sábado, 13 de março de 2010

Campeonato Carioca:Taça Rio

Boavista e Duque de Caxias vencem e escoltam a dupla Fla-Flu no Grupo A

O predomínio absoluto do Grupo A na Taça Rio continua na abertura da quarta rodada. Os times da chave venceram os três primeiros jogos deste sábado contra as equipes do Grupo B.

Em Saquarema, o Boavista goleou o Resende por 4 a 1, gols de Leo (2), Pessanha e Ruy, com Fabiano descontando para o time alvinegro. O time da Região dos Lagos agora tem nove pontos ganhos, na terceira posição.

Mesmo fora de casa, o Duque de Caxias se impôs diante do Friburguense por 1 a 0 no Eduardo Guinle, em Nova Friburgo, gol de Faioli aos 45 minutos do segundo tempo. A equipe da Baixada Fluminense também chegou a nove pontos, mas fica em quarto lugar por ter saldo de gols menor que o Resende.

Deste modo, Boavista e Duque de Caxias seguem fazendo sombra à dupla Fla-Flu, que continuam nas duas primeiras posições, em matéria de classificação à próxima fase do torneio.

Quem também saiu vencedor, em uma partida que teve um minuto de silêncio pelo pré-sal, foi o Bangu, que derrotou o Madureira por 2 a 1 em Moça Bonita, gols de Tiano (2) e Obina. O Bangu agora subiu para seis pontos na classificação, na sexta posição.

Pelo Grupo B, Madureira e Resende seguem sem pontuar em quatro jogos disputados, enquanto que o Friburguense tem apenas um ponto ganho, na quinta posição.

Confira a tabela de classificação da Taça Rio


AMÉRICA 1X1 FLUMINENSE
Fluminense joga mal no Engenhão e fica só no empate com o América: 1 a 1



Mal das pernas, o Fluminense só empatou com o América por 1 a 1, neste sábado, no Engenhão, e perdeu os 100% de aproveitamento na Taça Rio. A equipe sentiu bastante a falta de três dos seus titulares que não puderam estar em campo (Conca, Diguinho e Julio Cesar) e chegou a tomar um sufoco do adversário nos minutos finais. Com o resultado, o Flu chega a dez pontos e assume a liderança provisória do Grupo A. O time rubro está com sete pontos, em segundo lugar no Grupo B (assista aos melhores momentos ao lado).

Antes do apito inicial, houve um minuto de silêncio por causa da possibilidade do fim do royalties do pré-sal para o Rio de Janeiro. O mesmo aconteceu na partida entre Bangu e Madureira e deve acontecer neste domingo, no clássico entre Flamengo e Vasco.

Na próxima rodada, domingo, dia 21, o Fluminense enfrenta o Resende no Maracanã. No mesmo dia, o América recebe o Boavista em Edson Passos.

Gols saem perto do fim do primeiro tempo



O Fluminense entrou em campo desfalcado de três titulares (Conca, Diguinho e Julio César), e desde o início teve dificuldades para tentar se impor. O América deu seu cartão de visitas logo aos três minutos. Adriano driblou Dalton e, da esquerda, cruzou rasteiro para Jones Carioca. Ele bateu prensado com Cássio e a bola foi pela linha de fundo. Apesar de ter mais posse de bola, o Tricolor pouco ameaçava o adversário.



Aos 15 minutos, os times ficaram com um jogador a menos. Everton e Jones Carioca subiram para disputar a bola com certa truculência, e o árbitro resolveu dar o vermelho direto. Mais objetivo, o time rubro criou outra boa oportunidade aos 19. Júnior deu ótimo passe para Paty, que entrou na área e bateu cruzado de perna esquerda. A bola passou rente à trave do goleiro Rafael.

O jogo se arrastou e só perto do fim do primeiro tempo ganhou emoção. Até então, o único momento de vibração da torcida tricolor tinha sido uma queda do árbitro Luis Antonio Silva dos Santos no gramado após receber uma bolada (assista no vídeo acima). Aos 33, o susto foi grande. Claudemir cruzou da direita, Adriano apareceu no meio dos zagueiros e mandou de cabeça no travessão.

Aos 36, o Fluminense criou sua primeira chance clara de gol e foi eficiente. Com um belo passe, Mariano achou Marquinho dentro da área, e o meia, com um chute de primeira com a perna direita, acertou o cantinho do goleiro Roberto: 1 a 0. O América não se abalou e conseguiu deixar tudo igual aos 47. O volante Júnior driblou Cássio e, da entrada da área, acertou um belo chute que Rafael não conseguiu alcançar: 1 a 1 (assista aos gols abaixo).

Chuva e nada de Gol



A segunda etapa começou com muita chuva e uma mudança no Tricolor: Alan no lugar de Wellington Silva. E o atacante foi o protagonista da primeira boa trama de ataque do time, aos três minutos. Após receber passe dentro da área pela direita, ele chutou cruzado mas a bola foi sem direção. O campo pesado complicou a vida dos jogadores, mas o Flu mostrou alguma melhora em relação ao primeiro tempo. Aos 14 minutos, Mariano desceu pela direita e cruzou para Fred, que tentou um voleio mas não pegou em cheio na bola.

Depois de muitos erros de passes de lado a lado, foi a vez do América voltar a assustar. Aos 26, o goleiro Rafael tentou defender um cruzamento e deixou a bola passar entre as mãos. A bola bateu mansamente na trave e Cássio aliviou o perigo. Aos 29, Gerson arriscou de fora da área e a bola passou perto, à esquerda do gol.

As duas equipes seguiram tentando a vitória até o último minuto. André Lima, aos 44, recebeu dentro da área mas não conseguiu finalizar bem. Na resposta da equipe rubra, Daniel Morais teve a chance de completar um cruzamento na pequena área, e na dividida com Leandro Euzébio, a bola por muito pouco não entrou. No último lance, o árbitro encerrou o jogo 15 segundos antes dos dois minutos de acréscimo que havia apontado, no momento em que o América armava um contra-ataque. A sensação que fica para o torcedor tricolor é que o resultado poderia ter sido pior.


Ficha técnica:
AMÉRICA 1 x 1 FLUMINENSE
AMÉRICA
Roberto, Claudemir, Fábio Braz, Luciano Almeida e Gerson (Bruno Reis); Junior, Mael, Osmar (Da Costa) e Jones Carioca; Adriano e Paty (Daniel Morais).
Técnico: Gabriel Vieira.
FLUMINENSE
Rafael, Cássio, Dalton e Leandro Euzébio; Mariano, Diogo (André Lima), Everton, Marquinho e Thiaguinho (Dieguinho); Wellington Silva (Alan) e Fred.
Técnico: Cuca.
Gols: Marquinho, aos 36, e Júnior, aos 47 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Fábio Braz, Mael, Gerson, Júnior (AME); Leandro Euzébio, Cássio, Dieguinho, André Lima (FLU).
Cartão vermelho: Everton (FLU); Jones Carioca (AME).
Público: 2.226 pagantes (3.123 presentes). Renda: R$36.310,00.
Estádio: Engenhão. Data: 13/03/2010.
Árbitro: Luis Antônio Silva dos Santos.
Auxiliares: Ivan Silva Araújo e Ricardo Nogueira Da Silva.

Campeonato Baiano:Segunda Fase

FEIRENSE 1X5 BAHIA
Edilson marca seu primeiro gol pelo Bahia em goleada sobre o Feirense



O Bahia iniciou sua participação na segunda fase do Campeonato Baiano com uma goleada arrasadora por 5 a 1 sobre o Feirense, na casa do adversário, no estádio Joia da Princesa. E o capetinha Edilson, enfim, marcou no finzinho do jogo o primeiro gol com a camisa tricolor, muito comemorado pelo jogador com os companheiros. Desde a sua estreia no clube, no dia 31 de janeiro, na derrota por 5 a 3 para o Bahia de Feira, ele amargava oito jogos sem marcar.

O placar coloca o Tricolor na primeira colocação do Grupo 4. O Fluminense de Feira tem o mesmo número de pontos (três), mas a equipe de Salvador leva a melhor no saldo de gols (quatro contra dois). Rodrigo Gral, Bruno SIlva, Rogerinho e Ananias também marcaram pelo time comandado pelo técnico Renato Gaúcho. Grill descontou para a equipe de Feira de Santana.



O Bahia volta a campo pelo Estadual no próximo domingo, quando enfrenta o Flu de Feira, no estádio Armando Oliveira. Antes disso, o Tricolor enfrenta o Atlético-GO, no Serra Dourada, em jogo de ida pela segunda fase da Copa do Brasil. No sábado, o Feirense visita o Camaçari, também no Armandão.

Veja a classificação e a tabela do Baiano

O jogo

O Tricolor levou perigo logo aos dois minutos de jogo. Abedi exigiu defesa de Tigre, mas o assistente marcou impedimento. O Tricolor continuou apertando, mas o Feirense marcou no seu primeiro ataque. Aos 15, Crill desviou cruzamento de cabeça e venceu o goleiro Fernando.

Os comandados de Renato Gaúcho não se abateram e quase empataram no minuto seguinte, não fosse a trave na cabeçada do lateral Diego. Aos 18, no entanto, não teve jeito. Rodrigo Gral aproveitou cruzamento de Apodi, dominou no peito e bateu forte, sem chances para o goleiro Tigre.

A virada chegou aos 27 minutos. Em bela jogada individual, Bruno Silva arriscou de fora da área e acertou o ângulo do gol adversário. Com a mesma pegada no segundo tempo, o Tricolor chegou ao terceiro aos 15 com Rogerinho, que acertou uma bela cobrança de falta.

Com dois jogadores a mais - pelo Feirense, Sandro e Valdo foram expulsos -, o Bahia deslanchou. Aos 42, Ananias acertou um lindo chute de fora da área. Aos 46, Lima deixou Edílson de frente para o gol, e o Capetinha não desperdiçou. Foi o primeiro gol dele com a camisa do Bahia.

Segunda fase - primeira rodada (horário de Brasília)
Quinta-feira, 11/03

20h30m - Flu de Feira 4 x 2 Camaçari

sexta-feira, 12 de março de 2010

Liga Sagres

NAVAL 1X0 UNIÃO DE LEIRIA
Diante de 397 pessoas, Naval bate União de Leiria com pênalti mal-marcado

As 397 pessoas que foram nesta sexta-feira ao Estádio Municipal José Bento Pessoa não viram um grande jogo de futebol, mas ao menos puderam assistir a uma vitória do time da casa. O Naval recebeu o União de Leiria e venceu por 1 a 0, gol do brasileiro Diego Ângelo, em partida que abriu a 23ª rodada do Campeonato Português.

Com o resulado, o Naval chegou a 29 pontos e aparece em oitavo lugar. O Leiria estacionou em 30 pontos e segue em sexto lugar. O gol do jogo surgiu no início do segundo tempo. Zé Antônio atingiu Fábio Júnior fora da área e a arbitragem marcou pênalti. Diego Ângelo bateu e deu a vitória ao Naval.

O líder do Campeonato Português é o Benfica, que joga neste domingo, fora de casa, contra o Nacional. Neste sábado, destaques para o vice-líder, Braga, que recebe o Rio Ave, e o terceiro colocado, Porto, que visita o Acadêmica.

Serie A

CATANIA 3X1 INTER DE MILÃO
'À la' Djalminha, Mascara desloca Julio César em pênalti, e Catania bate Inter

O Milan não entrou em campo nesta sexta-feira, mas comemorou como se tivesse jogado. Fora de casa, o arquirrival rossonero Inter de Milão foi derrotado de virada pelo Catania por 3 a 1 e perdeu a chance de abrir vantagem na liderança do Campeonato Italiano. Com o resultado, a equipe de José Mourinho estacionou nos 59 pontos e pode ver o Milan, que encara o Chievo no San Siro no domingo, diminuir para um a vantagem.

Pelo lado do Catania, festa para Mascara. 'À la' Djalminha, ele deslocou Julio César em cobrança de pênalti e anotou um belo gol, o segundo dos anfitriões, que se afastaram mais um pouco da zona de rebaixamento após o triunfo desta sexta-feira, que marcou a abertura da 28ª rodada do Calcio.

José Mourinho nas tribunas

Sem José Mourinho, que não pôde comandar a equipe do banco de reservas por causa de uma suspensão, o Inter começou a partida sofrendo com o ímpeto do Catania. A equipe siciliana, atuando diante de sua torcida, entrou em campo com um tridente de ataque formado por Mascara, Maxi López e Martinez.

Por conta disso, aos 12 minutos, Julio César teve que mostrar por que é um dos melhores goleiros do mundo. O meia Ricchiuti recebeu sozinho na área mas, na hora do arremate, foi parado pelo brasileiro, que saiu em seus pés.

O primeiro chute do Inter só aconteceu aos 15 minutos, com Eto´o. No entanto, a bola passou longe da meta de Andujar.



Sem ter se comportado bem na primeira etapa, o Inter voltou da mesma forma no segundo tempo. No entanto, aos oito minutos, em contra-ataque perfeito, a equipe milanesa abriu o placar. Sneijder deu belo lançamento para Eto´o, que, como um autêntico ponta, rolou para o meio da área. Sozinho, Milito só teve o trabalho de marcar.

Apesar da vantagem, o Inter seguia sendo pressionado e acabou sofrendo o empate aos 28. Após cruzamento pela direita, o argentino Maxi López (ex-Grêmio) se antecipou a Lúcio e, na entrada da pequena área, deu um leve toque deslocando Julio César.



Bonito gol de pênalti

Empolgado, o Catania conseguiu a virada aos 35 em um lance bobo de Muntari, que havia entrado minutos antes. O ganês colocou a mão na bola dentro da área após cobrança de falta e acabou expulso. Na cobrança da penalidade, Mascara bateu com estilo e, sem usar nenhuma força ('à la' Djalminha, ex-Palmeiras), colocou no fundo das redes de Julio César, Um belo gol de pênalti.

Aos 44, Martinez colocou a pá de cal no Inter. Em jogada individual, ele driblou Lúcio e Julio César e anotou o terceiro do Catania.

1.Bundesliga

SCHALKE 0X4 2X1 STUTTGART
Brasileiros marcam, Schalke bate o Stuttgart e assume a ponta provisória

O Schalke 04 assumiu nesta sexta-feira a liderança provisória do Campeonato Alemão. Jogando em casa, o time derrotou o Stuttgart por 2 a 1. Edu e Kuranyi fizeram os gols da equipe de Gelsenkirchen, com Tasci descontando para os visitantes.

Com o resultado, o Schalke chegou a 54 pontos, um a mais que o Bayern de Munique, que recebe neste sábado o Freiburg e pode retomar a ponta. O Stuttgart aparece em sétimo lugar, com 35 pontos.

Além de Edu e Kuranyi (este é nascido e viveu no Rio de Janeiro até a adolescência, depois mudou-se para a Alemanha e adotou a nacionalidade de seu pai), o Schalke teve em campo os brasileiros Rafinha e Bordon.

O jogo não foi fácil e os gols só aconteceram no segundo tempo. Logo no início, Edu aproveitou uma sobra de bola na área e soltou a bomba para abrir o marcador. O Stuttgart não baixou a guarda e empatou pouco depois, com Tasci, de cabeça.

Mas a noite era mesmo do Schalke e o time chegou à vitória aos 10 minutos. Após falta batida para a área, a defesa do Stuttgart fez a linha do impedimento e se deu mal. Westermann entrou em condição, recolheu livre e tocou para Kuranyi sacramentar o triunfo por 2 a 1.

GP do Bahrein:Treino Livre 2

Rei de sexta, Rosberg fica à frente de Schumi e é o melhor do segundo treino

Nico Rosberg, piloto da Mercedes, foi o melhor no segundo treino livre para o GP do Bahrein, que será disputado neste domingo no circuito de Sakhir. O alemão, conhecido como o "Rei das sextas-feiras", marcou 1m55s409, 445 milésimos à frente de Lewis Hamilton, da McLaren, o segundo. Michael Schumacher, companheiro do alemão, que retorna à F-1 em 2010, foi o terceiro, 0s494 atrás. Jenson Button, atual campeão da categoria, ficou em quarto.



Felipe Massa, da Ferrari, foi o melhor brasileiro no segundo treino livre, com a sétima posição. Ele ficou atrás dos alemães Sebastian Vettel, da RBR, o quinto, e Nico Hulkenberg, da Williams, o sexto colocado. Contudo, ele venceu o duelo interno da equipe italiana nesta sessão, já que Fernando Alonso ficou apenas na nona posição.

Rubens Barrichello, da Williams, deu 21 voltas no segundo treino e ficou na 13ª posição na tabela de tempos, sete atrás do companheiro Hulkenberg. No entanto, a equipe inglesa colocou mais combustível no carro do brasileiro, para avaliar o desempenho do FW32 neste tipo de condição. Ele foi 2s043 mais lento que Rosberg.

Entre os estreantes, Lucas di Grassi, da VR (antiga Manor) ficou na 21ª posição, mais de seis segundos atrás do melhor tempo de Rosberg. O brasileiro também foi superado pelo companheiro Timo Glock por pouco mais de um décimo. Ele ficou um posto à frente, em 20º.

Já Bruno Senna viveu um treino com muitas dificuldades na Hispania. Depois de apenas duas voltas na primeira sessão, o brasileiro foi à pista e ficou muito atrás do ritmo das equipes concorrentes. Lento, ele marcou 2m06s968, 11s559 pior que o tempo de Rosberg. Ele ainda teve de lidar com as reclamações dos concorrentes na pista por causa do carro.

Confira os melhores tempos do segundo treino livre no Bahrein:
1 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m55s409 (23 voltas)
2 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m55s854 (22)
3 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m55s903 (23)
4 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m56s076 (28)
5 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m56s459 (18)
6 - Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth) - 1m56s501 (26)
7 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m56s555 (30)
8 - Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1m56s750 (26)
9 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m57s140 (25)
10 - Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari) - 1m57s255 (24)
11 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1m57s352 (27)
12 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m57s361 (29)
13 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m57s452 (21)
14 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes) - 1m57s833 (29)
15 - Robert Kubica (POL/Renault) - 1m58s155 (29)
16 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m59s799 (31)
17 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 2m00s444 (12)
18 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth) - 2m00s873 (23)
19 - Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth) - 2m00s990 (14)
20 - Timo Glock (ALE/VR-Cosworth) - 2m02s037 (3)
21 - Lucas di Grassi (BRA/VR-Cosworth) - 2m02s188 (21)
22 - Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth) - 2m06s968 (17)

23 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - sem tempo (1)
24 - Karun Chandhok (IND/Hispania-Cosworth) - sem tempo (0)

GP do Bahrein:Treino Livre 1

Com a Force India, Sutil surpreende as favoritas e lidera primeiro treino livre

Quem esperava um domínio de McLaren, Ferrari, RBR ou Mercedes no primeiro treino livre para o GP do Bahrein foi surpreendido por Adrian Sutil e a Force India. O alemão marcou o tempo de 1m56s583 e terminou a sessão na ponta, 183 milésimos à frente de Fernando Alonso, que disputou seu primeiro treino pela Ferrari e ficou na segunda posição. Robert Kubica, da Renault, foi o terceiro colocado, quase meio segundo atrás.

Felipe Massa, companheiro de Alonso na Ferrari, foi o melhor brasileiro no treino, com a quarta posição. Na disputa interna da equipe italiana, ele foi superado por apenas três décimos nesta primeira atividade do fim de semana. O inglês Jenson Button, atual campeão do mundo e reforço da McLaren para 2010, foi o quinto e superou o compatriota Lewis Hamilton, sexto colocado, um décimo mais lento.

Na Mercedes, Michael Schumacher, em seu primeiro treino após o retorno da aposentadoria, marcou apenas o décimo tempo e foi superado pelo companheiro Nico Rosberg, o oitavo. Mark Webber, da RBR, outra equipe entre as favoritas, separou os alemães na nona posição. Ele ficou quatro posições à frente do companheiro Sebastian Vettel, apenas o 13º colocado nesta sessão.

Em sua estreia na Williams, Rubens Barrichello foi o 15º colocado, três posições e quase um segundo mais lento que o novato Nico Hulkenberg, o 12º. Contudo, o brasileiro ficou muito tempo parado nos boxes e deu apenas 11 voltas no primeiro treino livre no Bahrein. Lucas di Grassi, da VR (antiga Manor), não marcou tempo e só saiu duas vezes à pista para fazer checagens em seu carro.

Bruno Senna, por sua vez, foi protagonista de um dos momentos mais esperados da temporada. Com 20 minutos para o fim da sessão, ele levou sua Hispania pela primeira vez à pista, nas primeiras voltas do carro da equipe espanhola. O brasileiro deu apenas três voltas e não conseguiu marcar tempo, mas atraiu a atenção dos jornalistas no circuito e também da transmissão de TV internacional. Karun Chandhok, seu companheiro, sequer foi à pista.

Confira os melhores tempos do primeiro treino livre no Bahrein:
1 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes) - 1m56s583 (18 voltas)
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m56s766 (18)
3 - Robert Kubica (POL/Renault) - 1m57s041 (19)
4 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m57s055 (19)
5 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - 1m57s068 (19)
6 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - 1m57s163 (19)
7 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes) - 1m57s194 (19)
8 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m57s199 (15)
9 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - 1m57s255 (17)
10 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1m57s662 (16)
11 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - 1m57s722 (18)
12 - Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth) - 1m57s894 (20)
13 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - 1m57s943 (17)
14 - Sebastien Buemi (SUI/STR-Ferrari) - 1m58s399 (13)
15 - Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth) - 1m58s782 (11)
16 - Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1m58s880 (13)
17 - Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari) - 2m00s250 (18)
18 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 2m01s388 (11)
19 - Timo Glock (ALE/VR-Cosworth) - 2m03s680 (8)
20 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth) - 2m03s848 (21)
21 - Jarno Trulli (ITA/Lotus Cosworth) - 2m03s970 (15)
22 - Lucas di Grassi (BRA/VR-Cosworth) - sem tempo (2)
23 - Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth) - sem tempo (3)
24 - Karun Chandhok (IND/Hispania-Cosworth) - sem tempo (0)

Taça Libertadores:Fase de Grupos

NACIONAL (PAR) 0X2 SÃO PAULO (BRA)
Só 700 veem Washington dar vitória ao São Paulo sobre o Nacional-PAR por 2 a 0



Em um Defensores del Chaco com apenas 700 pagantes, que só não estava silencioso por conta de uma animada bandinha, o São Paulo não jogou por música nesta quinta-feira. Pelo contrário. Errou o andamento na reta final do primeiro tempo e quase desafinou no início do segundo. Até que Washington acertou o tom e salvou o time em Assunção: 2 a 0 sobre o Nacional do Paraguai, com dois gols daquele que havia sido herói na estreia, contra o Monterrey, e vilão contra o Once Caldas, ao perder grande chance quando a partida estava empatada em 1 a 1.

Com a redenção do atacante e a vitória diante do estádio vazio (veja o vídeo), o Tricolor é o více-líder do Grupo 2 da Libertadores, com seis pontos. O líder é o Once Caldas, com sete. O próximo jogo do São Paulo na Libertadores será na quinta-feira, contra o próprio Nacional, às 21h30m, no Morumbi.

Richarlyson conduz pressão tricolor nos minutos iniciais

O técnico Ricardo Gomes fez mistério até momentos antes do início do jogo. Após um treino secreto na última terça-feira, o comandante não deu pistas do que colocaria em campo. A expectativa era de que Richarlyson fosse improvisado na lateral esquerda, mas Júnior César foi o escolhido.

A opção por Richarlyson em sua posição de origem se mostrou interessante no início da partida. Aos quatro minutos, o volante roubou uma bola perto da entrada da área do Nacional e esticou para Dagoberto, que por muito pouco não conseguiu uma finalização perigosa. O paraguaio Miranda se jogou de carrinho e colocou a bola para escanteio. Dois minutos depois, Richarlyson apareceu de novo. Ele arrancou com a bola dominada e soltou a bomba de fora da área, acertando em cheio a trave à direita do goleiro Caffa, que ficou apenas torcendo.



Enquanto o São Paulo dominava, o Nacional só conseguiu finalizar aos 11 minutos, em cabeçada sem perigo de Aquino. Nada comparável, por exemplo, ao passe de Marcelinho Paraíba para Washington, logo na jogada seguinte. O atacante dominou com a direita e bateu com a canhota. O goleiro Caffa saiu do gol e defendeu com o pé, aos 12.

A superioridade tricolor, no entanto, parou nos 15 minutos iniciais. A partir dali, o Nacional começou a tocar a bola, e o São Paulo exibiu algumas deficiências já conhecidas. Cicinho, por exemplo, tinha dificuldade em sair para o ataque. Marcelinho Paraíba insistia nas jogadas individuais e desperdiçava boas chances de criar perigo. Hernanes estava sumido. E Dagoberto por pouco não foi expulso. Aos 27, o atacante fez falta dura em Riveros perto da linha do meio de campo, mas levou apenas o amarelo.

O Nacional aproveitou o apagão tricolor e quase foi para o intervalo em vantagem. Aos 42, em cruzamento baixo na área, Miranda falhou e a bola sobrou limpa para Aquino finalizar. O chute saiu rasteiro, bem aonde estava Rogério Ceni.

Apagado, Marcelinho Paraíba é sacado no intervalo

Preocupado com a queda da equipe na reta final da primeira etapa, Ricardo Gomes decidiu mexer. Trocou Marcelinho Paraíba por Cléber Santana, mas o time continou pecando na troca de passes.

O Nacional percebia o momento favorável e crescia. Aos dez do segundo tempo, depois de boa tabela pela direita, Bordón recebeu livre para finalizar, mas o chute bateu em Cicinho e foi para escanteio. Dois minutos mais tarde, Ramos arriscou do bico direito da grande área, e Rogério Ceni pegou.

E foi justamente quando o Nacional mandava na partida que veio o alívio tricolor. Aos 13, Dagoberto recebeu na direita e foi cortando para o meio. O atacante deu um leve toque para Washington, que se aproveitou de uma linha de impedimento malfeita e entrou livre na área. O atacante teve calma, driblou o goleiro e abriu o placar.

O gol acalmou o São Paulo, que passou a trocar passes com mais paciência e inteligência. Nem a entrada do atacante Beltran no lugar de Melgarejo foi o suficiente para assustar o Tricolor.

O Nacional sentiu o baque, foi tomado pelo nervosismo, e quase levou o segundo em belo voleio de Dagoberto, aos 34. O mesmo Dagoberto que por muito pouco não acertou uma bomba de fora da área, quatro minutos depois.

Logo depois do bom chute de fora da área, Dagoberto deu lugar a Fernandinho. E o atacante brilhou aos 44. Recebeu passe de Cléber Santana, dominou no peito, foi para cima da marcação e rolou para Washington, livre, fechar o marcador.


Ficha técnica:
NACIONAL (PAR) 0 x 2 SÃO PAULO
NACIONAL (PAR)
Caffa, Ramos, Piris, Herminio Miranda e Ricardo Mazacotte; Melgarejo (Beltran), Bordón, Riveros e Carlos Ruiz (Arturo Aquino) (Ariel Bogado); Marcos Miers e Victor Aquino.
Técnico: Éver Almeida.
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Cicinho (Rodrigo Souto), Alex Silva, Miranda e Júnior César; Jean, Richarlyson, Hernanes e Marcelinho Paraíba (Cléber Santana); Dagoberto (Fernandinho) e Washington.
Técnico: Ricardo Gomes.
Gol: Washington, aos 13 e aos 44 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Dagoberto (São Paulo); Herminio Miranda e Rivero (Nacional).
Estádio: Defensores del Chaco, em Assunção (PAR). Data: 11/03/2010.
Público: 700 pagantes. Renda: R$ 11.574,00.
Árbitro: Enrique Osses (CHI).
Auxiliares: Julio Díaz Pardo (CHI) e Sergio Román (CHI).


DEPORTIVO ITALIA (VEN) 2X2 CRUZEIRO (BRA)
Com dois gols de Kleber, Cruzeiro fica apenas no empate com o Deportivo Italia



Com uma atuação ruim, sobretudo na defesa, o Cruzeiro perdeu a chance de se igualar ao líder Vélez Sarsfield em seu grupo na Taça Libertadores, nesta quinta-feira. O empate por 2 a 2 com o Deportivo Italia no Olímpico, em Caracas, deixa os mineiros com quatro pontos, dois a menos do que os argentinos.

Os venezuelanos, que haviam sido derrotados em seus dois jogos anteriores, conseguiram seu primeiro ponto (e também seus primeiros gols). O Colo Colo, que completa o Grupo 7, soma três. Como Colo Colo e Vélez ainda completarão a rodada na terça-feira, no Chile, o Cruzeiro corre o risco de ser ultrapassado pelo primeiro ou de ver o segundo se distanciar.

Kleber marcou os dois gols, chegando a cinco na competição e empatando com Tejada, do Juan Aurich, no topo da artilharia. O atacante, no entanto, comprometeu sua boa atuação ao receber o cartão vermelho. Foi a terceira vez em três partidas fora de casa na Libertadores que o Cruzeiro teve um jogador expulso - Gilberto havia deixado o campo mais cedo contra Real Potosí (na fase prévia) e Colo Colo.

Após um desempenho irregular nas três primeiras rodadas do Grupo 7, com uma vitória, um empate e uma derrota, o time mineiro confia nas duas próximas partidas, em casa, para se reabilitar na tabela. Os adversários no Mineirão serão o Deportivo Italia e o Vélez Sarsfield nos dias 24 e 31 de março, respectivamente.

O Cruzeiro nem pode se queixar de pressão da torcida. Se na quarta-feira Caracas e Flamengo jogaram em um caldeirão, dessa vez o Olímpico estava vazio, com no máximo mil torcedores.

Deu branco no Cruzeiro

Se algum desatento visse os primeiros 20 minutos de partida, diria que era o Cruzeiro que estava de azul. Atuando com seu uniforme reserva, o time sofreu um branco: a defesa apresentou buracos, o meio-campo permitiu que os adversários tocassem a bola, e o ataque ficou isolado. Fábio precisou mostrar serviço logo aos três minutos, quando fez boa defesa em chute rasteiro de Panigutti. O Cruzeiro ainda teve a sua chance de marcar no início, mas Kleber desperdiçou um rebote do goleiro Liebeskind e cabeceou em cima dele.

Mas era o Deportivo Italia que mandava no jogo, e aos 11 minutos veio o gol, que nasceu de um chutão de Liebeskind e terminou com a conclusão de Blanco, livre de marcação, nas costas de Diego Renan. Os donos da casa ainda controlaram as ações por mais um tempo, mas com muito toque de bola e pouca objetividade, incluindo algumas firulas. A essa altura, os gandulas já faziam a sua parte, demorando a devolver a bola.

O despertar do Cruzeiro veio após uma das raras jogadas com troca de passes, concluída com uma cabeçada de Kleber a gol. A partir daí, aproximou o meio-campo do ataque, chegando na frente com mais jogadores, embora não tenha criado muitas chances de perigo. Numa das poucas, conseguiu o empate, aos 26 minutos. Kleber dividiu o lance com um adversário e chutou, após cobrança de escanteio de Roger e uma saída em falso do goleiro de 1,81m.

Virada no início do segundo tempo

O Cruzeiro conseguiu virar o jogo logo no início do segundo tempo, aos cinco minutos. Após ótimo passe de Jonathan, Diego Renan desperdiçou chance na cara do goleiro, mas Kleber, não. Ele bateu com categoria, no contrapé de Liebeskind, e fez 2 a 1. Na comemoração, correu em direção aos poucos torcedores cruzeirenses, que só entraram na arquibancada no intervalo.

A partida, que já tivera 20 minutos de intervalo, foi paralisada por mais três por um motivo curioso: o sistema de irrigação começou a funcionar. Quando reiniciou, o Cruzeiro voltou a apresentar falhas na defesa. Adilson Batista ainda tentou resolver os problemas de marcação pela esquerda, trocando Diego Renan por Gil, mas nem deu tempo. Momentos depois da substituição, aos 20 minutos, Blanco invadiu a área por ali, após cobrança de escanteio, e cruzou para McIntosh empatar.

O treinador cruzeirense ainda tentou levar seu time à frente, colocando o atacante Eliandro no lugar de Roger, que teve atuação burocrática. Mas a equipe pouco ameaçou e quase levou o terceiro gol aos 38 minutos, quando Fábio precisou sair nos pés de Blanco. Logo depois, Kleber fez falta dura e recebeu o segundo amarelo, deixando o campo mais cedo. Já no fim da partida, Rafael Lobo também foi expulso pelo lado venezuelano.


Ficha técnica:
DEPORTIVO ITALIA 2 x 2 CRUZEIRO
DEPORTIVO ITALIA
Liebeskind, McIntosh, Maidana, Lopez e Diez (Rafael Lobo); Giroletti, Morales, Diaz (Féliz Cásseres) e Urdaneta; Blanco e Panigutti (Cristian Cásseres).
Técnico: Eduardo Saragó.
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Thiago Heleno, Leonardo Silva e Diego Renan (Gil); Marquinhos Paraná, Henrique, Pedro Ken e Roger (Eliandro); Thiago Ribeiro (Bernardo) e Kleber.
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Blanco, aos 11, e Kleber, aos 26 minutos do primeiro tempo; Kleber, aos cinco, e McIntosh, aos 20 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Giroletti, McIntosh, Morales (Deportivo Italia); Kleber, Leonardo Silva, Thiago Ribeiro e Henrique (Cruzeiro).
Cartões vermelhos: Rafael Lobo (Deportivo Italia) e Kleber (Cruzeiro)
Estádio: Olímpico de Caracas, na Venezuela. Data: 11/03/2010.
Árbitro: Carlos Vera (EQU).
Auxiliares: Carlos Herrera (EQU) e Christian Lescano (EQU).


EMELEC (EQU) 1X2 CERRO (URU)
No Equador, Cerro-URU bate o Emelec e segue 100% no Grupo 5



O Cerro-URU conseguiu um importante resultado na noite desta quinta-feira. Fora de casa, a equipe uruguaia bateu o Emelec por 2 a 1 e segue com 100% de aproveitamento no Grupo 5 da Libertadores (o mesmo do Inter). Caballero e Dadomo marcaram para o Cerro. Perez descontou para a equipe equatoriana.

Com seis pontos, o Cerro lidera o Grupo 5. O Inter, que empatou com o Deportivo Quito, tem quatro pontos e está em segundo. O Emelec, ainda com a pontuação zerada, é o lanterna da chave.

Na próxima rodada, o Cerro (URU) encara o Inter, no Uruguai. O jogo será na quinta-feira, dia 18. Já o Emelec só volta a campo no dia 25, contra o compatriota Deportivo Quito. A partida será na casa do adversário.


DEPORTIVO QUITO (EQU) 1X1 INTERNACIONAL (BRA)
Empate na madrugada: Inter garante um ponto em jogo de lance inusitado

O Inter precisou encarar as idas e vindas de um jogo inusitado para garantir um ponto na altitude de Quito na madrugada desta sexta-feira. O empate por 1 a 1 do Colorado com o Deportivo, no Estádio Olímpico Atahualpa, foi marcado por um pênalti dado aos equatorianos e retirado deles instantes depois. Em partida com clima de Libertadores, os gaúchos saíram no lucro, já que a atuação vermelha foi muito fraca.



O Deportivo Quito largou na frente no primeiro tempo, com gol de Minda. O Inter empatou ainda na etapa inicial, em conclusão de Giuliano. Abafado pelo adversário o tempo todo, o Colorado padeceu para garantir um pontinho 2,8 mil metros acima do nível do mar. E contou com a coragem do árbitro colombiano José Buitrago, que deu pênalti inexistente aos equatorianos e depois voltou atrás.

O empate mantém o time de Jorge Fossati na segunda colocação do Grupo 5 da Libertadores, com quatro pontos, dois atrás do Cerro, do Uruguai. O próximo compromisso vermelho pela competição continental é na quinta-feira da semana que vem, justamente contra os líderes da chave, em Rivera, cidade uruguaia que faz fronteira com o Rio Grande do Sul. No domingo, pelo Gauchão, o Inter visita o Veranópolis.

Bobeiras defensivas, oportunismo na frente: 1 a 1 no primeiro tempo

Fossati ordenou aos boleiros: quando clarear, chutem a gol. E os jogadores cumpriram. Mas o treinador certamente não pediu para a zaga colecionar um erro atrás do outro no primeiro tempo do jogo contra o Deportivo Quito. Talvez pelo efeito da altitude, talvez pela ausência de Bolívar, o sistema defensivo vermelho foi envolvido pelo time equatoriano. O empate conquistado pelo Inter nos 45 minutos iniciais poderia ter sido derrota.

E seria até justo se fosse assim. O Inter criou uma ou outra oportunidade, mas sempre em chutes de longe. O Deportivo Quito, aquele mesmo que apresentou futebol terrível contra o Cerro, soube trabalhar melhor as jogadas. Teve velocidade, e muita, mas não ficou só nisso. Soube, por exemplo, explorar o lado esquerdo defensivo dos brasileiros. Juan jogou forte, com seriedade, mas foi superado pelos atacantes adversários repetidas vezes.

Sorondo, santo Sorondo, salvou o Inter de sorte pior no primeiro tempo. Aos 16 minutos, Pirchio recebeu livre, em profundidade, e tocou na saída de um Abbondanzieri desesperado. A bola engatinhou até o gol. Por um ou dois segundos, o Olímpico Atahualpa silenciou para ver quem venceria a corrida até a linha do gol: a bola ou Sorondo. E o uruguaio ganhou. Em cima da linha, cortou parta escanteio.

O lance foi emblemático para mostrar a superioridade que o Deportivo começava a ter. O Inter, depois de manter a bola no ataque na largada da partida, passou a ser pressionado. Tinha cheiro de gol no ar. E foi o que aconteceu. Aos 33 minutos, os equatorianos partiram em disparada pelo lado esquerdo de ataque. Bruno Silva não conseguiu interromper a investida. Arroyo cruzou, Abbondanzieri cortou apenas parcialmente e Minda, no rebote, mandou para o gol. As cerca de 10 mil pessoas presentes no estádio deram um pulo coletivo – excetuados, claro, os colorados.

E aí o ataque vermelho funcionou. Antes que o Deportivo ousasse ampliar, Alecsandro mandou uma pancada de fora da área. A bola bateu na trave, passou por Edu e encontrou Giuliano. O garoto colorado, aos 40 minutos, completou para o fundo do gol. Ufa: o primeiro tempo terminava empatado.

Árbitro quase complica o jogo

Uma confusão no início da etapa final quase complicou um jogo que estava tranquilo até então. Aos sete minutos, em bola lançada na área do Inter, Abbondanzieri saiu do gol, segurou a bola e na sequência trombou com Pirchio. Inexplicavelmente, o árbitro colombiano José Buitrago marcou pênalti para o Deportivo.

O lance gerou uma grande revolta do grupo colorado, que partiu para cima do árbitro. Pato e o técnico Jorge Fossati foram reclamar com o assistente Wilson Berrío, que chamou José Buitrago para conversar. Após rápido bate-papo e muita pressão vermelha, o juiz voltou atrás e deu bola ao chão, ocasionando, desta vez, a revolta dos equatorianos.



Para quem pensou que o Deportivo se abalaria, ledo engano. Os equatorianos tiveram duas chances na sequência e por muito pouco não ficaram de novo na frente. Com 14 minutos, Aguirre cruzou da esquerda, o baixinho Niell subiu sozinho e cabeceou com perigo à direita do gol. E aos 18, Donoso aproveitou sobra na entrada da área e chutou rente à trave de Pato.

O goleiro colorado definitivamente foi o personagem do segundo tempo. Aos 27 minutos, ele saiu do gol para segurar uma bola aparentemente tranquila. Ao tentar a defesa em dois tempo, foi enganado pelo quique da bola, que passou por baixo de suas pernas e por muito pouco não ficou com o ataque do Deportivo. Abbondanzieri teve que voar na bola para, com dificuldades, salvar o Inter de seu próprio erro.

Abbondanzieri também apareceu de forma positiva. Com 31 minutos, viu Mina receber cruzamento de Donoso e cabecear no canto esquerdo. O goleiro do Inter se esticou todo para mandar a bola pela linha de fundo.

O Inter não teve refresco nem nos acréscimos. Da meia-lua, Donoso cobrou falta buscando o cantinho direito. Abbondanzieri espalmou para frente, Borghello pegou o rebote e Kleber salvou de cabeça.

Ficha técnica:
DEPORTIVO QUITO 1 x 1 INTERNACIONAL
DEPORTIVO QUITO
Ibarra, Checa, Hurtado e Mina; Minda, Saritama, Castro, Arroyo (Donoso) e Aguirre; Niell e Pirchio (Borghello).
Técnico: R. D. Insúa.
INTERNACIONAL
Abbondanzieri, Índio, Sorondo e Juan; Bruno Silva, Sandro, Guiñazu, Giuliano (Wilson Mathias) e Kleber; Edu (D'Alessandro) e Alecsandro (Taison).
Técnico: Jorge Fossati.
Gols: Minda, aos 33 minutos, Giuliano, aos 39 do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Aguirre, Hurtado, Niell (Deportivo Quito); Alecsandro, Juan, Abbondanzieri, D'Alessandro (Internacional).
Estádio: Olímpico Atahualpa. Data: 11/03/2010.
Árbitro: José Buitrago (Colômbia).
Auxiliares: Wilson Berrío (Colômbia) e Javier Camargo (Colômbia).

quinta-feira, 11 de março de 2010

Copa do Brasil:Primeira Fase

BOTAFOGO (RJ) 4X3 SÃO RAIMUNDO (PA)
Botafogo irrita a torcida, mas vence o São Raimundo e avança na Copa do Brasil



Não foi tranquilo como se supunha, mas o Botafogo venceu o São Raimundo por 4 a 3 nesta quinta-feira, no Engenhão, e se garantiu na segunda fase da Copa do Brasil. Loco Abreu (duas vezes), Danny Morais e Sandro Silva fizeram para o Glorioso, que na próxima etapa da competição vai enfrentar o Santa Cruz. A primeira partida contra a equipe pernambucana acontece na próxima quarta-feira, às 19h30m, no estádio do Arruda, no Recife.

O desempenho do Botafogo não agradou aos poucos torcedores presentes ao estádio, que vaiaram bastante a equipe. O time só precisaria de um empate para se classificar, apesar de ter perdido o jogo em Santarém por 1 a 0. A equipe paraense fui punida pelo STJD com a perda dos pontos da partida porque escalou três jogadores de forma irregular. Se não tivesse sido punido, o São Raimundo levaria a vaga, já que marcou mais gols na casa do adversário.

Ataque contra defesa

Desde o apito inicial, o Botafogo mostrou que não entrou em campo pensando na vantagem de poder empatar. Logo aos três minutos de jogo, o ímpeto do Glorioso se transformou em uma boa chance de abrir o placar. Loco Abreu deu bom passe para Marcelo Cordeiro, que, dentro da área, se enrolou na hora de tentar passar pelo goleiro e acabou perdendo a oportunidade.

O jogo era ataque contra defesa. Aos sete minutos, o São Raimundo saiu jogando errado, e Lucio Flavio achou bem Loco Abreu dentro da área. O atacante deu um toquinho na saída do arqueiro Labilá, mas errou o alvo.

Só dava Botafogo. Aos dez minutos, Herrera recebeu na direita e cruzou na medida para Loco Abreu, que subiu mais do que todo mundo e mandou de cabeça. A bola foi por cima do gol. A pressão seguia sem que os visitantes conseguissem chegar em boas condições ao campo de ataque. Aos 15 minutos, Herrera recebeu de Sandro Silva, gingou em cima do marcador e chutou forte no travessão.

De tanto martelar, o Botafogo abriu o placar. No minuto seguinte, Marcelo Cordeiro cobrou falta na cabeça de Danny Morais, e o estreante mandou para o fundo da rede: 1 a 0.



Em vantagem no placar, o Glorioso diminuiu um pouco o ritmo, mas não deixou de chegar com facilidade ao gol adversário, que exagerou na quantidade de faltas e passes errados. Aos 30 minutos, o time carioca se deu o luxo de perder outra grande chance. Lucio Flavio levantou a bola na área e Antônio Carlos, livre dentro da pequena área, mandou por cima do gol do São Raimundo, meio no susto.

Show de erros e gols na segunda etapa

Na volta do vestiário, o panorama da partida não mudou muito. O Botafogo seguiu com liberdade para criar as jogadas de ataque, mas os homens de frente não estavam em um bom dia. A primeira grande oportunidade foi em uma falta cobrada por Marcelo Cordeiro, aos quatro minutos. O lateral bateu, a bola passou por toda a área e acertou a trave direita do goleiro Labilá antes de ir pela linha de fundo. Aos 11 minutos, Loco Abreu fugiu de suas características e, em uma bela arrancada, invadiu a área e chutou. O arqueiro do São Raimundo fez boa defesa.

A equipe paraense resolveu adotar uma postura mais ofensiva, e passou a ameaçar mais o Botafogo. Aos 15 minutos, em um rápido contra-ataque, Branco invadiu a área adversária e foi derrubado por Sandro Silva, mas o árbitro considerou que o desarme foi normal. Aos 18 minutos, o castigo para a má pontaria alvinegra: após cobrança de escanteio, Branco subiu mais do que os marcadores e venceu o goleiro Jefferson, empatando o jogo em 1 a 1. A pequena torcida do São Raimundo fez a festa. Inspirados nos corintianos, gritavam: "Aqui tem um bando de louco. Louco por ti, Pantera". Mas a paródia de um dos hits da Fiel era bem mais curta. Parava no segundo verso.

O susto e os gritos dos poucos rivais parecem ter feito bem ao Botafogo, que um minuto depois voltou a ficar em vantagem no placar. Sandro Silva aproveitou um vacilo da defesa paraense e bateu firme na saída do goleiro Labilá: 2 a 1. O terceiro não demorou muito a chegar. Aos 29, Edno, que havia entrado no lugar de Herrera, cruzou da esquerda. A zaga desviou e Loco Abreu ficou na boa para marcar de cabeça: 3 a 1.

Mas os alvinegros que achavam que o jogo estava totalmente controlado se enganaram. Um minuto depois, aos 30, Michel recebeu lançamento na frente, e a defesa do Botafogo parou pedindo impedimento. O meia do São Raimundo chutou, e a bola entrou de mansinho no gol: 3 a 2.

Aos 36, o volante Somália, que havia entrado dez minutos antes no lugar de Sandro Silva, fez uma falta dura e recebeu o vermelho direto. Então, coube ao talismã Caio deixar o Glorioso novamente mais tranquilo no jogo. O atacante chegou em velocidade dentro da área pela direita e rolou na medida para Loco Abreu, livre de marcação, só empurrar: 4 a 2.

O São Raimundo ainda teve força para diminuir o placar e aumentar ainda mais a fúria da torcida botafoguense. Aos 44, Ítalo aproveitou um rebote do goleiro Jefferson dentro da área e mandou para o fundo do gol.

No último lance do jogo, um pênalti não marcado a favor do Botafogo. Aos 47, Caio entrou na área em ótima condição para marcar o quinto, mas foi empurrado. Mesmo desequilibrado, o jovem chutou rente à trave.


Ficha técnica:
BOTAFOGO 4 x 3 SÃO RAIMUNDO
BOTAFOGO
Jefferson, Fahel (Caio), Antônio Carlos e Danny Morais; Jancarlos, Leandro Guerreiro, Sandro Silva (Somália), Lucio Flavio e Marcelo Cordeiro; Herrera (Edno) e Loco Abreu.
Técnico: Joel Santana.
SÃO RAIMUNDO
Labilá, Filho, Carlão (Flamel) e Evair; Ceará (Leandrinho), Marcelo Pitbull, Beto, Michel e Júnior; Branco e Max Jari (Ítalo).
Técnico: Flávio Barros.
Gols: Danny Morais, aos 16 minutos do primeiro tempo; Branco, aos 18, Sandro Silva aos 19, e Loco Abreu aos 29 e 38, Michel aos 30 e Ítalo aos 44 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Júnior, Beto, Carlão, Filho (SRM); Loco Abreu, Leandro Guerreiro (BOT).
Cartão vermelho: Somália (BOT).
Público: 1.936 pagantes (2.841 presentes).Renda: R$ 32.830,00.
Estádio: Engenhão. Data: 11/03/2010.
Árbitro: Paulo Godoy Bezerra (SC).
Auxiliares: Fernando Lopes (SC) e Rosinei Hoffmann Scherer (SC).

UEFA Europe League:Oitavas de Final

LILLE (FRA) 1X0 LIVERPOOL (ING)
Lille bate Liverpool em casa e sai em vantagem nas oitavas de final

O Lille aproveitou o mando de campo nesta quinta-feira e bateu o Liverpool por 1 a 0, na abertura da oitavas de final da Liga Europa. Eden Hazard, em cobrança de falta aos 38 minutos do segundo tempo, garantiu o triunfo francês.

Com resultado, o Lille poderá empatar na próxima semana, na partida de volta, ou até mesmo perder por um gol de diferença, desde que não se repita o placar da primeira partida. Neste caso, o jogo irá para a prorrogação. Só a vitória por dois gols de diferença interessa aos Reds.



Liverpool chega com perigo, mas esbarra em Landreau

No começo do jogo, o Lille trocava passes com tranquilidade em seu campo, mas não conseguia ameaçar o gol de Reina. Enquanto isso, o Liverpool tentava jogar nos contra-ataques. Apesar de ter mais posse de bola na etapa inicial, o Lille não assustava o Liverpool, que criava as melhores chances.

O Reds chegaram pela primeira vez com perigo somente aos 27 minutos. Depois de uma boa tabela, Fernando Torres deixou Babel na cara do gol. O holandês bateu com força, mas Landreau salvou o Lille de sofrer o primeiro gol na partida. O time inglês adiantou a marcação e pressionou mais o adversário. Aos 42 minutos, Glen Johnson fez boa jogada pela direita e mandou no segundo pau. Fernando Torres subiu no meio da defesa e testou no canto direito. Landreau se esticou e fez outra boa defesa.

Lille aproveita bola parada e garante vantagem

Na etapa final, o Lille aumentou a marcação na intermediária e forçou o Liverpool a errar os passes. Os Reds não saiam tocando a bola, e o time francês aproveitava. Aos sete, Frau achou Cabaye dentro da área e bateu para o fundo da rede, na saída de Reina, mas o auxiliar Henrk Sonderby anulou o lance, marcando impedimento do jogador do Lille. O Liverpool deu o troco com Babel, que mandou uma bomba. Landreau pegou outra.

Mas aos 38 minutos veio o gol da vitória do Lille. Em cobrança de falta pela esquerda, Eden Hazard colocou na área. A bola quicou na frente de Reina e entrou no canto esquerdo. No fim do jogo, o Liverpool colocou pressão, mas não conseguiu o empate.


HAMBURGO (ALE) 3X1 ANDERLECHT (BEL)
Van Nistelrooy coloca Hamburgo perto das quartas de final

No outro jogo, o Hamburgo bateu o Anderlecht por 3 a 1, jogando em casa, e ficou próximo das quartas de final da Liga Europa. Mathijsen abriu o placar para o time alemão aos 23 minutos do primeiro tempo.

Ainda na etapa inicial, o holandês Van Nistelrooy marcou o segundo triunfo. No finzinho, Legear descontou.

No segundo tempo, Jarolim confirmou a vitória para os alemães aos 30. Na próxima semana, na partida de volta, o Hamburgo pode até perder por um gol de diferença, que mesmo assim garante sua vaga.


ATLÉTICO DE MADRID (ESP) 0X0 SPORTING (POR)
Sporting faz jus ao apelido de ‘Leões’ e arranca empate com o Atlético

Apesar de ir mal das pernas no Campeonato Português, o Sporting faz uma ótima campanha na Liga Europa. Nesta quinta-feira, a equipe lisboeta foi a Madri e arrancou um empate de 0 a 0 com o Atlético no primeiro jogo entre as duas equipes pelas oitavas de final do torneio. O detalhe é que o time do luso-brasileiro Liedson atuou desde os 30 minutos do primeiro tempo com um homem a menos.

Com o resultado alcançado no Vicente Calderón, o Sporting joga por uma vitória simples no estádio José Alvalade, na próxima quinta-feira, para se garantir nas quartas. Já os espanhóis se classificam também com um triunfo magro ou empate com gols.

Com apenas Liedson no ataque, o Sporting veio disposto a garantir o empate. O Atlético, por sua vez, com a dupla Forlán e Agüero, tentava encurralar a defesa dos Leões, formada por Tonel e pelo pentacampeão Anderson Polga.

Aos 24, o genro de Maradona criou a melhor chance dos colchoneros na primeira etapa. Após entortar Tonel, o atacante bateu colocado no canto, mas a bola caprichosamente foi para fora. Na sequência, Liedson respondeu à altura e carimbou o travessão.



Quando o jogo estava controlado pelo Sporting, o lateral argentino Grimi acertou um carrinho violento em Reyes e foi expulso aos 30 minutos.

Com um jogador a menos, o Sporting se entrincheirou de vez e, fazendo jus ao apelido de “Leões”, se segurou na defesa. Nos minutos finais, o zagueiro Tonel ainda foi expulso após dar um empurrão em Agüero. Mas, mesmo com nove atletas, a equipe lusitana garantiu o 0 a 0.


RUBIN KAZAN (RUS) 1X1 WOLFSBURG (ALE)
Sem Grafite, Wolfsburg consegue bom resultado fora de casa

Sem o atacante Grafite, que se recupera de uma lesão na coxa, o Wolfsburg foi a Kazan e empatou em 1 a 1 com o Rubin. Noboa, aos 29 da primeira etapa, abriu o placar para os anfitriões. Mas Misimovic, aos 22 do segundo tempo, igualou.


JUVENTUS (ITA) 3X1 FULHAM (ING)
Juve bate Fulham em casa e consegue boa vantagem para jogo de volta

O Juventus largou bem nas oitavas de final da Liga Europa. Jogando em casa, a Velha Senhora derrotou o Fulham por 3 a 1 no primeiro duelo entre as duas equipes. Com o resultado, os italianos podem perder por até um gol de diferença que se garantem na próxima do torneio.

Mesmo atuando sem muitos titulares, entre eles os brasileiros Felipe Melo e Amauri, o Juventus começou a partida pressionando a equipe britânica. E, aos nove, abriu o placar com o zagueiro Legrottaglie, de cabeça, após cobrança de escanteio do ex-santista Diego.

Absoluta na partida, a Velha Senhora seguia criando boas chances e, aos 24, chegou ao segundo. Zebina fez bela jogada individual e, depois de cortar dois adversários, chutou forte no canto Schwarzer.

Com a vantagem, a equipe da casa cochilou e acabou pagando por isso aos 34. Etuhu se aproveitou de um bate rebate na área e chutou. A bola desviou em Legrottaglie e enganou o goleiro Manninger, substituto do poupado Buffon. 2 x 1 no Olímpico de Turim.



O gol sofrido despertou novamente o Juventus que, nos acréscimos do primeiro tempo, chegou ao terceiro gol com o atacante francês Trezeguet que teve que chutar duas vezes para superar Schwarzer.

Na etapa final, o ritmo da partida caiu drasticamente, com as duas equipes criando pouco e proporcionando pouca emoção - o único lance digno de nota foi um belo chute de Diego aos 44. Melhor para os italianos que vão a Londres com uma boa vantagem.


BENFICA (POR) 1X1 OLYMPIQUE DE MARSELHA (FRA)
Benfica empata na Luz

Em outro jogo desta quinta-feira, o Benfica recebeu o Olympique de Marselha no estádio da Luz e ficou no empate de 1 a 1. Maxi Pereira, aos 31 do segundo tempo, abriu o placar para os donos da casa. Mas Ben Arfa, aos 45, igualou para os franceses.

Confira os resultados das oitavas de final da Liga Europa
* jogos de volta acontecem no próximo dia 18

Panatinaikos 1 x 3 Standard de Liége
Valencia 1 x 1 Werder

Taça Libertadores:Fase de Grupos

ONCE CALDAS (COL) 1X1 MONTERREY (MEX)
Em casa, Once Caldas tropeça no Monterrey, mas ainda lidera Grupo 2



O Once Caldas decepcionou seus torcedores na noite desta quarta-feira. Jogando em casa, a equipe colombiana empatou por 1 a 1 com o Monterrey (MEX), mesmo tendo jogado em vantagem numérica mais de 35 minutos (o time mexicano teve dois jogadores expulsos (um, aos 12, e outro, aos 37 do segundo tempo). Apesar do tropeço, os colombianos seguem liderando o Grupo 2 (mesmo do São Paulo) da Libertadores, agora com sete pontos. O Monterrey assumiu a vice-liderança, com quatro. Contudo, o São Paulo, que tem três, joga nesta quinta e pode ultrapassá-lo.

O time colombiano começou melhor a partida. Foi logo para o ataque e criou algumas chances de perigo, mas as desperdiçou. Já o Monterrey, em sua primeira trama ofensiva, conseguiu marcar. Aos 32, Morales completou para as redes uma linda troca de passes da equipe mexicana.

Entretanto, na segunda etapa, a equipe da casa teve mais sorte. Aos 12, um lance decidiu a partida. Savala fez falta dura, recebeu o segundo amarelo e deixou o Monterrey com um homem a menos. Para piorar a situação mexicana, Valência cobrou a falta com força e deixou tudo igual no placar.

O Monterrey ainda teve mais uma baixa na partida. Galindo, que entrara pouco antes, foi expulso pelo árbitro, aos 37. Mesmo assim, o Once Caldas não conseguiu chegar ao gol da vitória.

As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quinta-feira, dia 18 de março. Desta vez, porém, o mando de campo será do time mexicano. A partida será válida pela 4ª rodada do Grupo 2.


NACIONAL (URU) 2X2 BANFIELD (ARG)
Nacional e Banfield empatam em 2 a 2 pelo Grupo 6 da Taça Libertadores

No duelo entre o campeão uruguaio e o campeão argentino, Nacional e Banfield empataram em 2 a 2 na noite desta quarta-feira, em Montevidéu, pelo Grupo 6 da Taça Libertadores. O resultado foi importante para os argentinos, que mantiveram a liderança da chave, com sete pontos. O Nacional tem cinco. O terceiro colocado é o Deportivo Cuenca, com três. O Morelia, com um, é o lanterna. Os quatro times já jogaram três vezes.

O Nacional começou melhor a partida e abriu o placar logo aos cinco minutos, com Varela. Mas James Rodríguez virou ainda no primeiro tempo, com um gol de cabeça, aos 17, e outro de pênalti, aos 36. A vantagem, no entanto, durou apenas quatro minutos. Aos 40, Regueiro empatou, aproveitando rebote de cabeçada do colombiano Rodriguez, no travessão.

Pelo ritmo da etapa inicial, parecia que o segundo tempo seria de mais emoções. O jogo até continuou corrido, mas o time argentino preferiu se fechar um pouco mais, conseguindo segurar o empate.

Banfield e Nacional voltam a se enfrentar na próxima terça-feira, às 19h30m, na Argentina. O Morelia recebe o Deportivo Cuenca na madrugada de terça para quarta, às 0h15m.


INDEPENDIENTE MEDELLÍN (COL) 1X1 CORINTHIANS (BRA)
Dentinho brilha de novo e evita derrota do Timão para o Medellín na Libertadores



Os colombianos aplaudiram as estrelas Roberto Carlos e Ronaldo, mas a Fiel ovacionou, mais uma vez, o jovem Dentinho. Herói da vitória por 1 a 0 sobre o São Caetano no último domingo, pelo Campeonato Paulista, o atacante foi novamente decisivo nesta quarta-feira, desta vez na Taça Libertadores da América. Foi dele o gol do empate em 1 a 1 com o Independiente Medellín, no estádio El Campín, em Bogotá. E foi um golaço.

Com o empate suado na Colômbia, o Timão assumiu a liderança isolada do Grupo 1 da competição sul-americana, com quatro pontos, um à frente do Racing de Montevidéu, que na última terça-feira derrotou o lanterna Cerro Porteño por 2 a 1. Já o Independiente Medellín, com dois, está em terceiro lugar.



O Corinthians volta a campo pela Libertadores já na próxima quarta-feira, dia 17, contra o Cerro Porteño. E novamente como visitante. A partida será no estádio Defensores Del Chaco, em Assunção, no Paraguai, às 21h50m (de Brasília). Pelo Campeonato Paulista, o Timão joga neste domingo, às 19h30m (também de Brasília), contra o Santo André, na Arena Barueri.

Felipe salva o Timão no primeiro tempo

A ideia do técnico Mano Menezes era mandar a campo o time que imagina como ideal. Mas um problema de última hora, com Alessandro, atrapalhou os seus planos. O lateral-direito sentiu dores musculares antes da partida e foi vetado. Marcelo Mattos, então, acabou escalado no setor. No meio, também uma mudança: Jucilei ficou com a vaga de Tcheco.

Com a bola rolando, a proposta corintiana ficou clara: esperar o Independiente Medellín atacar para tentar explorar os contra-ataques. Até para não se desgastar tanto com a altitude de 2.640 metros de Bogotá. Só que o time colombiano não imprimiu o ritmo que era imaginado pelos brasileiros e permitiu mais toque de bola ao clube alvinegro.



Sem encontrar espaço no meio da marcação do Timão, o Independiente resolveu arriscar de longe. Aos nove minutos, Restrepo chutou de direita e viu Felipe fazer boa defesa. A resposta do Timão foi no toque de bola. Aos 16, Elias trocou bons passes com Jorge Henrique, que cruzou para Ronaldo. O atacante dominou no peito, mas não finalizou.

Com calma, o time colombiano encontrou uma brecha na defesa alvinegra. Aos 19, Arias recebeu lançamento nas costas de William, mas o árbitro argentino Sergio Pezzota, equivocadamente, marcou impedimento. Aos 25, Ronaldo deixou Elias em boa condição, mas o goleiro Bobadilla saiu bem do gol. Aos 31, foi a vez de Roberto Carlos tentar em cobrança de falta. Longe do gol.

O experiente lateral, aliás, aparecia sempre como boa opção pelo lado esquerdo. E quase que o Timão chegou ao gol por lá. Aos 37, ele tabelou com Jorge Henrique e recebeu na área. Só que Bobadilla chegou mais rápido na bola. Um minuto depois, o Independiente Medellín perdeu uma chance incrível com Pardo.

O atacante surgiu em condição legal na grande área. Livre, preferiu avançar mais um pouco em vez de chutar. Deixou, então, a dupla Chicão e William para trás e só então resolveu chutar. Mas Felipe, bem colocado, fez importante defesa. Para finalizar, aos 43, Roberto Carlos arriscou em nova cobrança de falta de longe. Bobadilla também fez grande intervenção.

Dentinho, herói de novo

As duas equipes voltaram para o segundo tempo com as mesmas formações. O técnico Mano Menezes, em conversa com a reportagem da TV Globo, afirmou que gostou da atuação do Corinthians no primeiro tempo, mas que estava preocupado com os cartões amarelos levados por Jucilei e Marcelo Mattos.

De diferente no Timão em relação à etapa inicial, apenas o posicionamento de Ronaldo. O atacante passou a sair mais da área para buscar o jogo, porém continuava com as mesmas dificuldades nos domínios e nos passes. Não parecia o Fenômeno. Do lado colombiano, o Independiente passou a arriscar mais. No entanto, sem levar muito perigo a Felipe.

Mas o goleiro corintiano levaria um susto aos 13. Valencia bateu falta com força de longe, e a bola passou bem perto do travessão. Na sequência, a primeira alteração no Timão: Danilo saiu para a entrada de Dentinho. O atacante, de 21 anos, tem sido o amuleto de Mano Menezes. Afinal, marcou três gols nos últimos três jogos do Paulistão. E o técnico mais uma vez iria mostrar que a sua estrela brilha.

Aos 21 minutos, enfim, uma participação mais efetiva de Ronaldo. Impedido, ele recebeu passe de Elias e chutou. Bobadilla defendeu. À vontade, o Corinthians continuou no ataque. Aos 25, Jorge Henrique chutou forte da entrada da área e assustou os colombianos. Mas o Independiente não estava morto. Aos 27, Restrepo chutou de longe. Felipe salvou de novo.

Diante da dificuldade ofensiva do Timão, o técnico Mano Menezes resolveu sacar Ronaldo e colocar Souza, aos 28, para tentar um novo trunfo. Apesar da má atuação, o Fenômeno teve o reconhecimento da torcida colombiana: foi aplaudido de pé. E de pé continuaram os fãs do Medellín, porque aos 30 saiu o gol dos anfitriões.

Valencia cruzou para Valoyes, que apareceu bem entre os zagueiros alvinegros, vendidos nos lance, e rolou para o fundo do gol. O goleiro Felipe ainda encostou na bola, mas não evitou o gol. Para o comentarista de arbitragem da TV Globo Arnaldo Cezar Coelho, o gol foi ilegal porque no momento do passe de Valencia a bola desviou em Arias.

O Corinthians, porém, não desanimou. E foi premiado pela ousadia. Em ótima fase, Dentinho fez boa jogada individual aos 39 minutos e chutou de fora da área, acertando o ângulo esquerdo de Bobadilla. Um golaço, o quarto gol do atacante em quatro partidas. E o Corinthians retorna a São Paulo como líder isolado da sua chave na Libertadores.


Ficha Técnica:
INDEPENDIENTE MEDELLÍN 1 x 1 CORINTHIANS
INDEPENDIENTE MEDELLÍN
Bobadilla, Ricardo Calle, Anselmo de Almeida, Jiménez e Valencia; Ortiz, Restrepo, Arias e Barahona (Valoyes); Gimenez (Moreno) e Pardo (Rivas).
Técnico: Leonel Álvarez.
CORINTHIANS
Felipe, Marcelo Mattos (Morais), Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei, Elias e Danilo (Dentinho); Jorge Henrique e Ronaldo (Souza)
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Valoyes, aos 30, e Dentinho, aos 39 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ortiz (Independiente Medellín); Marcelo Mattos, Jucilei e Jorge Henrique (Corinthians).
Estádio: El Campín, em Bogotá (Colômbia). Data: 10/03/2010.
Árbitro: Sergio Pezzota (Argentina).
Auxiliares: Ariel Bustos e Alejo Castany (ambos da Argentina).
Público: 23.886 torcedores.


CARACAS (VEN) 1X3 FLAMENGO (BRA)
Flamengo espanta a crise com vitória heroica por 3 a 1 sobre o Caracas

O Flamengo conseguiu uma vitória heroica sobre o Caracas, nesta quarta-feira, na Venezuela, pela Taça Libertadores, que serviu para afastar a crise do "caso Chatuba", que tomou conta da Gávea nos últimos dias. Mesmo sem Adriano, o time venceu por 3 a 1, e o segundo tempo foi emocionante. O Rubro-Negro teve um jogador a menos desde os minutos iniciais - Toró recebeu o cartão vermelho. Vagner Love fez dois gols, e Rodrigo Alvim, o terceiro. Castellín marcou o da equipe da casa.



Com a vitória, o Flamengo assumiu a liderança do Grupo 8 da Libertadores, com seis pontos. Os rubro-negros já haviam derrotado o Universidad Católica por 2 a 0, dia 25 de fevereiro, no Maracanã. O próximo adversário é o Universidad de Chile, na próxima quarta-feira, em local a ser definido (ou Santiago ou Coquimbo). Antes disso, enfrentará o Vasco, no próximo domingo, no Maracanã, pela Taça Rio, no Campeonato Carioca.

O Caracas continua sem vencer na Libertadores. Além da derrota em casa nesta quarta-feira, o time venezuelano perdeu em sua estreia por 1 a 0 para o Universidad de Chile, dia 18 de fevereiro. Seu próximo compromisso na competição é contra o Universidad Católica, na próxima quarta-feira, na Venezuela.

Desfalques

O Flamengo entrou em campo sem sua principal estrela internacional. Adriano ficou no Rio, por exigência da diretoria, para aprimorar a parte física após o escândalo com sua noiva, Joana Machado, na Favela da Chatuba. Pivô da crise rubro-negra, o Imperador foi substituído por Petkovic, que voltou a ser titular após ter sido afastado no Fla-Flu da Taça Guanabara.

O outro desfalque rubro-negro foi o volante Willians, expulso contra o Universidad Católica. Ele volta ao time contra o Universidad de Chile. Mas Andrade perdeu outro volante de marcação: Toró foi expulso contra o Caracas e terá de cumprir suspensão. Fernando, lesionado, passa a ser dúvida. Em compensação, Maldonado está recuperado da cirurgia no joelho esquerdo e tem boas chances de jogar.

Confusões no estádio

Algumas irregularidades puderam ser observadas no estádio Olímpico. Quando os times entraram em campo, a torcida local soltou fogos de artifícios, balões de gás, e até lança-chamas apareceram na arquibancada. No intervalo, mais sinais de falta de organização. O espaço destinado aos torcedores rubro-negros foi invadido. Houve princípio de confusão, e os venezuelanos roubaram algumas bandeiras.

Durante o segundo tempo, houve mais irregularidades. Logo depois do segundo gol do Flamengo, os jogadores reservas que aqueciam atrás do banco se queixaram com o quarto árbitro e com os policiais por terem sido atingidos por objetos jogados da arquibancada. Fierro foi o porta-voz. Imediatamente, o locutor do estádio pediu que não lançassem mais nada no campo. Mas foi em vão, e um dos bandeirinhas acabou atingido na mão. O jogo precisou ser interrompido, e o auxiliar recebeu atendimento de Marcio Tanure, médico do Flamengo.

Gol de pênalti em primeiro tempo sonolento

O primeiro tempo começou sem maiores emoções. Ao contrário, o que pôde ser visto nos dez minutos iniciais foram sucessivos erros bobos de ambos os times. O único chute a gol nesse período foi o de Jimenez, aos 3 minutos, que saiu fraco e rasteiro. Fora isso, muitas faltas, jogo truncado pelo meio de campo e muitos passes errados.

O primeiro chute rubro-negro só aconteceu aos 22, com Juan, de direita, que também saiu fraco. Quatro minutos depois, um lance que simbolizou a baixa qualidade vista em campo. Valoyes tentou arriscar um chute de longe, da meia-direita, mas pegou tão mal na bola que ela saiu pela lateral esquerda do ataque venezuelano.

Logo em seguida, as jogadas um pouco mais emocionantes começaram a surgir. Após cobrança de lateral pela direita, o Caracas tabelou, e a bola sobrou para Guerra. O apoiador tentou encobrir Bruno, mas ela saiu rente à trave. Pouco depois, Gomez chutou de dentro da área, mas o goleiro rubro-negro defendeu tranquilamente. Na sequência, outro lance de perigo, em que Bruno apareceu para cortar.

Dava a impressão de que o gol do Caracas estava começando a amadurecer. Tanto que a torcida local começou a ficar mais animada. Mas o Flamengo conseguiu acordar e teve êxito na primeira jogada mais trabalhada. Quando, aos 34, Leonardo Moura foi à linha de fundo e cruzou para trás, a bola sobrou para Petkovic chutar forte, de canhota. Mas, no meio do caminho, Romero colocou a mão na bola. O árbitro viu e marcou o pênalti. Love pegou a bola, escutou as provocações dos venezuelanos, mas cobrou com tranquilidade: 1 a 0.

Depois disso, o Flamengo passou a ter um pouco mais a posse de bola, trocou mais passes e valorizou o resultado até o fim do primeiro tempo.

Um segundo tempo emocionante

O segundo tempo começou mais animado. Não pelo lateral que o árbitro inverteu após cobrança equivocada de Leonardo Moura. Mas porque o Caracas o cobrou rapidamente e pegou a defesa rubro-negra desarrumada. Tanto que Lucena arriscou um chute de longe e quase complicou a vida de Bruno. Três minutos depois, Álvaro cometeu falta desnecessária na entrada da área. Gómez cobrou com capricho e deixou o goleiro imóvel, mas a bola bateu no travessão.

A partir daí, dois fatos inesperados. O primeiro aconteceu quando Fernando sentiu um problema muscular e teve de deixar o campo. Quando o Flamengo estava com um a menos, Gabriel Cichero deu um drible entre as pernas de Toró, que fez falta feia, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Em dois minutos, Andrade ficou sem seus dois volantes de marcação. O jeito foi improvisar Rodrigo Alvim, que substituiu Fernando.

Como a pressão do Caracas aumentou, o Flamengo recuou estrategicamente. Aos 14, Andrade tirou Petkovic e botou Ronaldo Angelim. Mas não teve jeito. O Flamengo estava perdido em campo, e o Caracas dominava. Quando Castellín recebeu a bola na área, pela esquerda, ele passou como quis por um lento Álvaro e finalizou com força para empatar: 1 a 1.

Acuado, o Flamengo virou presa fácil. Aos 22, Álvaro falhou novamente, Fabrício também se complicou, e o Caracas quase empatou. Por conta destes erros, houve uma discussão entre os jogadores, que chegaram a se ameaçar frente a frente, quase que trocando cabeçadas. No minuto seguinte, o jogo foi interrompido por alguns minutos porque um dos auxiliares acabou atingido na mão por algum objeto lançado da arquibancada.

Aos 28 minutos, o Flamengo teve a oportunidade de ficar na frente novamente. Love deu bom passe para Kleberson. Mesmo livre, o volante chutou, mas o goleiro defendeu, e a bola bateu no travessão. No contra-ataque, Bruno também operou defesa importante. No minuto seguinte, praticamente na sequência, foi a vez de Kleberson deixar Love na cara do gol. O atacante, porém, driblou o goleiro Vegas, concluiu bem e colocou o Flamengo na frente do placar novamente: 2 a 1.

A partir daí, a pressão venezuelana aumentou. Mas o Flamengo soube resistir. Aos 36, o Caracas poderia ter empatado em cabeçada de Guerra. Esse foi apenas um sinal de que a defesa rubro-negra batia cabeça. Principalmente, Álvaro, que pouco depois chegou a ser driblado duas vezes por Lucena.

Bruno começou a ter de trabalhar mais nos cinco minutos finais. O goleiro fez boas defesas e salvou o Flamengo, que tentava tocar a bola no ataque com um pouco de calma. Tanto que poderia ter ampliado com Love após cruzamento de Léo Moura.

Mas isso só foi acontecer nos acréscimos. Rodrigo Alvim recebeu pela direita do ataque, invadiu a área e tocou com classe na saída do goleiro: 3 a 1, aos 48. Uma vitória heroica para espantar a crise.


Ficha técnica:
CARACAS 1 x 3 FLAMENGO
CARACAS
Vegas, Romero (Rodrigo Pietro), Bustamante, Alejando Cichero e Gabriel Cichero; Gimenez, Lucena, Guerra e Gomez (Alexander Gonzalez); Valoyes e Castellín (Fernando Aristeguieta).
Técnico: Noel Sanvicente.
FLAMENGO
Bruno, Leonardo Moura, Álvaro, Fabrício e Juan; Toró, Fernando (Rodrigo Alvim), Kleberson e Petkovic (Ronaldo Angelim); Vagner Love e Vinícius Pacheco (Fierro).
Técnico: Andrade.
Gols: Vagner Love, aos 35 minutos do primeiro tempo; Castellín, aos 20, Vagner Love, aos 29, e Rodrigo Alvim, aos 48 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Valoyes, Romero e Castellín (Caracas); Toró e Bruno (Flamengo). Cartão vermelho: Toró (Flamengo)
Estádio: Olímpico, Caracas, Venezuela. Data: 10/03/2010.
Árbitro: Wilmar Roldán (COL).
Auxiliares: Eduardo Díaz e Rafael Díaz (COL).


ALIANZA LIMA (PER) 2X0 JUAN AURICH (PER)
Alianza Lima-PER vence o Juan Aurich-PER e dispara na liderança do Grupo 3



A terceira rodada da fase de grupos da Libertadores teve confronto direto entre dois peruanos nesta quarta-feira, em Lima. E se deu melhor quem jogou em casa. O Alianza Lima recebeu o Juan Aurich no Estádio Alejandro Villanueva e venceu por 2 a 0 (veja os gols no vídeo ao lado). A vitória deixa o time mais isolado ainda na liderança do Grupo 3, agora com nove pontos, cinco a mais do que o segundo colocado, o Estudiantes, campeão da competição no ano passado.

O Juan Aurich aparece em terceiro, com três. Completa a chave o Bolívar-BOL, com apenas um ponto somado. Todos os clubes deste grupo já atuaram três vezes.

Os gols do confronto peruano saíram um em cada tempo. Fernández abriu o placar aos 41 minutos da etapa inicial. Depois do intervalo, Tragodara ampliou aos 13.

Na próxima rodada, mando invertido. O Juan Aurich vai receber o Alianza Lima no dia 16. Já o Estudiantes vai jogar em casa com o Bolívar uma semana depois.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Copa do Brasil:Primeira Fase

FLUMINENSE (RJ) 2X0 CONFIANÇA (SE)
Fred amansa Pantera e garante a vaga do Flu na segunda fase da Copa do Brasil



Com uma atuação abaixo da média e contra um goleiro em noite inspirada, o Fluminense suou para fazer 2 a 0 no Confiança, nesta quarta-feira, no Maracanã, pela primeira fase da Copa do Brasil, e seguir adiante na competição. Fred, em cobrança de falta e de cabeça, foi o responsável pelos gols que valeram a classificação.

O resultado, conquistado diante de apenas 5.445 torcedores – 2.360 pagantes –, pôs o Tricolor na segunda etapa da competição. O adversário será o Uberaba, que derrotou o Londrina por 2 a 0, gols de Dinei e Ivonaldo, no estádio Felipão, em Paranavaí - na partida de ida, o time mineiro venceu por 1 a 0 no Uberabão. O primeiro confronto acontece já na próxima quarta-feira, em Uberaba. Nesta fase ainda valerá o critério de eliminação com vitória por dois ou mais gols de diferença.

Confira a tabela completa da Copa do Brasil!

Pantera faz milagres no primeiro tempo



Se o Fluminense entrou disposto a garantir a classificação logo na primeira etapa, esbarrou na agilidade de Pantera. O Tricolor até foi melhor nos 45 minutos iniciais, mas parou nas sensacionais defesas do goleiro sergipano.

Com domínio territorial, o time de Cuca encontrou dificuldades para furar o bloqueio do Confiança até que Thiaguinho, aos nove, apareceu pela esquerda e deixou Fred em boa condição. Livre na pequena área, o atacante escorou para grande defesa de Pantera.

Se Conca não aparecia bem no meio-campo, Mariano, mais uma vez, era o responsável pela armação de jogadas. Aos 12, Wellington Silva arriscou bom chute de fora da área e parou no goleiro rival. No minuto seguinte, o primeiro susto do Confiança. Alex Franco recebeu na meia-lua e bateu colocado. Rafael se esticou todo e impediu o gol.

Aos 15, não foi o goleiro da equipe de Aracaju que atrapalhou o trabalho do Flu. Conca chutou colocado, a bola explodiu no travessão, tocou a linha do gol e Fred, sozinho, cabeceou para fora no rebote. Diante da ineficiência tricolor, o Confiança começou a se soltar e assustou em alguns contra-ataques.



Com espaços, o Fluminense voltou a sufocar, mas Pantera continuava irritando o torcedor que esteve presente no Maracanã. Aos 27, ele soltou chute de Conca nos pés de Wellington Silva, que emendou de primeira e acertou o goleiro. A bola saiu pela linha de fundo, mas o juiz atendeu à marcação errada de seu auxiliar, dando impedimento. Dois minutos depois, mais um milagre do camisa 1 sergipano. Fred deixou Leandro Euzébio na cara do gol, o zagueiro driblou o arqueiro e rolou para Wellington Silva definir. Pantera mais uma vez fechou o gol.

O garoto de 17 anos, por sinal, novamente chamou a atenção pela personalidade. Com jogadas individuais, buscava espaços. Aos 39, lance polêmico: Leandro Euzébio recuou para Rafael, que fez a defesa. Lance não marcado pela arbitragem.

Nos minutos finais da primeira etapa, o Tricolor partiu para o abafa e deixou espaços na defesa. Aos 40, Fred serviu Mariano, que, do bico da pequena área, encheu o pé e...parou em Pantera. Quatro minutos depois, calafrios no torcedor do Flu: Cristiano recebeu lançamento do campo de defesa, ganhou a dividida com Cássio e ficou cara a cara com Rafael. A conclusão saiu fraca para a defesa do goleiro.

Foi o suficiente para irritar o torcedor, que esperava um início de noite mais tranquilo e vaiou a equipe na saída para o intervalo. A atuação ruim deixou até mesmo Fred desnorteado, e o atacante errou o túnel de descida para o vestiário, indo parar no lado sergipano.

Fred decide e classifica o Flu



A segunda etapa começou da mesma forma, com o Flu pressionando e Pantera fechando o gol. Aos três minutos, Conca cobrou falta da entrada da área e parou no goleiro adversário. Cinco minutos depois, o Confiança se assanhou no ataque e Vovô quase marcou após chute que desviou na zaga e enganou Rafael.

O lance, no entanto, foi isolado, e o Tricolor seguiu no campo ofensivo. Aos 16, finalmente a muralha foi superada. Em cobrança de falta pelo lado esquerdo de ataque, Conca rolou para Fred, que encheu o pé. Pantera pela primeira vez falhou e aceitou: 1 a 0. Em vantagem, Cuca optou por sacar Wellington Silva, então sumido em campo, por Marquinho.

O Tricolor manteve o ímpeto ofensivo, mas raramente penetrava na área rival. A tarefa do time carioca foi facilitada aos 23, quando Leonardo recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Na sequência, Conca chutou forte de fora da área, e Pantera novamente apareceu bem. O duelo do argentino com o goleiro teve continuidade aos 29, em falta bem cobrada e defendida pelo sergipano. No rebote, André Lima cruzou na medida para Leandro Euzébio. O zagueiro, sem goleiro, cabeceou para fora.

A esta altura, a partida já tinha se tornado treinamento de ataque contra defesa, e o Flu abusou do direito de perder gols. Aos 32 e aos 35, André Lima e Willians chutaram para fora oportunidades na frente de Pantera. Aos 42, no entanto, o carrasco do goleiro sergipano reapareceu: após cobrança de escanteio de Mariano, Fred surgiu livre na pequena área para testar e fechar o placar.


Ficha técnica:
FLUMINENSE 2 X 0 CONFIANÇA - SE
FLUMINENSE
Rafael, Cássio, Dalton e Leandro Euzébio; Mariano, Diguinho, Conca, Thiaguinho (André Lima) e Julio Cesar (Willians); Wellington Silva (Marquinho) e Fred.
Técnico: Cuca.
CONFIANÇA - SE
Pantera, Eri, Clebão, Leonardo e Serginho; Raulino, Vovô (Saci), Ciro(Deivid), Katê (Michel); Alex Franco e Cristiano.
Técnico: Gilmar Silva.
Gols: Fred, aos 16 e aos 42 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Diguinho, Mariano, Julio Cesar e Fred (Fluminense) Alex Franco, Clebão Deivid, Leonardo e Katê (Confiança-SE).
Cartão vermelho: Leonardo.
Estádio: Maracanã. Data: 10/03/2010.
Árbitro: Guilherme Cereta de Lima (SP).
Auxiliares: Dante Mesquita Júnior (SP) e Claudson Lincoln Beggiato (SP).


NÁUTICO (PE) 3X1 IVINHEMA (MS)
Náutico sofre, derrota o Ivinhema-MS de virada nos Aflitos e vai à próxima fase



O Náutico precisou correr dobrado para superar o Ivinhema-MS e continuar na Copa do Brasil. Nesta quarta-feira, no estádio dos Aflitos, o Timbu venceu por 3 a 1, de virada, e confirmou a classificação para próxima fase. Daniel, Dinda e Carlinhos Bala fizeram os gols alvirrubros (veja no vídeo ao lado). Negretti marcou para os visitantes. Na próxima fase, os pernambucanos enfrentam o Vitória, que derrotou o Corinthians-AL por 4 a 0. Os confrontos serão em 17 e 31 deste mês.

No próximo domingo, o Náutico volta a campo pelo Estadual. O time vai enfrentar o Sete de Setembro, fora de casa, às 17h.

Duelo equilibrado nos Aflitos

Com o empate de 1 a 1 no jogo de ida, o Náutico poderia jogar pela igualdade sem gols em casa, resultado que garantiria a classificação. No entanto, o time adotou uma postura ofensiva e quase abriu o placar, aos seis minutos, com Derley. O chute cruzado parou no goleiro Carlão. Só que a pressão não continuou. Para piorar, o Ivinhema surpreendeu. Aos 12, Negretti recebeu um presente da zaga do Timbu e chutou com força. A bola desviou em Ediglê e enganou o goleiro Glédson.

Em desvantagem e pressionado pela torcida, a equipe do Náutico acusou o golpe, se perdeu em campo e errou tudo que tentou. Sem paciência, os torcedores ensaiaram algumas vaias. Sorte que o lateral Daniel, um dos destaques do time no jogo, não demorou a aparecer. Aos 23, ele avançou pela direita e arriscou. Um desvio no zagueiro Júnior encobriu o goleiro Carlão: 1 a 1, placar que levaria a decisão aos pênaltis.

O Náutico virou outro time depois de empatar e ameaçou com muito perigo em pelo menos três ocasiões. Carlinhos Bala e Bruno Meneghel tentavam a virada de todas as formas, mas não tiveram sorte. O Ivinhema voltou a ameçar, aos 37, com Negretti. O chute forte parou no bom goleiro Glédson.

Virada e classificação alvirrubra

O Timbu voltou disposto a decidir a classificação cedo e se saiu bem. Aos 17 minutos, Dinda conseguiu a virada: 2 a 1. No entanto, o gol não representava tranquilidade. Muito pelo contrário. Se conseguisse o empate, a equipe do Mato Grosso do Sul se classificaria por ter marcado mais vezes fora da casa. Aos 20, Kanu soltou uma bomba, e Glédson fez outra grande defesa.

Quando o sufoco parecia ainda maior, Carlinhos Bala e Bruno Meneghel acalmaram a situação. Aos 24, Meneghel avançou pela esquerda, invadiu a área e rolou para Bala fazer o terceiro: 3 a 1. Classificação suada, no limite, que leva o time à próxima fase.


VITÓRIA (BA) 4X0 CORINTHIANS (AL)
Vitória goleia o Corinthians Alagoano e avança na Copa do Brasil



Na reabertura do Barradão, que permaneceu fechado para reforma desde o fim de 2009, teve até gol de goleiro nos 4 a 0 do Vitória sobre o Corinthians-AL, nesta quarta-feira. Viafara, de falta, fechou o placar da partida (veja os gols no vídeo ao lado). O resultado fez o Rubro-Negro avançar à segunda fase da Copa do Brasil. Júnior, Renato e Uelliton marcaram os outros gols da equipe baiana, que precisava vencer por 2 a 0 ou mais gols de diferença - perdeu o jogo de ida por 3 a 1, em Alagoas.

Na próxima fase, o Leão enfrentará o Náutico, que no estádio dos Aflitos eliminou o Ivinhema-MS com uma vitória por 3 a 1 - na primeira partida, no Mato Grosso do Sul, houve empate por 1 a 1.

Precisando vencer por 2 a 0 ou mais para avançar à segunda fase da Copa do Brasil - o Vitória perdeu o primeiro jogo por 3 a 1, em Alagoas -, o Leão foi para cima do Corinthians-AL desde os primeiros minutos, mas sem qualquer organização ofensiva. A equipe baiana pressionava, porém se precipitava nas finalizações.

Aos 44, quando parecia que o primeiro tempo acabaria zerado, Júnior abriu o placar. Elkeson lançou para o campo de ataque, e a zaga alagoana parou, pedindo impedimento de Adaílton - o zagueiro não participou da jogada. O atacante recebeu livre e soltou a bomba, de canhota, inaugurando o marcador para o Vitória.

Na etapa complementar, buscando mais um gol para se classificar, o técnico Ricardo Silva colocou o atacante Schwenck, tornando o time baiano ainda mais ofensivo. Aos 27, Júnior desceu pelo lado esquerdo e cruzou na área. Schwenck dominou, tabelou com Nino e alçou novamente. Renato apareceu e escorou de cabeça, ampliando para o Leão.

Com o resultado debaixo do braço, o Vitória ficou mais solto em campo. Aos 32, Egídio pegou a sobra do escanteio e cruzou rasteiro. Uelliton, na marca do pênalti, finalizou - de voleio - no canto, marcando o terceiro do rubro-negro. Para sacramentar o triunfo baiano, o goleiro Viafara, de falta, conferiu o quarto gol, aos 44 da etapa derradeira.


CORITIBA (PR) 1X0 LUVERDENSE (MT)
Coritiba joga para o gasto, vence o Luverdense, e segue na Copa do Brasil



O Coritiba não precisou fazer muito esforço para se garantir na segunda fase da Copa do Brasil. Jogando em casa, contra o Luverdense-MT, o time alviverde venceu por 1 a 0, gol de Pereira, e segue na competição. No jogo de ida, o Coxa também havia vencido pelo placar mínimo.

Apresar de ter dominado a partida e ter criado mais lances de perigo, o Coritiba teve dificuldades para chegar ao gol. Apenas aos 35 do segundo tempo, Marcos Aurélio cobrou escanteio, a bola desviou em Jéci e sobrou para Pereira mandar para o fundo da rede.

Na próxima fase, o Coritiba encara o Avaí. O time catarinense bateu o Ypiranga-RS, por 3 a 0, no Sul, e evitou o jogo de volta.


SANTOS (SP) 10X0 NAVIRAIENSE (MS)
Santos massacra o Naviraiense e dá mais um show na Vila Belmiro: 10 a 0



O Naviraiense-MS passeou em Santos, conheceu a Vila Belmiro, a praia. E volta para casa nesta quinta-feira com a bagagem cheia de gols. O time sul-mato-grossense não foi páreo para o futebol rápido de Neymar, Robinho e companhia, nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro. O Peixe, como se estivesse treinando, massacrou: fez 10 a 0. André (3), Neymar e Madson (2), Ganso, Robinho e Marquinhos marcaram os gols - alguns, como os de Robinho e Neymar, foram uma pintura. Quem pensava que o Jacaré engrossaria a partida, já que no primeiro jogo, em Campo Grande (MS), segurou a equipe alvinegra e perdeu apenas por 1 a 0, se enganou. Agora, o Peixe pega o Remo (PA), pela segunda fase da competição.

A goleada foi a segunda maior da história da Copa do Brasil. O maior placar da competição é Atlético-MG 11 x 0 Caiçara-PI, na edição de 1991. O São Paulo também conseguiu uma vitória por 10 a 0. Foi em 2001, contra o Botafogo-PB, no Morumbi.

Fácil demais

Se a ideia do Santos era exorcizar o fantasma do CSA-AL, que, no ano passado, contrariou os prognósticos, venceu na Vila e despachou o Alvinegro, a missão foi muito bem cumprida. A defasagem técnica e física entre santistas e sul-mato-grossenses ficou escancarada desde o início da partida, com o Peixe jogando dentro do campo do Jacaré, que não conseguia sair.

Todas as divididas eram do Santos. Os atletas de branco corriam muito mais que os de laranja e verde. Isso sem contar que o Peixe ainda tem Neymar, Robinho, Ganso, André, Marquinhos...

A diferença era tão grande que mal dá para se fazer uma análise tática da partida. O Santos entrou em campo num 4-3-3 clássico, com Marquinhos e Paulo Henrique Ganso armando as jogadas para Neymar, André e Robinho. Já o Naviraiense tentava parar os santistas com duas linhas de quatro. Tentava. O ritmo santista era alucinante, e os jogadores do Jacaré não sabiam para onde correr.

O primeiro gol santista saiu aos 9. Robinho pedalou pela direita, deixou seu marcador tonto e rolou para Ganso, sozinho na pequena área, completar. Mas a goleada viria um pouco mais tarde, apesar do ritmo de treino. Deu tempo até para o Naviraiense ameaçar. Aos 19, Marcelo Castelli fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Tom completar. O atacante acertou a trave. Foi só isso que o time visitante fez durante todo o jogo.

Mais beijos para Robson Júnior

A partir dos 28, o Santos desandou a fazer gols. Primeiro, Neymar passou para Pará, que entrou pela esquerda e cruzou para André. O atacante recebeu, girou e bateu de pé direito. Na comemoração, os jogadores se sentaram no chão e simularam um jogo de videogame. Aos 29, Robinho acertou um lindo passe para Neymar. O garoto invadiu a área, limpou os marcadores e afundou de esquerda. Na comemoração, teve sua chuteira "engraxada" por Robinho. Aos 31, Neymar retribuiu e largou Robinho livre. O camisa 7 avançou e, com um lindo toque, encobriu o goleiro marcando o quarto. Depois, foi ao camarote e mandou novamente beijos para o filho, Robson Júnior, presente ao estádio - antes do jogo, o menino chegou a entrar em campo para brincar com o pai.

O Narivaiense estava atordoado e ainda perdeu o volante Jacó, expulso, aos 35, pelo acúmulo de dois cartões amarelos. E o Santos continuava impiedoso. Aos 37, Ganso cobrou falta pela meia direita e acertou o travessão. Na sobra, André marcou o quinto. Não perca as contas. Marquinhos, aos 45, fez o sexto, chutando de fora da área. A bola desviou no meio do caminho e enganou o goleiro Aldo.

Pintura de Neymar

O Santos seguiu fazendo gols com muita facilidade no segundo tempo. Logo aos 9, Neymar marcou daqueles de antologia. Dentro da área, num curto espaço, ele driblou três marcadores e o goleiro Aldo antes de empurrar para as redes. Aos 14, foi a vez de André marcar mais um. Pará cruzou pela esquerda, Neymar deixou passar e o camisa 9 entrou sozinho para empurrar para o gol.

Estava 8 a 0, mas ainda dava para chegar aos 10. Para isso, o técnico Dorival Júnior colocou Madson em campo, no lugar de Robinho, que saiu ovacionado pelos 11 mil torcedores que foram à Vila. O baixinho entrou aos 16 e, em seu primeiro lance, aos 21, fez o novo. Ele jogou a bola para Neymar e correu para receber dentro da área. Na saída do goleiro, deu um toque de esquerda e fez.

O décimo saiu aos 31. Madson cobrou falta com categoria, de esquerda, e acertou o ângulo direito de Aldo, que não aguentava mais buscar a bola tantas vezes no fundo das redes. Após o décimo gol, o Naviraiense teve mais um jogador expulso. Jean Batatais fez falta dura no goleiro Felipe. Como já tinha o amarelo, recebeu o vermelho.

Ao fim, o Santos apenas tocou a bola, de um lado para o outro, esperando o tempo passar.


Ficha técnica:
SANTOS 10 x 0 NAVIRAIENSE - MS
SANTOS
Felipe, Maranhão, Edu Dracena (Giovanni), Durval e Pará; Arouca, Marquinhos e Paulo Henrique Ganso; Neymar, André (Zé Eduardo) e Robinho (Madson).
Técnico: Dorival Júnior.
NAVIRAIENSE - MS
Aldo, Giordan (Danilo Boi), Jaime, Célio Lima e Adriano Lajes; Jean Carlos, Jacó Pitbull, Maílson, e Marcelo Castelli (Jean Batatais); Tom (Clécio) e Cristiano.
Técnico: Paulo de Rezenda.
Gols: Paulo Henrique Ganso, 9, André, 28, Neymar, 29, Robinho, 31, André, 37, e Marquinhos, 45 do primeiro tempo; Neymar, 9, André, 14, Madson, aos 21 e 31 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Arouca, Edu Dracena, Durval, Neymar (Santos), Marcelo Castelli, Tom, Marcelo Castelli (Naviraiense).
Cartão vermelho: Jacó e Jean Batatais (Naviraiense).
Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 10/03/2010.
Árbitro: Pablo dos Santos Alves (RJ).
Auxiliares: Marco Aurélio Pessanha (RJ) e Lilian da Silva Fernandes Bruno (RJ). Público e renda: 11.336 pagantes/R$ 158.001,00.