domingo, 18 de outubro de 2009

30 Rodada:Série A

GRÊMIO 2X0 CORITIBA
Grêmio supera atuação ruim, vence e complica o Coritiba

O Grêmio vive. Com problemas claros, com um futebol longe do ideal, aos trancos e barrancos, mas vive. E o Coritiba patina. Apesar da qualidade de Marcelinho Paraíba, patina perigosamente, andando de marcha ré no caminho da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Neste domingo, o Tricolor jogou mal, mas contou com novos milagres de Victor para vencer o Coxa por 2 a 0 no Olímpico. Os gols foram marcados por Perea e Souza.

O resultado mantém o time gaúcho na luta pela Libertadores. Subiu para 44 pontos, em sétimo, cinco pontos atrás do São Paulo, o atual dono da quarta vaga. O Coritiba, estacionado na 15ª colocação, tem 34 pontos, cinco à frente do grupo de rebaixados. Precisa abrir o olho.

E agora é tudo clássico para Grêmio e Coritiba. No domingo, a equipe de Paulo Autuori visita o Inter no Beira-Rio. O Coxa recebe o Atlético-PR no Couto Pereira no mesmo dia. Os dois jogos são às 16h.

Falhas, trapalhadas, milagres e gol de Perea

Quase tudo se resumiu aos milagres de Victor e Edson Bastos no primeiro tempo. Para curar as falhas de Grêmio e Coritiba no Olímpico, os dois goleiros tiveram que agir. Não fosse o gol de Perea lá no último minuto da etapa inicial, os atletas que vestem a camisa 1 dividiriam só entre eles o protagonismo dos primeiros 45 minutos.

Gaúchos e paranaenses erraram muito. Especialmente os mandantes. Tcheco parecia estar em outro mundo. Foi desarmado repetidas vezes, desatento, sonolento. Lúcio, Rochemback e Souza também comeram mosca. E o Coxa quase aproveitou. Prevaleceu (nenhuma novidade) a figura de Victor.

Marcelinho Paraíba, pouco importa o passar dos anos, ainda desequilibra. Dois chutes dele, aos quatro e aos 11 minutos, exigiram agilidade do goleiro gremista. Aos 39, o meia-atacante do Coxa deixou Marcos Aurélio na cara de Victor, que precisou sair com coragem para colocar corpo e cabeça na bola – e no adversário. O chute saiu truncado, e a zaga cortou. Cabeceio de Pereira e chute cruzado de Marcos Aurélio ainda ameaçaram a defesa azul.

O Grêmio também teve boas chances. Quase todas pararam em Edson Bastos. Quase. Depois de cabeceios de Mário e de Léo, de pancada de Souza, de chute cruzado de Maxi López, surgiu Perea para decidir. Foi pela esquerda da área, aos 46 minutos do primeiro tempo. Ele mandou uma pancada cruzada, alta, no único canto onde a bola poderia entrar. Ela passou feito um raio por Edson Bastos. Foi a redenção de um atacante em um primeiro tempo com destaque para os goleiros.

Chances para o Coxa, gol para o Grêmio

O Grêmio contou com a expulsão de Renatinho no segundo tempo para poder controlar o jogo e manter a vitória com naturalidade. Mas não fez nada disso. Mesmo com um jogador a menos, o Coxa ameaçou. Só não fez porque o gol defendido por Victor parecia blindado contra tiros paranaenses.

Com 11 minutos, Marcelinho Paraíba controlou a bola, caiu com ela, entrou e saiu da área sem ser desarmado. Aí acionou Ângelo na direita. O cruzamento passou por todo mundo na área, menos por Thiago Gentil, que concluiu sozinho, mas para fora. Foi uma oportunidade rara, mas não única. Mais tarde, aos 18, Gentil cabeceou no ângulo. Victor salvou.

E não foi só. O Grêmio continuou jogando mal demais, com falhas bizarras, clamando para levar o empate. Rômulo, aos 29, recebeu sozinho, de frente para Victor. E o goleiro salvou. De novo...

O Tricolor seguiu mal o tempo todo, mas conseguiu amenizar a pressão paranaense. Renato, aos 37 minutos, mandou pancada no travessão de Edson Bastos. Souza, na sequência, aproveitou cruzamento de Maxi López e concluiu para o gol: 2 a 0 e fim de papo no Olímpico.


GRÊMIO 2 x 0 CORITIBA
GRÊMIO
Victor, Mário Fernandes, Léo, Réver e Lúcio; Túlio, Fábio Rochemback, Tcheco (Renato) e Souza; Perea (Roberson) e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori.
CORITIBA
Edson Bastos, Ângelo, Pereira, Jeci e Luciano Amaral; Leandro Donizete, Carlinhos Paraíba (Romulo), Renatinho e Marcelinho Paraíba; Thiago Gentil e Marcos Aurélio (Makelele).
Técnico: Ney Franco.
Gols: Perea, aos 46 minutos do primeiro tempo e Souza, aos 38 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Túlio, Maxi Lopez, Tcheco e Perea(Grêmio). Pereira, Edson Bastos, Ângelo e Thiago Gentil (Coritiba).
Cartão vermelho: Renatinho (Coritiba).
Estádio: Olímpico. Data: 18/10/2009.
Árbitro: Célio Amorim (SC).
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moises (Fifa-RJ) e Marco Antonio Martins (SC).


SPORT 2X0 CORINTHIANS
Na Ilha do Retiro, ex-corintianos brilham e dão vitória ao Sport contra o Corinthians

Dois ex-corintianos, um formado no Parque São Jorge e outro que esteve na campanha do rebaixamento, foram os carrascos do Corinthians neste domingo. Na Ilha do Retiro, no Recife, Wilson e o boliviano Arce fizeram os gols da vitória por 2 a 0 do Sport, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado não tira o Leão da penúltima colocação, mas dá mais ânimo à equipe na luta contra a Série B.

A equipe pernambucana não vencia no Nacional havia três rodadas. O último triunfo tinha sido no dia 27 de setembro, por 2 a 1, sobre o Santo André. De lá para cá, empatou com Grêmio e Goiás e perdeu do Santos. Agora pelo menos, o Leão abre dois pontos para o Fluminense, que ainda amarga a lanterna da competição.

Já o Corinthians, que tinha reagido na rodada passada ao vencer o Grêmio, depois de cinco rodadas sem triunfos, voltou a jogar mal e a perder fora de casa. Com 42 pontos, a equipe do técnico Mano Menezes, que começou a rodada em oitavo, caiu para décimo, mas ainda pode cair mais dependendo dos resultados das 18h30m.

Com a provável volta de Ronaldo, o Corinthians joga novamente pelo Campeonato Brasileiro no domingo, dia 25, contra o Cruzeiro, às 18h30m, no estádio do Pacaembu, pela 31ª rodada. O Sport, por sua vez, visita o Avaí, no estádio da Ressacada, em Florianópolis, no mesmo dia e horário que o duelo do Timão.

Boliviano faz a diferença



Sem Ronaldo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o técnico Mano Menezes colocou Edno para compor o meio-campo. A intenção de melhorar a armação do Corinthians não deu certo. Melhor para o Sport, que desesperado pela vitória foi para cima do rival paulista, tocando a bola e explorando principalmente o lado direito do campo.

Aos 7 minutos, a primeira boa chance da equipe pernambucana. Após cruzamento de Wilson da direita, Arce cabeceou e obrigou boa defesa de Felipe. No rebote, Fabiano, sozinho, acertou o travessão. Tudo isso ocorreu, porém, enquanto o árbitro já marcava, de maneira equivocada, impedimento de Arce no primeiro lance.

Mas o Leão não desistiu. Aos 14 foi a vez de Arce tentar um cruzamento da direita. O goleiro do Timão saiu de soco na bola e, na sobra, o zagueiro Durval cabeceou por cima. A primeira chance do Corinthians foi criada apenas aos 19 minutos. E não foi nada demais. Marcelo Mattos bateu falta de longe e mandou longe da meta de Magrão.

Sem criatividade, o Timão contou com uma ajudinha do Sport para dominar um pouco a primeira etapa. Tudo por conta dos excessivos erros de passe da equipe da Ilha do Retiro. O problema foi que o Corinthians não aproveitou isso para se aproximar do gol. A única chance criada foi em chuta de fora da área de Marcelo Oliveira, aos 32.

Mas o Sport se achou novamente em campo. Pior para o Timão. Após lançamento de longa distância, o atacante Arce dominou na entrada da área, entortou o zagueiro William e chutou forte de perna direita para abrir o marcador. Aos 40, os paulistas tiveram a chance de empatar, mas Edno, após passe de Chicão, mandou para fora.

Leão mais eficiente



Insatisfeito com o rendimento do Corinthians na etapa inicial, o técnico Mano Menezes promoveu uma mudança no time para o segundo tempo. Sacou Marcelo Oliveira da lateral esquerda para a entrada do atacante Henrique. Assim, Balbuena foi deslocado da direita para esquerda, e Jucilei ficou responsável pela direita.

E foi de Jucilei a primeira boa chance do Timão. Aos 3 minutos, após bom cruzamento da esquerda, o volante se antecipou aos zagueiros e cabeceou firme. Bem colocado, Magrão fez excelente defesa e evitou o gol de empate. A próxima oportunidade, porém, seria do Sport. Dutra arriscou de longe e Felipe espalmou por cima.

O camisa 1 do Timão apareceu bem novamente aos 13. Após passe, Arce apareceu livre na esquerda. O boliviano dominou, cortou e rolou para a chegada de Moacir, que bateu e viu bela intervenção do goleiro. Logo em seguida, o Timão chegou bem ao ataque. Henrique rolou para Dentinho, que, de carrinho, desviou para fora.

Apesar das tentativas do Corinthians, o Sport foi mais efetivo. Aos 22 minutos, Wilson fez boa jogada pela direita, deixou Balbuena para trás e bateu cruzado. Felipe caiu para interceptar um cruzamento, mas a bola foi direto para a rede: 2 a 0. O Timão voltou a assustar aos 32, quando Chicão bateu falta colocada e Magrão espalmou.

Com a vantagem de dois gols, o Sport recuou um pouco e administrou a posse de bola, sem dar espaços para uma reação corintiana.


Ficha técnica:
SPORT 2 x 0 CORINTHIANS
SPORT
Magrão; Moacir, César, Durval e Dutra; Hamilton, Andrade, Fabiano (Zé Antonio) e Luciano Henrique; Wilson (Vandinho) e Arce (Fininho).
Técnico: Péricles Chamusca.
CORINTHIANS
Felipe; Balbuena, Chicão, William e Marcelo Oliveira (Henrique); Marcelo Mattos (Jadson), Jucilei, Elias e Edno (Defederico); Jorge Henrique e Dentinho.
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Arce, aos 36 minutos do primeiro tempo; Wilson, aos 22 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Andrade, Luciano Henrique, Moacir (S); Marcelo Oliveira, William (C).
Estádio: Ilha do Retiro, no Recife (PE). Data: 18/10/2009.
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL).
Auxiliares: Otávio Correia de Araújo Neto (AL) e Pedro Jorge Santos de Araújo (AL).


PALMEIRAS 0X2 FLAMENGO
Petkovic coloca Fla perto do G-4 e complica o líder Palmeiras



No confronto entre duas estrelas da nova geração, Diego Souza e Adriano viram brilhar o talento de um veterano de 37 anos. Com boa atuação de Petkovic, o Flamengo venceu o líder Palmeiras por 2 a 0, neste domingo, no Palestra Itália, se aproximou do G-4 e colocou ainda mais fogo no Campeonato Brasileiro, restando apenas oito rodadas para o final. O sérvio marcou dois gols, um deles em jogada individual no primeiro tempo (assista ao vídeo ao lado) e ainda fez um olímpico na etapa final: o árbitro tinha anotado o gol para Ronaldo Angelim, que tentou desviar a bola, mas voltou atrás em seguida. Foi a primeira derrota do líder dentro do Palestra Itália neste Nacional. O atacante palmeirense Vagner Love ainda desperdiçou uma cobrança de pênalti nos minutos finais.

Esta foi a terceira chance de disparar na ponta da tabela perdida pelo Verdão (vinha de derrota para o Náutico e empate em casa com o Avaí). Por sorte, a distância para o segundo colocado caiu apenas um ponto. O time permanece com 54, quatro a mais que o Atlético-MG, que assumiu o posto ao derrotar o São Paulo, no Morumbi.

Já o Rubro-Negro vive momento totalmente contrário. São agora nove partidas sem perder (seis vitórias e três empates), desempenho que coloca o time do Rio de Janeiro na quinta colocação, com 48 pontos, um a menos que o Tricolor paulista, último a se garantir na Taça Libertadores de 2010 neste momento.

O Palmeiras tentará a reabilitação contra o Santo André, quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no estádio Bruno José Daniel, no ABC paulista. O Flamengo faz o clássico contra o Botafogo, domingo, às 18h30m, no Engenhão, no Rio de Janeiro.



Pet deixa a sua marca: golaço

Com a estratégia mais cautelosa do Flamengo, com apenas Adriano e Petkovic sem obrigação de marcar, o Palmeiras começou a partida apostando na velocidade para surpreender. A primeira boa oportunidade surgiu pelo alto. Logo aos dois minutos, o zagueiro Danilo lançou da intermediária, Diego Souza apareceu por trás da zaga e cabeceou com perigo, à direita do goleiro Bruno.

O Verdão, porém, sofreu para colocar a boa no chão por causa da marcação adversária. Willians e Zé Roberto grudaram em Souza e Edmílson, respectivamente, enquanto Maldonado seguiu Cleiton Xavier e Toró foi a sombra de Diego, impedindo os paulistas de criarem para a dupla de ataque formada por Robert e Vagner Love.

O problema fez o Palmeiras insistir no jogo aéreo. Aos 20, quase deu certo novamente. Armero avançou pela esquerda e cruzou. Robert cabeceou sem marcação, mas a bola tocou no gramado e encobriu a meta. A resposta carioca foi fatal, aos 23, na primeira finalização da equipe no jogo. Petkovic tabelou com Juan, invadiu a área, driblou Edmílson e Danilo e bateu no canto direito alto de Marcos. Um golaço.

Com a desvantagem, o Palmeiras se lançou ao ataque. Aos 27, após cobrança de escanteio pela esquerda, Danilo se antecipou à marcação e cabeceou por cima. Vagner Love também teve a chance dele, aos 34. Na entrada da área, ele passou pela marcação e disparou uma bomba, mas Bruno voou e espalmou para escanteio espetacularmente.

A última oportunidade da primeira etapa também veio dos pés do artilheiro do amor. Aos 47, ele girou sobre a marcação de Ronaldo Angelim e finalizou rasteiro para defesa em dois tempos de Bruno. Fim do primeiro tempo de algumas vaias e poucos aplausos para o rendimento alviverde.

Gringo faz de escanteio, e Love perde pênati



O Palmeiras voltou para o segundo tempo tentando sufocar, mas levou de cara dois grandes sustos. Aos três, em contra-ataque, Léo Moura recebeu de Adriano, invadiu a área e bateu rasteiro. Marcos salvou com os pés e ainda conseguiu agarrar a bola antes que o Imperador finalizasse. No minuto seguinte, Petkovic aplicou belo drible em Edmílson, avançou e chutou à esquerda de Marcos.

Os lances acabaram com o ímpeto do Verdão. Diego Souza e Cleiton Xavier, em tarde de pouca inspiração, continuaram sendo presas fáceis para a marcação. Para piorar, o Flamengo fez o segundo, novamente em grande estilo com Petkovic, aos 16. O gringo cobrou escanteio pela esquerda, Ronaldo Angelim tentou desviar, a bola passou entre as pernas de Wendel e entrou. Marcos ainda tentou evitar, mas não conseguiu. Gol olímpico, que árbitro Sandro Ricci chegou a anotar como do zagueiro, mas voltou atrás logo depois (assista ao vídeo acima).

Com a desvantagem, Muricy Ramalho tentou dar mais velocidade ao sistema ofensivo: sacou Robert e colocou Ortigoza. Aos 24, em falta sofrida pelo paraguaio na intermediária, o Palmeiras teve seu melhor lance na etapa final até então. Diego Souza cobrou falta por cima da barreira e o goleiro Bruno espalmou.

Nos contra-ataques, o Flamengo voltou a levar perigo e poderia ter até ter aumentado o placar. Aos 31, Zé Roberto recebeu de Petkovic e foi levando a bola para a entrada da área e chutou forte e a bola explodiu no travessão, com Marcos adiantado.

Restando mais de dez minutos para o encerramento da partida, a torcida do Palmeiras começou a deixar o Palestra Itália, vaiando a equipe e reclamando do técnico Muricy Ramalho. Alguns, aliás, não viram o Palmeiras perder mais uma chance. Aos 40, Wendel cruzou para a área e o árbitro marcou pênalti de Ronaldo Angelim em dividida pelo alto com Ortigoza. Vagner Love bateu e, ao melhor estilo Roberto Baggio, mandou a bola e esperança do torcedor para as alturas.

Muricy ainda tentou com a entrada de Marquinhos no lugar de Souza. Mas, até o final, o Flamengo tocou a bola, administrou o placar e voltou para o Rio de Janeiro sonhando com a Libertadores e, quem sabe, até com o título.


Ficha técnica:
PALMEIRAS 0 x 2 FLAMENGO
PALMEIRAS
Marcos, Wendel, Maurício, Danilo e Armero; Edmílson, Souza (Marquinhos), Cleiton Xavier e Diego Souza; Robert (Ortigoza) e Vagner Love.
Técnico: Muricy Ramalho.
FLAMENGO
Bruno; Léo Moura, Aírton, Ronaldo Angelim e Juan; Maldonado, Toró (Fierro), Willians e Petkovic (Welinton); Zé Roberto (Lenon) e Adriano.
Técnico: Andrade.
Gols: Petkovic, aos 23 minutos do primeiro tempo, e Ronaldo Angelim, aos 16 do segundo.
Cartões amarelos: Diego Souza e Edmílson(Palmeiras); Toró, Willians e Ronaldo Angelim (Flamengo).
Público pagante: 26.462. Renda: R$ 1.246.776,24.
Estádio: Palestra Itália, em São Paulo (SP). Data: 18/10/2009.
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa DF).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa PR) e Enio Ferreira de Carvalho (DF).


FLUMINENSE 2X2 INTERNACIONAL
Inter e Flu empatam e perdem chance de se aproximar dos seus objetivos

Em um jogo emocionante, Fluminense e Internacional empataram por 2 a 2, no Maracanã, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, os gaúchos perderam uma ótima oportunidade de assumir a segunda colocação e colar no líder Palmeiras, que soma 54 pontos. Já o Fluminense seguiu na lanterna da competição e viu o Sport abrir dois pontos de vantagem (28 contra 26).

Na próxima rodada, o Fluminense vai encarar o Goiás, no Serra Dourada. O Internacional, que passou a somar 49 pontos e ficou na terceira colocação, pega o Grêmio, no Beira-Rio, no clássico gaúcho. As duas partidas vão acontecer no próximo domingo.

Confira aqui a classificação do Campeonato Brasileiro

Colorado abre o marcador, mas Flu empata no fim da etapa inicial
O Fluminense começou melhor e teve duas chances logo nos primeiros minutos. Na primeira, aos 4, Alan dominou na entrada da área e chutou por cima do gol de Lauro. Na outra, dois minutos depois, o mesmo Alan, do mesmo local, arriscou novamente. Deste vez, a bola estourou no peito do camisa 1 colorado e sobrou na marca do pênalti. A defesa gaúcha afastou o perigo.



O Internacional assustou o Fluminense aos dez minutos. Digão falhou, e a bola sobrou para Sandro. O volante invadiu a área e chutou para ótima defesa de Rafael. Na sobra, Alecsandro tocou de leve na bola, e o goleiro voltou a salvar o Tricolor. Aos 12, não teve jeito. Daniel Henrique foi à linha de fundo e cruzou para Alecsandro na marca do pênalti. O camisa 9 bateu de chapa para abrir o marcador.

Aos 17, João Paulo cobrou um lateral para Fred. O atacante girou em cima de um zagueiro e chutou de fora da área. A bola passou por cima do gol de Lauro. O Colorado quase ampliou o marcador aos 23. Alecsandro encontrou Kleber livre na intermediária. O lateral rolou para D´Alessandro, já dentro da área. O argentino chutou, e a bola passou à esquerda de Rafael.

Com o forte calor que castigava os jogadores em campo, o árbitro Wallace Nascimento Valente decidiu paralisar a partida aos 30 minutos para os atletas se refrescarem. A partir daí, o jogo ficou truncado. Enquanto os gaúchos buscavam os contra-ataques, os cariocas só assustavam em lances de bola parada. E foi em uma falta pelo lado esquerdo que o Tricolor empatou. Aos 42, Conca cobrou na cabeça de Gum, que apenas testou para deslocar o goleiro Lauro: 1 a 1.

Segundo tempo

O Inter assustou o Fluminense logo com um minuto da etapa final. Glaydson cruzou da direita para Alecsandro, mas a zaga tricolor chegou antes e afastou o perigo. No minuto seguinte, Mariano recebeu ao lado da grande área e chutou. Lauro se esticou todo para evitar que a bola chegasse a Fred, que estava pronto para virar o jogo.

O mesmo Mariano teve outra ótima chance aos quatro minutos. Fred rolou para João Paulo do lado esquerdo da grande área. O jogador cruzou no pé de Mariano, que chegava pelo outro lado. O lateral-direito chutou de primeira, e a bola bateu na rede pelo lado de fora, acordando de vez os tricolores no Maracanã.

Irritado com a apatia do seu time, o técnico Mário Sérgio fez duas alterações. O treinador sacou Sandro e D´Alessandro e apostou nas entradas da Andrezinho e Marquinhos. E foi justamente com os dois atletas que o Internacional chegou ao seu segundo gol, aos 20. O ex-jogador do Flamengo fez um lançamento para Marquinhos na ponta esquerda. O jogador passou por um adversário e chutou da entrada da área para marcar.

O Fluminense teve uma ótima chance de empatar aos 24. Conca lançou para Fred dentro da área. O atacante dominou e tocou para Ruy, que chutou em cima de Lauro. E o time tricolor parou por aí. Com a torcida irritada pela atuação ruim e mais uma derrota se aproximando, os jogadores se mostraram nervosos em campo e chegavam ao gol colorado de forma desordenada.

Sem muito o que fazer, o técnico Cuca fez uma última aposta. O treinador sacou o atacante Fred, que deixou o campo vaiado, e colocou Adeílson. O time deu uma melhorada e chegou ao empate na base do desespero. Aos 41, Gum aproveitou um cruzamento da direita e tocou para o gol para marcar.


Ficha técnica:
FLUMINENSE 2 x 2 INTERNACIONAL
FLUMINENSE
Rafael, Gum, Luiz Alberto e Digão; Mariano (Ruy), Diogo, Diguinho, Darío Conca e João Paulo (Marquinho); Alan e Fred (Adeílson)
Técnico: Cuca.
INTERNACIONAL
Lauro, Sorondo, Índio, Fabiano Eller e Kleber; Guiñazu, Daniel Henrique (Danny Morais), Sandro (Andrezinho) e D'Alessandro (Marquinhos); Glaydson e Alecsandro.
Técnico: Mário Sérgio.
Gols: Alecsandro, aos 12, e Gum, aos 42 minutos do primeiro tempo. Marquinhos, aos 20, e Gum, aos 41 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fred, Conca e Digão (Flu), Daniel, Fabiano Eller e Glaydson (Inter).
Estádio: Maracanã. Data: 18/10/2009.
Público: 28.138 pagantes.
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES).
Auxiliares: Carlos Berkenbrock (SC) e Fabiano da Silva Ramires (ES).


CRUZEIRO 1X0 BOTAFOGO
Cruzeiro supera rixa entre técnico e torcida e vence Botafogo no Mineirão



Rosto vermelho, punhos cerrados e um desabafo: “Toma”. Em mais um capítulo da relação conturbada com a torcida, o técnico Adilson Batista comemorou dessa forma a vitória do Cruzeiro por 1 a 0 sobre o Botafogo, na noite deste domingo, no Mineirão. A partida foi válida pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O descontrole do treinador foi motivado pelas vaias e os gritos de burro que ouviu pouco antes de Thiago Ribeiro fazer o gol único do duelo.

A terceira vitória consecutiva deixa o Cruzeiro na sétima colocação, com 45 pontos. A equipe está a quatro do G-4. Apesar da felicidade pelo resultado, o atacante Soares preocupa. Ele deixou o estádio de ambulância após um lance em que bateu a cabeça no corpo de Batista. A suspeita era de trauma na cervical.

Recuado durante boa parte do jogo, o Botafogo pode reclamar de um impedimento mal marcado contra si que antecedeu ao gol cruzeirense. Na tabela de classificação, a derrota reacende o sinal de alerta. A equipe mantém a 16ª posição, com 32 pontos, mas está somente dois à frente do Z-4.

Na próxima rodada, a Raposa visita o Corinthians, no Pacaembu. A partida será domingo. No mesmo dia, o Botafogo tem o clássico contra o Flamengo, no Engenhão.

Jefferson salva o Botafogo

Sem poder contar com Kleber, Welington Paulista e Gilberto, o técnico Adilson Batista teve de recorrer a uma escalação diferente. O equatoriano Guerrón iniciou a partida ao lado de Thiago Ribeiro. Mas a primeira chance foi do ala Diego Renan. Aos nove, ele chutou de fora da área e Jefferson defendeu sem dar rebote.

Também desfalcado, mas principalmente na defesa, o Botafogo apostou na manutenção do esquema com três atacantes (Jóbson, Victor Simões e André Lima) para puxar contra-ataques.

Porém, os anfitriões detiveram o domínio da partida no primeiro tempo e esbarraram em um inimigo íntimo: Jefferson, revelado na Toca. Aos 21, Thiago Ribeiro recebeu lançamento, entrou livre, mas o goleiro alvinegro saiu bem e conseguiu bloqueá-lo. O Cruzeiro insistiu. Aos 28, Guerrón bateu da ponta direita e Jefferson espalmou. O goleiro botafoguense sai novamente nos pés,de Thiago Ribeiro aos 37 e evita outro gol.

O Botafogo ameaçou em chute cruzado de Victor Simões, e que Fábio segurou. E foi só até o fim da etapa inicial.

Gol e desabafo

No segundo tempo, o time celeste travou no bloqueio rival, e o técnico Adilson Batista trocou Guerrón e Leandro Lima por Soares e Fernandinho aos nove. Parte da torcida não gostou e vaiou as substituições.

A resposta do treinador veio aos 17 minutos. Depois de um erro do trio de arbitragem, que assinalou um impedimento erradamente do ataque botafoguense, Jonathan rolou e Thiago Ribeiro tocou na saída de Jefferson. Contrariado, Adilson virou-se em direção às arquibancadas e berrou:

- Toma!

Em desvantagem, o Botafogo lançou-se ao ataque. Aos 19, André Lima finalizou no canto esquerdo e Fábio fez ótima defesa. A partida ficou arrastada, com poucas chances de gol. Soares, aos 36, perdeu os sentidos em um choque com Batista e teve de sair de ambulância. Como Adílson fizera as três alterações, o Cruzeiro ficou com um jogador a menos. O Botafogo aproveitou-se e dominou os minutos finais. Jóbson chutou fraco aos 41, e Fábio espalmou. A partida foi até os 51, e os visitantes ainda tiveram uma última chance. Lucio Flavio cobrou falta e a bola passou rente ao ângulo direito.


Ficha técnica:
CRUZEIRO 1 x 0 BOTAFOGO
CRUZEIRO
Fabio; Gil, Thiago Heleno e Caçapa; Jonathan, Henrique (Fabinho), Marquinhos Paraná, Leandro Lima (Fernandinho) e Diego Renan; Guerrón (Soares) e Thiago Ribeiro.
Técnico: Adilson Batista.
BOTAFOGO
Jefferson; Alessandro, Emerson, Teco e Diego (Rodrigo Dantas); Leandro Guerreiro, Fahel (Batista) e Lucio Flavio Jóbson, Victor Simões (Reinaldo) e André Lima.
Técnico: Estevam Soares.
Gols: Thiago Ribeiro, aos 17 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Marquinhos Paraná, Guerrón, Fernandinho e Fabinho (Cruzeiro); Jóbson e Batista (Botafogo)
Estádio: Mineirão. Data: 18/10/2009.
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (Fifa-RS).
Auxiliares: Marcelo Bertanha Barison (RS) José Javel Silveira (RS).
Público: 28.504 pagantes Renda: R$ 415.258,81.


VITÓRIA 3X1 NÁUTICO
Substituições de Mancini funcionam, e o Vitória derrota o Náutico de virada



Leandrão e Jackson saíram do banco de reservas na segunda etapa e garantiram o triunfo do Vitória, de virada, sobre o Náutico, por 3 a 1, no Barradão, neste domingo, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado mantém vivo o sonho dos baianos de brigar por uma vaga no G-4 na reta final da competição, enquanto complica ainda mais a situação dos recifenses, que perderam a oportunidade de ganhar uma posição na tabela e dar um passo importante para escapar do rebaixamento.

Apesar da superioridade dos rubro-negros, que chegaram a perder um pênalti, com Roger, na primeira etapa, Bruno Mineiro abriu o placar para os alvirrubros, no primeiro minuto do segundo tempo. Mas, após a expulsão do zagueiro Vágner Silva, Leandrão, duas vezes, e Jackson marcaram para o Leão.

Os comandados de Vagner Mancini são os nono colocados, com 44 pontos, cinco a menos que o quarto, o São Paulo. O Timbu segue ameaçado, com 29, na 18ª posição.



As equipes voltam a campo no sábado. O Vitória enfrenta o Atlético-MG, no Mineirão, às 18h30m (de Brasília), mesmo horário em que o Náutico recebe o Barueri, nos Aflitos.

Oportunidades desperdiçadas

A primeira ameaça do Vitória aconteceu aos 11 minutos do primeiro tempo. Em boa jogada pela direita, Nino Paraíba fez o cruzamento para a área, e Ramon cabeceou, para a defesa de Gledson. Novamente pelo flanco direito, aos 16, Nino avançou e foi derrubado por Michel. A arbitragem assinalou o pênalti, apesar dos protestos dos recifenses, que pediam que fosse marcada falta fora da área. Na cobrança, Roger chutou no canto direito de Gledson, que escolheu certo e evitou o gol.



Aos 30, foi a vez do Timbu desperdiçar uma chance incrível de marcar. Em contra-ataque veloz, Carlinhos Bala ficou cara a cara com Viafara, mas chutou rasteiro, e o goleiro rubro-negro defendeu com o pé.

Aos 35, Roger recebeu na entrada da área, cortou o zagueiro alvirrubro e chutou colocado, buscando o ângulo esquerdo de Gledson, mas a bola subiu demais e saiu pela linha de fundo. Logo em seguida, aos 38, os visitantes viveram um novo sufoco. Em bola levantada na área, Gledson tentou se antecipar a Roger, mas não conseguiu, e o atacante, de cabeça, carimbou o travessão. No rebote, Gláucio chutou de primeira, e Vagner Silva salvou, quase em cima da linha. O time do técnico Geninho só pôde respirar aliviado quando Cláudio Luiz afastou o perigo.

O Leão ainda teve boa chance aos 45, quando Nino Paraíba chutou de esquerda de fora da área, e a bola saiu por cima do gol, tirando tinta do travessão.

Surpreendido, Leão consegue virada

Se terminou a primeira etapa pressionado, o Náutico voltou do vestiário decidido a mudar a história do jogo. Foi necessário pouco mais de um minuto para Bruno Mineiro aproveitar a boa jogada do Timbu pela esquerda, receber na área e chutar duas vezes para abrir o placar.

A reação do técnico Vágner Mancini veio aos 12. Saíram Roger - sob vaias - e Vanderson, para as entradas de Leandrão e Neto Berola. Antes que as alterações no time baiano surtissem efeito, os recifenses ficaram com um homem a menos em campo. Aos 14, o zagueiro Vágner Silva fez falta dura em Ramon na intermediária e foi expulso sem sequer receber o cartão amarelo.

Mas Mancini teve que esperar pouco pelos frutos de suas alterações. Aos 17, Leandrão aproveitou o cruzamento de Nino Paraíba e, de cabeça, empatou o jogo. Enquanto os rubro-negros comemoravam, os alvirrubros reclamavam de falta do atacante sobre Cláudio Luiz.

A virada baiana veio aos 35. Em mais uma jogada com interferência direta de Mancini, Jackson, que havia acabado de entrar no lugar de Gláucio, fez o passe para Leandrão se antecipar à zaga e desviar de esquerda para marcar o segundo.

A tabela se repetiu, no sentido inverso, aos 46. Na entrada da área, Leandrão recebeu a bola, fez a proteção e rolou para Jackson chegar chutando para o fundo das redes, consolidando a vitória rubro-negra.


Ficha técnica:
VITÓRIA 3 x 1 NÁUTICO
VITÓRIA
Viafara, Nino Paraíba, Wallace, Fábio Ferreira e Leandro; Vanderson (Neto Berola), Uelliton, Ramon e Willian; Roger (Leandrão) e Gláucio (Jackson).
Técnico: Vagner Mancini.
NÁUTICO
Gledson, Vágner Silva, Asprilla e Cláudio Luiz; Patrick (Márcio), Derley (Tuta), Rudnei (Johnny), Irênio e Michel; Carlinhos Bala e Bruno Mineiro.
Técnico: Geninho.
Gols: Bruno Mineiro, a um minuto; Leandrão aos 17 e aos 35 e Jackson, aos 46 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Nino Paraíba, Ramon, Vanderson, Leandrão, Uelliton, Willian e Wallace (Vitória); Asprilla, Michel, Rudnei e Cláudio Luiz (Náutico).
Cartão vermelho: Vágner Silva (Náutico).
Estádio: Barradão. Data: 18/10/2009.
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro.
Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Marco Antônio de Mello Moreira (GO).


ATLÉTICO - PR 3X0 SANTO ANDRÉ
Atlético-PR bate Santo André por 3 a 0 e foge mais do grupo da degola

Na briga para sair da degola, levou vantagem quem jogou em casa e soube aproveitar as oportunidades. Deu Atlético-PR. A tranquila vitória sobre o Santo André, por 3 a 0, neste domingo, na Arena da Baixada - gols de Paulo Baier, Marcel (contra) e Marcinho -, fez o Furacão pular de 36 para 39 pontos e ficar mais longe do Z-4 do Brasileirão. A equipe continua na 14ª posição, mas abre dez pontos de vantagem para o Santo André, 17º colocado, primeiro na zona de rebaixamento, com 29.

A notícia ruim ficou por conta de um sinalizador jogado no campo por um torcedor do Atlético-PR, aos 37 minutos do segundo tempo. A grande fumaça que se espalhou pelo partida fez a partida ser paralisada, e a equipe paranaense pode até ser punida com perda do mando de campo.

Na próxima rodada, o Furacão enfrenta o seu rival, o Coritiba, no Couto Pereira. O Ramalhão recebe na quarta-feira o Palmeiras.

Início equilibrado



O início da partida nem deu tanta impressão de que o Furacão daria um passeio. Por jogar em casa, o time até tomou iniciativa do jogo, mas estava morno. A primeira boa jogada que arrancou frisson da torcida foi aos 11 minutos. Nei arrancou pela direita, usou o calcanhar para se livrar da marcação e bateu de canhota, por cima, tirando tinta do travessão. Logo depois, Alysson, livre na entrada da área, perdeu um gol feito, isolando a bola.

O Santo André respondeu aos 14, com Wanderley batendo com força - Galatto fez boa defesa. A partir daí, a equipe visitante procurou aproveitar mais o toque de bola e a experiência de Marcelinho Carioca. Principalmente os seus lançamentos e as cobranças de bola parada. Aos 25, ele bateu penalidade de longe com o velho e conhecido efeito, assustando Galatto. Mas a bola foi para fora.

Gols meteóricos

A partida estava equilibrada quando, no duelo das bolas paradas, o Atlético-PR levou a melhor. Um outro veterano não desperdiçou a oportunidades. Falta na entrada da área. Adivinha quem foi bater? Paulo Baier, é claro. E com precisão, o camisa 10 rubro-negro mandou por cima da barreira, à direita de Neneca, sem defesa: 1 a 0 Furacão, aos 27 minutos.

Mal comemorou o primeiro gol, o torcedor rubro-negro viu o time fazer jus ao apelido de Furacão. No minuto seguinte, Alex Sandro avançou pela esquerda, ganhou na dividida de Fernando, e, da linha de fundo, centrou para a área, procurando Alex Mineiro. Marcel, que vinha na corrida, tentou interceptar a bola, mas mandou-a para dentro do gol: 2 a 0, gol contra do zagueiro.

A missão, que já não era fácil, ficou mais difícil ainda para o Ramalhão. Sem Gustavo Nery para auxiliar Marcelinho na armação das jogadas, o time se abateu com os gols sofridos. A bola pouco chegava a Nunes e Wanderley, que pouco podiam fazer. Ao time atleticano, restou tocar a bola e levar o fim do primeiro tempo em banho-maria. O resultado de 2 a 0 já era para lá de bom. Na saída do intervalo, Marcelinho Carioca não escondia o abatimento.

- Estamos dispersos, desatentos. Pra jogar fora de casa não podemos ter essa morosidade - resumiu o camisa 7 do Santo André..

Furacão amplia

O técnico Sérgio Soares mexeu no Santo André para o segundo tempo: trocou o veterano Fernando por Júnior Dutra. O time partiu para o ataque, e, aos seis minutos, houve um lance duvidoso. Camilo invadiu a área, passou por Galatto e cai na área. O árbitro Ricardo Marques Ribeiro não considerou pênalti, apesar das reclamações do time visitante.

A jogada que deixou o torcedor do Ramalhão em pé foi aos 14 minutos. Após centro com perigo de Marcelinho, em falta pela lateral, Júnior Dutra bateu com violência, a bola rebateu na defesa, voltou para o ataque do Santo André tentar chutar para o gol por mais duas vezes, mas a defesa atleticana parecia uma muralha e rebatia.

Ao partir para o ataque, o Ramalhão desguarneceu a defesa. E o desânimo tomou conta da equipe aos 17 minutos. Um minuto depois de entrar no lugar de Wallyson, Marcinho, num contra-ataque, recebeu, livre, cruzamento de Wesley para mandar de cabeça para as redes. Com 3 a 0 no placar, a torcida atleticana começou a comemorar por antecipação a vitória, agitando as camisas na arquibancada. Camilo e Wanderley ainda perderam gols feitos para o Santo André.

Os técnicos mexeram no time. Sérgio Soares sacou Camilo para pôr Pablo Escobar. Antônio Lopes trocou Alex Mineiro por Rodrigo Tiuí. Depois, os veteranos saíram quase ao mesmo tempo: Marcelinho Carioca deu vez a Ricardo Goulart, e Paulo Baier, a Netinho.

Aos 37 minutos, o lado negativo da partida: um torcedor do Atlético-PR jogou um sinalizador no campo, e a partida teve que ser interrompida por dois minutos por causa da fumaça. O clube pode ser punido pelo ocorrrido e perder mando de campo neste Brasileirão. Mas por enquanto, os atleticanos comemoram a vitória que os livra do sufoco.


Ficha técnica:
ATLÉTICO - PR 3 x 0 SANTO ANDRÉ
ATLÉTICO - PR
Galatto, Nei, Manoel, Ronaldo e Alex Sandro; Valencia, Rafael Miranda, Paulo Baier (Netinho) e Wesley; Alex Mineiro (Rodrigo Tiuí) e Wallyson (Marcinho).
Técnico: Antônio Lopes.
SANTO ANDRÉ
Neneca, Rômulo, Cesinha, Marcelo e Élvis; Fernando (Júnior Dutra), Ricardo Conceição, Marcelinho Carioca (Ricardo Goulart) e Camilo (Pablo Escobar); Wanderley e Nunes.
Técnico: Sérgio Soares.
Gols: Paulo Baier, aos 27, e Marcel (contra), aos 28 minutos do primeiro tempo. No segundo tempo, Marcinho, aos 17 minutos.
Cartões amarelos: Alex Mineiro (Atlético-PR)
Estádio: Arena da Baixada (PR) Data: 18/10/2009.
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro.
Auxiliares: Angelo Rudimar Bechi (SC) e Marcio Eustaquio S. Santiago (MG).