sábado, 18 de julho de 2009

12 Rodada:Série B

SÃO CAETANO 4X0 DUQUE DE CAXIAS
São Caetano passa fácil pelo Duque de Caxias e deixa a zona de rebaixamento



Graças à goleada por 4 a 0 sobre o Duque de Caxias, neste sábado à tarde, no Anacleto Campanella, o São Caetano conseguiu, finalmente, sair da zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Azulão foi a 12 pontos e saltou para a 16ª posição. O time de Xerém permanece com 14, na 15ª colocação.

Os gols da vitória foram marcados por Artur, de cabeça, aos 42 minutos do primeiro tempo, Vandinho, de pênalti, aos 11, Everton Ribeiro, aos 17, e Xuxa, aos 34 minutos do segundo tempo.

Na próxima rodada, sexta-feira à noite, o São Caetano enfrenta o Paraná, em Curitiba. O Duque de Caxias recebe o Ceará no Rio de Janeiro.


ATLÉTICO - GO 3X1 FORTALEZA
Atlético-GO vence o Fortaleza em Goiânia e chega à segunda colocação na tabela



O Atlético-GO derrotou o Fortaleza por 3 a 1 na tarde deste sábado, no Serra Dourada, em Goiânia, pela 12ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, a equipe goiana chegou à segunda colocação na tabela, com 23 pontos e sete vitórias (uma a mais que o Vasco). Por sua vez, o time cearense continua com 14, em 13º lugar.

O Fortaleza volta a jogar nesta terça-feira, contra o Bragantino, às 21h, no Ceará. Já o Atlético-GO vai ao Distrito Federal no próximo sábado para encarar o Brasiliense, às 16h.

O primeiro gol da partida saiu logo aos dois minutos de jogo. André Leonel recebeu passe em profundidade na área e tocou na saída do goleiro Alexandre Fávaro.

Na etapa final, o rubro-negro ampliou o placar aos 15 minutos. Em jogada de muita raça pelo lado esquerdo da área, Marcão se livrou da marcação adversária e bateu com força. Foi o sexto gol do jogador na competição.

Aos 25, os visitantes esboçaram uma reação. Luiz Carlos invadiu a área e foi derrubado pelo goleiro Márcio. O próprio atacante foi para a cobrança e também fez seu sexto gol na Série B.

Com isso, o Fortaleza ficou mais aceso na partida. No entanto, o Atlético-GO sacramentou a vitória aos 44, quando Robston fez linda jogada e bateu no canto direito para marcar 3 a 1.


GUARANI 1X2 PARANÁ
Não há mais invicto na Segundona: Paraná vence o Guarani em Campinas



Líder isolado da Série B, o Guarani conheceu neste sábado a primeira derrota na competição. O Paraná foi até Campinas e superou o Bugre por 2 a 1, com gols de Davi e Alex Afonso. Márcio Alemão descontou. Os visitantes dominaram boa parte do jogo e ainda tiveram uma bola na trave com o zagueiro Gabriel.

A derrota fez com que o Guarani estacionasse nos 27 pontos, ainda quatro à frente do segundo colocado, que agora é o Atlético-GO. O Paraná deixou a zona de rebaixamento. Foi para 14 pontos, em 14º. Ainda pode ser ultrapassado pelo Juventude, que tem 11 e joga à noite contra o América-RN.

O jogo

O primeiro gol do jogo saiu logo aos oito minutos. Davi aproveitou desatenção adversária, foi lançado nas costas da zaga e tocou de cabeça por cima do goleiro Douglas. O time tricolor teve a chance de ampliar aos 28, mas Gabriel cabeceou na trave, e Alex Afonso mandou o rebote à esquerda do gol.

O Guarani teve dificuldade para superar a defesa paranista durante todo o primeiro tempo, mas conseguiu o empate antes do intervalo, já nos acréscimos. O zagueiro Márcio Alemão aproveitou cruzamento na área, subiu mais que todo mundo e cabeceou no canto direito de Ney.

A equipe paulista se empolgou para o segundo tempo, mas não conseguiu virar o placar. E pior: levou o segundo gol. Com 20 minutos, Fabinho cruzou da esquerda, a bola passou por quatro jogadores, mas não por Alex Afonso, que na segunda trave dominou e esticou a perna para marcar.

Depois do gol, o jogo seguiu equilibrado até o fim, com as duas equipes desperdiçando oportunidades. O final feliz, entretanto, foi tricolor.


BRAGANTINO 1X1 PONTE PRETA
Bragantino empata e tira a Ponte do G-4, mas Magrão não lembra do gol que fez



No duelo entre dois clubes do interior de São Paulo, Bragantino e Ponte Preta empataram em 1 a 1 na tarde deste sábado, em Bragança Paulista, pela 12ª rodada da Série B. Com o resultado, o time de Campinas deixou o G-4 da competição. Já os donos da casa se aproximaram da zona de acesso, mas a preocupação da equipe agora é com a situação do atacante Magrão, autor do gol da equipe, que foi encaminhado para o hospital, com amnésia.

As duas equipes começaram a partida se estudando, mas a Ponte Preta, mesmo sendo visitante, controlava o jogo com mais posse de bola, enquanto o Bragantino investia apenas em contra-ataques.

Apesar do aparente domínio da Macaca, que na realidade não chegava a criar jogadas de perigo, o Bragantino abriu o placar. Após boa jogada pela direita, Diego Macedo driblou Vicente e cruzou na cabeça de Magrão, que deu um peixinho para desviar e fazer o gol, aos 25 minutos do primeiro tempo. No lance, o atacante do Bragantino foi atingido por um chute do zagueiro Gum, que chegou atrasado na jogada.

Magrão continuou em campo e a Ponte Preta buscava o empate. Já que as bolas não chegavam com qualidade ao ataque e o chute da intermediária vinha sendo a jogada predileta dos meias da Macaca, Evandro resolveu deixar a área e buscar o jogo. Assim, o atacante recebeu bom passe de William e partiu para cima dos zagueiros adversários para empatar. Depois de passar por dois rivais, ele insistiu no lance e conseguiu tocar de bico para marcar, aos 31 minutos.

Com o jogo empatado, o final do primeiro tempo ficou marcado pela preocupante substituição de Magrão, aos 42 minutos. O atacante deitou no gramado após um ataque do Bragantino e deixou o estádio sem lembrar os nomes dos companheiros e nem que estava jogando. Magrão não sabia sequer que havia feito um gol.

Além da pancada que sofreu na cabeça no lance em que abriu o placar, o jogador também se chocou com Dezinho pouco antes de deitar no gramado, pedir atendimento e ser encaminhado para a Santa Casa de Bragança. O médico do Bragantino, Alexandre Moreira, informou que o atacante sofreu amnésia lacunar e passaria por exames mais detalhados.

No segundo tempo, o jogo ficou mais aberto, mas poucas chances de gol foram criadas. A Ponte Preta seguia melhor e quase abriu o marcador aos 24 minutos. Mas o zagueiro Marcelo Godri evitou a virada dos visitantes ao tirar a bola em cima da linha, após Lins invadir a área e tocar na saída de Gilvan. O zagueiro garantiu o empate, já que depois do lance nenhum chance clara de gol foi criada.

O Bragantino volta a campo já na terça-feira, quando enfrenta fora de casa o Fortaleza. A Ponte Preta só terá um novo compromisso pela Série B no próximo sábado, quando recebe, em Campinas, o Figueirense.


CAMPINENSE 1X2 BAHIA
Bahia bate o Campinense e vence a primeira sob o comando de Paulo Comelli



Pressionado por protestos da torcida e pelos recentes maus resultados, o Bahia viajou até Campina Grande e bateu o Campinense por 2 a 1, neste sábado, pela 12ª rodada da Série B do Brasileirão. Reinaldo Alagoano e Marcos marcaram para o Esquadrão de Aço, que voltou a vencer após seis rodadas. Este também foi o primeiro triunfo de Paulo Comelli após a sua chegada. Anderson Oliveira, de falta, descontou para o laterna da Segundona (assista ao vídeo). Com o resultado, o Tricolor fica na 12ª posição, com 16 pontos, enquanto a equipe paraibana permanece em último, com apenas seis.

Confira a classificação da Série B do Campeonato Brasileiro

Na próxima rodada, o Bahia recebe o Vasco, no Municipal de Pituaçu, enquanto Campinense encara o Vila Nova, no Serra Dourada. Os jogos acontecem no próximo sábado, às 16h10m (horário de Brasília) respectivamente.

Reinaldo Alagoano abre o placar para os visitantes

Desde o momento em que o árbitro apitou o início da partida, o Bahia mostrava mais volume de jogo que o Campinense, mas a primeira chance de abrir o placar foi criada pelos donos da casa, aos 15. O meio-campo Washington arriscou de fora da área, obrigando o goleiro Marcelo a fazer uma bela defesa, no susto.

As equipes abusavam das faltas, e o juiz distribuiu quatro cartões amarelos nos primeiros 45 minutos. Aos 22, um lance polêmico para a equipe de Campina Grande. Fábio Júnior invadiu a área, dividiu com o zagueiro Nen e caiu, pedindo o pênalti. Apesar do lance duvidoso, o árbitro Cláudio Mercante, de Pernambuco, seguiu o jogo.

Na sequência, Aos 24, Reinaldo Alagoano chutou forte, da entrada da área. Fabiano não segurou, e o mesmo atacante chegou primeiro que o arqueiro do Campinense, escorando para o fundo da rede, inaugurando o placar para o Bahia. O time paraibano insistiu nos cruzamentos para a área, enquanto os baianos se mantiveram no ataque até o fim da primeira etapa.

Gols logo no início da etapa complementar

Na volta do intervalo, o treinador do Campinense, Freitas Nascimento, sacou o lateral Thompson e pôs Aderlan, para tentar deixar o time mais ofensivo. Em contrapartida, o técnico Paulo Comelli não fez qualquer mudança até então. Aos três, o ala Marcos recebeu pela direita, driblou o zagueiro e bateu no canto direito de Fabiano, ampliando para o Esquadrão de Aço.

Depois da saída de bola, o Campinense diminuiu o placar, em uma falha do arqueiro Marcelo. Aos cinco, Anderson Oliveira cobrou falta da intermediária, mas o goleiro tricolor não segurou. Os paraibanos novamente ameaçaram de falta, em seguida. O mesmo Anderson Oliveira bateu, um pouco mais perto, mas desta vez Marcelo espalmou.

O time de Campina Grande foi para o 'tudo ou nada'. O atacante Edmundo substituiu o volante Henrique. O Tricolor se defendia e tentava surpreender nos contra-ataques. Aos 24, Alex Terra entrou no lugar de Beto, com câimbras, no Bahia, e Rodrigo Broa substituiu o autor do gol do time da casa, Anderson Oliveira. O mesmo Broa quase empatou a partida, aos 26. Ainda deu tempo de Léo Medeiros e Joãozinho entrarem para ajudar a segurar o resultado para o Bahia.


AMÉRICA - RN 0X2 JUVENTUDE
Juventude bate o América-RN no Machadão e sai da zona do rebaixamento

Com dois gols de Mendes, o Juventude bateu o América-RN por 2 a 0, neste sábado, no Machadão, na partida que fechou a 12ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, a equipe gaúcha sai da zona do rebaixamento e sobe para a 14ª posição na tabela, com 14 pontos. A equipe potiguar, que já figurou no G-4, segue em queda livre, em nono lugar, com 18.

Na próxima rodada, o Juventude recebe o Ipatinga, no Alfredo Jaconi, nesta terça-feira, às 21h. América-RN enfrenta a Portuguesa, no Canindé, sábado, às 16h10m.

Gramado encharcado e péssima iluminação prejudicam o espetáculo

Diante de um gramado encharcado e péssima iluminação, América-RN e Juventude mostraram equilíbrio até os 14 minutos. Neste momento, Fábio Neves invadiu a área, bateu, mas Juninho defendeu, evitando o primeiro gol da equipe potiguar, que passou a dominar as ações. Depois, aos 25, foi a vez de Rafael testar o arqueiro alviverde, batendo de fora da área.

Aos 32, Lúcio fez fila na defesa gaúcha, invadiu a área, mas Juninho fechou bem o ângulo. O Dragão teve uma boa sequência de escanteios, enquanto o jogador mais lúcido do Juventude acabou sendo o meio-campo Tiago Renz. A dupla ofensiva formada por Mendes e Marcos Denner esteve apagada nos primeiros 45 minutos.

Mendes garante a vitória dos visitantes

Na volta do intervalo, Max substituiu Rafael, no América-RN, e Diego Rosa entrou na vaga de Marcos Denner, no Juventude. O jogo melhorou. Mendes acertou uma bela cabeçada, aos 11, e Rodolfo espalmou para escanteio. Aos 13, Fábio Neves, também de cabeça, Acertou o travessão de Juninho.

Tiago Renz saiu para a entrada de Leanderson, no Ju, enquanto Fábio Neves deu lugar ao ídolo Souza, na equipe potiguar, tudo isso com menos de 20 minutos de etapa complementar. Aos 37, finalmente o gol saiu. Ivo cobrou o escanteio na medida, Mendes subiu mais que a zaga alvirrubra e cabeceou firme. Aos 47, o mesmo Mendes sofreu pênalti, converteu e deu números finais a partida.

3 Rodada:Série D

Santa Cruz perde a primeira pela Série D do Brasileirão neste sábado

A terceira rodada da Série D do Campeonato Brasileiro se iniciou neste sábado com a primeira derrota do Santa Cruz na competição. Após uma vitória e um empate, o Tricolor pernambucano foi superado pelo Sergipe por 1 a 0, jogando na casa do adversário. Mesmo assim, o time do Recife se manteve na liderança do Grupo 4, posição que pode perder neste domingo, já que Central e CSA se enfrentam em Caruaru e o time da casa precisa apenas de um empate para assumir o primeiro lugar.

Outro time que decepcionou na rodada foi a versão paranaense do Corinthians. Se o Timão original só dá alegrias para a Fiel, o genérico sucumbiu diante do São José, de Porto Alegre, por 1 a 0, jogando no campo do rival. O time gaúcho, por sinal, vem se destacando com 100% de aproveitamento no Grupo 10 e uma liderança folgada; o Corinthians-PR está em segundo lugar.

As equipes do Rio de Janeiro também só conheceram derrotas neste sábado. Enquanto o Friburguense foi derrotado pelo Tupi por 2 a 1, em Juiz de Fora, o Madureira nem precisou viajar para perder para o Paulista pelo mesmo placar. Mineiros e paulistas lideram o Grupo 6.

Confira todos os resultados da Série D neste sábado:
São José-RS 1 x 0 Corinthians-PR
Rio Branco-ES 3 x 1 Fluminense-BA
Tupi 2 x 1 Friburguense
Madureira 1 x 2 Paulista
Uberlândia 2 x 1 Ituano
Genus 1 x 2 Nacional-AM
Sergipe 1 x 0 Santa Cruz
Araguaia-MT 1 x 0 Crac-GO

12 Rodada:Série A

PALMEIRAS 1X0 SANTO ANDRÉ
Verdão faz a lição de casa, bate o Santo André e assume a ponta do Brasileirão



O Palmeiras é o novo líder do Campeonato Brasileiro. Comandado pela dupla Cleiton Xavier e Diego Souza, que tiveram boas atuações, o Verdão derrotou o Santo André por 1 a 0, em partida disputada no estádio Palestra Itália, neste sábado. Foi a quarta vitória consecutiva do técnico interino Jorginho, que definitivamente caiu nas graças da torcida.

Com o resultado positivo, o quinto dentro de casa em sete partidas disputadas, a equipe alviverde foi aos 25 pontos e, provisoriamente, é a primeira colocada, à frente de Atlético-MG e Internacional, que só entrarão em campo neste domingo. Já o Santo André, que sofreu a sua terceira derrota, permanece na sétima colocação, com 17 pontos.

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO

As duas equipes voltarão a campo na próxima quarta-feira. O Palmeiras vai até Goiânia enfrentar o Goiás, no Serra Dourada. O Ramalhão vai buscar a reabilitação contra o Cruzeiro, no estádio Bruno José Daniel.

Verdão comanda primeiro tempo

Jogando em casa e com o estádio recebendo um bom público, o Palmeiras tomou a iniciativa. Só que encontrou um adversário muito bem postado. Inteligentemente, o técnico do Santo André, Sérgio Guedes, bloqueou as laterais para conter os avanços de Wendel e Armero. Pelo lado direito, Marcelinho Carioca fazia a marcação na intermediária. Pela esquerda, Élvis era o encarregado

Sem espaço pelas pontas, o Verdão então foi obrigado a afunilar o jogo pelo meio. O time jogava como o técnico Jorginho queria, ou seja, com velocidade nas trocas de bolas e muita movimentação para tentar confundir a marcação adversária. Aos 18, o gol palmeirense só não saiu porque Obina perdeu uma chance inacreditável. No lance, Edmílson chutou de fora da área, Neneca bateu roupa e, no rebote, livre de marcação, o atacante alviverde escorregou, o que permitiu o corte da defesa do Santo André.

Mas, cinco minutos depois, não teve jeito. Em bela jogada feita por Diego Souza pela direita, Marcelinho Carioca fez falta infantil em cima do camisa 7. Na cobrança de Cleiton Xavier, Obina cabeceou, a bola bateu em Cesinha e sobrou livre para Diego Souza que, de pé direito, bateu firme, marcando o seu segundo gol no Campeonato Brasileiro. Festa da torcida no Palestra Itália.

A vantagem não mudou o panorama da partida. O Palmeiras seguiu melhor em campo. Comandado por Diego Souza, em noite inspirada, o Verdão seguiu rondando o gol de Neneca constantemente. O Santo André, sem alternativa, adiantou sua marcação e finalmente resolveu sair para o jogo. Aos 38, na única chance da equipe do ABC, Antônio Flávio cruzou da esquerda e Nunes, de cabeça, mandou à esquerda do gol de Marcos.

Mas o Palmeiras respondeu ainda no primeiro tempo. Aos 42, Cleiton Xavier tabelou com Diego Souza, recebeu na frente e, de pé direito, bateu no canto esquerdo de Neneca, que fez bela defesa. Já nos acréscimos, Obina, após cruzamento de Wendel, disparou uma bomba de pé direito. Caprichosamente, a bola bateu no travessão de Neneca, que no rebote afastou o perigo.

Ramalhão responde e pressiona

Precisando reverter a vantagem adversária, o Santo André voltou com uma modificação para o segundo tempo. Sérgio Guedes colocou o boliviano Pablo Escobar na vaga de Élvis. E, nos primeiros seis minutos, o Ramalhão assustou três vezes.

Na primeira, Marcelinho Carioca cobrou escanteio pela esquerda e Antônio Flávio, de cabeça, tocou por cima do gol de Marcos. Na segunda, Antônio Flávio entrou livre pela direita e bateu cruzado, à direita do goleiro palmeirense. Na terceira, Marcelinho Carioca em cobrança de escanteio pela direita, acertou o travessão.

Mas foi apenas uma pressão inicial. Logo, o Palmeiras retomou o controle da partida. Cleiton Xavier, com muita liberdade, passou a comandar o Verdão em campo, e a equipe não demorou para voltar a criar chances para marcar o segundo gol. Aos 14, Obina tocou para Ortigoza que, de calcanhar, tocou para Wendel. O lateral bateu firme, de pé direito, e Neneca fez grande defesa parcial. Na sobra, Marcel afastou o perigo pela linha de fundo.

Chances dos dois lados

Aos 21, Jorginho resolveu dar sangue novo ao ataque, com a entrada de Willians na vaga de Ortigoza. Mas, quem quase marcou foi o Santo André. Marcelinho Carioca fez passe perfeito para Gustavo Nery que chutou cruzado. Marcos fez grande defesa e evitou o empate.

O Palmeiras respondeu na sequência. Em contra-ataque rápido, Obina avançou pelo meio e, ao invés de tocar para Cleiton Xavier, que avançou livre pela esquerda, preferiu chutar de fora da área. A bola saiu à direita do gol de Neneca.

O jogo ganhou em emoção. Marcelinho Carioca, em dois lances de bola parada, deu muito trabalho ao goleiro Marcos. E o Palmeiras, que tinha o contra-ataque à disposição, falhava sempre no último toque. Na defesa, o goleiro Marcos gritava demais com os seus companheiros de defesa. Aos 32, Marcelinho Carioca voltou a assustar. Ele fez cruzamento primoroso para Nunes que, de cabeça, testou à esquerda de Marcos, com perigo.

Cinco minutos depois, o Palmeiras teve a grande chance para matar a partida. Em contra-ataque, Obina recebeu belo passe de Cleiton Xavier, avançou livre, invadiu a área mas, na hora da conclusão, chutou em cima de Marcel, para desespero do torcedor palmeirense.

Nos cinco minutos finais, o Santo André partiu para o tudo ou nada. Sérgio Guedes deu ainda mais força ao ataque com a entrada de Rodriguinho. No Verdão, Diego Souza deixou o gramado para a entrada de Deyvid Sacconi. Apesar da pressão do time do ABC, o Palmeiras soube segurar a importante vantagem, que o transformou na melhor equipe do Campeonato Brasileiro, pelo menos até este domingo.


Ficha técnica:
PALMEIRAS 1 x 0 SANTO ANDRÉ
PALMEIRAS
Marcos; Wendel, Maurício Ramos, Danilo e Armero; Pierre, Edmílson (Sandro Silva), Cleiton Xavier e Diego Souza (Deyvid Sacconi); Ortigoza (Willians) e Obina.
Técnico: Jorginho.
SANTO ANDRÉ
Neneca; Cicinho, Cesinha, Marcel e Gustavo Nery; Fernando, Dionísio, Marcelinho Carioca e Élvis (Pablo Escobar); Nunes (Rodriguinho) e Antônio Flávio (Rodrigo Fabri).
Técnico: Sérgio Guedes.
Gol: Diego Souza, aos 23min do 1º tempo
Cartões amarelos: Ortigoza, Willians, Maurício Ramos e Armero (Palmeiras); Dionísio, Gustavo Nery, Marcel e Marcelinho Carioca (Santo André)
Estádio: Palestra Itália. Data: 18/07/2009.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ).
Auxiliares: Anderson J. de Moraes Coelho (SP) e Celso Barbosa de Oliveira (SP). Renda e Público: R$ 590.128,44 / 19.041 pagantes


FLUMINENSE 1X4 GOIÁS
Goiás goleia o Fluminense no Maracanã



A crise está instalada nas Laranjeiras. O Fluminense voltou a perder e pode terminar a 12º rodada na lanterna do Campeonato Brasileiro. Neste sábado, no Maracanã, o algoz foi o Goiás. Apesar de sair na frente, o Tricolor permitiu a virada e foi derrotado por 4 a 1. Os 8.327 que foram ao estádio protestaram bastante. "Vergonha, vergonha, time sem vergonha", "Renuncia, Horcades" e "Bota pra vender!", além das tradicionais vaias e olé, foram alguns dos gritos. Apenas o argentino Dario Conca foi poupado.

Com o resultado, o Fluminense segue com dez pontos na penúltima posição. Mas pode ser ultrapassado pelo Náutico, que tem nove e joga neste domingo contra o Barueri, em casa. Já o Goiás subiu três posições e passou para o sétimo lugar com 17 pontos.

Sem vencer há sete partidas, o Fluminense enfrenta na próxima quinta-feira o Atlético-MG, no Mineirão. Já o Goiás encara o Palmeiras, no Serra Dourada, na quarta-feira.

A partida foi especial para o goleiro Harley, que defende o time esmeraldino há dez anos, e completou 600 jogos pelo clube. Curiosamente, o Goiás também goleou por 4 a 1 o Botafogo, no Engenhão, neste Campeonato Brasileiro.

Conca cobra falta no travessão

O Fluminense começou dominando a partida. Mas falhava na armação. Apesar de ficar com a bola no ataque, o time não conseguia criar após passar da intermediária. Com isso, a primeira chance veio em um lance de bola parada. Aos 12 minutos, Conca cobrou falta da entrada da área e a bola bateu no travessão do goleiro Harley, que ficou só torcendo para ela não entrar.

Pouco depois, Ruy avançou pela direita e cruzou para Conca, que chutou de primeira por cima do gol de Harley. Até a primeira metade do primeiro tempo, o meia argentino era o único jogador que se destacava no Tricolor.

Leandro Amaral estava sumido em campo até dar um bom passe de cabeça para Kieza, que girou o corpo na área para chutar com perigo para fora. Mas era muito pouco para o atacante, que chegou a ser hostilizado pelos poucos torcedores que compareceram no Maracanã.

O Goiás, que até então só se defendia, começou a assustar no contra-ataque a partir dos 30 minutos. E Felipe era a maior ameaça. Primeiro, o atacante aproveitou cruzamento e chutou por cima do travessão. Depois, ele se antecipou à marcação e desviou para o gol. Para a sorte de Ricardo Berna, a bola bateu em Cássio e foi para fora. Ela tinha o endereço certo.

E o primeiro tempo terminou com os torcedores protestando. Um grupo levou para o Maracanã uma faixa pedindo a renúncia do presidente Roberto Horcades:

"Pelo bem do nosso Fluminense, renuncia Horcades".

Virada do Goiás

O Fluminense voltou sem mudanças para o segundo tempo. Mas o gol tricolor saiu logo aos dois minutos. Boa jogada de João Paulo pela esquerda, que cruzou para a área. A bola passou por Leandro Amaral, mas foi até Ruy. O camisa 10 dominou, driblou o marcador e chutou forte no canto direito de Harley, que não tinha como defender. Fluminense 1 a 0. E a torcida começou a gritar o nome do lateral: "Ruy Cabeção!".

Logo depois Leandro Amaral teve a chance de ampliar. Mas o goleiro Harley saiu bem e abafou o chute. O Fluminense parecia que iria deslanchar. Mas em três minutos o Goiás conseguiu virar a partida. Aos 14, Felipe cobrou escanteio, a defesa tricolor cortou, mas na sobra Ramalho teve tranquilidade de dominar e chutar rasteiro no canto direito de Ricardo Berna, que não pulou na bola. Foi o terceiro gol de Ramalho no Campeonato Brasileiro.

E aos 17 minutos, falta na entrada da área. Felipe rolou para Júlio César, que chutou rasteiro no canto esquerdo. O goleiro Ricardo Berna pulou atrasado para o lance e não conseguiu defender. Goiás 2 a 1.

Após o segundo gol, a torcida começou a vaiar o goleiro tricolor. Leandro Amaral também não foi perdoado. O Fluminense se perdeu. E o desespero logo bateu no time. Felipe arrancou com a bola da intermediária, entrou na área e chutou para fora. O atacante do Goiás perdeu uma ótima oportunidade para ampliar.

Vinícius Eutrópio resolveu, então, tirar Leandro Amaral e colocar Maicon. O atacante, que não faz um gol há oito meses, saiu muito hostilizado e escutou até alguns gritos de "bota pra vender".

Mas o Fluminense já havia perdido o rumo. Aos 26 minutos, novo escanteio para o Goiás. Após o cruzamento, Ruy cortou de cabeça para a entrada da área e Felipe, livre, acertou a bomba no canto direito de Ricardo Berna. Parecia replay do primeiro gol. Goiás 3 a 1. Foi o oitavo gol de Felipe no Campeonato Brasileiro, que empatou com Roger, do Vitória, na artilharia.

O quarto gol sairia aos 35 minutos. Harley aproveitou uma sobra na área e só tocou para o fundo da rede. A tragédia tricolor estava consolidada. E as vaias tomaram conta do Maracanã.


Ficha técnica:
FLUMINENSE 1 x 4 GOIÁS
FLUMINENSE
Ricardo Berna; Diogo (Carlos Eduardo), Luiz Alberto, Cássio e João Paulo; Wellington Monteiro, Marquinho (Tartá), Ruy e Darío Conca; Leandro Amaral (Maicon) e Kieza.
Técnico: Vinícius Eutrópio.
GOIÁS
Harley; Ernando, Leandro Euzébio e Valmir Lucas; Vitor, Amaral, Felipe Menezes (João Paulo), Ramalho e Júlio César; Felipe (Bruno Meneghel) e Iarley.
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Ruy aos dois minutos; Ramalho aos 14 e Júlio César aos 17; Felipe aos 26; Harley aos 35 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Felipe, Leandro Euzébio, Valmir Lucas (Goiás); Ruy, Marquinho, Luiz Alberto (Fluminense)
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro.Data: 18/07/2009.
Árbitro: Rodrigo Martins Cintra (SP)
Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP) e Carlos Berkenbrock (SC)

8 Rodada:Série C

SAMPAIO CORRÊA 4X2 RIO BRANCO
Sampaio Corrêa-MA bate Rio Branco-AC, que perde chance de assumir a liderança

Uma vitória sobre o lanterninha Sampaio Corrêa-MA daria ao Rio Branco-AC a chance de assumir a liderança do Grupo A da Série C, mas não foi isso que aconteceu. Jogando em casa, o time do Maranhão não deu chances aos visitantes e venceu por 4 a 2.

Johildo, Kléo, Gabriel e Célio fizeram os gols do Sampaio Corrêa. Juliano César marcou os dois para o time do Acre.

Com a vitória, o Rio Branco poderia chegar aos 12 pontos, ficando com um a mais do que o líder Paysandu. Ficou com nove, em terceiro, um a menos do que o Águia-PA. Já o time maranhense chegou aos sete pontos e entrou na briga por uma vaga para a próxima fase.

Ambas as equipes têm agora seis jogos, enquanto Paysandu e Luverdense-MT (oito pontos) têm sete. O Águia também jogou apenas seis vezes.

Clique e confira a classificação da Terceira divisão do Brasileirão

sexta-feira, 17 de julho de 2009

12 Rodada:Série B

VASCO 3X0 ABC
Vasco vence o ABC e volta ao G-4



Sem precisar se esforçar muito, o Vasco venceu o ABC por 3 a 0 nesta sexta-feira, em São Januário, pela 12º rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Com isso, o time carioca voltou a fazer parte do G-4. A partida marcou a estreia do novo uniforme do time com o patrocínio da Eletrobrás. Souza, Adriano e Elton marcaram os gols cruzmaltinos.

Com o resultado, o Vasco chega aos 23 pontos e assumiu, pelo menos provisoriamente, o segundo lugar. Neste sábado, Ponte Preta e Atlético-GO jogam contra Bragantino e Fortaleza, respectivamente, e se vencerem voltam a passar o time carioca na classificação. Mas de qualquer forma, o Vasco vai terminar a rodada entre os quatro primeiros já que a Portuguesa perdeu para o Ceará, no Castelão.

E a torcida vascaína também fez bonito. O público de Vasco x ABC foi o maior do clube carioca este ano: 17.370. Devido a uma limitação do Corpo de Bombeiros, São Januário só está liberado para receber 18 mil torcedores. O número só não foi atingido devido aos ingressos separados para a torcida visitante.

O goleiro Fernando Prass segue também invicto em São Januário. Desde que estreou pelo Vasco, o camisa 1 não sofreu gols no estádio. São oito jogos ou 752 minutos (considerando também os acréscimos de cada partida).

Na próxima rodada, o ABC enfrenta o líder Guarani, em casa, na sexta-feira. Já o Vasco vai até Salvador para encarar o Bahia, no sábado.

Gol-relâmpago na Colina

De olho em voltar ao G-4, o Vasco enfrentaria um adversário teoricamente mais fraco. O ABC estava em penúltimo lugar na classificação da Série B. E logo no primeiro minuto de jogo, saiu o gol cruzmaltino após uma confusão entre o goleiro Tiago Cardoso e o zagueiro Ben-Hur. Souza aproveitou a indecisão da dupla após um passe de Paulo Sérgio, roubou a bola e chutou para o gol vazio. Gol legal, apesar das reclamações dos jogadores do ABC com o árbitro Luiz Alberto Bites pedindo uma falta. Foi o primeiro gol como profissional de Souza pelo Vasco.

O gol logo no início da partida deu uma falsa impressão de que a partida seria fácil. Mas o Vasco parou por aí, não conseguiu mais criar oportunidades. O jogo se arrastou, foi chato no primeiro tempo. Alex Teixeira, mais uma vez, estava apagado. Magno, que substituía Robinho, também não estava em uma noite feliz. E os laterais Paulo Sérgio e Ramon eram pouco acionados.

Com isso, o limitado ABC passou a acreditar mais na reação. Aos 14 minutos, falta perigosa na entrada da área do Vasco. Alex Oliveira, velho conhecido dos vascaínos, cobrou bem no ângulo esquerdo. Mas o goleiro Fernando Prass se esticou todo e conseguiu espalmar para escanteio em uma difícil defesa.

Com 17 minutos, o técnico Flávio Lopes resolveu abandonar o esquema 3-5-2 e voltar para o tradicional 4-4-2. Por isso, tirou o zagueiro Ben-Hur e colocou o meia Audálio em campo.

O ABC passou a fechar mais o meio-campo e sair rápido no contra-ataque. Mas para a sorte do Vasco, o time potiguar, que só marcou cinco gols em 12 rodadas até aqui na Série B, tinha um ataque muito ruim.

Aos 23 minutos, um lance curioso. Audálio saiu do campo correndo para o vestiário. Ninguém entendeu muito bem a atitude do jogador do ABC. Quem estava no estádio pensou que ele estava passando mal ou queria ir ao banheiro. Pouco depois ele voltou e pediu autorização do árbitro para voltar para a partida. A explicação veio mais tarde. Audálio foi tirar um short que usava por baixo do calção do uniforme.

O Vasco tinha mais a posse de bola, mas exagerava nos passes errados e não criava chances claras para ampliar. O time carioca se limitava a tentar cruzamentos para a área. Nilton, Titi e Elton até conseguiram cabecear. Mas sem qualquer perigo.

Adriano faz um golaço na estreia

Na volta do intervalo, o técnico Dorival Júnior resolveu fazer duas alterações no Vasco. Tirou Alex Teixeira e Magno e colocou o meia Enrico e o atacante Adriano, que estreou com a camisa cruzmaltina.

E a mudança deu certo rapidamente. Aos cinco minutos, Adriano recebeu pela esquerda, se livrou de Bosco, entrou na área, deixou Fabiano no chão e soltou a bomba no canto direito de Tiago Cardoso, que nada poderia fazer. Vasco 2 a 0. O atacante, que veio do Internacional, balançou a rede logo em seu primeiro jogo na Colina.

Aos dez minutos, a situação melhorou ainda mais para o Vasco. O árbitro Luiz Alberto Bites expulsou o meia Rogério, que já tinha um cartão amarelo. Pouco depois, o técnico do ABC, Flávio Lopes também foi expulso por reclamação. O que interrompeu a partida por alguns minutos.

O terceiro gol vascaíno quase saiu aos 23 minutos com Elton. O atacante recebeu passe na área de Phillipe Coutinho e chutou rasteiro. A bola explodiu na trave direita de Tiago Cardoso. Na sobra, Elton ainda tentou novamente. Mas o goleiro foi rápido e espalmou para escanteio.

Outra boa chance surgiu aos 31 minutos. Phillipe Coutinho, que entrou muito bem na partida, passou para Enrico. O meia entrou na área e chutou rasteiro. O goleiro Tiago Cardoso defendeu com os pés e salvou o ABC de sofrer o terceiro gol.

Mas a torcida cruzmaltina soltaria mais um grito de gol aos 37 minutos. Falta cobrada pela esquerda, e Elton se adiantou aos marcadores para cabecear. A bola entrou no canto esquerdo de Tiago Cardoso, que só observou. Foi o 16º gol do atacante, artilheiro do time na temporada. Elton, que vivia uma seca de gols, balançou a rede nos últimos três jogos do Vasco na Série B.


Ficha técnica:
VASCO 3 x 0 ABC
VASCO
Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vilson, Titi e Ramon; Amaral, Nilton, Souza (Phillipe Coutinho) e Alex Teixeira (Adriano); Magno (Enrico) e Elton
Técnico: Dorival Júnior.
ABC
Tiago Cardoso, Fabiano, Leonardo e Ben-Hur (Audálio); Bosco, Erandir, Rogério, Alex Oliveira e Sandro; Ivan (Fábio Saci) e Marquinhos (Chiquinho).
Técnico: Flávio Lopes.
Gols: Souza a um minuto do primeiro tempo; Adriano aos cinco minutos; Elton aos 37 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Bosco, Rogério, Sandro, Alex Oliveira, Erandir (ABC); Souza, Amaral, Phillipe Coutinho (Vasco)
Cartão vermelho: Rogério (ABC)
Público: 17.370 pagantes.Renda: R$ 172.920,00.
Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro.Data: 17/07/2009.
Árbitro: Luiz Alberto Bites (GO).
Auxiliares:Marcos Collodetti (ES) e José Ricardo Linhares (ES).


IPATINGA 5X2 BRASILIENSE
Marcelo Ramos comanda a virada do Ipatinga na goleada sobre o Brasiliense

O Ipatinga levou dois sustos na partida desta sexta-feira contra o Brasiliense, mas deixou o campo com mais três pontos e uma goleada. Tudo graças a Marcelo Ramos, que brilhou na virada por 5 a 2 no Ipatingão - os visitantes ficaram duas vezes na frente no placar.

Amílton, Marcelo Ramos, duas vezes, Márcio Diogo e Luiz Fernando marcaram para a equipe do Vale do Aço. Aílson e Fábio Júnior balançaram as redes para os visitantes. Com o resultado, o Tigre chegou a 18 pontos, e segue na décima colocação. O Jacaré foi ultrapassado pelo Figueirense e, com 19 pontos, é o sétimo.

Na terça-feira, o Ipatinga encara o Juventude, em Caxias do Sul. O Brasiliense recebe o Atlético-GO, no domingo.

Visitantes saem na frente

O placar foi aberto após um lance polêmico. Aos 14 minutos da primeira etapa, Thiago Mathias tentou afastar a bola da área mineira, mas exagerou na força e acabou acertando a testa de Éder com a sola da chuteira. Mesmo com o meia do Brasiliense sangrando, o árbitro assinalou tiro indireto dentro da área ao invés da penalidade máxima. Na cobrança, Claudio Luiz rolou para Aílson, que mandou uma bomba no canto esquerdo de Marcelo Cruz e abriu o placar.

O Tigre reagiu. Aos 33, Marinho Donizete invadiu a área pela esquerda e chutou forte. O goleiro Guto espalmou, e Amílton, no rebote, empatou. Mas a comemoração mineira durou pouco. Aos 35, Fábio Júnior aproveitou a desatenção dos donos da casa e, após cobrança de falta rápida na intermediária, recebeu completamente livre dentro da área e só teve o trabalho de girar e bater no canto direito de Marcelo Cruz. Os jogadores do time mineiro reclamaram muito, argumentando, em vão, que os rivais não aguardaram a autorização do árbitro.

Tigre vira e goleia

Mas os mineiros não estavam derrotados. Logo aos três do segundo tempo, Marcelo Ramos aproveitou a sobra da entrada da área e mandou um chute certeiro no ângulo direito de Guto.

A virada do Tigre veio aos 18. Cláudio invadiu a área pela direita e achou Márcio Diogo na pequena área. O camisa 10 se antecipou à zaga e mandou para o fundo das redes. Aos 37, Marcelo Ramos marcou mais um com um toque de categoria que encobriu o goleiro do Jacaré.

Com o adversário já derrotado em campo, Marcelo Ramos esticou para Luiz Fernando na esquerda, aos 43, e, com um chute cruzado, o Tigre chegou ao quinto gol.


FIGUEIRENSE 3X1 VILA NOVA
Com direito a gol de goleiro, Figueirense derrota o Vila Nova em Floripa



O técnico Roberto Fernandes preferia um triunfo sem a necessidade de cobranças de pênalti, mas a partida contra o Vila Nova na noite desta sexta-feira, no Orlando Scarpelli, foi repleta de penalidades máximas, inclusive com uma delas sendo convertidas pelo goleiro alvinegro Wilson. E o Figueirense venceu por 3 a 1, pela 12ª rodada da Série B do Brasileiro.

Com o resultado, o Figueirense aparece na sétima colocação da tabela, com 20 pontos. O Vila Nova permanece em 15º lugar, com 12 pontos, e está há sete jogos sem vencer. A rodada será encerrada neste sábado, com seis jogos, e a classificação das duas equipes pode sofrer alterações.

Pela 13ª rodada da Série B do Brasileiro, o Figueirense encara a Ponte Preta no próximo sábado, dia 25, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP). No mesmo dia, o Vila Nova recebe o Campinense no Serra Dourada, em Goiânia (GO), às 21h.

Torcida do Figueira grita por Wilson

O placar foi aberto por Alê, aos 14 minutos do primeiro tempo. Na segunda etapa, Pachola cobrou pênalti e diminuiu aos quatro minutos.

Aí veio a preocupação de Roberto Fernandes. No último jogo, Clodoaldo pediu para cobrar um pênalti, mesmo com o cobrador oficial do time, Rafael Coelho, em campo. O atacante desperdiçou, e o Figueira acabou perdendo para o Juventude por 2 a 0. Estava criada a polêmica.

Mas nesta sexta, Fernandes foi para a cobrança e com tranquilidade colocou o Figueirense na frente aos nove minutos.

Já no fim do jogo, mais uma penalidade para o Alvinegro. A torcida gritou o nome do goleiro Wilson. Ele cobrava faltas nas categorias de base do Flamengo e pôde relembrar a época em que arriscava chutes a gol. O camisa 1 fechou o placar aos 38 minutos, batendo no canto direito e deixando o goleiro adversário sem aparecer na foto: 3 a 1. Pênalti, antes motivo de crise, virou festa para a torcida alvinegra.



CEARÁ 2X0 PORTUGUESA
Embalado, Ceará vence a Lusa no castigado gramado do Castelão



Nem a forte chuva que caiu em Fortaleza na noite desta sexta-feira foi capaz de esfriar o bom momento do Ceará na Série B do Campeonato Brasileiro. O Vovô venceu a Portuguesa por 2 a 0, no Castelão, e chegou a 19 pontos na competição (oitavo lugar). Há sete partidas que o time cearense não sabe o que é perder. O estado do gramado, que ficou cheio de poças, prejudicou muito a qualidade do jogo.

Com o resultado, a Lusa permanece com 21 pontos e cai para a terceira posição. Na próxima rodada, sexta-feira, 24 de julho, o Ceará encara o Duque de Caxias fora de casa. No sábado, a Portuguesa enfrenta o América-RN no Canindé.

O Ceará abriu o placar aos 34 minutos do primeiro tempo. Michel pegou de primeira o passe de cabeça de Preto e chutou para o fundo da rede. Na segunda etapa, aos 39, Misael ampliou depois de deixar dois marcadores no chão.

Aos 42, um lance curioso. O goleiro Fábio, da Lusa, foi expulso e o time paulista já havia feito as três substituições. Coube ao veterano atacante Christian ir para a meta, mas ele acabou saindo ileso da "aventura".

quinta-feira, 16 de julho de 2009

8 Rodada:Série C

PAYSANDU 1X1 LUVERDENSE
Em jogo isolado, Paysandu empata com o Luverdense no Mangueirão

Em jogo isolado pela oitava rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, Paysandu e Luverdense ficaram no 1 a 1 no Mangueirão, nesta quinta-feira. Vélber, aos nove minutos do segundo tempo, abriu o placar para o Papão da Curuzu. Um minuto depois, de cabeça, Simeão igualou para a equipe matogrossense, dando números finais a partida.

Com o resultado, o Paysandu chegou aos 11 pontos e se manteve na primeira colocação do Grupo A. Já o Luverdense está na quarta colocação, com oito pontos, mas com chances de classificação. O Águia de Marabá é o segundo com 10 pontos.

Clique e confira a classificação da Terceira divisão do Brasileirão

11 Rodada:Série A

ATLÉTICO - MG 2X0 SÃO PAULO
Em estado de graça, Galo passa por cima do São Paulo e reassume a ponta



O jogo entre Atlético-MG e São Paulo, nesta quarta-feira, no Mineirão, nem havia começado e a torcida do Galo comemorava como se a equipe tivesse vencido uma final de campeonato. Bem, de certa forma, isso realmente aconteceu. A empolgação atleticana pela derrota do Cruzeiro para o Estudiantes na final da Taça Libertadores era tanta que o confronto do Galo contra o Tricolor foi como um segundo tempo de um jogo que começou no dia anterior. E nessa etapa final, o alvinegro mineiro deu as cartas. Sem dificuldades, diante de um São Paulo sem brilho, venceu por 2 a 0. E como o momento do Atlético é de êxtase, o time ainda voltou à liderança do Brasileirão, com 24 pontos. O São Paulo, em queda livre, está em 15º lugar, com 11.

O jogo apresentou o segundo maior público do Brasileirão até o momento: 54.214 pagantes. Atrás apenas de Flamengo 2 x 1 Atlético-PR, na quarta rodada, estreia de Adriano: 68.217.

O Atlético volta a campo no próximo domingo, às 16h, para enfrentar o Vitória, no Barradão. No mesmo dia e horário, o São Paulo disputa o clássico com o Santos no Morumbi.

Miranda cochila, e Tardelli marca



A empolgação das arquibancadas lotadas contagiou os jogadores dentro de campo, que sufocaram o São Paulo desde os primeiros segundos. Logo a um minuto, o zagueiro Miranda abusou da categoria. Talvez para não manchar sua reputação de jogador técnico com um chutão, ele tentou driblar Diego Tardelli. Dançou. O ex-são-paulino roubou a bola, invadiu a área e estufou a rede defendida por Denis com uma bomba de direita.

Apático, sem mobilidade, tocando a bola de lado sem conseguir aprofundar jogadas, o São Paulo dava sono. Dagoberto, muito longe de Borges, corria de um lado para o outro sem conseguir dominar a bola. Hugo e Jorge Wagner, que deveriam armar jogadas, erravam passes. O oposto do Atlético, que contrariava a batida retórica de que time com três zagueiros é defensivo.

A equipe de Celso Roth chegava com até cinco jogadores no ataque, como no lance em que Tardelli, com um toque medido na régua, achou Éder Luís na entrada da pequena área. Na hora H, porém, Júnior César deu um carrinho salvador e tirou a bola dos pés do camisa 11 do Galo.

O São Paulo levou perigo em apenas um lance, e mesmo assim com a ajuda dos atleticanos. Aos 34, Júnior César chutou cruzado. Werley tentou cortar e quase marcou contra. Aranha salvou.

Galo resolve o jogo

O Atlético voltou para a etapa final mantendo o ritmo inicial. Buscava sufocar o São Paulo. Logo aos sete minutos, o Galo ampliou numa linda jogada do meia Serginho. Ele avançou pela meia esquerda, ganhando na corrida de seus marcadores, tabelou com Éder Luís, invadiu a área e tocou no canto direito, na saída de Dênis.

Com a desvantagem, o técnico Ricardo Gomes, do São Paulo, fez mudanças tentando empurrar seu time para a frente. Richarlyson e Oscar entraram para tentar melhorar a armação da equipe (Hernanes, que entrou ainda no primeiro tempo na vaga de Hugo, que se machucou, não criou nada). As alterações levaram o São Paulo mais à frente, só que surgiram muitos espaços para o Atlético contra-atacar.

No entanto, apesar do jogo mais aberto, não houve muitas chances claras de gol. O Atlético passou a tocar a bola e a controlar o jogo, para delírio da torcida. O jogo terminou ao coro de "olé, olé".


Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 2 x 0 SÃO PAULO
ATLÉTICO-MG
Aranha, Werley, Welton Felipe e Alex Bruno; Carlos Alberto, Jonílson, Serginho (Marcos Rocha), Júnior (Evandro) e Thiago Feltri; Éder Luís (Alessandro) e Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth.
SÃO PAULO
Dênis, Zé Luís (Richarlyson), Miranda, Jean Rolt e Júnior César; Eduardo Costa, Jean, Jorge Wagner (Oscar) e Hugo (Hernanes); Dagoberto e Borges.
Técnico: Ricardo Gomes.
Gols: Diego Tardelli, 1 minuto do primeiro tempo; Serginho, aos 7 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Diego Tardelli (Atlético-MG), Jorge Wagner, Zé Luís, Borges (São Paulo).
Estádio: Mineirão. Data: 16/07/2009.
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva.
Auxiliares:Marcelo Bertanha Barison (RS) e Jose Antonio Chaves Franco Filho (RS) . Renda e público: R$ 756.818,00/54.214 pagantes,


CORINTHIANS 4X3 SPORT
Com dois gols de Ronaldo, Timão bate Sport e se aproxima do pelotão de frente



Tinha tudo para ser uma vitória tranquila, mas foi no sufoco. De qualquer maneira, o Corinthians conseguiu se aproximar do pelotão de frente do Campeonato Brasileiro com a vitória por 4 a 3 sobre o Sport nesta quinta-feira, no estádio do Pacaembu. O time pernambucano saiu na frente com Fabiano, mas Ronaldo brilhou, fez dois gols de cabeça e virou. Cristian ainda ampliou. Mas Vandinho não desistiu, foi às redes duas vezes e empatou. Só que o Timão acordou em campo, e Moradei assegurou o triunfo.

Agora com 17 pontos em 11 jogos, a equipe paulista aparece na sexta colocação, a dois pontos do quarto colocado, o Vitória, e a sete do líder, o Atlético-MG. O time pernambucano começa a se complicar na tabela de classificação. Com apenas 11 pontos, ocupa a 13ª posição, apenas um ponto à frente do Botafogo, primeiro time a compor o bloco da zona do rebaixamento.

Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Corinthians terá um desafio fora de casa, contra o Cruzeiro, vice-campeão da Taça Libertadores, em Belo Horizonte. O jogo está marcado para domingo, às 16h. No mesmo dia, só que às 18h30m, o Sport receberá a visita do Avaí, na Ilha do Retiro, no Recife.

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro

Cabeça fenomenal



Os cinco primeiros minutos do duelo entre Corinthians e Sport foram muito ruins. Erros de passe, faltas desnecessárias e nenhuma chance clara de gol. O fraco futebol deixou os jogadores mais exaltados, e aos 6 minutos Sandro Goiano e Jorge Henrique se estranharam, trocaram empurrões e ouviram sermão do árbitro Carlos Eugênio Simon.

Chute a gol, apenas aos 8 minutos. E mesmo assim, nada demais. O corintiano Cristian arriscou de fora da área, a bola desviou em Igor e o goleiro Magrão defendeu tranquilamente. Aos 11, no entanto, o Timão por pouco não abriu o marcador. Ronaldo recebeu bom passe de Douglas, ajeitou e bateu de fora da área, tirando tinta da trave.

Só que o Sport foi mais eficiente quando chegou ao campo de ataque. Aos 12 minutos, após cruzamento de Élder Granja da direita, Fabiano apareceu para cabecear na grande área e colocar a equipe pernambucana em vantagem. Em vez de desanimar o Corinthians, a desvantagem acordou o time paulista. E a pressão começou.

Aos 15, em cobrança de falta de Chicão, Magrão foi obrigado a espalmar por cima do gol. No lance seguinte, após escanteio, Jorge Henrique desviou, e Ronaldo completou da pequena área. Magrão fez linda defesa. Mais tarde, aos 20, foi a vez de Chicão atuar de armador. O zagueiro lançou Dentinho, que chutou rasteiro. O goleiro pegou.

A postura ofensiva do Timão surtiu resultado aos 27 minutos. E do jeito que a Fiel mais gosta: gol de Ronaldo. Dentinho deixou a bola escapar perto da grande área e ela sobrou para André Santos. O lateral fez excelente jogada pela esquerda e cruzou para o Fenômeno marcar de cabeça. Magrão ainda tocou na bola, mas não evitou.

O empate animou ainda mais o Corinthians, que por pouco não chegou à virada aos 32 minutos. Cristian cobrou falta de longe, o goleiro do Sport deu rebote, mas nenhum atacante conseguiu completar para o gol vazio. Dois minutos depois, porém, Ronaldo brilhou novamente. Diogo cruzou da direita, e o camisa 9 cabeceou com estilo: 2 a 1.

Reação do Sport



O Sport iniciou o segundo tempo esboçando uma pressão ao Corinthians. Mas ela não foi adiante. Logo aos 4 minutos, os donos da casa ampliaram. Cristian arriscou de fora da área, a bola desviou no zagueiro Durval e enganou o goleiro Magrão. Aos 8, Ronaldo quase marca de novo. Na falta, Cristian rolou para o atacante, que bateu pelo alto.

Em situação cada vez mais complicada na partida, o Leão foi para o ataque desesperadamente. E por pouco não diminuiu. Aos 10 minutos, após cruzamento da direita, a bola chegou a Dutra na esquerda da grande área. O lateral bateu forte, mas Felipe desviou. A bola ainda bateu na trave, assustando os corintianos.

Apesar do susto, o jogo continuou sob domínio absoluto do Timão. Só que dois jogadores, por faltas desnecessárias, levaram o terceiro cartão amarelo: o meia Douglas e o atacante Dentinho. Eles não jogam no próximo domingo, contra o Cruzeiro, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

Aos poucos, então, o Sport foi encontrando espaços. Até que conseguiu o segundo gol aos 18 minutos. Após cruzamento rasteiro de Dutra da esquerda, Vandinho, oportunista, tocou para o fundo do gol de Felipe. Aos 20, muita reclamação dos corintianos. Morais avançou para área e caiu. Os jogadores alvinegros pediram pênalti.

Não demorou, aliás, para o time pernambucano chegar ao empate. A equipe rubro-negra manteve a postura ofensiva e igualou o marcador aos 22, novamente com Vandinho. Após chute forte de Hamilton, o goleiro Felipe deu rebote, Guto não aproveitou, mas na sequência Vandinho completou: 3 a 3.

Melhor em campo depois do terceiro gol, o Sport teve a chance de virar a partida, mas aos 33 minutos ficou em desvantagem no número de jogadores. Guto foi expulso por falta dura. O técnico Leão e Sandro Goiano reclamaram bastante. O Timão nem ligou e voltou a ficar na frente com gol de Moradei, aos 34, em belo chute de longe.

Só que o jogo ainda reservava mais emoção. Aos 46 minutos, o Sport teve ótima chance de igualar novamente. Vandinho cobrou falta com força. Felipe espalmou e garantiu os três pontos.


Ficha técnica:
CORINTHIANS 4 x 3 SPORT
CORINTHIANS
Felipe, Diogo (Moradei), Chicão, Diego e André Santos; Cristian, Jucilei (Marcelinho) e Douglas; Jorge Henrique, Dentinho (Morais) e Ronaldo.
Técnico: Mano Menezes.
SPORT
Magrão, Igor, Juliano e Durval; Élder Granja (Dude), Hamilton, Sandro Goiano, Fabiano, Luciano Henrique (Vandinho) e Dutra; Guto.
Técnico: Emerson Leão.
Gols: Fabiano, aos 12, Ronaldo, aos 27, e aos 34 minutos do primeiro tempo; Cristian, aos 4, Vandinho, aos 18 e aos 22, e Moradei, aos 34 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Ronaldo, Dentinho, Douglas (C); Guto, Sandro Goiano, Hamilton, Vandinho (S).
Cartão vermelho: Guto (S).
Público: 22.756 pagantes. Renda: R$ 755.466,50
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 16/07/2009.
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa/RS).
Auxiliares: Carlos Berkenbrock (Fifa/SC) e Marcia Bezerra Lopes Caetano (RO).


NÁUTICO 1X1 VITÓRIA
Náutico desperdiça boas chances de virar o jogo, e empata com o Vitória



Após fazer um péssimo primeiro tempo e sair atrás no placar, na noite desta quinta-feira, o Náutico reagiu e arrancou o empate por 1 a 1 com o Vitória, nos Aflitos, em partida válida pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado, no entanto, foi frustrante para o bom público que compareceu ao estádio para ver a estreia de Geninho e o Timbu perder chances claras de virar o jogo, na etapa final. Em uma delas, aos 47 do segundo tempo, Gladstone, debaixo das traves, fez o mais difícil e mandou a bola para longe da meta baiana.

Se não conseguiu manter o embalo da goleada sobre o Santos, o time do técnico Paulo Cesar Carpegiani ao menos volta para casa com a vaga no G-4 assegurada e o artilheiro isolado da competição: Roger, que marcou para a equipe rubro-negra e chegou ao oitavo gol. O Alvirrubro igualou o placar com Gilmar, de pênalti.

Com o resultado, o Leão baiano chegou a 20 pontos e manteve a quarta posição da tabela. O Timbu é o lanterna, com nove.

As equipes voltam a atuar no domingo. O Vitória recebe o líder Atlético-MG, às 16h, enquanto o Náutico pega o Barueri, fora de casa, às 18h30m.

Roger abre o placar

O início da partida foi marcado pelo excesso de faltas. O Vitória era superior e trocava passes com facilidade. O time rubro-negro abriu o placar aos 11. Roger recebeu na área, após o escorregão de Vagner Silva, e teve tempo para girar e bater cruzado no canto esquerdo do goleiro Eduardo.

O Timbu buscou a reação, mas esbarrou nas próprias limitações técnicas. Aos 16, Aílton arriscou de fora da área, mas errou o alvo, e a bola saiu à esquerda de Viafara.

Por pouco o Vitória não ampliou aos 33. Leandro cobrou falta pela direita, e, no desvio de Anderson Martins, a bola tocou o travessão antes de sair.

Os donos da casa não conseguiam chegar com a bola até a área adversária e exageravam nas tentativas de longa distância, mas a falta de pontaria alvirrubra manteve o placar favorável aos visitantes.

Reação e desperdício

O Náutico voltou para a segunda etapa com duas alterações: Sidny na vaga de Douglas Maia e Anderson Lessa no lugar do vaiado Márcio Barros. A equipe do técnico Geninho demonstrava disposição para reagir, mas seguia impedida pelas próprias limitações. Aos 15, Galiardo fez boa jogada, limpou a defesa, mas chutou fraco, e Viafara ficou com a bola.



Mas, aos 17, a sorte recifense começou a mudar. Anderson Martins fez falta dura em Aílton, na entrada da área. Gilmar cobrou por cima da barreira e quase empatou. Viafara mergulhou para fazer bela defesa. Na sequência, Wallace entrou com violência em Anderson Lessa, dentro da área baiana, e o árbitro Paulo Cesar Oliveira assinalou pênalti e expulsou o zagueiro do Vitória. Com direito a paradinha, Gilmar bateu alto no lado direito do camisa 1 rubro-negro e empatou, aos 21.

Com um a mais em campo, os recifenses aumentaram a pressão. Mas foi o Vitória que quase marcou o segundo aos 39. Leandro Domingues driblou dentro da área e tocou rasteiro, mas acertou a trave.

Aos 40, Galiardo desperdiçou chance incrível de balançar as redes para o Timbu, quando girou dentro da área e, de frente para o gol, chutou muito mal e mandou a bola para longe. O goleiro Eduardo ainda foi obrigado a trabalhar, aos 43, em chute cruzado de Leandro Domingues.

Ainda houve tempo para que Gladstone jogasse fora a chance de tirar o Timbu da lanterna. Em cruzamento da esquerda, o zagueiro apareceu por trás da defesa baiana, mas desviou por cima do travessão do goleiro Viafara. Um ponto precioso, mas com sabor amargo para quem está na última colocação.


Ficha técnica:
NÁUTICO 1 x 1 VITÓRIA
NÁUTICO
Eduardo, Vagner Silva, Gladstone, Galiardo e Douglas Maia (Sidny); Johnny, Aílton, Carlinhos Bala e Anderson Santana; Márcio Barros (Anderson Lessa) (Kuki) e Gilmar.
Técnico: Geninho.
VITÓRIA
Viafara, Adriano (Gil), Wallace, Victor Ramos e Anderson Martins; Carlos Alberto, Magal, Leandro Domingues (Bida) e Leandro; Willian (Jackson) e Roger.
Técnico: Carpegiani.
Gols: Roger, aos 11 minutos do primeiro tempo; Gilmar, aos 21 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Anderson Santana, Carlinhos Bala, Johnny, Gladstone (Náutico). Willian, Wallace, Victor Ramos, Anderson Martins (Vitória).
Cartão vermelho: Wallace (Vitória).
Estádio: Aflitos. Data: 16/07/2009.
Árbitro: Paulo César Oliveira.
Auxiliares: Ivaney Alves de Lima (SE) e Manuel Marcio Bezerra Torres (CE).

quarta-feira, 15 de julho de 2009

11 Rodada:Série A

GOIÁS 0X2 AVAÍ
Goiás tropeça no Serra Dourada, e Avaí vence a segunda no Brasileirão



O Avaí surpreendeu e venceu o Goiás por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, no Serra Dourada, em jogo válido pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time catarinense, que só havia vencido uma vez na competição e entrou em campo carregando o peso de ocupar a última colocação da tabela, começou a partida dando sinais de que não seria ameaça para os donos da casa, mas

Muriqui e Roberto balançaram as redes e contrariaram as expectativas.

A equipe do técnico Silas chegou à sua segunda vitória no Brasileirão, e soma 10 pontos, na 18ª colocação. Já a equipe goiana segue em nono, com 14 pontos.

No próximo sábado, às 18h30m, o Goiás enfrenta o Fluminense, no Rio de Janeiro, na abertura da 12ª rodada. O Avaí pega o Sport, no Recife, domingo, também às 18h30m.

Dois gols bem anulados

Em casa, o Goiás não deixou o Avaí à vontade no início da partida. Explorando principalmente o lado direito da defesa avaiana, a equipe do técnico Hélio dos Anjos chegou a balançar as redes aos três minutos, quando Felipe Menezes, em posição de impedimento, recebeu dentro da área e emendou para o gol, mas a arbitragem anulou corretamente o lance.

Na sequência, os goianos mantiveram domínio da partida, trocando passes sem dificuldade, mas não chegavam a ameaçar a meta catarinense. Explorando os contra-ataques, o Avaí chegou perto de abrir o placar com um gol olímpico de Marquinhos, aos 12 minutos, mas Harlei afastou o perigo com um soco.



O susto parece ter acordado os anfitriões. Aos 16, Douglas recebeu na entrada da área, limpou e arriscou de esquerda, mas a bola saiu pela linha de fundo. Aos 17, Felipe Menezes também arriscou de longa distância, Eduardo Martini não conseguiu segurar, e Ramalho emendou para o fundo das redes. Mas, antes que o volante pudesse comemorar, o árbitro assinalou o impedimento e anulou, corretamente, outro gol do Goiás.

Apesar de excessivamente defensivo, o Avaí conseguiu criar oportunidades claras de marcar na primeira etapa. Aos 25, após rápida troca de passes, Muriqui saiu de frente para Harlei, mas precisou se esticar para concluir e acabou chutando em cima do goleiro. Os visitantes mantiveram a pressão. Da entrada da área, Muriqui buscou o ângulo esquerdo de Harlei, e obrigou o camisa 1 esmeraldino a fazer bela defesa, aos 26.

Felipe ainda desperdiçou a melhor chance do primeiro tempo, aos 44, após boa jogada de Ramalho, pela direita. O atacante esmeraldino recebeu cruzamento dentro da área, mas chutou em cima de Eduardo Martini.

Avaí surpreende

No intervalo, o técnico Silas mexeu na ala direita e trocou Michel por Luís Ricardo. Mas foi pela esquerda que os avaianos roubaram a bola e avançaram com William, que rolou para Muriqui se antecipar à zaga goiana e tocar no canto direito de Harlei – 1 a 0.

Por pouco os visitantes não ampliaram aos 5. Após cruzamento da esquerda, William cabeceou à queima-roupa, e Harlei fez defesa incrível.

Com papéis invertidos, os times seguiam a mesma história da etapa inicial, com o Avaí impondo o ritmo de jogo. O Goiás criava chances isoladas. Aos 24, Amaral arriscou uma bomba da intermediária e carimbou o travessão de Eduardo Martini.

Já na reta final, aos 44, o contra-ataque avaiano confirmou o resultado. Caio esticou para Roberto, que ganhou da defesa na velocidade e marcou, selando a vitória avaiana, a primeira do time após seis partidas.


Ficha técnica:
GOIÁS 0 x 2 AVAÍ
GOIÁS
Harlei, Ernando, Leandro Euzébio, Valmir Lucas; Douglas (Jael), Júlio César, Amaral (Anderson Gomes), Ramalho, Felipe Menezes (Rafinha), Bruno Meneghel e Felipe.
Técnico: Hélio dos Anjos.
AVAÍ
Eduardo Martini, Michel (Luís Ricardo), Rafael, Augusto e Eltinho; Ferdinando, Marcus Vinícius, Léo Gago e Marquinhos; William (Caio), Muriqui (Roberto).
Técnico: Silas.
Gols: No segundo tempo, Muriqui, aos 3, e Roberto, aos 44.
Cartões amarelos: Valmir Lucas, Anderson Gomes, Bruno Meneghel (Goiás). Ferdinando e Marquinhos (Avaí).
Estádio: Serra Dourada. Data: 15/07/2009.
Árbitro: Héber Roberto Lopes.
Auxiliares: José Amilton Pontarolo (PR) e José Javel Silveira (RS).


CORITIBA 2X1 GRÊMIO
Coritiba vence o Grêmio de virada na rodada pré-clássicos regionais

O Coritiba passa a comer, beber e respirar Atletiba com a confiança de quem venceu um jogo muito importante. Já o Grêmio terá que encarar os dias de preparação para o Gre-Nal com explicações para a derrota. Na rodada pré-clássicos regionais, o Coxa venceu o Tricolor de virada na noite desta quarta-feira, no Couto Pereira, por 2 a 1. Jonas marcou para os gaúchos, superiores no primeiro tempo. Os paranaenses viraram com Marcelinho Paraíba e Ariel.

Agora, as duas equipes só pensam nos duelos regionais. O Coritiba vai à casa do Atlético-PR para jogão às 16h de domingo. O Grêmio, no mesmo dia e horário, recebe o Inter no Olímpico. Com a vitória desta quarta, o Coxa subiu para 13 pontos, mais longe da zona de rebaixamento – é o 11º momentaneamente, já que perderá posições com o andamento da rodada. O Grêmio ficou estacionado nos 15 pontos, em sexto.

Melhor, Grêmio larga na frente, mas Coxa empata

O Coritiba foi, no primeiro tempo, a prova de que o futebol é feito de contrastes. Aos 43 minutos, quando o time vencia por 1 a 0, a bola morreu no peito do argentino Ariel dentro da área, a centímetros do gol do Grêmio. O centroavante dominou, se livrou da zaga, fechou o olho e mandou uma pancada impressionante. Só que para o lado contrário. Em vez de chutar na direção do gol, ele conseguiu mandar a bola para fora da área. Inacreditável.

Três minutos depois, Marcelinho Paraíba fez o oposto. Ele recebeu pela direita da área, quase no ângulo dela, e chutou bonito, forte, cruzado, no único lugar que Victor não conseguiria alcançar. Um golaço. Uma pintura que igualava o marcador por 1 a 1 numa etapa inicial dominada pelo adversário.

O time gaúcho foi claramente superior. Mesmo com quatro desfalques (Réver, Souza, Herrera e Maxi López), o Tricolor esteve sempre mais perto de marcar do que o Coxa. Jonas, aos nove minutos, logo colocou os visitantes na frente. O lançamento para ele foi de Fábio Santos, destaque azul no primeiro tempo. O atacante recebeu do lateral-esquerdo, fintou Demerson e mandou o chute. A bola ainda bateu no goleiro Vanderlei antes de entrar. O Grêmio estava na frente e assim seguiria até Marcelinho Paraíba dar o ar da graça.

As duas equipes foram para o vestiário no intervalo carregando um placar um tanto injusto com os gaúchos, que tiveram outras boas chances de marcar. Aos 20 minutos, Adílson acionou Fábio Santos de calcanhar. Saiu dali o cruzamento para Alex Mineiro, que bateu para fora. Aos 37, o centroavante trocou de função e cruzou para a área. Como Jonas não conseguiu concluir, Maylson pegou a bola no outro lado, pela esquerda, e mandou na cabeça de Fábio Santos. A conclusão foi para fora.

O Coxa tentou ameaçar com chutes de longa distância e jogadas de bola parada. Não teve sucesso. Marcelinho Paraíba acertou o travessão em uma cobrança de escanteio. Depois, colocou a bola na cabeça de Ariel, mas a conclusão do argentino não encontrou a rede de Victor.

Expulsão de Thiego facilita virada do Coxa

Antes de o segundo tempo ganhar corpo, William Thiego perdeu a cabeça. O jogador do Grêmio foi até a linha de fundo, no ataque, para disputar bola com Douglas Silva. Quando o adversário deixou o braço no rosto de Thiego, o zagueiro improvisado como lateral não se controlou e deu chute violento no tornozelo do oponente. Foi corretamente expulso.

A virada do Coxa foi consequência do lance infantil do atleta gremista. O Coritiba cresceu no ataque, passou a dominar o território rival e encontrou o gol aos sete minutos. Em cruzamento da esquerda, a zaga não conseguiu cortar, e a bola parou do outro lado. Marcos Aurélio acionou Ariel, que girou para o fundo do gol de Victor: 2 a 1. O grandalhão se redimiu do lance bizarro do primeiro tempo.

Em desvantagem, o Grêmio até tentou arrancar um empate, mas as dificuldades foram grandes. As entradas de Makelele, Joilson e Perea não ajudaram muito. Jonas, aos 21 minutos, teve boa chance para marcar, mas o atacante não conseguiu desviar para o gol o cruzamento de Tcheco, e a bola saiu por pouco.

O Coxa diminuiu o ritmo. Ciente da importância dos três pontos, o time de René Simões deixou o tempo passar, apenas controlando o adversário. Assim, garantiu uma vitória importante na tabela e no ânimo.


CORITIBA 2 x 1 GRÊMIO
CORITIBA
Vanderlei, Rodrigo Heffner (Rodrigo Pontes), Cleiton, Demerson e Douglas Silva; Leandro Donizete, Pedro Ken, Carlinhos Paraíba e Marcelinho Paraíba; Marcos Aurélio (Bruno Batata) e Ariel
Técnico: René Simões
GRÊMIO
Victor, William Thiego, Léo, Rafael Marques e Fábio Santos; Túlio, Adílson, Maylson (Joilson) e Tcheco; Jonas (Perea) e Alex Mineiro (Makelele)
Técnico: Paulo Autuori
Gols: Jonas, aos nove, e Marcelinho Paraíba, aos 46 minutos do primeiro tempo; Ariel, aos sete minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Leandro Donizete, Carlinhos Paraíba e Rodrigo Pontes (Coritiba); Léo, Maylson, Fábio Santos e Victor (Grêmio)
Cartão vermelho: William Thiego (Grêmio)
Estádio: Couto Pereira, em Curitiba (PR) Data: 15/07/2009
Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca (RJ)
Auxiliares: Ricardo de Almeida (RJ) e Cláudio José de Oliveira Soares (RJ)


SANTO ANDRÉ 1X0 ATLÉTICO - PR
Santo André bate o Atlético-PR em casa e encosta no G-4 do Brasileirão



Depois de surpreender o Fluminense no último fim de semana em pleno estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, o Santo André deu nesta quarta-feira mais uma demonstração de que vai brigar pelas primeiras colocações do Campeonato Brasileiro.

A equipe comandada pelo técnico Sérgio Guedes derrotou o Atlético-PR por 1 a 0, em partida realizada no estádio Bruno José Daniel. O único gol foi marcado pelo volante Valencia, contra, aos 5min do segundo tempo. (Reveja o gol)

Com o resultado, o Ramalhão foi aos 17 pontos na tabela de classificação e subiu para a sexta posição na tabela de classificação. Já o Atlético-PR, que sofreu a sua sexta derrota em 11 partidas, segue com 11, apenas um ponto distante da zona de rebaixamento do torneio.

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro

As duas equipes voltarão a campo no próximo fim de semana. O Santo André, no sábado, vai enfrentar o Palmeiras, às 18h30m, no Palestra Itália. Já o Atlético-PR receberá o rival Coritiba na Arena da Baixada, domingo, às 16h10m.

Começo muito ruim

No primeiro tempo, as duas equipes começaram a partida em ritmo muito lento. Com muito frio e pouca presença de público, não houve lances de emoção nos primeiros 20 minutos.

Coube ao time visitante criar a primeira jogada de perigo da partida. Aos 22min, após uma bola recuperada pelo lateral-esquerdo Márcio Azevedo na linha de fundo, o atacante Wesley ficou com a sobra, passou por dois marcadores do Ramalhão e bateu cruzado, rasteiro. Neneca fez bela defesa e, na sobra, a zaga do Santo André afastou o perigo.



A mesma cena repetiu-se nove minutos depois. Novamente Wesley, pelo lado esquerdo, invadiu a área e disparou uma bomba de pé esquerdo. Neneca, em noite inspirada, espalmou pela linha de fundo. No banco de reservas do Santo André, o técnico Sérgio Guedes, aos gritos, tentava corrigir os erros de posicionamento da equipe, que deixava muitos espaços pelas pontas. (Reveja o lance)



E o Ramalhão acordou nos 15 minutos finais. O time conseguiu melhorar sua marcação e, com isso, passou a ficar com a bola mais tempo nos pés. Aos 37min, finalmente o goleiro Vinícius, do Atlético-PR, trabalhou. Ele fez boa defesa em chute cruzado de Antônio Flávio, que recebeu passe de Marcelinho Carioca pelo lado direito da área adversária.



Quando o jogo já caminhava para o intervalo, o Santo André só não abriu o marcador porque Elvis não teve sorte na finalização. Ele avançou pela esquerda e bateu cruzado, longe do alcance de Vinícius. A bola caprichosamente bateu na trave e, na volta, a zaga do Furacão deu um bico para longe.



O gol do Ramalhão



As duas equipes voltaram sem alterações para o segundo tempo. Mas o Santo André retornou na mesma velocidade com que havia terminado a primeira etapa. Com apenas um minuto, após cruzamento da direita, Nunes cabeceou, e Vinícius fez um milagre. Na volta, Antônio Flávio cruzou e Nunes chutou rasteiro. A bola só não entrou porque, no meio do caminho, Rafael Santos salvou no carrinho.



Mas, aos 5min, não teve jeito. Após cobrança de escanteio de Marcelinho Carioca da esquerda, o zagueiro Vinícius Orlando subiu no alto com Valencia para disputar a bola. E o jogador do Atlético-PR acabou cabeceando para o próprio gol. Festa da barulhenta torcida do Ramalhão presente ao estádio Bruno José Daniel.



Em desvantagem, o Atlético-PR resolveu sair para o jogo. O técnico Waldemar Lemos deu mais força ao ataque, tirando um meia (Paulo Baier) e colocando mais um atacante (Fabrício). Com isso, o Furacão cresceu e fez o time da casa recuar. O controle da posse de bola passou a ser paranaense e, aos 22min, o zagueiro Chico, após cruzamento na área, quase marcou de cabeça. Após cobrança de falta, ele subiu sozinho e testou à direita de Neneca, com muito perigo.



Mas, com o passar do tempo, o Atlético-PR foi diminuindo seu ritmo. Nos dez minutos finais, o Santo André conseguiu reequilibrar a partida, tanto que voltou a levar perigo ao gol defendido por Vinícius. Aos 36min, Marcelinho Carioca cobrou falta, o goleiro do Furacão bateu roupa e, no rebote, Antônio Flávio chutou para o gol. A bola só não entrou porque Rafael Santos, em cima da linha, salvou.



Nos minutos finais, o Ramalhão ainda teve mais uma chance. Marcelinho Carioca, em chute de fora da área, bateu de fora da área, no canto esquerdo de Vinícius, que fez boa defesa. Depois, a equipe do ABC soube controlar a bola e garantir a importante vitória.



Ficha técnica:
SANTO ANDRÉ 1 x 0 ATLÉTICO-PR
SANTO ANDRÉ
Neneca; Cicinho, Vinícius Orlando, Marcel e Gustavo Nery; Fernando, Ricardo Conceição, Elvis (Dionísio), Antonio Flávio (Rodrigo Fabri) e Marcelinho Carioca; Nunes .
Técnico: Sérgio Guedes
ATLÉTICO-PR
Vinícius; Nei, Rhodolfo, Rafael Santos e Márcio Azevedo; Chico, Valencia, Paulo Baier (Patrício) e Marcinho; Wesley (Alex Sandro) e Rafael Moura (Eduardo)
Técnico: Valdemar Lemos
Gol: Valencia (contra), aos 5min do 2º tempo
Cartões amarelos: Ricardo Conceição (Santo André); Nei e Wesley (Atlético-PR)
Estádio: Bruno José Daniel. Data: 15/07/2009.
Árbitro: Célio Amorim (SC).
Auxiliares: Kleber Lucio Gil (SC) e Lilian da Silva Fernandes Bruno (RJ).
Renda e Público: R$ 21.210,00 / 1.210 pagantes


SANTOS 3X3 BARUERI
Neymar salva nos minutos finais, e Santos empata com o Barueri na Vila Belmiro

Foi sufoco do início ao fim, com pressão e protestos das arquibancadas. Mas depois de estar perdendo por 3 a 1 desde o primeiro tempo, o Santos conseguiu empatar em 3 a 3 com o Barueri, nesta quarta-feira de ânimos exaltados na Vila Belmiro. O placar, conquistado nos minutos finais do jogo, foi selado por Neymar, atacante revelado nas categorias de base do time e que comemorou o gol comendo pipocas que foram atiradas pelos torcedores.

Apesar do empate, o Santos segue em situação delicada no Campeonato Brasileiro. Com Serginho Chulapa como técnico interino, o time permanece na 11ª posição, agora com 14 pontos. No domingo, o time enfrenta o São Paulo, no Morumbi, quem sabe com um novo treinador na vaga de Vagner Mancini, demitido depois da goleada sofrida por 6 a 2 para o Vitória.

Já o Barueri, que quase aprontou das suas novamente na competição, permanece na quinta posição, com 18 pontos. Também no domingo, o time de Estevam Soares recebe o Náutico.

Protestos, vaias e Michael Jackson

Pressionado, o Santos de Serginho Chulapa apareceu em campo com a dupla Kléber Pereira e Roni no ataque. Mas foi o Barueri que assustou desde os primeiros momentos. Aos 6 minutos, Leandro Castán cabeceou e Douglas precisou se esticar todo para espalmar para fora. Um minuto depois foi a vez de Thiago Humberto testar a frágil defesa santista. E novamente o camisa 1 consegue defender.

Mas logo Douglas causou arrepios nos torcedores, ao sair com os pés para evitar que Val Baiano abrisse o placar, aos 9 minutos. No entanto, três minutos depois disso, ele não conseguiu conter o Barueri. Em uma bobeira de Fabão na área, o camisa 9 do time da Grande São Paulo se aproveitou do erro para fazer 1 a 0.

E não houve tempo para uma reação santista, pois, aos 17 minutos, Fernandinho ampliou para o Barueri. Depois de passar fácil por Wagner Diniz e Fabão, o atacante bateu forte, sem chances para Douglas. E assim surgiam as primeiras vaias na Vila Belmiro.

O clima chegou a ficar um pouco mais ameno, quando Madson descontou para o Peixe, em cobrança de falta, aos 26 minutos. Depois de muita comemoração com o interino Serginho Chulapa, que foi abraçado por todos, o Santos voltou a levar novo baque.

Fernandinho recebeu nas costas de Wagner Diniz, driblou e cruzou para Val Baiano marcar seu segundo gol na partida, fazendo 3 a 1 para o Barueri, aos 29 minutos. O lateral-direito santista acabou sendo substituído depois disso.

Depois disso, não houve mais ambiente para paz na Vila Belmiro. Dos momentos finais da primeira etapa até a saída de todo time para os vestiários, eram gritos de “Time sem vergonha” e “Marcelo Teixeira, com esse time você está de brincadeira”.

- Absurdo o nível de jogo que estamos apresentando – disse o goleiro Douglas.

Na tentativa de melhorar o clima dos torcedores, as meninas animadoras entraram em campo com saias minúsculas e pompons nas mãos. Mas a escolha da trilha lembrou tragédia. Elas dançaram ao som de Michael Jackson, morto há quase três semanas.

Vaias na Vila vazia e empate suado

Na segunda etapa, o Santos voltou pressionando mais o adversário. E logo no primeiro minuto o Barueri perdeu Ralf pelo segundo amarelo, depois que o meia cometeu falta em Madson.

Na tentativa de diminuir a diferença, Rodrigo Souto fez a torcida santista se agitar, depois que seu chute encontrar o travessão de Renê. Mas a busca pelos gols continuava desordenada. Um exemplo foi uma arrancada de Paulo Henrique Lima, que se viu solitário entre os atletas rivais e, quando tentou passar a bola para Kléber Pereira, foi barrado pelos defensores do Barueri.

Enquanto isso, o time de Estevam Soares, bem armado em campo mesmo com um homem a menos, se aproveitava dos contragolpes para tentar ampliar a conta.

Desesperado, Serginho Chulapa fez mudanças ousadas na equipe. Depois de tirar Roni e colocar Róbson no time, ele trocou o zagueiro Fabão pelo atacante Neymar. E a insatisfação seguia na Vila Belmiro, com os pouco mais de 3 mil torcedores protestando contra Marcelo Teixeira.

Com o ataque mais leve, o Peixe chegou diversas vezes na área do Barueri. Mas a pontaria não foi o forte dos santistas na noite desta quarta-feira. Em boa jogada com Paulo Henrique Lima, Róbson chutou cruzado, mas a bola bateu no travessão de Renê, aos 28 minutos.

Na tentativa de Kléber Pereira, um lance bizarro. O camisa 9 santista, alvo constante de críticas da torcida, dominou a bola, mas seu chute saiu torto, longe da trave direita de Renê. O atleta ainda cobrou um toque da arbitragem, na tentativa de conquistar um escanteio. E ouviu novas vaias da torcida.

E a reclamação dos torcedores só mudou aos 35 minutos, e mesmo assim por alguns segundos, quando Róbson diminui para 3 a 2. Leandro Castán cometeu lance perigoso e o Santos teve uma falta em dois toques a seu favor. Após a cobrança, o meia alvinegro aproveitou rebote de Renê e completou para as redes.

Na base da pressão, o Santos partiu para o tudo ou nada nos minutos finais. E conseguiu arrancar um empate com Neymar. Após cruzamento, ele subiu sozinho e completou contra a meta de Renê. Na comemoração, pegou algumas pipocas que haviam sido atiradas pela torcida e comeu. Foi o terceiro instante de alegria na Vila, que protestou mesmo com a igualdade no placar.


Ficha técnica:
SANTOS 3 x 3 BARUERI
SANTOS
Douglas; Wagner Diniz (Luizinho), Fabão (Neymar), Domingos e Léo; Roberto Brum, Rodrigo Souto, Paulo Henrique Lima e Madson; Roni (Róbson) e Kléber Pereira.
Técnico: Serginho Chulapa.
BARUERI
Renê; Xandão, André Luiz e Leandro Castán; Marcos Pimentel (Eder), Ralf, Ewerton, Thiago Humberto (Franciscatti) e Márcio Careca; Fernandinho e Val Baiano.
Técnico: Estevam Soares.
Gols: Val Baiano, aos 13 e aos 29, Fernandinho, aos 17, e Madson, aos 26 minutos do primeiro tempo. Róbson, aos 35, e Neymar, aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Márcio Careca, Eder, Leandro Castán, Ewerton e Xandão (B). Léo, Rodrigo Souto e Domingos (S).
Cartão vermelho: Ralf (B).
Estádio: Vila Belmiro, em Santos. Data: 15/07/2009.
Público: 3.524 pagantes. Renda: R$ 50.535,00.
Árbitro: Guilherme Cereta de Lima (SP).
Auxiliares: Anderson Jose de Moraes Coelho e Nilson de Souza Monção (ambos de SP).


FLAMENGO 1X2 PALMEIRAS
Palmeiras acaba com o Flamengo no primeiro tempo e dorme na vice-liderança



Em 2006, Diego Souza deixou o Flamengo chamado publicamente de “gordo” pelo vice-presidente de futebol, Kleber Leite. A vingança do apoiador demorou, mas veio em grande estilo nesta quarta-feira. Ele foi o principal jogador da vitória por 2 a 1 do Palmeiras, no Maracanã, contra um desorientado time rubro-negro. O resultado faz o time paulista dormir na vice-liderança do Campeonato Brasileiro.

Zanzando de um lado para o outro à beira do campo e ouvindo xingamentos de parte da torcida, o técnico Cuca volta a conviver com a pressão que o abandonou nos últimos quatro jogos.

Se o horizonte do treinador do Fla é sombrio e atribulado, Jorginho ganha ainda mais tranquilidade e prestígio no Palmeiras. Ele assumiu interinamente após a saída de Vanderlei Luxemburgo e coleciona três vitórias e um empate em quatro jogos.

Com o resultado, o Alviverde paulista pula para a segunda posição, com 22 pontos. Mas nesta quinta pode ser ultrapassado pelo Atlético-MG, que recebe o São Paulo. O próximo jogo da equipe será contra o Santo André, sábado, no Palestra Itália.

O Flamengo almejava somar nove pontos na sequência de três jogos que terá no Rio de Janeiro. Começou mal. O resultado deixa a equipe na oitava colocação, estacionada nos 15 pontos. No próximo domingo o adversário, também no Maracanã, será o Botafogo.

Palmeiras brinca no Maracanã

Ao contrário do que se esperava, o gramado não estava dos piores. O esforço pós-show de Roberto Carlos conseguiu nivelá-lo, apesar de o campo parecer “fatiado”. Por causa da camisa de Marcos, semelhante à dos demais jogadores, a partida começou com quase dez minutos de atraso.

Quando a bola rolou, o Palmeiras foi o primeiro a ameaçar. Aos três minutos, Danilo cabeceou sobre o gol de Bruno. Apesar de mal posicionado defensivamente, o Flamengo esboçou tramar boas jogadas, sobretudo com Emerson. Porém, em todo o primeiro tempo o time foi incapaz de dar qualquer chute a gol.



Everton, aos 20, fez ótima jogada pela ponta esquerda e cruzou. Adriano não alcançou, e a defesa afastou provisoriamente.

A fragilidade do sistema defensivo do Flamengo foi posta à prova aos 23. Willians recuou muito mal a bola para Welinton. O zagueiro foi pressionado por Ortigoza e sofreu falta. Leandro Vuaden ignorou, e Diego Souza aproveitou para chutar de perna direita no canto direito de Bruno: 1 a 0.

O gol irritou a torcida. E sobrou para Welinton. A cada toque na bola o defensor foi vaiado. Os pedidos de “raça” também se intensificaram. Enquanto isso, dentro de campo, a desorganização tática prosseguiu. Kleberson cometeu erros grosseiros e Angelim quase fez gol contra, aos 30. O Palmeiras colocou os visitantes na roda. Diego Souza sobrava na turma e obrigou Bruno a fazer boa defesa, aos 37. Dois minutos depois, Ortigoza chutou para fora da entrada da área.

Se já estava fácil, Kleberson facilitou para os visitantes. Aos 43 minutos, ele perdeu uma bola no meio-campo, e no fim da jogada Cleiton Xavier passou para Ortigoza fazer o segundo.

O time rubro-negro deixou o campo sob vaias, e o goleiro Bruno pediu uma mudança de atitude.

- Senão acontecerá uma tragédia – afirmou o capitão.

Adriano desconta. E só

O primeiro chute do Flamengo no jogo aconteceu aos três minutos do segundo tempo. Everton fez ótima jogada individual, mas na frente de Marcos bateu fraco e facilitou a defesa.

Jogando em contragolpes, o time paulista era soberano no jogo. Mas aos 27, Danilo puxou Adriano na área. O Imperador bateu o pênalti rasteiro, no canto esquerdo, e diminuiu. É o sexto dele em oito jogos desde que voltou ao Flamengo.

O gol animou a torcida, mas a arbitragem de Leandro Vuaden irritou os jogadores e dificultou a reação. Aos 39, Maxi cruzou da direita, Zé Roberto cabeceou e Marcos fez a defesa.

Àquela altura, o Palmeiras já havia abdicado do ataque. Adriano dividiu no alto com Marcos, aos 42, mas Maxi não conseguiu aproveitar. E o Verdão, com todos os méritos, saiu do Maracanã com a vitória.



Ficha técnica:
FLAMENGO 1 x 2 PALMEIRAS
FLAMENGO
Bruno, Everton Silva (Fierro), Welinton, Ronaldo Angelim e Everton; Willians, Léo Moura (Maxi), Kleberson e Zé Roberto (Camacho); Emerson e Adriano.
Técnico: Cuca.
PALMEIRAS
Marcos, Wendel, Maurício Ramos, Danilo e Armero; Pierre, Edmílson (Sandro Silva), Cleiton Xavier e Deyvid Sacconi (Fabinho Capixaba); Diego Souza e Ortigoza (Marcão)
Técnico: Jorginho.
Gols: Diego Souza, aos 24 minutos, Ortigoza, aos 43 do primeiro tempo; Adriano, aos 26 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Welinton, Willians, Zé Roberto, Everton e Ronaldo Angelim (Flamengo); Pierre, Danilo (Palmeiras)
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 15/07/2009.
Árbitro: Leandro Vuaden (Fifa-RS).
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Alessandro de Mattos (Fifa-BA).
Público: 22.861 pagantes. Renda: R$ 411.567,00


INTERNACIONAL 4X2 FLUMINENSE
Barrado, Taison entra no segundo tempo, decide, e Inter despacha o Fluminense



No duelo da equipe que sonhava com um novo tempo após mudar o treinador contra a que lutava desesperadamente pela vitória para não ter que tomar a mesma atitude, melhor para o Internacional de Tite, que despachou o Fluminense de Vinícius Eutrópio, por 4 a 2, no Beira-Rio, nesta quarta-feira, pela 11ª rodada do Brasileirão, e voltou à liderança da competição.

Barrado, Taison entrou no segundo tempo para marcar duas vezes e garantir o triunfo dos gaúchos, que dependem do resultado de Atlético-MG e São Paulo, que se enfrentam nesta quinta-feira, para seguirem no primeiro lugar. Sorondo e Andrezinho, pelo Colorado, e Ruy e Conca, do lado tricolor, marcaram os outros gols da partida.

Com o resultado, o Inter chegou ao primeiro lugar com 23 pontos, dois a mais que o Galo. Já os cariocas, com 10, estão na vice-lanterna, em 19º. Na próxima rodada, o Fluminense recebe o Goiás, no Maracanã, sábado, às 18h30m, enquanto o Colorado tem Gre-Nal pela frente, domingo, às 16h, no Olímpico.

Expulsões, golaço e vantagem do Inter



A obrigatoriedade de vencer para aliviar o clima tenso que marcou o início de semana no Beira-Rio e nas Laranjeiras fez com que as duas equipes se mandassem para o ataque desde o início. Logo aos dois minutos, o argentino Guiñazu fez boa tabela com Nilmar e foi desarmado por Luiz Alberto na entrada da área. No minuto seguinte foi a vez do “hermano” do Flu levar perigo ao rival: Conca arriscou de longe e assustou Lauro.

A mudança de Tite para o 3-5-2 deu certo e, com o meio-campo povoado, o Internacional tinha maior posse de bola, mas esbarrava na falta de criatividade dos meias, que não conseguiam passar pela bem postada defesa tricolor. Sendo assim, a primeira boa oportunidade foi do Fluminense, quando Luiz Alberto saltou livre após cobrança de escanteio, aos nove, e cabeceou para fora.

Se a ansiedade atrapalhava a criação das jogadas, a bola parada parecia ser a melhor opção ofensiva. E foi assim que o Colorado abriu o placar. Aos 15, Guiñazu foi derrubado por Ruy na intermediária. Andrezinho cobrou a falta na cabeça de Magrão, que desviou para trás e encontrou Sorondo na pequena área. Sem marcação, o zagueiro uruguaio escorou para o fundo das redes: 1 a 0 Inter.



A desvantagem abalou o Fluminense, que, se já não tinha maior posse de bola, passou também a dar espaços no setor defensivo. Aos 25, Alecsandro recebeu de Andrezinho na entrada da área, limpou a jogada e chutou rasteiro para a defesa de Ricardo Berna.

Quatro minutos depois a impaciência das equipes com a bola nos pés se transformou em agressão. Após disputa de bola no meio-campo, Fred e Magrão trocaram socos e empurrões. A atitude não foi perdoada pelo árbitro Evandro Rogério Roman, que expulsou os dois. Foi o segundo cartão vermelho consecutivo do atacante tricolor, que ainda será julgado nesta quinta-feira pela punição no jogo contra o Corinthians, há duas rodadas.

Se havia alguma dúvida sobre o time que sofreria mais com a expulsão dupla, ela foi respondida aos 30. Em ataque veloz do Internacional, Nilmar serviu Andrezinho na intermediária. O meia percebeu Ricardo Berna adiantado e, com um toque de categoria, encobriu o goleiro tricolor para fazer o segundo gol dos gaúchos.



E o placar não se transformou em goleada aos 34 por pouco. Danilo Silva puxou contra-ataque e deixou a bola com Andrezinho, que encontrou Nilmar por trás da zaga. O camisa 9 emendou de primeira, mas parou em Berna. Foi a senha para o Fluminense abrir mão de qualquer tipo de precaução e se mandar para o ataque.

Como Conca e Ruy não resolviam a questão no meio-campo, a solução foi apelar para as jogadas individuais. A alternativa deu certo e os cariocas pressionaram o adversário no campo de defesa. Aos 35, Diguinho chutou de fora da área e assustou Lauro. Dois minutos depois foi a vez de Wellington Monteiro fazer fila e concluir para fora.

No embalo dos companheiros, Mariano também tentou resolver sozinho e, aos 39, bateu de canhota por cima do gol. Aos 41, o lateral-direito apoiou o ataque novamente, serviu Diguinho e viu o volante concluir para o Flu pela quarta vez em seis minutos e pela quarta vez sem direção. Foi o último lance da primeira etapa.

Flu empata, mas Taison decide



Na volta para o segundo tempo, Tite desfez o esquema com três zagueiros, trocou Álvaro por Glaydson, e deu espaços para o Fluminense atacar. Se a primeira boa chance da segunda etapa foi do Inter, aos cinco, em boa cabeçada de Nilmar para a defesa de Berna, era o Tricolor que mostrava maior apetite ofensivo.

Aos nove, Conca cobrou falta pela esquerda e João Paulo tocou de cabeça com perigo. Sobrava espaço, mas faltava criatividade para os cariocas. Tanto que a equipe só concluiu novamente aos 18, com Leandro Amaral, que desperdiçou duas boas chances em cobrança de falta e no rebote. O lance, por sinal, foi o último do atacante, que deu lugar a Kieza e saiu esbravejando contra o técnico Vinícius Eutrópio.

Inoperante no ataque, o Internacional ao menos se segurava na defesa. Mas esse panorama durou somente até os 27 minutos do segundo tempo. Foi quando João Paulo levantou na área, Lauro saiu mal do gol e deixou a bola nos pés de Ruy. O camisa 10 do Flu dominou e tocou com estilo por cima do goleiro para diminuir.



Sem perder o embalo, o Flu seguiu pressionando e conquistou o empate dois minutos depois. Mais uma vez bem no ataque, o jovem João Paulo cruzou na medida para o baixinho Conca, no segundo pau, testar firme e igualar o marcador: 2 a 2.

O empate abalou o Inter e animou o Flu, que marcou forte a saída de bola e teve duas boas oportunidades para virar com Marquinho, aos 30 e aos 31. Primeiro, o meia fez jogada individual e chutou sem direção. Na sequência do lance, Lauro cobrou tiro de meta nos pés do tricolor, que mais uma vez errou o alvo.

“Morto” em campo, o Colorado renasceu junto com sua maior revelação na temporada: Taison. Barrado por Alecsandro, o jovem substituiu o próprio companheiro para decidir a partida. Aos 34, ele recebeu na intermediária, conduziu a bola, acertou um belo chute no canto direito de Berna e decretou o retorno do Colorado à liderança, pelo menos até o duelo do Atlético-MG com o São Paulo, nesta quinta, e a permanência do Flu na zona de rebaixamento.

Glaydson, pelo segundo cartão amarelo, e Diguinho, após falta dura em Nilmar, ainda tiveram tempo para receberem o cartão vermelho antes de Marcelo Cordeiro tabelar com Nilmar, aos 45, e tocar para Taison, sozinho na pequena área, empurrar para o fundo das redes. Foi ato final antes do último apito de Evandro Rogério Roman.


Ficha técnica:
INTERNACIONAL 4 x 2 FLUMINENSE
INTERNACIONAL
Lauro, Índio, Sorondo e Álvaro (Glaydson); Danilo Silva, Magrão, Guiñazu, Andrezinho e Marcelo Cordeiro; Nilmar e Alecsandro (Taison).
Técnico: Tite.
FLUMINENSE
Ricardo Berna, Mariano (Marquinho), Cássio, Luiz Alberto e João Paulo; Wellington Monteiro (Maicon), Diguinho, Ruy e Conca; Leandro Amaral (Kieza) e Fred.
Técnico: Vinícius Eutrópio.
Gols: Sorondo, aos 15, e Andrezinho aos 30 minutos do primeiro tempo. Ruy, aos 27, Conca, aos 29, e Taison, aos 34 e aos 45 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Álvaro, Índio e Glaydson (Internacional) Leandro Amaral (Fluminense).
Cartões vermelho: Magrão e Glaydson (Internacional) Fred e Diguinho (Fluminense)
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre. Data: 15/07/2009.
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa/PR).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP).