domingo, 6 de dezembro de 2009

38 Rodada:Série A

SÃO PAULO 4X0 SPORT
Com show de Washington, São Paulo bate Sport e se garante na Libertadores 2010



O tão esperado milagre não aconteceu e o São Paulo, que sonhava com o heptacampeonato nacional, terminou sua participação no Campeonato Brasileiro de 2009 com uma vaga assegurada na Taça Libertadores da América do ano que vem. Com belo futebol no segundo tempo e ótima atuação de Washington, a equipe comandado por Ricardo Gomes goleou o já rebaixado Sport por 4 a 0, em partida realizada no estádio do Morumbi. (Reveja ao lado o gol marcado por Washington)

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO FINAL DO CAMPEONATO BRASILEIRO

Primeiro tempo equilibrado

Precisando de uma complexa combinação de resultados, o São Paulo tomou a iniciativa e armou uma blitz no início da partida. Com marcação forte na saída de bola adversária, a estratégia era marcar um gol com rapidez para depois procurar o placar necessário. Só que o time do Morumbi não esperava encontrar um Sport bem colocado em campo.

O time pernambucano, já rebaixado, postou seu time no 3-5-2, mas com peças excessivamente recuadas. Na marcação, eram até sete jogadores, o que dificultava as coisas para o meio são-paulino, que insistia nas tabelas pelo meio. A primeira chance de gol tricolor veio aos 11, quando Hernanes bateu falta e Magrão espalmou. No lance seguinte, após tabela entre Dagoberto e Hernanes, a bola sobrou para Washington, que foi travado na hora do chute.

Para complicar ainda mais para o Tricolor, o Sport, timidamente, começou a sair para o ataque. Inteligentemente, o técnico Levi Gomes pediu para o time explorar as costas dos dois alas são-paulinos. Tanto Jean, quanto Jorge Wagner, subiam muito para o ataque e não voltavam para compor a marcação com a mesma rapidez. Com isso, Renato Silva, pela direita, e Miranda, pela esquerda, eram obrigados a fazer o combate na intermediária.

O Sport deu dois sustos consecutivos ao torcedor são-paulino presente ao Morumbi. Aos 21, Fininho cobrou escanteio pela esquerda e a bola sobrou para Durval que, de pé esquerdo, bateu de primeira, no canto esquerdo de Rogério Ceni, que mostrou reflexo e fez grande defesa. Dois minutos depois, foi a vez de Wilson descer pela esquerda e cruzar na medida para Fabiano que, livre de marcação, cabeceou por cima do gol de Rogério Ceni, perdendo uma grande oportunidade. Logo depois, o placar eletrônico do Morumbi anunciou o gol do Grêmio no Maracanã, contra o Flamengo, e o torcedor são-paulino comemorou como se fosse um gol.

Essa euforia deu novo combustível ao confuso São Paulo, que só voltou a chegar com perigo ao ataque aos 29, quando Jorge Wagner recebeu de Dagoberto dentro da área e disparou uma bomba de pé esquerdo. Magrão trabalhou pela primeira vez na partida. Três minutos depois, Hernanes cobrou falta pela esquerda, a bola atravessou toda a área e foi no canto direito do goleiro do Sport, que conseguiu se esticar e fez um milagre para evitar o gol.

Aos 32, as coisas se complicaram para o Sport. O lateral-direito Moacir, que já tinha cartão amarelo, fez nova falta e acabou expulso. Com um homem a mais em campo, o Tricolor não precisou mais do que três minutos para abrir o marcador. Aos 35, Dagoberto tabelou com Washington, que devolveu para o camisa 25 dentro da área. Ele foi travado pela marcação pernambucana e a bola sobrou limpa para Washington que, de pé direito, bateu no canto esquerdo de Magrão, marcando o seu 14º gol no Campeonato Brasileiro. Festa no Morumbi.

O que certamente se transformaria em uma partida tranqüila para o São Paulo se complicou aos 39. Após passe errado de Hugo no meio-campo, Renato Silva cometeu uma falta no meio-campo e, como já tinha cartão amarelo, foi bem expulso pelo juiz Sandro Meira Ricci. Nos minutos finais, o Sport voltou a pressionar, mas a defesa do Tricolor conseguiu evitar o empate.

Ceni marca logo no começo do segundo tempo

Os dois times voltaram sem alterações para o recomeço da partida. Porém, com cinco minutos, o técnico Ricardo Gomes foi obrigado a queimar uma mudança, já que André Dias sentiu lesão muscular. Sem zagueiros de ofício no banco de reservas, o treinador preferiu improvisar o volante Zé Luis no setor.



Mesmo sabendo que o título ficava cada vez mais impossível, o Tricolor foi para o ataque para aumentar a sua vantagem. Aos 7, saiu o segundo gol. Dagoberto fez brilhante jogada individual, passou por três marcadores e, na entrada da área, acabou derrubado. Na cobrança, Rogério Ceni, de pé direito, bateu com muita categoria, no canto esquerdo de Magrão, que saltou e não alcançou. (Reveja ao lado o gol marcado pelo camisa 1).

Na sequência, o terceiro gol só não saiu porque Washington perdeu grande chance. Ele recebeu cruzamento rasteiro de Jean e, cara a cara com Magrão, chutou por cima do gol.



Mas havia tempo para o atacante se redimir. E foi em grande estilo. Aos 20, Dagoberto arrancou pelo meio, foi para a esquerda e tocou para Hugo na direita. O meia fez lançamento primoroso na área para Washington que, matou no peito, girou e bateu de primeira, no canto direito de Magrão. Um golaço. Rapidamente, o camisa 9 foi abraçado pelos companheiros e ovacionado pelos mais de 30 mil presentes ao Morumbi. (Assista novamente ao lance)

Depois, foi só esperar o tempo passar. Mas Washington ainda resolveu ir para as redes mais uma vez. Aos 44, ele aproveitou toque de Junior Cesar, que dividiu com Magrão e só empurrou para as redes: 4 a 0. Na sequência, o juiz Sandro Meira Ricci apitou o final da partida e os jogadores, todos juntos no gramado, agradeceram o apoio dos torcedores que, de pé, cantaram o hino e aplaudiram muito.


Ficha técnica:
SÃO PAULO 4 x 0 SPORT
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Renato Silva, André Dias (Zé Luis) e Miranda; Jean, Arouca, Hernanes, Hugo (Junior Cesar) e Jorge Wagner; Dagoberto (Marlos) e Washington.
Técnico: Ricardo Gomes.
SPORT
Magrão; Igor, César e Durval; Moacir, Hamilton, Fabiano (Jonas), Fininho (Freire) e Dutra; Wilson e Vandinho (Arce).
Técnico: Levi Gomes.
Gols: Washington, aos 35min do 1º tempo. Rogério Ceni, aos 7 e Washington, aos 20min e aos 44min do 2º tempo.
Cartões amarelos: Zé Luis e Arouca (São Paulo). Dutra e Vandinho (Sport).
Cartões vermelhos: Renato Silva (São Paulo) e Moacir (Sport).
Estádio: Morumbi. Data: 06/12/2009.
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF).
Auxiliares: Enio Ferreira de Carvalho (DF) e César Augusto de Oliveira Vaz (DF). Renda e Público: R$ 1.136.575,00 / 30.937 pagantes.


VITÓRIA 2X2 GOIÁS
No adeus de Mancini, Vitória empata com Goiás e pega vaga para Sul-Americana

Na despedida de Vagner Mancini, o Vitória apenas empatou com o Goiás por 2 a 2, na tarde deste domingo, no Barradão, pelo Brasileiro, e garantiu a classificação para a Copa Sul-Americana de 2010, mesmo sem vencer. O visitante já estava confirmado na competição internacional.

O Rubro-Negro terminou o Brasileirão na 13ª posição, com 48 pontos, e um novo treinador para 2010: Ricardo Silva, auxiliar, foi efetivado pela diretoria. O Esmeraldino, comandado por Hélio dos Anjos, ficou em nono, com 55 pontos.

Missão de Mancini na despedida

Antes mesmo de a bola rolar, Vagner Mancini avisou que gostaria de se despedir do comando do Vitória com a vaga na Copa Sul-Americana garantida. E encarava um Goiás já sem pretensões na competição e sem vários titulares, que ganharam férias antecipadas.

De início, o time da casa não teve dificuldades para criar boas oportunidades, principalmente com Ramon e Roger. O atacante, aliás, até bateu a cabeça na trave, aos quatro minutos, em uma tentativa de marcar o gol.

O esforço de Roger foi recompensado aos 25 minutos. Ramon, na área, deixou a bola para o atacante, que chutou forte de perto, sem chances para Harlei: 1 a 0 para o Vitória. O centroavante chegou a 15 gols na competição.

O Goiás sentiu o gol e pouco fez para mostrar que estava disposto a buscar o empate. A melhor oportunidade foi aos 44, quando Felipe cobrou uma falta de longe, com força, e obrigou a defesa do Vitória a fazer o corte. O goleiro Thiago Regis, de apenas 18 anos, teve um primeiro tempo tranquilo defendendo o gol do Rubro-Negro.

Novato falha, Goiás vira, mas anfitrião empata

Se o primeiro tempo foi calmo para o novato goleiro, no segundo ele cometeu uma falha que resultou no empate do Goiás. Aos sete minutos, Felipe chutou sem muita força, mas a bola passou por baixo de Thiago Regis e entrou: 1 a 1. A partir daí, o Goiás mostrou mais vontade e equilibrou forças com o Vitória.

Aos 15, o Goiás teve uma grande chance. Douglas sofreu uma falta na entrada da área, e Felipe foi o encarregado de bater. Com muita categoria, o jogador colocou a bola no ângulo esquerdo de Thiago Regis e virou para o visitante: 2 a 1. O jogador assumiu a artilharia do Goiás, com 13 gols, ultrapassando Iarley.

A partir daí, o Vitória tentou partir para cima do visitante de forma desordenada. E deixava espaços para que o Goiás armasse os contra-ataques. E Roger, irritando com uma marcação de falta, chutou uma bola na placa publicitária e recebeu o amarelo.

Aos 29, Ramon tentou pela direita e passou para Anderson Martins, que devolveu. Mas o chute do meia saiu forte demais. O dono da casa começava a mostrar sinais de desespero. E o Goiás, aos 30, já começava a pensar em administrar o resultado.

Talvez o time goiano tenha desistido do jogo cedo demais. Aos 37, Anderson Martins fez uma bela jogada pela esquerda e obrigou Harlei a fazer uma defesa quase impossível, mas Leandro Domingues pegou o rebote de primeira e empatou: 2 a 2. O Vitória estava de novo na Sul-Americana.


Ficha técnica:
VITÓRIA 2 x 2 GOIÁS
VITÓRIA
Thiago Regis, Nino (Gil), Reniê, Anderson Martins e Leandro; Vanderson, Bida (Magal), Leandro Domingues e Ramon; Roger e Neto Berola.
Técnico: Vagner Mancini.
GOIÁS
Harlei, Valmir Lucas, Rafael Tolói e João Paulo; Da Silva (Jonathan), Fernando (Fabio Bahia), Rithelly, Amaral, Romerito e Douglas; Felipe (Raul).
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Roger, aos 25 minutos do primeiro tempo; Felipe, aos 7 minutos e aos 15 minutos do segundo tempo, e Leandro Domingues, aos 37 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Anderson Martins, Leandro, Leandro Domingues, Vanderson, Roger (Vitória); Douglas, João Paulo, Fernando (Goiás).
Estádio: Barradão, em Salvador. Data: 06/12/2009.
Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho.
Auxiliares: Nilson de Souza Monção e Ednilson Corona.


SANTOS 1X2 CRUZEIRO
Gladiador fisga o Peixe e leva um heroico Cruzeiro à Taça Libertadores

Kléber Gladiador é um jogador predestinado. Idolatrado pelos cruzeirenses, ele deverá ganhar status de herói após este domingo. Voltando após cirurgia no púbis, ele entrou aos 28 minutos do segundo tempo do jogo contra o Santos, na Vila Belmiro. O jogo estava empatado em 1 a 1. O Cruzeiro tinha um jogador a menos, pois Jonathan havia sido expulso. Em seu primeiro lance, aos 30, o Gladiador marcou o gol que garantiu a vitória, por 2 a 1, e a classificação da Raposa à Taça Libertadores. Sim. Atual vice-campeão da América, o time mineiro vai tentar subir mais um degrau em 2010 graças também à derrota do Palmeiras para o Botafogo, no Rio.

O Cruzeiro vai a 62 pontos, assim como o Verdão, mas assume o quarto lugar porque tem mais vitórias (18 a 17). Já o Santos, que entrou em campo para cumprir tabela, termina o Brasileirão em 11º lugar.

Enquanto o primeiro tempo era disputado, do lado de fora, facções organizadas de Santos e Cruzeiro protagonizavam cenas lamentáveis de selvageria. Os santistas aguardaram a chegada dos cruzeirenses e a briga estourou na entrada do estádio. Foi uma vingança. Em Belo Horizonte, no primeiro turno, também houve confronto.

A Polícia Militar teve de usar bombas de efeito moral e balas de borracha para conter os vândalos. Veículos foram danificados, mas ninguém ficou ferido com seriedade.

Cruzeiro mais ligado

Desde o início da partida, ficou nítido que apenas um time tinha interesse no jogo. O Cruzeiro, que entrou em campo sonhando com uma vaga na Taça Libertadores, marcava implacavelmente no meio de campo. Paulo Henrique Ganso, principal articulador de jogadas do Santos, não conseguia dominar a bola. Rodrigo Souto, que poderia ser alternativa para saídas rápidas, ficou sumido no primeiro tempo.

Mais disposto, roubando bolas e partindo em velocidade, o Cruzeiro abriu o placar logo aos 4 minutos. Em bola invertida da esquerda para a direita, Jonathan recebeu, invadiu a área e cruzou para trás. Wellington Paulista pegou de primeira, de pé direito, e acertou o ângulo esquerdo de Felipe.

A Raposa era melhor. Dominava a bola no espaço existente entre os volantes e os zagueiros santistas e voltou a criar chances, principalmente em chutes de Wellington Paulista.

Aos poucos, o Santos foi equilibrando a partida. Quer dizer, passou a dominar a posse de bola e não foi mais ameaçado. No entanto, não conseguia concluir jogadas. A não ser por uma tentativa de bicicleta de Kléber Pereira, o Alvinegro não ameaçou efetivamente o gol de Fábio. Kléber Pereira, aliás, anunciou no intervalo da partida que está fora do Peixe. Aliás, nem voltou do vestiário. Alegando dores musculares, foi substituído por André.

Deixa com o Gladiador

O segundo tempo começou com o Santos todo posicionado dentro do campo do Cruzeiro, numa pressão bastante intensa. Para piorar as coisas para o time mineiro, o lateral-direito Jonathan foi expulso aos 15 minutos, após fazer falta em Madson.

A pressão ficou ainda mais intensa, por todos os lados. A zaga cruzeirense se virava como podia. Enquanto isso, o técnico Adílson Batista trancava o seu time, tirando Wellington Paulista e colocando o zagueiro Thiago Heleno. Foi quando o Botafogo marcou o seu primeiro gol sobre o Palmeiras. A essa altura, o Cruzeiro estava na Libertadores.

Mas a alegria mineira durou pouco. Aos 25, Neymar aproveitou cruzamento da esquerda e tornou o placar um pouco mais justo, já que o Cruzeiro não passava do meio de campo.

Foi quando Adílson deu sua cartada decisiva. Tirou o ala Diego Renan para colocar Kléber Gladiador, aos 28 minutos. O atacante, que está voltando após cirurgia no púbis, recebeu cruzamento da direita, em seu primeiro lance, dominou e chutou firme de pé direito, colocando a Raposa de novo no G-4. No Engenhão, o Bota vencia o Verdão por 2 a 0. A tensão entre os cruzeirenses era enorme.

O Santos seguia dominando a posse de bola, mas perdeu força. O Cruzeiro, trancado, era intransponível. A zaga azul afastada tudo, chutando para onde o nariz apontava. No fim, explosão de alegria mineira na Vila Belmiro.


Ficha técnica:
SANTOS 1 x 2 CRUZEIRO
SANTOS
Felipe, Pará (Felipe Azevedo), Eli Sabiá, Edu Dracena e Triguinho; Mancha (Róbson), Souto, Paulo Henrique Ganso e Madson; Neymar e Kléber Pereira (André).
Técnico: V. Luxemburgo.
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Gil, Leo Silva, Diego Renan (Kléber), Marquinhos Paraná, Elicarlos, Henrique, Fernandinho (Caçapa); W. Paulista (Thiago Heleno) e Thiago Ribeiro.
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Wellington Paulista, 4 do primeiro tempo; Neymar, aos 15, Kléber, aos 30 .
Cartões amarelos: Leonardo Silva, Jonathan (Cruzeiro), Eli Sabiá (Santos).
Cartão vermelho: Jonathan (Cruzeiro).
Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 06/12/2009.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ).
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa/RJ) e Dibert Pedrosa Moisés (Fifa/RJ). Renda e público: 6.942 pagantes/R$ 100.585,00.


INTERNACIONAL 4X1 SANTO ANDRÉ
Inter vence e sente o gosto do título, mas fica com o vice do Brasileirão



Foi mais de uma hora de tensão, de unhas roídas, de lágrimas quase saltando dos olhos, de esperança cada vez mais forte. Mas não deu. O Inter venceu o Santo André por 4 a 1 na tarde deste domingo, no Beira-Rio, e sentiu o gosto do título enquanto o Grêmio segurou o Flamengo no Maracanã. O problema para os colorados é que o Rubro-Negro virou o jogo no Rio de Janeiro para 2 a 1. O time carioca é o campeão do Brasileirão. O Ramalhão, com a derrota, está rebaixado.

Assim, o Inter acumula o terceiro vice-campeonato do ano e mantém o jejum de três décadas sem o principal título nacional. A temporada do centenário termina com as conquistas do Gauchão e da Copa Suruga e com o 'quase' na Copa do Brasil, na Recopa e no Brasileiro. O consolo é a determinação mostrada pelo time vermelho, que venceu os últimos quatro jogos no Nacional. No ano que vem, a equipe volta à Libertadores da América, competição que não disputou este ano.

Na despedida do técnico Mário Sérgio, o Inter não teve grandes problemas para fazer 4 a 1 no Santo André. Alecsandro, Índio, Andrezinho e Giuliano fizeram os gols colorados. Nunes descontou.

Tensão e esperança: Inter fecha primeiro tempo com o título



Maracanã, 21 minutos do primeiro tempo: gol de Roberson! Beira-Rio entra em ebulição com a ajuda do Grêmio. A cena beira o absurdo. Uma camisa tricolor é balançada freneticamente nas arquibancadas da casa dos colorados. Segundos depois, Kleber cruza, Alecsandro (impedido) completa. Gol do Inter! Incrível: em menos de um minuto, o milagre ganhou forma. Naquele instante, o Colorado estava sendo campeão brasileiro (assista ao vídeo ao lado).

A desconfiança virou esperança em Porto Alegre. No Maracanã, o Grêmio mostrava vontade, atacava, dava sinais de que a conversa de entregar o jogo jamais passou de lorota. No Beira-Rio, o Inter controlava a tensão, dominava o jogo, diminuía o montante de erros conforme o tempo passava. Era um jogo duplo: metade em Porto Alegre, metade no Rio de Janeiro.

O Beira-Rio viveu momentos de absoluto delírio. E aí saiu o gol de empate do Flamengo no Maracanã para deixar os colorados apreensivos. O silêncio durou até Kleber cruzar da esquerda, Taison desviar de cabeça, e Índio completar para o gol. Eram 33 minutos. Com o 2 a 0, o Inter garantia sua parte. Restava a ajuda do Grêmio.

Foi um primeiro tempo para resumir aquele que talvez tenha sido o dia mais estranho que o futebol gaúcho já viveu, com colorados torcendo mais pelo Grêmio do que os gremistas. O Inter começou atrapalhado, com problemas na retaguarda. A defesa comeu mosca, quase foi vazada. O Santo André ameaçou e foi ameaçado. Taison quase fez duas vezes. E aí pintou o gol do Grêmio. E o gol do Inter. E o do Flamengo. E mais um do Inter. A loucura do futebol, as atlernativas que só o futebol permitem, foi sintetizada em pouco mais de 45 minutos. Quando terminou o primeiro tempo, o Inter estava sendo campeão brasileiro.

Gols e decepção no segundo tempo

A segunda etapa, para os colorados presentes no Beira-Rio, foi mais de ouvidos no rádio do que de olhos no campo. O jogo do Maracanã interessava mais. E de lá veio a decepção. Ronaldo Angelim virou o jogo para o Flamengo sobre o Grêmio aos 24 minutos. A dor bateu forte nos colorados, que silenciaram por alguns minutos no Gigante. O título estava perdido.

Restou jogar bola, torcer por uma ajuda do maior rival e terminar o Brasileirão da melhor maneira possível. Andrezinho, de falta, fez o terceiro gol. A cobrança foi uma obra-prima. Aos 22 minutos, ele colocou a bola no ângulo direito do goleiro Júlio César. Giuliano, de cabeça, ainda fez o quarto aos 38. Nunes, de pênalti, descontou aos 40.

A torcida comemorou os gols vermelhos porque tinha que comemorar. Festa mesmo, só se do Maracanã viesse um gol do Grêmio. Mas não veio. E o Inter teve que aceitar a realidade do vice-campeonato. Realidade dura para um time que foi campeão brasileiro por mais de uma hora...


Ficha técnica:
INTERNACIONAL 4 x 1 SANTO ANDRÉ
INTERNACIONAL
Lauro, Danilo Silva, Índio, Bolívar e Kleber (Talles Cunha); Sandro, Giuliano, Andrezinho (Fabiano Eller) e D’Alessandro; Taison e Alecsandro (Marquinhos).
Técnico: Mário Sérgio.
SANTO ANDRÉ
Neneca (Júlio César), Rômulo, Marcel, Vinícius Orlando e Arthur; Ricardo Conceição, Camilo (Fernando), Júnior Dutra e Marcelinho Carioca (Rodriguinho); Wanderley e Nunes.
Técnico: Sérgio Soares.
Gols: Alecsandro, aos 21, e Índio, aos 33 do primeiro tempo. Andrezinho, aos 22, Giuliano, aos 38, e Nunes, aos 40 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Talles Cunha (Interncional);Júnior Dutra, Ricardo Conceição e Vinícius Orlando (Santo André).
Estádio: Beira-Rio, Porto Alegre. Data: 06/12/2009.
Árbitro: Jaílson Macedo Freitas.
Auxiliares: Adson Márcio Lopes Leal (BA) e Belmiro da Silva (BA).
Público pagante: 32.798. Renda: R$ 591.785,00.


FLAMENGO 2X1 GRÊMIO
Na cabeça de Angelim, Flamengo encontra o alívio e conquista o hexa



Ronaldo Angelim costuma dizer que sua maior vaidade é assistir ao Flamengo vencer. Neste domingo, certamente está se sentindo vaidoso como nunca. E graças a uma cabeçada certeira dele. Com sofrimento e dificuldade até o fim, o Rubro-Negro venceu o Grêmio por 2 a 1, no Maracanã, e conquistou o Campeonato Brasileiro pela sexta vez.

Mas para acabar com o jejum de 17 anos sem conquista, o time e a torcida sofreram. Foram 90 minutos de agonia, sem jogar bem, mas que entraram para a história. Pressionado pela própria torcida para entregar e não ajudar o rival Inter, o Tricolor Gaúcho entrou em campo com apenas três titulares. E não aliviou. Abriu o placar e tentou o empate até o fim.

Em tarde de Maracanã lotado, com quase 85 mil presentes, Adriano e Petkovic não brilharam. Nem a torcida. A aflição e a carência do título foram preponderantes para o estádio ficar calado, com os nervos à flor da pele, durante a maior parte do tempo. Euforia só nos gols de David e Ronaldo Angelim, que garantiram a festa. O Fla fechou o torneio com 67 pontos, dois a mais do que o vice Inter. O Tricolor gaúcho fecha o ano em oitavo, com 55.



Sem essa de entregar

A festa começou, curiosamente, com uma música “copiada” do principal concorrente ao título. No ritmo de “Brasília Amarela”, a torcida do Flamengo saudou a entrada do time em campo. A proximidade do título e o Maracanã superlotado levaram muitos torcedores às lágrimas. Mas, ao contrário do que diz a letra do cântico, a festa não começou.

Quando a bola rolou, o time e a torcida demoraram a acordar. Apesar de dizimado por desfalques e dos gritos de “entrega” vindos das arquibancadas do Fla, o Grêmio começou a partida ligado na tomada.

Aos dois minutos, Túlio, que textualmente afirmou “odiar” o Flamengo quando jogava no Botafogo, arriscou de fora da área e levou perigo ao gol de Bruno.

Estranhamente apático nos dez minutos iniciais, o time mandante só saiu do cerco gremista aos 12. Aírton fez lindo lançamento de trivela. Adriano ajeitou para a perna esquerda, mas foi bloqueado. A bola sobrou novamente no pé bom do atacante após cobrança de escanteio. Desta vez, a finalização saiu por cima do travessão.

Parecia o início da pressão rubro-negra. Mas não passou disso. A torcida continuou muda. E o Grêmio sentiu-se senhor da situação. Após cobrança de escanteio, aos 21, Roberson se antecipou à zaga na primeira trave e abriu o placar. Curiosamente, os poucos tricolores gaúchos presentes no Maracanã não comemoraram.

Aflição e ansiedade se confundiam entre os flamenguistas. Principalmente porque o Inter abriu o placar contra o Santo André. Pet cobrou escanteio da direita e, em uma bola quase perdida na área, Adriano dividiu com a zaga e, na sobra, David bateu de primeira no canto direito, aos 29 minutos. Mais do que o empate, saía o alívio momentâneo. A torcida, enfim, mostrou força.

Mas o time prosseguiu rateando. Zé Roberto, muito mal no jogo, perdeu chance clara aos 35. Já nos acréscimos, Adriano bateu falta lateral com força e Marcelo Grohe espalmou.

Ronaldo Angelim, o Magro de Aço, entra para a história

No intervalo, Andrade criticou a atuação do Flamengo e pediu mais iniciativa e dedicação.

- Parece que o Grêmio é que veio aqui disputar o título. Tem que ter atitude.

Os jogadores armaram uma corrente no meio-campo e a torcida despertou. Só que a primeira chance foi do Grêmio. Douglas Costa, aos dois minutos, quase acertou o ângulo esquerdo em cobrança de falta.

Aos três, Petkovic cobrou escanteio da direita, Adriano subiu sozinho na entrada da pequena área, cabeceou para o chão, mas mandou para fora. Em outra bola cabeceada, desta vez por Aírton, Marcelo Grohe voou e salvou o Grêmio, aos sete.

Léo Moura e Willians, ambos aos 11, estiveram perto de virar o placar. Àquela altura, o Grêmio só se defendia. E o Flamengo errava. Erros bobos, que evidenciaram a tensão permanente.

Andrade pôs Everton. Mas Pet continuou errando. Juan lançou Adriano aos 23. Era a chance de o Imperador fazer o gol do título. Olhou, tentou a cavadinha, mas Marcelo Grohe fez uma defesa espetacular.

Se os astros do time não colaboraram, coube novamente a um zagueiro salvar, aos 24 minutos. Petkovic bateu escanteio da esquerda, Ronaldo Angelim subiu no meio da área e testou no canto esquerdo: 2 a 1.

O gol não pôs fim ao jogo. Aos 32, Lucio cobrou falta de longe, a bola quicou e Bruno espalmou. Livre na pequena área, Maylson chutou para fora. Adriano recebeu ótima bola aos 40, mas se enrolou e Marcelo Grohe salvou.

O apito final seguido pela explosão de alegria no Maracanã só veio após três minutos de acréscimos e pressão gremista, com direito ao goleiro Bruno passeando pela área com a bola nos pés para fazer o tempo passar.


Ficha técnica:
FLAMENGO 2 x 1 GRÊMIO
FLAMENGO
Bruno, Léo Moura, David, Ronaldo Angelim e Juan; Aírton, Toró (Everton), Willians e Petkovic (Fierro); Zé Roberto (Kléberson) e Adriano.
Técnico: Andrade.
GRÊMIO
Marcelo Grohe, Mário Fernandes, Léo, Willian Thiego e Fábio Santos; Adílson (Mithyuê), Túlio, Lúcio e Maylson; Douglas Costa e Roberson (Bérgson).
Técnico: Marcelo Rospide.
Gols: Roberson, aos 21 e David, aos 29 minutos do primeiro tempo. Ronaldo Angelim, aos 24 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: David, Willians (Flamengo); Douglas Costa, Marcelo Grohe, Lúcio, Adílson (Grêmio).
Estádio: Maracanã. Data: 06/12/2009.
Árbitro: Heber Roberto Lopes.
Auxiliares: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Carlos Berkenbrock (SC).
Renda e público: R$ 2.030.430,00 / 78.639 pagantes (84.848 presentes).


BOTAFOGO 2X1 PALMEIRAS
Botafogo vence por 2 a 1, foge da degola e tira o Palmeiras da Libertadores

A partida reunia duas equipes em situação complicada, dentro de suas realidades. Mas foi o Botafogo que saiu de campo em êxtase com a vitória por 2 a 1, neste domingo, no Engenhão. Não era a comemoração de um título, como poderia acontecer com o Palmeiras, mas a permanência na Primeira Divisão. E, com o resultado, foi o time paulista que deixou o campo vivendo um drama, pois a derrota significou o fim do sonho de uma vaga na Libertadores no ano que vem.

A vitória do Cruzeiro por 2 a 1 sobre o Santos rebaixou o Palmeiras para a quinta posição, com os mesmos 62 pontos dos mineiros, mas uma vitória a menos. Assim, após liderar o Campeonato Brasileiro durante 19 rodadas, o Palmeiras terá de se contentar com a Copa Sul-Americana no ano que vem. Já os botafoguenses, que estiveram na zona da degola por 21 rodadas, terminaram o jogo consagrados como heróis.

Ambiente tenso para os dois times

Como era de se esperar, a partida começou em clima tenso, depois da festa de fogos e fumaça colorida feita pelos torcedores do Botafogo na entrada dos jogadores em campo. Apesar do conforto da arquibancada, o time da casa mostrou uma atitude inicial de extrema desatenção, que o Palmeiras tentou aproveitar chegando com perigo.

Diego Souza teve a primeira boa chance do jogo, cabeceando para fora, e Deyvid Sacconi também assustou num chute que obrigou Jefferson a fazer boa defesa. O Botafogo não conseguia acertar sua marcação e era obrigado a cometer faltas próximas de sua grande área, mas o Palmeiras não conseguia transformá-las em gols.

Enquanto no Engenhão a tensão era grande, o Internacional vencia com folga o Santo André, e o Flamengo empatava com o Grêmio. Os resultados impediam o título do Palmeiras, que parecia sentir a responsabilidade e, aos poucos, foi cedendo espaços para o Botafogo. Foram do Alvinegro, inclusive, as chances mais claras do primeiro tempo. Aos 37 minutos, Lucio Flavio recebeu cruzamento de Jobson e, livre, dentro da pequena área, cabeceou para fora. Aos 45, foi a vez de Reinaldo ficar frente a frente com Marcos e chutar em cima do goleiro.

A essa altura, era evidente a tática do Palmeiras de segurar o jogo e se garantir na Libertadores do ano que vem. Ao se dirigir para o vestiário no intervalo, o goleiro palmeirense Marcos deixou clara a estratégia da equipe no Engenhão:

- Não interessa quem vai ser campeão. Interessa que nós cheguemos numa boa colocação para escaparmos da pré-Libertadores - disse.

Botafogo, enfim, aproveita suas chances

O início do segundo tempo parecia uma repetição do primeiro. O Botafogo começou em câmera lenta, e o Palmeiras com maior domínio da partida. Mas a diferença é que, desta vez, o time da casa conseguiu aproveitar a oportunidade que teve. Lucio Flavio cobrou falta sofrida por Alessandro, e Wellington subiu mais do que a marcação, cabeceou e abriu o placar aos 11 minutos.

Imediatamente, Muricy Ramalho, que havia iniciado a segunda etapa com o volante Sandro Silva no lugar do meia ofensivo Deyvid Sacconi, viu-se obrigado a novamente investir na ofensividade do Palmeiras. Por isso, tirou Edmílson de campo e promoveu a entrada do atacante Robert. Mas, neste momento, era o Botafogo, empurrado por sua torcida, que mais ameaçava.

O resultado não demorou a aparecer. Aos 20 minutos, Renato, na base da trombada, ganhou da marcação dentro da grande área. A defesa do Palmeiras parou e apenas viu o meia tocar com categoria para Jobson, que apareceu em velocidade, tocar no canto direito de Marcos, fazendo 2 a 0 aos 20 minutos.

Já abatido após o primeiro gol do Botafogo, o Palmeiras mostrou-se inofensivo quando o time da casa ampliou o placar. A equipe de Muricy Ramalho, mesmo sem saber que quase no mesmo momento o Cruzeiro vencia o Santos e tirava seu lugar na Libertadores do ano que vem, não conseguia articular jogadas ofensivas, enquanto o Alvinegro se fechava para garantir a vantagem. Cada desarme era comemorado como um gol por jogadores e torcedores botafoguenses.

Alguns torcedores palmeirenses deixaram mais cedo o Engenhão, inconformados com o resultado, e ainda perderam o gol de honra: Robert, dentro da área, chutou no cantinho, aos 46 minutos. O time acordou e ainda ensaiou uma estratégia desesperada de ataque, mas não conseguiu o empate - que lhe daria de volta a vaga na Libertadores. O Botafogo segurou o 2 a 1 no placar e a sua permanência na elite do futebol brasileiro.


Ficha técnica:
BOTAFOGO 2 x 1 PALMEIRAS
BOTAFOGO
Jefferson, Alessandro, Juninho, Wellington e Diego; Leandro Guerreiro, Fahel, Lucio Flavio (Jônatas) e Renato (Thiaguinho); Jobson e Reinaldo (Victor Simões).
Técnico: Estevam Soares.
PALMEIRAS
Marcos, Figueroa, Danilo, Maurício e Armero (Wendel); Edmílson (Robert), Pierre, Cleiton Xavier e Deyvid Sacconi (Sandro Silva); Diego Souza e Vágner Love.
Técnico: Muricy Ramalho.
Gols: Wellington, aos 11, e Jobson, aos 20, e Roberto, aos 46 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Diego (Botafogo); Deyvid Sacconi, Armero, Sandro Silva (Palmeiras).
Público: 38.717 presentes. Renda: R$ 300.279.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 06/12/2009.
Árbitro: Leonardo Gaciba (Fifa/RS).
Auxiliares: Erich Bandeira (Fifa/PE) e José Antônio Franco Filho (RS).


CORITIBA 1X1 FLUMINENSE
Fluminense segura pressão no Paraná, continua na Série A e rebaixa o Coritiba


No único duelo da última rodada do Campeonato Brasileiro em que os dois times brigavam contra o rebaixamento, a festa foi tricolor. O Fluminense arrancou um empate por 1 a 1 com o Coritiba neste domingo, no estádio Couto Pereira, e garantiu a permanência na elite em 2010 após uma invencibilidade de 11 jogos nas últimas rodadas (sete vitórias e quatro empates). Marquinhos fez o gol do Flu e Pereira igualou.

Este empate acabou rebaixando o time paranaense no ano de seu centenário. Outro resultado que determinou a queda do Coxa foi a vitória do Botafogo sobre o Palmeiras por 2 a 1, no Engenhão. Os paranaenses terminaram na 17ª colocação, com 45 pontos e farão companhia a Santo André, Náutico e Sport. O Flu acabou em 16º, com 46, enquanto o Alvinegro foi o 15º, com 47.

Gols saem no primeiro tempo

Empurrado pela torcida, que fez uma linda festa antes da partida, o Coritiba começou em cima do Fluminense e criou sua primeira oportunidade de gol aos quatro minutos, quando Renatinho foi derrubado por Dalton na entrada da área. Marcos Aurélio cobrou com categoria e a bola passou à esquerda da meta de Rafael.

A resposta dos visitantes veio aos oito. Conca bateu escanteio pelo lado direito e Vanderlei saltou para evitar o gol olímpico do argentino. Aos 11, o Coxa voltou ao ataque. Marcelinho Paraíba desceu pela esquerda e tocou para Rodrigo Heffner, que fez o giro e bateu por cima.

Um lance polêmico gerou muita reclamação por parte do Flu aos 21 minutos. Após cobrança de escanteio, Fred deu leve desvio na bola e tirou de Vanderlei, mas Jeci chegou rapidamente e afastou quando a bola ia entrando. Os tricolores pediram gol, mas o árbitro mandou o jogo seguir.

Aos 26, finalmente a reda balançou no Alto da Glória. Fred rolou a bola na cobrança de falta e Marquinhos chutou com força, no canto esquerdo de Vanderlei: 1 a 0 Flu. O Coxa não se abalou com o gol e quase chegou à igualdade aos 30, quando Marcelinho soltou a bomba da entrada da área. A bola subiu muito.

De tanto pressionar, o time da casa conseguiu o empate aos 35. Marcelinho Paraíba bateu falta na cabeça de Pereira, que testou firme e Rafael não alcançou. No último bom momento da primeira etapa, Fred achou espaço para concluir da entrada da área, mas chutou muito fraco e facilitou a defesa de Vanderlei.

Pressão do Coxa, lágrimas e confusão no fim

O Fluminense voltou atrasado para o gramado e o segundo tempo começou no Couto Pereira quando a bola já estava rolando no Engenhão. Aos quatro minutos, Jailton fez falta dura em Alan e o atacante tricolor deixou o campo de maca, dando lugar a Adeílson. No embalo, Ney Franco tirou Pedro Ken e colocou Carlinhos Paraíba no Coxa.

Livre de marcação, Ariel teve a chance de virar o placar aos nove, mas bateu mal, em cima da zaga tricolor. Aos 15, outra baixa no Flu. Adeílson, que ficou pouquíssimo tempo em campo, saiu machucado e deu lugar a Equi Gonzalez.

A esta altura, o Botafogo vencia o Palmeiras por 2 a 0, resultado que deixava o jogo no Sul ainda mais dramático. Entretanto, as chances de gol eram escassas de ambos os lados. Marcelinho Paraíba chegou pela esquerda e cruzou aos 32, mas Rafael saiu bem do gol e tirou de soco.

Aos 37, Marcelinho Paraíba recebeu na área, fez o giro e Rafael voltou a aparecer bem. A pressão dos donos da casa foi muito grande nos últimos minutos. O time abusou das jogadas aéreas, mas a defesa tricolor segurou o resultado. Choro de tristeza nas arquibancadas do Couto Pereira. Alegria e alívio para o time de guerreiros do Flu, que conseguiu salvar a equipe quando poucos ainda acreditavam.

Após o apito final, cenas lamentáveis. Torcedores do Coritiba invadiram o gramado para agredir o árbitro gaúcho Leandro Vuaden. A Polícia Militar teve de intervir e houve confronto generalizado. Cadeiras do estádio foram destruídas por vândalos.


Ficha Técnica:
CORITIBA 1 x 1 FLUMINENSE
CORITIBA
Vanderlei, Rodrigo Heffner (Márcio Gabriel), Pereira, Jeci e Renatinho; Jailton, Leandro Donizete, Pedro Ken (Carlinhos Paraíba) e Marcelinho Paraíba; Marcos Aurélio e Ariel (Rômulo).
Técnico: Ney Franco.
FLUMINENSE
Rafael; Gum, Dalton e Cássio; Mariano, Diogo, Maurício, Conca e Marquinho (Dieguinho); Alan (Adeílson) (Equi Gonzalez) e Fred.
Técnico: Cuca.
Gols: Marquinho, aos 26 minutos do primeiro tempo; Pereira, aos 35.
Cartões amarelos: Cartões amarelos: Dalton, Rafael, Marquinho, Equi Gonzalez (Fluminense). Leandro Donizete, Jaílton e Marcelinho Paraíba (Coritiba).
Estádio: Couto Pereira, em Curitiba (PR). Data: 06/12/2009.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa/RS).
Auxiliares: Auxiliares: Marcio Eustaquio S. Santiago (Fifa/MG) e Paulo Ricardo Silva Conceição (RS).
Renda e Público: R$ 376.920,00 / 30.493 pagantes.


BARUERI 0X0 ATLÉTICO - PR
Barueri carimba vaga na Sul-Americana, mas empata em jogo fraco com Atlético-PR

Sem emoção. A melhor definição para o empate em 0 a 0 entre Barueri e Atlético-PR, neste domingo, no Eduardo José Farah, em Presidente Prudente. Não fosse a classificação do time paulista para a Sul-Americana, em 11º lugar, teria sido um mero amistoso. O Furacão precisava da vitória para disputar a competição continental em 2010, mas terminou o Campeonato Brasileiro na 14ª colocação.

Apesar das duas equipes precisarem da vitória para alcançar a vaga na Sul-Americana, parecia um jogo-treino. Bola atrasada para a defesa, chutão para frente e nada de criação. O lance que trouxe mais perigo na primeira etapa foi o Barueri, aos 25, com Thiago Humberto, que aproveitou escanteio e chutou forte de fora da área. Gallato, o destaque do duelo, fez bela defesa.

O duelo continuava amarrado e os times desperdiçavam as oportunidades. O meia-atacante Thiago Humberto era o que mais buscava o jogo e, mais uma vez, arrancou da esquerda e finalizou com uma bomba. Gallato impediu que o Barueri abrisse o placar e mandou para escanteio, aos 30.

Mais de 35º graus em Presidente Prudente. Os atletas pediram e o árbitro Ricardo Marques Ribeiro atendeu. Dois minutos de tempo técnico para hidratação e descanso. Antes do intervalo, Marcelo recebeu dentro da área, pedalou para cima de Leandro Castan, mas passou longe do gol de Renê.

Segundo tempo

Com um apenas um minuto de de bola rolando, Val Baiano teve oportunidade de marcar e se tornar o artilheiro do Campeonato Brasileiro, mas desperdiçou a chance. O camisa 9do Barueri recebeu lançamento açucarado na área, mas dominou mal. Thiago Humberto pegou a sobra e soltou o pé. Gallato, novamente, espalmou e evitou o gol do Barueri.

A equipe paulista aproveitou o espaço que o adversário deu e começou a armar mais pela esquerda. Flavinho, o melhor do Barueri na partida, aos 23 minutos, roubou a bola de Rhodolfo no meio de campo, avançou e arriscou. A bola explodiu na trave esquerda de Gallato.

O time do técnico Luis Carlos Goiano estava com a vaga na Sul-Americana garantida e aproveitou para administrar a bola. O sol continuava a castigar os jogadores, que demostravam muito cansaço. Aos 38, após cobrança de falta na área, Patrick pegou de primeira e a bola passou bem próximo da trave esquerda de Renê. No lance seguinte, o atleticano Marcinho fez jogada rápida pela direita e lançou Marcinho no meio, mas a zaga do Barueri chegou antes e afastou o perigo.

Sem acréscimos, Ricardo Marques Ribeiro apitou o fim da partida em Presidente Prudente. Os jogadores da equipe paulista comemoraram seu lugar na Sul-Americana de 2010.

Ficha técnica:
BARUERI 0 x 0 ATLÉTICO - PR
BARUERI
Renê; Xandão, Daniel Marques e Leandro Castan; Eder e Paulão e Márcio Careca; Márcio Hahn (Cléverson) e Flavinho (Henrique); Thiago Humberto (William) e Val Baiano.
Técnico: Luis Carlos Goiano.
ATLÉTICO - PR
Galatto; Manoel, Rhodolfo e Bruno Costa (Renan); Alex Sandro, Márcio Azevedo e Netinho (Patrick); Fransergio e Wesley; Marcinho e Marcelo (Wallyson).
Técnico: Antônio Lopes.
Cartões amarelos: Bruno Costa (Atlético-PR) e Leandro Castan (Barueri).
Estádio: Eduardo José Farah, Presidente Prudente, SP. Data: 06/12/2009.
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Auxiliares: Helberth Costa Andrade (MG) e Jair Albano Felix (MG).