Sport domina o jogo, mas Atlético-MG arranca empate em bola parada
O Sport foi até o Mineirão, dominou boa parte do jogo, mas viu o Atlético-MG reagir no segundo tempo e o jogo acabar empatado por 1 a 1, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. O boliviano Arce abriu o placar logo após o intervalo, mas Renan Oliveira, que entrou na etapa final, deixou tudo igual.
O resultado faz com que o Atlético ganhe a quinta colocação do Avaí. Ambos têm 34 pontos, mas o Galo leva vantagem no número de gols marcados. Já o Rubro-Negro permanece em situação complicada no campeonato. Em 19º lugar, subiu para 17 pontos, mas está a sete do último clube fora da zona de rebaixamento.
O jogo
Foi um primeiro tempo em que era o Sport que parecia ser o dono da casa. Inoperantes por conta da forte marcação da equipe pernambucana, os mineiros não deram um chute sequer. E pior, viram o Leão dar sustos no goleiro Bruno.
Os dois primeiros lances de perigo foram bem parecidos, com os jogadores de ataque aparecendo nas costas da zaga e perdendo as chances. Aos 16, Hamílton tocou para Arce, que chutou cruzado, rasteiro. A bola passou raspando a trave direita. Depois, aos 28, foi a vez de Wilson aproveitar corte mal feito por Welton Felipe e quase acertar o canto direito.
Com dois zagueiros e três volantes, esquema diferente do que utilizava no início do campeonato, o Sport seguia neutralizando os rivais e conseguindo boas investidas. Aos 33, Luciano Henrique recebeu próximo ao bico esquerdo da grande área e chutou para o gol. Bruno não alcançou, e a bola saiu à esquerda.
A irritação com o time atleticano era tanta que o técnico Celso Roth decidiu fazer uma substituição antes mesmo do intervalo. O jovem Felipe entrou no lugar de Tchô. Mas o Sport foi quem teve a última chance na etapa. Elemento surpresa, Andrade apareceu na área e mandou uma bomba. Bruno espalmou para frente, a bola voltou para o volante e ele desta vez isolou.
Sport marca no início, Galo responde
Roth tentou mudança ainda mais radical no intervalo. Tirou o zagueiro Alex Bruno e colocou o atacante Rentería. Entretanto, no primeiro minuto o Sport abriu o placar. Andrade bateu falta da intermediária e acertou a trave direita. Arce pegou o rebote e mandou para o gol.
O Galo até tentou responder na sequência, aos quatro. Thiago Feltri cruzou, e Tardelli desviou, acertando a trave direita. Mas o panorama pouco mudou. O Sport seguiu melhor e continuava criando as oportunidades. Com 13 minutos, Luciano Henrique aproveitou nova falha da defesa atleticana, chegou à linha de fundo pela esquerda e cruzou para trás. Arce, de frente para o gol, chutou em cima de Welton Felipe.
Aos 23, de novo o Sport. Luciano Henrique puxou contra-ataque e tocou para Moacir na direita. O volante, que atuou na lateral neste domingo, chutou assim que entrou na área. Bruno fez a defesa em dois tempos.
Como se fosse um castigo por perder tantos gols e não aproveitar o domínio, o Sport acabou sofrendo o gol de empate aos 30. Evandro bateu escanteio da esquerda, Rentería subiu para disputar bola no alto, e a bola sobrou na segunda trave para Renan Oliveira desviar para o gol.
Apesar do gol, o Sport seguiu na mesma batida. Já nos acréscimos, teve dois gols anulados, ambos porque Ciro completou para o gol em posição de impedimento. E depois ainda perdeu um gol incrível com Wilson. Ele apareceu cara a cara com Bruno e chutou em cima do goleiro atleticano.
Ficha técnica:
ATLÉTICO - MG 1 x 1 SPORT
ATLÉTICO - MG
Bruno, Werley, Welton Felipe e Alex Bruno (Rentería); Carlos Alberto, Renan, Tchô (Felipe), Evandro e Thiago Feltri; Éder Luís (Renan Oliveira) e Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth.
SPORT
Magrão, Moacir, Igor, Durval e Dutra; Andrade (Juliano), Hamílton, Sandro Goiano e Luciano Henrique (Juninho); Arce (Ciro), Wilson.
Técnico: Péricles Chamusca.
Gols: Arce, a um minuto, Renan Oliveira, aos 30 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Alex Bruno, Evandro, Felipe, Carlos Alberto (Atlético-MG); Hamílton, Moacir, Sandro Goiano (Sport).
Estádio: Mineirão. Data: 30/08/2009.
Árbitro: Paulo Cesar Oliveira (Fifa-SP).
Auxiliares: Nilson de Souza Monção (SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP).
SANTOS 2X0 FLUMINENSE
Dupla sub-20 do Santos marca de cabeça e deixa Flu abandonado na lanterna
O Santos não precisou de brilhantismo para vencer o Fluminense por 2 a 0, neste domingo, na Vila Belmiro. Bastaram cabeçadas precisas de dois jogadores sub-20. Uma do atacante André, de 18 anos, e outra de Ganso, de 19. A partida foi válida pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O resultado põe o Peixe na nona posição, com 32 pontos e o posiciona na rota do G-4. Mas, apesar da vitória, o time passou por alguns apuros na segunda etapa. Emerson, ex-Milan, foi titular e participou de 45 minutos.
A 12ª derrota em 22 jogos mantém a agonia do Fluminense na classificação. O time está na lanterna com 16 pontos e vê o início da zona de rebaixamento cada vez mais distante. No momento, o 16ª colocado, Santo André, tem 24 pontos.
A esperança tricolor reside nos reforços. Ainda há quatro deles para estrear: Urrutia, Paulo César, Fábio Neves e Ezequiel Gonzalez. Nesta semana, a delegação fará um retiro em Itu, no interior de São Paulo, em busca de inspiração para a reabilitação.
Confira a tabela de classificação do Brasileiro
Na próxima rodada, o time do litoral paulista joga o clássico contra o Corinthians, quarta-feira, no Pacaembu. Já o Flu terá o próximo compromisso no domingo contra o Náutico, no Maracanã.
Bom da cabeça
Por pouco, André, o substituto do suspenso Kleber Pereira, não dá o primeiro toque na bola comemorando um gol. Aos dois, ele aproveitou cruzamento de Madson e completou por cima. A resposta do Fluminense foi instantânea. Luiz Alberto recebeu na pequena área uma bola levantada por Conca, mas se atrapalhou e perdeu a chance.
Aos cinco, novamente em um cruzamento, Domingos apareceu livre na marca do pênalti e cabeceou. Rafael se esticou e espalmou para escanteio. O goleiro tricolor apareceu de novo para salvar uma finalização de Madson, aos sete minutos.
O ritmo frenético das equipes diminuiu aos poucos e os lances de gol foram trocados por faltas, empurrões e cinco cartões amarelos. Somente aos 41 o Santos voltou a ameaçar. Léo recebeu na esquerda, cortou para o meio, bateu rasteiro e Rafael abaixou-se e defendeu. De tanto insistir, os mandantes abriram o placar aos 44, mas em um lance que irritou os tricolores. Luiz Alberto foi reclamar de uma marcação errada do árbitro Evandro Roman e foi punido com falta técnica. George Lucas cobrou o lance, Fabinho somente olhou e André apareceu na segunda trave para cabecear e vencer Rafael.
No intervalo, Luiz Alberto e o técnico Renato Gaúcho foram interpelar Roman por causa do lance.
- É uma vergonha. Fui pedir para ele prestar atenção e o juiz deu falta – afirmou o capitão do Flu.
Flu esbarra nas próprias limitações
Estreante no Peixe, Emerson pediu para sair e não voltou para o segundo tempo. O Fluminense, por sua vez, partiu para o tudo ou nada. Diogo teve a chance de empatar aos três, mas Germano conseguiu bloqueá-lo. Gum, aos 11, também passou perto em cabeçada à direita do gol de Felipe.
A principal chance caiu da igualdade nos pés de Kieza, aos 19. Ele recebeu, iludiu Domingos, mas de frente para o gol chutou torto. Em outra jogada de bola parada, aos 29, George Lucas cruzou para a área e Ganso desviou para ampliar: 2 a 0 Santos. Daí para frente, o Fluminense teve de ouvir "olé" e repetiu a desorganização que lhe é peculiar na trajetória neste Brasileiro.
Ficha técnica:
SANTOS 2 x 0 FLUMINENSE
SANTOS
Felipe; George Lucas, Eli Sabiá, Domingos e Léo; Rodrigo Souto, Emerson (Alan), Germano, Paulo Henrique Ganso Madson; André (Neymar).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
FLUMINENSE
Rafael, Ruy, Gum, Luiz Alberto e João Paulo (Maicon); Fabinho, Diguinho, Diogo e Conca; Kieza e Roni.
Técnico: Renato Gaúcho.
Gols: André, aos 44 minutos do primeiro tempo; Ganso, aos 29 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Emerson, Madson, Alan, Rodrigo Souto (Santos); Diguinho, Ruy, Luiz Alberto (Fluminense).
Estádio: Vila Belmiro. Data: 30/08/2009.
Árbitro: Evandro Rogerio Roman (PR).
Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Altemir Hausmann (RS)
SÃO PAULO 0X0 PALMEIRAS
Em tarde de goleiros, clássico paulista fica no empate no Morumbi
Com Vagner Love como espectador, São Paulo e Palmeiras não saíram do 0 a 0 na tarde deste domingo, no Morumbi, pelo Brasileiro. Rogério Ceni e Marcos - principalmente este - foram muito exigidos durante a partida e impediram que houvesse um vencedor. Mas também foram ajudados pela pontaria ruim que assolou os jogadores dos dois lados.
A distância de quatro pontos entre as equipes se manteve, mas o São Paulo caiu uma posição, indo para o quarto lugar (com 37). O Palmeiras, com 41, continua em primeiro, aumentando para três pontos a sua vantagem sobre o vice-líder, o Goiás.
Na próxima rodada, o time do Palestra Itália recebe o Barueri às 18h30m de sábado. No dia seguinte, o São Paulo encara o Cruzeiro no domingo, às 16h, no Mineirão.
Muito trabalho para Marcos
O clássico foi assunto durante a semana toda por vários aspectos: o reencontro do alviverde Muricy Ramalho com o ex-clube, o duelos das melhores defesas do Brasileiro e a marca histórica de Rogério Ceni, que ultrapassou Zinho e hoje é o atleta com mais partidas na competição. Na entrada de Muricy no gramado, houve algumas vaias.
O treinador preparou um Palmeiras no 4-4-2, mas logo perdeu Maurício Ramos, machucado, aos 21 minutos. Colocou Marcão pela esquerda, recuou Edmílson para a função de líbero e soltou Armero para explorar os espaços deixados por Jean, que não é lateral de origem.
Antes mesmo de fazer a substituição, o Verdão teve a primeira chance do jogo, aos quatro minutos. Rogério Ceni recebeu na fogueira e não conseguiu repor a bola, que ficou com Diego Souza. Ele tocou para Armero tentar de primeira, balançando a rede pelo lado de fora.
Washington deu o troco aos 12, com um chute forte, por cima do travessão. Aos 16, Jorge Wagner tentou marcar, mas Marcos se destacou com boa defesa. O ídolo foi novamente exigido em uma boa jogada de Dagoberto.
Depois da mudança no Palmeiras, Washington deu um grande susto em Marcos com uma bomba da entrada da área, após passe de calcanhar de Dagoberto. O goleiro se esticou todo e impediu o gol tricolor. O camisa 9, aliás, chegou a sentir dores nas costas após o lance, e Borges se preparou para entrar, mas o centroavante se recuperou e seguiu na partida.
Depois de um Palmeiras com todo o gás, o São Paulo melhorou na sequência da primeira etapa e fez valer a força de anfitrião, mas ainda não foi o suficiente para tirar o placar do zero.
Ceni aparece, mas Marcos segue com mais trabalho
Se havia melhorado no primeiro tempo, o dono da casa viu a situação ficar ruim no segundo. Hernanes, sentindo dores no joelho, não voltou e foi substituído por Arouca. Muricy resolveu tirar Ortigoza e colocar Souza. Ganhou um jogador no meio e mandou que Diego Souza e Cleiton Xavier explorassem as pontas e encostassem em Obina.

A estratégia palmeirense começou a dar resultado. O time passou a criar as melhores chances. Aos seis minutos, Diego Souza arriscou e viu Ceni ficar com a bola. Um minuto depois, Obina tentou aproveitar um cruzamento e mandou por cima do travessão, deixando a zaga são-paulina ainda mais ligada. O camisa 1 tricolor passou a se destacar também, assim como Marcos já fazia desde o início.
Ricardo Gomes pôs Borges na partida aos 13 minutos, e Washington ouviu algumas vaias, como vem acontecendo em confrontos no Morumbi. Sem muita paciência, a torcida tricolor estava mais apreensiva pela necessidade de vencer a partida e impedir que o Palmeiras abrisse uma larga vantagem na liderança. Os torcedores visitantes estavam mais contentes. Arouca levantou o ânimo dos são-paulinos aos 21, com um chute muito forte da intermediária. Marcos precisou espalmar.
Miranda ainda tentou furar o bloqueio palmeirense em uma cabeçada, aos 24. Jorge Wagner resolveu correr para tentar deixar o São Paulo à frente por duas vezes: em ambas ele tocou para Junior Cesar, que não teve sucesso na continuidade da jogada. Insatisfeito com o empate em casa, Gomes tentou uma última cartada, substituindo Dagoberto por Hugo. Enquanto o jogador se preparava para entrar, Arouca conseguiu mais uma arrancada e passou para Borges na entrada da área. O camisa 17 isolou a bola, irritando a torcida.
O chute sem direção de Jean, que recebeu a bola em boa posição na área, foi a gota d'água para muitos são-paulinos, que começaram a deixar o estádio. Danilo fez Ceni trabalhar aos 39, com uma cabeçada. A última boa chance foi uma cobrança de Jorge Wagner, mas o jogador desperdiçou a oportunidade, acertando a barreira. O placar se manteve intacto e os donos da casa lamentaram mais o resultado - o mesmo do primeiro turno, no Palestra Itália.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 0 x 0 PALMEIRAS
SÃO PAULO
Rogério Ceni, André Dias, Renato Silva e Miranda; Jean, Hernanes (Arouca), Richarlyson, Jorge Wagner e Junior Cesar; Dagoberto e Washington (Borges).
Técnico: Ricardo Gomes.
PALMEIRAS
Marcos, Wendel, Maurício Ramos (Marcão), Danilo e Armero; Edmílson, Pierre. Cleiton Xavier (Deyvid Sacconi) e Diego Souza, Ortigoza (Souza) e Obina.
Técnico: Muricy Ramalho.
Cartões amarelos: Miranda, Jorge Wagner (São Paulo); Diego Souza, Obina (Palmeiras).
Estádio: Morumbi. Data: 30/08/2009.
Árbitro: Heber Roberto Lopes.
Auxiliares: Vicente Romano Neto (ES) e Ednilson Corona (SP).
Renda e público: R$ 1.412.320,00/ 41.083 pagantes
INTERNACIONAL 4X0 GOIÁS
Fernandão é expulso no começo do jogo, e Internacional goleia Goiás no Beira-Rio
Em um jogo repleto de ingredientes, entre eles a expulsão de Fernandão com apenas 13 minutos, o Internacional goleou o Goiás por 4 a 0 neste domingo, no Beira-Rio, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. O capitão colorado na conquista do Mundial de clubes em 2006 voltava ao estádio, agora atuando como adversário. Recebido entre vaias e aplausos, ele entrou pela primeira vez como titular do time goiano e deixou o campo após falta em Magrão.
Na equipe gaúcha, a partida marcou a estreia do atacante Edu e o retorno do zagueiro Fabiano Eller, que também era do Colorado na campanha histórica de 2006. Mas os autores dos gols foram Marquinhos, Guiñazu, Giuliano e Kléber.
Com o resultado, o Colorado subiu da quarta para a terceira colocação, com 37 pontos, ultrapassando o São Paulo no número de vitórias (11 a 10). O Esmeraldino ainda é segundo, com 38, três a menos que o líder Palmeiras.
O Internacional, que ainda tem um jogo a menos na tabela, volta a campo às 21h de quarta-feira para enfrentar o Atlético-MG. No domingo, já pela 23ª rodada, encara o Avaí, na Ressacada, às 18h30m. No mesmo dia, mas às 16h, o Goiás recebe o Coritiba no Serra Dourada.
Fernandão deixa o campo quando o Goiás já estava perdendo
O Internacional abriu o placar em Porto Alegre em seu primeiro ataque perigoso, aos cinco minutos. Giuliano rolou na área para Marquinhos, que deu um bonito drible em cima de Ernando e tocou com categoria na saída de Harlei.
Aos 13 minutos, um lance polêmico. Tentando sair da marcação, Fernandão atingiu o volante Magrão com o braço direito. O árbitro entendeu que houve agressão na jogada e deu cartão vermelho para o atleta do Goiás, que saiu de campo visivelmente desolado.
O Colorado se aproveitou do momento de instabilidade do adversário e ampliou logo em seguida, aos 15. Após passe de Marquinhos, Guiñazu recebeu na entrada da área e teve tempo de sobra para escolher o canto esquerdo de Harlei: 2 a 0.
Na base do desespero, o técnico Hélio dos Anjos trocou Léo Lima por Everton Hora aos 20 minutos. Mas a modificação não surtiu muito efeito e o Inter continuou mandando na partida. Aos 31, Giuliano inaviu a área pela direita, se livrou da marcação de Leandro Euzébio e bateu no canto, mas a bola foi para fora.
Sem ser ameaçado pelo time visitante, o Inter ainda teve duas boas chances antes do intervalo. Harlei fez boa defesa aos 35 em chute de Kléber. Já aos 42, Edu limpou a jogada na área e bateu torto.
Inter aumenta vantagem e administra resultado no fim
Hélio dos Anjos estava com cara de poucos amigos na volta para o segundo tempo. O treinador reclamou de Ricardo Ribeiro e disse que o árbitro estava sob pressão, ainda em virtude dos episódios ocorridos na final da Copa do Brasil. Ricardo Ribeiro apitou o empate por 2 a 2 entre Inter e Corinthians em teve atuação questionada pelos colorados.
Quando a bola rolou para a etapa final, o time da casa fez o terceiro gol aos seis minutos. Marquinhos recebeu livre na área e tocou fraco, por cobertura. A bola estava indo para fora, mas Edu chegou a tempo e conseguiu cruzar para Giuliano, que completou de cabeça.
Aos dez, Kléber não ampliou por pouco. O lateral-esquerdo apareceu em velocidade e bateu com força, mas a bola tocou no travessão e subiu. Tímido no ataque até então, o Goiás chegou com perigo aos 15, quando Felipe cruzou e Leandro Euzébio cabeceou para fora.
Mesmo com a partida praticamente definida, o Inter não diminuiu o ritmo. O time criou uma jogada envolvente aos 22, quando a bola sobrou para chute de Magrão defendido por Harlei. Bolãnos também teve a chance do quarto, aos 28, mas bateu muito mal e jogou por cima.
Aos 34, porém, não teve jeito. Kléber aproveitou a desorganização da defesa visitante e marcou um lindo gol, tocando por cobertura. Quando a torcida já cantava feliz da vida, aos 40, Bolaños puxou contra-ataque e bateu para fora, desperdiçando a última das muitas oportunidades que o Inter criou na partida.
INTERNACIONAL 4 x 0 GOIÁS
INTERNACIONAL
Lauro, Bolívar, Índio (Danny Morais, Fabiano Eller e Kléber; Danilo Silva, Guiñazu, Magrão (Glaydson) e Giuliano; Marquinhos e Edu (Bolaños)
Técnico: Tite.
GOIÁS
Harlei, Valmir Lucas, Ernando e Leandro Euzébio; Vitor, Ramalho, Leo Lima (Everton Hora), Fernandão e Julio César; Felipe (Bruno Meneghel) e Iarley (Fernando)
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Marquinhos, aos cinco, Guiñazu, aos 15 minutos do primeiro tempo. Giuliano, aos 6 e Kléber, aos 34 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Fabiano Eller, Magrão e Glaydson (Inter)
Cartão vermelho: Fernandão (Goiás)
Estádio: Barradão. Data: 30/08/2009.
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (MG) e Helberth Costa Andrade (MG).
VITÓRIA 3X3 CRUZEIRO
Vitória empata com o Cruzeiro nos minutos finais de jogo no Barradão

Os grandes destaques do Cruzeiro foram o goleiro Andrey e o jogador Gilberto, que marcou seus primeiros gols depois de sua apresentação no clube. Pelo Vitória, Roger fez dois e foi decisivo na partida.
O próximo jogo do Vitória será contra o Grêmio, no próximo sábado, às 16h30, no Olímpico. Já a equipe do Cruzeiro recebe o São Paulo, às 16h, do mesmo dia.
Raposa marca no início
A torcida do Vitória ainda cantava, empolgada pelo início do jogo, quando o Cruzeiro marcou o seu primeiro gol. Era tudo o que os baianos não esperavam. Aos três minutos, Jancarlos chutou forte e, no rebote do goleiro Viafara, Gilberto finalizou com tranqüilidade.
A forte chuva que caiu momentos antes da partida fez o campo ficar muito pesado e dificultou muito a troca de passe dos jogadores. Mesmo assim, o Vitória se esforçou e partiu para o ataque. Ramon aproveitou a cobrança de uma falta, sua especialidade, e quase empatou o jogo. Andrey fez grande defesa e espalmou para escanteio.
O Vitória dominava a partida, mas sentia falta de um jogador mais veloz no meio. Leandro Domingues, que seria essa opção, foi impedido de entrar em campo, pois é atleta do Cruzeiro. A mesma situação de Apodi que nem no banco ficou. Aos 31, Ramon aproveitou um cruzamento pela esquerda e cabeceou. A bola passou raspando a trave do goleiro cruzeirense. Sete minutos depois, o arqueiro celeste fez outra boa defesa. Ele, que teve o dever de substituir Fábio, salvou o time depois de um chute forte de Neto Berola.
O Cruzeiro jogava no contra-ataque e teve tudo para ampliar o marcador se não fosse o bandeirinha que foi infeliz ao marcar impedimento de Thiago Ribeiro. O jogador saiu de seu próprio campo para receber um lançamento o que validava o lance.
Mais uma polêmica aos 40. Leandro aproveitou um sobra na área e marcou para o Vitória, mas o bandeirinha marcou impedimento. O lateral ficou indignado e foi tirar satisfações com o auxiliar. O técnico Vagner Mancini também não aceitou e os baianos saíram de campo reclamando muito da arbitragem do carioca Marcelo de Lima Henrique.
Muitos gols no segundo tempo
Os times voltaram sem modificações para o segundo tempo. O Vitória continuou melhor e teve sua primeira oportunidade aos 15 minutos. Depois de um cruzamento pela esquerda, Neto Berola driblou o goleiro, mas ficou desequilibrado na hora de finalizar e acabou desperdiçando uma bela chance.
A torcida que já estava impaciente ficou mais tensa aos 18. Fabrício avançou pelo meio, entrou na área e foi derrubado. Pênalti para o Cruzeiro. Gilberto cobrou com categoria e fez seu segundo gol na partida.
O Vitória precisava diminuir o mais rápido possível para ter chances de conseguir uma virada e conseguiu três minutos depois. Ramon cobrou falta e o artilheiro Roger marcou de cabeça para fazer a festa dos torcedores. O técnico Vagner Mancini aproveitou para colocar o time mais para frente. Jackson entrou no lugar de Nino.
Aos 31, a Raposa aproveitou mais um contra-ataque e aumentou. Fabrício recebeu passe pela direita e cruzou para Thiago Ribeiro completar para o fundo das redes.
O jogo que parecia perdido para o Vitória começou a se modificar aos 40. Ramon aproveitou passe na área, girou e diminuiu. A torcida levantou e começou a apoiar o time. Aos 43 minutos veio o que todos esperavam. Roger foi lançado pela direita, chutou forte para empatar e fazer os torcedores vibrarem muito. Mesmo com o empate, o time baiano saiu de campo comemorando muito a reação nos minutos finais.
Ficha técnica:
VITÓRIA 3 x 3 CRUZEIRO
VITÓRIA
Viafara; Leandro (Elkeson), Anderson Martins, Fábio Ferreira e Uelliton; Nino(Jackson), Vanderson, Magal e Ramon; Neto Berola e Roger
Técnico: Vágner Mancini.
CRUZEIRO
Andrey; Jancarlos(Vinícius), Leonardo Silva, Gil e Diego Renan; Fabrício, Henrique, Gilberto(Fabinho) e Soares(Guerrón); Thiago Ribeiro e Wellington Paulista.
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Gilberto, aos três minutos do primeiro tempo. Gilberto aos 19, Roger, aos 21, Thiago Ribeiro aos 31, Ramon aos 40 e Roger 43 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Leonardo Silva, Thiago Heleno, Soares (Cruzeiro). Roger, Leandro, Uelliton e Fábio Ferreira(Vitória)
Cartão vermelho: Thiago Heleno
Estádio: Barradão. Data: 30/08/2009.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ).
Auxiliares: Jackson Lourenço Massarra dos Santos (RJ) e Vinicius da Vitória Nascimento (RJ).
BOTAFOGO 3X3 GRÊMIO
Em jogo emocionante, Botafogo e Grêmio empatam no Engenhão
Numa partida que reunia uma equipe que não havia vencido fora de casa e outra com problemas para triunfar em seu estádio, deu a lógica. Botafogo e Grêmio empataram em 3 a 3 num emocionante jogo disputado neste domingo, no Engenhão. O Tricolor gaúcho, que teve um gol irregular, está a 11 jogos sem vencer longe de Porto Alegre. O Alvinegro não conquista a vitória no Engenhão há quatro partidas.
Com o resultado, Grêmio e Botafogo permanecem em situação igual na tabela. Os gaúchos estão na nona posição, a cinco pontos do G-4, e o Alvinegro segue em 18º, a ponto de sair da zona da degola. O Tricolor gaúcho recebe o Vitória na próxima rodada, enquanto o Alvinegro vai a Curitiba enfrentar o Atlético-PR nesta quarta-feira, pela Copa Sul-Americana, provavelmente com o time misto.
O mistério de Estevam Soares durante a semana se justificou, pois o Botafogo entrou em campo com uma surpreendente formação ofensiva. Além da linha de frente formada por Victor Simões, André Lima e Lucio Flavio, Reinaldo aparecia para servir com o auxilio de Michael. Por não ter feito um treino sequer junto, o time começou a partida desorganizado, o que deu ao Grêmio a possibilidade de ganhar o meio-campo.
A equipe gaúcha tinha mais a posse de bola e se aproveitava da frágil marcação do Botafogo. Enquanto isso, Estevam Soares gritava à beira do campo, tentando ajustar o posicionamento da equipe. Mas o Grêmio não conseguiu tirar proveito da vantagem, errando muitos passes e criando poucas chances de gol.
Aos poucos o Botafogo foi se encontrando e conseguiu empurrar o Grêmio. Apesar da pouca objetividade, o Alvinegro venceu pela insistência, tendo também a contribuição de Michael, o melhor do primeiro tempo. Foi a partir de uma roubada de bola e uma arrancada dele, que Lucio Flavio recebeu em boas condições pela direita e cruzou rasteiro para a área. Reinaldo chutou e Victor defendeu, mas o camisa 7 ficou com o rebote e completou para fazer 1 a 0 aos 19 minutos.
A vantagem, no entanto, estagnou o Botafogo, que recuou e permitiu ao Grêmio que tomasse novamente as ações do ataque. Na frente, André Lima e Victor Simões perdiam gols, e atrás Wellington protagonizava um lance grotesco. Foi a partir de uma pixotada do zagueiro dentro da área que Perea ficou com a bola e cruzou para Jonas. O atacante conseguiu, mesmo embaixo do travessão, a proeza de acertar duas vezes a trave antes de concluir para o gol, empatando a partida aos 23 minutos.
O Botafogo até que tentou reagir, mas bastaram alguns erros para que a paciência da torcida se esgotasse, principalmente com Victor Simões, novamente muito vaiado. Estevam Soares mudou o posicionamento do time, passando Michael para a lateral, recuando Lucio Flavio e deslocando Thiaguinho para a ponta direita. Paulo Autuori também mudou na primeira etapa, substituindo Bruno Collaço por Lúcio, aos 35 minutos. Quando o jovem de 19 anos deixou o gramado, foi marcante a conversa fraternal do treinador, que buscou elevar o espírito do atleta.
O Alvinegro voltou para o segundo tempo debaixo de vaias. Mas um minuto depois, elas tinham se transformado em aplausos. Após lançamento de Reinaldo, Victor Simões partiu em velocidade. O atacante ganhou a disputa com Rafael Marques e chutou na saída de Victor, marcando o segundo do Botafogo. Muito criticado nas últimas partidas, o atacante comemorou junto à arquibancada, e André Lima pediu que o companheiro fosse aplaudido.
Mas assim como aconteceu no primeiro tempo, o Botafogo não conseguiu segurar a vantagem por muito tempo e sofreu o empate num lance irregular. Mário Fernandes recebeu lançamento pela direita e cruzou depois que a bola já havia cruzado a linha de fundo. Os jogadores alvinegros pararam pedindo tiro de meta, e Jonas emendou de perna direita, fazendo 2 a 2 aos 12 minutos.
E não demorou muito para haver um novo lance polêmico. Thiaguinho chutou, e a bola tocou no braço de Adilson dentro da área. O árbitro apenas mandou o jogo seguir, apesar dos protestos de jogadores e torcedores botafoguenses, que pediam pênalti.
Mas o maior castigo para o Botafogo estava por vir. Aos 28 minutos, Souza cobrou falta na área, e a defesa, incluído o goleiro Castillo, apenas assistiu à bola entrar sem qualquer desvio. Assim, o Grêmio chegava à virada.
Apesar do clima de tensão que pairou sobre o Engenhão, o Botafogo não desistiu. Aos trancos e barrancos, a equipe chegou ao empate aos 43 minutos. Leandro Guerreiro pegou uma sobra de bola na meia-lua e arriscou. A bola desviou num jogador do Grêmio e entrou no ângulo esquerdo de Victor. O time insistiu, quase virou num chute de Ricardinho, mas não conseguiu vencer.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 3 x 3 GRÊMIO
BOTAFOGO
Castillo, Alessandro, Juninho, Wellington e Thiaguinho; Leandro Guerreiro, Michael (Jônatas), Lucio Flavio e Reinaldo (Renato); Victor Simões (Ricardinho) e André Lima.
Técnico: Estevam Soares.
GRÊMIO
Victor, Mário Fernandes, Rafael Marques, Rever e Bruno Collaço (Lúcio); Adílson, Túlio, Tcheco e Souza; Jonas (Makelele) e Perea (Herrera).
Técnico: Paulo Auturori.
Gols: Reinaldo, aos 19, Jonas, aos 23 minutos do primeiro tempo; Victor Simões, a 1 minuto, Jonas, aos 12, Rever, aos 28, Leandro Guerreiro, aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Lucio Flavio, Alessandro (Botafogo); Souza, Mário Fernandes (Grêmio).
Público: 10.031 pagantes (10.691 presentes). Renda: R$ 116.857,50.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 30/08/2009.
Árbitro: Rodrigo Martins Cintra (SP).
Auxiliares: Márcio Luiz Augusto (SP) e Anderson José de Moraes Coelho (SP).