Em duelo argentino, Vélez supera o Boca e segue na Copa Sul-Americana
O Vélez Sarsfield venceu o Boca Juniors por 1 a 0, no Estádio José Amalfitani, nesta quarta-feira, pela primeira fase da Copa Sul-Americana. Como os dois times empataram por 1 a 1 na primeira partida, a equipe azul e branca avançou para a próxima fase do torneio, para delírio da torcida, que lotou as arquibancadas.
A fase do Boca não é das melhores. A equipe de Riquelme está apenas na décima posição do Torneio Apertura, enquanto o Vélez é vice-líder e vive um bom momento com a torcida.
Com o Vélez tendo as melhores oportunidades, o primeiro tempo foi bastante movimentado. Aos 27 minutos, Maxi Moralez deu um belo chute no ângulo do gol do Boca, mas Abbondanzieri foi lá para fazer grande defesa. Logo depois, foi a hora do time de Alfio Basile reagir: Palermo cruzou, e Noir perdeu uma grande chance de cabeça. No fim, o goleiro do Boca Juniors ainda precisou fazer grande defesa em cabeçada do uruguaio Hernán López.
O segundo tempo não foi tão bom quanto o primeiro. Mesmo assim o Vélez foi melhor e fez o único gol da partida aos 15 minutos, Cristaldo recebeu livre no meio da área e fuzilou para o gol. O time da casa ainda teve o domínio do jogo até o fim da partida, mas se limitava a mandar bolas cruzadas para a área do Boca.
O Vélez enfrenta agora o chileno Unión Española pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana.
BOTAFOGO (BRA) 3X2 ATLÉTICO - PR (BRA)
Botafogo vence o Atlético-PR, chega às oitavas e põe fim a longo jejum

Na próxima fase da Copa Sul-Americana, o Botafogo vai enfrentar o Emelec, do Equador, ainda este mês: dia 23, no Engenhão, e dia 30, fora de casa. A classificação também representará a premiação de pouco menos de R$ 200 mil por parte da organização do torneio.
O jogo
Desde o momento em que a bola rolou, o clima era de velório na arquibancada, com a torcida em silêncio, num claro sinal de tensão. Mas em campo, o Botafogo pouco fazia para motivar o público. Com as pernas presas, os jogadores se mostravam estáticos, sem movimentação e com erros primários nos passes até de dois metros. Desorganizada, a equipe não mostrava qualquer sinal de esquema tático.
Por isso, mesmo sem quatro titulares – todos poupados – o Atlético-PR começou melhor, aproveitando-se do desespero adversário. A equipe exercia forte marcação na saída de bola do Botafogo, forçando o erro de passe. Em eventuais chutões e cruzamentos, o Alvinegro chegava mais perto do gol, como num lance em que reclamou de um pênalti em André Lima, que teria sido empurrado por Manoel dentro da área.
Sem muito esforço, o Atlético abriu o placar aos 32 minutos, depois que Wesley recebeu lançamento pelo lado esquerdo, driblou Alessandro facilmente e chutou forte, fazendo 1 a 0. Neste momento, a tensão da arquibancada transformou-se em ira, com xingamentos ao lateral-direito alvinegro, a Castillo e à diretoria do Botafogo. O gol só piorou o desempenho da equipe em campo, acentuando os erros infantis. Em determinado momento, os jogadores pareceram exagerar nas quedas próximas à área, apostando nas cobranças de Lucio Flavio e Juninho.
E assim, foi numa jogada isolada que o Botafogo conseguiu empatar a partida aos 45 minutos. Após cruzamento na área, Reinaldo subiu para cabecear e foi derrubado por Bruno Costa. Desta vez, o árbitro assinalou o pênalti, e Lucio Flavio cobrou. Para aumentar a dose de sofrimento, a bola ainda tocou na trave esquerda de Galatto antes de balançar a rede.
Na volta do intervalo, Estevam Soares substituiu o perseguido Alessandro por Thiaguinho, que mostrou mais velocidade. Logo aos dois minutos, o Botafogo voltou a reclamar de um pênalti, desta vez em cima de Jônatas, que demorou a chutar para o gol. Mas foi novamente o Atlético-PR que começou melhor, se aproveitando dos muitos espaços e da falta de organização da defesa alvinegra.
Alternâncias no placar
Mas se não havia jeito de ser superior na técnica, a solução era não desistir de lutar. Dessa forma, aos trancos e barrancos, o Botafogo alcançou a virada, aos 15 minutos. Depois de uma investida de Lucio Flavio dentro da área, a bola sobrou para Gabriel, que tocou para o fundo da rede, fazendo 2 a 1. Victor Simões, que se preparava para entrar, teve de voltar ao banco de reservas por ordem de Estevam Soares.
O Atlético continuou a insistir no ataque. Sempre explorando os muitos espaços deixados pela defesa, a equipe visitante teve grande chance aos 17 minutos, quando Wallyson recebeu, e mal marcado por Wellington, chutou para fora, mesmo frente a frente com Castillo. O Botafogo respondeu logo depois, mas Reinaldo demorou a chutar e foi travado por Manoel.

Mas o Botafogo não desistiu e chegou à vitória dois minutos depois. Lucio Flavio cobrou falta dentro da área, André Lima desviou, e Wellington completou para o gol. Já nos acréscimos, Victor Simões entrou livre e perdeu um gol feito ao acertar a trave, antes do apito final. Apesar do sofrimento, os alvinegros saíram bem mais leves do Engenhão.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 3 x 2 ATLÉTICO - PR
BOTAFOGO
Castillo, Emerson, Juninho e Wellington; Alessandro (Thiaguinho), Leandro Guerreiro, Jônatas, Lucio Flavio e Gabriel (Eduardo); Reinaldo (Victor Simões) e André Lima.
Técnico: Estevam Soares.
ATLÉTICO - PR
Galatto, Bruno Costa, Manoel e Fransergio; Raul (Nei), Valencia, Rafael Miranda (Jhonatan), Marcinho e Wesley; Wallyson e Alex Mineiro (Patrick).
Técnico: Antônio Lopes.
Gols: Wesley, aos 32, e Lucio Flavio, aos 45 minutos do primeiro tempo; Gabriel, aos 15, Nei, aos 36, e Wellington, aos 38 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Leandro Guerreiro (Botafogo); Valencia, Bruno Costa, Patrick (Atlético-PR).
Público: 4.519 pagantes. Renda: R$ 28.512,50.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 16/09/2009.
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa/SP).
Auxiliares: Ednilson Corona (Fifa/SP) e Carlos Berkenbrock (Fifa/SC).
GOIAS (BRA) 1[6]X1[5] ATLÉTICO - MG (BRA)
Nos pênaltis, Goiás vence o Atlético-MG e avança na Copa Sul-Americana

Na disputa final, o goleiro Harlei fez a diferença e defendeu as cobranças de Renan e Chiquinho, garantindo o triunfo goiano.
Ouça os gols na narração de Osvaldo Reis, da Rádio Globo
O próximo adversário do Goiás será o Cerro Porteño, do Paraguai, que eliminou o boliviano La Paz.
Fernandão dá trabalho na primeira etapa
A primeira etapa foi marcada pelo equilíbrio, com as duas equipes buscando o gol, sem medo de se expor. Aos 15, o atleticano Tchô aproveitou chute cruzado de Renan Oliveira e emendou para as redes, mas o árbitro Leandro Vuaden assinalou o impedimento. O Goiás devolveu o susto aos 23. Felipe recebeu na entrada da área e quase surpreendeu o goleiro Bruno, mas a bola acabou desviada para escanteio.
Com a obrigação de marcar, o Galo aumentou a pressão e, aos 30, Alessandro fez jogada individual na área esmeraldina e carimbou o travessão de Harlei.
Os donos da casa não se intimidaram e tiveram duas ótimas oportunidades com sua dupla de ataque. Aos 37, Felipe fez o cruzamento para o cabeceio de Fernandão, mas a bola saiu sobre o gol atleticano. Pouco depois, aos 39, foi a vez do camisa 9 servir Felipe, que emendou de esquerda, de frente para o gol, e desperdiçou.
Gols no segundo tempo
Na segunda etapa, as equipes se apresentaram mais cautelosas, mas as redes finalmente balançaram. Aos 25, o experiente Júnior recebeu lançamento de Renan e, com tranquilidade, tocou na saída do goleiro Harlei para o fundo das redes.
O empate esmeraldino veio em lance que gerou muitos protestos dos atleticanos. Fernandão recebeu cruzamento na área e foi derrubado por Thiago Cardoso. Apesar de o auxiliar não ter assinalado a penalidade máxima, o árbitro não teve dúvidas e apontou para a marca de cal. Na cobrança, Felipe, com três paradinhas, chutou alto no lado direito de Bruno e igualou o placar, aos 31.
Com o resultado, a decisão foi para a disputa de pênaltis. Felipe, Fernandão, Zé Carlos, Léo Lima, Vitor e Leandro Euzébio converteram para o Esmeraldino. Bruno Meneghel mandou por cima da trave. Coube ao goleiro Harlei fazer a diferença e, apesar das cobranças certeiras de Júnior, Alessandro, Wellington Saci, Tchô e Alex Bruno, o goleiro levou a melhor diante de Renan e Chiquinho e comemorou a classificação.
Ficha técnica:
GOIÁS 1 (6) x 1 (5) ATLÉTICO - MG
GOIÁS
Harlei, Ernando, Leandro Euzébio e João Paulo; Vitor, Ramalho (Bruno Meneghel), Everton, Léo Lima e Júlio César (Zé Carlos); Fernandão e Felipe.
Técnico: Hélio dos Anjos.
ATLÉTICO - MG
Bruno, Diego, Alex Bruno e Thiago Cardoso; Marcos Rocha (Sheslon), Renan, Tchô, Júnior e Wellington Saci; Renan Oliveira (Chiquinho) e Alessandro.
Técnico: Celso Roth.
Gols: Júnior, aos 25 e Felipe aos 31 minutos do segundo tempo.
Disputa de pênaltis: Felipe, Fernandão, Zé Carlos, Léo Lima, Vitor e Leandro Euzébio (Goiás); Júnior, Alessandro, Wellington Saci, Tchô e Alex Bruno (Atlético-MG).
Cartões amarelos: Vitor, Leandro Euzébio, Júlio César (Goiás); Alessandro, Thiago Cardoso, Alex Bruno (Atlético-MG).
Estádio: Serra Dourada. Data: 16/09/2009.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS).
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Erich Bandeira (Fifa-PE).