sábado, 17 de maio de 2008

Rodada de Sábado

VASCO 3 X 1 PORTUGUESA

Vasco, de Edmundo e Leandro Amaral, vence a Portuguesa
No duelo dos times de origem portuguesa, o Vasco levou a melhor, neste sábado, em São Januário, e venceu a Portuguesa por 3 a 1. Com o resultado, os vascaínos marcaram os primeiros pontos no Campeonato Brasileiro. A Lusa segue com um ponto. Os principais destaques da partida foram os Morais, Leandro Amaral e Edmundo. Os dois atacantes fizeram os gols da vitória cruzmaltina. Diogo, de pênalti, descontou.



Na próxima rodada, domingo, o Vasco faz o primeiro clássico carioca, contra o Botafogo, no Engenhão. A equipe paulista, por sua vez, recebe o Palmeiras.



Vasco encurrala a Lusa no campo de defesa



Os donos da casa iniciaram a partida indo para a cima da Lusa, e, logo aos dois minutos, já se aproveitaram do posicionamento errado da defesa da Lusa para criar uma boa chance. Na esquerda, Alan Kardec recebeu lançamento pelo alto nas costas da zaga, entrou sozinho na área, mas se embolou na hora de dominar e acabou chutando na rede pelo lado de fora. A Portuguesa apostava nas subidas do habilidoso Diogo pela esquerda e, criou a primeira grande oportunidade. Aos 13, O atacante se livrou de Rodrigo Antônio e cruzou par ao meio de área, Edno desviou de cabeça e a bola bateu na trave. No rebote, Preto tentou de bicicleta, mas ela saiu fraca e Tiago defendeu.

Refeito do susto, o Vasco voltou ao ataque e não teve muita dificuldade de criar outra boa chance de marcar. Aos 21, Leandro Bomfim arriscou da intermediária, o goleiro André Luis defendeu e, antes que Morais conseguisse pegar o rebote, se jogou nos pés do adversário e o desarmou. Pouco depois, aos 28, o camisa 98 esteve perto de marcar novamente. Ele puxou bom contra-ataque pela direita, passou como quis por dois marcadores, mas na hora do chute, a bola ficou prensada com o zagueiro e foi para escanteio. Após a cobrança, Morais aproveitou o rebote e mandou uma bomba. O goleiro da Lusa foi uma ótima defesa. Estava maduro o gol vascaíno.

Aos 30, Leandro Bomfim arriscou forte de fora da área, André Luis não segurou e Leandro Amaral, esperto, aproveitou o rebote e mandou para o fundo da rede: 1 a 0 para o Vasco. Antes do intervalo, Alan Kardec ainda perdeu uma chance incrível. Aos 35, após jogada de Wagner Diniz pela direita, a bola sobrou para Kardec sem goleiro, mas ele não conseguiu empurrar para dentro.


Em menos de dez minutos, Edmundo deixa a sua marca



O Gigante da Colina voltou do vestiário com o atacante Edmundo no lugar de Alan Kardec, que não havia ido bem na primeira etapa. O time cruzmaltino, principalmente pelo lado direito, começou o segundo tempo da mesma forma do que o primeiro, em cima da Lusa. Logo aos nove minutos, o Animal mostrou seu faro de matador. O camisa 10 deu bom passe para Leandro Amaral dentro da área, o atacante teve a chance de fazer mas se enrolou na frente do goleiro. A bola sobrou para Edmundo, com calma, fez 2 a 0 para o Vasco. Suficiente para a torcida ir ao delírio em São Januário.


Aos 16, a dupla Edmundo-Leandro Amaral voltou a infernizar a defesa adversária. Após tabela entre os atacantes, Madson recebeu na esquerda e cruzou. Leandro Amaral se esticou todo mas não conseguiu desviar a bola para o gol. Mesmo atrás no placar, a Portuguesa apostava nos contra-ataques. Em um deles, o principal jogador do time, o atacante Diogo, chutou cruzado da esquerda e passou rente à trave do goleiro Tiago.

Morais, inspirado, fez grande lançamento para Leandro Amaral aos 30 minutos. De dentro da área, o atacante pegou de primeira e a bola passou raspando o travessão do gol da Lusa. Aos 37, os visitantes chegaram ao gol. Diogo foi derrubado por Rodrigo Antônio e o árbitro marcou o pênalti. No cobrança, o próprio Diogo bateu com categoria e fez: 2 a 1.

Uma partida que estava sendo marcada pelo jogo limpo foi marcada pela expulsão de Bruno Recife, que deu um carrinho por trás em Wagner Diniz. Depois do lance feio, aos 45, Edmundo tratou de deixar sua marca mais uma vez para selar a boa atuação e a vitória vascaína.



Ficha do jogo
VASCO 3 x 1 PORTUGUESA
VASCO
Tiago; Eduardo Luiz, Jorge Luiz e Rodrigo Antônio; Wagner Diniz; Jonílson, Leandro Bomfim (Pablo), Morais (Souza) e Madson; Leandro Amaral e Alan Kardec (Edmundo).
Técnico: Antônio Lopes.
PORTUGUESA
André Luis; Wilton Goiano, Bruno Rodrigo, Marcos Aurélio e Bruno Recife; Érick, Carlos Alberto (Dias), Edno e Preto (Rogério); Diogo e Christian (Vaguinho).
Técnico: Vágner Benazzi.
Gols: Leandro Amaral, aos 30 do primeiro tempo e Edmundo, aos nove e aos 45 minutos da segunda etapa; Diogo, aos 38.
Cartões amarelos: Jorge Luiz,Rodrigo Antônio (VAS) .
Cartão vermelho: Bruno Recife .
Público: 6.033 pagantes . Renda: R$ 92.685,00
Estádio: São Januário. Data: 17/05/2008.
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS).
Auxiliares: José Antônio Chaves Filho (RS) e Ivan Carlos Bohn (PR).

CRUZERIO 1 X 0 BOTAFOGO
Cruzeiro vence o Bota no Mineirão
O Cruzeiro derrotou o time misto do Botafogo por 1 a 0 na noite deste sábado, no Mineirão, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, com um gol marcado por Guilherme, em cobrança de pênalti, aos 11 minutos do primeiro tempo.



Com a vitória, o time celeste assume a liderança isolada da competição, com seis pontos ganhos, mas poderá ser alcançado por mais seis clubes que também venceram na primeira rodada: Flamengo, Coritiba, Náutico, Atlético-PR, Grêmio e Internacional.



Primeiro tempo



Jogando em casa e com o apoio de seus torcedores, o Cruzeiro, mostrou não sentir a falta do artilheiro Marcelo Moreno, machucado, e partiu com tudo para cima do Botafogo desde o primeiro minuto, quando o lateral Jadílson tabelou com Guilherme, invadiu a área e chutou rente à trave direita de Castillo, que voltava ao time recuperado de lesão e saiu nos pés do cruzeirense, evitando o gol celeste. O Botafogo, que contava com a estréia de Carlos Alberto, mas tinha apenas os titulares Wellington Paulista, Renato Silva, Leandro Guerreiro e Diguinho em campo, deu o troco dois minutos depois. Eduardo fez boa jogada pela direita e cruzou para Wellington Paulista, mas Fábio saiu bem do gol e defendeu com segurança.


Com mais posse de bola no meio, e com Jadilson criando boas chances pela esquerda, o Cruzeiro pressionou o Botafogo até chegar a um pênalti, aos 10 minutos, que deu origem ao primeiro gol. Guilherme fez boa jogada pela esquerda em cima de Renato Silva e tocou para Wagner, que girou em cima de Leandro Guerreiro e caiu na área. O árbitro Paulo Cesar Oliveira não teve dúvidas e marcou a penalidade. Na cobrança, aos 11 minutos, Guilherme deslocou Castillo e marcou.



Castillo começa a brilhar





O jovem atacante quase fez o segundo gol aos 26 minutos, após receber excelente passe de Wagner. Na frente de Castillo, Guilherme tentou deslocar o goleiro alvinegro com um chutinho de bico, mas Castillo, atento, fez grande defesa com a mão direita.

O Botafogo reagiu e quase chegou ao empate logo em seguida. Aos 28, Ferrero recebeu livre no bico esquerdo da pequena área e chutou forte, mas a bola foi pela linha de fundo, assustando Fábio. No minuto seguinte, Túlio Souza chutou de longe, a bola desviou na zaga e quicou na frente do goleiro cruzeirense, que defendeu com segurança.

O Cruzeiro voltou a pressionar, obrigando Castillo a fazer mais duas excelentes defesas, em seqüência, aos 32 minutos, após chutes de Marquinhos Paraná e Wagner. Seis minutos depois, o uruguaio evitou novamente o gol cruzeirense na última grande jogada do primeiro tempo, ao fazer ótima defesa num chute de Guilherme, que recebeu livre de marcação e tentou encobri-lo da entrada da área.



Segundo tempo



Na volta para o segundo tempo, o técnico Cuca fez suas alterações no Botafogo, colocando Bruno Costa e Lucio Flavio nos lugares de Edson e Ferrero, respectivamente, mas elas não surtiram efeito. O Alvinegro errava muitos passes e o Cruzeiro administrava o resultado, irritando sua própria torcida, que pedia mais atitude ao time, já que nos primeiros 15 minutos nenhuma chance foi criada.



Mas aos 16, Túlio Souza tratou de reanimar a torcida cruzeirense. O lateral alvinegro deu um carrinho em cima de Ramires, e como já tinha cartão amarelo, acabou expulso por Paulo Cesar Oliveira.



Com um jogador a menos em campo, quem teve ainda mais trabalho foi Castillo, que aos 25 fez mais uma excepcional defesa nos pés de Jonathas. O atacante cruzeirense invadiu a área, mas foi interceptado por Castillo. A bola ainda voltou para Jonathas, mas Castillo voltou a defender.



Oito minutos depois, o goleiro alvinegro mostrou que além de ter raça está com os reflexos em dia, ao evitar o segundo gol cruzeirense numa cobrança de falta de Fabrício. Sem meio time titular, o Botafogo não teve força para reagir, e o Cruzeiro, satisfeito com o 1 a 0, passou a tocar a bola até o apito final do árbitro, conseguindo sua segunda vitória no Brasileirão.



Ficha do jogo
CRUZEIRO 1 x 0 BOTAFOGO
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan (Apodi), Espinoza, Thiago Heleno e Jadílson (Elicarlos); Marquinhos Paraná, Fabrício, Ramires e Wagner; Guilherme e Jonathas (Bruno)
Técnico: Adilson Batista.
BOTAFOGO
Castillo, Renato Silva, Ferrero (Lucio Flávio) e Edson (Bruno Costa); Túlio Souza, Leandro Guerreiro, Thiaguinho, Diguinho e Eduardo; Carlos Alberto (Abedi) e Wellington Paulista
Técnico: Cuca
Gol: Guilherme, aos 11 minutos do primeiro tempo
Cartões amarelos: Ramires, Thiago Heleno, Apodi, Bruno, Fabrício, Wagner (Cruzeiro), Diguinho, Bruno Costa, Túlio Souza (Botafogo)
Cartão vermelho: Túlio Souza (Botafogo).
Estádio: Mineirão. Data: 17/05/2008.
Árbitro: Paulo Cesar Oliveira
Auxiliares: Carlos Jorge Titara da Rocha (AL) e Ailton Farias da Silva (SE)

SPORT 0 X 0 VITÓRIA

Na briga dos leões, tudo igual: 0 a 0
Em uma briga de leões, é difícil sair um vencedor. E acabou sendo assim no futebol. O Leão pernambucano, o Sport, não aproveitou o mando de campo e ficou no empate de 0 a 0 com o Leão Baiano, o Vitória, neste sábado, na Ilha do Retiro, no Recife, pelo Campeonato Brasileiro. A partida alternou bons lances na primeira etapa com monotonia em parte da segunda. O resultado acabou sendo justo, já que cada equipe dominou um tempo - o Sport, o primeiro, e o Vitória, o segundo. Tanto que os melhores jogadores da partida foram os goleiros. Viafara salvou o Rubro-negro baiano, e Magrão livrou o Rubro-Negro pernambucano de uma surpresa.



O jogo



De moral elevado pela boa campanha na Copa do Brasil, o Sport, em seus domínios, começou na pressão sobre o Vitória. O time buscava sempre as laterais e explorava os atacantes Carlinhos Bala e Leandro Machado, comandados pelo destaque da equipe, o meia Romerito. Logo aos 12 minutos a equipe deixou o grito de gol engasgado na garganta da torcida que compareceu à Ilha do Retiro. Em escanteio cobrado por Carlinhos Bala, após disputa aérea, a bola tocou no travessão.



O Vitória tentava se recobrar do susto quando, aos14, Romerito partiu para driblar Viafara mas foi desarmado pelo goleiro. Na jogada seguinte, aos 17, o camisa 10 do Leão pernambucano por pouco abriu o placar, ao se aproveitar de falha da defesa do Vitória e bater de virada. Viafara se esticou para tocar a escanteio. Aos 30, novamente Romerito perdeu chance de abrir o placar. E novamente o goleiro do Leão baiano apareceu bem. Depois, aos 32, Leandro Machado chegou a marcar, mas a jogada já não valia mais.



Com o time bastante recuado, o Vitória procurava se aproveitar das falhas do Sport na defesa para tentar um contra-ataque mortal. No entanto, houve poucos espaços, e o time esbarrava na lentidão de Jackson e Ramon. O empate no primeiro tempo acabou sendo lucro para a equipe.







Segundo tempo lento



Se na primeira etapa o goleiro Magrão não teve nenhum trabalho, logo no início da segunda foi obrigado a aparecer bem em bomba de Marcelo Cordeiro de fora da área, aos 6 minutos. No contra-ataque, o volante Everton arrancou como atacante, mas, como o chute não é o seu forte, mandou para fora.



O jogo ficou lento. Os dois treinadores mexeram nas equipes. No Sport, Luciano Henrique deu lugar a Kássio no meio-campo, e Leandro Machado, apagado, saiu para a entrada de Roger. No Vitória, Rodrigão, apenas lutador, foi trocado por Dinei. O Leão baiano voltou a levar perigo em jogada que Renan, de fora da área, bateu por cima do gol. O Sport cansou, principalmente Romerito. Só Carlinhos Bala mantinha a velocidade do primeiro tempo. Até o lateral Luisinho Neto cedeu a vez a Diogo. No time adversário, Ramon saiu reclamando para a entrada de Ricardinho.



Na verdade, a maior mudança foi que, se no primeiro tempo o goleiro Viafara salvou o Vitória, no segundo Magrão livrava o Sport de ser surpreendido. Aos 29, fez outra boa defesa em chute de Marquinhos, que depois acabou saindo para a entrada de Muriqui, ex-Vasco e Madureira.



No fim do jogo, dois lances polêmicos esquentaram a partida. Aos 41, após escanteio, Leonardo cabeceou para as redes para o Vitória, mas o juiz anulou marcando falta do zagueiro sobre Romerito. E aos 42 o Sport reclamou de pênalti em Roger, que teve a camisa puxada por Anderson Martins dentro da área. O empate, no fundo, fez justiça ao que foi o jogo.





Ficha do jogo
SPORT 0 x 0 VITÓRIA
SPORT
Magrão, Luisinho Neto (Diogo), Igor, Durval e Dutra; Daniel Paulista, Everton, Luciano Henrique (Kássio) e Romerito; Carlinhos Bala e Leandro Amaral (Roger).
Técnico: Nelsinho Batista.
VITÓRIA
Viafara, Marco Aurélio, Leonardo, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan, Jackson e Ramon (Ricardinho); Rodrigão (Dinei) e Marquinhos (Muriqui).
Técnico: Vágner Mancini.
Cartões amarelos: Ramon e Rodrigão (Vitória) e Igor, Luciano Henrique e Daniel Paulista (Sport)
Estádio: Ilha do Retiro, em Recife (PE). Data: 17/05/2008. Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (RS). Auxiliares: Carlos Jorge Titara da Rocha (AL) e Ailton Farias da Silva (SE).