domingo, 23 de agosto de 2009

21 Rodada:Série A

GRÊMIO 4X1 ATLÉTICO - MG
Impecável no Olímpico, Grêmio derrota o Atlético-MG sem fazer força e cola no G-4



Fácil como tirar doce de criança. Assim o Grêmio construiu uma vitória maiúscula sobre o Atlético-MG, neste domingo, pela 21ª rodada do Brasileirão. O placar de 4 a 1 foi construído praticamente todo no primeiro tempo com tranquilidade e três gols. O resultado comprova a força do Imortal no estádio Olímpico. Em onze jogos como mandante, foram nove vitórias e dois empates. O Tricolor chega a 31 pontos e assume a oitava posição. O Galo completa quatro partidas sem vencer e perde novamente a chance de voltar ao G-4. Com 33 pontos, está em sexto.

Na próxima rodada, as duas equipes jogam no domingo. O Atlético recebe o Sport, no Mineirão, às 16h. O Grêmio visita o Botafogo, no Engenhão, às 18h30m.

Em ritmo de treino, Grêmio abre vantagem



Antes de a bola rolar, o técnico do Atlético, Celso Roth, ex-comandate gremista, foi vaiado por parte dos torcedores no estádio. Mas houve quem o aplaudisse, principalmente o público das sociais. Todos os jogadores do Tricolor fizeram questão de cumprimentá-lo.

O início da partida foi mentiroso. Solto e bem disposto em campo, o Galo parecia pronto para surpreender e usou o lado direito para tentar abrir o placar. Aos três, a defesa do Grêmio vacilou na marcação e deixou Marcos Rocha passar livre. O garoto cruzou, mas Victor não deixou que bola chegasse em Diego Tardelli na pequena área. Tardelli e Carlos Alberto também apareceram pelo setor com perigo, mas não o suficiente.



E logo na primeira vez que buscou o gol, o Grêmio conseguiu. Aos sete, a bola área, sempre forte, deu resultado. Tcheco cobrou falta do lado esquerdo para a área, Réver subiu sem marcação e abriu o placar. Quarto gol do zagueiro no Brasileirão. Os mineiros sentiram o golpe, mas sem desanimar. Aos 15, Marcos Rocha voltou a ter libertade na direita, rolou para Carlos Alberto, e o chute do volante saiu cruzado e torto. Faria falta.

Com domínio absoluto do jogo, a equipe de Paulo Autuori provou que vive mesmo uma fase irretocável no Olímpico e passou a explorar o lado direito do ataque. Aos 23, Souza recebeu livre na área e cruzou na segunda trave. O colombiano Perea, sem qualquer marcação, cabeceou no travessão, a bola tocou no goleiro Bruno e entrou: 2 a 0 no placar e avalanche na arquibancada.

Estava realmente fácil demais para o Grêmio. Com o Atlético desorganizado e abatido, os donos da casa trataram de ampliar. Aos 29, Souza cobrou falta com perfeição, e Bruno só olhou, impotente. Na tentativa de mudar o quadro, Celso Roth não esperou o fim do primeiro tempo para mexer. O cronômetro marcava 33 minutos quando o meia Evandro entrou no lugar de Marcos Rocha. Não havia muita força e nem tempo para criar.

Tricolor amplia, e Galo sofre



Roth mudou o ataque atleticano na volta do intervalo. Ele lançou o colombiano Rentería, que durante muito tempo foi rival do Grêmio com a camisa do Inter, no lugar de Eder Luis. Como um sopro de esperança, o Galo chegou a assustar bem cedo. No primeiro minuto, Renan Oliveira recebeu ótimo passe na área pela esquerda, bateu cruzado com a canhota, mas a bola se perdeu pela linha de fundo.

Não era dia nem de Diego Tardelli. O artilheiro do time no Brasileiro, com nove gols, pouco conseguiu produzir de tão isolado na frente. Atlético sem força, sem equilíbrio e frágil. Aos 12, o quarto gol gremista comprovou que realmente a tarde não era atleticana. Com um passe de primeira, Souza encontrou Jonas na área, o atacante só esperou o zagueiro Welton Felipe passar lotado pela bola e a empurrou para o gol de Bruno. Não perca a conta: 4 a 0.

E até quando a defesa falha o Grêmio está seguro. Aos 21, num dos poucos lances de ataque alvinegro até então, Rentería recebeu na área e cruzou certinho para Tardelli bater de primeira, com a esquerda. Victor, goleiro da seleção brasileira, fez uma defesa espetacular. Mas bastou caprichar um pouquinho para o Galo chegar. Aos 33, em jogada individual, Evandro saiu de marcação dupla com velocidade e bateu cruzado da entrada da área. Gol de honra. E só. Coincidentemente, nas últimas três partidas que venceu no Olímpico, o Imortal fez o placar de 4 a 1. Celso Roth precisa conter a queda livre.


Ficha técnica:
GRÊMIO 4 x 1 ATLÉTICO - MG
GRÊMIO
Victor; Thiego, Mário Fernandes, Réver e Bruno Collaço; Túlio, Adilson, Tcheco e Souza (Makelelê); Perea (Douglas Costa) e Jonas (Herrera).
Técnico: Paulo Autuori.
ATLÉTICO - MG
Bruno; Marcos Rocha (Evandro), Welton Felipe, Alex Bruno e Thiago Feltri; Jonílson Carlos Alberto, Renan e Renan Oliveira (Júnior); Eder Luis (Rentería) e Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth.
Gols: Réver, aos sete, Perea, aos 23, e Souza, aos 39 do primeiro tempo. Jonas, aos 12, e Evandro, aos 33 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Bruno Collaço (Grêmio); Jonílson (Atlético-MG).
Estádio: Olímpico, Porto Alegre. Data: 23/08/2009.
Árbitro: Wilson Souza de Mendonça.
Auxiliares: Kleber Lúcio Gil (SC) e Angelo Rudimar Bechi (SC).
Público pagante: 19.231. Renda: R$ 348.510,00


CORINTHIANS 3X3 BOTAFOGO
Com gol de mão e pênalti inexistente, Timão e Bota empatam no Pacaembu



No jogo mais polêmico da edição 2009 do Campeonato Brasileiro, Corinthians e Botafogo empataram por 3 a 3, neste domingo, no Pacaembu. O duelo ficou marcado pelos erros do árbitro Arilson Bispo da Anunciação, que validou um gol de mão de André Lima e marcou um pênalti inexistente em Jorge Henrique. O placar interrompeu a arrancada paulista e fez os cariocas permanecerem na zona de rebaixamento.

Com o resultado, o Corinthians se afasta da briga pelos primeiros lugares. O Timão está agora na sexta colocação, com 32 pontos, nove a menos que o líder Palmeiras. Já o Bota segue bastante ameaçado pela degola, em 18° lugar, com apenas 21 pontos.

Na próxima rodada, o Corinthians enfrenta o Barueri, quarta-feira, às 21h50m, na Arena, na Grande São Paulo. O Botafogo recebe o Grêmio, apenas no domingo, às 18h30m, no Engenhão, no Rio de Janeiro.

Times perdem chances, mas Dentinho marca de pênalti



Embalado pelas duas vitórias consecutivas, o Corinthians começou a partida tentando tirar proveito do momento ruim vivido pelo Botafogo. Com os cariocas formando duas linhas de quatro jogadores em seu campo, Mano Menezes apostou na agilidade de seu ataque para furar o bloqueio e incomodar o goleiro uruguaio Castillo.

Logo aos nove minutos, Marcinho, mais ofensivo do que nos outros jogos, fez o cruzamento pela esquerda, Henrique se antecipou a um adversário e cabeceou rente ao canto direito. No lance seguinte, Jorge Henrique arrancou da intermediária, passou pela defesa, mas, na saída do goleiro, bateu para fora. Seria um golaço!

Depois da pressão inicial, o Botafogo conseguiu reagir. Lucio Flavio se aproximou dos atacantes e aumentou o poder ofensivo diante de uma defesa totalmente reserva. Aos 11, foi a vez do zagueiro Juninho quase marcar em seu lance característico. Ele cobrou falta pela esquerda, a bola tocou no gramado e raspou a trave direita de Julio Cesar.

O lance animou o Bota. Aos 17, mais uma boa chance. Lucio Flavio fez ótimo passe, André Lima entrou por trás da zaga na área e chutou forte para o goleiro corintiano defender. Dois minutos depois, o mesmo centroavante pegou rebote na entrada da área e disparou uma bomba. Julio pegou no canto direito.

Com o avanço carioca, o Corinthians ganhou espaço para jogar nos contra-ataques. Jorge Henrique, aos 26, avançou em velocidade e cruzou. Leandro Guerreiro afastou mal, Dentinho pegou o rebote na área, mas bateu por cima, para desespero da torcida. Em seguida, aos 26, o Botafogo reclamou de um pênalti. Alessandro desviou de cabeça para a área, Moradei subiu para cortar e trombou com Victor Simões. O árbitro ignorou.

Antes do encerramento do primeiro tempo, o Corinthians conseguiu abrir o placar em uma penalidade, aos 42. Dentinho arrancou pela esquerda, driblou Wellington e foi derrubado na área por Léo Silva. O próprio atacante bateu e colocou o Timão em vantagem.

Segundo tempo com gol de mão, pênalti duvidoso e muita polêmica



Na volta do intervalo, Estevam Soares trouxe o Botafogo para o ataque com a entrada de Reinaldo no lugar de Léo Silva. A mudança deu resultado logo a um minuto. Lucio Flavio cobrou escanteio, o atacante subiu mais que os zagueiros e cabeceou sem chances para Julio Cesar, empatando o jogo.

O Corinthians, porém, respondeu imediatamente. Aos seis minutos, o árbitro marcou falta que não aconteceu em Jucilei. Marcinho cobrou com perfeição e acertou o canto esquerdo. Castillo sequer foi para a bola. Foi o primeiro gol do jogador com a camisa do Timão.

A animação da Fiel nas arquibancadas acabou aos 14 minutos com o empate carioca. Após cruzamento da direita, André Lima, que já vinha sendo puxado pela camisa, se antecipou ao goleiro Julio Cesar e desviou com a mão esquerda para as redes. Os jogadores do Corinthians reclamaram, mas o árbitro Arilson Bispo da Anunciação e o auxiliar Luiz Carlos Silva Teixeira confirmaram o gol.



A confusão, contudo, estava longe de acabar. Aos 24, mais um pênalti. Só o juiz viu um empurrão de Thiaguinho em Jorge Henrique na área. Souza, que acabara de entrar, pegou a bola para bater, mas Dentinho assumiu a responsabilidade novamente. Ele bateu, Castillo defendeu, mas o atacante aproveitou o rebote para fazer 3 a 2. Os jogadores do Botafogo reclamaram de uma irregularidade. O lance, no entanto, foi validado.

O Botafogo mostrou força para chegar ao empate mais uma vez. Lucio Flavio cobrou falta com perfeição, aos 34, e acertou o ângulo esquerdo, marcando um golaço. Nos minutos finais, os times ainda tentaram o quarto gol, mas o desgaste físico impediu.


Ficha técnica:
CORINTHIANS 3 x 3 BOTAFOGO
CORINTHIANS
Julio Cesar, Jucilei, Jean, Paulo André e Marcinho (Diogo); Moradei, Elias e Morais; Jorge Henrique, Henrique (Souza) e Dentinho.
Técnico: Mano Menezes.
BOTAFOGO
Castillo, Alessandro, Juninho, Wellington e Michael (Thiaguinho); Leandro Guerreiro, Fahel, Léo Silva (Reinaldo) e Lucio Flavio; André Lima (Renato) e Victor Simões.
Técnico: Estevam Soares
Gols: Dentinho, aos 43 minutos do primeiro tempo; Reinaldo, a um minuto, Marcinho, aos seis, André Lima, aos 14, Dentinho, aos 25, e Lucio Flavio, aos 24 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jucilei, Jean (Corinthians); Wellington, Léo Silva, Thiaguinho (Botafogo).
Estádio: Pacaembu. Data: 23/08/2009.
Árbitro: Arilson Bispo da Anunciação.
Auxiliares: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) Luiz Carlos Silva Teixeira (BA). Público: 17452 pagantes. Renda: R$ 511.930,00.


ATLÉTICO - PR 1X0 SÃO PAULO
Furacão acaba com o embalo do São Paulo. O Palmeiras agradece...



Eram nove jogos sem derrota, sete vitórias, dois empates e uma arrancada que garantiu ao São Paulo a presença no G-4 do Brasileirão. Mas tinha um Atlético-PR no meio do caminho. O Furacão acabou com o embalo do Tricolor neste domingo à tarde, na Arena da Baixada, vencendo por 1 a 0, gol de Paulo Baier (assista ao lance no vídeo ao lado). O resultado é comemorado também pelo Palmeiras. O São Paulo, se vencesse, ficaria apenas um ponto atrás do Verdão. Mas com o tropeço, o hexacampeão brasileiro permanece com 36, contra 40 do líder alviverde. Já o Furacão foi a 27 pontos e sobe para o 12º lugar.

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO COMPLETA DO BRASILEIRÃO

O Atlético volta a campo no próximo sábado, às 18h30m (horário de Brasília), para enfrentar o Náutico, em Recife. Já o São Paulo, no domingo, às 16h, no Morumbi, disputa clássico com o Palmeiras.

Furacão aperta, mas Tricolor chega mais perto

O Atlético-PR buscou sufocar o São Paulo desde os primeiros segundos de jogo. Com o atacante Wesley improvisado na ala direita, e o ala esquerdo Márcio Azevedo liberado para atacar, o Furacão chegava com até cinco jogadores. A linha de meio de campo marcava no campo de ataque e dificultava as saídas de bola do Tricolor.

Essa pressão, porém, não significou muitos lances de perigo. O Atlético roubava a bola e a mandava em direção de Marcinho ou Wallyson, normalmente em chutões sem muita direção. A torcida do Furacão tentava empurrar, mas vibrava mais nos lances em que Dagoberto era desarmado ou errava algum lance. Revelado pelo Furacão, em 2007 o jogador foi à Justiça contra o clube para conseguir sua liberação. Com isso, caiu em desgraça com a torcida. Foi a primeira vez que Dago voltou à Arena.

Aos poucos, o São Paulo foi se impondo e passou a dominar a partida. Tanto que os lances de maior perigo na etapa inicial foram tricolores. Aos 19, Washington completou de cabeça uma cobrança de escanteio da esquerda, executada por Jorge Wagner. Márcio Azevedo evitou o gol tirando de cabeça.

Depois, aos 37, Washington recebeu lançamento na área e escorou de cabeça para Dagoberto. Quando o atacante arremataria para o gol, Fransérgio apareceu por trás e mandou a bola para escanteio.

Paulo Baier garante sozinho

O segundo tempo começou como o primeiro: o Atlético em cima, sufocando o São Paulo. A diferença é que, dessa vez, o time de Curitiba passou a tocar melhor a bola, envolvendo a defesa adversária, em vez de insistir em chutões. Com isso, as chances começaram a aparecer logo. Aos 5 minutos, Paulo Baier fez jogada individual pela direita, chegou à linha de fundo e chutou cruzado. Nenhum atleticano apareceu para empurrar a bola para o gol. O Furacão ainda ameaçaria aos 12, com Wallyson, que recebeu passe de Baier pelo meio e chutou cruzado para a defesa de Rogério Ceni.

O São Paulo, aos poucos, foi saindo dessa pressão, mas não conseguia chegar à área adversária, como aconteceu no primeiro tempo. A equipe tricolor até teve o domínio da bola de bola em alguns momentos, mas tinha dificuldades para acertar passes. Por isso, o goleiro Gallato só apareceu aos 29 minutos, quando Jorge Wagner acertou boa cabeçada após cruzamento de Jean. O arqueiro do Furacão espalmou.

O Furacão, mesmo sem muita inspiração, ainda era melhor em campo e acabou chegando ao gol aos 41 minutos. Paulo Baier arrancou pelo meio, sem ser incomodado, abriu na ponta direita para Gabriel e correu para a área para completar, de cabeça, a jogada que ele iniciou. Rogério Ceni nem fez menção de ir na bola.


Ficha técnica:
ATLÉTICO - PR 1 x 0 SÃO PAULO
ATLÉTICO - PR
Galatto; Manoel, Fransérgio e Chico; Wesley, Rafael Miranda (Bruno Costa), Valência, Paulo Baier e Márcio Azevedo; Marcinho (Alex Mineiro) e Wallyson (Gabriel).
Técnico: Antônio Lopes.
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Andre Dias, Miranda e Renato Silva; Jean Richarlyson, Arouca, Jorge Wagner e Júnior Cesar; Washington (Borges) e Dagoberto (Hugo).
Técnico: Ricardo Gomes.
Gols: Paulo Baier, aos 41 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Paulo Baier, Chico, Valência (Atlético-PR), André Dias, Miranda, Borges, Dagoberto (São Paulo).
Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba. Data: 23/08/2009.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ).
Auxiliares: Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ) e Marco Aurelio dos Santos Pessanha (RJ).


FLUMINENSE 0X0 BARUERI
Fluminense só empata com o Barueri no Maracanã e permanece na lanterna



Com uma atuação muito ruim, o Fluminense só empatou sem gols neste domingo com o Barueri, no Maracanã, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor foi dominado na maior parte da partida e só não foi derrotado porque Thiago Humberto estava em um dia infeliz. O camisa 10 do Barueri perdeu três chances claras de gol durante a partida.

O Barueri terminou a partida com menos dois jogadores. Os zagueiros André Luiz e Diego foram expulsos no segundo tempo. Mas mesmo assim, o Fluminense não conseguiu se organizar em campo e criar jogadas de ataque. Com apenas 16 pontos, o Tricolor termina a rodada na última colocação da tabela e seis pontos atrás do Coritiba, o primeiro time da fora da zona de rebaixamento.

Na zona de rebaixamento há 11 rodadas, o Fluminense está em uma situação bem delicada. Pelos matemáticos, o time precisa de dez triunfos nas 17 partidas restantes na competição para se livrar da Série B. O Tricolor, até agora, só venceu três vezes após 21 rodadas.

O técnico Renato Gaúcho começa a ser questionado. Ele só venceu uma partida em dez jogos no comando do Fluminense neste Campeonato Brasileiro.

Na próxima rodada, o Fluminense vai até a Vila Belmiro enfrentar o Santos. A partida será no domingo, às 16h. Já o Barueri enfrenta o Corinthians, na quarta-feira, às 21h50m.



Primeiro tempo desastroso do Fluminense

O Fluminense entrou em campo no esquema 4-3-3, com Roni, Maicon e Kieza no ataque. Adeílson, que seria titular, sentiu uma lesão muscular pouco antes da partida. Mas apesar de a tática ser ofensiva, o que se via em campo era um time recuado, desorganizado, sem criar jogadas de ataque.

Eram muitos erros de passe. João Paulo estava perdido na esquerda. Ruy era perseguido pela torcida. E Fabinho e Diguinho não se entendiam no meio-campo. Até Dario Conca estava perdido. Logo, o Barueri começou a dominar a partida.

O primeiro chute veio aos cinco minutos. Bola fraca de Ralf que o goleiro Rafael defendeu sem problema no meio do gol. Pouco depois, uma grande oportunidade. Márcio Careca tocou para Thiago Humberto, que entrou livre na área e chutou em cima do goleiro Rafael. O camisa 1 tricolor espalmou para escanteio e salvou o time de sofrer o primeiro gol.

O Fluminense não tinha saída de bola e e deixava o técnico Renato Gaúcho ficava desesperado. Ele chutava o vento, gesticulava, gritava com os jogadores. Mas nada adiantava. O Barueri mandava na partida. Val Baiano recebeu livre na entrada da área, mas chutou mal. Rafael defendeu. Aos 33 minutos, bola cruzada para a área tricolor. André Luiz apareceu livre para cabecear. Para a sorte de Rafael, ela passou por cima do travessão.

O Fluminense só chegou com perigo aos 35 minutos. Maicon avançou pela direita, entrou na área e chutou rasteiro. A bola foi para fora, com o goleiro Renê em cima do lance. Foi a única chance tricolor em todo o primeiro tempo.

Aos 43 minutos um lance incrivel. Fabinho perdeu a bola no meio-campo e Thiago Humberto arrancou sozinho. Ele ficou na cara do goleiro Rafael e tinha Val Baiano livre do lado direito. Mas o meia preferiu chutar rasteiro. A bola foi para fora. Um gol inacreditável perdido pelo camisa 10 do Barueri. Após o lance, quase todos os jogadores do time paulista colocaram as mãos à cabeça sem acreditar (assista ao lance no vídeo ao lado). E as vaias e os protestos dos torcedores vieram com o fim do primeiro tempo. Alguns torcedores mostravam para os jogadores notas de R$ 1 e R$ 10 na descida para o vestiário.

Mesmo com dois a mais em campo, Tricolor não consegue vencer

O Fluminense voltou sem alterações para o segundo tempo. E continuou atuando muito mal. O cenário seguia sombrio como nos primeiros 45 minutos. O Barueri criava chances. Thiago Humberto chutou por cima do travessão. Val Baiano chegou tarde em um cruzamento.

A sorte tricolor é que Thiago Humberto estava em uma tarde muito infeliz. O meia tabelou com Val Baiano e entrou livre na área. Mas Rafael defendeu com os pés o chute do camisa 10. Logo depois, o meia recebeu outro passe de Val Baiano e da marca do pênalti bateu em cima de Luiz Alberto. Na sobra, o atacante do Barueri iria marcar o gol. Mas o chute bateu nas costas de Thiago Humberto e foi para fora. Impressionante o azar do camisa 10 do time paulista.

Renato Gaúcho resolveu então mudar. Tirou Roni e colocou Alan no time. De nada adiantou. O Barueri seguia dominando a partida. Mas para a sorte tricolor, o zagueiro Diego deu uma entrada maldosa em cima de Maicon e acabou expulso direto pelo árbitro.

Com um jogador a menos, o Fluminense partiu com tudo para cima. Mais na vontade do que com organização. Aos 34 minutos, Renê saiu mal do gol. Ruy conseguiu chegar primeiro na bola e tocar por cobertura. O goleiro se esticou todo e tocou na bola, que ainda bateu no travessão. Por muito pouco não saiu o gol tricolor.

O Barueri, porém, não estava entregue. Em um contra-ataque, Márcio Careca avançou bem pela esquerda e chutou da entrada da área. O goleiro Rafael pulou no ângulo direito e espalmou para escanteio.

No final, o zagueiro André Luiz ainda foi expulso por falta dura em Maicon. Mas o Fluminense não conseguiu aproveitar a superioridade numérica. E o placar não saiu do 0 a 0 para o desespero dos torcedores.


Ficha técnica:
FLUMINENSE 0 x 0 BARUERI
FLUMINENSE
Rafael; Ruy, Cássio, Luiz Alberto e João Paulo (Marquinhos); Fabinho (Carlos Eduardo), Diguinho e Darío Conca; Maicon, Kieza e Roni (Alan).
Técnico: Renato Gaúcho.
BARUERI
Renê; André Luiz, Diego e Xandão; Marcos Pimentel e Ralf, João Vítor, Thiago Humberto (Daniel Marques) e Márcio Careca; Flavinho (Basílio) e Val Baiano (Otacílio Neto).
Técnico: Diego Cerri.
Cartões amarelos: André Luiz, Flavinho (Barueri); João Paulo, Cássio, Alan, Kieza, Marquinhos (Fluminense).
Cartão vermelho: Diego e André Luiz (Barueri).
Estádio: Maracanã. Data: 23/08/2009.
Árbitro: Paulo Henrique Bezerra.
Auxiliares: Alcides Pazetto (SC) e Claudemir Maffessoni (SC).


AVAÍ 3X0 FLAMENGO
Avaí bate com facilidade o desmantelado Flamengo e entra no G-4



O Avaí provou mais uma vez que não é apenas um "fogo de palha". Neste domingo, a equipe catarinense venceu com facilidade o Flamengo por 3 a 0 e agora está há 11 rodadas sem perder. Com 34 pontos, o time consegue entrar no grupo dos classificados para a Libertadores de 2010 (quarto lugar). Luis Ricardo, Léo Gago e Fabinho Capixaba fizeram os gols.

Com a mais uma derrota, a terceira seguida,o Rubro-Negro permanece com 27 pontos e cai para a 14ª posição do Campeonato Brasileiro. A equipe carioca mais uma vez sofreu muito com o desentrosamento causado pela grande quantidade de desfalques (nove para este jogo). O novo fracasso deixa o Fla com o alerta mais ligado do que nunca, já que a zona de rebaixamento começa a ficar muito próxima.

Na próxima rodada, sábado, às 18h30m, o Avaí vai até Curitiba enfrentar o Coritiba. No mesmo dia e no mesmo horário, o Flamengo recebe o Santo André no Maracanã.

Fla não é páreo para o Avaí



Cheio de confiança com a boa fase que vive, o Avaí mostrou que estava disposto a dominar a partida desde o início. Logo aos quatro minutos, a desentrosada e mau posicionada defesa do Flamengo aprontou a primeira. Wellinton e Bruno não se entenderam na hora de cortar uma bola cabeceada por Marquinhos e quase entregaram o gol para o o atacante William. Mas os catarinenses não demorariam a abrir o placar. Aos sete minutos, o Avaí bateu curto o escanteio e o Fla ficou só olhando. Muriqui cruzou rasteiro e Luis Ricardo desviou para o fundo da rede: 1 a 0.

Atrás no placar, o Rubro-Negro conseguiu uma ótima chance de igualar o marcador aos 11 minutos. Zé Roberto cruzou da esquerda e a bola sobrou para Adriano na segunda trave. O Imperador, no entanto, se enrolou na hora do domínio e perdeu a oportunidade. Um minuto depois, mais um problema de lesão para o técnico Andrade: Everton Silva machucou a coxa esquerda e foi substituído pelo jovem Rafael Galhardo.

Quando tentava equilibrar o jogo, o Flamengo levou outro duro golpe. Aos 30 minutos, Léo Gago, sem marcação, arriscou de longe e se deu bem. A bola desviou no meio do caminho em Everton e matou o goleiro Bruno: 2 a 0. Quando a fase é ruim...

Cansado de errar passes, o Fla quase viu o Avaí ampliar aos 45 minutos. Luis Ricardo penetrou na área como quis e chutou de perna esquerda, mas Bruno conseguiu fazer a defesa.

Avaí tira o pé do acelerador. Mas amplia

Na volta do intervalo, o técnico Andrade tirou Rômulo e colocou Camacho para tentar organizar o meio de campo. E, apesar de mais atrás por causa da vantagem feita no primeiro tempo, foi o Avaí que teve uma ótima chance de fazer o terceiro. Aos sete, o ex-rubro-negro Eltinho desceu pela esquerda e cruzou na medida para Luis Ricardo. Ele desviou de primeira e a bola passou rente à trave de Bruno. Aos 11, o Fla conseguiu uma rara boa trama de ataque. Everton cruzou para Denis Marques, que, de cabeça, mandou para trás. Wellinton mandou uma bomba da entrada da área e a bola passou raspando o travessão.

Aos 17, o Rubro-Negro assustou em uma falta na entrada da área sofrida por Denis Marques. Rafael Galhardo cobrou com categoria, mas o goleiro Eduardo Martini voou e fez boa defesa. Para piorar a situação do time e do técnico Andrade, o volante Willians foi expulso aos 25 minutos.

Apesar de acomodado e só esperando o tempo passar, o Avaí conseguiu matar o jogo aos 32 minutos. Muriqui achou Fabinho Capixaba sozinho na direita. O lateral, de frente para o goleiro Bruno, teve tempo de dominar e equilibrar antes de fuzilar o camisa 1 do Flamengo: 3 a 0.

Os visitantes ainda tentaram até o fim diminuir o prejuízo mas, desorganizados, não conseguiram ameaçar o adversário. Antes de o apito final, Adriano levou o seu terceiro cartão amarelo e não vai enfrentar o Santo André na próxima rodada.


Ficha técnica:
AVAÍ 3 x 0 FLAMENGO
AVAÍ
Eduardo Martini; Rafael (Roberto), Émerson e Augusto; Luis Ricardo (Caio), Léo Gago, Ferdinando, Marquinhos e Eltinho; Muriqui e William (Fabinho Capixaba).
Técnico: Silas.
FLAMENGO
Bruno, Wellinton, Rômulo (Camacho) e Ronaldo Angelim; Everton Silva (Rafael Galhardo), Lenon, Willians, Zé Roberto e Everton; Denis Marques (Alex Cruz) e Adriano.
Técnico: Andrade.
Gols: Luis Ricardo, aos sete, e Léo Gago, aos 30 minutos do primeiro tempo. Fabinho Capixaba, aos 32 minutos da segunda etapa.
Cartões amarelos: Eltinho, Ferdinando, Emerson, Léo Gago (AVA); Zé Roberto, Willians, Lenon, Wellinton, Adriano (FLA).
Cartão vermelho: Willians (FLA)
Estádio: Ressacada. Data: 23/08/2009.
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira.
Auxiliares: Nilson de Souza Monção e Vicente Romano Neto.


GOIÁS 2X1 SANTOS
No Serra Dourada, Goiás despacha o Santos e segue na cola do Verdão



O Goiás acabou com os cinco jogos de invencibilidade do Santos neste Brasileirão, venceu por 2 a 1, neste domingo, no Serra Dourada, em Goiânia, e se isolou na vice-liderança da competição, com 38 pontos. A equipe esmeraldina está dois pontos atrás do líder Palmeiras e dois à frente do São Paulo, terceiro colocado. Já o Peixe estaciona nos 28 pontos e está em 11º lugar. No vídeo ao lado, confira o gol de Vítor, que abriu caminho para a vitória do Goiás.

Com o resultado, o time esmeraldino confirma sua fama de carrasco santista. Agora, são 36 jogos entre as duas equipes válidos pelo Brasileirão. O Peixe venceu apenas oito vezes: são 15 empates e 13 vitórias do Goiás. Nenhuma outra equipe da Série A leva tanta vantagem sobre o Santos no histórico de confrontos pela competição nacional.

O Goiás volta jogar no próximo domingo, às 18h30m (horário de Brasília), contra o Internacional, em Porto Alegre. Já o Peixe joga quarta-feira, às 21h, na Vila Belmiro, também contra o Colorado. O jogo é válido pela 16ª rodada e foi remarcado porque o time gaúcho estava disputando um torneio no Japão.

Goiás sai na frente, mas Santos equilibra

O Santos tentou controlar o jogo no início, marcou bem pelo meio e se lançou ao ataque com a velocidade de Madson. Tanto que chegou até a ameaçar primeiro, quando o baixinho fez jogada individual pela direita, aos nove, e mandou uma bomba da entrada da área. A bola passou bem perto da trave esquerda.

Mas o time da casa não se assustou. Conseguiu se assentar em campo e passou a dar as cartas no meio-de-campo, abrindo a defesa santista graças à movimentação constante do trio formado pelo ala direito Vítor e pelos atacantes Iarley e Felipe. Aos 11, o goleiro Felipe conseguiu salvar o Peixe espalmando uma bomba de Iarley. Mas, aos 19, não teve jeito. Iarley recebeu na meia-lua e escorou para Vítor mandar a bomba de direita. Felipe se esticou todo, mas não conseguiu chegar perto (assista ao lance no vídeo acima).

Após o gol, o Goiás aumentou a pressão e chegou a acuar o Peixe, que se retraiu na esperança de encaixar algum contra-ataque. Como o Esmeraldino foi todo à frente, apareceram espaços para os visitantes trocarem passes quando conseguiam sair. Até que, aos 29, veio o empate. Paulo Henrique acertou um belo passe para Kléber Pereira, que entrou pela direita e chutou forte e rasteiro. A bola ainda bateu em Harley, mas acabou entrando.

Empatada a partida, o Peixe passou a mandar no meio-de-campo, envolvendo a marcação adversária. Faltou, porém, maior capricho no passe final.

Esmeraldino aperta e garante a vitória

O Goiás voltou para o segundo tempo com apetite, foi para cima, pressionou e conseguiu ficar em vantagem novamente, logo aos cinco minutos. Após cobrança de escanteio da direita, Fabão cortou e a bola sobrou para Felipe, que limpou a marcação e mandou a bomba de fora da área. Seu xará santista voou, mas novamente não chegou sequer perto: 2 a 1.

O esmeraldino seguia em cima. Como o Peixe saiu para tentar o empate, mais uma vez, sobravam espaços para o time da casa criar jogadas. Aos 12, Júlio César pegou a bola pela meia direita e tentou chutar colocado, de canhota. Acabou acertando a trave.

Aos poucos, o Peixe foi se soltando e equilibrou o jogo novamente. A partir dos 15 minutos, a equipe paulista passou a rondar mais a área adversária, principalmente em jogadas de bola parada, mas faltava concluir as jogadas: a zaga do Goiás conseguia sempre levar a melhor.

Aos 20 minutos, as duas esperadas estreias. Fernandão, do Goiás, e Emerson, do Santos, entraram em campo. Fernandão, em melhor forma, ajudou na armação de jogadas, mostrou mobilidade. Já Emerson, visivelmente fora de forma, tinha dificuldade até para dominar a bola. Logo após essas alterações, a equipe da casa retomou o controle do jogo e criou boas chances, mas o goleiro Felipe fazia boas defesas. Uma delas, aos 20, num chute de seu xará Felipe.

Aos 27, um lance engraçado e esquisito: o goleiro santista foi repor a bola numa jogada de tiro de meta e escorregou. A chuva em Goiânia era muito forte e tornava o gramado bastante escorregadio. Mesmo com o goleiro tocando a bola, o árbitro Heber Roberto Lopes determinou a repetição da cobrança.

O Goiás continuava mais perigoso e criava chances, mas Felipe seguia salvando o Santos. Aos 40, em mais um duelo de Felipes, o santista levou a melhor, espalmando um chute cruzado de esquerda. Graças a seu goleiro, o Peixe escapou de perder por um placar elástico.

Aos 41, o zagueiro João Paulo, do Goiás, fez falta em Madson e, como já tinha o amarelo, acabou expulso. Com jogador a mais, o Peixe apertou no fim, jogou várias bolas na área esmeraldina, mas não conseguiu empatar a partida.


Ficha técnica:
GOIÁS 2 x 1 SANTOS
GOIÁS
Harlei, Rafael Tolói, João Paulo e Ernando; Vítor, Ramalho (Everton), Amaral, Léo Lima (Fernandão) e Júlio César; Felipe e Iarley (Felipe Menezes).
Técnico: Hélio dos Anjos.
SANTOS
Felipe, George Lucas, Fabão, Eli Sabiá e Pará (Triguinho); Rodrigo Mancha (Emerson), Rodrigo Souto, Germano (Neymar) e Paulo Henrique Ganso; Madson e Kléber Pereira.
Técnico: V. Luxemburgo
Gols: Vítor, aos 19, Kléber Pereira, aos 29 do primeiro tempo; Felipe, aos 5 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Iarley, João Paulo, Rafael Tolói (Goiás), Pará, Germano, Rodrigo Souto (Santos).
Cartão vermelho: João Paulo (Goiás).
Estádio: Serra Dourada, em Goiânia. Data: 23/08/2009.
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR).
Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Marcia Bezerra Lopes Caetano (RO).


CRUZEIRO 4X2 NÁUTICO
Wellington Paulista marca três vezes, e Cruzeiro vence o Náutico no Mineirão



Com direito a um gol-relâmpago, o atacante Wellington Paulista marcou três vezes na vitória do Cruzeiro sobre o Náutico por 4 a 2, neste domingo, no Mineirão, em partida válida pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, e frustrou o sonho dos recifenses de deixar a zona de rebaixamento. A partida, que não contou com a presença do atacante cruzeirense Kleber, que tem uma pubalgia e também estaria envolvido em negociações com o Porto, teve a estreia do equatoriano Guérron e foi interrompida duas vezes por conta da queda de energia no estádio.

Com o resultado, a Raposa chegou à 12ª colocação, com 27 pontos. O Timbu segue em 17º, com 21.

Na quinta-feira, o Cruzeiro enfrenta o Botafogo, no Rio de Janeiro, às 21h, em partida válida pela 11ª rodada. O Náutico recebe o Atlético-PR nos Aflitos, às 18h30m.

Primeira etapa repleta de gols

O Cruzeiro saiu na frente com apenas 15 segundos de bola rolando. Gilberto recebeu pela direita, foi à linha de fundo, se livrou do zagueiro e fez o cruzamento para o cabeceio certeiro de Wellington Paulista, que se antecipou a Asprilla e abriu o placar, marcando o gol mais rápido desta edição do Brasileirão. A Raposa esteve perto de ampliar aos cinco minutos. Diego Renan roubou a bola no meio-campo, rolou para Fabrício, que foi à linha de fundo e cruzou para Thiago Ribeiro, mas o atacante chutou em cima do goleiro Gledson.

No contra-ataque, Gilmar invadiu a área pela esquerda e foi derrubado por Gil, aos seis. O árbitro assinalou pênalti e, na cobrança, o próprio atacante mandou no canto esquerdo de Fábio e empatou.

Apesar da igualdade no placar, o time mineiro era visivelmente superior em campo. Aos 12, Gilberto cobrou falta da entrada da área e obrigou o goleiro alvirrubro a fazer boa defesa. O segundo gol cruzeirense veio aos 29, e foi um golaço. De fora da área, Fabrício mandou uma bomba no ângulo direito de Gledson e ampliou.

O Náutico poderia ter empatado na sequência, com Carlinhos Bala. Mas o atacante alvirrubro desperdiçou chance incrível dentro da área, aos 30

Se aproveitando bem dos espaços, a equipe celeste insistia no ataque. Aos 34, Henrique tentou driblar Vagner dentro da área e sofreu o pênalti. Wellington Paulista cobrou alto, no meio do gol, e marcou o terceiro. Thiago Ribeiro ainda desperdiçou a chance de marcar o quarto, aos 43. O atacante recebeu na frente e chutou cruzado da entrada da área, mas a bola saiu à direita da meta recifense.

Luz apagada e queda de ritmo

Quando os jogadores das duas equipes já estavam de volta ao gramado para a segunda etapa, uma queda de energia retardou o reinício do jogo. Foram necessários cerca de 30 minutos para que houvesse iluminação suficiente para o prosseguimento da partida. O técnico Geninho foi o único a mexer em sua equipe no intervalo e pôs o uruguaio Acosta no lugar de Juliano.

Mas se o primeiro tempo foi repleto de gols desde o início, na metade final os lances de ataque foram mais raros.

Aos 13, Jancarlos fez boa jogada individual pela direita e cruzou rasteiro, mas a bola atravessou a área e passou por Thiago Ribeiro, que não conseguiu desviar para o gol. O técnico Adilson Batista já passava orientações para o equatoriano Guerrón quando as luzes do Mineirão voltaram a se apagar, aos 15. A partida foi retomada dez minutos depois, e o atacante equatoriano pôde, enfim, fazer sua estreia pelo Cruzeiro.

Um lance curioso aconteceu aos 38, quando o alvirrubro Anderson Santana deu um lençol em Marquinhos Paraná e emendou com o “drible da foquinha”, que ficou famoso justamente com o ex-cruzeirense Kerlon.

O ritmo da partida caiu vertiginosamente na etapa final, e o estreante Guerrón aproveitou para mostrar serviço. Aos 49, o equatoriano cruzou da direita para Wellington Paulista, de cabeça, marcar mais um. Aos 53, em sua única chance de marcar no segundo tempo, o Náutico descontou, com Carlinhos Bala, que recebeu na área e estufou as redes.


Ficha técnica:
CRUZEIRO 4 x 2 NÁUTICO
CRUZEIRO
Fábio, Jancarlos, Gil, Leonardo Silva e Diego Renan; Marquinhos Paraná, Fabrício, Henrique e Gilberto (Soares); Wellington Paulista e Thiago Ribeiro (Guerrón).
Técnico: Adilson Batista.
NÁUTICO
Gledson, Vágner Silva, Asprilla e Anderson Santana; Patrick (Sidny), Nílson (Rudnei), Derley, Juliano (Acosta) e Michel; Carlinhos Bala e Gilmar.
Técnico: Geninho.
Gols: Wellington Paulista, aos 15 segundos, Gilmar, aos seis, Fabrício, aos 29 e Wellington Paulista aos 36 minutos do primeiro tempo; Wellington Paulista, aos 49, e Carlinhos Bala, aos 53 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Gil, Marquinhos Paraná, Wellington Paulista e Henrique (Cruzeiro); Vágner Silva, Derley, Michel, Nílson e Carlinhos Bala (Náutico).
Estádio: Mineirão. Data: 23/08/2009.
Árbitro: Pablo dos Santos Alves.
Auxiliares: Marcelo Braz Mariano (RJ) e Emerson Augusto de Carvalho (SP).