domingo, 29 de junho de 2008

Liga Mundial:Venezuela X Brasil


Brasil sofre nos dois primeiros sets, mas bate a Venezuela novamente em Caracas

O Brasil venceu a Venezuela neste domingo, pela terceira rodada da fase intercontinental da Liga Mundial, por 3 sets a 1 (23/25, 31/29, 25/13 e 25/20), em 1h45m. O triunfo brasleiro foi o segundo da equipe comandada pelo técnico Bernardinho contra os venezuelanos. No último sábado, o Brasil havia vencido os adversários também por 3 a 1. Com o resultado, o Brasil assume a liderança do Grupo A, com 11 pontos ganhos, deixando a França na segunda posição, com 10 pontos. A próxima partida do Brasil na competição acontece nos dias 4 e 6 de julho, em Belgrado, contra a Sérvia. As duas partidas, que acontecerão às 15h30m (de Brasília) terão transmissão ao vivo do SporTV.

Os destaques da partida foram os veteranos Nalbert e Anderson, que garantiram pontos importantes no ataque, e o levantador Marlon, que substituiu Bruno no terceiro set e foi determinante para a subida de produção da equipe enquanto esteve em quadra.

O primeiro set começou com a Venezuela pressionando o Brasil e abrindo 6 a 1 rapidamente, por conta de erros de ataque dos brasileiros, e também pela boa atuação do ataque venezuelano, que virava praticamente todas as bolas. Após o primeiro tempo técnico, que chegou com a Venezuela na frente no placar (8 a 4), o Brasil começou a crescer em quadra, principalmente pela melhora na recepção, com Nalbert destacando-se, e no ataque, com Samuel.

Porém, se houve melhora na frente, o bloqueio e a defesa deixavam a desejar, e os donos da casa seguiam à frente no placar, mantendo-se a uma distância confortável de quatro pontos do Brasil. Após o segundo tempo técnico, com 16 a 11 para a Venezuela, o Brasil conseguiu aproximar-se no placar (16 a 14) após dois belos saques de Samuel. Confiantes, os brasileiros mantiveram-se pressionando os donos da casa até empatar a partida em 19 a 19 em um ataque errado de Harry Gomez.

A igualdade se manteve até o 23º ponto, quando, após um saque errado de Samuel, o meio-de-rede Sidão atacou para fora, segundo a arbitragem, encerrando o set com vitória da Venezuela por 25 a 23, em 27 minutos. Os brasileiros reclamaram muito da marcação do árbitro principal, alegando que a bola teria batido dentro da quadra, mas de nada adiantou.



Brasil se recupera no segundo set após ser superado no primeiro

O equilíbrio mostrado no fim do primeiro set se manteve no início do segundo. Ambas as equipes mostravam-se concentradas na partida, e desperdiçavam pouquíssimas oportunidades de marcar pontos. Com isso, o Brasil chegou ao primeiro tempo técnico à frente (8 a 7), após um ataque de Anderson na saída da rede. Com dois pontos de Luis (um bloqueio em Andersonj e um ataque na paralela, na entrada da rede), a Venezuela abriu dois pontos (12 a 10), para delírio da torcida que lotava o Poliedro de Caracas. Um novo bloqueio, desta vez de Fredy em Sidão, aumentou a vantagem dos donos da casa para dois pontos. Mas um bloqueio de André Heller e outro de Nalbert puderam o Brasil à frente no placar, indo para o segiundo tempo técnico com um ponto de vantagem (16 a 15).

O set continuou equilibrado na sua terceira parte, com trocas constantes de liderança no placar, e muita tensão na quadra. Com um estilo fortemente influenciado pelos cubanos, os venezuelanos mantém o hábito de provocar os adversários na ede, e fazer um jogo de nervos, principalmente atuando em casa, pressionando a arbitragem e reclamando de todas as bolas marcadas em favor dos rivais. O Brasil, porém, mais experiente e acostumado a partidas nervosas, soube manter a cabeça na quadra. Mesmo atrás no placar no fim do set (22 a 21), os brasileiros voltaram a equilibrar o jogo com um ataque de meio de Sidão, mas cederam o set point à Venezuela na bola seguinte, com um erro de saque de Samuel.

Neste momento, Marlon, que estava em quadra no lugar de Bruno, teve muita presença de espírito ao acertar uma bola de segunda e empatar o jogo novamente (24 a 24). O jogo seguiu empatado graças a Nalbert, muito bem em quadra, que marcou dois pontos em ataques do Brasil, mantendo a equipe colada nos venezuelanos. No fim do set, o atacante Anderson decidiu a disputa em favor do Brasil, com um belíssimo ataque da saída de rede e, em seguida, um ace, fechando o set em 31 a 29, após 34 minutos de jogo.



Venezuela não consegue superar derrota no segundo set

Após 12 minutos de intervalo e muitas reclamações de ambas as equipes, a partida recomeçou com o Brasil, bem no bloqueio e na defesa, abrindo três pontos de vantagem (4 a 1), mantendo a distância até o primeiro tempo técnico (8 a 5). Com tranqüilidade, e liderado pelos veteranos Anderson e Nalbert, o Brasil controlava a partida e mantinha os venezuelanos à distância no placar. com um belo bloqueio de Sidão no meio, o Brasil chegou ao segundo tempo técnico com vantagem de seis pontos (16 a 10). A desvantagem no placar acirrou os ânimos dos venezuelanos, e Ronald Mendez discutiu com Marlon na rede após um bloqueio que Sidão comemorou quando, na verdade, a bola havia passado e caído na quadra brasileira.

Com os ânimos serenados, o Brasil continuou a ser superior à Venezuela, e abriu 24 a 13 com incríveis três aces seguidos de Marlon, que vibrou muito. Nitidamente sentindo a derrota no segundo set, os donos da casa não conseguiram recuperar-se no terceiro set, que foi vencido por 25 a 13 em 21 minutos com um erro de ataque de Luis, que tocou na rede e invadiu a quadra brasileira.

O quarto set foi muito semelhante ao terceiro. Com boa atuação no início, e contando com a instabilidade emocional dos venezuelanos, que mais uma vez não conseguiram esquecer a derrota no set anterior, o Brasil abriu uma boa vantagem, chegando ao primeiro tempo técnico à frente no placar (8 a 5). Uma cena mostrou claramente o quanto a Venezuela estava perdida em quadra: perdendo por 13 a 11, os venezuelanos Rojas e Diaz foram para a mesma bola, e chocaram-se no ar, errando o ataque e concedendo um ponto de graça para o Brasil. No segundo tempo técnico, vitória brasileira por 16 a 13.



No restante do set, o Brasil controlou o jogo e, com muita tranqüilidade, preocupou-se com os seus ataques para fechar o set por 25 a 20, em 23 minutos, vencendo a segunda partida contra os rivais sul-americanos.