Reservas decidem, São Paulo bate o Cruzeiro de virada e sobe para 3º lugar
Quando o técnico são-paulino, Ricardo Gomes, fez a primeira substituição, aos 16 minutos do segundo tempo, o Cruzeiro vencia por 1 a 0 e mandava no jogo. Mas, como numa jogada de craque, o treinador tricolor mudou a história da partida do Mineirão com duas trocas. Marlos, que entrou no lugar de Hugo aos 16, empatou aos 19; Borges, que ficou com a vaga de Washington aos 35, virou aos 36. Novamente, para quem achou que o Jason estava morto, ele renasceu e fez mais uma vítima.
Com a vitória por 2 a 1, o São Paulo foi a 40 pontos e subiu uma posição na tabela – agora é o terceiro colocado no Campeonato Brasileiro. A Raposa, com 29, segue em 13º lugar.
A ausência de Kléber, que nem foi relacionado por causa de dores no púbis, e a perda de Wellington Paulista, também machucado, ainda no começo da partida, poderiam indicar que o poder ofensivo do Cruzeiro tinha acabado ali. Puro engano. O duelo do primeiro tempo foi um típico jogo de ataque (azul) contra defesa (tricolor).
Aos 12 minutos, o goleiro paulista Rogério Ceni já tinha feito dois milagres. Primeiro, ao defender uma bomba em cobrança de falta de Gilberto. Pouco depois, o camisa 1 pegou um chute cruzado de Jonathan que tinha endereço certo. O São Paulo só foi reagir aos 18, mas timidamente num chute sem direção de Richarlyson.
Com mais toque de bola, os mineiros foram envolvendo o adversário e continuaram mais perto do gol. Gilberto tentou, Soares arriscou, Fabrício teve chance... E a pressão continuava. Acuado, o São Paulo tentava escapar da forte – e muitas vezes desleal – marcação cruzeirense para não entregar os pontos.
De tanto insistir, o gol saiu. E com uma colaboração do rival. Richarlyson errou uma saída de contra-ataque e Diego Renan roubou a bola. O ala rolou para Gilberto, que devolveu para o mesmo Diego completar para o gol. Impedido, Thiago Ribeiro saiu da jogada para não prejudicar os companheiros.

Num dos seus primeiros lances, aos 19 (três minutos após a sua entrada), o camisa 16 driblou o marcador e encheu o pé. O goleiro Fábio até conseguiu alcançar e tocar na bola, mas não evitou o gol: 1 a 1.
Melhor em campo a essa altura e percebendo a oportunidade de virada, o Tricolor foi para cima. Como o Cruzeiro também não tinha desistido da vitória, o jogo ficou aberto, com os dois times buscando o gol a cada instante.
Com Guerrón em campo, depois de pedidos da torcida, a Raposa quase fez o segundo. Aos 25 minutos, o equatoriano teve duas chances, mas parou na ótima defesa de Rogério Ceni e na eficiência da cobertura da zaga são-paulina.
Mas foi do outro lado que a rede balançou. Dagoberto alcançou um longo lançamento de Richarlyson e cruzou para Borges, que tinha acabado de entrar, desempatar.
Na próxima rodada, o São Paulo receberá o Avaí, sábado no Morumbi. Já o Cruzeiro irá a Porto Alegre enfrentar o Internacional no domingo.
FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 1 x 2 SÃO PAULO
CRUZEIRO
Fabio; Jonathan, Fabinho, Gil e Diego Renan; Fabrício, Henrique, Eli Carlos e Gilberto (Bernardo); Thiago Ribeiro e Wellington Paulista (Soares) (Guerrón).
Técnico: Adilson Batista
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Renato Silva, André Dias e Rodrigo; Jean, Arouca, Richarlyson, Hugo (Marlos) e Junior Cesar; Dagoberto (Wellington) e Washington (Borges).
Técnico: Ricardo Gomes
Gols: Diego Renan, aos 43 minutos do primeiro tempo; Marlos, aos 19, e Borges, aos 36, minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Eli Carlos e Guerrón (C); André Dias, Richarlyson e Arouca (SP)
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 6/9/2009.
Árbitro: Luís Antônio Silva dos Santos (RJ).
Auxiliares: Dilbert Pedrosa Moisés (Fifa/RJ) e Marco Aurélio Pessanha (RJ).
GOIÁS 2X2 CORITIBA
Com golaço de bicicleta, Coxa empata com o Goiás no Serra Dourada
O Coritiba segue pedalando para escapar do tão temido rebaixamento. Literalmente, já que foi com um golaço de bicicleta de Ariel que a equipe arrancou o empate por 2 a 2 com o Goiás, no Serra Dourada. O argentino, que já havia aberto o placar, marcou aos 40 minutos e conquistou um pontinho importante para o Coxa, que segue fora do Z-4 do Brasileirão - por ora, o time está em 15º com 26 pontos.
O Esmeraldino, obviamente, não teve o que comemorar. Com o tropeço, ficou com 39 pontos e caiu para a quarta posição, sendo ultrapassado pelo São Paulo e ficando a cinco pontos do líder Palmeiras . Felipe e Léo Lima marcaram para os anfitriões, no primeiro tempo.
Na próxima rodada, os goianos vão enfrentar o Barueri, no próximo domingo, em São Paulo. O Coritiba encara o Corinthians, no dia 16, no Couto Pereira.
Coxa abre o placar, mas Goiás vira com Felipe e Léo Lima
O Coritiba não se intimidou com o fato de atuar fora dos seus domínios e foi o primeiro a assustar. Logo aos sete minutos, Ariel recebeu excelente passe de Leandro Euzébio, invadiu a área e bateu rasteiro para excelente defesa de Harlei. Na sobra, o argentino chutou por cima do gol. Aos 12, o Goiás respondeu. Vitor arriscou da intermediária e Edson Bastos pegou com segurança.
Em sua terceira oportunidade, Ariel não desperdiçou. Rodrigo Heffner avançou pelo lado direito e cruzou para dentro da área. O argentino dominou de costas para o gol, fez o giro sobre o zagueiro e chutou para abrir o marcador. A desvantagem no placar acendeu a torcida do Goiás, que passou a incentivar o time.
E o apoio surtiu efeito. A igualdade no marcador aconteceu cinco minutos após o gol do Coxa. Felipe cobrou falta da entrada da área com perfeição e empatou a partida. O goleiro Edson Bastos nem se mexeu. O Goiás teve a chance de virar o marcador com Léo Lima, aos 35. O meia recebeu ótimo passe de Ramalho dentro da área e chutou de primeira. A bola passou à direita da trave.
Um minuto depois, Iarley quase virou para o Goiás. O atacante recebeu na meia-lua, driblou um zagueiro e chutou para mais uma defesa de Edson Bastos. Aos 44 minutos não teve jeito. Léo Lima aproveitou falha da zaga, fintou um defensor dentro da área e chutou para marcar um belo gol: 2 a 1.
Com golaço de bicicleta, Coxa consegue empate na etapa final
O Goiás voltou ligado para a etapa final. Aos quatro, quase ampliou com Felipe. O atacante cobrou falta da entrada da área, e o goleiro Edson Bastos espalmou para escanteio. No minuto seguinte, o Coxa respondeu. Marcos Aurélio fez ótima jogada pela direita e cruzou para Rodrigo Heffner. O jogador chutou e Harlei salvou a equipe esmeraldina com os pés.
O jogo, porém, caiu de qualidade. Erros de passe e chutes de longa distância sem direção irritaram os mais de cinco mil torcedores que compareceram ao Serra Dourada. O Goiás só voltou a aparecer aos 23. Júlio César recebeu pelo lado esquerdo da área e chutou para grande defesa de Edson Bastos.
O mesmo Júlio César teve uma outra grande oportunidade de balançar a rede em uma cobrança de falta na entrada da área. Aos 27 minutos, Felipe rolou para o lateral-esquerdo, que soltou a bomba. Edson Bastos salvou ao espalmar para escanteio.
Melhor na partida, o Goiás foi castigado aos 40 minutos da etapa final. Após cruzamento na área e bobeada de Amaral, o goleiro Harlei falhou bisonhamente ao tentar cortar de soco. Leandro Donizete tocou para Ariel, que pedalou no ar e fez uma obra-prima. O argentino dominou no peito e acerto uma bela bicicleta. Depois, houve tempo apenas para a expulsão de Fernando, do Goiás, por reclamação.
Ficha técnica:
GOIÁS 2 X 2 CORITIBA
GOIÁS
Harlei, Ernando, Valmir Lucas e Leandro Euzébio; Vítor (Douglas), Ramalho (Everton), Amaral, Léo Lima (Fernando) e Júlio César; Iarley e Felipe.
Técnico: Hélio dos Anjos.
CORITIBA
Edson Bastos, Demerson (Márcio Gabriel), Dirceu e Jeci e Rodrigo Heffner; Jaílton (Bruno Fressato), Renatinho, Leandro Donizete e Thiago Gentil; Marcos Aurélio (Leozinho) e Ariel.
Técnico: Ney Franco.
Gols: Ariel, aos 17 minutos, Felipe, aos 22 minutos, Léo Lima, aos 44 minutos do primeiro tempo; Ariel, aos 40 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Iarley, Ramalho, Ernando e Amaral (Goiás); Demerson, Jeci, Jaílton (Coritiba).
Cartão vermelho: Fernando (Goiás)
Estádio: Serra Dourada. Data: 06/09/2009.
Árbitro: Paulo Henrique G. Bezerra (SC).
Auxiliares: Alcides Zawaski Pazetto (SC) e Kleber Lúcio Gil (SC).
Público: 5.212 pagantes. Renda: R$ 80.060,00
ATLÉTICO - PR 0X0 FLAMENGO
Em jogo fraco tecnicamente, Fla e Furacão não saem do zero

O resultado, ruim para as duas equipes, faz o time carioca continuar na 11ª posição, agora com 31 pontos, a oito do G-4 e sete da zona de rebaixamento. Os paranaenses também estão estacionados na classificação: com 28, na 14ª colocação, a apenas quatro do Z-4.
As duas equipes voltam ao gramado na semana que vem, pela 24ª rodada. Enquanto o Flamengo recebe o Sport, às 18h30m (de Brasília), de sábado, no Maracanã, o Atlético visita o seu xará mineiro, domingo, também às 18h30m, no Mineirão.
Veja a classificação do Brasileirão
Escorregões e poucos lances de perigo
O Furacão começou o jogo com velocidade, dando trabalho à defesa do Flamengo. Nos seis primeiros minutos, o time paranaense sofreu três faltas perto da área, levando perigo ao adversário na primeira delas. Alex Mineiro desviou de cabeça por cima do travessão de Bruno. Aos oito, Valencia arriscou bom chute de longe, mas o goleiro rubro-negro defendeu com facilidade. Aos 15, Marcinho se aproveitou de uma trombada no zagueiro Álvaro tocou para Alex Mineiro, livre, chutar forte. Bruno fez ótima defesa, evitando o gol do Furacão (assista ao vídeo).
A partir daí, a partida diminuiu de ritmo. O estado irregular do gramado da Arena fez com que os jogadores escorregassem e errassem muitos passes. O lateral Everton, do Fla, chegou a trocar as chuteiras por um par de travas maiores. Só aos 30 minutos, o time carioca criou sua primeira boa oportunidade. Aírton fez jogada individual pela esquerda, entrou na área de cara para o goleiro Galatto, mas foi travado por Rhodolfo na hora do arremate final.
Aos 37, ao sair em uma bola lançada na área, o goleiro Bruno sentiu dores na coxa direita, e o jogo teve que ser interrompido para que ele fosse atendido. O Flamengo voltou a fazer uma boa jogada aos 40, com Denis Marques indo à ponta direita e cruzando para Zé Roberto, que acabou errando o passe. Mas o primeiro e único chute dos cariocas que realmente passou perto do gol só aconteceu aos 45, com Denis Marques. E mais uma vez a bola desviou em Rhodolfo, passando rente à trave direita de Galatto.
Lopes e Williams expulsos
A volta do intervalo foi tensa para a equipe da casa. O assistente Altemir Hausmann relatou ao árbitro Leandro Vuaden que foi intimidado pelo técnico Antônio Lopes nos minutos finais da primeira etapa. Por isso, o treinador do Atlético foi expulso no retorno dos times ao gramado. Indignado, Lopes reclamou bastante e, antes de sair de campo acompanhado de força policial, chamou o bandeira de "indigno". O técnico alegou ter sido agredido e prometeu registrar queixa (assista ao vídeo).
Dentro do campo, no entanto, o Furacão comandado pelo filho e auxiliar do treinador, Lopes Júnior, dominou os primeiros minutos do segundo tempo. Aos dez minutos, Márcio Azevedo fez boa jogada e chutou cruzado à esquerda do gol do Fla. Aos 18, o lateral-esquerdo do Furacão lançou com perigo para Paulo Baier, que além de impedido, ainda tentou escorar com a mão.
Depois do treinador do Furacão, foi a vez de o volante Wiiliams perder a cabeça. Após sofrer uma falta de Márcio Azevedo, o jogador do Flamengo deixou o braço no rosto do adversário. Como já tinha amarelo, acabou expulso de campo. Irritado, Williams, que já tinha sido alertado por Léo Moura do risco que corria de levar um vermelho, tomou uma bronca do camisa 2 antes de deixar o campo.
Mesmo com um a mais, o Atlético encontrou dificuldades para acertar uma jogada de ataque, errando muitos passes. Do outro lado, o Flamengo até conseguiu acertar a defesa, mas não conseguia encaixar um contra-ataque.
Ficha técnica:
ATLÉTICO - PR 0 x 0 FLAMENGO
ATLÉTICO - PR
Galatto, Nei, Manoel e Rhodolfo; Wesley, Rafael Miranda (Raul), Valencia, Paulo Baier, Marcinho (Wallyson) e Márcio Azevedo; Alex Mineiro.
Técnico: Antônio Lopes.
FLAMENGO
Bruno, Léo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim e Everton; Aírton, Williams, Maldonado e Petkovic (Lenon); Zé Roberto (Bruno Mezenga) e Denis Marques (David).
Técnico: Andrade.
Cartões amarelos: Williams, Aírton e Everton(Flamengo). Cartão vermelho: Williams (Flamengo).
Público total: 18.116. Renda: R$: 349.540,00
Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Data: 06/09/2009.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa RS).
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa RS) e Emerson Augusto de Carvalho (Fifa SP).
FLUMINENSE 1X1 NÁUTICO
Flu repete filme antigo e empata em casa com o Náutico, que sai do Z-4

Desorganizado e ansioso, apesar da disposição sob o comando de Cuca, o Tricolor chegou à oitava partida sem vitória e permanece na última posição no campeonato, com 17 pontos. Após apoiar o time durante a partida, parte da torcida se revoltou e gritou "time sem-vergonha" depois do apito final.
Na próxima rodada, o Fluminense encara mais um adversário direto na luta contra a degola: o Botafogo, no Engenhão, domingo, às 18h30m (de Brasília). No mesmo dia e horário, o Náutico recebe o Grêmio, no estádio dos Aflitos, no Recife.
Flu se impõe e abre o placar
Bem disposto e a mil por hora, o Fluminense sufocou o Náutico no início. Na correria, a equipe carioca pressionava a saída de bola e mostrava evidente apetite ofensivo. Porém, o campo molhado e a forte marcação pernambucana se aliaram à baixa qualidade dos jogadores. O resultado era um festival de passes errados e jogadas inúteis.
Sem espaços para criar, o Tricolor começou a apelar para os chutes de longa distância. Aos oito, a primeira finalização saiu dos pés de Diguinho, que isolou. O lance se repetiu aos 17 e aos 23, com Kieza e Conca. Na ânsia de vencer, porém, o Flu passou a dar espaços na defesa. E o Timbu começou a colocar suas mangas de fora.
Mas quando o Náutico pensou que ia equilibrar a partida, o Fluminense finalmente acertou o pé. Aos 27, Marquinho desarmou Acosta no meio-campo e tentou servir Kieza. A bola desviou na zaga e sobrou para Mariano. Com muita consciência, ele rolou na medida para Conca. De perna direita, o argentino emendou de primeira, acertou o cantinho esquerdo de Gledson para abrir o placar (assista ao vídeo).
A vantagem renovou o gás tricolor, que voltou a marcar forte no meio-campo e sequer dava brecha para sustos. Em contra-ataques velozes e jogadas de bola parada, a equipe tentou ampliar o placar. Nada, porém, que tirasse o "uh" da garganta do torcedor. Na saída do intervalo, o capitão Paulo César elogiou a postura agressiva e a união dos jogadores.
- Entramos com o propósito de se ajudar em campo. Corremos bastante.
Timbu empata com gol relâmpago
Antes de voltar para o campo, o elenco do Fluminense até reforçou o espírito de coletividade. Fez corrente no vestiário, gritou e vibrou. Mas bastou a partida recomeçar para chegar a ducha de água fria. Mesmo com a posse de bola no recomeço da partida, o Tricolor permitiu o ataque do Náutico e, aos 36 segundos, Patrick chutou forte, Rafael deu rebote, e Carlinhos Bala empatou de cabeça (assista ao vídeo).
O gol deu energia ao Náutico, que assustou aos dois, com Aílton, em bom chute de longe. A partir dos cinco, no entanto, o Flu retomou o domínio da partida e por pouco não fez o segundo. Kieza fez boa jogada e tocou para Diogo. O volante rolou com açúcar, mas Roni furou no bico da pequena área. Foi o último lance do atacante. Muito vaiado, ele deu lugar a Alan.
Sete minutos depois, Conca cobrou falta na área e o zagueiro Márcio salvou o Timbu. Dono do meio-campo, o Fluminense seguiu pressionando, e, aos 15, Mariano serviu Kieza, que chutou com perigo. Em seguida, falta perigosa na entrada da área. Paulo César bateu rasteirinho e Gledson fez a defesa.
Na mesma moeda, o Timbu quase virou aos 24. De muito longe, Michel soltou uma bomba e obrigou Rafael e se esticar todo para impedir o gol. A proximidade do fim da partida fez com que Cuca arriscasse e mandasse Maicon para campo, colocando a equipe no 4-3-3.
O desespero aumentava conforme o tempo se esgotava. Aos 48, falta na intermediária para o Flu e até o goleiro Rafael foi para a área. Mas a zaga cortou e, para alívio da torcida, o juiz encerrou a partida quando o Náutico partia para o contra-ataque.
Ficha técnica:
FLUMINENSE 1 x 1 NÁUTICO
FLUMINENSE
Rafael, Mariano (Maicon), Gum, Dalton e Paulo César; Diguinho, Diogo, Conca e Marquinho (João Paulo); Roni (Alan) e Kieza.
Técnico: Cuca.
NÁUTICO
Gledson; Patrick, Cláudio Luiz, Márcio e Michel; Fernando (Asprilla), Nilson, Juliano (David) e Acosta (Ferreira); Carlinhos Bala e Ailton.
Técnico: Geninho.
Gols: Conca, aos 27 minutos do primeiro tempo, e Carlinhos Bala, aos 36 segundos do segundo.
Cartões amarelos: Kieza, Marquinho e Diguinho (Fluminense); Patrick, Carlinhos Bala, Ferreira e Asprilla (Náutico).
Público: 20.877 pagantes.
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 06/09/2009.
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF).
Auxiliares: Enio Ferreira de Carvalho (DF) e Cesar Augusto de Oliveira Vaz (DF).
SANTO ANDRÉ 1X2 ATLÉTICO - MG
Diego Tardelli dá vitória ao Galo de virada e põe Santo André no Z-4

Se a estrela de Diego Tardelli brilhou, não se pode dizer o mesmo do veterano e baixinho Marcelinho Carioca, que teve três chances de cabeça de decidir a partida, mas não conseguiu aproveitar as falhas da zaga do Galo. O mesmo não se pode dizer do atleticano Éder Luís. Pedido pela torcida do Galo desde o início do segundo tempo, entrou e marcou o outro gol da reação atleticana aos 42 minutos - Wanderley abriu o placar para o Santo André, que na próxima rodada já começa de forma mais desesperada a lutar contra o rebaixamento. Vai enfrentar o Santos domingo na Vila Belmiro - o Galo recebe o Atlético-PR no Mineirão...
Campo vira vilão
A forte chuva que caiu na cidade de Santo André prejudicou as condições do gramado do Bruno José Daniel, retardou o início da partida e transformou o campo no grande vilão. No fim do primeiro tempo, os jogadores das duas equipes reclamaram que não foi possível fazer a bola rolar melhor. Precisando da vitória, tanto o Santo André quanto o Atlético-MG tinham motivos de sobra para buscar o gol e garantir a vitória. Tiveram até chances para isso, mas o empate nos primeiros 45 minutos acabou justo pelo que produziram em campo.
O torcedor que encarou frio e chuva merecia ter visto um belo gol. E por pouco isso aconteceu, logo aos três minutos. De forma mais organizada e com mais talento, o Galo criou a primeira chance. Com a cabeça na seleção brasileira, sonhando com a vaga de Robinho, cortado por contusão para o jogo contra o Chile, na quarta-feira, Diego Tardelli quis mostrar que também é bom garçom. Recuado, lançou Renan Oliveira na esquerda. O camisa 10 cruzou na medida para Rentería, que matou no peito e bateu na trave, à esquerda de Júlio César.
O Ramalhão procurava responder, mas esbarrava na desarrumação tática do time e nos passes errados. O time da casa só deu o troco ao adversário aos 17 minutos, com boa jogada de Júnior Dutra, que tabelou com Marcelinho Carioca e bateu de fora da área para fora, à esquerda de Bruno.
Tardelli e Rentería ligados
Pelo lado atleticano, o time já estava sonolento, mas a dupla de ataque queria agitar a partida e jogava bonito. Aos 28, foi a vez de Rentería ser o garçom de Diego Tardelli. Caiu pela direita, roubou uma bola perdida e centrou para o artilheiro do Galo, que, com uns passos para trás, ficou na posição certa para bater de primeira, num sem-pulo. A bola passou rente à meta de Júlio César. Se entrasse, seria golaço para Dunga ver.
O gol perdido mais feito, no entanto, foi do Ramalhão, aos 33 minutos, quando Júnior Dutra lançou Nunes, que sem marcação chegou a driblar o goleiro, mas, desequilibrado, bateu para fora. Dois minutos depois, o time tentou aproveitar novamente as falhas da defesa atleticana. Gustavo Nery, jogando de zagueiro, resolveu subir ao ataque e roubou bola da zaga adversária. Perto da entrada da área, tocou para trás. Júnior Dutra bateu para Bruno defender. No rebote, Nunes obrigou o goleiro a salvar novamente, agora com o pé. A bola subiu, e Marcelinho Carioca tentou marcar de voleio, mas isolou. Não era mesmo para o placar eletrônico funcionar na primeira etapa.
Marcelinho só com a cabeça
- O time foi razoável. O campo está pesado, fica difícil jogar - resumiu o técnico do Galo, Celso Roth.
Os dois treinadores mexeram nos times. Enquanto Roth lançou Evandro no lugar de Renan Oliveira, o interino Sandro Gaúcho, ex-jogador, interino como técnico após a demissão de Alexandre Gallo na última quinta-feira, trocou Nunes por Cicinho. Sonhando pôr fim ao jejum de vitórias, o Galo buscava o ataque, mas falhava seguidamente na defesa. A ponto de por três vezes deixar o baixinho Marcelinho Carioca quase marcar de cabeça. A primeira foi aos seis. Após centro de Rômulo, o veterano conseguiu subir mais que os marcadores e mandar na trave. A segunda ocorreu, aos 19. Livre de marcação, mandou de peixinho, para fora. Na terceira, em novo centro de Rômulo, ele se colocou por trás da marcação do Galo. Testou no cantinho, rente à trave.
Virada atleticana
Aos 26, o técnico do Galo, Celso Roth, atendeu aos pedidos da torcida, que gritava "Éder Luís". O atacante entrou no lugar do já cansado Rentería. No primeiro lance, o atacante, lançado, partiu em velocidade e sofreu falta feia do goleiro Júlio César, que era o útimo homem da defesa e poderia ter sido expulso, mas ganhou apenas o cartão amarelo do árbitro Pericles Bassols.
Mas as falhas da defesa atleticana se repetiam nos centros para a área, A história não podia acabar melhor mesmo. Aos 30 minutos, em novo centro de Rômulo pela direita, o goleiro Bruno saiu mal e largou a bola, que sobrou para Wanderley mandar para as redes: 1 a 0 Santo André.
A festa começou a virar drama quando Cesinha foi expulso logo depois, após segurar e derrubar Evandro. Com dez em campo, o Santo André não conseguiu parar o Galo. Aos 42, Éder Luís empatou a partida. Quatro minutos depois, em centro na medida de Carlos Alberto, Diego Tardelli, de cabeça, não perdoou. Marcou seu décimo gol no campeonato e mandou seu recado para Dunga.
- Estou na expectativa.
Ficha técnica:
SANTO ANDRÉ 1 x 2 ATLÉTICO - MG
SANTO ANDRÉ
Júlio César, Rômulo, Cesinha, Gustavo Nery e Arthur; Fernando, Sidney, Marcelinho Carioca e Júnior Dutra; Nunes (Cicinho) e Wanderley (Rogério).
Técnico: Sandro Gaúcho.
ATLÉTICO - MG
Bruno, Carlos Alberto, Alex Bruno (Pedro Oldoni), Jorge Luiz e Werley; Renan, Correa, Thiago Felttri e Renan Oliveira (Evandro); Diego Tardelli e Rentería (Éder Luís).
Técnico: Celso Roth.
Gols: Wanderley, aos 30 minutos do segundo tempo, Éder Luís, aos 42, e Diego Tardelli, aos 46.
Cartões amarelos: Alex Bruno e Evandro (Atlético-MG), Cesinha, Nunes, Júlio César, Gustavo Nery e Wanderley (Santo André).
Cartão vermelho: Cesinha (Santo André)
Estádio: Bruno José Daniel. Data: 06/09/2009.
Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez.
Auxiliares: Ricardo Mauricio Ferreira de Almeida (RJ) e Hilton Moutinho Rodrigues (RJ).
AVAÍ 0X2 INTERNACIONAL
Bafo na nuca do Palmeiras: Inter vence Avaí e segue na cola do líder

Os gols da vitória vermelha foram marcados por Fabiano Eller, ainda no primeiro tempo, e Magrão, na etapa final. O time de Tite mostrou maturidade para segurar o oponente mesmo com um jogador a menos durante todo o segundo tempo. Índio foi expulso aos 43 do período inicial.
A derrota fez os catarinenses caírem para a sétima colocação, com 34 pontos. O Colorado volta a campo no domingo, em casa, contra o Cruzeiro. O Avaí joga um dia antes, no Morumbi, diante do São Paulo.
Domínio e gol para o Inter no primeiro tempo
Avaí e Inter mostraram, no primeiro tempo, que é possível fazer um bom jogo de futebol mesmo sem grandes lances de gol. Pela movimentação, pela marcação, pela disputa técnica entre atacantes e defensores, as duas equipes fizeram uma partida boa de se ver na etapa inicial.
O controle do jogo, do início ao fim do período, foi do Colorado, que esbanjou toque de bola, mas foi carente em infiltração ao ataque. O Avaí, pelo contrário, passou a maior parte do tempo correndo atrás do Inter. Quando atacou, chegou com força, mas faltou a conclusão final. Marquinhos, aos 13 minutos, aproveitou escorregão de Magrão para dominar e mandar o chute, que saiu torto, para fora.
O Inter não fez muita questão de aquecer o goleiro Eduardo Martini. A bola ficou passeando de um lado para o outro do campo, girando pelos pés de jogadores como Kleber, Magrão, Guiñazu, D’Alessandro e Giuliano, mas sempre longe do gol adversário. Não houve uma oportunidade clara, exceto a do gol vermelho, nascido em jogada de bola parada.
Foi aos 34 minutos. D’Alessandro cobrou escanteio pelo lado direito de ataque. Alecsandro, no meio da área, desviou para Fabiano Eller, na segunda trave, concluir para a rede. Eduardo Martini tocou na bola, mas não conseguiu evitar que ela entrasse. Foi o primeiro gol de Eller em seu retorno ao clube gaúcho.
Antes de terminar o primeiro tempo, a empolgação do Inter foi freada pela expulsão de Índio. Tudo começou com falha de D’Alessandro, que tentou se livrar de um adversário com o drible “la boba”, mas foi desarmado. O Avaí puxou contra-ataque até a bola chegar em Roberto, que recebeu forte entrada de Índio. O zagueiro foi para a rua direto, sem receber cartão amarelo, em uma decisão acertada do árbitro, que antes também poderia ter expulsado Marquinhos, do Avaí, por ter deixado a perna em D’Alessandro.
Inter segura pressão do Avaí e faz mais um
A expulsão de Índio exigiu medidas do técnico Tite. Para tapar o buraco na zaga, o treinador tirou Alecsandro, colocou Danilo Silva na direita e passou Bolívar para o miolo da defesa, ao lado de Eller. Objetivo: segurar a inevitável pressão catarinense.
Silas também mexeu no time. Colocou Caio para auxiliar o setor ofensivo. O jogador entrou bem, com velocidade, mas não rendeu o suficiente para encurralar o Colorado em seu campo de defesa. Mesmo em desvantagem numérica, o Inter teve mais chances do que o time da casa na etapa final. O Avaí ameaçou com Muriqui, em chute por cima aos dez minutos. O Colorado esteve perto de fazer repetidas vezes.
A tática do Inter foi evidente: fechar todas as portas na defesa e partir ao ataque na base da correria. Taison, o jogador mais veloz do time gaúcho, virou figura fundamental. Magrão chegou bem ao ataque, assim como Giuliano. O Colorado só não goleou porque Eduardo Martini não deixou.
Aos 21 minutos, a equipe de Tite tramou linda jogada no ataque. Kleber, pela direita, rolou para D’Alessandro, que logo acionou Magrão dentro da área. O goleiro se agigantou na frente do volante colorado, tapou todos os espaços para a conclusão e evitou o gol. Na sequência da jogada, Taison bateu forte, e o goleiro defendeu de novo.
O gol estava maduro. E saiu aos 35 minutos. Após boa troca de passes, Magrão recebeu em profundidade, dentro da área, e desviou de Eduardo Martini. Os três pontos estavam garantidos para o time gaúcho, que nem sofreu muito com mais uma expulsão – Bolívar, pelo segundo cartão amarelo, aos 38. Firme e forte, o Colorado mandou um aviso para o Palmeiras, para o São Paulo e para quem mais quiser disputar o título nacional. É candidato muito forte.
Ficha técnica:
AVAÍ 0 x 2 INTERNACIONAL
AVAÍ
Eduardo Martini, Augusto (Caio), Rafael e Emerson; Fabinho Capixaba, Marcus Winícius (Leonardo), Ferdinando, Marquinhos Muriqui e Eltinho; Roberto (Cristian).
Técnico: Silas.
INTERNACIONAL
Lauro, Bolívar, Índio, Fabiano Eller e Kleber; Magrão, Guiñazu, Giuliano e D’Alessandro (Danny Morais); Taison (Edu) e Alecsandro (Danilo Silva).
Técnico: Tite.
Gols: Fabiano Eller, aos 34 minutos do primeiro tempo; Magrão, aos 35 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Bolívar (Internacional).
Cartão vermelho: Índio e Bolívar (Internacional).
Estádio: Ressacada. Data: 06/09/2009.
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES)
Auxiliares: José Ricardo Maciel Linhares (ES) e Fabiano da Silva Ramires (ES).