quarta-feira, 16 de julho de 2008

Começo da 12 Rodada:Série A

BOTAFOGO 4X0 IPATINGA
Botafogo atropela o Ipatinga e revive bons tempos diante da torcida, no Engenhão

Se o objetivo era vencer pela primeira vez o adversário e reviver os bons tempos, a realização foi completa. Com um futebol envolvente, o Botafogo fez 4 a 0 no Ipatinga, nesta quarta-feira, e deixou otimistas os torcedores que compareceram ao Engenhão, mais de 10 mil.

Com o resultado, o Alvinegro chega aos 15 pontos, e momentaneamente ocupa o décimo lugar. Já o Ipatinga permanece com sete pontos, e se mantém na lanterna da competição, podendo estar mais longe do penúltimo colocado ao final da 12ª rodada.

O Botafogo começou a partida pressionando muito a saída do Ipatinga e, com isso, dominando a posse de bola. Com um futebol de velocidade e toques rápidos até o ataque, não demorou até marcar o primeiro gol. Numa jogada ensaiada trabalhada desde os tempos de Cuca, Thiaguinho cobrou falta rasteira para Zé Carlos, que, de muito longe, acertou uma bomba no canto esquerdo de Rodrigo Posso, fazendo 1 a 0, aos seis minutos. Foi a comemoração perfeita para o camisa 11, que completou 28 anos na última terça.



Disposto a matar o jogo o mais rapidamente possível, o Botafogo continou a empurrar o Ipatinga em seu campo defensivo. A equipe mineira tinha dificuldades em sair com a bola e a desorganização deixava espaços para o Alvinegro. E foi numa jogada rápida que a equipe ampliou, aos 18 minutos. Thiaguinho mostrou reflexo ao passar de cabeça para Wellington Paulista. O atacante avançou e chutou forte, estufando a rede do goleiro, que sequer pulou para tentar a defesa. Foi o terceiro gol do atacante em três partidas, depois de ficar quase dois meses sem marcar.



A partir de então o Botafogo deixou cair o ritmo, optando por jogadas mais complicadas e errando alguns passes. O Ipatinga até teve chances de chegar mais perto do gol, mas faltava técnica, principalmente nas conclusões.





Em mais uma jogada de Thiaguinho, o Botafogo marcou o terceiro aos 44 minutos. O lateral improvisado avançou em velocidade pela direita, entortou um marcador e cruzou rasteiro. Jorge Henrique apareceu na área para concluir .


Apesar da vitória garantida, o Botafogo mostrou que não estava satisfeito com o placar e começou o segundo tempo como terminou o primeiro. Logo aos sete minutos Thiaguinho cruzou do lado direito para Jorge Henrique, que entrou na área em velocidade e tocou para fazer o quarto.



Aos 15 minutos o técnico Ney Franco promoveu a estréia de Gil, substituindo Lucio Flavio. O trio de atacantes durou pouco tempo, pois logo depois Wellington Paulista deixou o campo para a entrada de Leandro Guerreiro.



Até o fim da segunda etapa o Botafogo pressionou o Ipatinga com uma marcação forte na saída de bola. A torcida estava de tão boa vontade com o time por causa da atuação convincente que aplaudiu Jorge Henrique depois que o atacante caiu sozinho, de maneira bisonha, ao puxar um contra-ataque. Mas era uma noite alvinegra, e no fim tudo foi motivo de festa.



Ficha técnica:
BOTAFOGO 4 x 0 IPATINGA
BOTAFOGO
Castillo, Renato Silva, Andre Luis (Lucas Silva) e Triguinho; Thiaguinho, Túlio, Diguinho, Lucio Flavio (Gil) e Zé Carlos; Jorge Henrique e Wellington Paulista (Leandro Guerreiro).
Técnico: Ney Franco.
IPATINGA
Rodrigo Posso, Leandro Salino, Gian, Tiago Vieira e Leo Oliveira; Xaves (Marcio Gabriel), Augusto Recife, Neto Baiano e Sandro (Paulinho Dias); Adeílson e Marinho (Luciano Mandí).
Técnico: Ricardo Drubscky.
Gols: Zé Carlos, aos 6, Wellington Paulista, aos 18, Jorge Henrique, aos 44 minutos do primeiro tempo; Jorge Henrique, aos 7 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Renato Silva, Jorge Henrique, Thiaguinho (Botafogo); Augusto Recife, Leandro Salino (Ipatinga).
Público: 10.007 pagantes. Renda: R$ 88.690,00.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 16/07/2008.
Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA).
Auxiliares: Adson Márcio Lopes Leal (BA) e Gelson Pimentel Rodrigues (ES).



SPORT 2X2 GRÊMIO
Grêmio fica duas vezes na frente, mas Sport empata no Recife


Sport e Grêmio empataram em 2 a 2 nesta quarta-feira, no Recife, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe gaúcha chegou a estar duas vezes na frente do placar, com gols de Willian Magrão e Rodrigo Mendes, mas os pernambucanos reagiram com tentos de Durval.

Os rubro-negros chegam a 15 pontos, figurando ainda no meio da tabela. Com 22, o Tricolor está em terceiro, já que o Cruzeiro venceu o Atlético-PR por 1 a 0 e se isolou na segunda colocação. Na próxima rodada, Leão e Grêmio enfrentam Santos e Raposa, respectivamente.



O jogo


O torcedor que se preparou para ver o jogo entre as duas equipes certamente esperava encontrar um primeiro tempo com melhor qualidade, principalmente após a vitória dos pernambucanos no clássico contra o Náutico, e do triunfo dos gaúchos sobre a Portuguesa. Mas o que viram foram apenas três oportunidades de gols nos 45 minutos iniciais. E nenhuma tão clara assim.

A primeira equipe a levar perigo foi a mandante. Diogo apresentou-se pela direita e mandou na pequena área. Leandro Machado chegou desequilibrado e mandou para fora, aos seis. Sete minutos depois, resposta Tricolor. O atacante André Luís foi lançado na área, pela direita. Ele deu um corte em Durval, levando para o meio, e finalizou por cima.

Somente aos 32 uma nova emoção. Fumagalli cruzou da direita, Gabriel ganhou no alto e desviou para fora.

Alguns fatos mostravam que a situação estava um pouco estranha para o time da casa, campeão da Copa do Brasil deste ano. O camisa 10 é um zagueiro: Gabriel. No meio, Sandro Goiano deu até lençol em André Luís. Um dos destaques da temporada, Dutra pisou na bola. E o ídolo Fumagalli também se enrolou com a redonda, caindo sentado na área.

Mas o segundo tempo foi completamente diferente. O chute de longe de Gabriel e a bola na trave de Dutra no rebote, aos 46 segundos, deram mostras que o jogo melhoraria. E assim foi. Aos dois minutos, André Luís invadiu a área e bateu cruzado. Magrão defendeu com o pé.



Durval salva no fim


O Grêmio chegou ao gol cinco minutos depois. André Luís deu passe no meio para Marcel, que na esperteza deixou passar para Willian Magrão. O meia entrou na área e tocou no canto e direito: 1 a 0.

A equipe rubro-negra tentou responder na seqüência, mas Fumagalli driblou o marcador e quase acertou o ângulo direito. A bola saiu por pouco. Não foi na primeira tentativa, mas foi na segunda. Fumagalli bateu falta da meia direita, e Durval se jogou para cabecear no canto esquerdo, restando ainda meia hora para o fim do tempo regulamentar.

A comemoração durou apenas três minutos. Marcel ganhou jogada na direita e cruzou. Rodrigo Mendes, que acabara de entrar, se antecipou a Magrão e cabeceou para o fundo da rede.

Quando parecia que os visitantes levariam os três pontos para casa, o Leão voltou a mostrar as garras. Nova cobrança de falta de Fumagalli pela direita. Durval disputou bola com Pereira e empatou novamente.

No fim, Joélson ainda teve a chance de virar. Driblou o goleiro Victor, mas chutou todo torto para fora.



Ficha técnica:
SPORT 2 x 2 GRÊMIO
SPORT
Magrão, Gabriel (Luciano Henrique), Igor e Durval; Diogo, Daniel Paulista, Sandro Goiano e Fumagalli, Dutra; Carlinhos Bala e Leandro Machado (Enilton) (Joélson).
Técnico: Nelsinho Baptista.
GRÊMIO
Victor, Léo, Pereira e Rever (Thiego); Paulo Sérgio, Willian Magrão, Rafael Carioca, Tcheco e Helder (Anderson Pico); André Luís (Rodrigo Mendes) e Marcel.
Técnico: Celso Roth.
Gols: Willian Magrão, aos sete, Durval, aos 15 minutos, Rodrigo Mendes, aos 18, Durval, aos 37 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Gabriel, Durval, Dutra (Sport); Helder, Marcel, Victor, Rodrigo Mendes, Thiego (Grêmio).
Estádio: Ilha do Retiro. Data: 16/07/2008.
Árbitro: Paulo César de Oliveira (Fifa/SP).
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos/RN (FIFA) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP).


PORTUGUESA 3X2 NÁUTICO
Portuguesa dança o vira para cima do Náutico e acaba com jejum


Na base da garra e dos gritos de Vágner Benazzi, a Portuguesa venceu o Náutico por 3 a 2, de virada, nesta quarta-feira, pela 12ª rodada do Brasileirão, e colocou um ponto final na série de três derrotas consecutivas na competição. Edno, Patrício e Jonas, todos no segundo tempo, marcaram para a Lusa, enquanto Felipe e Gilmar descontaram para os pernambucanos.



Com o resultado, o time paulista chegou aos 15 pontos e pulou para a 11ª posição. Já o Náutico, segue com 17 e caiu para o nono lugar. No próximo sábado a Portuguesa vai a Ipantinga encarar o lanterna do campeonato no Ipatingão, às 18h20m, enquanto o Timbu recebe o Internacional, domingo, às 16h, nos Aflitos.



Enquanto a Lusa é vaiada, o Timbu atropela



Disposto a acabar com a série de três derrotas consecutivas e com Vágner Benazzi pressionado pelos poucos torcedores que presentes ao Canindé, a Portuguesa começou a partida pressionando o Náutico, mas de forma desordenada e sem objetividade. Com Edno se desdobrando pelas pontas, a Lusa apelava para as bolas aéreas, sem sucesso, diante de um adversário que mantinha a tranqüilidade e sequer passava do meio-de-campo. Quando o fez, no entanto, marcou o gol. Aos 13, Gilmar descolou bom passe para Felipe, que recebeu nas costas da zaga e tocou na saída do estreante goleiro Sérgio. 1 a 0, com direito a direito a festa dos imigrantes nordestinos que 'invadiram' o estádio.

A Portuguesa, que já não criava muita coisa, perdeu definitivamente o rumo e errava passes com freqüência. Enquanto os torcedores lusos se preocupavam mais em protestar contra o treinador do que em ver a partida, o Timbu trocava passes e colocava o rival na roda. Aos 22, Felipe deixou Bruno Rodrigo para trás, invadiu a área e foi derrubado. Pênalti, que o árbitro Ricardo Marques Ribeiro não marcou, assim como não assinalou uma penalidade em Ralph, da Lusa, quatro minutos depois.

Sem fazer força, o Náutico ampliou aos 31. Negretti se aventurou no ataque pelo lado direito, sem marcação, e colou a bola na cabeça de Gilmar, que cabeceou firme no canto direito para fazer 2 a 0. Abatida, a Portuguesa só observou o Timbu tocar a bola e saiu de campo muito vaiada.

- Eles têm que escolher um, não é? Não dá pra vaiar todo mundo. É assim mesmo - disse o criticado Benazzi, no intervalo.



Virada heróica e redenção de Benazzi



A segunda etapa começou com a Portuguesa partindo para o tudo ou nada. Com o volante Carlos Alberto no lugar do zagueiro Marco Aurélio, a Lusa ganhou o meio-de-campo, passou a acertar mais passes e diminuiu aos três minutos. Em bela cobrança de falta na entrada da área, Edno acertou o canto direito de Eduardo. O gol fez até com que a torcida deixasse a birra com o treinador de lado e apoiasse a equipe. Entretanto, as conclusões ficavam restritas aos chutes de fora área, sempre sem direção.



Sem vergonha de jogar retrancado, o Náutico se fechou na defesa e apostou nos contra-ataques. A tática deu certo e os pernambucanos tiveram duas boas oportunidades em seqüência. Aos 19, Radamés avançou pela direita e bateu cruzado para a defesa de Sérgio. Dois minutos depois, Felipe partiu em velocidade pelo meio e chutou forte da intermediária. A bola explodiu no travessão.



A Lusa continuava com a bola nos pés, mas dava sinais de cansaço e não assustava. Pacientes, os paulistas trocavam passes na intermediária em busca de espaços na zaga do bem postado Náutico. Até que, aos 38, Patrício aproveitou um cochilo de Itaqui para invadir a área e soltar uma bomba no ângulo direito de Eduardo, que nada pôde fazer.



O gol incendiou a Portuguesa, que partiu para o abafa, abusou de bolas alçadas na área e conseguiu a virada aos 45. Bruno Rodrigo fez o lançamento, a bola sobrou para Carlos Alberto, que cruzou rasteiro. A zaga do Náutico cortou mal e Jonas emendou de primeira para decretar o 3 a 2 no placar e o transformar as vaias em surpreendentes gritos de "Benazzi, Benazzi".



Ficha técnica:
PORTUGUESA 3x2 NÁUTICO
PORTUGUESA
Sérgio, Patrício, Bruno Rodrigo, Marco Aurélio (Carlos Alberto) e Ralph (Jonas); Eric, Gavilán, Edno e Preto; Diogo e Rogério (Vaguinho).
Técnico: Vágner Benazzi.
NÁUTICO
Eduardo, Radamés (Roger), Negretti e Vágner Silva; Everaldo, Ticão, Alceu, Itaqui e Paulo Santos (Hélton); Felipe e Gilmar (Kuki).
Técnico: Levi Gomes.
Gols: Felipe, aos 13, e Gilmar, aos 31 do primeiro tempo. Edno, aos 3, e Patrício, aos 38, do segundo tempo.
Cartões amarelos: Marco Aurélio, Vaguinho e Preto (Portuguesa) Roger (Náutico)
Estádio: Canindé. Data: 16/07/2008.
Público: 2.266 pagantes. Renda: R$ 29.400.
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Auxiliares: Helberth Costa Andrade (MG) e Rodrigo Otavio Baeta (MG).


FIGUEIRENSE 3X0 SANTOS
Figueirense atropela o Santos em Floripa e Cuca pode sair


O Figueirense não teve nenhuma compaixão com o Santos. Aproveitou-se da péssima fase do time da Vila Belmiro e fez 3 a 0, nesta quarta-feira à noite, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Com mais essa derrota, Cuca, que havia assumido o comando do time na quinta rodada, pediu demissão no vestiário. O presidente Marcelo Teixeira, que acompanha a equipe em Florianópolis, no entanto, pediu para conversar com o treinador antes de uma decisão definitiva. Assessores do presidente já sondam substitutos: Zetti e Geninho foram consultados.



O Peixe continua em seu calvário no Brasileirão. Com apenas oito pontos, segue na penúltima posição, sem vencer há dez jogos. Já o Figueira vai a 19 pontos, próximo à zona de classificação para a Taça Libertadores.


PRÓXIMA RODADA
19/7 Fluminense x Figueirense, 18h20m (Brasília), Maracanã
20/7 Santos x Sport, 16h (Brasília), Vila Belmiro




Edu Salles passeia entre santistas



Pressionado pela péssima fase que atravessa, o Santos foi para cima do Figueirense, mas seguiu com sua sina de perder chances demais. Quase abriu o placar logo no primeiro minuto, quando Michael cruzou da esquerda e achou Kléber Pereira livre dentro da área O atacante, sozinho, perdeu o gol mandando por cima. O artilheiro do Peixe voltaria a ameaçar o gol de Wilson aos 14, quando dominou dentro da área e mandou bomba de pé esquerdo. O goleiro defendeu. Como tem acontecido muito neste Brasileirão, o Peixe ficou no quase.



O Santos foi um time nervoso e o Figueirense soube aproveitar. Apertando a marcação no meio-de-campo e jogando a bola na área do Peixe, o time catarinense ia criando suas chances. Com uma zaga desentrosada (Fabiano Eller estreou formando dupla com Domingos), mal posicionada e sem o goleiro Fábio Costa, machucado, o time de Cuca mostrou-se muito vulnerável, sobretudo nas jogadas pelo alto.



E foi justamente num chuveirinho que o Figueira abriu o placar. Marquinho cobrou falta da direita, e Edu Salles nem precisou subir para ganhar de Kleber e cabecear para o chão, matando o goleiro Felipe.



A desvantagem no placar fez a equipe santista entrar em parafuso. O time se lançou ao ataque, deixando ainda mais vulnerável a fraca defesa, que passou a ser alvo de rápidos contra-ataques. À vontade em campo, o Figueirense trocava bons passes e não tinha nenhuma dificuldade para entrar na área santista.



Aos 45, veio o segundo gol. O Peixe foi todo para a frente numa jogada de escanteio. Não fez o gol e levou um contra-ataque mortal. Magal desceu em alta velocidade, avançou e abriu para Edu Salles na direita. O atacante dominou e chutou forte, cruzado, de pé direito. Felipe nada pôde fazer.



Peixe entregue; Figueira deita e rola



O Santos voltou tonto para o segundo tempo. Errando passes primários, com marcação frouxa, desorientado. Cuca tirou o inoperante Apodi para colocar mais um atacante: Lima foi o escolhido.



No entanto, com a mexida abriu-se um abismo no lado direito da defesa santista. E foi por ali, aos 12, que o Figueirense ampliou. Marquinho invadiu a área e apenas rolou para Tadeu emendar de cabeça, ampliando o placar e o sofrimento dos santistas.



Tranqüilo em campo e diante de um adversário totalmente entregue, o Figueirense foi criando chances com extrema facilidade. Edu Salles, Cleiton Xavier, Marquinho e Tadeu trocavam passes com rapidez, colocando a zaga santista na roda. Na base do desespero, Cuca tirou o meia Michael e colocou o atacante Tiago Luís, abrindo de vez sua equipe, que passou a atuar com quatro jogadores de frente: Maikon, Tiago Luís, Kléber Pereira e Lima.



O volume de jogo do Santos no ataque melhorou. Mas isso não significou muita coisa. O Figueirense, com sua zaga bem posicionada, neutralizava as tentativas do Santos e aproveitava-se dos enormes espaços que tinha à disposição. Aos 25, Marquinho passou fácil por Tiago Luís (que marcava pelo lado esquerdo, como um lateral) e cruzou forte. A bola passou na frente de Felipe e só não entrou porque ninguém conseguiu alcançá-la.



Aos 35 minutos, a torcida do Figueira pressentiu que Cuca pediria demissão e ironizou:



- Adeus, Cuca; adeus, Cuca!.



Aos 41, Magal exagerou na empolgação. Deu uma pancada em Tiago Luís, por trás, e acabou levando o vermelho, deixando o Figueirense com um jogador a menos em campo. Mas não havia tempo para mais nada. Fim de jogo e, provavelmente, de trabalho para Cuca no comando do Peixe.





Ficha técnica:
FIGUEIRENSE 3 x 0 SANTOS
FIGUEIRENSE
Wilson, Ânderson Luís, Bruno Perone, Asprilla, William Matheus (Leandro Carvalho); Diogo, Magal, Marquinho, Cleiton Xavier (Rodrigo Fabri); Edu Salles (Ricardinho), Tadeu.
Técnico: PC Gusmao.
SANTOS
Felipe, Apodi (Lima), Domingos, Fabiano Eller e Kleber; Adriano, Rodrigo Souto, Molina (Wesley) e Michael (Tiago Luís); Maikon e Kléber Pereira.
Técnico: Cuca.
Gols: Edu Salles, aos 27 e 45 minutos do primeiro tempo; Tadeu, aos 12, minutos .
Cartões amarelos: Michael, Domingos, Molina, Adriano, Fabiano Eller, Wesley, Rodrigo Souto (Santos), Diogo, Cleiton Xavier (Figueirense).
Cartão vermelho: Magal (Figueirense).
Estádio: Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Data: 16/07/2008.
Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (BA).
Auxiliares: Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA/Fifa) e Adaílton Jesus Silva (BA).


PALMEIRAS 3X1 FLUMINENSE
Palmeiras deita e rola em campo no segundo tempo e derrota o Fluminense



Com uma atuação de gala no segundo tempo, quando acuou o adversário na defesa, fez dois gols, mandou bola no travessão e fez a torcida gritar olé em campo, o Palmeiras derrotou o Fluminense por 3 a 1, nesta quarta-feira, no Palestra Itália, pelo Campeonato Brasileiro. O melhor de tudo é que com a vitória do São Paulo por 3 a 1 diante do Vitória, em Salvador, o Verdão roubou da equipe baiana a quarta colocação e finalmente voltou ao G-4, com 21 pontos.



O baixinho Kléber fez dois gols de cabeça, enquanto o estreante Maicosuel completou o placar para o Palmeiras.. Já o Fluminense, que continua com nove pontos, ocupando a 18ª colocação, e na zona do rebaixamento, descontou com Washington.



Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras enfrenta o Goiás, domingo, às 16h, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia. Já o Fluminense volta a campo no sábado, às 18h10m, no Maracanã, quando terá pela frente o Figueirense.





Gols de cabeça primeiro tempo



O Fluminense começou o jogo animado. Logo no primeiro minuto, Dodô fez bela jogada, deixou Jeci no chão, e chutou forte. Marcos fez ótima defesa. O Palmeiras respondeu com Valdivia, que chutou de fora da área. A bola desviou na zaga e saiu para escanteio. Enquanto o Tricolor das Laranjeiras priorizou a velocidade, o Verdão explorou as jogadas pelas laterais, trocando passes pelo meio com Diego Souza, Valdivia e Denílson, e deixando Kléber isolado entre os zagueiros.



Sem conseguir entrar na área do Flu, o Verdão passou a arriscar chutes de fora da área. Foi assim que Valdivia, aos 11 minutos, bateu forte na bola e Fernando Henrique espalmou para escanteio. Em ótimo lançamento de Elder Granja, Kléber invadiu a área e bateu cruzado. Fernando Henrique levou um susto.



Com Elder Granja atuando feito um terceiro zagueiro, e Sandro Silva protegendo o sistema defensivo, o Palmeiras conseguiu conter a criatividade do quarteto Conca, Thiago Neves, Washington e Dodô. Mas o Fluminense também teve o mérito de anular Valdivia, Diego Souza, Denílson e Kléber. A maioria dos chutes acabou acontecendo somente de fora da área.



O Palmeiras, com maior volume de jogo, abriu o placar aos 33 minutos em jogada pelo alto. Denílson acertou cruzamento preciso para Kléber, entre os zagueiros, tocar de cabeça para o fundo da rede.Mas o Flu chegou ao empate rapidamente, aos 35, após cobrança de falta de Thiago Neves, que Washington aproveitou o vacilo da zaga e, de cabeça, deixou tudo igual.


Verdão manda no segundo tempo



O Palmeiras voltou com tudo na etapa final e novamente pelo alto chegou ao segundo gol em falha de Fernando Henrique. Logo aos três minutos, Leandro cruzou, o goleiro do Fluminense saiu em falso e o baixinho Kléber, outra vez de cabeça, levou a melhor entre os zagueiros e fez 2 a 1.




Assustado, o Fluminense se encolheu. E Kléber, em bela jogada individual, quase marcou o terceiro. Ele arriscou chute da entrada da área, a bola desviou na zaga e bateu na rede pelo lado de fora. Depois, aos nove, Leandro tentou cruzar, a bola pegou efeito, e Fernando Henrique a mandou para escanteio e impediu um gol espírita.



Melhor em campo, o Verdão perdeu outra chance de ampliar o placar. Aos 17, Leandro lançou Diego Souza, que invadiu a área e na saída de Fernando Henrique tocou a bola para fora. A pressão alviverde não terminou. Aos 19, após boa jogada de Denílson, Valdivia mandou a bola no travessão. Aos 22, Diego Souza perdeu um gol incrível. Ele foi lançado, invadiu a área livre de marcação, e chutou fraco, em cima de Fernando Henrique.



Luxemburgo percebeu que o time cansou de tanto atacar e perder gols. E, aos 28, promoveu a estréia de Maicosuel na vaga de Denílson. Aos 30, Diego Souza, de fora da área, exigiu bela defesa de Fernando Henrique. E com apenas quatro minutos em campo, mais precisamente aos 32, Maicosul, após cruzamento de Leandro, mandou a bola para o fundo da rede.



O Palmeiras continuou deitando e rolando em campo na etapa final. Aos 35, após ótima jogada, Diego Souza chutou da entrada da área e Fernando Henrique, com os pés, evitou o quarto gol. Apagado e sem esboçar reação, o Fluminense virou presa fácil e perdeu de pouco.



Ficha técnica:
PALMEIRAS 3 x 1 FLUMINENSE
PALMEIRAS
Marcos; Elder Granja, Jeci, Gladstone e Leandro; Sandro Silva, Leo Lima, Diego Souza (Jumar) e Valdivia (Evandro); Kléber e Denílson (Maicosuel).
Técnico: V. Luxemburgo.
FLUMINENSE
Fernando Henrique; Rafael, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior César; Fabinho (Tarta), Arouca, Conca e Thiago Neves (Marinho); Dodô e Washington.
Técnico: Renato Gaúcho.
Gols: Kléber, aos 33, e Washington, aos 35 minutos do primeiro tempo. Kléber, aos 3 minutos do segundo tempo. Maicosuel, aos 32 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Elder Granja e Leo Lima (Palmeiras) e Conca e Junior César (Fluminense).
Renda: R$ 366.937,50 - Público: 13.568 pagantes
Estádio: Palestra Itália. Data: 16/07/2008.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (S).
Auxiliares: Paulo Ricardo Silva Conceição (RS) e Jose Antonio Chaves Franco Filho (RS).


CRUZEIRO 1X0 ATLÉTICO-PR
Cruzeiro arranca vitória suada diante do Furacão no finzinho do jogo



Em uma noite pouco inspirada dos homens de ataque, o Cruzeiro derrotou o Atlético-PR por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Mineirão, em jogo válido pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Quem fez o gol foi o volante Elicarlos, que entrou no segundo tempo. Os atacantes reservas da Raposa Bruno e Reinaldo perderam as melhores chances do jogo. Os goleiros Fábio e Galatto fizeram uma boa defesa cada.



Com o resultado, o time mineiro passa a somar 24 pontos, se mantendo na segunda posição, mas agora passando o Grêmio em número de pontos. O Atlético-PR continua com 13 pontos, em 15º lugar, mas podendo perder duas posições nesta quinta e entrar na zona de rebaixamento.



O Cruzeiro volta a jogar neste sábado, quando visita um adversário direto na disputa por melhores posições no G-4: o Tricolor gaúcho, no Olimpico. O Atlético volta para a Arena da Baixada, onde recebe o Vasco, neste domingo.





Domínio celeste e perigo rubro-negro

A Raposa entrou em campo com um desfalque de última hora: o camisa 10 Wagner, com lesão na coxa, foi vetado. Além dele, Charles e Weldon estavam suspensos, e Espinoza foi poupado. Thiago Martinelli foi mantido na zaga, Camilo e Bruno entraram no meio, e Jajá entrou como colega de ataque de Guilherme.



O Furacão começou assustando aos 11 minutos, com Joãozinho fazendo bom lançamento para Ferreira, que driblou um zagueiro e chutou para a boa defesa de Fábio. Na recuperação, Jadilson deu um drible curto em Alan Bahia no campo de defesa, para delírio dos cruzeirenses. Logo depois, Márcio Azevedo cruzou na esquerda para Bahia chutar para fora.



Com problemas para entrar na área rubro-negra, o meia Ramires começou a arriscar de fora da área. Aos 17, ele tabelou com Guilherme e Bruno e arrancou tinta da trave. Aos 19, o goleiro Galatto bateu roupa e quase aceitou. Fabrício também arriscou o dele, mas mandou para fora. Mas, nos contra-ataques, o Atlético continuava levando perigo. Aos 28, de novo Joãozinho deixou Ferreira na cara de Fábio. Ele driblou o goleiro, mas se enrolou na hora de concluir chutando para fora.



Aos poucos, o time celeste foi se soltando, mas pecando nas conclusões. Jadilson conseguiu chegar à linha de fundo aos 35 e cruzou para Guilherme cabecear mal para fora. Logo depois, Guilherme deu um bom passe para Jajá, que deixou para Bruno finalizar mal.





Raposa perde dois gols feitos

Após o intervalo, o Cruzeiro foi o primeiro a chegar, aos sete minutos, com Ramires batendo cruzado para a defesa de Galatto. Na sobra, Fabrício emendou para fora. Aos 11, na chance mais perdida do jogo até então, Bruno desperdiçou inacreditavelmente embaixo da trave após cruzamento de Ramires: conseguiu mandar por cima do travessão.



Os dois técnicos mexeram da mesma maneira aos 13, colocando os atacantes Reinaldo e Anderson Aquino nas vagas dos meias Bruno e Julio dos Santos. O jogo melhorou um pouco, e os goleiros trabalharam mais. Aos 19, Jajá bateu colocado de esquerda, e Galatto fez ótima defesa. A resposta imediata foi com Anderson Aquino, pela esquerda, com o goleiro Fábio se esticando para defender, e Marquinhos Paraná quase concluindo para a própria meta.





O dia não era mesmo dos atacantes. Aos 32, em cobrança de falta, Jadilson acertou o travessão rubro-negro. No rebote, Reinaldo, que entrou no lugar de Bruno, emendou de cabeça por cima do travessão, tendo o gol todo livre à sua frente. Mais um gol feito desperdiçado.



Quem resolveu o jogo com um gol aos 40 minutos foi Elicarlos. Após boa jogada de Fabrício, Gérson Magrão, que entrou no lugar de Jajá, escorou de cabeça. Elicarlos conseguiu marcar o chorado gol da vitória após duas tentativas, garantindo a invencibilidade celeste no Mineirão. Agora são seis vitórias e um empate em casa. Antes do apito final, a torcida cantava: "Ei, você aí, avisa ao Flamengo que o Cruzeiro vem aí".



Ficha técnica:
CRUZEIRO 1 x 0 ATLÉTICO-PR
CRUZEIRO
Fábio, Marquinhos Paraná, Thiago Martinelli, Thiago Heleno e Jadilson; Fabrício, Camilo (Elicarlos), Ramires e Bruno (Reinaldo); Guilherme e Jajá (Gérson Magrão).
Técnico: Adilson Batista.
ATLÉTICO-PR
Galatto, Danilo, Antônio Carlos e Rhodolfo; Nei, Valencia, Alan Bahia, Julio dos Santos (Anderson Aquino) e Márcio Azevedo (Wallyson); Joãozinho (Douglas Maia) e Ferreira.
Técnico: Roberto Fernandes.
Gol: Elicarlos, aos 40 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ramires e Fabrício (Cruzeiro); Julio dos Santos, Nei e Anderson Aquino (Atlético-PR).
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 16/07/2008.
Árbitro:André Luiz de Freitas Castro (GO).
Auxiliares: Flávio Gilberto Kanitz (GO) e Marco Antônio de Mello Moreira (GO).


VITÓRIA 1X3 SÃO PAULO
Com Barradão lotado, São Paulo mostra superioridade sobre o anfitrião Vitória


O Barradão recebeu 35 mil torcedores para o jogo entre Vitória e São Paulo. E quem levou a melhor foi o visitante. Com uma atuação convincente e forte marcação, o Tricolor bateu o anfitrião por 3 a 1. Hugo, Dagoberto e Éder Luis fizeram os gols da vitória e foram os destaques do time paulista.



Com o resultado, o São Paulo chegou a 20 pontos, o mesmo número que o time da casa possui. Mas fica uma posição atrás do Rubro-Negro, que está em quinto. Na próxima rodada, o Vitória enfrenta o Flamengo, no Maracanã, e o Tricolor encara o Botafogo no Morumbi, ambos no domingo.



Gol anulado e domínio tricolor



Logo aos cinco minutos, Dinei desceu até o limite do campo e cruzou rasteiro para Willians finalizar para a rede. Porém, a arbitragem anulou o gol, alegando que a bola saiu pela linha de fundo. O lance gerou dúvidas nos jogadores e torcedores do Vitória. O time da casa criava mais oportunidades.



Sem dar tempo para o Vitória ter outra grande chance, Hernanes cruzou na área aos 12 minutos e mandou a bola na cabeça de Hugo, que desviou, sem marcação: 1 a 0.



O dono da casa sentiu o gol sofrido. Ameaçava o Tricolor na base do contra-ataque, aproveitando a velocidade da dupla de frente. Mas era pouco eficiente e facilmente envolvido pelo adversário. O visitante seguia com a forte marcação desde o campo de ataque.



Anfitrião tenta reagir, mas dupla são-paulina funciona



No segundo tempo, o Vitória até que pareceu ter mais iniciativa no começo. Logo no primeiro minuto, Ramon cobrou uma falta perigosa, obrigando Rogério Ceni a espalmar a bola. Aos cinco, o camisa 1 segurou uma tentativa de Willians. Aos dez, a melhor chance do dono da casa: Ramon bateu na pequena área, e Ceni fez a primeira defesa. Depois, o ídolo são-paulino evitou com o pé direito o gol de Marco Antônio no rebote.



Depois dos momentos de pressão, o Tricolor buscou segurar o jogo no campo de defesa, para esfriar o ânimo do anfitrião. De tanto segurar, achou o espaço ideal aos 28 minutos. Em bela jogada individual, Dagoberto entrou na área pela esquerda, passou por dois marcadores e bateu forte, para estufar a rede de Viáfara.



A dupla formada por Dagoberto e Éder Luis, dois jogadores que não têm características de centroavante, deu certo. Aos 35, foi a vez de Éder fazer sua bela jogada. Em um contra-ataque rápido, ele arrancou pelo meio-campo e desferiu um chute certeiro. Era o terceiro do Tricolor, e a torcida do Vitória começava a deixar o Barradão.



Muricy ainda teve tempo de promover a estréia do jovem Pablo, que estava no banco para compor o grupo de reservas e se juntou ao elenco esta semana. O garoto entrou e quase ajudou o time a marcar o quarto. Mas foi o Vitória que diminuiu: Jackson tentou, Ceni defendeu com dificuldade; no rebote, Dinei empurrou para dentro: 3 a 1.





Ficha técnica:
VITÓRIA 1 x 3 SÃO PAULO
VITÓRIA
Viáfara, Marcos Aurélio, Anderson Martins, Thiago Gomes e Daniel; Vânderson, Marco Antônio (Jackson), Willians (Rodrigão) e Ramon (Ricardinho); Dinei e Marquinhos.
Técnico: Vagner Mancini.
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Alex Silva, Juninho e Richarlyson; Joilson (Jancarlos), Zé Luis, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto (Júnior) e Éder Luis (Pablo).
Técnico: Muricy Ramalho.
Gols: Hugo, aos 12 minutos do primeiro tempo; Dagoberto, aos 28 minutos, Éder Luis, aos 35 minutos, e Dinei, aos 45 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Anderson, Daniel, Thiago Gomes (Vitória); Dagoberto, Zé Luis, Joilson, Richarlyson (São Paulo).
Estádio:Barradão. Data: 16/07/2008.
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF). Auxiliares: Marrubson Melo Freitas (DF) e Pedro Jorge Santos de Araújo (AL).
Renda e público: R$ 502.579,00 / 35 mil pagantes