
Abertos com grande pompa no espetacular e moderno Estádio Olímpico de Berlim pelo ditador nazista Adolf Hitler, o Fuehrer do III Reich alemão, os Jogos se propunham, subliminarmente, a demonstrar na prática as teorias de superioridade racial ariana apregoada pelo líder nazista e seus seguidores, que não pouparam tempo, treinamento e recursos para produzir a melhor equipe olímpica nacional já montada para disputar o evento. Infelizmente para o Führer, um pequeno grupo de atletas, os negros norte-americanos, iria demonstrar na prática a falácia das teorias hitleristas, conquistando a maioria das medalhas do atletismo, a modalidade mais importante dos Jogos, liderados por Jesse Owens, um neto de ex-escravos, que ganhou quatro medalhas de ouro nos 100m, 200m, revezamento 4x100 e salto em distância, em pleno estádio de Berlim lotado de arianos loiros e estupefatos, no mais emblemático episódio da história dos Jogos
História política dos Jogos Olímpicos de 1936

Em 1936, os Jogos Olímpicos de Inverno e de Verão realizaram-se na Alemanha Nazi, respectivamente em Garmisch-Partenkirchen (Baviera) e Berlim. Nesta dupla ocasião, o desporto forneceu um palco para a estética nazi e foi utilizado como veículo de propaganda pelo regime hitleriano como nunca antes acontecera.
A escolha das sedes não foi particularmente polémica. No entanto, após a subida de Hitler ao poder, houve propostas de boicote e mesmo tentativas de organização de Olímpiadas alternativas. Durante os jogos, a Alemanha reduziu a repressão anti-judia e tentou mostrar uma melhor imagem ao mundo. Ao mesmo tempo, o governo alemão participou de uma campanha diplomática tentando captar a simpatia de dignitários estrangeiros que visitaram a Alemanha durante os jogos. Para a posteridade, no entanto, os Jogos de 1936 estão essencialmente associados à figura de Jesse Owens.
Escolha da organização
O Comité Olímpico Internacional atribuiu a organização dos Jogos de Verão a Berlim, durante o seu congresso de 1931 em Barcelona. A outra cidade candidata para os Jogos de Verão era exactamente Barcelona. Naquela altura, começava-se por se escolher a cidade que organizava os Jogos de Verão, e era depois o Comité Olímpico nacional respectivo que decidia se organizava também os Jogos de Inverno. Os Jogos de Inverno de 1924 e 1932 realizaram-se também no mesmo país que organizava os Jogos de Verão. Foi, portanto, o Comité Olímpico Alemão que decidiu que os Jogos de Inverno se celebrariam nas aldeias vizinhas de Garmisch e Partenkirchen.
A escolha da Alemanha tinha uma carga política considerável, dado que assinalava o regresso da Alemanha às grandes competições desportivas depois da Primeira Guerra Mundial. Além disso, os Jogos de 1916, cancelados por causa da guerra, tinha sido inicialmente atribuídos a Berlim.
Proposta de boicote
Emblema dos Jogos de 1936.Hitler e o partido Nazi subiram ao poder em 1933. Poucos meses depois, diversos membros de comités olímpicos nacionais começaram a interrogar-se sobre se seria eticamente correcto participar nos Jogos organizados pelo regime nazi. De facto, confirmando a sua retórica antes de chegar ao poder, os nazis rapidamente (a partir de Abril de 1933) instauraram uma política de segregação racial no desporto e noutros aspectos da vida social. Os judeus, em particular, foram sistematicamente expulsos dos clubes e federações desportivas, e eram probidos de entrar nas instalações deportivas.
Nos Estados Unidos, o presidente do comité olímpico estado-unidense, Avery Brundage, começou por defender que se retirasse a organização dos Jogos à Alemanha, e que estes fossem organizados noutro país. Brundage estava particularmente preocupado com as restrições à actividade desportiva dos Judeus na Alemanha. Na sua opinião, os fundamentos do espírito olímpico cairiam por terra se os países decidissem quem poderia estar presente em função de aspectos sociais, de credo ou de raça. No entanto, após uma curta visita à Alemanha, Brundage declarou que os judeus alemães estavam a ser bem tratados e que os Jogos deveriam ter lugar como previsto na Alemanha. Brundage, que assumia uma particular responsabilidade, dado que a delegação estado-unidense aos Jogos era tradicionalmente a mais numerosa, viria a manifestar-se várias vezes contra um possível boicote, afirmando que o desporto se deveria manter afastado das escaramuças judeo-nazis. Chegou mesmo a afirmar haver uma conspiração comunisto-semita contra a participação dos EUA nos Jogos.
Do lado dos partidários do boicote, um dos mais activos era Jeremiah Mahoney, presidente da Federação estado-unidense de atletismo amador. Mahoney realçava que a Alemanha tinha quebrado o espírito do Olimpismo ao impor discriminações raciais e religiosas; participar era apoiar Hitler. Os apelos ao boicote de Mahoney tinham particular receptividade junto da comunidade católica dos Estados Unidos. Ernst Lee Jahncke, um outro ardente apoiante das propostas de boicote, foi mesmo expulso do Comité Olímpico Internacional por se manifestar contra a participação dos EUA nos Jogos.
As propostas de boicote foram também vivamente discutidas noutros países, em particular no Reino Unido, França, Suécia, Espanha, Checoslováquia e Países Baixos. Alemães no exílio de diversas orientações políticas também se manifestaram a favor de um boicote. No entanto, com a excepção de Espanha, todos esses países acabaram por participar, ao passo que, em diversas delegações, atletas (judeus ou não) se recusaram a isso.
Olimpíadas alternativas: as Olimpíadas Populares
Os adeptos do boicote começaram a organizar Olimpíadas alternativas (as Olimpíadas Populares) que se deveriam realizar no Verão de 1936 em Barcelona, a cidade que havia sido preterida pelo Comité Olímpico Internacional. Esta iniciativa teve no entanto de ser anulada, poucos dias antes de se iniciar (alguns atletas já se encontravam mesmo em Barcelona)[1], por causa da Guerra Civil Espanhola, em Julho de 1936.

Países participantes
Afeganistão
África do Sul
Alemanha
Argentina
Austrália
Áustria
Bélgica
Bermuda
Bolívia
Brasil
Bulgária
Canadá
Chile
China
Colômbia
Costa Rica
Checoslováquia
Dinamarca
Egipto
Estados Unidos
Estónia
Filipinas
Finlândia
França
Grécia
Hungria
Islândia
Índia
Itália
Japão
Iugoslávia
Letónia
Liechtenstein
Luxemburgo
Malta
México
Mónaco
Nova Zelândia
Noruega
Países Baixos
Peru
Polónia
Portugal
Reino Unido
Roménia
Suécia
Suíça
Turquia e
Uruguai.
Nunca, até então, tantos países tinham participado nos Jogos, 42 contra 37 em 1932. Seis nações estrearam-se nestes Jogos: Afeganistão, Bermuda, Bolívia, Costa Rica, Liechtenstein e Peru.
Supressão da violência anti-judia

Durante o Jogos, os cartazes anti-semitas foram retirados da via pública.Durante os Jogos e os meses que os precederam, era necessário mostrar aos milhares de visitantes tudo o que o país e o regime tinham de bom, e evitar que a face negra do regime sobressaísse. Assim, as sucessivas campanhas anti-semitas, que tinham sido uma constante desde a tomada do poder por Adolf Hitler, esmoreceram. A violência contra a comunidade judaica, particularmente visível no Verão do ano anterior, quase desapareceu. Os avisos proibindo ou dissuadindo a presença de judeus, que eram frequentes à entrada de muitas localidades e bairros (Juden sind nicht erwünscht - Judeus não são desejados), ou outros cartazes de teor semelhante e gosto duvidoso, foram retirados por ordem de Hitler (após um pedido do conde Henri Baillet-Latour, o belga que presidia ao Comité Olímpico Internacional), em Fevereiro de 1936, imediatamente antes da abertura dos Jogos de Inverno. Além disso, a Alemanha aceitou incluir na sua delegação uma atiradora (esgrima) que era descendente de judeus: Helene Mayer viria mesmo a conquistar uma medalha de prata.
Infra-estruturas
A construção, decoração e renovação de infra-estruturas desportivas e zonas de lazer realizaram-se a um ritmo frenético, sem olhar a despesas, tentando melhorar a aparência das sedes do Jogos. Estima-se que as infra-estruturas tenham custado cerca de 53 milhões dólares (6,5 milhões financiados pela organização, 16,5 pelo município de Berlim e 30 milhões pelo governo federal.[2]
O centro das atenções seria naturalmente o novo Estádio Olímpico de Berlim.

Os projectos iniciais do novo estádio eram do arquitecto Werner March. O estádio substituiu o Estádio Alemão (Deutsche Stadion) desenhado por Otto March (pai de Werner March) e construído entre 1912 e 1913 para ser a sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 1916 que acabariam por ser cancelados devido à primeira guerra mundial.
Os projectos de Werner March foram rejeitados pelo próprio Hitler já durante a construção; Hitler comparou o projecto a uma caixa de louça moderna, numa das suas usuais diatribes. Hitler ameaçou mesmo anular os Jogos por causa da pequenez do projecto. Albert Speer rapidamente alterou os esboços para linhas mais clássicas e imponentes. Hitler exigia que o estádio viesse a ser o maior de sempre. Muito embora o estádio fosse consideravelmente maior que o estádio dos Jogos de 1932, em Los Angeles, Hitler continuou durante as obras a queixar-se da alegada pequenez do projecto.
Cerimónia de abertura
O facho olímpico em BerlimToda a cidade de Berlim estava enfeitada com suásticas quando a chama olímpica chegou à cidade em 1 de Agosto de 1936 e os Jogos da XI Olimpíada foram inaugurados. Sobre o estádio, flutuava o enorme dirigível Hindenburg, sobre o qual estava suspensa a bandeira olímpica. Durante a cerimónia inaugural, o estádio tinha certamente mais do que a sua capacidade nominal de 110 000 espectadores, enquanto no exterior, uma multidão estimada em 1 milhão de pessoas se alinhou pelas ruas para ver passar o desfile de carros transportando o Führer, dignitários do regime e convidados.
Uma fanfarra de trinta trombetas saudou Hitler quando este entrou no estádio. Richard Strauss dirigiu um coro de 3 000 elementos que entoaram o hino alemão "Deutschland, Deutschland über Alles", e "Horst-Wessel-Lied", o hino do Partido Nazi. Strauss dirigiu também a orquestra que tocou o novo hino olímpico, especialmente composto para esta ocasião.

Muitas das delegações que entraram no estádio para a cerimónia inaugural fizeram a saudação nazi ao passar em frente ao chefe do Estado. As delegações estado-unidense e britânica contaram-se entre as raras que se abstiveram de o fazer. Por todo o estádio, havia câmaras fotográficas que captavam aqueles momento épicos. Leni Riefenstahl, que já havia trabalhado para o partido e filmado o congresso de Nuremberga de 1936, filmou muito dos jogos por encomenda do governo.
Competição
Jesse Owens em BerlimOs jogos de Verão desenrolaram-se durante duas semanas. Entre os sucessos desportivos dos participantes sobressaíram os feitos de Jesse Owens, vencedor de quatro medalhas de ouro. Disse-se que Hitler se recusou a cumprimentar Owens e outros medalhados negros, mas verdade é que não estava previsto que Hitler saudasse os medalhados. Hitler, efectivamente, cumprimentou os vencedores das duas primeiras medalhas de ouro, um finlandês e um alemão, embora isso não tivesse sido previsto pela organização. No primeiro dia, já tarde, mas ainda antes do fim das provas, Hitler abandonou o estádio após a eliminação dos últimos concorrentes alemães participantes no salto em altura. Deliberadamente ou não, isso fez com que Hitler não tivesse de decidir se haveria ou não de cumprimentar pessoalmente Cornelius Johnson e Davis Albritton, os dois afro-americanos que conquistaram as medalhas de ouro e de prata, respectivamente.

Jesse Owens competiu no segundo dia e ganhou os 100 metros rasos. Antes disso, já Henri Baillet-Latour tinha informado Hitler que, de acordo com o protocolo olímpico, um convidado de honra do comité olímpico não deveria saudar os vencedores. Hitler não cumprimentou mais nenhum medalhado. No entanto, pode inferir-se com grande certeza que Hitler teria evitado encontrar-se com Owens: Baldur von Schirach, o líder da Juventude Hitleriana, teria proposto que Hitler fosse fotografado juntamente com Owens. Hitler teria reagido indignado e ofendido e teria dito a von Schirach que os Estados Unidos deveriam se envergonhar de enviar negros aos Jogos. Owens ganhou também a medalha de ouro dos 200 metros rasos, a estafeta 4×400 metros e salto em comprimento.
Vitória alemã
Hitler assistiu a provas desportivas quase todos os dias, e foi sempre efusivamente aclamado pela multidão de espectadores. Para seu orgulho e contentamento, os atletas alemães registaram diversos êxitos; a Alemanha foi o país mais medalhado nos Jogos de Verão, e o segundo mais medalhado nos Jogos de Inverno.
Fatos, destaques e curiosidades
Em Berlim foi introduzido o revezamento que transportou a Chama Olímpica de Olímpia na Grécia até o estádio olímpíco de Berlim, na sede dos Jogos, por mais de três mil atletas através da Europa.
Entrada do Estádio Olímpico de Berlim, 1936
foto: Josef Jindřich ŠechtlAlém da melhor tecnologia e conforto existentes na época, providenciados pelo governo nazista de maneira a demonstrar a superioridade da eficiência germânica, um fato que marcaria as comunicações do século XX aconteceu pela primeira vez em Berlim: espalhadas por cinemas e teatros da cidade e com imagens projetadas por circuito interno em enormes panos brancos retangulares pendurados, espectadores privilegiados assistiram à transmissão da abertura e de algumas provas dos Jogos através da recém inventada televisão.
Reza a lenda que, inconformado com o sucesso de Jesse Owens diante de seus olhos, Hitler retirou-se furioso do estádio após a vitória de Owens no salto em distância, quando ele quebrou o recorde mundial derrotando o campeão alemão, Lutz Long. O fato verdadeiro é que Hitler não se encontrava no estádio neste dia, e não pôde assistir pessoalmente a mais uma derrota de suas teorias. Entretanto, como diz o ditado, quando a lenda é muito melhor que o fato, imprima-se a lenda.
Jesse Owens nos Jogos de Berlim 1936Em mais uma faceta da falência das idéias do nazismo, Long, alemão, branco, loiro e de olhos azuis e Owens, negro norte-americano e descendente de escravos, tornaram-se bons amigos e conversavam durante todas as provas nas barbas das autoridades nazistas; Long chegou a orientar e encorajar Owens, quando este quase falhou na tentativa de se classificar nas eliminatórias do salto em distância. O alemão morreu en combate lutando com as tropas da Wehrmacht na Sicília, em 1943, e por seu espírito esportivo foi condecorado postumamente pelo COI com a medalha Pierre de Coubertin.
Os jornais nazistas da Alemanha, controlados por Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, omitiram completamente todas as notícias referentes às vitórias dos negros americanos no Atletismo.
Berlim assistiu à última apresentação pública de um dos maiores heróis olímpicos , o grego Spiridon Louis, campeão da maratona nos I Jogos, em Atenas, quarenta anos antes. Já velho e alquebrado, Louis entregou em cerimônia a Adolf Hitler um ramo de oliveiras colhidas nas montanhas sagradas de Olímpia, ingenuamente, em nome da paz entre os povos.
Apesar de ao fim dos Jogos liderarem o quadro de medalhas com 33 de ouro, pouco acima dos Estados Unidos e bem abaixo de suas expectativas, os alemães ainda tiveram que engolir algumas derrotas nos esportes coletivos para os quais haviam se preparado por anos para vencer. A Índia tornou-se tricampeã do Hóquei sobre a Grama, a Itália ganhou o torneio de futebol e a Hungria sagrou-se bicampeã no pólo aquático. Todavia, o maior constrangimento e humilhação sofridos pelo governo hitlerista aconteceu quando a imprensa internacional escolheu como musa dos Jogos a linda judia holandesa Hendrika Mastenbroek, dezessete anos, campeã olímpica da natação nos 100m, 400m e revezamento 4x100. Anos depois, Rea, o apelido pelo qual era conhecida, integraria a resistência subterrânea neerlandesa contra a ocupação nazista de seu país.
O governo nazista não poupou recursos para produzir o mais impressionante documentário já realizado sobre as Olimpíadas, Os Deuses dos Estádios (Olympia) , dirigido pela cineasta Leni Riefenstahl, famosa no cinema alemão daqueles idos e protegida do ditador, e feito mais para valorizar as idéias nazistas do que a competição esportiva em si, que mostra num preto e branco contrastado, ao gosto de Hitler, a eficiência e o rigor estético da suntuosidade fria e apavorante do que poderia ser a sociedade de hoje caso o nazismo tivesse vencido.
O Basquete, a canoagem e o handebol fizeram sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos e o Pólo se despediu deles.
Na Maratona, venceu o coreano Sohn Kee-chung correndo com as cores japonesas e sob o nome de Kitei Son, por estar seu país ocupado pelo Japão, um dos aliados da Alemanha nazista, desde 1910. Ídolo em sua Coréia natal e fervoroso nacionalista, Sohn, obrigado a competir pelos dominadores, passou o tempo todo dos Jogos explicando pacientemente aos jornalistas que seu país era uma nação independente ocupada pelo Japão, sem medo de represálias, pois os japoneses estavam mais interessados na sua vitória do que na diplomacia. Constrangido, Sohn recebeu sua medalha de ouro no pódio olímpico ouvindo o hino nacional japonês sob o hasteamento da bandeira do sol nascente, olhando para o chão. Nos anos 80, o COI reconheceu oficialmente sua nacionalidade e cassou a medalha referendada ao Japão. Em 1988, aos 75 anos, cabelos brancos e avô, Sohn Kee-chung, o Kitei Son de Berlim em 1936, um dos maiores heróis esportivos da história, entrava no estádio olímpico de Seul carregando a tocha olímpica, debaixo do choro do locutor oficial e da ovação emocionada de seu verdadeiro povo, anfitrião daqueles Jogos.
Modalidades disputadas
Atletismo
Basquetebol
Boxe
Canoagem
Ciclismo
Esgrima
Futebol
Ginástica
Halterofilismo
Handebol
Hipismo
Hóquei sobre a grama
Natação
Pentatlo moderno
Pólo
Pólo aquático
Remo
Saltos ornamentais
Tiro
Vela
Wrestling
Quadro de medalhas
Quadro de Medalhas / Berlim 1936
Posição País Ouro Prata Bronze Total
1 Alemanha 33 26 30 89
2 Estados Unidos 24 20 12 56
3 Hungria 10 1 5 16
4 Itália 8 9 5 22
5 Finlândia 7 6 6 19
França 7 6 6 19
7 Suécia 6 5 9 20
8 Japão[1] 6 4 8 18
9 Países Baixos 6 4 7 17
10 Grã-Bretanha 4 7 3 14
11 Áustria 4 6 3 13
12 Checoslováquia 3 5 8
13 Argentina 2 2 3 7
Estónia 2 2 3 7
15 Egipto (Egito) 2 1 2 5
16 Suíça 1 9 5 15
17 Canadá 1 3 5 9
18 Noruega 1 3 2 6
19 Turquia 1 1 2
20 Índia 1 1
Nova Zelândia 1 1
22 Polónia 3 3 6
23 Dinamarca 2 3 5
24 Letónia 1 1 2
25 África do Sul 1 1
Jugoslávia (Iugoslávia) 1 1
Roménia 1 1
28 México 3 3
29 Bélgica 2 2
30 Austrália 1 1
Filipinas 1 1
Portugal 1 1
Semana q vem teremos as Olímpiadas de Londres.