domingo, 23 de novembro de 2008

36 Rodada:Série A

VASCO 1X2 SÃO PAULO
São Paulo afunda o Vasco e precisa de apenas mais uma vitória para ser hexa


O São Paulo segue na caminhada rumo ao título. Neste domingo, o Tricolor ignorou a pressão dos torcedores vascaínos em São Januário e, com uma bela atuação de Rogério Ceni, venceu por 2 a 1. Com a vitória, o time de Muricy Ramalho garantiu a classificação para a Taça Libertadores 2009 pelo sexto ano seguido.



Com a derrota do Grêmio para o Vitória, o Tricolor está muito perto do tricampeonato consecutivo e do sexto na soma total. O time paulista abriu cinco pontos do rival e já pode soltar o grito de campeão na próxima rodada, contra o Fluminense, no Morumbi. Já o Vasco fica em situação complicada na luta contra o rebaixamento. O time carioca segue com 37 pontos, em 18º lugar, três pontos atrás do primeiro clube fora da zona. O Náutico tem 40 pontos.

Na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, o duelo entre tricolores, que pode dar o título ao time de Muricy, acontece no domingo, às 17h . No mesmo dia e horário, o Vasco encara o Coritiba, no Couto Pereira.



Antes do jogo, muita confusão. O ônibus do São Paulo teve dificuldades para chegar no estádio de São Januário, mas a ação da Polícia Militar evitou qualquer incidente. Dentro do estádio, bate-boca entre os dirigentes. Ao encontrar a porta para o gramado fechada, os tricolores arrombaram o cadeado e foram aquecer no campo. O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, se irritou e foi cobrar satisfações. O dirigente cruzmaltino levou um documento assinado por representantes tricolores em que foi combinado que não haveria aquecimento no gramado. O motivo: no Morumbi, o São Paulo não permitiu que o Vasco subisse para o campo antes da partida do primeiro turno. Seguranças dos dois times chegaram a se desentender. E um torcedor tricolor foi preso ao ser pego pichando um banheiro de São Januário.



Jorge Wagner abre o placar de falta



O Vasco começou agressivo. Com 15 mil apitos, que foram distribuídos antes da partida, os torcedores faziam muito barulho. Em cinco minutos, o time carioca teve três escanteios seguidos. Mas o Vasco não conseguia espaços para finalizar. Só aos 12 minutos ocorreu o primeiro chute cruzmaltino. Wagner Diniz aproveitou sobra na área e bateu forte. Mas a bola tocou na cabeça de Leandro Amaral e saiu. Mas foi o São Paulo que quase marcou. Em um ataque rápido, Dagoberto tocou para Hernanes, que chutou rasteiro da entrada da área. O goleiro Rafael fez uma difícil defesa e espalmou para escanteio.



A chuva apertou. E os jogadores passaram a ter dificuldade de tocar a bola. Aos 16 minutos, outro susto para os vascaínos. Wagner Diniz foi tentar afastar o perigo e deu um bico contra o gol. Rafael defendeu no reflexo. Mas aos 21, não teve jeito. Mateus fez falta boba em cima de Hernanes na entrada da área. Alguns torcedores vascaínos ficaram rezando e preferiram nem olhar o lance. Pareciam adivinhar. Jorge Wagner cobrou muito bem no ângulo esquerdo de Rafael, que pulou e não tocou na bola: São Paulo 1 a 0.



O Vasco quase empatou rapidamente. Primeiro, Wagner Diniz cruzou rasteiro. Anderson foi cortar e quase fez contra. Rogério Ceni espalmou para escanteio. Logo depois, Leandro Amaral recebeu livre na área e chutou rasteiro para fora. Vieram, então, os primeiros gritos de "Ah, é Edmundo", que estava no banco de reservas.



O empate veio com Madson aos 30 minutos. O meia encarou a defesa tricolor e arrancou. Ele chegou na entrada da área e soltou a bomba. A bola desviou em Miranda e encobriu o goleiro Rogério Ceni, que caiu para atrás. A torcida cruzmaltina voltou a cantar. Tudo igual: 1 a 1. E o primeiro tempo terminava com o Grêmio, que vencia o Vitória, em Salvador, como o novo líder do Campeonato Brasileiro.



- Nosso time está deixando o Vasco jogar - reclamou Dagoberto no intervalo.



Hugo faz o segundo gol tricolor



O Vasco voltou para o segundo tempo ainda sem Edmundo. E o São Paulo não deu tempo nem para aquecer. Jorge Wagner cobrou escanteio, a defesa do Vasco ficou olhando. Hugo apareceu de surpresa e teve tempo de dominar, ajeitar e chutar para fazer o segundo gol. Mateus ficou imóvel, sem dar o combate. São Paulo 2 a 1. A alegria tricolor não se resumia apenas a São Januário. No Barradão, o Vitória empatava a partida com o Cruzeiro.



O terceiro gol tricolor quase surgiu em um chute de Hernanes. A bola desviou e saiu para escanteio. Neste momento, o técnico Renato Gaúcho chamou Edmundo, que entrou no lugar Edu.



Aos 11 minutos, um lance que gerou muitas reclamações dos vascaínos. Wagner Diniz dividiu com Miranda na área. O árbitro Leonardo Gaciba não deu nada.



O Vasco foi para o tudo ou nada. E passou a tentar cruzar bolas para a área. Em uma delas, Eduardo Luiz cabeceou e Rogério Ceni salvou o São Paulo com uma defesa complicada no canto direito.



O clima era tenso. Edmundo reclamou da arbitragem e levou o cartão amarelo. Um torcedor jogou uma garrafa no gramado e foi preso pelos policiais. Aos 18 minutos, Leandro Amaral recebeu na área e chutou. Rogério Ceni espalmou para escanteio. Aos 22, Alex Teixeira aproveitou rebote da defesa e chutou para fora.



Aos 29, nova chance de ouro para os vascaínos. Wagner Diniz recebeu na área e chutou na saída do goleiro Rogério Ceni. O camisa 1 defendeu bem. Logo depois, Edmundo novamente falhou em um momento decisivo do Vasco. A bola sobrou limpa para o Animal na marca do pênalti. Mas ele isolou e colocou a mão na cabeça. Era a imagem do Vasco, desesperado na luta contra o rebaixamento. No fim, Leandro Amaral, muito mal na partida, era vaiado pelos torcedores. Já a torcida tricolor soltava o grito de campeão.



Ficha técnica:
VASCO 1 x 2 SÃO PAULO
VASCO
Rafael; Odvan, Eduardo Luiz, Jorge Luiz; Wagner Diniz, Jonílson, Mateus (Alan Kardec), Madson, Alex Teixeira (Pedrinho) e Edu (Edmundo); Leandro Amaral.
Técnico: Renato Gaúcho.
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Miranda, André Dias e Anderson; Joilson (Jancarlos), Hernanes, Jean, Hugo (Richarlyson) e Jorge Wagner; Dagoberto (Eder Luís) e Borges.
Técnico: Muricy Ramalho.
Gols: Jorge Wagner aos 21; Madson aos 30 minutos do primeiro tempo; Hugo aos 3 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jean, Jancarlos (São Paulo); Madson, Edmundo, Jorge Luiz (Vasco)
Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro. Data: 23/11/2008.
Árbitro: Leonardo Gaciba (Fifa/RS).
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos (RN) e Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA).




VITÓRIA 4X2 GRÊMIO
Vitória goleia e praticamente acaba com as chances de título do Grêmio






De um jeito melancólico, o Grêmio praticamente deu adeus ao Brasileirão neste domingo. A equipe de Celso Roth foi goleada pelo Vitória, por 4 a 2, no Barradão, em Salvador. Com o triunfo do São Paulo sobre o Vasco, no Rio, a diferença entre paulistas e gauchos pulou para cinco pontos (71 a 66) e o campeonato já poderá acabar já na próxima rodada. O Leão, com 48 pontos, está quase garantido na Copa Sul-Americana de 2009.

O time gremista começou o jogo melhor e até abriu o placar. No entanto, perdeu o zagueiro Amaral, expulso, e ficou entregue no segundo tempo. Ao final da partida, os gremistas foram obrigados a ouvir o sarro dos rubro-negros:

- Uh! É chocolate! Uh! É chocolate!



Confira a tabela dinâmica do Campeonato Brasileiro



O jogo



O Grêmio começou mais forte. Logo aos três minutos Viáfara teve que fazer a primeira defesa do jogo. Theco tocou para Reinaldo que fez o giro sobre o zagueiro e chutou forte para a defesa do goleiro que espalmou para escanteio. O Vitória estava com dificuldades para passar da intermediária do seu campo.

Aos 11 minutos o Grêmio reclamou de um pênalti. Maciel invadiu a área e foi derrubado pelo zagueiro Leonardo Silva, mas o árbitro Heber Roberto Lopes ignorou o lance e mandou o jogo seguir. De tanto pressionar o Tricolor gaúcho abriu o placar aos 35. Depois de um cruzamento da direita, a zaga do Vitória se atrapalhou, o zagueiro Anderson Martins tentou tirar e acabou fazendo gol contra.

O pecado do Vitória era insistir demais na ligação pela direita. Além de dar chutões para frente dando mais facilidades ao adversário para retomar o domínio da bola. O time baiano só chegou ao gol dos gaúchos aos 37. O Vitória tinha a cobrança de uma falta. A zaga gremista fez linha de impedimento, Tripodi recebeu sozinho e chutou para a boa defesa do goleiro Victor que tirou com os pés.

Aos 45, Marquinhos fez bela jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para o meio da área. Tripodi entrou mais uma vez sozinho, mas chutou fraco e a bola foi pela linha de fundo.



Vitória empata no início do 2° tempo


O Vitória voltou para o segundo tempo determinado. Tanto que aos quatro minutos conseguiu empatar o jogo. Leandro Domingues recebeu passe pela direita, entrou na área e tocou com categoria na saída do goleiro Victor.



O técnico Vágner Mancini, que havia colocado Osmar no lugar de Tripodi, tirou o jogador para a entrada de Jackson. Aos 12, o Grêmio ficou com um jogador a menos. Amaral, que já tinha recebido um cartão amarelo, fez falat dura em Leandro Domingues e foi para o chuveiro mais cedo. Com isso, o Vitória cresceu no jogo e conseguiu a virada cinco minutos depois. Marcelo Cordeiro cruzou para Willians, ele ganhou de Jean e finalizou com precisão para fazer a festa da torcida no Barradão.



O lance parece que abateu o time gaúcho que levou o terceiro logo depois. Bela jogada de Willians, ele tocou para Marquinos que deixou passar para Jackson finalizar sozinho. A festa continuou no minuto seguinte. Marco Aurélio cabeceou para trás e Marcelo Cordeiro fez um golaço de bicicleta enlouquecendo a torcida da Vitória.



Souza ainda conseguiu diminuir para o Grêmio, aos 46 minutos. O meia cobrou uma falta com muita força e a bola foi para o fundo das redes sem chances para o goleiro Viafara.


Ficha técnica:
VITÓRIA 4 x 2 GRÊMIO
VITÓRIA
Viáfara, Marco Aurélio, Leonardo, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Vanderson (Wallace), Renan, Leandro Domingues e Willians; Marquinhos e Trípodi(Osmar) - (Jackson)
Técnico: Vágner Mancini
GRÊMIO
Vitor, Amaral, Réver e Jean; Souza, Rafael Carioca(Paulo Sérgio), William Magrão, Tcheco e Helder(Orteman); Marcel e Reinaldo (André Luiz)
Técnico: Celso Roth.
Gols: Anderson Martins(contra) aos 35 minutos do primeiro tempo. Leandro Domingues aos quatro minutos, Willians aos 17, Jackson aos 25 e Marcelo Cordeiros aos 29 e Souza aos 46 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Amaral (G), Paulo Sérgio (G), Marcelo Cordeiro (V), Leandro Dominges (V) e Viafara (V)
Cartão vermelho: Amaral (G)
Estádio: Barradão, em Salvador (BA). Data: 23/11/2008.
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR).
Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Flávio Gilberto Kanitz (GO).





CRUZEIRO 3X2 FLAMENGO
Em jogo eletrizante e polêmico, Cruzeiro bate o Fla e se aproxima da Libertadores






Diante da vitória do São Paulo sobre o Vasco, em São Januário, o duelo entre Cruzeiro e Flamengo, no Mineirão, deixou de valer pelo título, e sim pela classificação para a Taça Libertadores 2009. Nada, porém, que tirasse o brilho e emoção do espetáculo, vencido por 3 a 2 pelo time da casa, com atuação de gala de Ramires. O volante, Thiago Ribeiro e Fernandinho deram a vitória para a Raposa; Ibson e Obina descontaram.



A maior polêmica da partida ficou para os minutos finais do segundo tempo. Diego Tardelli foi derrubado por Leo Fortunato na área, mas o árbitro Carlos Eugênio Simon ignorou a penalidade máxima a favor do Flamengo. Revoltados, o próprio Tardelli e o capitão Fábio Luciano acabaram expulsos, sendo que o zagueiro levou o vermelho após o apito final.



OUÇA OS GOLS DA PARTIDA NO MINEIRÃO

Com o resultado, o Cruzeiro subiu para a terceira colocação, com 64 pontos. Já o Fla deixou o G-4 devido à vitória do Palmeiras por 2 a 0 sobre o lanterna Ipatinga, caindo para a quinta posição com 63 pontos. O Verdão subiu para o quarto lugar também com 64 pontos e uma vitória a menos que a equipe celeste.



Na próxima rodada, o Flamengo se despede do Maracanã em 2008 enfrentando o Goiás, enquanto a Raposa, viaja até Porto Alegre para encarar o Internacional, no Beira-Rio. Os dias e horários das partidas serão confirmados pela CBF nesta segunda-feira.



Em alta velocidade, mineiros largam na frente


Talvez de olho em um início arrasador como na partida contra o Grêmio, na qual abriu o placar aos 15 segundos, o Cruzeiro acelerou o ritmo no início e foi correspondido pelo Flamengo. Nos primeiros dez minutos, três boas jogadas para cada lado.

Aos 30 segundos, Jajá recebeu na entrada da área, girou e chutou fraquinho para fora. Na seqüência, Kleberson puxou contra-ataque e serviu Obina. O camisa 9 chutou prensado e a bola sobrou para Leo Moura, que se enrolou com Ibson e desperdiçou boa chance. Um minuto depois, desatenção de Bruno: Kleberson recuou e o goleiro pegou com as mãos. Tiro indireto marcado por Carlos Eugênio Simon e desperdiçado por Marquinhos Paraná.

O jogo tinha apenas cinco minutos e Fernandinho criou a terceira boa chance para os mineiros. O lateral-esquerdo aproveitou uma bobeada da zaga do Fla e emendou forte da entrada da área. Bruno bateu roupa e Angelim afastou o perigo. O troco rubro-negro veio aos oito e aos dez minutos. Primeiro, Marcelinho Paraíba cobrou escanteio no primeiro pau, Jaílton desviou e Ibson não alcançou a bola na pequena área. Depois, o próprio volante serviu Leo Moura pela direita, mas o lateral errou o cruzamento para Obina.



As duas equipes diminuíram a velocidade até os 19 minutos, quando Gerson Magrão recebeu pela esquerda e tocou para trás. Jajá, sem goleiro, errou a conclusão e perdeu gol feito. Três minutos depois, porém, o atacante cruzeirense acertou em cheio. Ele roubou a bola de Angelim e bateu colocado no ângulo direito de Bruno. O travessão salvou os cariocas.

Passivo, o Flamengo parecia confiar nos contra-ataques e observava o Cruzeiro trabalhar a bola no campo de ataque. A estratégia foi castigada aos 33 minutos. Ramires recebeu com muita liberdade pela esquerda, aguardou a entrada de Fernandinho pelo meio da zaga e rolou entre as pernas de Kleberson. Frente a frente com Bruno e observado por Leo Moura, o lateral-esquerdo só escorou e levantou o mar azul que tomava conta do Mineirão.



O gol acordou o Flamengo, que se mandou para o ataque sem muita eficiência. Aos 36, Paraíba cruzou no segundo pau, Angelim escorou para o meio e Fábio afastou de soco. Dono do jogo, o Cruzeiro administrou a vantagem e só foi incomodado aos 45, quando Juan deixou Jonathan caído e cruzou nas mãos do goleiro mineiro.



Gols, milagre e polêmica







Com o sonho do hexa sendo adiado e o risco de perder até a vaga no G-4, Caio Júnior liberou o Flamengo para o ataque no início da segunda etapa. Tímido no primeiro tempo, Ibson foi liberado para atacar e deu maior dinamismo ao time carioca. Tal exposição, porém, resultou em susto aos três minutos. Jajá deixou Ramires na cara do gol. O volante dominou, escolheu o canto, deslocou Bruno e... jogou para fora.

Aos oito, uma bomba de fabricação caseira explodiu na geral e ligou o time do Flamengo. No minuto seguinte, Marcelinho Paraíba arriscou do bico da grande área pela direita e obrigou Fábio a espalmar para escanteio. Na cobrança, do próprio Paraíba, Ibson escorou de cabeça no bico da pequena área e decretou o empate.

Era a vez do Cruzeiro se mandar para inverter o placar que não lhe interessava. Aos 15 e aos 18, Bruno até que salvou o Flamengo em chutes fortes de Jajá e Fabrício da entrada da área, mas, aos 19, não teve perdão. Fernandinho descolou um lindo passe para Thiago Ribeiro aproveitar a linha de impedimento mal feita pela zaga rubro-negra e tocar no ângulo esquerdo do goleiro do Fla: 2 a 1.



Com os papéis novamente invertidos, o Flamengo novamente foi atrás de sua manutenção no G-4 e empatou com Obina, aos 25. O atacante recebeu cruzamento rasteiro de Juan, dominou de costas para o gol, girou em cima de Leo Fortunato e tocou para o fundo das redes. E o empate não se transformou em virada aos 28 por questão de centímetros. Leo Moura fez boa jogada pela direita e cruzou no segundo pau. A bola passou por Fábio, e Juan, com o gol aberto, acertou a rede pelo lado de fora.



Lá e cá, o jogo terminou como começou: eletrizante. Com a vitória do São Paulo em São Januário, só um resultado positivo poderia manter o Flamengo na briga pelo hexa, e a equipe se expôs. Aos 31, Ramires se chocou com Toró na área, a torcida pediu pênalti e Simon mandou o lance seguir. Um minuto depois, o mesmo Toró brecou o volante celeste, que já preparava o arremate após passe de Wanderley. Só que aos 39 não teve jeito. Aberto após contra-ataque mal sucedido, o Fla deu espaços para Ramires, que recebeu de Fabrício e, da marca do pênalti, tocou no canto esquerdo de Bruno.



No fim, um milagre e muita polêmica protagonizados por Diego Tardelli. Aos 42, o atacante entortou Thiago Heleno e tocou colocado no canto direito de Fábio, que fez uma defesa espetacular. Três minutos depois, muita confusão. Tardelli avançou pela esquerda, invadiu a área, cortou para dentro e recebeu uma rasteira de Leo Fortunato. Pênalti não marcado por Simon, que expulsou o atacante rubro-negro durante o jogo e o capitão Fábio Luciano, ambos por reclamação, após o apito final.



Ficha técnica:
CRUZEIRO 3X2 FLAMENGO
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan (Elicarlos), Leo Fortunato, Thiago Heleno e Fernandinho; Henrique, Marquinhos Paraná, Ramires e Gerson Magrão (Wanderley); Jajá (Fabrício) e Thiago Ribeiro.
Técnico: Adilson Batista.
FLAMENGO
Bruno, Jaílton, Fábio Luciano e Ronaldo Angelim; Leo Moura, Airton (Toró), Ibson, Kleberson e Juan (Luizinho); Marcelinho Paraíba (Diego Tardelli) e Obina.
Técnico: Caio Júnior.
Gols: Fernandinho, aos 33 minutos do primeiro tempo. Ibson, aos 10, Thiago Ribeiro, aos 19, Obina, aos 25, e Ramires, aos 39 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Henrique (Cruzeiro); Toró e Ibson (Flamengo).
Cartões vermelhos: Diego Tardelli e Fábio Luciano (Flamengo).
Estádio: Mineirão. Data: 23/11/2008.
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa/RS).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Erich Bandeira (PE).



INTERNACIONAL 0X2 FLUMINENSE
Flu vence o Inter e rebaixamento está cada vez mais longe






Em partida que só valia alguma coisa para um dos times em campo, o Fluminense fez valer o fato de estar jogando com a sua força máxima e derrotou os reservas do Internacional, por 2 a 0, na noite deste domingo, no estádio Beira-Rio. O resultado deixou o Tricolor com 43 pontos ganhos, em 13º lugar na tabela de classificação, e na zona de classificação para a Copa Sul-Americana. Já o Inter permanece em oitavo, com 51 pontos.



OUÇA OS GOLS DA PARTIDA PELA RÁDIO GLOBO AM

Na próxima rodada, o Fluminense enfrentará o São Paulo, domingo, no Morumbi, em partida que poderá decretar o campeão do Brasileirão 2008. O Internacional receberá o Cruzeiro, no Beira-Rio. A CBF ainda decidirá o horário desses confrontos. Antes da partida contra os mineiros, o Colorado terá a primeira decisão da Copa Sul-Americana, quarta-feira, contra o Estudiantes, na Argentina.



Golaço na primeira jogada de velocidade


O primeiro tempo começou lento, com o Fluminense estudando a forma de jogar do Internacional. Poucos lances de perigo foram criados pelos dois times. Na primeira chegada rápida do Tricolor ao ataque acabou saindo o gol. Aos 15, Conca tocou a bola para Romeu na intermediária. Ele passou por um adversário e chutou forte acertando o ângulo esquerdo do goleiro Lauro. Um golaço.

A desvantagem no placar não mexeu com o time colorado. A torcida vaiava cada toque do atacante Daniel Carvalho na bola e pedia a entrada de Taison, que estava como opção para Tite no banco de reservas. No fim da primeira etapa, Washington discutiu com Arouca e Conca dentro de campo, o que irritou o zagueiro Thiago Silva.

- Temos que acabar com essas discussões em campo. Os jogadores estão querendo decidir tudo sozinho – disse para a Rádio Tupi.

Aos 37 e aos 41 o atacante Washington teve duas chances para fazer o segundo gol, mas na primeira driblou o goleiro e chutou, de tornozelo, na rede pelo lado de fora. Na segunda arriscou de longe e a bola subiu muito.



Colorado melhora, mas Flu amplia



O técnico Tite atendeu aos pedidos dos torcedores e colocou Taison no lugar de Maycon no intervalo. A mudança melhorou o Internacional, que começou o segundo tempo em cima do Fluminense, que jogava no contra-ataque. Mas aos poucos o time de René Simões foi equilibrando as ações e chegou ao segundo gol.

Aos 20 minutos, o zagueiro Pessanha derrubou Junior César dentro da área e o árbitro Sérgio da Silva Carvalho marcou pênalti. Washington bateu no minuto seguinte e marcou o segundo gol. Logo após a cobrança, Junior César foi substituído por causa de uma torção no joelho esquerdo.



O Internacional ainda buscou diminuir a vantagem do Fluminense no placar, mas na melhor chance de gol, aos 44 minutos, Bustos cobrou falta no travessão de Fernando Henrique.



Ficha técnica:
INTERNACIONAL 0 x 2 FLUMINENSE
INTERNACIONAL
Lauro; Bustos, Danny Morais, Pessanha e Ramon; Sandro, Maykon (Taison), Andrezinho (Tales) e Rosinei; Daniel Carvalho e Guto (Luiz Carlos).
Técnico: Tite.
FLUMINENSE
Fernando Henrique; Wellington Monteiro, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar (Carlinhos); Fabinho, Romeu, Arouca e Conca; Maicon (Tartá) e Washington.
Técnico: René Simões.
Gols: Romeu, aos 15 minutos do primeiro tempo; Washington, aos 21 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Daniel Carvalho, Bustos, Pessanha (Internacional); Maicon (Fluminense).
Estádio: Beira-Rio. Data: 23/11/2008.
Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho.
Auxiliares: Marrubson Melo Freitas e César Augusto Braz.


PALMEIRAS 2X0 IPATINGA
Após semana muito conturbada, Palmeiras bate Ipatinga e volta ao G-4


Revolta da torcida, briga e até agressão ao técnico. Foi esse o ambiente do Palmeiras na semana que antecedeu a partida contra o Ipatinga. Por isso, mesmo sem o apoio total do público e diante de um adversário teoricamente muito mais fraco, a vitória neste domingo era de fundamental importância. E ela veio. Sem fazer muita força, o Alviverde venceu por 2 a 0 e retornou ao G-4, devido à derrota do Flamengo para o Cruzeiro.

O time poderia ter tentado ampliar o placar, já que jogou quase todo o segundo tempo com um homem a mais. O Ipatinga ainda tem remotas chances matemáticas de se salvar, mas não parece que vai escapar da Segunda Divisão.



Com o resultado, o anfitrião chegou aos 64 pontos, ficando na quarta posição da tabela. O visitante, que tem 34 pontos e está na lanterna, só escapa da Segundona se vencer os últimos dois jogos e o Náutico perder os seus dois. Na próxima rodada, o Alviverde encara o Vitória, no Barradão, e o time mineiro recebe o Grêmio, ambos no domingo.



Dois gols e domínio palmeirense



Apesar de ter mantido o 3-5-2, Vanderlei Luxemburgo fez duas mudanças no time para esta partida: as entradas de Sandro Silva e Evandro, nas vagas de Jumar e Diego Souza, que foram para o banco. O adversário não arriscava muito e se preocupava mais em impedir as jogadas do dono da casa. Mas não tinha muito sucesso. Mesmo com espaço para trabalhar, o Palmeiras tinha algumas dificuldades, principalmente no passe.



Quando acertou o pé, marcou. Aos 13 minutos, após cobrança de escanteio de Evandro, a bola passou por todo mundo na pequena área e sobrou para Kléber, que estava sozinho. O atacante só deu um chute e colocou para dentro. Na comemoração, deu um abraço de leve em Luxa, que ainda está com o braço imobilizado por causa de uma luxação no cotovelo.



Dois minutos depois, Kléber quase iniciou o segundo gol. Ele cruzou a bola na área, rasteira, mas ninguém alcançou e a chance saiu pela linha de fundo. O Palmeiras não tinha dificuldades para neutralizar o Ipatinga, que mesmo perdendo não tomava iniciativa.



Aos 35, Alex Mineiro foi derrubado na meia-lua e criou uma grande chance para o Palmeiras. Um minuto depois, Martinez cobrou forte. O goleiro Fernando rebateu, mas a sobra ficou com Pierre, que estava ao lado da barreira e só colocou para dentro: 2 a 0.



Aos 40, quase saiu o terceiro: Kléber fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro para Alex Mineiro, na entrada da área. O camisa 9 finalizou à esquerda do gol de Fernando.



Com um a mais, Verdão não consegue ampliar



No segundo tempo, Luxa, que não falou com o time durante toda a primeira etapa, precisou substituir Roque Junior, que levou uma cotovelada no olho. Kléber seguiu comandando o ataque do Verdão e teve uma ótima chance aos seis minutos, obrigando Fernando a fazer a defesa.



A situação do Ipatinga piorou aos 12 minutos, quando Leandro Salino chutou Kléber, que já estava caído. O jogador do time mineiro foi expulso. Melhor para o dono da casa, que ficava com um a mais em campo.



Mas o Palmeiras não soube aproveitar tanto assim a vantagem numérica. O time da casa não conseguia concluir com eficiência. O melhor momento do segundo tempo foi em uma jogada individual de Kléber, que chutou em cima de Fernando. Aos 26, o atacante foi derrubado na área por Augusto Recife, mas o árbitro não viu pênalti. E a torcida pedia Denílson.



O desejo foi atendido aos 38 minutos, quando o meia entrou a vaga de Evandro. Mas nem Denílson, que chegou a levantar a galera com alguns dribles, conseguiu ampliar o placar. Kléber ainda foi substituído no final e saiu sob os aplausos da torcida, reconhecido por ter sido o jogador do Palmeiras que mais lutou em campo.







Ficha técnica:
PALMEIRAS 2 x 0 IPATINGA
PALMEIRAS
Marcos; Maurício, Roque Júnior (Jéci) e Martinez; Fabinho Capixaba, Pierre, Sandro Silva, Evandro (Denílson) e Leandro; Alex Mineiro e Kléber (Leo Lima).
Técnico: V. Luxemburgo.
IPATINGA
Fernando; Márcio Gabriel (Leo Silva), Silvio, Gian e Baroni; Augusto Recife, Leandro Salino, Julio e Pablo Escobar (Luciano Mandi); Adeilson e Ferreira (Afonso).
Técnico: E. Moreira.
Gols: kléber, aos 13 minutos, e Pierre, aos 36 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Martinez, Leandro, Pierre (Palmeiras); Baroni, Pablo Escobar, Augusto Recife, Ferreira, Márcio Gabriel, Júlio, Gian (Ipatinga).
Cartão vermelho: Leandro Salino
Estádio: Palestra Itália. Data: 23/11/2008.
Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação (BA).
Auxiliares: Belmiro da Silva e Raimundo Carneiro de Oliveira (BA).




SPORT 3X0 ATLÉTICO-MG
Sport acorda, faz três gols no fim da partida e derrota o Atlético-MG por 3 a 0


Num jogo com poucas ambições no Campeonato Brasileiro, Sport e Atlético Mineiro atuavam de forma sonolenta na Ilha do Retiro até os 37 minutos do segundo tempo. A partir daí, o Leão acordou, marcou três gols e saiu vitorioso por 3 a 0. Durval e Ciro, este com dois gols, foram os artilheiros que fizeram o Rubro-Negro pular para o 11º lugar, com 48 pontos ganhos - como ganhou a Copa do Brasil e vai disputar a Libertadores, está fora da briga para ingressar na Copa Sul-Americana. Caso diferente do Atlético Mineiro, que luta para entrar na competição mas, com o resultado ruim e o triunfo do Vitória sobre o Grêmio por 4 a 2, caiu para o 12º lugar, com 47 pontos, e ainda não tem a classificação assegurada - o Fluminense, que venceu o Inter por 2 a 0, no Beira-Rio, o persegue, com 43 pontos.


Na 37ª rodada, a penúltima, no próximo domingo, o Leão vai ao Canindé encarar a Portuguesa, e o Galo recebe o Santos no Mineirão.





Pressão inicial do Leão



No primeiro tempo desanimador, com quase nenhuma inspiração das duas equipes, verdade seja dita: se tivesse que sair um vencedor, seria mais justo que fosse o Sport. Pelo menos, o Rubro-Negro buscou mais o gol. E a receita do Leão no início era simples: jogar pelas pontas. Logo aos dois minutos, Sidny arrancou pela direita e bateu de fora da área. Edson, bem colocado, encaixou a bola. Aos oito, o goleiro teve de se esforçar mais para não levar o gol e espalmar para escanteio. Roger, também pela direita, bateu com perigo, e a bola ainda resvalou em Leandro Almeida.

O goleiro do Atlético Mineiro já era o destaque da partida quando, aos 13, salvou outra chance do Sport, dessa vez pela esquerda. César cortou Welton Felipe e bateu cruzado para mais uma defesa de Edson.

Apesar do domínio na partida, o Sport estava longe de exibir um bom futebol. Na verdade, aproveitava-se da visível apatia do Atlético, que trocava passes para os lados sem qualquer objetividade. Renan Oliveira, destaque do time no Brasileirão, só apareceu aos 25 minutos, quando tentou, sem sucesso, boa jogada com Helton pela esquerda.







Cai o ritmo



Piorou a coisa para o torcedor que foi à Ilha do Retiro a partir dali. Nada mais acontecia. O Galo, cadenciado, desinteressado, nada criava. Sheslon até subia pela direita, para puxar os contra-ataques, mas era pouco acionado pelo meio-campo burocrático. Castillo e Pedro Paulo, então, nem viam a bola se aproximar.



Pelo Leão, Carlinhos Bala se deslocava como podia na frente, mas não tinha a preferência para receber a bola. Fumagalli sumiu do jogo, Fábio Gomes também. Só Sandro Goiano tentava alguma coisa. E foi ele quem acordou os torcedores que já esboçavam sono com uma bomba de fora da área, aos 37. Edson, mais uma vez, apareceu seguro no lance.



Chute a gol do Galo surgiu mesmo aos 39 minutos. Renan Oliveira tentou surpreender Magrão de fora da área, mas mandou para fora. No fim do primeiro tempo, a torcida, paciente até então, começou a vaiar. Aos 45, Márcio Goiano bateu de longe, a bola desviou em Helton e quase enganou Edson, que socou para escanteio. Depois, mais vaias.



- Foram merecidas, não estamos jogando bem mesmo - disse, com sinceridade, Sandro Goiano, por sinal o destaque rubro-negro da primeira etapa.





Mexidas



Nelsinho Baptista mexeu no Sport para o segundo tempo: botou Ciro no lugar de Carlinhos Bala. E foi o atacante que, aos seis minutos, acordou a torcida do Leão na Ilha do Retiro. Pedalou pela direita e bateu cruzado, num chute que se confundiu com cruzamento mas que a torcida retribuiu pelo esforço.



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Do lado alvinegro, a situação piorava. Aos 10 minutos, sozinho pela esquerda, Pedro Paulo errou a bola ao tentar cruzar, num lance dos mais bizarros do Brasileirão. E se Marcelo Oliveira trocou o lateral-esquerdo e um dos atacantes - César Prates saiu para a entrada de Raphael Aguiar e Pedro Paulo deu lugar a Beto-, Nelsinho Baptista voltou a mexer no Sport, ao trocar Fumagalli por Kássio. A substituição dividiu a torcida.



Aos 16 minutos, Sidny desperdiçou a chance de abrir o placar ao bater em cima de Edson, que mais uma vez salvou sua equipe. Mas aos 26 ele fez a melhor defesa, em belo chute de Sandro Goiano de fora da área.



Leão acorda no fim



O Sport voltava a pressionar quando o técnico do Galo, Marcelo Oliveira, pôs Petkovic no lugar de Castillo. De nada adiantou. Aos 37 minutos, Durval foi à frente e abriu o placar para o Leão em forte chute pela direita. A bola, no entanto, passou perto de Edson e era defensável.



O gol serviu para acordar o Leão e melhorar o jogo: aos 39, Ciro aproveitou rebote de chute de Roger e empurrou para as redes: 2 a 0 para o Sport. Aos 44, o atacante, que entrou no segundo tempo para acabar com a partida sonolenta, recebeu livre de Roger e bateu com violência para as redes, fazendo 3 a 0 e deixando o torcedor rubro-negro feliz com a vitória.





Ficha técnica:
SPORT 3 x 0 ATLÉTICO-MG
SPORT
Magrão, Igor (Junior Maranhão), Durval e César; Sidny, Fábio Gomes, Sandro Goiano, Márcio Goiano e Fumagalli (Kássio); Roger e Carlinhos Bala (Ciro).
Técnico: Nelsinho Baptista.
ATLÉTICO-MG
Edson, Sheslon, Leandro Almeida, Welton Felipe e César Prates (Raphael Aguiar); Nen, Márcio Araújo, Élton e Renan Oliveira; Castillo (Petkovic) e Pedro Paulo (Beto).
Técnico: Marcelo Oliveira.
Gols: no segundo tempo, Durval, aos 37, e Ciro, aos 39 e 43 minutos.
Cartões amarelos: Nen (Atlético-MG) e Sidny (Sport).
Estádio: Ilha do Retiro. Data: 23/11/2008.
Árbitro: Arnoldo Vasconcelos Figarela.
Auxiliares: Ailton Farias da Silva (SE) e Marcia Bezerra Lopes Caetano (RO).