Atlético-PR e Figueirense empatam em 0 a 0 na Arena, e torcida grita por Geninho
A partida reuniu um time de fraco poder ofensivo, o Atlético-PR, e outro preocupado em se recuperar de uma goleada por 7 a 1, o Figueirense. O resultado foi um empate em 0 a 0 na Arena da Baixada, numa partida muito fraca tecnicamente. A torcida rubro-negra, revoltada, chamou o técnico Roberto Fernandes de burro e gritou mais uma vez o nome de Geninho, que conduziu o time ao título brasileiro de 2001.
Com os resultados da rodada, o Atlético-PR passou a ser o time de pior ataque, com 14 gols. E a Arena já não mostra o mesmo poder de outros tempos. Os donos da casa continuam invictos em Curitiba, mas com um retrospecto nada animador: três vitórias e cinco empates.
O Furacão passou a somar 17 pontos, ainda próximo da zona de rebaixamento. E o Figueirense foi a 20. Na próxima rodada, os paranaenses encaram o Vitória no Barradão, e os catarinenses recebem o São Paulo no Orlando Scarpelli - os dois jogos na quarta-feira.
Zagueiro se transforma em atacante
A intensidade das vaias da torcida na Arena da Baixada já no intervalo dá uma idéia da pobreza técnica que apresentaram os dois times no primeiro tempo. O Atlético, que sempre tenta encurralar o adversário no início da partida, fracassou nesse objetivo diante de um time que tinha tudo para sucumbir ao nervosismo - após sofrer a goleada por 7 a 1 para o Grêmio no meio da semana.

Os rubro-negros erraram muitos passes e não conseguiram chegar à área. Os laterais até tinham espaço pela frente, mas Nei mal passava da intermediária, e Márcio Azevedo era presa fácil para os marcadores. Diante da dificuldade pelas pontas, o time passou a insistir em passes pelo meio, mas os resultados foram piores.
O único momento de perigo do Atlético-PR foi numa jogada de habilidade de Rhodolfo, que driblou dois adversários e chutou forte. Wilson espalmou para escanteio. O Figueirense, chegando ao ataque com poucos jogadores, quase não ameaçou.
A melhor oportunidade surgiu de uma lambança dos zagueiros rubro-negros, que demonstraram muita insegurança na primeira etapa. Antônio Carlos tentou dar um chutão e acertou Danilo, dando um escanteio para o Figueira. Na cobrança, Galatto fez difícil defesa em cabeçada de Tadeu.
Chances só em erros das defesas
O segundo tempo começou dando a impressão de que os times buscariam mais o ataque. Com quatro minutos, cada lado havia conseguido uma boa oportunidade, com Rafael Coelho pelo Figueirense e Pedro Oldoni pelo Atlético-PR. Porém, os goleiros mostraram segurança. E a partir daí o jogo voltou a ser o que havia sido antes do intervalo: com passes errados demais e criatividade de menos.
Os donos da casa passaram a investir mais no lado direito, mas Nei se mostrou tão improdutivo quanto Márcio Azevedo na esquerda. O número de faltas aumentou, tornando a partida mais truncada. Os raros lances de perigo apareceram em falhas, como aos 18 minutos, quando Anderson Aquino aproveitou bobeada da defesa e ficou cara a cara com Wilson. Concluiu para fora.
Com a rodada em andamento, a torcida do time de pior ataque recebia as informações dos gols de Kléber Pereira (Santos) e Alex Mineiro (Palmeiras), atacantes do time campeão em 2001. Aproveitou para chamar o Atlético-PR atual de timinho e gritou várias vezes o nome de Geninho. No fim, mais vaias.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 0 x 0 FIGUEIRENSE
ATLÉTICO-PR
Galatto, Rhodolfo, Danilo e Antônio Carlos; Nei, Valencia (Gabriel Pimba), Alan Bahia, Julio dos Santos (Douglas Maia) e Márcio Azevedo; Anderson Aquino e Pedro Oldoni (Wallysson).
Técnico: Roberto Fernandes.
FIGUEIRENSE
Wilson, Anderson Luís, Asprilla, Bruno Aguiar e William Matheus; Leandro Soares, Diogo (Jackson), Marquinho e Cleiton Xavier (Ramon); Rafael Coelho (Wellington Amorim) e Tadeu.
Técnico: Paulo César Gusmão
Cartões amarelos: Julio dos Santos, Márcio Azevedo (Atlético-PR); Cleiton Xavier, Diogo, Asprilla, Jackson, Marquinho (Figueirense).
Público: 17.528 pagantes. Renda: R$ 276.217,50
Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Data: 27/07/2008.
Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP).
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e João Bourgalber Nunes Chaves (SP).
SANTOS 5X2 VASCO
Peixe goleia, larga a lanterna e complica a situação do Vasco
No embalo da dupla Maikon e Kléber Pereira, o Santos largou a lanterna do Brasileirão com uma goleada por 5 a 2, sobre o Vasco, neste domingo, na Vila Belmiro. Com a vitória, o Peixe foi a 14 pontos, ultrapassando o Ipatinga e o Fluminense, terminando a rodada na antepenúltima posição. Já a equipe da Colina permanece com 16, ainda próxima da zona de perigo, em 16º.
Maikon infernizou a zaga vascaína, que apelou e acabou cometendo três pênaltis sobre o santista só no primeiro tempo. Kléber Pereira não desperdiçou as cobranças e assegurou a vitória santista.
Na próxima rodada, o Santos vai a Porto Alegre enfrentar o Internacional, quarta-feira, às 21h45m. Já o Vasco, na quinta, recebe o Atlético-MG, às 20h30m.
Um massacre santista
O primeiro tempo foi um massacre santista. Graças ao garoto Maikon, que jogou como titular porque Cuevas está machucado, o Peixe criou suas melhores chances e as aproveitou. A rapidez do atacante fez a defesa vascaína bater cabeça. O jogador só foi parado com falta. Pior: com pênaltis.
A primeira estocada de Maikon saiu logo aos 12 minutos. Ela fez linda jogada pela esquerda, deixando Luizão falando sozinho, e cruzou para a área. Molina entrou como um foguete e arrematou de primeira, de canhota, mas errou o alvo. A bola saiu à esquerda.
A pressão santista era intensa. O Vasco tentava surpreender em algum contra-ataque, mas a zaga santista, bem posicionada, não dava muitas chances para Leandro Amaral e Alan Kardec. Aos 17, saiu o inevitável gol santista. Michael acertou bela enfiada de bola para Molina, que recebeu livre, dentro da área, deslocou o goleiro Tiago com um toque de esquerda.
O Vasco só acordou aos 27 minutos, quando o volante Rodrigo Antônio entrou pela direita, livre de marcação e chutou cruzado. A bola passou à esquerda, assustando o goleiro Douglas.
Essa tentativa do time carioca não assustou os santistas, que arrancaram em busca do segundo gol aos 31. Maikon entra em velocidade como um ponta-direita e leva uma rasteira de Byro dentro da área. Primeiro pênalti do jogo, convertido por Kléber Pereira, que marcava neste momento seu oitavo gol.
O Vasco conseguiu diminuir aos 36. Após escanteio da esquerda, a bola é desviada e sobra para Leandro Amaral afundar. Mas isso foi tudo o que o time da Colina conseguiu criar daí para frente. A equipe de Antônio Lopes, perdida em campo, dava enormes espaços para o Santos atacar e, pior, não mostrava nenhuma capacidade de reação.
O Peixe seguia em cima e Maikon, endiabrado. Aos 39, o garoto ganha de Edu, que não tem outra alternativa senão derruba-lo na área. Kléber Pereira, aos 40, cobra novamente e marca. Uma repetição da primeira cobrança: bola no meio do gol e Tiago caído para o lado esquerdo.
Mas havia tempo para mais um. E ele veio aos 48. Maikon, mais uma vez, aproveita-se da bobeira da defesa vascaína, ganha na corrida e é derrubado por Tiago, que demorou a sair do gol. Como já tinha o amarelo, o goleiro acabou expulso. Roberto entrou em seu lugar, mas não conseguiu defender a cobrança de Kléber Pereira, que dessa vez variou e acertou o cantinho esquerdo, marcando seu décimo gol no Brasileirão.
Goleada consolidada
Com a vitória consolidada, o Santos diminuiu o seu ritmo e viu o Vasco se assanhar no início do segundo tempo. Mesmo com um a menos, o time carioca conseguiu chegar à área no início da etapa final, não chegou a assustar a zaga alvinegra.
Já o Peixe passou a contra-atacar com velocidade, em jogadas armadas por Maikon, pela direita e de Michael, pela esquerda. No entanto, não chegou a ameaçar efetivamente o gol de Roberto.
O jogo se encaminhava para uma goleada santista, com direito a olé e ola na Vila, quando o Vasco conseguiu diminuir aos 37. Madson cobrou falta, a bola desviou na barreira e entrou. Não foi o suficiente para uma reação vascaína.
Pelo contrário, Maikon continuava esperto. O garoto fez uma jogada espetacular pela ponta direita. Livrou-se de três marcadores, ganhou do goleiro e cruzou para Molina afundar.
Com esse resultado, o técnico santista Cuca respira. Já seu colega vascaíno Antônio Lopes, se continuar no comando da equipe, fica cada vez mais ameaçado.
Ficha técnica:
SANTOS 5 x 2 VASCO
SANTOS
Douglas, Apodi, Domingos, Fabiano Eller e Michael (Carleto); Dionísio, Adriano (Hudson), Kleber (Wesley) e Molina; Maikon e Kléber Pereira.
Técnico: Cuca.
VASCO
Tiago, Wagner Diniz, Luizão, Eduardo Luiz e Edu (Roberto); Rodrigo Antônio, Byro, Madson e Leandro Bomfim (Vinícius); Leandro Amaral e Alan Kardec (Abubakar).
Técnico: Antônio Lopes.
Gols: Molina, aos 17, Kléber Pereira, 31, Leandro Amaral, 36. Kléber Pereira, 39 e 48 do primeiro tempo; Madson, aos 37, Molina, aos 44 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Apodi, Dionísio (Santos), Madson, Tiago, Edu, Rodrigo Antônio (Vasco).
Cartão vermelho: Tiago (Vasco).
Renda e público: 10.738 (público total)/R$ 93.462,00
Estádio: Vila Belmiro. Data: 27/07/2008.
Árbitro: Giulliano Bozzano (DF).
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos (Fifa /RN) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE).
GRÊMIO 1X1 PALMEIRAS
Empate molhado deixa o Grêmio na ponta da tabela e tira o Palmeiras do G-4
Pouco ligando para a chuva e não dando a mínima para o frio, Grêmio e Palmeiras empataram por 1 a 1 na tarde deste domingo, no estádio Olímpico, em partida que explicou por que gaúchos e paulistas estão no bloco de cima da tabela. Apesar das condições climáticas adversas, as duas equipes fizeram um grande jogo. O Alviverde saiu na frente com gol de pênalti de Alex Mineiro, mas Anderson Pico logo empatou em Porto Alegre.
Com o resultado e o complemento da rodada, o Grêmio manteve a liderança do Campeonato Brasileiro, com 29 pontos. Já o Palmeiras foi a 25, mas saiu do G-4. O Alviverde foi ultrapassado por Cruzeiro e São Paulo e caiu para a sexta colocação.

Futebol aquático, mas dos bons
A forte chuva que teimou em castigar Porto Alegre na tarde deste domingo certamente mexeu com o jogo, mas não ao ponto de torná-lo ruim. O gramado do Olímpico, em bom estado, colaborou o quanto pôde, e as duas equipes souberam mostrar qualidade no duelo de futebol aquático.
O Palmeiras teve melhor capacidade no toque de bola, foi mais envolvente e mostrou mais qualidade técnica. Na base de toques curtos, rápidos e geralmente certeiros, incomodou a defesa tricolor. Mas de nada adiantou, porque não soube ser efetivo. Já o Grêmio, na base da imposição física e da velocidade, foi mais perigoso. Marcos realmente tem santo forte, porque ele viu duas bolas explodirem na sua trave. Aos quatro minutos, Tcheco cruzou da esquerda e Felipe Mattione, feito centroavante, acertou o poste esquerdo do palmeirense. Aos 43, Marcel desviou de cabeça para Perea, que entrou feito um raio para desviar de Marcos e ver a bola beijar a trave direita.
No Palmeiras, as melhores armas foram as variações entre Kléber, Alex Mineiro e Diego Souza. Aos 11, Kléber cabeceou com perigo, por cima. Em dois lances, a zaga gremista dormiu e deixou a bola de presente para os atacantes de verde, mas eles não souberam aproveitar.

O Grêmio quase balançou a rede logo no início do segundo tempo. Felipe Mattione puxou ataque pela direita e acionou Marcel na área. O centroavante não conseguiu fazer um gol que não era dos mais complicados. Pouco depois, Pereira cabeceou forte, obrigando Marcos a praticar grande defesa. Aos 14, Felipe Mattione, sempre perigoso, deixou dois para trás, mas foi bem abafado pelo goleiro palmeirense.
O gol parecia perto para o Grêmio. Só que as aparências pouco contam no futebol. Aos 17 minutos, Thiego errou, Alex Mineiro buscou Kléber na área e Pereira cometeu o pênalti. Na cobrança, Alex Mineiro fez: 1 a 0 Palmeiras.
A alegria paulista pouco durou. Aos 22, Marcos cortou cruzamento e Anderson Pico, bem posicionado, completou para o gol: 1 a 1.
O lance animou o Grêmio, que aproveitou o embalo da torcida e partiu com tudo em busca do segundo gol, mas sem sucesso. Competente na defesa, o Palmeiras segurou um empate que, por ser contra o líder, não pode ser desprezado.
Na próxima rodada, o Tricolor visita o Coritiba na quinta-feira, enquanto o clube do Palestra Itália recebe o Flamengo um dia antes.
FICHA TÉCNICA
GRÊMIO 1 x 1 PALMEIRAS
GRÊMIO
Victor, William Thiego (Reinaldo), Pereira e Rever; Felipe Mattione, Rafael Carioca, Willian Magrão, Tcheco e Anderson Pico; Perea e Marcel.
Técnico: Celso Roth
PALMEIRAS
Marcos, Maurício, Jéci e Gladstone; Élder Granja, Sandro Silva (Wendel), Jumar, Diego Souza (Maicosuel) e Leandro; Kléber (Denílson) e Alex Mineiro.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Gol: Alex Mineiro, aos 17, e Anderson Pico, aos 22minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Tcheco e Felipe Mattione (G); Kléber, Maurício, Alex Mineiro e Sandro Silva (P).
Público: 34.062 pagantes. Renda: R$ 693.499,50.
Estádio: Olímpico, Porto Alegre (RS). Data: 27/07/2008.
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (Fifa/SC).
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés (Fifa /RJ) e Cláudio José de Oliveira Soares (RJ).

Sport arranca vitória no Serra Dourada com inteligência
Depois de duas vitórias animadoras no Campeonato Brasileiro, sobre Palmeiras e Cruzeiro, o Goiás esbarrou no campeão da Copa do Brasil. Num jogo equilibrado, o Sport foi ao Serra Dourada e venceu neste domingo, com inteligência, por 2 a 1, o Esmeraldino. Junior Maranhão, de falta, e Durval, de cabeça, numa jogada ensaiada de bola parada, marcaram para o Leão, que derrotara o Atlético Paranaense na rodada anterior e agora obteve sua primeira vitória fora do Recife - havia vencido apenas o rival Náutico fora de casa.
Com o resultado, o Leão foi para 21 pontos ganhos na tabela e ocupa a nona posição. O Goiás, que desperdiçou várias oportunidades e tropeçou na lentidão do seu time - o gol foi marcado pelo lateral Vítor -, permanece com 17 pontos ganhos e na 14ª colocação. Na próxima rodada, o Esmeraldino vai ao Engenhão enfrentar o Botafogo, na quarta-feira, e o Sport recebe o Ipatinga na Ilha do Retiro, na quinta.
Holofotes para Romerito
As atenções estavam voltadas para Romerito. Fundamental para o Sport na conquista da Copa do Brasil, o jogador, que estava emprestado pelo Goiás, acabou ficando de fora das finais daquela competição porque o Esmeraldino o exigiu de volta após o fim do empréstimo. Nem por isso os torcedores do Leão o esqueceram. Os poucos que se aventuraram a acompanhar o time ao Serra Dourada ainda gritaram seu nome e levaram uma faixa para homenageá-lo.
Agora com a camisa alviverde número 6 - foi deslocado para a ala esquerda devido ao desfalque de Júlio César -, Romerito viu o ex-companheiro de clube Carlinhos Bala, a quem tanto serviu no ataque, aplicar-lhe um drible e bater cruzado logo no primeiro minuto de jogo. Depois, o jogador do time goiano deu três subidas ao ataque, sem sucesso, e acabou com atuação apagada na primeira etapa que terminou empatada.
Desfalcado dos volantes Ramalho e Fernando e do lateral Júlio César, mas com Paulo Baier de volta com a camisa 10, o Esmeraldino recuperou uma de suas armas,.a jogada de bola parada. Aos 10 minutos, o jogador levantou na área para a chegada de Rafael Marques, que bateu de primeira. Magrão, quase na linha do gol, salvou com boa defesa.
As duas equipes procuravam chegar ao gol pelo lado direito de seus ataques. O Goiás explorava as subidas do lateral-direito Vítor, enquanto o Sport apostava em Carlinhos Bala. Aos 16 minutos, o Goiás perdeu Alex Terra, que se contundiu após uma dividida. Em seu lugar entrou Schwenck, que na primeira jogada ficou impedido.
Gols do primeiro tempo
Até os 30 minutos, o jogo caiu sensivelmente de nível. Os times apresentavam buracos no meio-campo que prejudicavam a evolução nas jogadas. O Goiás, lento, errava passes e custava a virar o jogo.
O Sport, desfalcado do meia Fumagalli e dos volantes Daniel Paulista e Sandro Goiano, se aproveitou e foi mais à frente. Aos 30, Roger, na cara do gol, lançado por Luciano Henrique, desperdiçou para fora. Dois minutos depois, novamente Luciano Henrique, em jogada individual, foi derrubado perto da grande área. Carlinhos Bala correu para bater e passou pela bola. Foi Júnior Maranhão quem cobrou, de direita, forte e rasteiro, no canto direito de Harlei: Sport 1 a 0.
Bastou sofrer um gol para o Goiás largar o jogo sonolento e se ligar mais na partida. Tanto que, três minutos depois, aos 33, chegou ao empate. Schwenck dominou a bola perto da meia-lua e tocou para trás. Vítor, melhor jogador do Esmeraldino, vinha de trás e mandou uma bomba, à esquerda de Magrão.
Com o gol marcado pelo lateral, o Esmeraldino se soltou mais no jogo. Os lançamentos de Paulo Baier começaram a funcionar. Aos 43, encontrou Iarley pela esquerda, que em bonita jogada individual cortou para o meio em chutou, mas Magrão estava bem colocado. Um minuto depois, os dois destaques de suas equipes se destacaram. Vítor, pelo meio, bateu com violência. Magrão, novamente bem, saltou o time do segundo gol, e o primeiro tempo terminou empatado, com justiça.
Árbitro sentiu, mas voltou
O segundo tempo começou com atraso. Isso porque, desde o primeiro tempo, o árbitro da partida, Pablo dos Santos Alves, sentira um problema na coxa esquerda e, de forma inusitada, tornou-se dúvida, mas acabou retornando.
- Está tudo bem - limitou-se a dizer para os jornalistas que o aguardavam.
Troca mesmo houve no Sport. Saíram Diogo e Everton para a entrada de Luizinho Netto e Gabriel. E o segundo tempo começou quente, com Romerito quase marcando com um minuto e quarenta segundos - Magrão, mais uma vez, impediu o pior. O Leão contra-atacou provocando três escanteios seguidos da defesa Esmeraldina.
Mas foi Romerito quem mais chegou perto do segundo gol. Aos 13, o jogador arriscou chute de fora da área que resvalou na defesa do Leão e tirou Magrão da jogada, mas a bola foi para escanteio. A essa altura, o Esmeraldino imprimia maior velocidade às jogadas, com os atacantes e meias trocando de posição. Foi assim que Iarley, lançado pela esquerda, desperdiçou uma chance aos 16, e Romerito, novamente, de perna direita, aos 17.
Durval resolve
Com tantos gols perdidos, o Goiás acabou punido. Chegou a vez de o Leão, na base dos contragolpes, com inteligência, assustar o time da casa várias vezes, uma delas com sucesso. Aos 23 minutos, Roger se aproveitou de falha da defesa para bater com violência para fora. Depois, o atacante tentou também de cabeça, aos 26. Mas aos 30, não teve perdão. Numa jogada ensaiada de bola parada, Luizinho Netto cobrou falta para Durval tocar de cabeça para as redes e marcar seu quarto gol no campeonato.
O técnico Hélio dos Anjos já tinha colocado Felipe no lugar de Schwenck. Depois do gol sofrido, sacou Pituca para pôr Adriano Gabiru. Ò Sport fazia sua parte com Carlinhos Bala & Cia. prendendo a bola o máximo possível para fazer o tempo passar.
Ficha técnica:
GOIÁS 1 x 2 SPORT
GOIÁS
Harlei, Ernando, Henrique e Rafael Marques, Vítor, Fábio Bahia, Pituca (Adriano Gabiru), Paulo Baier e Romerito; Iarley e Alex Terra (Schwenck) (Felipe).
Técnico: Hélio dos Anjos.
SPORT
Magrão, Diogo (Luizinho Netto), Igor, Durval e Dutra; Moacir, Júnior Maranhão (Fábio Gomes), Everton (Gabriel) e Luciano Henrique; Carlinhos Bala e Roger.
Técnico: Nelsinho Baptista.
Gols: Júnior Maranhão, aos 33, e Vítor, aos 36 minutos do primeiro tempo. No segundo tempo, Durval, aos 30 minutos.
Cartões amarelos: Schwenck e Felipe (Goiás) e Roger, Durval e Carlinhos Bala (Sport).
Estádio: Serra Dourada. Data: 27/07/2008.
Árbitro: Pablo dos Santos Alves.
Auxiliares:Alexandre Antônio Pruinelli Kleiniche (RJ) e José Javel Silveira (RS).
SÃO PAULO 3X1 PORTUGUESA
São Paulo, quase no G-4, vira para cima da Portuguesa, na zona do rebaixamento
No Morumbi quem manda é o São Paulo. Embora tenha levado um susto no começo do segundo tempo, a equipe tricolor reagiu com propriedade e fez 3 a 1 na Portuguesa, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Resultado que combinado a outros joga a equipe do Canindé para a zona do rebaixamento.
Se no primeiro tempo, o torcedor sofreu com o mau futebol, no segundo vibrou com a emoção. Melhor ainda para o são-paulino, que viu o time voltar a apresentar um futebol convincente e colar novamente no grupo dos quatro primeiros. A equipe tem agora 26 pontos, na quinta colocação.
Pouco futebol e vaia da torcida
Como um bom mandante tem que fazer, o São Paulo iniciou a partida deste domingo marcando a Portuguesa no campo de ataque, sem dar espaços. Tanto que logo aos 3 minutos teve uma ótima chance. O atacante Dagoberto aproveitou passe próximo da meia-lua e chutou de primeira por cima do gol de Sérgio.
Aos poucos, o ímpeto ofensivo do início deu lugar à desorganização e à falta de criatividade. Sem conseguir construir boas jogadas, apesar do domínio, o time do Morumbi arriscou novamente de longe com Jorge Wagner, aos 17. Mas a melhor chance ainda estava por vir. E aconteceu aos 28 minutos.
Richarlyson deu ótimo passe para Joílson na direita. Ele fez bom cruzamento para a grande área, onde Hugo pegou de primeira. Sérgio defendeu, e no rebote o meia são-paulino mandou para fora. A Portuguesa, enquanto o Tricolor se arriscava, apenas tentou alguns contra-ataques e pouco perigo levou a Rogério Ceni.
Insatisfeita com o rendimento da equipe no primeiro tempo, a torcida do São Paulo vaiou no intervalo. E olha que ela nem imaginava o que aconteceria...

A irritação dos tricolores aumentou ainda mais aos 3 minutos do segundo tempo, quando Jonas fez boa jogada pela direita e cruzou para o meio da área. A bola passou por todos os zagueiros do São Paulo, pelo goleiro Rogério Ceni e sobrou para Edno mandar de cabeça para o fundo do gol e abrir o placar para a Lusa.
Chance para anotar o segundo a Portuguesa até teve, mas o time do Canindé deu tempo para o São Paulo se acertar. E a pressão dos donos da casa foi intensa. Aos 16 minutos, Richarlyson entrou driblando na área e tocou na saída do goleiro Sérgio. Caprichosamente, a bola foi na trave.
No minuto seguinte, porém, o Tricolor teve mais sorte. Dagoberto cruzou da direita para o meio da área. Oportunista, Hugo cabeceou para o chão e não deu chances a Sérgio. O empate acelerou ainda mais o São Paulo, que manteve a pressão.
Por isso a virada não demorou a acontecer. Aos 15 minutos, Hugo entrou em velocidade na grande área, Patrício tirou, mas mandou a bola nos pés de Dagoberto, que bateu para o gol e colocou os donos da casa em vantagem.
A Lusa ficou sem reação, enquanto o São Paulo ainda teve boas oportunidades de ampliar. E assim fez aos 39 minutos com Éder Luís.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 3x1 PORTUGUESA
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Zé Luis, André Dias, Aislan e Richarlyson; Jean (Éder Luís), Joílson, Jorge Wagner e Hugo; Dagoberto (Alex Cazumba) e Aloísio (Éder).
Técnico: Muricy Ramalho.
PORTUGUESA
Sérgio; Patrício, Bruno Rodrigo, Ediglê e Erick; Dias, Carlos Alberto, Edno e Preto (Vaguinho); Jonas e Rogério.
Técnico: Valdir Espinosa.
Gols: Edno, aos 3 minutos, Hugo, aos 17, Dagoberto, aos 25, e Éder Luís, aos 39 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Aislan (SP); Edno (P).
Público: 12.276 pagantes; Renda: R$ 230.270,00
Estádio: Morumbi, São Paulo (SP). Data: 27/07/2008.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS).
Auxiliares: Rafael F. da Silva (SP) e Vicente R. Neto (SP).
ATLÉTICO-MG 2X1 VITÓRIA
Atlético-MG derrota o Vitória no Mineirão e sai da zona de rebaixamento
O Atlético-MG freqüentou a zona de rebaixamento por apenas uma rodada. O time manteve a invencibilidade no Mineirão (agora com quatro vitórias e três empates) ao derrotar o Vitória por 2 a 1 neste domingo, com gols de Marques e Gedeon (Rodrigão marcou o gol de honra). E deu um salto na tabela do Campeonato Brasileiro, deixando a 17ª em direção à 13ª colocação, com 18 pontos.
A equipe rubro-negra, apesar do resultado, continuam na zona de classificação para a Libertadores, em quarto lugar (26 pontos). Na próxima rodada, os mineiros enfrentam o Vasco em São Januário, na quinta-feira, e os baianos recebem o Atlético-PR no Barradão, um dia antes.
Vitória se fecha, mas Galo marca
O Vitória manteve o seu estilo quando atua fora de casa: trocando passes, sem pressa, e esperando o melhor momento para contra-atacar. O time se fecha na defesa, confiando na defesa e na saída de bola, facilitada pelo bom toque de bola da equipe e pela movimentação dos jogadores.

Os baianos deram poucas oportunidades ao Galo na primeira etapa, mas também não foram eficientes nos contra-ataques. A melhor chance veio num chute de Anderson Martins da marca do pênalti, após cobrança de escanteio. Mas quem chamou mais a atenção foi o goleiro Viáfara - e não por alguma defesa. Numa disputa de bola com Eduardo, ele tocou a bola entre as pernas do atacante.
O Atlético-MG, que começou a partida errando muitos passes, foi aos poucos corrigindo o defeito e ameaçando o gol de Viáfara. Todas as boas jogadas passavam pelos pés de Petkovic. Ele iniciou o lance em que Serginho acertou a trave, deu um chute rasteiro com perigo e originou o gol de Marques. O sérvio deu ótimo passe na direita para Mariano, que fez o cruzamento. A bola desviou na zaga e sobrou para o atacante, livre na pequena área, marcar.
Jogada do gol se repete
Para o segundo tempo, os baianos trocaram o uniforme rubro-negro pelo branco e adotaram uma postura mais ofensiva. No entanto, continuaram deixando Petkovic sem marcação. E o segundo gol do Atlético-MG seguiu o mesmo roteiro do primeiro: o meia encontrou Mariano na direita, e o lateral cruzou para a área. Sem desvio desta vez, a bola encontrou Gedeon, que se abaixou para cabecear e fazer 2 a 0.
Rodrigão poderia ter diminuído a vantagem dos mineiros em seguida, mas, sozinho no ataque, tentou encobrir o goleiro Édson, que nem precisou se mover para fazer a defesa. Mas não foi comum ver um jogador do Vitória com liberdade na segunda etapa. O Atlético-MG acertou a marcação no meio-campo, dominou o setor e criou chances de perigo - até o momento em que Pet começou a perder fôlego.
Aos 36 minutos, Rodrigão foi protagonista de outra jogada bizarra, mas desta vez com a bola parando no fundo da rede. Após boa defesa de Édson em chute de Marquinhos, o atacante cabeceou em direção ao próprio joelho e marcou. O Vitória andou assustando nos minutos finais, inclusive com o goleiro Viáfara indo para a área adversária, mas não conseguiu chegar ao empate.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 2 x 1 VITÓRIA
ATLÉTICO-MG
Edson, Mariano, Marcos, Vinícius e Calisto; Serginho, Gedeon, Francis e Petkovic (Denilson); Eduardo (Jael) e Marques (Rafael Aguiar).
Técnico: Alexandre Gallo.
VITÓRIA
Viafara, Marco Aurélio, Anderson Martins, Leonardo Silva e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan (Marco Antônio), Ramon (Ricardinho) e Willians (Guilherme); Marquinhos e Rodrigão.
Técnico: Vagner Mancini.
Gols: Marques, aos 43 minutos do primeiro tempo; Gedeon, aos nove, e Rodrigão, aos 36 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Mariano (Atlético-MG); Rodrigão, Marco Aurélio (Vitória).
Público: 7.099 pagantes.
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 27/07/2008.
Árbitro: Héber Roberto Lopes (Fifa/PR).
Auxiliares: Aparecido Donizetti Santana (PR) e Moisés Aparecido de Souza (PR).
FLAMENGO 0X0 BOTAFOGO
Fla e Bota abusam de perder chances e só empatam no Maracanã
Em um jogo cheio de oportunidades perdidas de ambos os lados, Flamengo e Botafogo empataram por 0 a 0 neste domingo, no Maracanã. Com o resultado, o Fla chega a 28 pontos e se mantém na segunda posição, um ponto atrás do Grêmio. O Bota, que teve tudo para vencer a partida no segundo tempo, chega a 19, e é o 11º. Obina, tradicional xodó dos rubro-negros, perdeu muitos gols e foi vaiado pelos torcedores.
Na próxima rodada, quarta-feira, 30 de julho, o Flamengo vai até o Palestra Itália encarar o Palmeiras. O Botafogo recebe o Goiás no Engenhão.
Mais veloz, Fla cria as melhores chances do primeiro tempo
A partida começou com as duas equipes bastante nervosas, e os erros de passes eram constantes. A primeira boa jogada tramada foi do Alvinegro. Aos cinco minutos, Diguinho fez boa jogada individual e arriscou de longe, Diego defendeu firme. Mais veloz, o Flamengo cresceu no jogo e passou a dominar as ações e criar as melhores chances. Aos 13 minutos, Juan levantou a bola na área, Fábio Luciano cruzou de voleio para o meio da área, onde estava Ibson. O jogador do Fla dominou a bola, mas na hora de chutar se enrolou na hora de chutar. Aos 24, em outra bola levantada pelo lateral-esquerdo na área, Maxi teve a chance de finalizar de dentro da área, mas foi desarmado antes que pudesse empurrar a bola para dentro.
Os rubro-negros conseguiam envolver o Bota com jogadas de velocidade pelas duas pontas, principalmente com Maxi. Aos 27, o argentino arrancou pela esquerda, tocou para Obina, que ajeitou para Ibson. O camisa 7 chutou de primeira, mas a bola saiu fraca e Castillo defendeu com tranqüilidade. A dificuldade dos alvinegros de criar jogadas foi logo percebida pelos torcedores, que pediram a entrada da Lucio Flavio, barrado para a entrada de Jorge Henrique.
O Botafogo apostava nos chutes de fora da área para tentar surpreender o goleiro Diego. Aos 33, Alessandro mandou uma bomba e a bola passou perto do gol depois de desviar na zaga. Antes, Carlos Alberto já havia assustado o arqueiro rubro-negro depois de se livrar de Cristian e chutar forte por cima do gol. A resposta do Fla, aos 34, foi em alto estilo. Maxi ganhou de Triguinho e tocou para Jônatas, que devolveu para o argentino na frente. Obina recebeu o passe dentro da área e chutou, mas a bola saiu sem direção.
A maior emoção da primeira etapa aconteceu aos 47. Obina recebeu de frente para Castillo, driblou o goleiro e chutou de perna esquerda. Renato Silva, em cima da linha, garantiu o 0 a 0 no placar.
Bota volta com outra cara para a segunda etapa
Na volta do vestiário, o Bota voltou mais animado e encurralou o adversário nos primeiros minutos. Aos seis minutos, Wellington Paulista recebeu na entrada da área, girou na frente e Fábio Luciano e chutou. A bola passou muito perto da trave esquerda de Diego e assustou os rubro-negros. Um minuto depois, depois de uma saída de bola errada de Cristian, Carlos Alberto chutou forte e a bola passou rente à trave direita. Aos 13, uma oportunidade clara para o Bota. Jorge Henrique entrou na área, driblou Diego e chutou. Fábio Luciano, em cima da linha, salvou o Flamengo. Um minuto depois, Jorge Henrique mandou de cabeça de dentro da pequena área e Diego fez uma defesa espetacular.
A pressão alvinegra continuou e o Fla não via a cor da bola. Aos 15, Lucio Flavio tabelou com Alessandro e, de perna esquerda, mandou uma bomba de dentro da área. A bola subiu muito e o Botafogo perdeu outra boa chance. Mais fechado, o Rubro-Negro assustou em um rápido contra-ataque. Aos 30 minutos, Kleberson avançou pela esquerda e cruzou na medida para Obina, que estava livre dentro da área. O atacante, no entanto, mandou mal de cabeça e perdeu uma boa chance.
A resposta do Bota deixou os rubro-negros assustados nas arquibancadas do Maracanã. Aos 34, Wellington Paulista acertou a trave de Diego com um chute forte. Sempre nos contra-ataques, o Flamengo também abusou das chances perdidas. Aos 38, Éder driblou o goleiro Castillo e tocou por cima, mas a bola subiu demais. Aos 42 foi a vez de Juan perder uma chance dentro da pequena da área em uma cabeçada depois de um cruzamento da direita. Até o apito final, as equipes alternaram oportunidades perdidas, e o placar permaneceu inalterado.
Ficha técnica:
FLAMENGO 0 x 0 BOTAFOGO
FLAMENGO
Bruno, Leo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jailton, Cristian, Jônatas (Kleberson) e Ibson; Maxi (Éder) e Obina (Paulo Sérgio).
Técnico: Caio Júnior.
BOTAFOGO
Castillo, Alessandro (Leandro Guerreiro), Renato Silva, André Luis e Triguinho; Túlio (Gil), Diguinho, Zé Carlos (Lucio Flavio) e Carlos Alberto; Jorge Henrique e Wellington Paulista.
Técnico: Ney Franco.
Cartões amarelos: Triguinho, Jorge Henrique (BOT); Obina, Cristian (FLA)
Público: 35.915pagantes.Renda: R$ 586.731,00
Estádio: Maracanã. Data: 27/07/2008.
Árbitro: Sálvio Spínola Fagundes Filho.
Auxiliares: Ricardo Maurício de Almeida e Ediney Guerreiro Mascarenhas.