domingo, 6 de setembro de 2009

Eliminatórias Sulamericanas para a Copa do Mundo

COLÔMBIA 2X0 EQUADOR
Pressão da Colômbia na primeira etapa

Com o estádio Atanasio Girardot completamente lotado, a Colômbia se lançou ao ataque, já que somente uma vitória interessava a seleção da casa que alcançaria os 20 pontos e se mantinha com chances por uma das vagas para a Copa do Mundo.

O time colombiano tinha a maior posse de bola em campo, mas errava muito no último passe. O Equador tentava sair de seu campo. Com toques curtos e sem pressa em avançar ao ataque, a equipe chega pouco na meta do arqueiro Agustín Julio. Aos 18 minutos, numa boa de passes, Cristian Benitez deixou Edison Mendez na cara do gol. O meia equatoriano recebeu a pelota, ajeitou para perna direita e bate para fora, perdendo o gol.

Confira a classificação das eliminatórias da Copa

No começo da etapa final, o Equador ficou com um jogador a menos em campo. Palacios tentou cavar um pênalti e recebeu cartão vermelho do árbitro argentino Sergio Pezzota, e é expulso aos três minutos.

Superior em campo, os colombianos começaram a ensaiar uma pressão. Aos nove minutos, Benitez foi derrubado na entrada da área. Na cobrança, Mendez cruzou, e Castillo mando de cabeça pela linha de fundo. O time da casa continuava melhor, mas encontrava dificuldade em se aproximar da área adversária. O Equador respondeu com Castillo, que recebeu na meia lua, mas chutou sem força, nas mãos de Agustín.

Aos 36 minutos, Martínez recebeu na entrada da área, tocou na saída do goleiro Cevallos para abrir o placar. Gutierrez fechou o placar aos 49.


PERU 1X0 URUGUAI
Em Lima, gol nos minutos finais

Lanterna das eliminatórias, o Peru só conseguiu vencer o Uruguai com gol de Rengifo aos 41 minutos do segundo tempo. O jogador recebeu na área, após chute de fora da área, e bateu na saída do botafoguense Castillo.

A partida não teve muitas emoções para os torcedores. No primeiro tempo, Abreu teve chance de abrir o placar para a Celeste aos 14, mas ele cabeceou na mão do goleiro. Um minuto depois, Rengifo chutou rente à trave esquerda, na resposta dos donos da casa.

A melhor chance uruguaia foi de Suares, aos 38 da primeira etapa. Ele recebeu de Abreu na área, driblou o goleiro e bateu, mas o zagueiro peruano cortou em cima da linha e Butrón jogou para escanteio.


PARAGUAI 1X0 BOLÍVIA
De pênalti, Cabañas garante vitória do Paraguai sobre a Bolívia

Com um gol de pênalti de Salvador Cabañas, o Paraguai venceu a Bolívia por 1 a 0 neste sábado, no Defensores del Chaco, e empatou com o Chile na vice-liderança das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo.

Em 15 rodadas, a seleção paraguaia soma 27 pontos, assim como os chilenos, que empataram em 2 a 2 com a Venezuela e tem melhor saldo de gols (9 a 8).

O gol do Paraguai foi marcado aos 45 minutos do primeiro tempo. Após Carlos Bonet ser derrubado por Marvin Bejarano na área, Cabañas cobrou o pênalti no canto direito de Hugo Suarez, que foi para o outro lado. Foi o quinto gol do carrasco dos brasileiros nas eliminatórias.

Os quatro primeiros colocados da América do Sul se classificam para a Copa. O quinto fará repescagem com o quarto lugar da Concacaf.


ARGENTINA 1X3 BRASIL
Brasil derruba Argentina de Maradona e carimba passaporte para a Copa

Primeira chamada. Destino: África do Sul. Os argentinos rezaram, pediram ajuda divina antes da partida. Nada adiantou. Os deuses do futebol são brasileiros. Com direito a aplausos dos torcedores hermanos e gritos de "olé" dos brasucas, o Brasil carimbou o passaporte para a Copa do Mundo de 2010 neste sábado, em Rosário, com uma atuação de gala, que misturou talento e frieza. Sem cair na provocação e no clima de guerra da torcida, a seleção venceu a Argentina por 3 a 1 e garantiu uma das quatro vagas sul-americanas para o Mundial com três rodadas de antecedência devido à derrota do Equador por 2 a 0 para a Colômbia e a do Uruguai por 1 a 0 para o Peru. Luís Fabiano, autor de dois gols, assumiu a artilharia das eliminatórias com nove, superando o boliviano Botero, que tem oito. O zagueiro Luisão fez o outro gol brasileiro. Dátolo descontou. Com o resultado, a Argentina ficou em uma situação delicada. Em quarto lugar com 22 pontos, ainda vai enfrentar Paraguai e Uruguai fora de casa nos três jogos que restam na competição.



Dunga conquistou a terceira vitória sobre os argentinos desde que assumiu a seleção brasileira, em 2006. E o Brasil confirmou a superioridade nesta década. Foram dez duelos, com seis vitórias brasileiras, dois empates e duas derrotas. Além disso, acabou com duas enormes invencibilidades dos nossos hermanos. Eles não perdiam uma partida em casa há 41 jogos. E foi a segunda derrota da Argentina como mandante na história das eliminatórias em exatas 50 partidas. A outra havia sido para a Colômbia, em 1993, por 5 a 0.

Na próxima quarta-feira, o Brasil encara o Chile, em Salvador, em um jogo festivo, que vai servir para comemorar a classificação. A Argentina vai até Assunção para enfrentar o Paraguai.

Confira a galeria de fotos da vitória brasileira



A vaga para a Copa do Mundo premiou um momento abençoado da seleção brasileira. A equipe comandada por Dunga está invicta há quase 15 meses. Desde então, foram 18 jogos, com 14 vitórias e quatro empates. O Brasil vem de dez vitórias consecutivas: Peru, Uruguai, Paraguai e Argentina nas eliminatórias; Egito, Estados Unidos (duas vezes), Itália e África do Sul pela Copa das Confederações; e o amistoso contra a Estônia.

Diego Maradona, que foi um velho freguês dos brasileiros como jogador, manteve a tradição também como técnico. Com a camisa argentina, ele enfrentou seis vezes o Brasil e só conquistou uma vitória. Foram três triunfos brasileiros e dois empates. Após assumir a seleção em outubro do ano passado, substituindo Alfio Basile, Maradona tem três derrotas e seis vitórias em nove partidas.

Com os três gols contra os argentinos, a seleção chegou aos 100 na era Dunga. São ainda 33 vitórias, dez empates e quatro derrotas. Luis Fabiano é o artilheiro neste período, com 19 gols.

Baile brasileiro no primeiro tempo

O clima hostil no Gigante de Arroyito foi notado antes da partida. Uma bomba foi atirada no goleiro Julio César quando ele fazia o aquecimento perto da torcida argentina. O susto foi grande, mas ainda bem que não passou disso. Pouco depois, quando os jogadores reservas do Brasil se dirigiam para o banco, uma garrafa de água foi jogada em direção a eles pelos torcedores. Não acertou ninguém. Dunga pegou o objeto com tranquilidade do chão e o entregou a um representante da Conmebol, que levou a garrafa até o quarto árbitro.

Kaká deu o primeiro toque na bola. Mas foi a Argentina quem começou a mil por hora. A seleção arriscava ao deixar Messi com uma certa liberdade no meio-campo. Mas o entusiasmo dos nossos hermanos não refletia em boas jogadas. O Brasil, assustado, também não criava e procurava esfriar a partida.



O primeiro lance de perigo aconteceu aos 12 minutos. Messi recebeu livre na entrada da área e chutou no ângulo direito de Julio César. O goleiro só observou a bola sair muito perto da trave. Kaká passou, então, a pedir com gestos para a seleção brasileira marcar mais à frente. Mas o problema era que Messi continuava livre. Aos 17, ele deu uma arrancada, passou por quatro brasileiros e foi travado na hora do chute por Maicon. Foi por pouco. O Brasil estava acuado em campo. Em um mesmo lance, Lúcio e Kaká receberam cartão amarelo. Os dois, com isso, estão fora da partida contra o Chile, na próxima quarta-feira, em Salvador. Assim como Luis Fabiano, que pouco depois também foi advertido pelo árbitro.

Mas a seleção brasileira tem estrela. Luis Fabiano sofreu uma falta na intermediária. Elano cobrou para a área e Luisão, livre de marcação, cabeceou no canto esquerdo de Mariano Andujar. Brasil 1 a 0, aos 24 minutos. Foi o segundo gol do zagueiro em cima dos argentinos. Em 2004, na final da Copa América, o brasileiro também havia feito um de cabeça. E o gol saiu justamente na jogada mais ensaiada por Dunga nos treinos.



O jogo esquentou. Após uma falta em Kaká, Mascherano foi para cima de Robinho. O árbitro Oscar Ruiz chamou os dois. E deu uma bronca no brasileiro, que pouco antes havia pedalado em uma jogada na lateral. O atacante não ficou nada feliz com o questionamento. Alegou que estava tentando o drible.

Mas a seleção respondia na bola. Kaká foi até a linha de fundo e tocou para Maicon. O lateral chutou rasteiro. Mariano Andujar espalmou para o meio da área e Luis Fabiano, com toda tranquilidade, só tocou para o fundo da rede. Brasil 2 a 0, aos 30 minutos. Na comemoração, os jogadores brasileiros chutaram a bola para o meio da torcida argentina, que ficou calada. Foi o oitavo gol do Fabuloso.

Com a vantagem, os barulhentos torcedores brasileiros começaram a fazer a festa. Logo veio o grito de "ei, ei, ei, Maradona é nosso rei" em ironia ao ídolo e técnico local. Em seguida, o tradicional "mais um, mais um". Julio César fez o primeiro milagre aos 37 minutos. Tevez cruzou para a área, e Maxi Rodriguez chegou tocando rasteiro. Com os pés, o camisa 1 evitou o gol. A resposta veio em uma outra cobrança de falta. Elano cobrou, Luisão e Luis Fabiano fecharam pelo meio e o goleiro Andújar se esticou assustado para evitar o terceiro gol. E o primeiro tempo terminou com o Brasil soberano em campo e os torcedores argentinos em total silêncio. Maradona caminhou para o vestiário preocupado e coçando a cabeça.

Golaço de Luis Fabiano fecha o placar

Veio o segundo tempo e as provocações dos torcedores brasileiros continuavam. O grito agora para os argentinos era de "eliminados". Maradona fez uma substituição no time. Saiu Maxi Rodriguez e entrou Aguero, genro do treinador. Nada adiantou. A Argentina continuava com a maior posse de bola, mas não tinha criatividade para chegar ao gol brasileiro. O chute de Véron na arquibancada (a bola passou por cima da proteção que existe atrás do gol) retratava bem como estava a partida.



Mas aos 19 minutos, Datolo acertou uma bomba de fora da área. Um chute de muito longe, cruzado, que entrou no ângulo esquerdo de Julio César. O goleiro brasileiro, que ainda tocou na bola, nada poderia fazer. A Argentina diminuía e incendiava, novamente, a partida: 2 a 1. Maradona, que não parava de roer as unhas, beijou um crucifixo que levava no pescoço. Tinha fé na virada. Tudo em vão.

A resposta veio em grande estilo, três minutos depois. Kaká arrancou no contra-ataque e deu um passe perfeito para Luis Fabiano. O Fabuloso, com toda categoria, tocou por cima do goleiro Andujar. Brasil 3 a 1. Foi o nono gol do atacante, que assumiu a artilharia das eliminatórias. Na comemoração dos jogadores reservas, os argentinos jogaram uma pedra para o campo, que acertou Juan. Ele caiu no chão e foi carregado pelos companheiros para o banco. A comissão técnica da seleção ficou revoltada. Américo Faria pegou a pedra e levou até o quarto árbitro.

O jogo seguiu. Mas a Argentina se entregou. Maicon chutou cruzado e Ramires, de carrinho, quase marcou o quarto. O meia, que havia entrado na partida, chegou atrasado no lance. Dunga, então, chamou Adriano para entrar no lugar de Luis Fabiano. A torcida brasileira foi à loucura e começou a gritar "o Imperador voltou". Conhecido como carrasco dos argentinos, o atacante entrou em campo. Mas a sua entrada serviu apenas para deixar os argentinos ainda mais assustados. O Brasil estava mais uma vez garantido na Copa do Mundo.


Ficha técnica:
ARGENTINA 1 x 3 BRASIL
BRASIL
Julio César, Maicon, Lucio, Luisão, André Santos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano (Daniel Alves), Kaká; Robinho (Ramires) e Luis Fabiano (Adriano).
Técnico: Dunga.
ARGENTINA
Andújar, Zanetti, Sebá Dominguez, Otamendi, Heinze; Mascherano, Véron, Maxi Rodriguez (Sergio Agüero), Dátolo; Messi e Tevez (Diego Milito).
Técnico: Diego Maradona.
Gols: Luisão, aos 24 minutos, e Luis Fabiano, aos 30 do primeiro tempo; no segundo tempo, Dátolo, aos 20 minutos, e Luis Fabiano, aos 21.
Cartões amarelos: Lucio, Kaká, Luisão, Luis Fabiano, Ramires (BRA); Mascherano, Verón (ARG)
Estádio: Gigante de Arroyito, em Rosário, Argentina. Data: 05/09/2009.
Árbitro: Oscar Ruiz (COL).
Auxiliares: Abraham Gonzalez (COL) e Wilmar Roldan (COL).


CHILE 2X2 VENEZUELA
Chile empata em casa com a Venezuela, mas se mantém em segundo

O Chile recebeu a Venezuela neste sábado, pelas elimininatórias da Copa do Mundo de 2010, e não conseguiu superar o adversário em jogo em que as duas equipes chegaram a ficar à frente no placar. O 2 a 2 acabou sendo o resultado final, o que deixou os chilenos na segunda colocação agora ao lado do Paraguai, que venceu o a Bolívia por 1 a 0.

As duas equipes somam 27 pontos - três a menos do que o Brasil -, mas o Chile tem um gol a mais de saldo. A Venezuela, com 18, permanece em oitavo. Na próxima rodada, os chilenos vão encarar a seleção brasileira, em Salvador, na próxima quarta-feira. No mesmo dia, os venezuelanos recebem o Peru.

O primeiro gol do jogo saiu logo aos dez minutos. Matías Fernández bateu escanteio da direita, Arturo Vidal ganhou no alto e cabeceou para a rede. Aos 33, porém, empate dos visitantes. Arango deixou Maldonado em boas condições, e o atacante não perdoou: 1 a 1.

A Venezuela ainda conseguiu marcar mais uma vez antes do intervalo. Manuel Rey bateu falta da entrada da área e acertou um belo chute no ângulo direito para virar. O Chile voltou para o segundo tempo disposto a não deixar o resultado como estava. E voltou a empatar aos sete minutos, também em jogada de bola parada. Milar aproveitou rebote e colocou 2 a 2 no placar.