quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Campeonato Paulista

MIRASSOL 1X1 BOTAFOGO
Botafogo-SP empata com Mirassol e volta à vice-liderança do Paulistão

O Botafogo-SP recuperou a vice-liderança do Campeonato Paulista. Na noite desta quinta-feira, o Tricolor de Ribeirão Preto foi a Mirassol e empatou com o time da casa por 1 a 1, pela 9ª rodada da competição.

O time visitante abriu o placar aos 45 minutos da etapa inicial, com um gol de João Henrique, que acertou um belo chute de fora da área. Em desvantagem, o Mirassol pressionou bastante no segundo tempo e foi premiado aos 48 minutos, quando Robert foi derrubado por Augusto Recife na área. O próprio Robert cobrou e empatou no último lance da partida.

Com o resultado, Botafogo-SP completou seis jogos de invencibilidade no Estadual de São Paulo e chegou a 18 pontos no torneio. A equipe tem a mesma pontuação de Corinthians e Santo André, mas tem melhor saldo (dez contra nove e sete, respectivamente). O Mirassol é o 11º colocado, com dez pontos.

As duas equipes voltam a atuar no domingo. O Mirassol recebe o líder Santos às 17h (de Brasília). O Botafogo-SP vai a Bragança Paulista encarar o Bragantino, às 19h30m.


SANTOS 6X3 BRAGANTINO
Com o filho no colo, Robinho volta à Vila, e Santos goleia o Bragantino por 6 a 3



No colo do pai famoso e idolatrado na Vila Belmiro, Robson Junior entrou pela primeira vez num campo de futebol na noite desta quinta-feira. E com o menino de dois anos já no camarote com a mamãe Vivian, Robinho fez bonito, marcou duas vezes e comandou a animada vitória do Santos sobre o Bragantino por 6 a 3 (assista aos gols no vídeo ao lado).

- Não poderia ter sido melhor. Primeiro, a vitória do meu time. Depois, poder dedicar o gol para o meu filho, que ama futebol como eu - disse Robinho após o jogo.

Na volta do Rei das Pedaladas à Vila Belmiro, o Peixe teve momentos brilhantes mas, nos minutos finais, pregou um leve susto na torcida. Após abrir 4 a 0, viu o time do interior reagir perigosamente, mas acabou selando a vitória no fim. Além de Robinho, André (2), Wesley e Zé Eduardo marcaram para os santistas. Diego Macedo, Frontini e Rodriguinho descontaram.

Com o resultado, o Alvinegro segue soberano na liderança do Paulistão, com 22 pontos, quatro à frente de Botafogo-SP, Corinthians e Santo André, todos com 18 pontos. Já o Braga, com nove, segue em 12º.



CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO COMPLETA DO PAULISTÃO

O último jogo de Robinho no Alçapão havia sido no dia 21 de agosto de 2005, contra o Figueirense. Naquele dia, o Peixe venceu por 4 a 3 e Robinho também marcou dois, como nesta quinta-feira. Dias depois, ele foi para o Real Madrid.

O Santos volta a campo no próximo domingo, para enfrentar o Mirassol, às 17h (horário de Brasília), em Mirassol. Já o Bragantino, também no domingo, mas às 19h30m, recebe o Botafogo-SP.

Futebol veloz e gols

A velocidade com que os atacantes do Santos se movimentaram no primeiro foi tão grande que os zagueiros do Bragantino não sabiam para onde correr. Perdida, a linha de três defensores olhava para um lado e via Robinho. Do outro, Neymar. Pelo meio, André desbravava a selva de marcadores com eficiência. De trás, vinham Wesley e Paulo Henrique Ganso, distribuindo bem o jogo. Como marcar um time com seis jogadores em noite tão inspirada? Seis!

Se alguém tinha a receita, não passou para o técnico do Braga, Marcelo Veiga. A equipe do interior resistiu o quanto pôde. Foram 23 minutos de bombardeio santista até que Wesley pegou a sobra da zaga, após boa jogada de Neymar, e encheu o pé direito. Chute forte, rasteiro, no meio do gol. Era uma bola defensável, mas o goleiro Gilvan deixou passar.

Mal deu tempo de os torcedores do Santos se sentarem novamente. O ritmo seguia alucinante e, aos 27, veio o segundo. Neymar cobrou falta da direita, André mergulhou no primeiro pau para desviar de cabeça, e a bola sobrou para Robinho, sozinho, com o gol aberto à sua frente, marcar em sua volta à Vila Belmiro. Na comemoração, beijinho para Robson Junior no vidro do camarote.

A vantagem no placar não diminuiu o ímpeto do Santos. Os atacantes não pressionavam apenas quando tinham a bola. Sem ela, cercavam os zagueiros e volantes do Bragantino, sufocando as saídas de bola. Aí, com ela nos pés, eram toques rápidos, sempre em direção ao gol. Bem diferente do que aconteceu no domingo passado, quando o Peixe se enrolou contra o Rio Claro.

Aos 41, o inevitável. Robinho achou André pelo meio. O camisa 9, como um típico centroavante, recebeu de costas, girou e fuzilou de pé direito: 3 a 0.

Peixe relaxa, e Braga aperta

O Santos voltou para o segundo tempo sem tirar o pé. Logo a um minuto, Neymar enfiou para Robinho, que devolveu de primeira. O garoto entrou pela direita e chutou forte, rasteiro. O goleiro espalmou, e a bola sobrou para André marcar o quarto.

Com a goleada consolidada, o Peixe, finalmente, tirou o pé. E aí, o Bragantino se assanhou. Felipe fez duas boas defesas aos quatro e cinco minutos, em jogadas pelo alto, ambas com Frontini. Aos oito, o Braga acertou o alvo. Diego Macedo bateu falta com categoria, no ângulo esquerdo. Felipe nada pôde fazer.

Mas Robinho tratou de brecar qualquer tipo de empolgação do adversário. Aos 12, em cobrança rápida de falta, ele recebeu de Ganso, avançou livre pelo meio e, com um leve toque, encobrou Gilvan. Um golaço: 5 a 1

Com o placar dilatado, o técnico Dorival Júnior tirou Neymar e André. Entraram Madson e Giovanni. O Peixe perdeu terreno, e o Bragantino voltou a atacar. Felipe voltou a fazer boas defesas, mas quem salvou mesmo foi Roberto Brum, que tirou de cima da linha uma cabeçada de Frontini, aos 24.

De tanto pressionar, o Bragantino acabou diminuindo. Aos 27, Quixadá foi puxado dentro da área por Edu Dracena. Frontini cobrou bem e diminuiu. O Santos parou. A velocidade do primeiro tempo deu lugar a um futebol lento, de passes previsíveis. Parecia outro time em campo. A essa altura, Robinho já tinha saído para dar lugar a Zé Eduardo. Sem Neymar, Robinho e André, o Santos, de fato, era um outro time.

Aos 40, Rodriguinho arriscou de fora da área e acertou o canto esquerdo de Felipe. Era o terceiro do Bragantino, gerando uma indisfarçável apreensão na Vila Belmiro. O jogo que parecia concluído ganhou emoção no final.

Vendo que o Santos parou, o time do interior passou a acreditar que poderia empatar a partida e se lançou com tudo para o ataque. Mas, aos 45, num contra-ataque, Madson arrancou livre pela esquerda e passou para Zé Eduardo, que tocou para o gol vazio e decretou os 6 a 3. Aí, sim, a torcida do Santos respirou aliviada.


Ficha técnica:
SANTOS 6 x 3 BRAGANTINO
SANTOS
Felipe, Roberto Brum, Edu Dracena, Durval e Pará; Rodrigo Mancha, Wesley e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Madson), André (Giovanni) e Robinho (Zé Eduardo).
Técnico: Dorival Júnior.
BRAGANTINO
Gilvan; Marcelo Godri, Da Silva e Mauricio; Diego Macedo, Francis (Danilo Gomes), Paulinho, Lúcio (Rodriguinho) e Giba (Esquerdinha); Juninho Quixadá e Frontini.
Técnico: Marcelo Veiga.
Gols: Wesley, 23, Robinho, 27, André, 41 minutos do primeiro tempo; André, 1, Diego Macedo, 8, Robinho, 12, Frontini, aos 28, Rodriguinho, aos 41, Zé Eduardo, aos 45 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Roberto Brum, Edu Dracena, Neymar (Santos), Da Silva, Paulinho (Bragantino).
Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 18/05/2008.
Árbitro: Leonardo Ferreira Lima.
Auxiliares: Reinaldo Rodrigues dos Santos e Fábio Aparecido Gomes Ribeiro.
Público e renda: 11.794 pagantes/R$ 262.850,00.


SÃO PAULO 3X1 BARUERI
Tricolor bate o Barueri e embala para o clássico contra o Palmeiras: 3 a 1



Uma vitória para embalar de vez e dar moral para o clássico contra o Palmeiras. O São Paulo bateu, de virada, o fraco Barueri por 3 a 1, num Morumbi vazio e, pela primeira vez na temporada, conquistou três vitórias consecutivas (as outras foram contra Monterrey-MEX e Ituano).

O resultado (assista aos gols no vídeo ao lado) dá mais confiança ao time que terá dois jogos importantíssimos na sequência em menos de uma semana: domingo, contra o Verdão, pelo Campeonato Paulista, no Palestra Itália, e na próxima quinta-feira, contra o Once Caldas, na Colômbia, pela Taça Libertadores da América.

Com o triunfo, a equipe do Morumbi subiu para a quinta colocação na tabela de classificação do estadual, com 17 pontos. Já o Barueri, que sofreu a sua terceira derrota em nove partidas disputadas, é o décimo, com cinco pontos a menos.

Ataque contra defesa

Ricardo Gomes manteve o esquema com duas linhas de quatro e mandou a campo três novidades no Tricolor. Além do já previsto descanso para Hernanes, resolveu tirar Cléber Santana da equipe e escalou Cicinho no meio. Carlinhos Paraíba, que vinha em baixa com a comissão técnica, ganhou chance no setor. Na defesa, Renato Silva teve uma oportunidade.

Quando a bola rolou, ficou nítida a postura tática das duas equipes. O São Paulo tomou a iniciativa e encontrou um adversário que priorizou totalmente a marcação. Com os espaços diminuídos, a alternativa era tocar a bola com rapidez. E foi desta maneira que o gol quase saiu aos dez minutos. Cicinho deu passe açucarado para Washington, que avançou livre, driblou Márcio, mas adiantou a bola, que saiu pela linha de fundo.

O tempo passava, e o Barueri não mudava por nada sua postura. Em alguns lances, marcava com os dez homens de linha atrás do meio-campo. E o São Paulo, sem inspiração, fazia a bola rolar de um lado para outro, esperando uma brecha. O jogo, então, se arrastou nos primeiros 20 minutos.

As coisas começaram a mudar aos 21, quando o Barueri abriu o marcador num lance surpreendente. O experiente Marcos Assunção cobrou falta pela esquerda, a bola fez uma curva e entrou no ângulo esquerdo de Rogério Ceni, que falhou na jogada.

Mas não houve tempo para o time visitante comemorar. Dois minutos depois, Jorge Wagner desceu pela esquerda e tocou para Richarlyson que, de pé direito, tocou para Washington na área. O camisa 9 acertou um belo chute cruzado, no canto esquerdo de Márcio: 1 a 1

Com a nova igualdade, o jogo voltou à tônica anterior. Marcelinho Paraíba recuava para o meio para ajudar na armação, confundindo a marcação. Aos 38, o camisa 11 deu passe açucarado para Cicinho, que entrou livre, mas chutou em cima do goleiro do Barueri. Três minutos depois, Richarlyson cruzou da esquerda, e Cicinho cabeceou por cima.

O segundo gol tricolor era questão de tempo. Aos 43, Washington cruzou rasteiro, e Paulão, ao dar um carrinho, interceptou a bola com o braço. O juiz Guilherme Cereta de Lima marcou pênalti. A pequena torcida presente ao estádio do Morumbi pediu Rogério Ceni, que foi até a bola. Só que, quando chegou lá, o camisa 1 encontrou Marcelinho Paraíba, que havia sido nomeado como batedor principal por Ricardo Gomes. O goleiro voltou para a defesa e Marcelinho, com categoria, mandou no ângulo direito de Márcio.

Chances dos dois lados

Na etapa complementar, o Barueri mudou sua postura e resolveu sair para o jogo. Com Araújo na vaga de William, a equipe teve uma grande chance para marcar logo aos três minutos. Araújo recebeu de Flavinho dentro da área e chutou em cima de Rogério Ceni. No rebote, João Vítor chutou de longe, e a bola raspou o travessão são-paulino.

Para dar novo gás ao time, Ricardo Gomes tirou o apagado Carlinhos Paraíba e pôs Cléber Santana. Em campo, o time assustou Márcio aos 13, quando Jean arriscou de fora da área, e a bola passou perto da trave esquerda do goleiro do time de Presidente Prudente. Aos 18, Cléber Santana deu de bandeja para Marcelinho Paraíba que, livre na entrada da área, chutou de pé direito e mandou longe da meta adversária.

Aos 21, nova mudança no Tricolor. Washington deu lugar ao garoto Henrique, que havia atuado como titular na vitória sobre o Ituano, no último sábado. Logo depois, Hernanes entrou na vaga de Cicinho. A esta altura, o São Paulo já havia diminuído bastante seu ritmo e controlava a partida valorizando a posse de bola ao extremo. Aos 30, o Barueri voltou a assustar. Marcos Assunção bateu falta de muito longe, Rogério Ceni bateu roupa, mas conseguiu fazer a defesa na sequência.

Aos 38, o terceiro gol são-paulino não saiu por detalhe. Henrique foi lançado pela esquerda, avançou com velocidade e, na entrada da área, recuou para Marcelinho Paraíba, que bateu de pé esquerdo e acertou o travessão adversário. Três minutos depois, Hernanes cobrou falta da intermediária e Márcio espalmou pela linha de fundo.

Já nos acréscimos, saiu o terceiro gol. Após fazer falta clara no meio-campo, Cléber Santana avançou livre e fez belo lançamento para Henrique, que avançou e bateu rasteiro, no canto esquerdo de Márcio. Foi o primeiro gol do atacante no time profissional. Logo depois, o juiz encerrou a partida.


Ficha técnica:
SÃO PAULO 3 x 1 BARUERI
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Renato Silva, Xandão, Miranda e Jorge Wagner, Jean, Richarlyson, Cicinho e Carlinhos Paraíba (Cléber Santana); Marcelinho Paraíba e Washington (Henrique) .
Técnico: Ricardo Gomes.
BARUERI
Márcio; Éder, Paulão, Diego e Marcelo Oliveira; João Vítor, Ji Paraná (Jéfferson), Marcos Assunção e Carlos Eduardo; Willian (Araújo) e Flavinho.
Técnico: Vinícius Eutrópio.
Gols: Marcos Assunção, aos 21min, Washington, aos 23min do 1º tempo e Marcelinho Paraíba, aos 44min do 1º tempo. Henrique, aos 48min do 1º tempo.
Cartões amarelos: Richarlyson e Marcelinho Paraíba (São Paulo); João Vítor (Barueri).
Estádio: Morumbi. Data: 18/02/2010.
Árbitro: Guilherme Cereta de Lima.
Auxiliares: Márcio Luiz Augusto e Danilo Ricardo Simon Manis.
Renda e Público: R$ 122.583,75 / 5.945 pagantes.