sábado, 30 de maio de 2009

4 Rodada:Série B

IPATINGA 5X1 CAMPINENSE
Ipatinga emplaca terceira vitória consecutiva e alcança a vice-liderança



Com amplo domínio da partida desde o início no Vale do Aço, o Ipatinga não encontrou dificuldades para golear o Campinense por 5 a 1, neste sábado, em partida válida pela quarta rodada da Série B. Com o resultado, o time mineiro emplacou a terceira vitória consecutiva na competição e, beneficiado pela derrota do Vasco no Paraná, alcançou a vice-liderança da competição, com nove pontos, entrando pela primeira vez no G-4.

O time paraibano, por sua vez, traça o caminho oposto do Tigre e está longe de seus rivais nesse início de luta por uma vaga na elite. O Rubro-Negro de Campina Grande ainda não marcou um ponto sequer e, em função do saldo de gols inferior ao do Fortaleza (seis negativo contra cinco negativo), agora ocupa a lanterna da competição.

Na próxima rodada, o Tigre vai a Bragança Paulista medir forças contra o Bragantino, na terça-feira. O Campinense, por sua vez, recebe o Atlético-GO em busca da reabilitação, na sexta-feira, no Estádio Amigão.


Amilton marca dois e sofre pênalti

O resultado foi construído ainda na primeira etapa. O Ipatinga inaugurou o marcador aos 14 minutos, com Amilton, após bela jogada articulada por Marinho Donizete pela ala esquerda. No entanto, dois minutos depois, após um bate-rebate dentro da área do time mineiro, Edmundo igualou o jogo para os visitantes.

O ritmo da partida continuou eletrizante. Tanto é que, logo em seguida, Amílton foi derrubado pelo goleiro Fabiano, e o árbitro assinalou pênalti a favor do time da casa. O lateral-direito Cláudio cobrou com categoria e recolocou os mandantes na liderança do confronto.

Se o Campinense parou por aí, o Ipatinga queria mais. O Tigre não tomou conhecimento da fragilidade do adversário e pressionou o rival a todo vapor. Após bom cruzamento, o capitão do Tigre, Léo Oliveira, deixou a sua marca de cabeça. E Amílton também voltou a balançar a rede, ampliando a vantagem do Tigre antes de deixar o campo e descer para os vestiários.

No segundo tempo, bastou ao Ipatinga diminuir o ritmo e administrar o resultado. Aos 43, porém, o maior artilheiro da história do clube, Diego Silva, ainda teve tempo de marcar o quinto gol do time mineiro, dando números finais à partida, no Vale do Aço.


PARANÁ 3X1 VASCO
Paraná bate reservas do Vasco de virada e conquista primeira vitória



O Paraná aproveitou bem a opção do Vasco de atuar com um time de reservas e conquistou a sua primeira vitória na Série B do Campeonato Brasileiro. Com um jogador a mais, já que Enrico foi expulso na etapa inicial, o Tricolor venceu os cariocas por 3 a 1 (assista aos gols no vídeo ao lado). O jogo marcou a reestreia de Dinelson com a camisa do time paranaense. Esta foi a primeira derrota dos cariocas na competição.

A opção do Vasco por atuar com os reservas aconteceu por causa do confronto de quarta-feira, contra o Corinthians, no Pacaembu, pelas semifinais da Copa do Brasil. Com o resultado, o time da Colina permaneceu com nove pontos, mas caiu para a terceira colocação. Os paranaenses chegaram a quatro e passam a ocupar a 14ª posição. Na próxima rodada, na terça-feira, o Paraná pega o Juventude, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. Os cariocas vão encarar o São Caetano, dia 6, em São Januário.

Ouça os gols na Rádio Globo/CBN, com narração de Evaldo José

Vasco abre o placar, cede o empate, e ainda perde Enrico, expulso

Nos dez minutos iniciais, os erros de passe por conta do péssimo estado do gramado, que estava cheio de areia, atrapalharam o desempenho das duas equipes. O primeiro chute do Vasco saiu aos 11 minutos. Enrico recebeu de Edgar e arriscou da entrada da área. A bola passou à esquerda do goleiro Ney. Dois minutos depois, Pará achou Edgar na marca do pênalti. O atacante acertou uma bela cabeçada e abriu o marcador.

Aos 17, o Paraná quase empatou a partida. Após cobrança de escanteio, Freire subiu mais do que a zaga carioca e cabeceou forte. O goleiro Fernando Prass fez um milagre e evitou o gol. Porém, um minuto depois, não teve jeito. Bebeto cruzou na cabeça de Alex Afonso, que escorou para empatar o jogo.

Edgar teve a chance de virar a partida aos 33, mas desperdiçou. Após uma falha do goleiro Ney, que ficou fora do gol, o jogador recebeu a bola na entrada da área e chutou por cima. Um minuto depois, o mesmo Edgar foi lançado por Jeferson e tocou na saída do camisa 1 do Paraná, que fez a defesa.

Aos 38, João Paulo cobrou falta da direita na cabeça de Freire. O zagueiro deu um leve toque na bola e o goleiro Fernando Prass salvou novamente. Dois minutos depois, Enrico, que já tinha amarelo, fez uma falta dura em Davi e acabou sendo expulso pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio. Aos 43, após sobra do escanteio, Titi pegou o rebote pela direita e chutou de canhota. A bola explodiu na trave direita de Ney.

Dinelson e Marcelo Toscano garantem vitória dos paranaenses

O técnico Dorival Júnior decidiu mudar a equipe e retornou do intervalo com Rodrigo Pimpão e Ramon nas vagas de Fernandinho e Jeferson. Mesmo com um jogador a menos, os cariocas voltaram melhor. Logo aos quatro minutos, após uma saída equivocada do goleiro Ney, Pimpão pegou a sobra na marca do pênalti e chutou por cima do gol.



No minuto seguinte, Davi arriscou de fora da área e o goleiro Fernando Prass espalmou para escanteio. Aos nove, o Paraná virou o marcador. Em cobrança de falta na entrada da área, Davi rolou para Marcelo Toscano, que cobrou com categoria para marcar o segundo do Tricolor. A partir daí, os paranaenses buscaram matar o jogo nos contra-ataques, e o time da Colina o empate.

Aos 19, em cobrança de falta, Nilton, que entrou no segundo tempo na vaga de Pará, acertou uma bomba e a bola passou rente ao travessão de Ney. Três minutos depois, Ramon fez ótima jogada pela esquerda e cruzou para Rodrigo Pimpão. O atacante tentou marcar de carrinho, mas a bola passou por cima da meta dos paranaenses.

O Paraná ampliou o marcador em um contra-ataque fulminante. Alex Afonso lançou Dinelson em velocidade, o meia entrou na área e tocou na saída de Fernando Prass: 3 a 1 para o Tricolor. A partir do terceiro gol, os donos da casa administraram o jogo, e os cariocas tentaram diminuir o placar, mas sem sucesso.

Equipe da TV Globo analisa a partida - confira no vídeo acima

Ficha técnica:
PARANÁ 3 X 1 VASCO
VASCO
Fernando Prass, Paulinho, Leonardo, Titi e Pará (Nilton); Mateus, Bruno Gallo, Jeferson (Ramon) e Enrico; Fernandinho (Rodrigo Pimpão) e Edgar.
Técnico: Dorival Júnior.
PARANÁ
Ney, Marcelo Toscano, Freire, Dirley e Murilo Ceará; Adoniran, João Paulo, Davi (Luiz Henrique) e Bebeto (Malaquias); Wando (Dinelson) e Alex Afonso.
Técnico: Zetti.
Gols: Edgar, aos 13 minutos, Alex Afonso, aos 18 minutos do primeiro tempo; Marcelo Toscano, aos nove minutos, Dinelson, aos 24 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Murilo Ceará, Freire, Wando, Dinelson, João Paulo (Paraná); Enrico, Rodrigo Pimpão (Vasco).
Cartão vermelho: Enrico (Vasco).
Estádio: Durival de Brito. Data: 30/05/2009.
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF).
Auxiliares: Eremilson Xavier Macedo (DF) e Evandro Gomes Ferreira (DF).
Renda: R$ 140.445,00. Público: 8.289 pagantes.


PORTUGUESA 0X0 BAHIA
Em jogo com muitas faltas, Portuguesa e Bahia empatam neste sábado no Canindé

Em um jogo com muitas faltas, Portuguesa e Bahia empataram em 0 a 0 neste sábado, no Canindé, em partida válida pela quarta rodada de Série B do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o time paulista chega ao oitavo ponto na competição, um a mais que os baianos.

O time do Canindé volta aos gramados no próximo sábado, às 21h50m (horário de Brasília), contra a Ponte Preta, no estádio Moisés Moisés Lucarelli. No mesmo dia e horário, o Tricolor baiano enfrenta o ABC, em Pituaçú.

O jogo

Apesar de jogar fora de casa, o time baiano começou o jogo no ataque. Logo aos quatro minutos, Rogério entrou, sozinho, na área dos paulistas e chutou forte na trave do goleiro Fábio.

Insatisfeito com o desempenho do time paulista, o técnico Paulo Bonamigo cobrou mais atenção dos seus jogadores e, aos 14, aconteceu o primeiro lance de perigo da Portuguesa. Érick recebeu bom passe de Christian, mas na hora do chute, o zagueiro Evaldo apareceu e tirou o perigo.

Aos 28 minutos, lateral Anderson fez falta em Marcos, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Com isso, o time do Bahia cresceu no jogo e voltou a ter mais posse de bola, mas não o suficiente para abrir o placar ainda na primeira etapa.

Segunda etapa com muitos cartões

Assim como na primeira etapa, o Bahia voltou melhor do intervalo. Com mais um jogador em campo, a equipe comandada pelo técnico Gallo dominou as primeiras ações, mas não conseguiu transformar em chances de gol.

Aos oito minutos, a Lusa quase abriu o placar. Acleisson cobrou falta, da entrada da área, e a bola passou perto do gol de Fabiano. O meia assustou o camisa 1 do Bahia, mais uma vez, com um chute de longe, que passou perto do gol. Empolgados, os torcedores paulistas passaram a incentivar o time da casa.

O melhor momento do Bahia ,na segunda etapa, aconteceu aos 27. Lima recebeu cruzamento, na área, e, de cabeça, quase abriu o placar. O goleiro Fábio, no reflexo, fez uma grande defesa.

Em um jogo com sete cartões amarelos na segunda etapa, o zagueiro Evaldo, do Bahia, fez falta dura em Érick, da Lusa, e foi expulso. A partir dos 37 minutos, os dois times voltaram a ter o mesmo número de atletas em campo.

O último grande lance da partida aconteceu nos acréscimos. Rodrigo, da Lusa, cabeceou na trave e o jogo terminou mesmo com o empate.

SÃO CAETANO 0X1 AMÉRICA - RN
Com golaço nos acréscimos, América-RN vence Azulão em São Caetano



O América-RN conquistou sua segunda vitória no Campeonato Brasileiro da Série B neste sábado, ao vencer o São Caetano por 1 a 0, no estádio Anacleto Campanella, no ABC Paulista. O gol da vitória aconteceu aos 47 minutos do segundo tempo. Helinho recebeu passe e bateu de primeira, de cobertura. Um lindo gol.

Com o resultado, o time potiguar chegou aos seis pontos. O Azulão permaneceu com três, próximo à zona de rebaixamento.

Na próxima rodada, o América-RN recebe o Brasiliense, sábado, às 21h. Na mesma hora, o São Caetano enfrenta o Vasco, no Rio de Janeiro.


BRASILIENSE 2X0 JUVENTUDE
Brasiliense faz o dever de casa e derrota o Juventude na Boca do Jacaré



Jogando no estádio Boca do Jacaré, em Taguatinga-DF, o Brasiliense fez o dever de casa e derrotou o Juventude por 2 a 0, neste sábado, pela quarta rodada da Série B (assista aos gols do jogo no vídeo ao lado). Com o resultado, a equipe do Distrito Federal chega a nove pontos e está na quarta colocação. Já o time gaúcho permanece na 13ª posição antes do jogo que fecha a rodada, entre Duque de Caxias e Vila Nova, neste sábado, 21h. Os gols do Jacaré foram marcados por César Gaúcho e Fábio Júnior.

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O jogo

Atuando em casa, o Brasiliense iniciou a partida pressionando os gaúchos. E a pressão acabou dando certo. Aos 19 minutos, César Gaúcho tentou de cabeça e aproveitou rebote para chutar e abrir o placar para o Jacaré. O Juventude tentou acordar e criou algumas chances, mas não conseguiu sair para o intervalo com o empate.

Na etapa final, a estrela do artilheiro do Brasiliense acabaria brilhando. Contudo, quem começou mais perigoso foi o Juventude, que perdeu boa oportunidade com Kito. Após perder nova chance com Guto, o time de Caxias do Sul acabou convivendo com um antigo lema: quem não faz, leva.

Aos 26 minutos, a zaga do Juventude não conseguiu afastar a bola de sua área. Sempre esperto, o atacante Fábio Júnior, livre, mandou para o fundo das redes e marcou seu quarto gol na Série B ampliando a vantagem para a equipe do Distrito Federal. Em situação complicada, o time gaúcho ainda buscou o gol de honra, mas não conseguiu.


DUQUE DE CAXIAS 1X2 VILA NOVA
Duque de Caxias é derrotado em casa, de virada, e perde a chance de entrar no G-4

Três pontos que podem fazer falta lá na frente. Foi com este sentimento que os jogadores do Duque de Caxias deixaram o campo do estádio Giulitte Coutinho, em Mesquita, neste sábado, após a derrota por 2 a 1 para o Vila Nova, pela quarta rodada da Série B. Com o resultado, a equipe da Baixada Fluminense continua com seis pontos, perdeu a chance de entrar no G-4 e ainda foi ultrapassada pelos goianos. O Vila consegue a segunda vitória seguida fora de casa e está com sete.

Na próxima sexta-feira, os dois times jogam às 21h (de Brasília). O Duque vai visitar o Fortaleza. O Vila, por sua vez, recebe o Ceará, em Goiânia, no mesmo horário.


Primeiro tempo

Os donos da casa tomaram a iniciativa do jogo e partiram ao ataque. Até os 20 minutos, apenas o Duque de Caxias chegou com perigo. Aos 16, Osiel recebeu na entrada da área, não acreditou que a condição dele era legal e demorou para chutar. A zaga conseguiu chegar a tempo de fazer o corte.

De tanto tentar, o Duque conseguiu abrir o marcador. Aos 29, Geovanni aproveitou uma sobra de bola na área, encheu o pé esquerdo e fez 1 a 0. O gol despertou o Vila que, aos 38, chegou ao empate com Edson Borges. Após crobrança de falta para a área, o zagueiro tentou duas vezes até conseguir empurrar para o fundo do gol de cabeça: 1 a 1. Cinco minutos depois, a virada. Vanderlei recebeu sozinho na área e bateu forte de pé direito, bonito, para fazer 2 a 1.

Segundo tempo

Em desvantagem, a única saída para a equipe carioca era atacar na etapa final. Com um jogo cadenciado, o Vila tentava fazer o tempo passar e optou por não se arriscar no campo de ataque. A situação ficou mais difícil para os visitantes, aos 16, quando o meia Canindé foi expulso. Ele tentou impedir uma cobrança rápida de falta, recebeu o segundo amarelo e em seguida o vermelho.

A vantagem numérica não foi bem aproveitada. A melhor chance do Duque de Caxias só foi criada aos 32 minutos. Edivaldo foi lançado na área, mas jogou de zagueiro. Ele estava em posição de impedimento. Aos 48, Juninho defendeu uma bomba do lateral-esquerdo Paulo Rodrigues e confirmou a vitória dos visitantes. Ele arriscou de fora da área, mas o camisa 1 saltou bonito para afastar o perigo. Não era dia dos cariocas.

2 Rodada:Série C

ICASA 3X0 SALGUEIRO
Icasa derrota o Salgueiro e lidera chave na Série C do Brasileiro

O Icasa chegou a sua segunda vitória consecutiva pela Série C do Campeonato Brasileiro. No duelo de líderes do Grupo B, o time cearense derrotou o Salgueiro por 3 a 0, neste sábado, no estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte.

O resultado manteve o 100% de aproveitamento do Icasa, que ocupa a primeira colocação da chave com seis pontos. Já o Salgueiro segue na segunda colocação, com três. Sem pontuar, CRB e ASA vêm logo abaixo na classificação e se enfrentam no dia 7 de junho, em Maceió.

O time cearense iniciou o confronto deste sábado de forma arrasadora. Abriu o placar logo aos 3 minutos de jogo com Marciano, cobrando pênalti. Aos 16 minutos do primeiro tempo, Pantico ampliou o placar para os donos da casa. O terceiro gol do Icasa saiu aos 40, em cobrança de falta de Panda.

Agora as duas equipes terão uma longa pausa antes de seus compromissos pela Série C. O Salgueiro busca a recuperação no dia 14 de junho, contra o ASA, fora de casa. O time de Arapiraca também será o próximo adversário do Icasa, dia 21, em Juazeiro do Norte.

4 Rodada:Série A

ATLÉTICO - MG 0X0 SANTO ANDRÉ
Com um jogador a mais, Galo decepciona e fica no zero com o Ramalhão

O Atlético-MG decepcionou os quase 27 mil torcedores que compareceram neste sábado à noite ao Mineirão para assistir ao confronto contra o Santo André. Mesmo com um jogador a mais desde os sete minutos do segundo tempo (Marcelinho Carioca foi expulso), o Galo não conseguiu superar a retranca do Ramalhão e ficou só no empate em 0 a 0.

O time mineiro, que alcançaria provisoriamente a liderança se vencesse, fica em segundo lugar, com oito pontos. Já a equipe paulista soma agora cinco pontos e começará o domingo na oitava colocação.

Na próxima rodada, o Santo André recebe o Santos no Bruno José Daniel, às 21h de quinta-feira, e o Galo faz o duelo dos Atléticos no Paraná, às 16h de domingo.

TABELA DINÂMICA: Simule resultados e a classificação do Brasileiro


Primeiro tempo morno

Jogando em casa, embalado pela invencibilidade e pela perspectiva de dormir neste sábado na liderança do Brasileirão, o Atlético-MG tomou a iniciativa e tentou encurralar o Santo André desde o início. Com Éder Luís aberto pela direita, explorando as descidas do lateral-esquerdo Gustavo Nery, do Ramalhão, o Galo buscou o gol desde o início.

No entanto, o time visitante, marcando bem e posicionado corretamente em campo, começou a partida sem dar chances ao adversário, e, ainda por cima, criando boas jogadas em contra-ataques. Só que faltava pontaria de um lado e de outro.

O Atlético teve chances aos 11, em chute de Carlos Alberto, e aos 16, com Eder Luís. O primeiro chutou para fora. O segundo errou a bola após cruzamento de Thiago Feltri. Minutos antes, aos oito, o Santo André havia perdido uma oportunidade com Nunes, que não conseguiu alcançar o bom cruzamento de Pablo Escobar

Como a pontaria não foi o ponto forte dos dois times, os goleiros praticamente não apareceram. A não ser para cortar cruzamentos incorretos. A correria do início da partida foi dando lugar a certa morosidade. Os dois times passaram a tocar mais a bola - com o Galo dominando a posse pela maior parte do tempo, mas sem ameaçar efetivamente o gol de Neneca.


Segundo tempo quente

O segundo tempo, apesar da falta de gols, foi bem mais quente. Logo aos sete minutos, Marcelinho Carioca exagerou em um carrinho sobre Thiago Feltri e levou o cartão vermelho. Imediatamente após a expulsão do meia do Santo André, o Atlético partiu com tudo para cima do Ramalhão.

A blitz mineira, no entanto, não deu resultado. Sérgio Guedes, técnico do time do ABC, tirou o atacante Antônio Flávio e colocou em campo o volante Dionísio. Com isso, bloqueou a entrada da área de sua equipe. O Galo batia no muro azul, que com o passar do tempo ia se tornando intransponível.

Mas o problema dos mineiros não era apenas esse. Como eles saíam em bloco para o ataque, abriam espaços para perigosos contra-ataques do Santo André. Tanto que, apesar do amplo domínio do time alvinegro, foi a equipe azul que perdeu a melhor chance da segunda etapa. Aos 33, Júnior Dutra desceu pela esquerda e cruzou rasteiro. Nunes, livre, chutou para o gol, mas o goleiro Aranha, que estreava pelo Galo, salvou, dividindo com o atacante rival e afastando o perigo.

O Atlético continuou em cima e passou a cruzar bolas na área adversária. Mas nem pelo alto teve jeito. O gol defendido por Neneca estava trancado.


Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 0 x 0 SANTO ANDRÉ
ATLÉTICO-MG
Aranha, Carlos Alberto (Evandro), Welton Felipe, Leandro Almeida e Thiago Feltri; Renan, Jonílson (Elder Granja), Márcio Araújo e Júnior; Éder Luís (Alessandro) e Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth.
SANTO ANDRÉ
Neneca, Cicinho (Ricardo Goulart), Marcel, Vinícius e Gustavo Nery; Fernando, Ricardo Conceição, Marcelinho Carioca, Pablo Escobar (Júnior Dutra); Antônio Flávio (Dionísio) e Nunes.
Técnico: Sérgio Guedes.
Cartões amarelos: Jonílson, Tardelli, Júnior, Welton Felipe, Renan (Atlético-MG), Nunes, Vinícius, Marcel, Ricardo Conceição (Santo André).
Cartão vermelho: Marcelinho Carioca (Santo André).
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte. Data: 30/05/2009.
Árbitro: Claudio Luciano Mercante Junior (PE).
Auxiliares: José Pedro Wanderlei da Silva (PE) e Erich Bandeira (PE).
Público: 26.663 pagantes


CORITIBA 1X3 GOIÁS
Goiás toma conta do Couto Pereira e não deixa o Coritiba sair da última posição



Como se estivesse em casa, o Goiás derrotou o Coritiba neste sábado, por 3 a 1, em Curitiba, pela quarta rodada do Brasileirão, e subiu na tabela (assista ao vídeo ao lado). O time de Hélio dos Anjos surpreendeu o Coxa no Couto Pereira e chegou a cinco pontos. Se o duelo contra o Esmeraldino era considerado um bom teste para pegar o Inter, na semana que vem, o cenário não é bom. O time do Alto da Glória continua na lanterna do Nacional com apenas um ponto em quatro partidas.

O Coxa volta a jogar pelo Brasileirão no próximo sábado, contra o Corinthians, em São Paulo. Antes, porém, faz o segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil com o Internacional, nesta quarta. Como perdeu a partida de ida por 3 a 1, no Beira-Rio, terá de vencer por 2 a 0 para ficar com a vaga. O Esmeraldino vai ter uma semana para se preparar para pegar o Barueri, no domingo, em Goiânia.

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro

Goiás se sente em casa

A intenção do Coritiba era pressionar o Goiás desde o início do jogo para tentar conseguir a primeira vitória no Brasileirão. Não deu certo. No primeiro ataque dos visitantes, Iarley recebeu na área, foi puxado por Carlinhos Paraíba e Felipe ao mesmo tempo, e a arbitragem marcou pênalti. Felipe precisou cobrar duas vezes para abrir o placar. Na primeira, bateu no canto direito de Vanderlei, mas o goleiro defendeu. O auxiliar Hilton Moutinho Rodrigues considerou a defesa irregular por acreditar que o camisa 1 se adiantou. Bola novamente na cal, o atacante repetiu o lado e desta vez não vacilou: 1 a 0.

Em desvantagem, não restava outra opção ao time do Alto da Glória a não ser atacar. Muito dependente de Marcelinho Paraíba, a equipe de René Simões até que tentou pressionar, mas apresentou total desorganização ofensiva. Bem montado por Hélio dos Anjos, o Goiás tratou de aproveitar.

Aos 24, Felipe fez bela jogada pela ponta esquerda, tentou achar Iarley na área, mas a bola passou pelo atacante. Cinco minutos depois, Marcelinho Paraíba cobrou escanteio e por muito pouco não surpreendeu o goleiro Harlei, que tirou a bola com um tapa. No contra-ataque, Iarley apareceu mais uma vez com perigo. Após cruzamento de Júlio César, ele recebeu na área e, mesmo sob marcação de Pereira, dominou bonito e marcou o segundo.

A situação ficaria pior para o Coxa, aos 38. Em cobrança de falta ensaiada, Iarley rolou para Felipe, e o atacante fez o segundo dele no jogo. Quarto gol no Brasileirão, e a artilharia do campeonato. Ainda havia tempo para tentar o quarto. Aos 41, Felipe Menezes recebeu pela esquera, tentou encobrir Vanderlei com um toque de categoria, só que a bola saiu pela linha de fundo. Fim de primeiro tempo, e muitas vais no Couto Pereira.

Goiás cadencia, e Coxa se esforça

O Coritiba voltou com Ariel no lugar de Pedro Ken, mas o que fez a diferença foi a postura do time. Aos cinco, Marcelinho Paraíba recebeu passe com liberdade na esquerda, tirou Fábio Bahia com um lindo drible entre as pernas e soltou uma bomba, com raiva, no canto direito de Harlei: 3 a 1. O jogador também chegou ao quarto gol na competição e é artilheiro.

Se o goleirão do Goiás não conseguiu defender, Vanderlei evitou o quarto do Esmeraldino. Após cobrança de lateral no campo de ataque, a defesa paranaense parou, Iarley ficou livre na área para chutar, mas parou no goleiro. Marcelinho Paraíba decidiu chamar a responsabilidade para si. Aos 11, ele avançou até a entrada da área, bateu forte com o pé esquerdo e assustou Harlei.

Apesar da desvantagem no placar, o Coxa ficou com um jogador a mais em campo. Aos 22, Rafael Tolói fez falta dura em Ariel, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. O jogador do Coritiba também foi punido por reclamação.
Sete minutos depois, Renatinho soltou uma bomba de muito longe e acertou a trave. Não era dia do time da casa.

O jogo também foi marcado por um festival de cartões. Foram treze amarelos e um vermelho. Vermelha também é a cor da luz que está acesa no Alto da Glória. Em quatro jogos, apenas um pontinho foi conquistado. É a segunda derrota no Couto Pereira. A primeira foi para o Santo André, por 4 a 2, na segunda rodada. Do outro lado, comemoração pela primeira vitória no Brasileiro.

Ficha técnica:
CORITIBA 1 x 3 GOIÁS
CORITIBA
Vanderlei; Cleiton (Leandro Donizette), Pereira, Felipe, e Márcio Gabriel; Jaílton, Pedro Ken (Ariel), Carlinhos Paraíba e Vicente (Renatinho); Marcelinho Paraíba e Bruno Batata.
Técnico: René Simões.
GOIÁS
Harlei; Fábio Bahia, Ernando, Rafael Tolói, Leandro Euzébio, Amaral (Everton), Ramalho, Felipe Menezes (João Paulo) e Júlio César; Felipe e Iarley (Zé Carlos).
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Felipe, aos seis, Iarley, aos 30, Felipe, aos 38 do primeiro tempo; Marcelinho Paraíba, aos cinco do segundo tempo.
Cartões amarelos: Carlinhos Paraíba, Márcio Gabriel, Ariel, Leandro Donizete, Pereira, Jaílton (Coritiba); Amaral, Rafael Tolói, Felipe Menezes, Iarley, Fábio Bahia, Ramalho e Harlei (Goiás).
Cartões vermelhos: Rafael Tolói.
Estádio: Couto Pereira, Curitiba. Data: 30/05/2009.
Árbitro: Pablo dos Santos Alves.
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Hilton Moutinho Rodrigues.
Público pagante: 8.642 Público total: 10.513 Renda: R$ 106.180,00


BOTAFOGO 2X2 SPORT
Sport abre vantagem no Engenhão, mas Botafogo reage e empata na etapa final



As falhas no setor defensivo custaram mais um resultado ruim ao Botafogo, que ainda não venceu no Brasileirão. Na noite deste sábado, no Engenhão, na abertura da quarta rodada, o Alvinegro empatou em 2 a 2 com o Sport (assista aos gols no vídeo ao lado) - o time pernambucano chegou ao Rio de Janeiro ainda vivendo o clima conturbado dos últimos dias, após as saídas do técnico Nelsinho Baptista e do meia Paulo Baier. O time carioca, por sua vez, novamente foge dos planos de Ney Franco: o técnico esperava a conquista de sete pontos nas três primeiras rodadas, mas foram apenas dois. Depois, com três partidas seguidas em casa - incluindo o clássico contra o Fluminense - a intenção era ter 100% de aproveitamento.

Ouça os gols do confronto com a narração de Edson Mauro, da Rádio Globo

Fora do clima decisivo da rodada do meio de semana, com os confrontos pela Copa do Brasil e Taça Libertadores, as duas equipes voltam a campo no próximo domingo. O Botafogo, que soma três pontos e torce por tropeços de Barueri, São Paulo e Atlético-PR para não voltar à zona de rebaixamento, enfrenta o Tricolor carioca no Maracanã, às 18h30m. O Sport, com apenas dois e a possibilidade de terminar a rodada na vice-lanterna, recebe o Flamengo na Ilha do Retiro, às 16h. Os pernambucanos também seguem sem vitória na competição.

Em 20 minutos, dois ataques e dois gols do Leão

Apesar dos problemas internos, o Sport não fez feio no início da partida. O Botafogo errava muitos passes, e os visitantes aproveitaram para jogar em cima das falhas do adversário. Aos seis minutos, Weldon arrancou pela esquerda, Castillo hesitou na saída do gol, e a bola parou nos pés de Wilson, que, sem ser acompanhado por Teco, empurrou para as redes: 1 a 0 para o Rubro-Negro.

O Alvinegro chegou a ameaçar com Victor Simões, que parou na defesa de Magrão, e Lucio Flavio, cobrando falta, sofrida por ele mesmo, em cima da barreira. Em desvantagem no placar, o time carioca se lançou desordenadamente ao ataque, expondo a defesa às investidas do Leão. Em um contra-ataque pela direita, Moacir driblou Juninho e cruzou para Weldon. Castillo saiu mal e não alcançou, facilitando a vida do atacante. Livre de marcação, ele só teve o trabalho de completar: Sport 2 a 0 com 20 minutos de jogo.

A torcida botafoguense perdeu a paciência e passou a hostilizar jogadores e o treinador Ney Franco. Inoperante, o time tinha nos lances de bola parada a sua única esperança de diminuir a vantagem, e foi num deles que Juninho mandou uma bomba na trave esquerda de Magrão. O goleiro ainda apareceu bem ao defender um chute de Victor Simões, que ainda desperdiçou ótima chance no fim do primeiro tempo: Teco desceu pela esquerda e cruzou rasteiro para o meio da área. O camisa 9 chegou atrasado e não conseguiu alcançar a bola.

Postura muda na etapa final, e Alvinegro chega ao empate

Diante da pressão da própria torcida, que já havia organizado, durante a semana, uma manifestação em frente a General Severiano, o Botafogo voltou com outra postura para o segundo tempo. Com Tony e Léo Silva nos lugares de Túlio Souza e Teco, respectivamente, a equipe ganhou mais força no meio-campo e presença no ataque.



Apesar dos erros de passe e do nervosismo - a torcida passara a direcionar as vaias a alguns jogadores específicos, como Castillo e Alessandro - o time pressionava o Sport, que ficou acuado. O resultado veio aos 15 minutos. Eduardo arrancou pela esquerda e mandou para a área. Tony apareceu na segunda trave para marcar o seu primeiro gol com a camisa alvinegra.

Foi o suficiente para a torcida começar a jogar junto com o time, acreditando na virada. Com a expulsão de Hamilton aos 28, por falta mais dura em Alessandro, os donos da casa passaram a ter o domínio completo da partida - na cobrança, Leandro Guerreiro cabeceou para Magrão fazer defesa espetacular (assista ao lance no vídeo acima).

O camisa 1 rubro-negro vinha sendo o grande destaque, mas não conseguiu evitar o empate. Aos 39 minutos, Lucio Flavio - que reassumiu a função de dono dos lances de bola parada, à exceção das faltas de média e longa distância, cobradas por Juninho - bateu escanteio com perfeição, e Fahel subiu para cabecear sem defesa.

O Botafogo seguiu pressionando nos minutos finais, mas foi o Sport que quase fez o terceiro. Castillo se redimiu ao fazer grandes defesas em chutes de Luciano Henrique e Juliano. Após o apito final de Jailson Macedo Freitas, a torcida alvinegra não perdoou a sétima partida sem vitória do Alvinegro - a última foi contra o Americano (2 a 1), dia 16 de abril, pela Copa do Brasil, mas no confronto em que a equipe acabou eliminada na decisão por pênaltis - e os jogadores deixaram o campo sob muitas vaias.

BOTAFOGO 2 x 2 SPORT
BOTAFOGO
Castillo, Leandro Guerreiro, Juninho e Teco (Tony); Alessandro (Thiaguinho), Fahel, Túlio Souza (Léo Silva), Lucio Flavio e Eduardo; Laio e Victor Simões
Técnico: Ney Franco
SPORT
Magrão, Moacir (Juliano), César Lucena, Igor e Durval; Moacir, Hamilton, Sandro Goiano (Eliseu), Luciano Henrique e Dutra; Weldon (Dudé) e Wilson
Técnico: Levi Gomes
Gols: Wilson, aos seis, e Weldon, aos 20 minutos do primeiro tempo. Tony, aos 15, e Fahel, aos 39 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Teco, Lucio Flavio, Juninho, Fahel e Thiaguinho (Botafogo); Hamilton, Magrão e Juliano (Sport)
Cartão vermelho: Hamilton (Sport)
Estádio: Engenhão Data: 30/05/2009
Renda: R$ 100.785, 50 Público: 8.555 pagantes
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA)
Auxiliares: Luiz Carlos Silva Teixeira (BA) e Adson marcio Lopes Leal (BA)

Campeonato Espanhol

Sem Messi, Barça encerra temporada com empate. Forlán é o artilheiro

Campeão de tudo na temporada, o Barcelona encerrou 2008/2009 sem Lionel Messi e com empate: fora de casa, um gol de Eto’o aos 44 do segundo tempo salvou o time no empate com o La Coruña por 1 a 1 neste sábado, pela última rodada do Campeonato Espanhol.

O destaque do sábado foi o Atlético de Madri, que bateu o Almería por 3 a 0 e garantiu um lugar na próxima Liga dos Campeões. Terceiro lugar com 67 pontos, o time ainda pode ser ultrapassado pelo Sevilla, que também tem 67 e no domingo pega o Numancia, mas não perde a vaga.

Diego Forlán fez o segundo gol do Atlético e termina o campeonato como artilheiro com 32. Aguero e Garcia também marcaram.

O técnico Pep Guardiola escalou o Barcelona com time misto e Lionel Messi nem viajou para La Coruña. Eto’o, que entrou em campo para tentar alcançar o uruguaio, chegou a 30. O La Coruña abriu o placar com Bodipo. O time catalão entrou para a história nesta temporada: pela primeira vez uma equipe espanhola conquistou o “triplete”, com os títulos do Espanhol, Copa do Rei e Liga dos Campeões.

Com dois de David Villa, o Valencia venceu o Athletic Bilbao por 2 a 0, ficou com sexto lugar (62 pontos), e estará na Liga da Europa (nova versão da Copa da Uefa). Assim como o Villarreal, que bateu o Mallorca por 3 a 2 e é o quinto colocado, com 65.

Confira todos os jogos da última rodada:

Sábado
Mallorca 2 x 3 Villarreal
La Coruña 1 x 1 Barcelona
Atlético de Madri 3 x 0 Almería
Valencia 2 x 0 Athletic Bilbao

Campeonato Francês

Bordeaux vence Caen, encerra fila de dez anos e é o novo campeão francês

Finalmente, o Campeonato Francês tem um campeão diferente do Lyon: após sete títulos do time de Juninho Pernambucano, o Bordeaux venceu o Caen por 1 a 0 neste sábado, fora de casa, pela última rodada, e conquistou a competição.

O gol foi marcado por Gouffran, de cabeça, aos quatro minutos do segundo tempo. Revelado pelo Caen, o atacante pouco comemorou o gol que rebaixou sua ex-equipe.

A equipe dos brasileiros Jussiê, Fernando (titulares), Henrique e Wendell, treinada por Laurent Blanc, não era campeã nacional desde 1999 e agora chegou ao sexto título no Francês.

O Olympique de Marselha venceu o Rennes por 4 a 0 (dois gols de Niang, um de de Koné e um contra de Douchez), em casa, mas não conseguiu tirar a taça do Bordeaux e segue na fila: não vence o campeonato desde 1992.

Após 38 rodadas, o Bordeaux somou 80 pontos, três a mais que o Olympique. O Lyon, já sem Juninho, empatou em 0 a 0 com o Toulouse, terminou em terceiro com 71 e também estará na próxima Liga dos Campeões.

Além do título nacional, o Bordeaux conquistou também nesta temporada a Copa da Liga da França, com vitória de 4 a 0 sobre o Vannes, da Segunda Divisão, em abril.

Saint-Etienne escapa do rebaixamento

Maior vencedor do campeonato com dez conquistas, o Saint-Etienne conseguiu se livrar do rebaixamento: o time bateu o Valenciennes por 4 a 0 e ficou em 17º lugar, com 40 pontos. O brasileiro Ilan e Mirallas firam um gol e os outros dois foram de Gomis.

Caen (37 pontos), Nantes (37) e Le Havre (26) estão rebaixados. O Toulouse, quarto colocado, jogará a próxima Liga da Europa (nova versão da Copa da Uefa).

Confira todos os jogos da última rodada:

Caen 0 x 1 Bordeaux
Grenoble 0 x 1 Sochaux
Lille 3 x 2 Nancy
Lorient 1 x 1 Le Mans
Olympique de Marselha 4 x 0 Rennes
Nantes 2 x 1 Auxerre
Nice 0 x 0 Le Havre
Paris Saint-Germain 0 x 0 Monaco
Saint-Etienne 4 x 0 Valenciennes
Toulouse 0 x 0 Lyon


Como ficou o Campeonato Francês:
Liga dos Campeões:
Campeão = Bordeaux
Vice Campeão = Olympique de Marselha
3 Lugar = Lyon
Liga da Europa:
4 Lugar = Toulouse
5 Lugar = Lille
Campeão da Copa da França = Guingamp
Rebaixamento a Ligue 2:
18 Lugar = Caen
19 Lugar = Nantes
20 Lugar = Le Havre
Acesso a Ligue 1:
Campeão da Ligue 2 = Lens
Vice Campeão da Ligue 2 = Montpellier
3 Lugar da Ligue 2 = Boulogne

sexta-feira, 29 de maio de 2009

4 Rodada:Série B

ATLÉTICO - GO 1X1 PONTE PRETA
Atlético Goianiense e Ponte Preta empatam no Serra Dourada



No Serra Dourada, Atlético-GO e Ponte Preta empataram em 1 a 1, nesta sexta-feira, pela quarta-rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Os gols saíram no segundo tempo (assista ao vídeo). O zagueiro Gum, aproveitando o rebote de um cruzamento na área, abriu o placar para a Macaca, porém Jaílson, após excelente jogada de Marcão, igualou para o Dragão. Com o resultado, a equipe goiana sobe para a quinta posição, com sete pontos, enquanto a Ponte permanece em 11º, com cinco.


Na próxima rodada, o Atlético-GO encara o Campinense, na Paraíba, às 21h, enquanto a Ponte Preta recebe a Portuguesa, no Moisés Lucarelli, às 21h50m. A equipe de Goiânia joga na sexta-feira, e a Macaca no sábado.

Atlético Goianiense e Ponte Preta pouco fizeram no primeiro tempo. Atuando no Serra Dourada e diante de sua torcida, o Atlético teve mais presença no ataque, Robston e Elias foram os que mais ameaçaram a meta campineira. No entanto, a Ponte tentou responder nos contra-ataques, principalmente puxados por Danilo Neco.

As equipes voltaram para a etapa complementar sem qualquer alteração, mas a conjuntura da partida não mudou. O Atlético tomava a iniciativa de atacar, e a Macaca tentava responder nos contragolpes. Mas é aquele velho ditado: "Quem não faz, leva", e a Ponte chegou lá.

Aos 24 minutos, após um cruzamento para a área adversária, Danilo Neco pegou a sobra e chutou forte. A bola bateu na trave. No rebote, o zagueiro Gum mostrou oportunismo, finalizando no canto do goleiro. Três minutos mais tarde, a Macaca teria mais um gol, porém anulado corretamente pela arbirtragem.

De tanto insistir, o Atlético chegou ao empate, aos 37. Marcão desceu pela esquerda, limpou a marcação e cruzou. Jaílson apareceu no segundo pau e escorou de cabeça. Os goianos continuaram pressionando, buscando a virada, que não aconteceu.


GUARANI 3X2 BRAGANTINO
Nos acréscimos, líder Guarani derrota o Bragantino em Campinas



O Guarani é o líder isolado da Série B do Campeonato Brasileiro. O time bugrino derrotou o Bragantino por 3 a 2, na noite desta sexta-feira, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas, pela quarta rodada da competição nacional (assista aos gols). Com o resultado, a equipe campineira mantém os 100% de aproveitamento: quatro vitórias em quatro jogos.

O Vasco, que enfrenta o Paraná neste sábado, precisará de uma vitória simples em Curitiba para tirar do Bugre a liderança. Com um jogo a menos, os vascaínos têm nove pontos e saldo de seis gols, contra cinco dos campineiros.

Confira a classificação e os jogos da Série B do Brasileiro

Pelo Bugre, marcaram Cléber Goiano, Walter Minhoca e Maranhão. Carlinhos e Bill descontaram para a equipe de Bragança Paulista, que está na oitava colocação.

O jogo

Animada com a boa campanha da equipe, a torcida do Guarani compareceu em bom número ao Brinco de Ouro para ver um Bragantino mais perigoso no início da primeira etapa. Logo aos 10 minutos, Carlinhos, livre, desviou para abrir o placar para os visitantes após cruzamento de Sérgio Manoel. O Guarani vinha tendo dificuldades com a marcação do Bragantino e, mesmo com mais posse de bola, não conseguia criar bons lances.

De tanto buscar o ataque, a equipe campineira acabou premiada. Aos 43 minutos, Cléber Goiano chutou rasteiro e deixou tudo igual. Com isso, os times foram para o intervalo empatando em 1 a 1.

Na segunda etapa, o Bugre resolveu tomar conta de vez da partida. Logo aos 10 minutos, o habilidoso Walter Minhoca, ex-Flamengo, virou o placar para os donos da casa em rápido contra-ataque. Após o gol, o Bugre dava a impressão de que aumentaria a vantagem. Ledo engano. Aos 25, o sempre perigoso atacante Bill empatou o jogo para o Bragantino em um belo chute da entrada da área.

Quando a partida se encaminhava para o empate, o Bugre mostrou que tem estrela de líder. Após o relógio marcar 45 minutos, Andrezinho levantou a bola na área, e Maranhão desviou para fazer o gol que manteve o Guarani com 100% de aproveitamento na Série B para festa da tão sofrida torcida bugrina.

Confira a lista de artilheiros da Série B

Taça Libertadores:Quartas de Final

DEFENSOR SPORTING (URU) 0X1 ESTUDIANTES (ARG)
Fora de casa, Estudiantes vence Defensor e sai na frente por vaga na semifinal



Único time argentino que permanece na Taça Libertadores, o Estudiantes começou bem a luta por uma vaga na semifinal da competição. Nesta quinta-feira, em confronto válido pelas quartas de final, o time de La Plata venceu o Defensor, do Uruguai, por 1 a 0, no estádio no estádio Centenário, em Montevidéu. Confira o gol da partida no vídeo ao lado.

O artilheiro solitário da partida foi o zagueiro Desábato, que abriu o placar aos 12 minutos do primeiro tempo, de cabeça. Angeleri, do Estudiantes, e Curbelo, do Defensor, discutiram e foram expulsos pelo árbitro Juan Soto, da Venezuela. Com isso, os dois desfalcam os seus respectivos times na partida de volta.

O próximo confronto entre os dois times está marcado para próxima quinta-feira, no estádio Jorge Luis Hirschi, em La Plata, e o time argentino joga pelo empate para seguir na competição. Caso o placar se repita, o confronto será decidido nos pênaltis. Os uruguaios se classificam com um triunfo por dois gols de diferença.

Estudiantes ou Defensor enfrentam na próxima fase da Taça Libertadores o vencedor do confronto entre Palmeiras e Nacional, do Uruguai, que empataram em 1 a 1 nesta quinta-feira, no Palestra Itália.


PALMEIRAS (BRA) 1X1 NACIONAL (URU)
No Palestra Itália, Palmeiras só empata com o Nacional e vê uruguaios vibrarem



Empurrado por mais de 20 mil torcedores, o Palmeiras vacilou e apenas empatou por 1 a 1 com o Nacional na noite desta quinta-feira, pelas quartas de final da Taça Libertadores, no Palestra Itália. O time brasileiro vencia o confronto até os 35 minutos do segundo tempo com um gol de Diego Souza, mas, numa bobeira da zaga, os uruguaios chegaram ao empate com Santiago Garcia. E levar um gol era exatamente o que Vanderlei Luxemburgo não queria que acontecesse na sua casa. O treinador, aliás, foi chamado de burro pelos torcedores. Enquanto isso, os visitantes comemoravam o resultado com a pequena torcida uruguaia.

Agora, para ficar com a vaga, o Palmeiras precisa vencer o Nacional por qualquer placar. Empate sem gols garante o time uruguaio na semifinal. Um novo 1 a 1 leva a decisão para as penalidades. Caso ocorra uma igualdade por mais de um gol, o time brasileiro também segue na competição – nesta etapa do torneio, o gol fora de casa tem um peso maior. O vencedor enfrenta Estudiantes ou Defensor na próxima fase. Também nesta quinta, os argentinos venceram o primeiro jogo por 1 a 0, em Montevidéu.

Ouça os gols do jogo com narração da Rádio Globo AM

O jogo de volta será no próximo dia 17, no estádio Centenário, no Uruguai. Antes disso, a equipe brasileira enfrenta o Barueri, na casa do adversário, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro, neste sábado.

Obina deixa o banco, e Palmeiras muda a postura

O Palmeiras começou a partida em cima do Nacional. Com Keirrison e Diego Souza na frente, a equipe pressionou. Na primeira oportunidade, foi Souza quem deu o primeiro chute, aos oito minutos. E ficou nisso. Conforme o ponteiro do relógio avançava, os uruguaios começavam a ganhar espaço e demonstravam ficar à vontade na área palmeirense.

É verdade que o Nacional abusou da cera. Nas cobranças de faltas, por exemplo, os atletas eram sempre advertidos verbalmente pelo árbitro Carlos Torres. Com a bola nos pés, chegaram a assustar Marcos. Aos 13, Coates, de cabeça, obrigou o goleiro a fazer boa defesa. Romero também tentou contra a meta brasileira, e novamente São Marcos apareceu para espalmar.

Mas o Palmeiras passou a ser outro a partir dos 28 minutos, quando Marquinhos e Obina substituíram Fabinho Capixaba e Souza, respectivamente. Vanderlei Luxemburgo, que havia pedido paciência com o lateral-direito, não a teve. E com o novo atacante em campo, o Alviverde conseguiu segurar mais o oponente em seu campo.

Obina não foi só um homem de área. O camisa 24 procurou o jogo, deu carrinhos e foi aplaudido pelos torcedores. Aliás, ele já mexeu com a torcida desde o momento em que começou a aquecer para entrar em campo.

Mas a melhor oportunidade foi perdida por Keirrison, artilheiro do time no ano, com 20 gols, aos 40 minutos. Na jogada, Diego Souza tocou de calcanhar para o camisa 9 chutar cruzado, rente à trave. Por pouco Obina, que deu um carrinho para arrematar, não chegou na bola.

Empate cedido no fim


Quem esperava gols de Keirrison ou Obina acabou vendo um outro atleta se destacar no segundo tempo. Um dos principais nomes do time na temporada, especialmente nas disputas da Libertadores, Diego Souza marcou o tão esperado gol palmeirense, logo aos dez minutos.

Na jogada, Keirrison recebeu de costas para o zagueiro e tocou para o camisa 7 bater rasteiro no canto direito de Muñoz. O arqueiro uruguaio ainda tocou na bola, mas falhou na sua tentativa de defesa. O 1 a 0 acendeu a torcida alviverde, que passou a gritar e vibrar com qualquer carrinho ou bola espirrada para fora.


Vendo que seu time perdia demais o meio-campo, Gerardo Pelusso sacou Biscayzacú, atacante que vem sendo badalado no Uruguai, e colocou Angel Morales, passando a ter cinco homens no setor. Na resposta palmeirense, Luxemburgo tirou Keirrison, que saiu entre aplausos e vaias, e colocou Jumar.

E quando o jogo parecia se arrastar, o Nacional conseguiu o empate. Foi Santiago Garcia, o único atacante que os uruguaios tinham em campo, que arrancou a igualdade no Palestra Itália. Ao receber perto da pequena área, aos 35 minutos, ele não teve dificuldades com a zaga palmeirense antes do arremate. Marcos nem mesmo esboçou reação e a bola entrou no seu canto esquerdo.

Nos minutos finais, o Palmeiras avançou desesperado para o ataque, mas sem sucesso. O 1 a 1 estava decretado, levando dramaticidade para a partida que acontece no Uruguai.

Ficha técnica:
PALMEIRAS 1 x 1 NACIONAL
PALMEIRAS
Marcos; Maurício Ramos, Danilo e Marcão; Fabinho Capixaba (Marquinhos), Pierre, Souza (Obina), Cleiton Xavier e Armero; Diego Souza e Keirrison (Jumar).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
NACIONAL
Rodrigo Muñoz; Romero, Coates, Victorino e Matías Rodriguez; Fernández, Oscar Morales, Arismendi e Lodeiro (Roberto Brum); Biscayzacú Angel Morales) e Medina (Santiago Garcia).
Técnico: Gerardo Pelusso.
Gols: Diego Souza, aos 10 minutos do segundo tempo. Garcia, aos 35 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Armero, Pierre e Obina (P). Fernández e Oscar Morales (N).
Cartão vermelho: Roberto Brum (N).
Estádio: Palestra Itália. Data: 28/05/2009.
Público: 24.700 pagantes. Renda: R$ 1.295.281,24.
Árbitro: Carlos Torres (PAR).
Auxiliares: Rodney Aquino e Milcíades Saldívar.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Copa do Brasil:Jogos de Ida das Semifinais

VASCO 1X1 CORINTHIANS
Corinthians assusta, e Vasco reage, mas pequena vantagem é da equipe paulista



Sem os seus principais craques, Vasco e Corinthians empataram em 1 a 1, no Maracanã, pela partida de ida das semifinais da Copa do Brasil (assista aos gols no vídeo ao lado). Com mais de 72 mil pessoas no estádio, o confronto foi marcado por tempos distintos. Enquanto os paulistas dominaram a etapa inicial, aproveitando os inúmeros erros do adversário, os cariocas acordaram no segundo tempo, quando empataram e tiveram em Felipe uma muralha que evitou a vitória.

Ouça os gols com a narração de José Carlos Araújo, da Rádio Globo

No próximo confronto, em São Paulo, no dia 3, Ronaldo, que está machucado, deve retornar à equipe paulista. Do outro lado, Carlos Alberto, que não participou do jogo de ida por estar suspenso, está confirmado no confronto do Pacaembu. Para conquistar a vaga nas finais da Copa do Brasil, o Corinthians precisa de um empate sem gols. Já o Vasco necessita de uma vitória simples ou da igualdade com o placar superior a dois gols.

Antes do jogo decisivo, as duas equipes jogam no fim de semana. Sábado, o Vasco, líder invicto da Série B, com 100% de aproveitamento, enfrenta o Paraná, no Durival de Brito, às 16h10m. Já o Corinthians faz o clássico paulista contra o Santos, na Vila Belmiro, às 16h, no Brasileirão.

Dentinho deixa os paulistas em vantagem

O Corinthians começou melhor a partida, mantendo o domínio do jogo, tocando a bola sem pressa. O Vasco, empurrado por sua torcida, atuava mais retraído, buscando os contra-ataques. Em um deles, aos sete minutos, Rodrigo Pimpão tabelou com Elton, avançou até a entrada da área e foi derrubado por Elias, que foi advertido com cartão amarelo. Na cobrança, Paulo Sérgio acertou a barrreira.

A partir dos 15 minutos, os paulistas começaram a errar sucessivos passes, o que irritou o técnico Mano Menezes. Cinco minutos depois, Rodrigo Pimpão recebeu um ótimo lançamento de Jeferson e avançou sozinho para a meta do Corinthians Na corrida, o jogador se enrolou com a bola e acabou permitindo a aproximação de Chicão, que afastou o perigo.

Assim como os paulistas, o time cruzmaltino também pecava nos erros de passe. Aos 26, Elton encontrou Paulo Sérgio sozinho no bico da grande área. O lateral entrou na área e chutou para boa defesa de Felipe. No minuto seguinte, Dentinho recebeu dentro da área e finalizou por cima do gol de Fernando Prass.

Aos 29, Jorge Henrique aproveitou a bobeada da defesa do Vasco, que fez a linha de impedimento errada, e tocou para Dentinho já dentro da área. O atacante esperou a definição de Fernando Prass e tocou na saída do camisa 1 para marcar o primeiro gol do Corinthians. Quatro minutos depois, Jorge Henrique sentiu uma lesão e deixou o campo para a entrada de Morais.

O gol irritou o técnico Dorival Júnior, principalmente o posicionamento do setor defensivo, que dava muitos espaços ao time do Corinthians. As reclamações eram com o volante Nilton e com o meia Jeferson, que se arrastava em campo e errava quase todos os passes.

Vasco volta melhor e pressiona na etapa final

A equipe da Colina retornou com outra postura, partindo para cima, mas dando espaço aos contra-ataques corintianos. Aos dois minutos, Elton recebeu dentro da área e chutou com violência para bela defesa de Felipe. O jogo ganhou em emoção e velocidade com os dois lances. Aos três, Morais desperdiçou outra boa chance ao chutar em cima do camisa 1 cruzmaltino.

Com quatro minutos, Dorival perdeu a paciência com o time cruzmaltino e sacou Jeferson e Nilton para as entradas de Enrico e Mateus. Seis minutos depois, Elton recebeu completamente livre na cara de Felipe e chutou em cima do goleiro corintiano. O lance acordou definitivamente o Vasco, que passou a dominar o jogo. Aos 19, Pimpão recebeu passe na área, e na dividida com William a bola acabou entrando no canto direito de Felipe. O árbitro deu o gol para o atacante do Vasco, mas quem tocou para o fundo das redes foi o zagueiro do Timão.

A partir dos 20 minutos, o time corintiano mostrou evidentes sinais de cansaço e tocava a bola, tentando segurar o resultado ou marcar o segundo gol em um contra-ataque. Aos 26, Ramon fez uma ótima jogada pelo lado esquerdo e acertou uma bomba. A bola passou à direita de Felipe.

Aos 29, o Corinthians perdeu o gol mais feito da partida. Elias recebeu completamente livre na frente do goleiro Fernando Prass e chutou. O camisa 1 fez um milagre no Maracanã, defendendo a bola com o pé. Cinco minutos depois, Paulo Sérgio cruzou da direita com a canhota, a bola quicou, e Felipe precisou se esticar para salvar os paulistas.

VASCO 1 x 1 CORINTHIANS
VASCO
Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vílson, Gian e Ramon; Amaral, Nilton (Mateus), Léo Lima e Jeferson (Enrico); Rodrigo Pimpão (Edgar) e Elton
Técnico: Dorival Júnior.
CORINTHIANS
Felipe, Alessandro, Chicão, William e André Santos; Cristian, Elias e Douglas; Jorge Henrique (Morais), Dentinho (Boquita) e Souza (Otacílio Neto)
Técnico: Mano Menezes
Gols: Dentinho, aos 29 minutos do primeiro tempo; Rodrigo Pimpão, aos 19 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Vílson e Léo Lima (Vasco); Elias (Corinthians)
Estádio: Maracanã Data: 27/05/2009
Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR)
Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Altemir Hausmann (RS)
Renda: R$ 1.389.015,50 Público: 68.299 pagantes


INTERNACIONAL 3X1 CORITIBA
Internacional leva susto no Beira-Rio, mas vira em cima do Coritiba. Nilmar preocupa



Um gol sofrido no início e a perda de um seus principais jogadores ainda no primeiro tempo. Parecia que a quarta-feira seria o dia em que o Internacional conheceria a primeira derrota no Beira-Rio em 19 partidas. Mas com uma grande reação no segundo tempo, a equipe fez 3 a 1 no Coritiba, no jogo de ida pela semifinal da Copa do Brasil (assista aos gols do confronto no vídeo ao lado), mas deixou o campo preocupada com Nilmar - na outra semifinal, Vasco e Corinthians empataram em 1 a 1 no Maracanã.

O resultado dá ao Colorado não apenas a vantagem do empate, como também a de perder por um gol de diferença na próxima quarta-feira, às 21h50m, no Couto Pereira, e mesmo assim chegar à final. No entanto, o Coritiba garante a vaga se vencer por 2 a 0, por ter marcado o gol fora de casa, ou por três ou mais gols de diferença. Vitória dos paranaenses por 3 a 1 leva aos pênaltis.

Antes, no entanto, as duas equipes têm compromisso no fim de semana, pela quarta rodada do Brasileirão. Sábado, às 18h30m, o Coxa recebe o Goiás, enquanto o Inter, líder da competição, enfrenta em casa o Avaí, domingo, no mesmo horário.

Desde o apito inicial, a partida teve como tônica a forte marcação de ambos os lados. Sem se intimidar com o Beira-Rio lotado, o Coritiba marcava o Internacional desde o seu campo de ataque, dificultando a saída de bola colorada. Mas na ânsia de parar o setor ofensivo gaúcho, o time de René Simões abusava das faltas, o que irritava jogadores e torcida do Inter.

Apreensão com menos de 15 minutos de partida

E antes mesmo de o Internacional se estabilizar em campo, o Coritiba surpreendeu. Márcio Gabriel avançou pelo lado direito e cruzou rasteiro. O zagueiro Álvaro falhou na tentativa do corte, e a bola sobrou para Marcos Aurélio, que chutou no ângulo direito de Lauro, abrindo o placar aos 14 minutos.

Os donos da casa tentaram pressionar o adversário, mas sem conseguir criar jogadas concretas. Marcado por até três adversários, D'Alessandro precisava recuar para buscar o jogo, o que deixava Taison e Nilmar isolados.

Por isso, foi na base do improviso que o Inter chegou ao empate, aos 21 minutos. Numa jogada em velocidade, D’Alessandro mandou a bola para a área. Nilmar tentou dominar e acabou tocando sem querer para Taison, que não perdeu tempo e chutou rasteiro no canto esquerdo de Vanderlei. Foi o sétimo gol do atacante na Copa do Brasil.

Nilmar sofre contusão e deixa o campo de maca

O Inter tentou pegar o embalo para ficar em vantagem ainda no primeiro tempo, mas encontrava dificuldade por causa da forte marcação do Coritiba. Os gaúchos reclamavam muito com árbitro Sálvio Spínola, pedindo cartões após faltas duras cometidas por Pedro Ken e Carlinhos Paraíba, ambas não advertidas com cartão amarelo.



A vítima acabou sendo Nilmar. Após sofrer falta forte de Felipe, o atacante caiu de mau jeito. O choque dos quadris com o solo prejudicou o atacante, que ainda tentou continuar em campo, mas deixou o gramado de maca, aos 36 minutos, sendo substituído por Alecsandro (assista à saída de Nilmar e campo no vídeo ao lado). Desde já, o camisa 9 passa a ser preocupação para a seleção brasileira.

Pouco antes do fim da primeira etapa, Alecsandro fez um cruzamento, e a bola parou no braço de Felipe, mas o árbitro interpretou como lance casual. A torcida reclamou muito e vaiou Sálvio Spínola quando ele deixou o campo.

O Colorado voltou para o segundo tempo disposto a sufocar o Coritiba e marcar o gol da virada logo nos minutos iniciais. Mas em alguns momentos faltava paciência ao Inter no momento de concluir. Enquanto isso, o time paranaense se fechava à frente de sua área e apostava nos contra-ataques.

Satisfeito com resultado, Colorado administra partida até o fim

Mas o Inter estava disposto a decidir a partida, e precisou de apenas dois minutos para fazê-lo em jogadas individuais. Aos 14, Taison recebeu pela esquerda e aplicou um drible em dois adversários ao mesmo tempo. Ele teve calma para tocar para Alecsandro, que chutou para virar o placar. Aos 16, foi a vez de Alecsandro ser o garçom, achando Andrezinho no meio da área. Ele dominou no peito e chutou rasteiro para fazer o terceiro.

Enquanto a torcida se empolgou e passou a esperar uma goleada, o time se acomodou em campo, sem esconder que o resultado já estava bom o suficiente. Do outro lado, o Coxa tentava diminuir a diferença, mas esbarrava na boa marcação colorada. Aos 30, o técnico do Inter, Tite, ainda foi expulso por reclamação. Nada que abalasse os seus jogadores, que continuaram com o controle da partida até o apito final.

INTERNACIONAL 3 x 1 CORITIBA
INTERNACIONAL
Lauro, Bolívar, Índio, Álvaro e Kleber; Sandro, Magrão, Andrezinho (Marcelo Cordeiro) e D'Alessandro (Glaydson); Taison e Nilmar (Alecsandro)
Técnico: Tite
CORITIBA
Vanderlei, Rodrigo Mancha, Pereira e Felipe; Márcio Gabriel, Leandro Donizete, Carlinhos Paraíba, Pedro Ken (Cleiton) e Vanderlei; Marcos Aurélio (Ramon) e Ariel (Hugo)
Técnico: René Simões
Gols: Marcos Aurélio, aos 14, e Taison, aos 21 minutos do primeiro tempo; Alecsandro, aos 14, e Andrezinho, aos 16 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Magrão, D'Alessandro (Internacional); Leandro Donizete, Márcio Gabriel e Felipe (Coritiba)
Público: 43.363 presentes. Renda: R$ 598.935,00
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS) Data: 27/05/2009
Árbitro: Sálvio Spínola (Fifa SP)
Auxiliares: Alessandro Rocha de Matos (Fifa BA) e Márcio Eustáquio Santiago (Fifa MG)

Taça Libertadores:Quartas de Final

CRUZEIRO (BRA) 2X1 SÃO PAULO (BRA)
Cruzeiro derrota o São Paulo, quebra tabu e está mais perto da vaga para a semifinal



O Cruzeiro está a um empate da semifinal da Taça Libertadores. Nesta quarta-feira, o time mineiro derrotou o São Paulo por 2 a 1, no Mineirão, e saiu na frente no duelo brasileiro pelas quartas de final. A Raposa ainda quebrou um tabu, já que não vencia o adversário há cinco anos. Leonardo Silva e Zé Carlos fizeram os gols celestes. Washington marcou para os tricolores e manteve o time vivo. A definição do classificado para a semifinal será no dia 17 de junho, no Morumbi. Na capital paulista, os são-paulinos precisam de uma vitória por 1 a 0. Quem passar vai encarar Grêmio ou Caracas (nesta quarta, os times empataram por 1 a 1 na Venezuela).

Ouça os gols do jogo com narração da Rádio Globo AM

Antes, porém, mineiros e paulistas terão um novo encontro. No próximo domingo, voltam a se enfrentar. Agora, pelo Brasileirão, na quarta rodada, em São Paulo.

Confira a tabela da Taça Libertadores

Pouca técnica, muita pancada e gol do Cruzeiro

Quem achou que a opção do técnico Adilson Batista de escalar o Cruzeiro com três volantes seria muito defensiva se enganou. Empurrado por um Mineirão lotado por mais de 52 mil pagantes, o time celeste partiu com tudo ao ataque e imprimiu velocidade, característica principal do seu jogo. Sem Wagner, machucado, a responsabilidade de criar as jogadas caiu sobre Ramires. Aos dois, o primeiro lance de perigo. Thiago Ribeiro recebeu na área, bateu de pé direito, mas a bola subiu demais. O São Paulo chegou pouco depois, aos cinco. Washington saiu da área, avançou pela direita e cruzou certinho para Jorge Wagner. O camisa 7 pegou de primeira, mas a bola explodiu na zaga.

Os primeiros 15 minutos foram de muito equilíbrio e marcação. Algumas vezes forte demais. Colado em Kléber, o zagueiro Miranda tentava conter as investidas do Gladiador. André Dias e Eduardo Costa o ajudavam. Do outro lado, Washington brigava com os zagueiros, enquanto Dagoberto, sonolento, pouco tocava na bola.

Aos 22, o lateral-esquerdo Gerson Magrão recordou os tempos em que jogava no meio. Carregou a bola para a entrada da área, limpou a marcação e bateu de longe com a perna direita, que não é a boa. O chute passou perto da trave esquerda do goleiro Denis. A partir daí, o jogo ficou concentrado no meio e até certo ponto violento. Aos 31, ânimos quentes. Richarlyson fez falta em Jonathan e, com o adversário caído por cima da bola, deu um chute perigoso. Apesar de ter atingido a pelota, seu gesto deu início a uma confusão envolvendo os dois times.

Três minutos depois, Ramires, que andava sumido no duelo, recebeu na área pelo lado direito do ataque e soltou uma bomba. Denis fez a defesa, a bola tocou no corpo do zagueiro André Dias e não entrou por muito pouco. Depois desse lance, os atacantes celestes Kléber e Thiago Ribeiro passaram a trocar de posição, numa tentativa de fugir da marcação.

Com mais vontade e posse de bola, o Cruzeiro tentava pela esquerda, pela direita, com atacantes ou volantes. Aos 44, Henrique recebeu na área e bateu rasteiro. Denis se esticou para defender e mandar pela linha de fundo. Na cobrança de Thiago Ribeiro, o zagueiro Leonardo Silva, ex-Palmeiras, subiu no meio da área para dar uma cabeçada certeira: 1 a 0, e explosão azul no Mineirão. O árbitro Carlos Chandía apitou o fim do primeiro tempo logo depois. De tão eufóricos, poucos torcedores perceberam. Cruzeiro melhor e em vantagem.

Jogo aberto e cheio de alternativas

O Cruzeiro voltou para o segundo tempo apenas com Kléber no ataque. Thiago Ribeiro sentiu uma fisgada na coxa direita e foi substituído por Athirson, que entrou no meio-campo. Em desvantagem, o São Paulo começou a etapa final com a intenção de pressionar o adversário, mas só conseguiu chegar com força aos dez minutos. Washington foi lançado na área, só que o goleiro Fábio saiu do gol antes que o atacante chegasse na bola. No entanto, na jogada seguinte, deu tudo certo para o Tricolor Paulista. Zé Luis cruzou para a área, Dagoberto cabeceou livre, e Fábio defendeu parcialmente. Esperto, Washington pegou o rebote, girou o corpo para bater com o pé direito e empatar: 1 a 1. A bola ainda tocou no zagueiro Leonardo Silva antes de estufar a rede. Momento de silêncio no Mineirão.

Adilson Batista percebeu que com apenas um atacante a Raposa estava sem força e corrigiu o erro. O técnico lançou Zé Carlos no lugar de Gerson Magrão, e Athirson passou a jogar na lateral esquerda. Deu muito certo. Aos 19, Jonathan recebeu passe de Kléber na direita, cruzou rasteiro, e o camisa 18 apareceu como um foguete para bater de primeira, no alto, e fazer o segundo gol. O goleiro Denis chegou a tocar na bola, mas não conseguiu tirar: 2 a 1. Hora de sentir o Mineirão tremer. A curiosidade sobre o autor do gol é que Zé Carlos foi inscrito na Libertadores nesta semana no lugar de Soares, que fraturou o tornozelo direito e só volta a jogar em três meses.

Do banco, Muricy decidiu mudar em dose dupla. Lançou Borges na vaga de Dagoberto e André Lima no lugar de Washington. Mas quem quase empatou foi um volante. Aos 28, Eduardo Costa chutou da entrada da área, sem marcação, e obrigou Fábio a fazer grande defesa. Disposto a aumentar a vantagem, o time de Adilson Batista se lançou ao ataque. Aos 37, Athirson teve ótima chance em cobrança de falta. Da entrada da área, ele buscou o ângulo esquerdo, mas Denis defendeu bonito.

O São Paulo não estava morto. Após cobrança de escanteio e uma confusão na área azul, André Lima pegou a sobra e bateu forte, no canto esquerdo de Fábio. O camisa 1 foi buscar mais uma vez. O placar não foi alterado. Apesar da vantagem cruzeirense, a disputa pela vaga está bem aberta.

Ficha técnica:
CRUZEIRO 2 x 1 SÃO PAULO
CRUZEIRO
Fábio; Jonathan, Thiago Heleno, Leonardo Silva e Gerson Magrão (Zé Carlos); Henrique, Fabrício, Marquinhos Paraná e Ramires; Thiago Ribeiro (Athirson) e Kléber.
Técnico: Adilson Batista.
SÃO PAULO
Denis, André Dias, Richarlyson e Miranda; Zé Luis, Eduardo Costa, Jean, Hernanes e Jorge Wagner; Dagoberto (Borges) e Washington (André Lima).
Técnico: Muricy Ramalho.
Gols: Leonardo Silva, aos 45 do primeiro tempo. Washington, aos 11, Zé Carlos, aos 19 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Kléber (Cruzeiro); Dagoberto, Miranda e Zé Luis (São Paulo).
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 27/05/2008.
Árbitro: Carlos Chandía (CHI).
Auxiliares: Cristian Julio (CHI) e Osvaldo Talamilla (CHI).
Renda: R$ 1.376.847,50 Público: 52.906 pagantes


CARACAS (VEN) 1X1 GRÊMIO (BRA)
Depois do susto, o alívio: Grêmio empata com o Caracas na Venezuela



A atuação não foi boa, mas valeu muito o resultado. O Grêmio empatou por 1 a 1 com o Caracas na noite desta quarta-feira, no Estádio Olímpico, na capital da Venezuela, e saiu de campo aliviado com a possibilidade de ir à semifinal da Taça Libertadores da América com uma vitória simples no duelo de volta, em Porto Alegre. O Tricolor levou um gol cedo, logo com dois minutos. Depois, padeceu até buscar o empate na etapa final, com Fábio Santos.

A partida teve momentos de comédia. Logo depois do gol do Grêmio, o sistema de irrigação do campo começou a funcionar, com água jorrando para tudo que era lado. Foi um balde de água fria na animação da torcida venezuelana, chamada de demônios vermelhos, que tentou transformar o estádio em caldeirão.

Com o resultado, o Tricolor precisa de qualquer vitória ou até de empate por 0 a 0 no Olímpico. Novo 1 a 1 leva a decisão aos pênaltis. O Caracas joga por triunfo ou então por igualdades a partir de 2 a 2. O jogo da volta pela Libertadores é dentro de três semanas, no dia 17 de junho. Antes, o clube gaúcho precisa voltar a pensar no Campeonato Brasileiro. No domingo, encara o Vitória em Salvador.

Gol cedo e péssimo rendimento

A torcida do Caracas foi em peso ao estádio e fez uma festa impressionante antes de a bola rolar, com fogos de artifício explodindo no céu e até lança-chamas nas arquibancadas. A execução do hino da Venezuela foi de arrepiar. E o começo do jogo, de apavorar. Com dois minutos, o Grêmio levou o gol. Era assustadoramente cedo.

O lance começou com uma falta cometida por Ruy no lado direita da defesa. Quem pegou a bola para a cobrança foi o zagueiro Rey, 34 anos. Ele mandou fechado, no primeiro poste. Cichero entrou feito uma flecha para subir mais alto do que a zaga tricolor e bater o goleiro Victor. A defesa do Grêmio, quase sempre sólida, vazou por cima.

O gol foi um aviso que o time de Paulo Autuori não conseguiu captar. A necessidade de melhorar a situação em campo não incrementou o rendimento tricolor. A zaga continuou batendo cabeça. Os laterais seguiram mais envolvidos do que envolventes. Adílson correu o tempo todo sem saber para onde ir. Tcheco e Souza estiveram muito abaixo da produção natural. Como consequência, o Grêmio foi atrapalhado na defesa e pobre na criação.

O fraco desempenho gremista pode ser parcialmente explicado pela ruindade do gramado. Esburacado, o campo impediu a bola de rolar do jeito que os gaúchos gostam. Mas para muitos aspectos, culpar o gramado é inventar desculpa. O posicionamento equivocado da zaga, por exemplo, nada tem a ver com o campo.

O Caracas está longe de ser um grande time. Mesmo assim, esteve mais perto de fazer o segundo gol do que de ceder o empate na etapa inicial. Os venezuelanos exploraram as jogadas aéreas, sempre com sucesso. Se os jogadores do time da casa tivessem melhor aproveitamento nas conclusões, os primeiros 45 minutos poderiam ter sido uma tragédia para o Grêmio. Aos 33, Figueroa fez boa jogada na direita e rolou para Cichero chutar forte, alto. Victor fez defesaça.

O Grêmio pouco ameaçou. A melhor chance saiu com Jonas, em cruzamento da direita que Maxi López não conseguiu aproveitar. O goleiro Vega pegou. De resto, lançamentos desesperados para o argentino, nada de infiltração pelo meio e investidas infrutíferas pelos lados. Pouco, muito pouco.

Empate e água neles!

O Grêmio melhorou um pouco no segundo tempo. Passou a ser menos ameaçado, ajustou a defesa e conseguiu tocar melhor a bola. O problema é que não conseguiu controlar o jogo. Rey, em cobrança de falta aos nove minutos, teve grande chance de ampliar. A bola ficou na barreira. O Tricolor ameaçou aos 17. Fábio Santos, dentro da área, mandou por cima.


O lance acordou o Grêmio. Souza cobrou falta, da entrada da área, no travessão. Aos 29 minutos, saiu o gol. Tcheco lançou com perfeição na área. Fábio Santos apareceu na segunda trave para completar de cabeça. A bola desviou no goleiro e entrou no cantinho. Os jogadores saíram correndo pelo campo, eufóricos com o empate. Foi aí que começou a chover de baixo para cima em Caracas.

Foi hilário. Alguns jogadores do Grêmio aproveitaram para refrescar a cabeça. Literalmente. Ruy colocou o rosto na direção do jato. Atrás do gol de Victor, uma pessoa pulou a placa de publicidade e direcionou a água para dentro de campo. O goleiro foi lá e retribuiu. Enquanto isso, Paulo Autuori dava pulos de indignação na beira do campo.

Com a situação resolvida, o Grêmio ainda teve chances de ampliar, mas não conseguiu. Tudo bem. Não dá para reclamar. Em uma noite de futebol ruim, colocar água no chope e no campo venezuelano já valeu a pena. A decisão será no Olímpico – com campo seco, sem buracos e, se tudo der certo, sem sustos.

Ficha técnica:
CARACAS 1 x 1 GRÊMIO
CARACAS
Vega, Romero, Rey, Barone e Cichero; Vera, Piñango, Figueroa (Guerra) e Gómez; Rentería (Prieto) e Castellín.
Técnico: Noel Sanvicente.
GRÊMIO
Victor, Léo, Rafael Marques e Réver; Ruy, Adílson, Tcheco, Souza (Túlio) e Fábio Santos; Jonas (Alex Mineiro) e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori.
Gols: Cichero, aos dois minutos do primeiro tempo; Fábio Santos, aos 29 do segundo tempo
Cartões amarelos: Tcheco, Léo e Ruy (Grêmio); Piñango e Darío Figueroa (Caracas)
Estádio: Olímpico Universitário, em Caracas (Venezuela). Data: 27/05/2009.
Árbitro: Roberto Silvera (Uruguai).
Auxiliares: Miguel Ángel Nievas (Uruguai) e Marcelo Gadea (Uruguai).

Liga dis Campeões da Europa:Final

BARCELONA 2X0 MANCHESTER UNITED
Messi põe Cristiano Ronaldo no bolso, e Barcelona leva o título da Champions

No principal confronto futebolístico do ano até o momento, o Barcelona, de Messi, levou a melhor sobre o Manchester United, de Cristiano Ronaldo, e se sagrou campeão europeu. Os catalães venceram a final da Liga dos Campeões por 2 a 0, nesta quarta-feira, em Roma, e levaram para casa pela terceira vez o principal troféu do Velho Continente.

O duelo particular entre os dois melhores jogadores do mundo acabou amplamente favorável para Messi, que fez o segundo gol do Barcelona no jogo (Eto'o fez o primeiro). Cristiano Ronaldo, além de perder o jogo, também perdeu a linha em alguns momentos e abusou de jogadas violentas.

Barça leva inédita tríplice coroa

A conquista coroa um ano espetacular do Barcelona, que pela primeira vez em sua história conquistou a tríplice coroa. Além de levar para casa a Liga dos Campeões, o time também ganhou o Campeonato Espanhol e a Copa do Rei da Espanha

O Barcelona foi melhor em campo a maior parte do tempo, e deu show também nas arquibancadas do estádio Olímpico. A torcida catalã foi bem mais animada antes e durante a grande final da Liga dos Campeões.

No lado do Barcelona, o técnico Pep Guardiola pôde escalar seu trio ofensivo completo. Henry, que não jogava havia quase um mês, foi titular ao lado de Eto'o e Messi. No meio, Iniesta, recuperado de lesão muscular, atuou ao lado de Xavi e do volante Busquets. Sylvinho ocupou a vaga do suspenso lateral-esquerdo Abidal, enquanto Puyol foi deslocado para a lateral direita, no lugar do também sancionado Daniel Alves. A dupla de zaga teve Touré e Piqué.

Veja a galeria de fotos da final em Roma

No Manchester, o brasuca titular foi Anderson (Rafael ficou no banco), que teve Carrick e Giggs como companheiros no setor de meio-de-campo. Cristiano Ronaldo e Rooney formaram o setor ofensivo ao lado do coreano Park.

Manchester domina início, mas gol do Barça muda cara do jogo

O Barcelona começou a partida nitidamente mais nervoso que o Manchester. Os Diabos Vermelhos dominaram os minutos iniciais marcando a saída de bola dos rivais. Logo aos 2 minutos, Cristiano Ronaldo assustou em cobrança de falta que Valdés rebateu para o meio da área. Por sorte do Barça, a zaga afastou antes de Park pegar a sobra.

Os Diabos seguiram melhores e, uma vez mais com Cristiano Ronaldo, chegaram com perigo aos 8 minutos. O gajo recebeu no lado esquerdo da área, ajeitou e bateu firme. A bola saiu perto do poste esquerdo do goleiro Valdés.

Mas o domínio do Manchester United ruiu aos 10 minutos. Em sua primeira chegada de perigo, o Barça abriu o marcador. Eto'o arrancou pelo lado direito, deu um lindo corte em Vidic e bateu de bico. Van der Sar ainda tocou na bola, que foi parar no fundo da rede.

Em desvantagem, quem mostrou certo descontrole nos lances subsequentes foi a equipe inglesa. Um recuo de bola mal-feito acabou saindo pela linha de fundo. Depois, Anderson deu uma furada bisonha em lance no meio-campo.

Aos poucos, Messi, que estava sumido na partida, começou a aparecer. O argentino assustou Van der Sar com uma bomba de fora da área que saiu rente ao travessão, aos 19 minutos.

O panorama até o fim do primeiro tempo seguiu sendo o Barcelona mais com a bola, sem sofrer muitos riscos, embora também não muito contundente. Cautelosas, as equipes se respeitaram e o placar ao fim do primeiro tempo continuou 1 a 0 para o Barça, que foi para o vestiário muito aplaudido por seus torcedores.

No segundo tempo, Alex Ferguson tentou pôr o Manchester mais ofensivo e sacou Anderson para lançar Tevez. A mexida não surtiu o efeito esperado logo de cara e o Barcelona passou a dominar ainda mais. Nos dez primeiros minutos, o Manchester assistiu ao rival jogando. Aos 7, Xavi carimbou a trave de Van der Sar em cobrança de falta da meia-lua.

Aos poucos, o Barça recuou para sair nos contragolpes. O Manchester apareceu bem duas vezes pelo lado direito, com Rooney cruzando para a área. Na primeira, Cristiano Ronaldo não alcançou na pequena área. A segunda foi travada por Piqué.

Aos 20 minutos, Ferguson fez outra substituição para tentar deixar o Manchester mais ofensivo. O treinador tirou Park e mandou a campo o atacante Berbatov. Muito exposto, o Manchester pagou caro.

Aos 25, Xavi avançou pela direita e levantou com açúcar para Messi, livre na grande área. La Pulga subiu com estilo e testou no canto oposto de Van der Sar. Um belo gol do Barcelona.


O Manchester não se entregou e por pouco não diminuiu dois minutos mais tarde, com Cristiano Ronaldo. Após cruzamento que passou por toda a área, Cristiano Ronaldo recebeu no lado esquerdo e bateu na saída de Valdés. A bola desviou no goleiro e foi para fora.

A tônica do jogo seguiu a mesma, com o Manchester tentando o ataque de forma desordenada e o Barcelona muito perigoso nos contra-ataques. Nervoso, Cristiano Ronaldo acertou Puyol três vezes em jogadas diferentes (uma cotovelada, um carrinho e uma trombada) e acabou advertido com o cartão amarelo.

Scholes, que entrou no lugar de Giggs, também levou amarelo por falta muito violenta em Busquets. Alheio às pancadas, o Barça seguiu sereno na partida.

No fim, o Barça levou o título e encerrou uma freguesia que tinha perante os Diabos Vermelhos. Nos outros três confrontos mata-mata com os ingleses por copas europeias, os espanhóis haviam perdido. E que hora mais apropriada para quebrar a escrita.

Ficha técnica:
BARCELONA 2 x 0 MANCHESTER UNITED
BARCELONA
Valdés, Puyol, Touré, Piqué e Sylvinho; Busquets, Xavi e Iniesta (Pedro); Messi, Eto'o e Henry (Keita).
Técnico: Josep Guardiola.
MANCHESTER UNITED
Van der Sar, O'Shea, Ferdinand, Vidic e Evra; Carrick, Anderson (Tevez) e Giggs (Scholes); Park (Berbatov), Rooney e Cristiano Ronaldo.
Técnico: Alex Ferguson.
Gols: Eto'o, aos 10 minutos do primeiro tempo, e Messi, aos 25 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Piqué (BAR), Cristiano Ronaldo, Vidic e Scholes (MAN).
Estádio: Olímpico de Roma (ITA). Data: 27/05/2009.
Árbitro: Massimo Busacca (SUI).
Auxiliares: Matthias Arnet (SUI) e Francesco Buragina (SUI).

terça-feira, 26 de maio de 2009

4 Rodada:Série B

ABC 2X1 FORTALEZA
ABC vence de virada na estreia de Giba no comando do Fortaleza

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Na estreia do técnico Giba no comando do Fortaleza, o Tricolor de Aço continuou parado na tabela sem marcar pontos na Série B do Brasileirão. Na noite desta terça-feira, no Estádio Machadão, em Natal, o ABC conseguiu uma bela virada em cima do time cearense, vencendo por 2 a 1 (veja os gols no vídeo ao lado). A equipe potiguar, que também estava zerado na tabela de classificação, consegue seus primeiros três pontos na Segundona. O jogo marcou a abertura da quarta rodada da competição.

Agora, o ABC ocupa a provisória 16ª posição, enquanto o time cearense, ainda sem ponto, fica na lanterna, com pior saldo de gols que o Campinense, que também tem zero ponto.

Veja a classificação da Série B do Brasileirão

O Fortaleza abriu o placar aos 12 minutos, como atacante Luiz Carlos. Nos acréscimos da primeira etapa, Gaúcho igualou o placar de pênalti. Na etapa complementar, aos 36, Fábio Silva virou o jogo, para alegria dos alvinegros presentes no Machadão.

O ABC só volta a jogar no dia 6 de junho, sábado, quando visita o Bahia, em Pituaçu. Um dia antes, o Fortaleza recebe o Duque de Caxias, no Castelão.

CEARÁ 2X2 FIGUEIRENSE
Figueira sai na frente, mas cede empate para o Ceará, no estádio Castelão



O Figueirense deixou escapar a liderança provisória da Série B do Campeonato Brasileiro na abertura da quarta rodada, na noite desta terça-feira. Depois de estar perdendo por dois gols de diferença, o Ceará reagiu e arrancou um empate por 2 a 2 no estádio Castelão, em Fortaleza (assista aos gols no vídeo ao lado). Com o resultado, o Figueira conquistou o sétimo ponto na competição e chegou à terceira colocação. O Vovô, que continua sem vencer, ocupa a 17ª colocação na tabela com dois pontos.

O Figueirense abriu dois gols sobre o Ceará através de Roger, aos 13 minutos do primeiro tempo e Rafael Coelho, aos 10 minutos do segundo. A reação do Ceará saiu dos pés de Preto, que anotou aos 20 e aos 24 minutos do segundo tempo.

Na próxima rodada da Série B, o time catarinense enfrenta Guarani, sexta-feira, dia 5 de junho, no estádio Orlando Scarpelli. No mesmo dia, o Ceará vai a Goiânia enfrentar o Vila Nova, no Serra Dourada.

domingo, 24 de maio de 2009

3 Rodada:Série A

PALMEIRAS 0X0 SÃO PAULO
Em clássico equilibrado, goleiros garantem o 0 a 0 de Palmeiras e São Paulo

O São Paulo dominou o primeiro tempo e o Palmeiras tomou conta do segundo. No equilibrado clássico deste domingo no Palestra Itália, o empate de 0 a 0 foi metade culpa da falta de pontaria dos atacantes e metade mérito dos goleiros. O resultado acabou sendo pior para o Tricolor, que segue sem vencer após três rodadas deste Campeonato Brasileiro.

O São Paulo começou bem mais perigoso. Seguro no sistema defensivo, com Eduardo Costa como um carrapato e com os três zagueiros – André Dias, Miranda e Richarlyson – bem postados, o Tricolor tinha tranquilidade e espaços para sair jogando e armar contra-ataques. Nos primeiros minutos, só o visitante jogou.

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO E OS PRÓXIMOS JOGOS DO BRASILEIRÃO

Aos sete, a primeira chance. Hugo chutou de longe e o tiro nem foi dos mais difíceis, mas Marcos soltou a bola e assustou a torcida palmeirense. Aos oito, mais uma investida são-paulina. Após cruzamento de Hugo, Washington dividiu com Marcão pelo alto e a bola sobrou para André Dias. O zagueiro cabeceou e Marcos defendeu. Na sequência, Washington mandou para a área novamente e Jorge Wagner errou o alvo na cabeçada.

Só dava São Paulo. O Verdão parecia pedir para tomar o gol. Aos 12, depois de um erro da zaga palmeirense na saída de bola, Dagoberto foi lançado e ficou cara a cara com Marcos, que, de novo, fez grande defesa. O Palmeiras, que não conseguia espaço para jogar e tinha dificuldade para brecar o adversário, só foi reagir aos 20 minutos. A primeira chance de gol, ainda que remota, foi num chute de longe de Diego Souza, que Denis defendeu.

As duas melhores oportunidades do primeiro tempo, porém, estavam guardadas para os minutos finais. Do lado verde, Keirrison completou um cruzamento de Wendel e chutou, à queima roupa, para Denis pegar. No ataque do Tricolor, Washington finalizou ainda mais de perto e Marcos fez mais um dos seus milagres...

Ao sair para o intervalo, os dois técnicos foram para cima do árbitro Rodrigo Braghetto. Muricy Ramalho cobrava um segundo cartão amarelo – seria o vermelho – para Jumar, que brecou um contra-ataque são-paulino com falta. Já Vanderlei Luxemburgo não queria deixar o rival pressionar o juiz e ficou marcando os passos do treinador tricolor.

SEGUNDO TEMPO PALMEIRENSE

Na volta para o segundo tempo, vendo que seu time estava em desvantagem, foi Luxemburgo quem mexeu: trocou Danilo e Mozart por Lenny e Souza. E o Palmeiras dos últimos 45 minutos foi completamente diferente. Agora, de fato, jogando como o verdadeiro dono da casa.

Aos três, Cleiton Xavier testou Denis de fora da área. Aos oito, Miranda derrubou Diego Souza dentro da área, mas o juiz mandou seguir o lance. Logo depois foi a vez de Lenny desperdiçar oportunidade quase debaixo do travessão. Aos 11 Keirrison também chutou para fora a sua chance.

Ao contrário da primeira etapa, o São Paulo mal conseguia ficar com a posse de bola e raramente passava da linha do meio-de-campo. Para tentar mudar o cenário Muricy tirou o apático Hernanes para a entrada de Arouca. Mas o Verdão não deixava o Tricolor respirar...

Muricy ainda substituiu Hugo por Junior Cesar e Jorge Wagner por André Lima. Já Luxemburgo mandou Ortigoza para o lugar de Keirrison. Em má fase com o gol, o K9 saiu de campo sob vaias. A sorte dele é que o público do Palestra Itália foi decepcionante – 12 mil pessoas – e o protesto não foi mais sonoro.

A exemplo do primeiro tempo, quando o São Paulo pressionou e recuou, o Palmeiras também diminuiu o ritmo com o passar do tempo. Depois que Maurício Ramos foi expulso, aos 30 minutos, e o time não tinha mais direito a fazer nenhuma substituição, o 0 a 0 passou a ser um placar interessante. E ninguém conseguiu balançar a rede até o juiz apitar o fim do jogo. Bem que os são-paulinos tentaram no finalzinho, só que Marcos não deixou: aos 43 pegou chute de Dagoberto e aos 46 evitou gol certo de Washington. Por falta violenta, Richarlyson ainda recebeu cartão vermelho. E, aos 49, Denis fez o seu milagre.

Agora, os dois times voltam as suas atenções para as quartas de final da Taça Libertadores da América (se é que não estavam pensando nisso durante o clássico também). Na quarta-feira, o São Paulo encara o Cruzeiro no Mineirão. Na quinta, o Palmeiras recebe o Nacional (URU) no Palestra. Pelo Campeonato Brasileiro, as equipes só voltam a jogar no próximo domingo: o Tricolor repete o duelo com a Raposa no Morumbi e o Verdão visita o Barueri.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0 x 0 SÃO PAULO
PALMEIRAS
Marcos; Maurício Ramos, Danilo (Lenny) e Marcão; Wendel, Jumar, Mozart (Souza), Cleiton Xavier e Armero; Diego Souza e Keirrison (Ortigoza).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
SÃO PAULO
Denis; André Dias, Miranda, Richarlyson; Zé Luís, Eduardo Costa, Hernanes (Arouca), Hugo (Junior Cesar) e Jorge Wagner (André Lima); Dagoberto e Washington.
Técnico: Muricy Ramalho
Cartões amarelos: Jumar (P) e Zé Luís (SP)
Cartão vermelho: Maurício Ramos (P) e Richarlyson (SP)
Público: 12.000 pagantes / Renda: R$ 472.201,24
Estádio: Palestra Itália. Data: 24/5/2009.
Árbitro: Rodrigo Braghetto (SP).
Auxiliares: Ednilson Corona (SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP).


GRÊMIO 2X0 BOTAFOGO
Na estreia de Autuori, Grêmio vence o Botafogo no Olímpico



Novidade, apenas à beira do campo. No dia em que Paulo Autuori estreou como seu técnico, o Grêmio voltou a se impor em um Estádio Olímpico cheio e venceu por 2 a 0 o Botafogo, neste domingo, mantendo uma invencibilidade em casa sobre o adversário que já dura 11 anos, em partidas pelo Campeonato Brasileiro.

O Grêmio conquistou sua primeira vitória na competição e agora soma quatro pontos em três rodadas. O Alvinegro, que ainda não venceu no Brasileiro de 2009, permanece com dois pontos.

O Botafogo vai tentar a recuperação recebendo o Sport no Engenhão, no próximo sábado. Antes de enfrentar o Vitória, em Salvador, no domingo, o Grêmio viaja para a Venezuela, onde joga contra o Caracas, nesta quarta-feira, no jogo de ida das quartas de final da Libertadores.

Grêmio domina, mas perde muitas chances no primeiro tempo

Mesmo com o pensamento voltado para a competição sul-americana, o Grêmio enfrentou o Botafogo empolgado pela estreia de Paulo Autuori. Dispostos a mostrar serviço ao novo treinador, os jogadores do time gaúcho não demoraram muito a tomar conta da partida. A equipe alvinegra logo se viu dominada e entregue ao adversário.

Carente de um jogador de ligação, o Botafogo errava muito nos passes, o que o impedia de construir jogadas de ataque. Isolado na frente, Victor Simões mostrava impaciência. A deficiência técnica beneficiou o Grêmio, que chegava com facilidade à frente, mas falhava nas conclusões.

Irritado com a quantidade de bolas que via chegar à sua baliza, o goleiro Castillo procurava orientar a defesa, que dava espaços à linha de frente do Grêmio. Aos 18 minutos, o lateral-esquerdo Fábio Santos concluiu por cima do gol uma boa jogada de Jonas com Souza, e aos 31, o zagueiro Léo acertou a trave após pegar o rebote de uma falta cobrada na área.

Pouco criativo e disperso, o Botafogo levou perigo apenas no final da primeira etapa, depois que Juninho cobrou falta de longe e deu trabalho ao goleiro Victor, que espalmou.

O Botafogo voltou para o segundo tempo com duas modificações: o zagueiro Wellington entrou no lugar de Gabriel, com Eduardo sendo deslocado para a lateral esquerda. Além disso, o meia Rodrigo Dantas foi substituído pelo atacante Jean Coral, numa tentativa de dar maior poder ofensivo ao time.

Os resultados logo apareceram. O Alvinegro voltou melhor, chegando com mais facilidade ao ataque, e, embora tenha construído jogadas, levou perigo ao Grêmio apenas em mais uma jogada de bola parada. Juninho cobrou falta aos sete minutos e acertou uma bomba na trave esquerda de Victor.

E no momento em que não atuava bem, o Grêmio mostrou a eficiência que faltou na primeira etapa. Na tentativa de impedir uma tabela adversária, Leandro Guerreiro afastou a bola nos pés de Jonas, que chutou de bico no canto direito de Castillo, fazendo 1 a 0 aos 12 minutos.

O gol fez com que o Grêmio tomasse novamente o controle da partida. Com a vantagem garantida e uma viagem para a Venezuela à frente, o time começou a valorizar a posse de bola, envolvendo o Botafogo. A equipe carioca tentava ir à frente, mas continuava a esbarrar nos erros de passe.

E foi na base do toque de bola que o Grêmio marcou o segundo gol, aos 33 minutos. Após jogada iniciada por Douglas Costa, Maxi López recebeu e tocou de calcanhar para Fábio Santos, que apareceu livre no meio da área para completar e decretar a vitória por 2 a 0.



Assista no vídeo acima a análise de Luís Roberto e Falcão sobre a vitória do Grêmio sobre o Botafogo

Ficha técnica:
GRÊMIO 2 x 0 BOTAFOGO
GRÊMIO
Victor, Léo, Rafael Marques e Rever (Thiego); Ruy, Túlio, Tcheco, Souza (Douglas Costa) e Fábio Santos; Jonas (Herrera) e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori.
BOTAFOGO
Castillo, Leandro Guerreiro, Juninho e Eduardo; Alessandro (Diego), Fahel, Túlio Souza, Rodrigo Dantas (Jean Coral) e Gabriel (Wellington); Tony e Victor Simões.
Técnico: Ney Franco.
Gols: Jonas, aos 12, e Fábio Santos, aos 33 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rever (Grêmio); Gabriel, Eduardo, Tony (Botafogo).
Estádio: Olímpico, em Porto Alegre (RS). Data: 24/05/2009.
Árbitro: Sálvio Spinola (Fifa/SP).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Alessandro Rocha de Matos (Fifa/BA).


ATLÉTICO - PR 2X3 NÁUTICO
Em jogo emocionante, Náutico vence de virada o Atlético-PR na Arena da Baixada

O Atlético-PR tinha tudo para conquistar sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro, na tarde deste domingo, na Arena da Baixada. A equipe do técnico Geninho, vencia o Náutico por 2 a 0, mas acabou levando a virada no segundo tempo da partida e a torcida foi para casa frustrada com o resultado final. O Furacão se manteve com apenas um ponto na classificação e o time pernambucano chegou aos sete. Anderson Lessa foi o grande destaque do jogo. O Atacante entrou na etapa final e teve participação direta no resultado depois de marcar dois gols para o Timbu.

O próximo jogo do Furacão será contra o Flamengo, domingo, às 16h, no Maracanã. Já a equipe do Timbu recebe o Fluminense no mesmo dia e horário, no estádio dos Aflitos, no Recife.

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro

Furacão começa melhor, mas leva susto aos nove

O Atlético-PR começou melhor a partida. A equipe contou com o apoio da torcida para tomar a iniciativa na partida, mas não conseguiu concluir a gol. O Náutico se defendia como podia e chegou pela primeira vez com perigo aos nove minutos e quase abriu o placar. Derlei avançou pela direita e cruzou rasteiro. A bola passou por todo mundo e sobrou sozinha para Gilmar que perdeu um gol incrível chutando para fora.

A torcida atleticana começou a mostrar nervosismo com a falta de criatividade do time, mas aos 24 minutos ele festejou. Márico Azevedo lançou para Wallyson pela esquerda. O atacante aproveitou uma indecisão entre o zagueiro e o goleiro, se antecipou e conseguiu finalizar para o fundo das redes.

O lance parece que motivou a equipe. Nove minutos depois, Wesley dividiu com o zagueiro Asprilla e a bola sobrou para Wallyson que driblou o goleiro Eduardo antes de marcar o segundo gol do time na partida. O jogo ficou tenso. O árbitro teve que conter os jogadores, principalmente o zagueiro Asprilla, do Náutico, que acabou recebendo cartão amarelo.

Gladstone empata no início do segundo tempo

O Náutico voltou para a etapa final determinado e conseguiu diminuir o placar logo aos dois minutos. Carlinhos Balo cobrou uma falta para a área, a zaga tirou e, no rebote, Gladstone finalizou com categoria no canto esquerdo do goleiro Galatto que não teve chances.

A pequena torcida do Timbu que marcava presença na arena da Baixada ficou ainda mais feliz nove minutos depois. Carlinhos Bala cruzou na área, o Galatto falhou feio e o atacante Anderson Lessa, que havia entrado no lugar de Eduardo Eré, empatou o jogo. O time pernambucano quase desempatou aos 17. Gilmar avançou pela direita, driblou Antônio Carlos e finalizou para a defesa de Galatto.

O Atlético-PR começou a pressionar e levantou a torcida aos 32. Rafael Moura recebeu bom passe dentro da área e soltou a bomba. A bola explodiu no travessão. O Náutico se defendia como podia e tentava sair no contra-ataque. A opção deu certo aos 37. Gilmar achou Anderson Lessa sozinho na entrada da área, o atacante dominou e finalizou com perfeição para virar e dar números finais ao jogo.


Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 2 x 3 NÁUTICO
ATLÉTICO-PR
Galatto; Raul, Antônio Carlos, Rafael Santos e Márcio Azevedo (Patrick); Chico, Rafael Miranda, Marcinho (Gabriel) e Wesley(Gustavo); Wallyson e Rafael Moura
Técnico: Geninho
NÁUTICO
Eduardo; Gladstone(Negretti), Vágner Silva e Asprilla; Eduardo Eré (Anderson Lessa), Johnny, Derley, Dinda (Juliano) e Welliington; Carlinhos Bala e Gilmar
Técnico: Waldemar Lemos
Gols: Wallyson aos 24 minutos e aos 35 do primeiro tempo. Gladstone, aos dois, e Anderson Lessa aos 11 e aos 37 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Wesley(Atlético-PR); Gladstone, Asprilla e Welliington (Náutico).
Estádio: Arena da Baixada. Data: 24/05/2009.
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO).
Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Cristian Passos Sorence (GO).


FLUMINENSE 1X4 SANTOS
Santos aproveita a má atuação do Fluminense e goleia no Maracanã



O Santos não quis saber do abatimento do Fluminense por causa da eliminação na Copa do Brasil. Mesmo jogando no Maracanã, o time da Vila Belmiro goleou por 4 a 1, de virada, com excelentes atuações de Madson e Kleber Pereira (assista aos melhores momentos). O time tricolor fez uma de suas piores atuações na temporada e o técnico Carlos Alberto Parreira enfrentará problemas durante a semana.

Na próxima rodada, o Fluminense vai a Recife enfrentar o Náutico, domingo, às 16h, nos Aflitos, e o Santos terá o clássico contra o Corinthians, no mesmo horário, na Vila Belmiro.

O primeiro tempo começou com o Fluminense perdido dentro de campo. O Santos dominou as primeiras ações da partida e sempre buscava o ataque pelo lado esquerdo, explorando a velocidade de Madson nas conas de Mariano. Mesmo pior em campo, o Tricolor chegou ao gol. Aos nove minutos, Conca chutou pelo lado esquerdo, a bola desvia na defesa e sobra para Mariano. Ele chuta no canto direito de Fábio Costa e abre o placar.

A vantagem fez bem ao Fluminense. No minuto seguinte, Dieguinho fez um ótimo lançamento para Fred. Ele matou a bola e chutou rasteiro assustando o goleiro santista. Aos 11, novamente Fred finalizou e quase aumentou o placar. Depois dessa pressão tricolor, o nível técnico da partida caiu.

A torcida santista passou a cantar mais alto no Maracanã, que não recebia um grande público, e o Santos cresceu em campo. Aos 29, Domingos cabeceou a bola depois de cobrança de falta e Fernando Henrique salvou o time do empate. Mas aos 37 minutos não teve jeito. Mariano errou na saída de bola e no contra-ataque Madson sofreu falta na entrada da área. Molina cobrou à meia-altura, Roberto Brum se agachou e enganou Fernando Henrique: 1 a 1.

Na volta para o segundo tempo, um detalhe curioso. O atacante Fred trocou a camisa e vestiu uma da coleção passada, diferente da que os seus companheiros de time estavam usando. O Fluminense começou desligado e o Santos se aproveitou disso para marcar o segundo gol e virar o placar.

Aos seis minutos, Edcarlos cortou a bola de cabeça para a entrada da área. Roberto Brum matou e lançou para Madson. Ele teve a tranqüilidade para driblar Fernando Henrique e chutar para o gol vazio. Mesmo depois de sofrer a virada, o Fluminense não conseguiu equilibrar o jogo. Parreira colocou Maurício e Alan, nas vagas de Marquinho e Maicon

E a situação ficou ainda pior aos 20 minutos. Dieguinho fez falta em Madson e como era o último jogador da defesa, acabou recebendo o cartão vermelho. Com um a menos, o time tricolor se perdeu completamente em campo. O Santos dominou o Fluminense e a goleada foi construída naturalmente.

Aos 39 minutos o técnico Vagner Mancini colocou Neymar em campo. No seu primeiro toque na bola, ele encontrou Madson livre na ponta esquerda. Ele cruzou para área e Kleber Pereira entrou de carrinho para marcar o terceiro. Depois do gol, a torcida do Fluminense começou a vaiar os jogadores e chamar o time de sem-vergonha.

O abatimento tomou conta do time de Parreira e o quarto gol saiu dois minutos depois. Neymar chutou forte da entrada da área e Fernando Henrique espalmou para o lado. Kleber Pereira ganhou na corrida da defesa, fez o quarto gol e fechou a goleada santista.

Ficha técnica:
FLUMINENSE 1 x 4 SANTOS
FLUMINENSE
Fernando Henrique, Mariano (Eduardo Ratinho), Luiz Alberto, Edcarlos e Dieguinho; Wellington Monteiro, Marquinho (Maurício), Conca e Thiago Neves; Maicon (Alan) e Fred.
Técnico: C.A. Parreira
SANTOS
Fábio Costa; Luizinho, Fabão, Domingos e Léo (Pará); Roberto Brum, Molina (Neymar), Rodrigo Souto e Mádson; Paulo Henrique (Paulo Rodrigues) e Kléber Pereira.
Técnico: Vágner Mancini.
Gols: Mariano, aos nove, Molina, aos 37 minutos do primeiro tempo; Madson, aos seis, Kleber Pereira, aos 39 e aos 41 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Luiz Alberto (Fluminense); Léo, Molina (Santos).
Cartões vermelho: Dieguinho, Eduardo Ratinho (Fluminense).
Estádio: Maracanã. Data: 24/05/2009.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS/FIFA).
Auxiliares: José Antônio Filho (RS) e Julio Cesar Santos (RS)
Renda: R$ 164.071,50.
Público: 13.274 pagantes.


AVAÍ 2X2 CORITIBA
Avaí mantém rotina de empates e Coxa faz seu primeiro ponto no Brasileiro



O Avaí manteve sua invencibilidade no Campeonato Brasileiro na noite deste domingo. Jogando na Ressacada, o time empatou por 2 a 2 com o Coritiba, que somou seu primeiro ponto na competição nacional, após três rodadas.

Com o resultado, o Leão chegou ao terceiro empate no campeonato e, com três pontos, ocupa o 13º lugar. O Coxa, que tem dado mais atenção para a Copa do Brasil, deixou a lanterna e ocupa agora a penúltima posição.

No próximo sábado, às 18h30m, o Coritiba recebe o Goiás no Couto Pereira. Antes disso, o time tem um compromisso importante pelas semifinais da Copa do Brasil. O Coxa enfrenta o Internacional no Beira-Rio, nesta quarta-feira, às 21h50m. O Colorado será também o próximo adversário do Avaí, na quarta rodada do Brasileirão. As equipes se enfrentam no domingo, às 18h30m, em Porto Alegre.

Um minuto que valeu por 45

O jogo demorou a empolgar. Com muita disputa no meio-campo, as equipes tinham dificuldade para criar. Um pouco melhor, o Avaí teve sua primeira boa chance apenas aos 23 minutos. Caio cruzou, Muriqui chutou mal e William desviou de cabeça, mas Vanderlei defendeu. O time da casa chegou mais uma vez no minuto seguinte. William rolou para Evando, que chutou para fora.

Aos 35 minutos, o Leão foi premiado com um gol. Primeiro, William chutou de dentro da área e Vanderlei fez grande defesa. Na sequência, Evando recebeu de Caio, driblou o goleiro e tocou para Muriqui apenas empurrar para o gol aberto.

A torcida catarinense nem teve tempo para comemorar. Logo na saída de bola, Hugo recebeu passe dentro da área e tocou por cima de Eduardo Martini, na saída do goleiro. O Avaí teve ainda mais uma chance na primeira etapa, mas Pereira conseguiu evitar o chute de Evando na linha da pequena área, depois de cruzamento de William.

Correria desde o início

O segundo tempo manteve o ritmo intenso do fim do primeiro e, logo aos seis minutos, o time da casa acertou a trave. Evando bateu falta e William, que estava na barreira, desviou. O goleiro Vanderlei ficou apenas olhando a bola explodir no travessão.

O Coxa respondeu rápido e dois minutos depois Bruno Batata deixou a marcação para trás e chutou para a defesa tranquila de Eduardo Martini. O time chegou mais uma vez no lance seguinte, mas dessa vez de forma melhor. Marcos Aurélio invadiu a área e chutou forte, mas o goleiro espalmou. Na sobra, o próprio atacante cruzou para Marcelinho Paraíba escorar e fazer 2 a 1.

Empurrado pela torcida, o Avaí não desanimou. Aos 14 minutos, Ferdinando cobrou falta com força e Vanderlei espalmou. No rebote, Marcus Vinícius, impedido, chutou e Pereira cortou com a mão, mas o árbitro não marcou nenhuma das infrações. Pressionando, o Leão chegou ao empate aos 28, quando Ricardinho acertou um belo chute de primeira depois do cruzamento de Evando.

Ficha técnica:
AVAÍ 2 x 2 CORITIBA
AVAÍ
Eduardo Martini; Ferdinando, André Turatto, Émerson e Uendel; Marcus Vinícius, Pingo (Ricardinho), Caio e Muriqui; Evando e William (Luis Ricardo).
Técnico: Silas.
CORITIBA
Vanderlei; Pereira, Felipe e Demerson; Márcio Gabriel, Jaílton, Leandro Donizetti, Carlinhos Paraíba (Leozinho) e Marcelinho Paraíba; Marcos Aurélio (Ramon) e Hugo (Bruno Batata).
Técnico: René Simões.
Gols: Muriqui, aos 35, e Hugo, aos 35 minutos do primeiro tempo; Marcelinho Paraíba, aos 9, e Ricardinho, aos 28 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Evando, Ferdinando, Émerson, Eduardo Martini e Uendel (Avaí); Carlinhos Paraíba, Jaílton, Felipe, Marcelinho Paraíba e Demerson (Coritiba).
Estádio: Ressacada. Data: 24/05/2009.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ).
Auxiliares: Hilton Moutinho (RJ) e Marco Aurélio dos Santos Pessanha (RJ).

SANTO ANDRÉ 1X2 FLAMENGO
Inspirado, Josiel brilha e dá vitória ao Flamengo contra o Santo André



Artilheiro é sempre perigoso. Quando está inspirado, então, é fatal. E assim foi Josiel na noite deste domingo, em jogo válido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Com dois gols do camisa 9, o Flamengo venceu o Santo André por 2 a 1, no estádio Bruno José Daniel, no ABC paulista, e conquistou sua primeira vitória na competição. O adversário, por sua vez, perdeu a invencibilidade.

Embora estivesse atuando como visitante, o Rubro-Negro contou com apoio maciço dos seus torcedores, que reverenciaram o herói da noite: Josiel. Personagem que nos jogos mais importantes do Flamengo na temporada, como as finais do Estadual e nos duelos decisivos da Copa do Brasil, foi preterido pelo técnico Cuca. Mesmo assim, ele é o artilheiro do clube da Gávea na temporada, agora com 13 gols.

O triunfo desta noite não só deu ao Flamengo um gostinho de vingança por conta da derrota para o Ramalhão, no Maracanã, na final da Copa do Brasil de 2004, como também ajudou o elenco a esquecer a eliminação na mesma competição para o Internacional, na última quarta-feira. Além, é claro, de tranquilidade no Brasileiro.

Com os três pontos conquistados fora de casa, a equipe do Rio de Janeiro tem agora quatro pontos e embola a zona intermediária da tabela, em décimo. O Santo André (sétimo), por sua vez, tem o mesmo número de pontos. A equipe paulista perdeu a chance de manter a perseguição ao líder Internacional, único com 100% de aproveitamento.

Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Santo André joga fora de casa. Encara o Atlético-MG, no sábado, às 18h30m, em Belo Horizonte. No dia seguinte, às 16h, o Flamengo duela com o Atlético-PR, no Rio de Janeiro.

Equilíbrio dá o tom




A presença em grande número da torcida pode até ter feito os jogadores do Flamengo se sentirem em casa, mas quem logo de cara mostrou que era o verdadeiro mandante foi o Santo André. Com apenas 22 segundos de jogo, o atacante Antônio Flávio arriscou de longe e quase enganou Bruno, que espalmou.

O Rubro-Negro bem que tentou revidar em seguida, com Josiel avançando pela lateral esquerda. Mas não deu certo. Mantendo postura agressiva no ataque, o Ramalhão chegou ao gol aos 2 minutos, porém o árbitro anulou. Após escanteio cobrado por Marcelinho Carioca, Nunes subiu para cabecear, mas fez falta.

Depois desse susto, o Fla acordou em campo e inverteu a pressão. Aos 12 minutos, chegou em chute de Kleberson que passou longe do gol. Dois minutos depois, ele mesmo deu ótimo passe para Everton Silva concluir em cima de Neneca. Mais tarde, aos 19, foi Ibson quem arriscou da meia-lua e mandou pela linha de fundo.

O bom momento dos cariocas empolgou os rubro-negros que foram ao estádio Bruno José Daniel. Pressionado em campo e também pela arquibancada, o Santo André deu mais espaços para o Flamengo tentar o seu gol. Aos 29 minutos, após cruzamento de Everton da esquerda, Gustavo Nery falhou e Josiel foi parado por Neneca.

A insistência de Josiel foi premiada aos 31 minutos (veja no vídeo acima). Ibson cobrou escanteio da direita e o atacante subiu mais do que todos os zagueiros para cabecear no canto direito de Neneca, que se esticou todo mas não conseguiu evitar o gol rubro-negro. Em vantagem, porém, o Flamengo se acomodou um pouco. E o Santo André empatou.

Depois de assustar aos 37 minutos com chute de Marcelinho Carioca que o goleiro Bruno espalmou para fora da área, os donos da casa igualaram o marcador aos 43. O atacante Nunes recebeu na grande área, protegeu e rolou para a conclusão do volante Ricardo Conceição, que bateu forte, sem chances para o goleiro do Fla.

Josiel matador

Na etapa final, quem começou a todo vapor foi o Flamengo. Aos 3 minutos, Josiel tabelou com Everton Silva e chutou forte. Só que a bola parou na zaga do Santo André, que aos 6 respondeu. Marcelinho Carioca cobrou falta da direita e Pablo Escobar desviou de cabeça. No entanto, sem força suficiente para assustar.

Um minuto depois, o próprio Pablo Escobar levou perigo. Após disputa de Marcelinho Carioca com Airton, ele ficou com a sobra e chutou. Kleberson, atento, salvou. Mantendo o ritmo intenso do jogo, o Flamengo criou boa chance aos 11. Everton Silva fez boa jogada e rolou para Obina chutar para fora, totalmente livre.

Foi o suficiente para a torcida rubro-negra começar a pegar no pé do atacante. Em coro, os torcedores xingaram e vaiaram aquele que já foi xodó. Aos 15 minutos, o técnico Cuca resolveu sacar Obina e colocar Erick Flores. Quando perceberam a mudança, os flamenguistas aplaudiram a decisão do treinador.

Quatro minutos depois, o Santo André deu um susto no Fla. Ricardo Goulart chutou, o goleiro Bruno ficou apenas olhando a bola passar e tocar a trave. Mas o Flamengo, melhor em campo, respondeu rapidamente. E com um golaço. Aos 20, Ibson lançou Josiel, que em belo lance tocou por cobertura na saída do goleiro Neneca.

Com total domínio da partida, a equipe do técnico Cuca quase chegou ao terceiro gol aos 27 minutos. Erick Flores avançou e tocou para Ibson. O volante, com boa visão de jogo, rolou para Everton Silva, que apareceu em velocidade pela direita. Só que o goleiro Neneca se arriscou nos pés do lateral e ficou com a bola.

Daí por diante, o Santo André não teve mais forças para tentar uma reação, e o Flamengo administrou a posse de bola, alternando com momentos de pressão.

Ficha técnica:
SANTO ANDRÉ 1x2 FLAMENGO
SANTO ANDRÉ
Neneca; Dionísio (Junior Dutra), Cesinha, Marcel e Gustavo Nery; Fernando, Ricardo Conceição, Marcelinho Carioca e Pablo Escobar (Rodriguinho); Antônio Flávio (Ricardo Goulart) e Nunes.
Técnico: Sérgio Guedes.
FLAMENGO
Bruno; Everton Silva, Airton, Ronaldo Angelim e Everton (Fierro); Toró (Welinton), Willians, Ibson e Kleberson; Obina (Erick Flores) e Josiel.
Técnico: Cuca.
Gols: Josiel, aos 31 minutos, e Ricardo Conceição, aos 43 do primeiro tempo; Josiel, aos 20 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Gustavo Nery, Dionísio, Ricardo Goulart (SA); Willians, Kleberson (F).
Público: 8.819 pagantes. Renda: R$ 197.685,00
Estádio: Bruno José Daniel. Data: 24/05/2009.
Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA).
Auxiliares: Raimundo Carneiro de Oliveira (BA) e Adson Marcio Lopes Leal (BA).


SPORT 2X3 ATLÉTICO - MG
Galo vence Sport, quebra tabu e agora é terceiro colocado, com show de Éder Luís

Demorou, mas foi com estilo. Em toda a história do Brasileiro, o Galo jamais havia vencido o Sport na Iha do Retiro até este domingo. E bastou fazer um bom primeiro tempo para sair de Recife com uma vitória de 3 a 2 que põe fim ao jejum e deixa o time com sete pontos ganhos, em terceiro lugar - perde no saldo de gols para o Náutico a vice-liderança. No fim do primeiro tempo, o Atlético já tinha a vantagem de 3 a 0, comandado por Éder Luís, autor de dois gols com apenas dez minutos de jogo - um deles dos mais bonitos do Brasileirão, fazendo fila na defesa defesa rubro-negra - e Márcio Araújo - que marcou o terceiro gol.

O Sport, que reagiu no segundo tempo com um gol contra de Jonílson no início e outro de Dutra no fim, pagou pela apatia na maior parte do jogo, e agora, após a eliminação da Libertadores, amarga a lanterna do Brasileiro, com apenas um ponto ganho. Na próxima rodada, o Leão vai ao Rio enfrentar o Botafogo, sábado, no Engenhão. O Atlético Mineiro. no mesmo dia, receberá o Santo André, no Mineirão.

Dois gols logo no início

Sem o zagueiro Durval e o volante Daniel Paulista, contundidos, o Sport teve de volta o atacante Ciro, que cumpriu suspensão por dois jogos do Brasileiro do ano passado. Mas de pouco adiantou. A defesa estava muito desarrumada sem o esquema de três zagueiros. Bom para o Atlético, que, com quatro pontos na tabela, sonhando com a vitória para chegar à vice-liderança e encostar no Inter - vinha de vitória sobre o Grêmio, no Mineirão -, partiu para cima.

Antes de um minuto, Sérgio Araújo já encontrara um corredor com pouca marcação para arrancar e bater, de fora da área, para fora. O gol do Galo não demorou a acontecer, e com assinatura de gala. Aos cinco minutos, Éder Luís arrancou de antes do meio-campo, livrou-se de Hamilton, César Lucena e Igor e bateu na saída de Magrão, num dos golaços mais bonitos deste Brasileirão.

Com velocidade, o Atlético Mineiro procurou levar vantagem sobre um Sport ainda desarvorado para ampliar logo o placar. E a fraca marcação do time rubro-negro facilitava. Aos 10, Carlos Alberto avançou pela direita, foi à linha de fundo e centrou para trás. Éder Luís, bem colocado e sem marcação, bateu sem defesa.

Leão apático

Sofrer dois gols em dez minutos foi um duro golpe para o Sport. O Galo recuou para sair apenas nos contra-ataques e até deu campo para o Leão, que, muito tenso, errava muitos passes. Aos 26 minutos, Nelsinho trocou um volante, Andrade, pelo meia Fumagalli, para deixar a equipe mais ofensiva. No minuto seguinte, o jogador bateu uma falta no travessão, na única boa oportunidade dos anfitriões na primeira etapa.

Mas a defesa continuava mal posicionada e com muitas falhas individuais - Moacir, Igor e César Lucena erravam na saída de bola. Hamilton e Sandro Goiano não chegavam a um acordo na marcação no meio-campo. Aos 29, Júnior arrancou pela esquerda e centrou para Carlos Alberto chutar de primeira e por pouco ampliar o placar para o Galo. No contra-ataque, Dutra bateu cruzado na área e Wilson só não completou porque Leandro Almeida - que completou 100 partidas com a camisa alvinegra - antecipou-se bem no lance, mostrando que a zaga atleticana estava atenta e segura.

3 a 0 fácil

Aos 38 minutos, Júnior e Márcio Araújo trocavam passes lentamente no meio-campo, sem receber o menor combate do time pernambucano. Apático no jogo, o Leão acabou punido mais uma vez: aos 42, Sérgio Araújo, que queria jogo, aproveitou-se do grande buraco na altura da meia-lua da área do Sport para disparar mais uma vez e bater colocado, à esquerda de Magrão, fazendo 3 a 0 para o Galo.

- Mostramos que estamos no caminho certo e vamos brigar pelo título. Fazer essa vantagem no primeiro tempo foi maravilhosa. Precisamos manter o ritmo até o fim para sair com a vitória - afirmou Éder Luís, melhor jogador em campo.

Leão acorda

Em menos de 30 segundos, o Leão acordou na segunda etapa. Tudo bem que contou com a contribuição de Jonílson. O jogador atleticano tocou de cabeça para dentro das próprias redes um cruzamento de Fumagalli logo com 26 segundos de jogo, diminuindo o prejuízo para 3 a 1.

Foi o combustível necessário para acordar a torcida e o time. Com cinco minutos, o Sport já havia perdido mais duas oportunidades e poderia ter até empatado o jogo: primeiro foi Wilson, que obrigou Juninho a fazer boa defesa. Depois, Weldon, que entrou no lugar de um omisso Ciro, bateu pelo alto para fora, cara a cara com o goleiro atleticano.

Dutra diminui

Aos poucos, o Atlético retomou o controle da partida. Nelsinho resolveu mexer no Sport, tirando Moacir, fraco na lateral direita, para pôr Jonas. Pouco depois, Celso Roth trocou Éder Luís, o nome do jogo, por Alessandro. E se Luciano Henrique obrigou Juninho a fazer uma boa defesa, Alessandro, de cabeça, após centro de Júnior - outro que teve grande atuação -, só não aumentou o placar para o Galo porque o goleiro Magrão salvou no reflexo.

O Atlético ainda teve outra chance para ampliar o placar com Alessandro, que explodiu o travessão de Magrão, aos 39. Deu chance ao inimigo. Dutra diminuiu aos 45 e o Galo acabou levando um susto. Fumagalli, de falta, teve chance de chegar ao empate, mas bateu fraco, nas mãos de Juninho. Seria uma injustiça para o Galo não sair com a vitória.



Ficha técnica:
SPORT 2 x 3 ATLÉTICO-MG
SPORT
Magrão, Moacir (Jonas), Igor, César Lucena e Dutra; Hamilton, Sandro Goiano, Andrade (Fumagalli) e Luciano Henrique; Wilson e Ciro (Weldon).
Técnico: Nelsinho Baptista
ATLÉTICO-MG
Juninho, Carlos Alberto, Leandro Almeida, Welton Felipe e Thiago Feltri; Renan, Jonílson, Márcio Araújo e Júnior; Éder Luís (Alessandro) e Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth
Gols: Éder Luís, aos 5 e 10 minutos, e Márcio Araújo, aos 42 do primeiro tempo; Jonílson (contra), para o Sport, aos 26 segundos, e Dutra, aos 45 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Welton Felipe, Márcio Araújo, Juninho, Júnior e Alessandro (Atlético-MG); César Lucena, Igor, Wilson e Dutra (Sport).
Estádio: Ilha do Retiro. Data: 24/05/2009.
Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez.
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés (MG) e Rodrigo Pereira Joia (RJ) .