de Nalbert para iniciar como titular melhorou a recepção brasileira, que na primeira partida foi um dos pontos falhos. Excelente ponteiro-passador, o jogador deu equilíbrio no fundo de quadra. Com a bola na mão, Marlon teve opções, principalmente usar o meio com Eder e André Heller.


No primeiro tempo técnico obrigatório, a França estava na frente com 8 a 6. Na volta, em um ataque de Samuel, Tuia subiu no bloqueio e na descida virou o pé esquerdo. Com dores, o jogador deixou a quadra. A França saiu na frente na segunda parada obrigatória: 16 a 12.



O Brasil não esteve bem no saque, mas no retorno à quadra o ataque da seleção fez uma sequência de belos pontos com Nalbert, Samuel e Murilo, encostando no placar: 18 a 16. Sentindo o bom momento dos brasileiros, o técnico Philippe Blain pediu tempo. Marlon, em uma excelente atuação, avistou Samuel na saída, que virou com perfeição. Murilo, que se cobrou muito na última partida, forçou o saque e destruiu a recepção francesa. Marlon recebeu a bola na mão e construiu o contra-ataque para Samuel definir.



Em um ace de Murilo, o Brasil passou a frente: 23 a 22. A França empatou e conseguiu o set point ao quebrar o passe brasileiro. O técnico Bernardinho pediu tempo para acalmar seus jogadores. Em quadra, Bruninho fez uma linda jogada de segundo tempo Murilo. Uma larginha de Nalbert deu o set point ao Brasil. A França não cedeu, mas Samuel explorou o bloqueio e teve mais uma vez a bola do set: 27 a 26. Rouzier virou e deixou tudo igual. No bloqueio, o capitão André Heller ficou na vantagem. Os franceses empataram, mas Pujol errou o saque e deu mais uma chance ao Brasil, que não aproveitou: 29 a 29. Samuel explorou o bloqueio e pôs a seleção a um ponto do fim do set. Em um rali, Marlon decidiu na rede: 31 a 29.

Ex-capitão Nalbert consegue jogada incrível

A França começou melhor no segundo set, mas o Brasil não deixou o rival abrir muito no placar. Com 6 a 5 para os franceses no marcador, Bernardinho se descontrolou quando o juíz não marcou dois toques do levantador Pujol, mas Murilo foi esperto e empurrou a bola desviando a atenção da confusão. Mais um bom ataque do Brasil deu o empate: 7 a7. A partir deste momento, as equipes foram se revezando até 15.



Em uma jogada incrível, o Brasil defendeu um forte ataque rival. Nalbert foi quase nas arquibancadas buscar a bola e deu uma manchete para trás, que ultrapasou a rede e caiu na quadra adversária: 16 a 15.



A valentia do ex-capitão motivou a equipe, que foi abrindo no placar: 18 a 15. A França esboçou uma reação, tirando dois pontos de diferença. Mas os ataques de Nalbert e Murilo deixaram a seleção com o set point. Murilo cravou do fundo e fechou em 25 a 21.


Marlon justifica sua convocação com bela atuação



Mais entrosado, o Brasil tomou a dianteira logo no início da parcial. E não deixou a França chegar junto, indo para o primeiro tempo técnico obrigatório com 8 a 5 no placar. Nervosa, a seleção francesa começou a cometer erros bobos, como a rede de Rouzier e os dois toques de Pujol. Samuel continuou sendo uma das melhores opções de Marlon no ataque. Na posição de oposto, ele variou diagonal e paralela. Um ace de Nalbert colocou o Brasil com cinco pontos de vantagem no placar: 15 a 10. A tensão da França era visível. Em uma jogadar armada por Pujol, simplesmente o atacante não pulou e deixou a bola cair.



Após o segundo tempo técnico obrigatória, a seleção brasileira continuou imprimindo o seu ritmo de jogo, colocando pressão sobre os franceses. Em uma sequência de saques de Nalbert, o Brasil abriu sete pontos de vantagem: 17 a 10. Marlon justificou sua convocação para seleção brasileira sendo o destaque da equipe em quadra. Com boas distribuições, deu mais vantagem ao time, que manteve a tranqülidade e fechou em 25 a 17.


França
Rouzier, Sol, Tolar, Pujol, Tuia, Ragondet e Rowlandson
Entraram: Marechal e Le Marrec
Técnico: Philippe Blain
Brasil
André Heller, Marlon, Nalbert, Murilo, Samuel, Eder e Alan
Entraram: Bruninho e Anderson
Técnico: Bernardinho

Stock Car:Santa Cruz do Sul-RS

Cacá Bueno vence em Santa Cruz do Sul após grande duelo com Valdeno Brito

Cacá Bueno, da RC, venceu a etapa de Santa Cruz do Sul da Stock Car, a quarta da temporada 2008. Este é o primeiro triunfo do atual bicampeão da categoria neste ano e a primeira vez que um piloto da A.Mattheis não subiu ao alto do pódio. O paraibano Valdeno Brito foi o segundo, após pressionar muito o carioca nas últimas voltas da prova.



Allam Khodair, da Boettger, fez uma corrida excelente e terminou na terceira posição na prova. O pole position da prova, Duda Pamplona, terminou a corrida no sétimo lugar. Já Ricardo Maurício, com o sexto lugar em Santa Cruz do Sul, assumiu a liderança da competição com 65 pontos.



- Logo após a largada e com a pista muito suja, tive um "flash" da corrida do ano passado e freiei antes dos outros para evitar as batidas no final da reta. Isso foi decisivo, pois passei todo mundo por dentro e assumi a liderança - diz Cacá Bueno, que conquistou sua terceira vitória em Santa Cruz do Sul em quatro corridas.

Para Cacá, a prova teve dois momentos decisivos, a primeira curva, quando assumiu a ponta, e o rápido reabastecimento da equipe, fundamental para voltar à frente da Allam Khodair e Valdeno Brito.



- A palavra-chave em Santa Cruz é paciência. Tive na largada e no final, para manter a liderança, depois que errei, peguei um buraco na entrada da reta (na junção do asfalto com a zebra) e amassei uma roda.



Confira o resultado final da prova em Santa Cruz do Sul:
1 - Cacá Bueno (RJ/Mitsubishi Lancer) - 32 voltas em 50m23s192
2 - Valdeno Brito (PB/Chevrolet Astra) - a 0s417
3 - Allam Khodair (SP/Chevrolet Astra) - a 0s907
4 - Antonio Jorge Neto (SP/Mitsubishi Lancer) - a 1s576
5 - Nonô Figueiredo (SP/Mitsubishi Lancer) - a 2s446
6 - Ricardo Mauricio (SP/Peugeot 307) - a 3s897
7 - Duda Pamplona (RJ/Mitsubishi Lancer) - a 5s030
8 - Alceu Feldmann (PR/Chevrolet Astra) - a 12s195
9 - Daniel Serra (SP/Chevrolet Astra) - a 18s097
10 - Tarso Marques (PR/Peugeot 307) - a 18s906
11 - Ingo Hoffmann (SP/Mitsubishi Lancer) - a 20s613
12 - Giuliano Losacco (SP/Peugeot 307) - a 22s881
13 - Thiago Marques (PR/Peugeot 307) - a 23s270
14 - Felipe Maluhy (SP/Mitsubishi Lancer) - a 30s122
15 - Lico Kaesemodel (PR/Mitsubishi Lancer) - a 36s303
16 - Hoover Orsi (MS/Chevrolet Astra) - a 37s213
17 - Juliano Moro (RS/Chevrolet Astra) - a 39s128
18 - Guto Negrão (SP/Chevrolet Astra) - a 44s599
19 - Rodrigo Sperafico (PR/Mitsubishi Lancer) - a 44s854
20 - Marcos Gomes (SP/Chevrolet Astra) - a 45s715
21 - Andre Bragantini (SP/Peugeot 307) - a 49s102
22 - William Starostik (SP/Peugeot 307) - a 58s220
23 - David Muffato (PR/Peugeot 307) - a 1m07s598
24 - Julio Campos (PR/Peugeot 307) - a 2 voltas
25 - Ricardo Sperafico (PR/Peugeot 307) - a 3 voltas
26 - Popó Bueno (RJ/Chevrolet Astra) - a 5 voltas
27 - Ruben Fontes (GO/Mitsubishi Lancer) - a 12 voltas
28 - Thiago Camilo (SP/Chevrolet Astra) - a 26 voltas
29 - Antonio Pizzonia (AM/Peugeot 307) - a 26 voltas
30 - Atila Abreu (SP/Peugeot 307) - a 27 voltas
31 - Norberto Gresse (SP/Peugeot 307) - a 28 voltas
32 - Pedro Gomes (SP/Peugeot 307) - a 29 voltas
33 - Carlos Alves (SP/Mitsubishi Lancer) - a 30 voltas
34 - Luciano Burti(SP/Peugeot 307) - a 30 voltas

Melhor Volta: Allam Khodair (SP/Chevrolet Astra) - 1m23s735

Grid de Largada:GP da França

1 K. Raikkonen (FIN)
2 F. Massa (BRA)
3 F. Alonso (ESP)
4 J. Trulli (ITA)
5 R. Kubica (POL)
6 M. Webber (AUS)
7 D. Coulthard (ESC)
8 T. Glock (ALE)
9 N. Piquet (BRA)
10 H. Kovalainen (FIN)
11 N. Heidfeld (ALE)
12 S. Vettel (ALE)
13 L. Hamilton (ING)
14 S. Bourdais (FRA)
15 K. Nakajima (JAP)
16 J. Button (ING)
17 R. Barrichello (BRA)
18 G. Fisichella (ITA)
19 A. Sutil (ALE) Force India
20 N. Rosberg (ALE)

SPORTS HISTORY BRASIL:Botafogo

O Botafogo de Futebol e Regatas é um clube socioesportivo brasileiro com sede no bairro homônimo, na cidade do Rio de Janeiro. Suas maiores glórias esportivas vêm principalmente do futebol, mas também do remo, voleibol, basquete, esportes aquáticos e outros mais. Fundado para o remo em 1 de julho de 1894 sob o nome de Club de Regatas Botafogo, fundiu-se com o Botafogo Football Club, outro clube, fundado oficialmente em 12 de agosto de 1904, do mesmo bairro, que levava uma trajetória paralela, em 8 de dezembro de 1942, mesmo dia de homenagem à santa padroeira do clube, Nossa Senhora da Conceição. O Botafogo tem como cores o preto e o branco e seus torcedores são denominados botafoguenses.

Apelidado de o Glorioso pelas goleadas aplicadas no início do século XX, é a equipe de futebol responsável pelo placar mais elástico da história do futebol brasileiro: 24 a 0 sobre o Mangueira. O Alvinegro (como também é chamado) foi muitas vezes base da Seleção Brasileira, e é o recordista de convocações, tendo 97 jogadores chamados no geral e também 46 convocações para Copas do Mundo. Depois de viver um próspero momento logo após sua fundação e ter dominado o futebol carioca no início da década de 1930, viveu seu auge nas décadas de 1950 e 1960. Detém também, ao lado do rival Flamengo, a maior seqüência invicta do futebol nacional: 52 partidas sem derrotas entre 1977 e 1978. Após ter vencido a Copa Conmebol (precursora da atual Copa Sul-Americana) de 1993 e o Campeonato Brasileiro de 1995, foi eleito pela FIFA o 12° maior clube de futebol do século XX. Sendo rebaixado para a Série B em 2002 e tendo retornado à elite do país no ano seguinte, o Botafogo sagrou-se a única entidade esportiva brasileira campeã em três séculos distintos, XIX, XX e XXI ao vencer o Campeonato Carioca de Futebol em 2006. O alvinegro também é o único clube campeão de terra, mar e ar em um mesmo ano. Venceu, entre outras competições, os estaduais de futebol, remo e aeromodelismo em 1962. O time serviu de inspiração para a fundação de outros clubes homônimos, como por exemplo o Botafogo da Paraíba, o Botafogo de Brasília, o Botafogo de Cordinhã em Portugal, o Botafogo de Cabo Verde, na África, entre outros. O time já jogou em mais de 100 cidades pelo mundo todo, nos cinco continentes. .

Por ser um dos clubes mais tradicionais do Brasil, o Botafogo possui até um dia comemorativo no calendário estadual, 16 de maio, e um ditado popular próprio, criado por ocorrências inesperadas:

Em 2008, o clube disputará o Campeonato Carioca, a Copa do Brasil, a Copa Sul-Americana e o Campeonato Brasileiro, mesmas competições que disputou nos dois anos anteriores.

História
Club de Regatas Botafogo

Grupo de Regatas Botafogo

Em 1891, sob a liderança de Luiz Caldas, foi fundado o Grupo de Regatas Botafogo. O grupo de remo ganhou esse nome em homenagem a enseada do bairro onde competiam seus barcos. Esta associação contava em sua gênese com a participação de membros vindos do Clube Guanabarense, criado em 1874.

No contexto da Revolta da Armada, dois líderes revolucionários, o almirante Custódio de Melo e o comandante Guilherme Frederico de Lorena, tinham, respectivamente, dois filhos como sócios do grupo, João Carlos de Melo (John) e Frederico Lorena (Fritz). Esta ligação dos jovens com o grupo levantou suspeitas do governo sob o Botafogo, que foi obrigado a interromper suas atividades. Por conta da perseguição, John e Fritz deixaram o Rio de Janeiro e Luiz Caldas foi preso.

Pouco tempo depois, Luiz Caldas viria a falecer ao final de junho de 1894. Então, os sócios restantes do Grupo de Regatas Botafogo reuniram-se para regulamentar a criação do clube. Com quarenta sócios, em 1 de julho de 1894 era fundado o Club de Regatas Botafogo.

Criação do clube
A sede do clube era em um casarão, atualmente demolido, no sul da praia de Botafogo, encostado ao Morro do Pasmado, onde hoje termina a avenida Pasteur. Os fundadores do Club de Regatas Botafogo foram Alberto Lisboa da Cunha, Arnaldo Pereira Braga, Arthur Galvão, Augusto Martins, Carlos de Souza Freire, Eduardo Fonseca, Frederico Lorena, Henrique Jacutinga, João Penaforte, José Maria Dias Braga, Julio Kreisler, Julio Ribas Junior, Luiz Fonseca Quintanilha Jordão, Oscar Lisboa da Cunha e Paulo Ernesto de Azevedo.

A embarcação botafoguense Diva tornou-se uma lenda nas águas da Baía de Guanabara, tendo vencido todas as 22 regatas que disputou, sagrando-se campeão carioca de 1899. Apesar da larga tradição no esporte, o Club de Regatas Botafogo só foi esta vez campeão carioca de remo (os outros títulos estaduais vieram após a fusão).

O Club de Regatas Botafogo foi o primeiro clube carioca campeão brasileiro de alguma modalidade esportiva: de remo, em campeonato realizado no Rio de Janeiro em outubro de 1902, com a vitória do atleta Antônio Mendes de Oliveira Castro, que anos mais tarde viria a se tornar presidente do clube.

Na primeira regata disputada pelo recém-fundado Clube de Regatas do Flamengo, os remadores deste bateram em uma bóia de sinalização e adernaram, tendo sido salvos por uma guarnição do Botafogo, que rebocou o barco rubro-negro até a linha de chegada.

Uma curiosidade na história do Club de Regatas é que seus atletas já haviam se arriscado a praticar o futebol. Isto aconteceu em 25 de outubro de 1903, antes da fundação do Botafogo Football Club. Os remadores botafoguenses reuniram-se com os colegas de esporte do Flamengo para a disputa de um amistoso. O time do Botafogo, formado por W. Schuback, C. Freire e Oscar Cox; A. Shorts, M. Rocha e R. Rocha; G. Masset, F. Frias Júnior, Horácio Costa Santos, N. Hime e H. Chaves Júnior, goleou o Flamengo por 5 a 1 no campo do Paissandu. Alguns dos atletas do Botafogo integravam o time de futebol do recém-fundado Fluminense.

Botafogo Football Club

A fundação


O bairro de Botafogo foi o local onde se fundou para o futebol o Electro Club, primeiro nome dado ao Botafogo Football Club. A idéia surgiu a partir de Flávio Ramos e Emmanuel Sodré que estudavam juntos no Colégio Alfredo Gomes. Durante uma aula cansativa de álgebra ministrada pelo general Júlio Noronha, um bilhete passado por Flávio a Emmanuel dizia: "O Itamar tem um clube de football na rua Martins Ferreira. Vamos fundar outro no Largo dos Leões? Podemos falar aos Werneck, ao Arthur César, ao Vicente e ao Jacques".

Emmanuel aguardou o fim da aula para expressar seu entusiasmo. Os meninos, que residiam no bairro de Botafogo, próximo ao Largo dos Leões, logo convenceram outros colegas de que não surgiria opção melhor para preencher o vazio daqueles dias de começo de século XX no Rio de Janeiro, em que eram raras as atrações para os adolescentes. Na tarde de sexta-feira, 12 de agosto de 1904, Flávio, Emmanuel e alguns amigos, todos com idades entre catorze e quinze anos, reuniram-se em um velho casarão localizado nas esquinas da rua Humaitá com o Largo dos Leões para oficializar a fundação do clube.


Electro Club foi o primeiro nome dado ao Botafogo, já que os meninos decidiram cobrar mensalidade e acharam um talão de um extinto grêmio de pedestrianismo com esse nome, que resolveram então adotar.

O uniforme de listras verticais em preto e o branco também foi aclamado por unanimidade. A sugestão partiu de Itamar Tavares. Ele estudara na Itália, onde torcia para a Juventus, criada em 1897 e que, hoje, é um dos clubes mais populares da Europa. A primeira diretoria do Electro, que não teve ata de fundação, era composta por Flávio da Silva Ramos (presidente), Octávio Werneck (vice-presidente), Jacques Raimundo Ferreira da Silva (secretário) e Álvaro Werneck (tesoureiro). Flávio e Emmanuel não gostariam de ver o clube tomar o destino de tantos outros, que desapareceram sem deixar vestígio. Logo, procuraram gente com mais idade e mais experiência para administrá-lo, como Alfredo Guedes de Mello e Alfredo Chaves.

O nome Electro Club permanceu apenas até o dia 18 de setembro. Neste dia, foi realizada outra reunião na casa de Dona Chiquitota, a avó do Flávio, que se assustou ao saber o nome do clube: "Afinal, qual é o nome deste clube?", perguntou. "Electro", respondeu Flávio, que então resolveu seguir o conselho de sua avó:

E assim foi feito, o Electro passou a se chamar Botafogo Football Club. Neste mesmo dia, tomou posse a nova diretoria, composta por Alfredo Guedes de Mello (presidente), Itamar Tavares (vice-presidente), Mário Figueiredo (secretário) e Alfredo Chaves (tesoureiro). Os primeiros treinos aconteceram no Largo dos Leões, e as palmeiras imperiais serviram de balizas. Assim, nascia o Botafogo Football Club. Seus fundadores: Álvaro Cordeiro da Rocha Werneck, Arthur César de Andrade, Augusto Paranhos Fontenelle, Basílio Vianna Junior, Carlos Bastos Neto, Emmanuel de Almeida Sodré, Eurico Parga Viveiros de Castro, Flávio da Silva Ramos, Jacques Raimundo Ferreira da Silva, Lourival Costa, Octávio Cordeiro da Rocha Werneck e Vicente Licínio Cardoso.


O primeiro amistoso ocorreu no dia 2 de Outubro de 1904, contra o Football and Athletic Club, na Tijuca: derrota por 3 a 0. O time que entrou em campo usava o esquema 2-3-5 e era composto por: Flávio Ramos; Victor Faria e João Leal; Basílio Vianna, Octávio Werneck e Adhemaro de Lamare; Normann Hime, Ithamar Tavares, Álvaro Soares, Ricardo Rego e Carlos Bittencourt. A primeira vitória viria no segundo jogo, em 21 de maio de 1905, sobre o Petropolitano, 1 a 0, gol de Flávio Ramos.

Ainda neste ano, foi criado o Carioca Futebol Clube no bairro de Botafogo. Este clube era destinado a ensinar às crianças as bases do futebol, sendo a primeira escolinha do esporte no Brasil. A escolinha foi desativada em 1908 e absorvida pelo Botafogo Football Club, que buscou nos jogadores do Carioca a intenção de fundar a seu próprio time infantil.

O Glorioso


Em 1906, o Botafogo venceu seu primeiro título, a Taça Caxambu, o primeiro torneio do futebol do Rio de Janeiro, disputado pelas equipes de segundo-quadro. O time participou ainda do primeiro Campeonato Carioca ficando em quarto lugar. A primeira vitória da equipe no campeonato, por 1 a 0, foi contra o Bangu em 27 de maio.

No ano seguinte, terminou empatado o Carioca em pontos com o Fluminense numa grande polêmica só resolvida nove décadas depois. O Botafogo teria de enfrentar o Internacional, lanterna da competição, na última rodada. Porém, o Internacional, que também não tinha enfrentado o Fluminense, não compareceu ao jogo. O Botafogo venceu o jogo por W.O., mas não teve gols acrescentados na tabela. Enquanto isso, o Fluminense venceu o Paissandu por 2 a 0 e empatou na classificação final do campeonato com o alvinegro. Como tinha saldo melhor, o Fluminense reivindicou o título. Prejudicado por não ter a oportunidade de marcar gols na última partida, o Botafogo pedia um jogo extra, maneira considerada pelos diretores alvinegros justa de decidir a disputa, o que não foi aceito. O regulamento da competição não especificava nenhum critério de desempate além do número de pontos. Os dois clubes não chegaram a um acordo sobre como decidir o campeonato. A Liga não conseguiu encontrar uma solução e se dissolveu, ficando o campeonato sem um campeão até 1996, quando Eduardo Viana, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, decidiu dividir o título de 1907 entre ambos os clubes.

Em 1910, o Botafogo consagrar-se-ia definitivamente. Ao vencer o Campeonato Carioca de 1910, o time realizou uma campanha marcada por sete goleadas aplicadas sobre os adversários na competição, fato este que lhe rendeu o apelido de O Glorioso. O alvinegro, que naquele campeonato marcara 66 gols, já demonstrava aptidão para marcar várias vezes anteriormente. No ano anterior, aplicou 24 a 0 sobre o Sport Club Mangueira (até hoje a maior goleada da história do futebol brasileiro em jogos oficiais). Nesta mesma época de transição de décadas, o Botafogo ainda fez 15 a 1 sobre o Riachuelo, 13 a 0 e 11 a 0 no Haddock Lobo, 9 a 0 contra o Internacional, entre outras goleadas mais.


Em 1911, o clube desligou-se da Liga Metropolitana de Sports Athleticos após uma confusão num jogo contra o América. O incidente foi iniciado quando o jogador do time rubro Gabriel de Carvalho fez falta violenta em Flávio Ramos, que revidou, originando uma briga generalizada. Insatisfeita com as punições que foram impostas aos jogadores alvinegros envolvidos na briga (Adhemaro e Abelardo de Lamare receberam seis e doze meses de suspensão respectivamente), a diretoria solicitou o desligamento do próprio clube da LMSA e, em seguida, passou uma longa fase realizando apenas amistosos contra equipes paulistas. No final do mesmo ano, o Botafogo perdeu a sua sede na rua Voluntários da Pátria, onde realizava seus jogos. Teve de disputar o campeonato de 1912, organizado pela Associação de Football do Rio de Janeiro, em um modesto campo na rua São Clemente. Nesta competição, o alvinegro sagrou-se campeão.

Em 1913, o Botafogo retornou à Liga Metropolitana de Sports Athleticos. E, em 1915, voltou à liga municipal renovado com a concessão do terreno da rua General Severiano pela prefeitura em 1912.

Entressafa alvinegra


A fase entre 1912 e 1930 pode ser considerada como o primeiro período de jejum de títulos do Botafogo. Todavia, foram conquistados dois Campeonatos Cariocas de Segundos Quadros, em 1915 e 1922. O clube ainda foi vice-campeão carioca por quatro vezes, 1913, 1914, 1916 e 1918, e fez vários artilheiros do torneio até 1920, entre eles Mimi Sodré, Aluízio Pinto, Luiz Menezes e Arlindo Pacheco.


Nesta época, o Botafogo contribuiu para a criação de um termo bastante comum nos dias atuais do esporte brasileiro: cartola. Em 1917, os dirigentes do Botafogo trajaram-se de fraque e cartola para receber o time uruguaio do Dublin FC no gramado. A intenção era imitar os políticos da República Velha, mas o resultado acabou sendo o nome, adotado pela imprensa, de carlota dirigentes esportivos.

Antes de ser formado time do início da década de 1930, o Botafogo, nos anos 1920, obteve como melhor resultado um terceiro lugar no Campeonato Carioca de 1928. De resto, foram cinco quartas colocações e outras classificações mais inferiores. Em 1923, o time quase foi rebaixado, ficou em 8° lugar (último) no Carioca. Teve de disputar um partida elimitatória, para não cair, contra o Vila Isabel, vencida por 3 a 1.

Este período também foi marcado por um série de problemas internos na cúpula do clube. Tanto que o atacante Nilo, que viria a ser um dos destaques do time de 30, foi para o Fluminense devido a problemas com a diretoria. Só retornou ao alvinegro em 1927, para ser o artilheiro do Carioca do mesmo ano.

Geração de 30: o Tetracampeonato


Na década de 1930, liderado pelos atacantes Nilo e Carvalho Leite, entre outros craques, o Botafogo conquistou o Carioca de 1930 e o inédito tetracampeonato em 1932, 1933, 1934 e 1935. Nesta época, o campeonato do Rio de Janeiro era dividido em duas ligas, a profissional e a amadora, homologada pela CBD e pela FIFA e que o Botafogo participava. Em 1931, problemas internos envolvendo diretores e futebolistas atrapalharam o time durante a campanha. Nessa mesma era, nove jogadores do Botafogo foram convocados para a Copa do Mundo de 1934 na Itália: Carvalho Leite, Waldyr, Áttila, Canalli, Ariel, Martim Silveira, Octacílio e os goleiros Germano e Pedrosa. Durante a campanha dos cinco títulos o clube realizou 113 jogos, vencendo 75, empatando 22 e perdendo 16. Marcou 320 gols (sendo 79 marcados por Carvalho Leite) e sofreu 176. Leônidas da Silva, ídolo do Flamengo, atuou antes pelo alvinegro na conquista de 1935 e chegou a estrear pelo time em 1936, entretanto, logo foi negociado com o rival rubro-negro. No mesmo ano, o clube realizou sua primeira excursão ao exterior: foi jogar no México e nos Estados Unidos[9]. Em nove partidas, venceu seis.

O ano de 1938 foi o qual o Botafogo reinaugurou seu estádio em General Severiano com novas arquibancadas de cimento. No Campeonato Carioca e no Torneio Municipal, o clube ficou em terceiro lugar. Cedera, durante as competições, cinco jogadores para a disputa da Copa da França. No ano seguinte, surgiu no clube o craque Heleno de Freitas, que viria a substituir o ídolo Carvalho Leite. Durante os oito anos seguintes, Heleno foi o maior ídolo do clube e, por conseguinte, o primeiro craque do recém-criado Botafogo de Futebol e Regatas.

Botafogo de Futebol e Regatas

A fusão

O Botafogo de Futebol e Regatas nasceu oficialmente no dia 8 de dezembro de 1942, resultado da fusão dos dois clubes de mesmo nome: o Club de Regatas Botafogo e o Botafogo Football Club. Os dois clubes tinham suas sedes no bairro de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. A fusão já era estudada desde 1931, mas durante muitos anos foi combatida porque gente ligada aos dois clubes, como o historiador Antônio Mendes de Oliveira Castro, do remo, e João Saldanha, do futebol, garantiam que o Regatas estava "infiltrado de torcedores do Fluminense", que, dos cinco grandes clubes da cidade, é um dos dois (junto com o América) que nunca tiveram um departamento ligado a esse esporte.

A união foi apressada por uma tragédia: no dia 11 de junho de 1942, os dois clubes, que também tinham atividades em outros esportes, disputavam uma partida de basquete pelo Campeonato Carioca, no Mourisco Mar, sede do Club de Regatas Botafogo. Nesse dia, o jogador Armando Albano, do Football Club, chegou atrasado ao jogo que já havia começado, entrando com o jogo em andamento. Durante o intervalo, Armando Albano abaixou-se para pegar uma bola e caiu desfalecido. Os médicos correram, fizeram todos os atendimentos possíveis, mas o jogador havia sido fulminado por um infarto.

Depois de confirmada a morte do jogador, a partida foi interrompida faltando dez minutos para o final, quando o placar marcava 21 pontos para Club de Regatas e 23 para Football Club. O corpo de Albano saiu da sede de General Severiano e, quando passava em frente ao Mourisco Mar, houve uma parada. Os presidentes dos clubes fizeram um pronunciamento.

A partir dessa data, começou o procedimento para a fusão dos clubes, nascendo o Botafogo de Futebol e Regatas. Com a fusão foram feitas algumas alterações: a bandeira perdeu o escudo com letras entrelaçadas do B.F.C., e ganhou um retângulo preto com a Estrela Solitária branca, do Club de Regatas, ao alto. O escudo incorpora ao distintivo a Estrela Solitária branca, num fundo preto com contorno branco, no lugar das letras entrelaçadas. Além disso, a equipe de futebol passou a usar calções pretos.

Retomada de títulos

Fundado o Botafogo atual em 1942, apesar dos craques que desfilaram com a sua camisa, como Gérson dos Santos, Zezé Procópio, Sarno, Tovar e Heleno de Freitas, o alvinegro só conseguiu reconquistar o título carioca em 1948. Curiosamente, no ano em que Heleno, o principal artilheiro do time então, havia sido vendido para o argentino Boca Juniors.

Após quatro vice-campeonatos seguindos nos anos de 1944, 1945, 1946 e 1947, em 1948, foi conquistado o primeiro título no futebol sob o novo nome. Aquele campeonato traria ainda uma novidade: era a primeira vez que o clube utilizaria numeração nas camisas de seus uniforme. O Botafogo estreou no campeonato perdendo por 4 a 0 para o São Cristóvão. Ao fim de jogo, o presidente Carlito Rocha garantiu que o time não perderia mais e que seria o campeão. O clube havia acabado de efetivar o ex-centro-médio Zezé Moreira como técnico para tentar acabar com a série de 12 anos sem o título. Mas, guiado pelos gols de Octávio de Moraes e de Sylvio Pirillo, pela fé e superstição de Carlito Rocha e por Biriba, um cãozinho preto e branco adotado como mascote, o time obteve 17 vitórias e dois empates nos outros 19 jogos. Resultado: ganhou o título, derrotando na final o apelidado Expresso da Vitória do Vasco. A decisão foi em General Severiano, no dia 12 de dezembro de 1948, e o Botafogo venceu por 3 a 1. O Botafogo jogou com Osvaldo Baliza, Gérson dos Santos e Nílton Santos; Rubinho, Ávila e Juvenal; Paraguaio, Geninho, Pirillo, Octávio e Braguinha. Foi o primeiro título de Nílton Santos, que logo se transformaria em lenda do futebol brasileiro.

Em 1951, o time preto e branco triunfou pela primeira vez no Torneio Municipal, justamente na última edição da competição.

Época de ouro
Nas décadas de 1950 e 1960, o Botafogo viveu um dos seus períodos mais áureos, tendo contado com a participação de craques como Garrincha, Nilton Santos (melhores de todos os tempos em suas posições de acordo com a FIFA), Didi, Zagallo, Amarildo, Quarentinha, Manga, entre outros. O time notabilivaza-se também pelas muitas excursões que fazia pelo exterior, disputando competições extra-oficiais e amistosos, grande parte na América e na Europa.

Em 1957, o alvinegro venceu o Campeonato Carioca ao derrotar na final o Fluminense por 6 a 2, tendo Paulinho Valentim marcado 5 gols na maior goleada da história das finais da competição. No ano seguinte, o Botafogo cedeu para a Seleção Brasileira, que seria Campeã do Mundo pela primeira vez, seus principais jogadores Garrincha, Nílton Santos e Didi. Novas vitórias vieram no Carioca de 1961 e 1962 e no Torneio Rio-São Paulo também deste último ano. Ainda em 1962, na Copa do Mundo realizada no Chile, novamente, o time da Estrela Solitária ajudou fundamentalmente a Seleção Brasileira que conquistaria o bicampeonato com cinco titulares, Garrincha, Nilton Santos, Didi, que após a Copa foi negociado com o Real Madrid, Zagallo e Amarildo.

Em 1963, decidiu com o Santos, maior rival a nível nacional da época, a Taça Brasil de 1962 que se prolongou até aquele ano. Derrotado no primeiro jogo no Pacaembu por 4 a 3, venceu o segundo no Maracanã por 3 a 1. Um terceiro jogo teve de ser realizado para decidir o campeão. E, numa noite inspirada de Pelé, o time paulista aplicou 5 a 0, em pleno Maracanã, no Botafogo. As duas equipes ainda disputaram a Taça Libertadores da América de 1963, o Santos por ter sido o campeão da edição anterior entraria apenas na semifinal. Justamente nessa fase, ocorreu o encontro com o Botafogo, que até então mantinha-se invicto (primeira vez em que uma equipe chegava a esta etapa do torneio sem derrotas). Entretanto, o alvinegro carioca acabou sendo eliminado. Porém, a oportunidade da revanche viria no Torneio Rio-São Paulo de 1964. Os dois times chegaram à decisão, e, no primeiro jogo, o Botafogo derrotou o rival por 3 a 2 no Maracanã. Todavia, não foi realizado o segundo jogo da final por falta de datas, uma vez que ambas as equipes foram excursionar. Como resultado, houve a divisão do título entre as duas equipes.

O Botafogo venceu, pela terceira vez, o Rio-São Paulo em 1966, porém outra vez com divisão de título. Devido aos treinamentos para a Copa do Mundo daquele ano que envolveram mais de quarenta atletas, o clubes que deveriam disputar o quadrangular final, Botafogo, Santos, Vasco e Corinthians, foram declarados campeões, mesmo desejando utilizar alguns jogadores reservas.

Em 1967 e 1968, o alvinegro triunfou duplamente na Taça Guanabara, que era um torneio independente até então, e no Campeonato Carioca, além ter sido o primeiro clube carioca campeão nacional, com a conquista da Taça Brasil de 1968. Em seu plantel, atuavam craques como Jairzinho, Gérson, Paulo Cézar Caju, Rogério, Roberto Miranda, o zagueiro Leônidas e Carlos Roberto. No ano seguinte, o clube boicotou a Libertadores sob o pretexto de ser contra a violência aplicada pelos outros times. Não só o Botafogo, mas outras equipes brasileiras foram solidárias e não disputaram o torneio daquele ano.

21 anos de drama

Entre 1968 e 1989, o Botafogo não conquistou nenhum título oficial. Desde a Taça Brasil de 1968 (cuja final realizou-se em 1969) o clube não soube aproveitar as oportunidades que teve. Neste período de tempo, o clube da Estrela Solitária pôde colecionar diversas quartas colocações no torneio estadual.

A final do Campeonato Carioca de 1971 foi marcante negativamente para o clube. O Botafogo, que jogava pelo empate, perdeu por 1 a 0 para o Fluminense, com um polêmico gol sofrido aos 42 minutos do segundo tempo validado pelo árbitro José Marçal Filho. No mesmo ano, o Botafogo classificou-se para o triangular final do primeiro Campeonato Brasileiro de Futebol organizado pela CBF, ficando em 3° lugar. Naquela ocasião, o time perdeu para o São Paulo por 4 a 1 no Morumbi e, no último jogo, para o campeão Atlético Mineiro, no Maracanã, por 1 a 0, dois jogos marcados por diversas expulsões de botafoguenses.

No ano seguinte, mesmo fazendo mais pontos que o campeão, foi vice do Brasileiro, perdendo a final para o Palmeiras com um empate de 0 a 0. Neste Campeonato Brasileiro, o time aplicou 6 a 0 no rival Flamengo no dia de seu aniversário, 15 de Novembro. Em 1973, na Copa Libertadores, liderou seu grupo, de uruguaios e brasileiros, na primeira fase, empatando no final com o Palmeiras. Venceu o jogo-extra por 2 a 1 contra a equipe paulista e, assim, classificou-se para um dos grupos da semifinal. Porém, não voltou a ter a mesma sorte, sendo desclassificado neste triangular pelo paraguaio Cerro Porteño e pelo chileno Colo Colo, que viria a ser o vice-campeão.

Anos mais tarde, foi vendo a qualidade de seu plantel ir se deteriorando ano a ano. O Botafogo não era mais o celeiro de tantos craques como antes, o número de talentos criados pelas divisões de base clube também foi diminuindo com o tempo. Entretanto, alguns jogadores ainda conseguiram se destacar com a camisa do time nesse período, como Marinho Chagas, Wendell, Dirceu, Mendonça, Nílson Dias, Fischer, Gil, Rodrigues Neto, Paulo Sérgio, Dé, Alemão, Josimar, entre outros. Parte desses jogadores não atuaram juntos, mas foram alguns dos ídolos do Botafogo em uma de suas épocas mais amargas onde as maiores conquistas foram o segundo turno do Estadual (a Taça Augusto Pereira da Mota em 1975 e a Taça José Vander Rodrigues Mendes em 1976).

Logo, o Botafogo viu-se envolvido numa grave crise financeira e, em 1977, teve de vender a sede de General Severiano para pagar dívidas. O clube ficou sem campo até para treinar. Só no dia 12 de agosto de 1977, quando o futebol botafoguense completou 73 anos de idade, conseguiu transferir suas atividades para o subúrbio da cidade, no bairro de Marechal Hermes, onde construiu um outro estádio, inaugurado no ano seguinte. Porém, nesta fase o Botafogo, que chegou a receber o apelido de o Time de Camburão devido à rebeldia extra-campo de alguns de seus jogadores, conseguiu estabelecer dois recordes dentro do futebol do país. É o detentor da maior sequência de invencibilidade da história do futebol brasileiro, 52 partidas, num período de 10 meses (entre 1977 e 1978). Com esta sequência, o clube também conseguiu a maior série invicta do Campeonato Brasileiro, 42 jogos. Nestes dois anos, o alvinegro ficou, respectivamente, em 5° e 8° lugar no torneio nacional. No ano seguinte, no entanto, o Botafogo conseguiu sua pior colocação na história do Brasileirão: 53°. Isto se deve ao fato de o campeonato ter sido disputado por 94 clubes e de sua fórmula prever a eliminação precoce de alguns times. Foram apenas 7 os jogos disputados pela equipe botafoguense.

Já em 1981, o clube voltou a fazer campanha de destaque. Ficou na 4ª colocação do Brasileiro, sendo eliminado numa semifinal com o São Paulo. No primeiro jogo, no Maracanã, o time carioca venceu por 1 a 0. No segundo duelo, no Morumbi, o Botafogo chegou a abrir 2 a 0 frente ao tricolor paulista. Mas, no segundo tempo, o São Paulo virou para 3 a 2, conquistando a vaga para a final. Esta partida foi marcada por algumas confusões, como a volta dos times ao campo atrasada após o intervalo, expulsão e infrações duvidosas interpretadas pelo árbitro Bráulio Zannoto, além de atraso na reposição de bolas por conta dos gandulas.

Até 1989, os melhores resultados obtidos pelo Botafogo foram quatro torneios de verão conquistados no exterior, como o de Palma de Mallorca, na Espanha em 1988. Já o Campeonato Carioca daquele ano foi determinante para a retomada de glórias do clube na década de 1990. Em 21 de Junho de 1989, o Botafogo conseguiu vencer o título estadual, de forma invicta, sobre o Flamengo, que tinha Zico, Bebeto e Leonardo. O primeiro jogo da final encerrou-se empatado em 0 a 0. Já o segundo, e último, teve o placar final de 1 a 0 para o Botafogo, com gol de Maurício.

Este jogo foi marcado por diversas coincidências: o Botafogo não era campeão havia 21 anos. O jogo foi disputado no dia 21. O gol foi marcado aos 12 minutos do segundo tempo (21 ao contrário). O time também utilizou-se de 12 jogadores na partida. A bola do gol foi cruzada por Mazolinha, no vigésimo primeiro cruzamento dado à área pelo time, e chutada por Maurício. Os números das camisas deles eram, respectivamente, 14 e 7, que somados dão 21. A temperatura no estádio do Maracanã marcava 21°C. Ou seja, tudo levava ao número 21, e para os botafoguenses, bastante supersticiosos, isso foi um sinal de que aquele era o dia em que o time que começara desacreditado sairia campeão invicto.

Anos 90 e a "Tuliomania"

No ano seguinte a um dos títulos mais importantes de sua história, o alvinegro repetiu o triunfo no torneio estadual. Desda vez, numa polêmica final contra o Vasco, sagrando-se Bicampeão Carioca pela terceira vez seguida.

Passados vinte anos, o clube voltou, em 1992, a uma final de Campeonato Brasileiro. Disputou com o rival Flamengo o título nacional daquele ano em duas partidas no Estádio do Maracanã. O primeiro jogo foi marcado em suas vésperas por uma polêmica: o então craque o time Renato Gaúcho fez uma aposta com os jogadores do time adversário em que, caso perdesse, faria um churrasco com eles. O Botafogo foi derrotado no primeiro jogo por 3 a 0 e Renato cumpriu sua aposta. Este fato não foi bem visto pela diretoria alvinegra que afastou o jogador do elenco, e, desta forma, Renato não pôde participar da segunda partida da final. Nesta partida, o Botafogo saiu perdendo, mas bravamente conseguiu empatar em 2 a 2, placar final. O Botafogo sagrava-se vice-campeão e conseguia uma vaga na Copa Conmebol do ano seguinte. Porém, uma tragédia marcaria definitivamente aquela partida: a arquibancada do estádio cedeu e dezenas de pessoas caíram sobre o antigo setor da Geral, matando três torcedores do Flamengo. Por medidas de segurança, nunca mais o Maracanã receberia um público tão grande quanto aquele de 122 mil pagantes.

Em 1993, treinado por Carlos Alberto Torres, o Botafogo conquistou seu primeiro título internacional oficial da história. Ganhou, apesar do time fraco tecnicamente que terminou o Brasileirão em 31° lugar, do uruguaio Peñarol a Copa Conmebol (que atualmente é representada pela Copa Sul-Americana) nos pênaltis. No ano seguinte, habilitado para a disputa Recopa Sul-Americana contra o vencedor da Libertadores de 1993, o alvinegro perdeu para o São Paulo o título, numa partida no Japão, com placar de 3 a 1. Este ano de 1994 ficou marcado ainda pelo regresso do Botafogo à sua sede histórica de General Severiano na administração do presidente Carlos Augusto Montenegro.

Em 1995, o Botafogo conquistou o seu único Campeonato Brasileiro desde que a competição passou a ser organizada pela CBF em 1971. Com uma equipe onde alinhavam o ídolo Túlio Maravilha, Gonçalves, Donizete, Sérgio Manoel, Wilson Gottardo, Wágner, entre outros, treinada por Paulo Autuori, o time bateu o Santos em dois jogos finais bastante polêmicos referentes à arbitragem. Neste ano, graças ao carisma de Túlio, que foi artilheiro dos campeonatos nacionais e estaduais de 1994 e 1995, houve um elevado crescimento de torcedores do clube que não se via há muito tempo.

No ano seguinte, o clube conquistou a Taça Cidade Maravilhosa e, numa excursão internacional, o Botafogo venceu o Troféu Teresa Herrera, na Espanha, a Copa Nippon Ham, em Osaka, no Japão, e o Torneio Pres. da Rússia, vencendo clubes como Juventus, La Coruña, Valencia e Auxerre. Na Libertadores, foi eliminado nas oitavas-de-final pelo Grêmio.

Em 1997, o Botafogo ganhou mais um campeonato estadual do Rio de Janeiro, novamente contra o Vasco, com um gol de Dimba na final vencida por 1 a 0. E, no ano seguinte, conquistou o Torneio Rio-São Paulo pela quarta vez, recorde entre os clubes cariocas, batendo o São Paulo.

O vice-campeonato da Copa do Brasil contra o Juventude em 1999 ficou marcado pelos 101.581 pagantes presentes a final que foram contagiados pela campanha do time de Bebeto na competição. O segundo jogo da final foi a última vez que um dos grandes clubes cariocas colocou, em jogo contra equipes de fora da cidade, mais de 100.000 torcedores no Estádio do Maracanã.

Na virada do século, o clube foi incluído pela FIFA como um dos maiores clubes do século XX(o terceiro do Brasil), atrás apenas de clubes como o Real Madrid, Manchester United, Bayern Munique, Barcelona, Santos, Flamengo etc.

A crise e a Segunda Divisão

Desde o início dos anos 2000, o Botafogo flertou com o rebaixamento no campeonato nacional. Campanhas pífias foram realizadas em 1999, quando o clube escapou graças a pontos conquistados no STJD devido ao "Caso Sandro Hiroshi", 2000, 2001 e na culminação do rebaixamento em 2002. Elencos frágeis, sálarios atrasados, má gestão administrativa, baixa atendência aos estádios, início de movimentos de repressão de torcidas organizadas foram marcas desse período dramático da história do alvinegro.

No Carioca, o clube ficou várias vezes fora das semifinais da Taça Guanabara e Taça Rio no início do década de 2000. A equipe era freqüentemente eliminada na primeira fase da competição pelo Americano de Campos, o que criou por parte dos rivais a alcunha de "quinta força" do futebol do Rio de Janeiro.

Para o Campeonato Brasileiro de 2002, a equipe sofreu com saída de vários jogadores do plantel antes do início da competição. O time que nos outros anos era liderado por Rodrigo, Dodô, Alexandre, entre outros, tinha como destaques os zagueiros Sandro e Odvan, o goleiro Carlos Germano, o volante Galeano e os atacantes Ademílson e Lúcio. Treinado a maior parte do campeonato por Ivo Wortmann, a equipe não conseguiu se consolidar e, já sob o comando de Carlos Alberto Torres, que assumiu nos últimos jogos da competição, perdeu para o São Paulo por 1 a 0, com gol de Dill, no Caio Martins.

Ao final daquele ano, terminava a gestão presidencial de Mauro Ney Palmeiro. O substituto era Bebeto de Freitas, ex-atleta e treinador de vôlei, que efetivara Levir Culpi para ser o técnico do alvinegro. O clube estava repleto de dívidas, com jogadores de empresários nas divisões de base, sem um lugar para treinar, sem patrocínios, sem um estádio que suportasse toda a sua torcida e com jogadores pedindo para não atuar mais pelo clube devido aos salários atrasados. O Campeonato Carioca de 2003 foi usado como "laboratório", mas sem sucesso. O time não se classificou para as semifinais, nem da Taça Guanabara, nem da Taça Rio.

O Botafogo iniciou o Campeonato Brasileiro Série B perdendo para o Vila Nova, em Goiás, por 2 a 1. Após um empate em 1 a 1 com o Avaí, a primeira vitória só viria na terceira rodada, fora de casa, contra o CRB, 3 a 0. Com o decorrer da competição o clube chegou a liderar o campeonato por várias rodadas, o que gerou por parte de torcedores rivais a alcunha de "25° colocado", já que, na Série A, 24 equipes disputavam a competição.

Ao final da primeira fase, o time se classificou em segundo lugar para a disputa da segunda fase. Novamente, ficou em segundo lugar, atrás do Marília em seu grupo, classificando-se para o quadrangular final contra Palmeiras, Marília e Sport. Na terceira fase, o Glorioso conseguiu reasceder à Primeira Divisão com uma rodade de antecipação, ao derrotar por 3 a 1 o Marília no reformado Caio Martins. Ao final da competição, ficou colocado como segundo na classificação, atrás do Palmeiras, outro clube que havia caído no ano anterior e retornado para a Séria A. O time base botafoguense durante a competição era: Max, Jorginho Paulista (ou Rodrigo Fernandes), Sandro, Edgar e Daniel; Fernando, Túlio, Valdo e Camacho; Dill (ou Almir) e Leandrão. Os artilheiros da equipe foram Almir com 12 gols e Leandrão com 11. Dill, o mesmo que levou o clube a Segunda Divisão fazendo o gol pelo São Paulo em 2002, fez 8 gols.

O presidente Bebeto de Freitas, durante esse ano de 2003, reestruturou o clube, pagou parte das dívidas, manteve arduamente o salário em dia, assinou com dois patrocinadores: Finta, para confeccionar os uniformes, e a rede de lanchonetes Bob’s, para estampar suas marca nas mangas da camisa e ajudar a construir arquibancadas temporárias no Estádio Caio Martins, e dispensou todos os jogadores de empresários das divisões de base do clube. Também foi criado o Botafogo no Coração, projeto de sócio-torcedor para angariar mais fundos para o clube e identificar seus torcedores.

De volta à elite
Na sua volta à elite em 2004, o ano do centenário do futebol do clube, a equipe voltou a fazer uma má campanha no Campeonato Brasileiro e só escapou de um novo rebaixamento na última rodada, ao empatar em 1 a 1 com o Atlético Paranaense, em Curitiba e graças a uma combinação de resultados.

Para celebrar o centenário, foram realizados uma série de eventos comemorativos e também um jogo festivo contra o Grêmio. As duas equipes utilizaram uniformes retrô, embora atuassem com times reservas por estarem disputando o Brasileirão. O jogo terminou com vitória por 4 a 1 do Botafogo, no Estádio Caio Martins.

A partir de 2005, o Botafogo iniciou um processo de estabilização. Administrativamente, salários foram postos em dia, jogadores tiveram seus contratos estendidos para resguardar o clube em futuras negociações e diversos patrocínios foram fechados. O clube buscava estruturar-se gradualmente.

No início daquele ano, a equipe conquistou o terceiro lugar no Estadual, sendo a segunda equipe que mais somou pontos nas fases de pontos corridos. No Campeonato Brasileiro o time começou de forma fulminante. Liderou o torneio, fato que não ocorria desde o título de 1995, por sete rodadas. Porém, o então técnico Paulo César Gusmão desentendeu-se com a diretoria do clube e pediu demissão. Logo, a equipe caiu de rendimento, perdeu a liderança e teve mais duas trocas de treinador. O Botafogo teve que se contentar com a nona colocação e uma vaga na Copa Sul-Americana.


Em 2006, a equipe de futebol profissional finalmente conquistou seus primeiros títulos no século XXI. Venceu a Taça Guanabara, primeiro turno do Estadual do Rio, e depois conquistou o título do Campeonato Carioca ao bater o Madureira na final com duas vitórias, 2 a 0 e 3 a 1. Os destaques do time, comandado pelo ex-jogador alvinegro Carlos Roberto, foram Dodô, artilheiro da competição com 9 gols, Lúcio Flávio, Zé Roberto e o capitão Scheidt.

Pelo Brasileirão, o time começou mal a campanha e Carlos Roberto foi substituído por Cuca. O novo técnico levou o clube, que corria risco de rebaixamento, a conquistar uma vaga na Sul-Americana de 2007. Além disso, o atacante Marcelinho fez o milésimo gol do clube pela competição, no dia 13 de Agosto, em partida disputada no Maracanã contra o Palmeiras válida pela 16ª rodada. O Botafogo terminou o campeonato em 12° lugar. Na Sul-Americana de 2006, o Botafogo foi eliminado na primeira fase para o Fluminense nos pênaltis, após ter sofrido um gol polêmico no final da partida.

Na Taça Guanabara de 2007, o time preto e branco foi eliminado na primeira fase da competição ao perder na última rodada para o Boavista. Porém, na Taça Rio, a equipe recuperou-se. Jogando um futebol moderno que lhe rendeu o apelido de Carrossel Alvinegro, o Botafogo, guiado pelo artilheiro do campeonato Dodô, Zé Roberto, Lúcio Flávio, Jorge Henrique e Túlio foi campeão ao bater a Cabofriense na final do turno. Na finalíssima, sagrou-se vice-campeão do Carioca nos pênaltis, após dois empates em 2 a 2, contra o Flamengo.


O fracasso no Estadual não seria o único naquele ano. O Botafogo era apontado como favorito em todas as competições que disputava, mas nada ganhou. Na Copa do Brasil, o time foi eliminado nas semifinais pelo Figueirense, após perder em Florianópolis, por 2 a 0, e vencer um polêmico jogo, em que teve dois gols seus anulados, por 3 a 1, no Maracanã.

No Brasileiro, a equipe iniciou a campanha bem e liderou o torneio por 11 rodadas, terminando o primeiro turno na segunda colocação, mas problemas internos geraram uma grande queda de rendimento que fez o alvinegro cair na tabela. No segundo turno, a equipe oscilou muito e acabou fazendo uma campanha fraca, mas, devido ao bom turno anterior, o Botafogo ainda conseguiu terminar o Campeonato Brasileiro na nona colocação, garantindo, pelo terceiro ano consecutivo, a vaga para a Copa Sul-Americana.

Na Copa Sul-Americana 2007, o Botafogo foi derrotado nas oitavas-de-final para o River Plate em um jogo histórico. Venceu a primeira partida no Rio de Janeiro por 1 a 0, mas, no Monumental de Nuñez, esteve por duas vezes a frente no placar e com um jogador a mais, mas acabou perdendo por 4 a 2 e eliminado da competição. Esta derrota gerou o pedido de demissão de Cuca, que foi substituído por Mário Sérgio. Porém, nove dias depois de sua saída, Cuca retornou ao alvinegro devido ao insucesso do treinador.

Mesmo com algumas decepções, o ano de 2007 ficou marcado por inovações do Botafogo. O clube apresentou um projeto para revelar novos jogadores a partir de inscrições pela internet chamado Craques do Botafogo. O Botafogo ainda conseguiu o direito de administrar o Estádio Olímpico João Havelange, onde passou a mandar suas partidas a partir de setembro, por 20 anos.


Em 2008, o Botafogo foi campeão da Copa Peregrino, competição internacional amistosa disputada no Rio de Janeiro envolvendo clubes do Brasil e da Noruega, organizada pelos europeus. Na Taça Guanabara, fez boa campanha, mas perdeu por 2 a 1, na final, contra o Flamengo. Após o jogo, a insatisfação alvinegra com a arbitragem foi tamanha que o presidente Bebeto de Freitas pediu renúncia do cargo, alegando que 'não aguenta mais as coisas que acontecem no futebol carioca e o técnico Cuca disse que sua vontade era ir embora. No confronto entre os dois na Taça Rio, o Botafogo venceu por 3 a 2 e quebrou um jejum de 4 anos sem vencer seu maior rival. Ainda na Taça Rio, o Botafogo aplicou a maior goleada do campeonato e também da história do Estádio Olímpico João Havelange: 7 a 0 sobre o Macaé, no primeiro confronto entre os dois clubes. O alvinegro sagrou-se bicampeão do segundo turno, ao vencer, por 1 a 0, o Fluminense Football Club e foi jogar sua terceira final consecutiva de Estadual, mas foi derrotado, como no ano anterior, pelo Flamengo, perdendo as duas partidas da finalíssima, por 1 a 0 e 3 a 1.

Na Copa do Brasil desse ano, o Botafogo repetiu o desempenho do ano anterior, chegando até às semifinais. Dessa vez, a equipe foi eliminada pelo Corinthians, nos penaltis, por 5 a 4. Esta derrota ocasionou o pedido de demissão de Cuca, que foi substituido por Geninho.

Títulos
Copa Conmebol: 1993.
Campeonato Brasileiro: 1995;
Taça Brasil: 1968.
Torneio Rio-São Paulo: 1962, 1964¹, 1966² e 1998;
Copa dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo: 1931.
(1): dividido com o Santos;
(2): dividido com o Santos, o Corinthians e o Vasco.
Campeonato Carioca: 1907¹, 1910, 1912, 1930, 1932/1933/1934/1935, 1948, 1957, 1961/1962, 1967/1968, 1989*/1990, 1997 e 2006;
Taça Guanabara: 1967/1968*, 1997* e 2006;
Taça Rio: 1989*, 1997*, 2007/2008;
(1): dividido com o Fluminense
* Invicto


Elenco atual
Goleiros
G Castillo
G Renan
G Lopes
G Marcos Leandro
G Luís Guilherme
Defensores
LD Alessandro
LD Índio
LE Triguinho
LE Luciano Almeida
Z Ferrero
Z André Luís
Z Eduardo
Z Renato Silva
Z Édson
Z Bruno Costa
Z Rodrigo Fabiano
Meio-campistas
V Túlio
V Leandro Guerreiro
V Diguinho
V Túlio Souza
V Thiaguinho
V Wellington Júnior
V Jougle
M Lúcio Flávio Captain
M Carlos Alberto
M Zé Carlos
M Lucas Silva
M Abedi
M Adriano Felício
M Marcelinho
M Rodrigo Dantas
Atacantes
A Jorge Henrique
A Wellington Paulista
A Fábio
A Alexsandro
A Vanderlei


Comissão técnica
Geninho Treinador
Wilson Quiqueto Auxiliar-técnico
André Souto Auxiliar-técnico
Josimar Auxiliar-técnico
Wanderlei Silva Treinador de goleiros
Ridênio Borges Preparador físico
Marlos Cogo de Almeida Auxiliar de preparação
Daniel dos Santos Cerqueira Auxiliar de preparação
Peterson Rosa Supervisor
Nina Mager Supervisor
Adriano Colares Supervisor
Seu Gonzaga Roupeiro
Adelmo de Souza Santos Roupeiro
Zé Barbosa Roupeiro
Amauri Alves Roupeiro

Comissão médica
Luiz Fernando Batista Chefe do departamento médico
Igor Vaz Ortopedista
Pablo Lima Ortopedista
Altamiro Bottino Fisiologista
Beth Nutricionista
Francisco Santos Fisioterapeuta
Flávio Prata Meirelles Fisioterapeuta
Gustavo Ricarte Fisioterapeuta
Alberto Mucelini Giro Fisioterapeuta
Seu Edison Massoterapeuta
Ricardo José Mesquita Massoterapeuta
Wágner Carvalho de Oliveira Massoterapeuta


Amanhã teremos o Vasco.

Vamos Falar de Música:Mamonas Assassinas

Mamonas Assassinas foi uma banda brasileira de rock satírico, com influências de gêneros populares tais como forró, sertanejo, pagode além de hard rock e música portuguesa.

Tornaram-se um grande sucesso com seu humor em meados da década de 1990, vendendo mais de 2,3 milhões de cópias de seu álbum homónimo de estréia e único de estúdio, graças ao sucesso de temas como "Pelados em Santos", "Robocop Gay", "Vira-Vira" e "Sabão Crá-Crá". No auge de suas carreiras, os integrantes da banda foram vítimas de um acidente aéreo fatal.

História

Em 1989 os irmãos Samuel e Sérgio Reoli, junto com Júlio Rasec e Bento Hinoto, formaram uma banda de rock chamada Utopia, especializada em covers de grupos como Legião Urbana e Rush. Em um show, o público pediu para tocarem uma música dos Guns N' Roses, e como não sabiam a letra, pediram a um espectador para ajudá-los. Dinho voluntariou-se para cantar, e com sua performance escrachada fez o público rir, sendo aceito no grupo.

O Utopia passou a apresentar-se na periferia de São Paulo e lançou um disco que vendeu menos de 100 cópias. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que as palhaçadas e músicas de paródia eram mais bem recebidas pelo público do que os covers e as músicas sérias. Decidiram, então, mudar o perfil da banda, a começar pelo nome, escolhido por ser o mais engraçado, e que cita mamona como sinônimo de seio (tanto que o grupo criou a tradução para inglês "The Big Killer Breasts", peitões assassinos).

Mandaram uma fita demo com as músicas "Pelados em Santos" e "Robocop Gay" para diversas gravadoras, e Rafael, filho do diretor artístico da EMI, João Augusto Soares e baterista da banda Baba Cósmica, insistiu na contratação. Após assistir uma apresentação do grupo em 28 de Abril de 1995, João Augusto resolveu assinar contrato com os Mamonas.

Após gravar um disco produzido por Rick Bonadio (apelidado pela banda de Creuzebek), os Mamonas saíram em imensa turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e Meia e tocando mais de cinco vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois shows por dia. O cachê dos Mamonas tornou-se um dos mais caros do país, R$50 mil, e a EMI faturou cerca de R$80 milhões com a banda.[carece de fontes?]

Os Mamonas preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal preparada para 3 de Março de 1996. Porém em 2 de Março, enquanto voltavam de um show em Brasília, o Learjet em que viajavam chocou-se contra a Serra da Cantareira, numa tentativa de arremetida, matando todos que estavam no avião. O enterro no dia 4 de Março fora acompanhado por mais de 65 mil fãs.

Fora anunciado um filme da história da banda, baseado em Blá, Blá, Blá - A Biografia Autorizada dos Mamonas Assassinas de Eduardo Bueno, e a ser dirigido por Maurício Eça.

Acidente

A aeronave havia sido fretada com a finalidade de efetuar o transporte do grupo musical. No dia 01/03/96, transportou esse grupo de Caxias do Sul para Piracicaba, aonde chegou às 15:45. No dia 02/03/96, com a mesma tripulação e sete passageiros, decolou de Piracicaba, às 07:10, com destino a Guarulhos, onde pousou às 07:36. A tripulação permaneceu nas instalações do aeroporto, onde, às 11:02, apresentou um plano de vôo para Brasília, estimando a decolagem para as 15:00. Após duas mensagens de atraso, decolaram às 16:41. O pouso em Brasília ocorreu às 17:52.

A decolagem de Brasília, de regresso a Guarulhos, ocorreu às 21:58. O vôo, no nível (FL) 410, transcorreu sem anormalidades. Na descida, cruzando o FL 230, a aeronave de prefixo PT-LSD chamou o Controle São Paulo, de quem passou a receber vetoração por radar para a aproximação final do procedimento Charlie 2, ILS da pista 09R do Aeroporto de Guarulhos (SBGR). A aeronave apresentou tendência de deriva à esquerda, o que obrigou o Controle São Paulo (APP-SP) a determinar novas proas para possibilitar a interceptação do localizador (final do procedimento). A interceptação ocorreu no bloqueio do marcador externo e fora dos parâmetros de uma aproximação estabilizada. Sem estabilizar na aproximação final, a aeronave prosseguiu até atingir um ponto desviado lateralmente para a esquerda da pista, com velocidade de 205Kt a 800 pés acima do terreno, quando arremeteu.

A arremetida foi executada em contato com a torre, tendo a aeronave informado que estava em condições visuais e em curva pela esquerda, para interceptar a perna do vento. A torre orientou a aeronave para informar ingressando na perna do vento no setor sul. A aeronave informou "setor norte".

Na perna do vento, a aeronave confirmou à Torre estar em condições visuais. Após algumas chamadas da Torre, a aeronave respondeu e foi orientada a retornar ao contato com o APP-SP para coordenação do seu tráfego com outros dois tráfegos em aproximação IFR. O PT-LSD chamou o APP-SP, o qual solicitou informar suas condições no setor. O PT-LSD confirmou estar visual no setor e solicitou "perna base alongando", sendo então orientado a manter a perna do vento, aguardando a passagem de outra aeronave em aproximação por instrumento. No prolongamento da perna do vento, no setor Norte, às 23:16, o PT-LSD chocou-se com obstáculos a 3.300 pés, no ponto de coordenadas 23º25'S 046º35'W. Em conseqüência do impacto, a aeronave foi destruída e todos os ocupantes faleceram no local.

Nota adicional

Uma operação equivocada do piloto é a versão do Departamento de Aviação Civil (DAC) para explicar o acidente com o jatinho que causou a morte dos cinco integrantes do grupo Mamonas Assassinas na noite de 02/03/1996, em São Paulo. A 10 quilômetros do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o piloto repetia, a pedido da torre de controle, o procedimento de aterrissagem. No entanto, em vez de fazer uma curva para a direita, virou o avião Lear Jet 25, prefixo PT-LSD, para a esquerda, chocando-se com a Serra da Cantareira. Além dos componentes da banda, Dinho, que completaria 25 anos dali a dois dias, os irmãos Samuel e Sérgio, Júlio e Bento, também morreram no acidente o piloto, o co-piloto e dois assistentes dos artistas. Numa carreira fulminante de apenas oito meses, período em que vendeu quase 1,8 milhão de cópias de um único disco com músicas irreverentes e debochadas, o grupo, formado por jovens da classe C, ascendente de Guarulhos, conquistou multidões de crianças e adolescentes em todo o país.

A morte trágica de seus cinco integrantes causou comoção nacional. Dias após, houve um minuto de silêncio no Maracanã, antes do jogo entre Flamengo e Botafogo.

Membros
* Dinho - vocal
* Samuel Reoli - baixo
* Júlio Rasec - teclado
* Sérgio Reoli - bateria
* Bento Hinoto - guitarra

Discografia

Álbuns de estúdio
* Mamonas Assassinas (1995)

Coletâneas
* Atenção, Creuzebek: A Baixaria Continua (1998) - coletânea de versões alternativas e ao vivo. Possui três músicas inéditas: "Joelho", "Onon Onon" e "Desnudos en Cancún".

Álbuns ao vivo
* Mamonas ao Vivo (2006) - lançado para lembrar os 10 anos da morte. Inclui "Não Peide Aqui, Baby" (paródia de "Twist and Shout" dos Beatles). e uma versão do tema da Pantera Cor-de-Rosa.


Videografia
DVDs
* MTV Na Estrada (2004) - DVD lançado pela MTV Brasil.


Legado

Após a morte dos Mamonas, diversas bandas cover surgiram na midia, dentre as mais famosas SoMrisal (que foi para o Covernation da MTV Brasil e teve o nome escolhido por Dinho em outubro de 95), Elos Perdidos e Cekap. Os Titãs gravaram "Pelados em Santos" no álbum de covers As Dez Mais (2000), e dedicaram seu Acústico MTV aos Mamonas.

Na cultura popular
* A Turma da Mônica fez a história "Mamonamania" pouco antes do acidente. Em outra história, Mônica conhece o grupo Azeitonas Assassinas, que toca uma versão de "Pelados em Santos":"Mina...seu jumento é da hora...mas como ele demooora..."
* Em uma história, o Professor Pardal tenta espantar um bando de gatos tocando "Babonas Rebeldes".
* Em um jogo do Rockgol de Praia, foi citada "Mundo Animal":o Bonfá - Acabei de ser informado que o churrasco que serviram era o Tatoo, da Ilha da Fantasia.
o Bianchi - Isso me lembra, como diriam os Mamonas Assassinas, "Comer tatu é bom", mas acho que não era disso que falavam.
* Os Mamonas voltam do além em um episódio da Mega Liga MTV de VJs Paladinos para impedir o vilão Roberto Leal.
* O popular Charges.com.br fez diversas "charge-okê" com músicas dos Mamonas. "Pelados em Santos" cantada por fãs de Guga, "Robocop Gay" cantada por Joana Prado, "Vira-vira" cantada por portugueses 2 vezes: uma parodiando os reality shows, e outra zombando o Rock in Rio em Lisboa[2]; e "Lá Vem o Alemão" cantada por Elias Maluco.

Semana q vem teremos Megadeth.