quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Taça Libertadores:Fase de Grupos

BOLÍVAR (BOL) 1X3 ALIANZA LIMA (PER)
Alianza Lima bate Bolívar e sai na frente no grupo do campeão Estudiantes



Mesmo jogando na altitude de 3.660m de La Paz, o Alianza Lima saiu com uma importante vitória na estreia da Taça Libertadores. Pelo Grupo 3, o mesmo do atual campeão Estudiantes, os peruanos não tiveram muitas dificuldades para derrotar o Bolívar por 3 a 1, no Estádio Hernando Siles, na noite desta quarta-feira (veja os gols no vídeo ao lado).

O destaque da partida foi o atacante José Carlos Fernandez, que fez os dois primeiros gols dos visitantes. William Ferreira diminuiu no fim e, nos acréscimos, Johnnier Montaño decretou a vitória por 3 a 1. No próximo dia 18, quinta-feira, o Alianza Lima recebe o Estudiantes, no Peru. Juan Aurich e Bolívar se enfrentam no dia 24, também no Peru.


BANFIELD (ARG) 2X1 MORELIA (MEX)
Em grupo sem brasileiros, atual campeão argentino larga bem na Libertadores 2010

Em um grupo sem brasileiros como integrantes, o Banfield, atual campeão do Torneio Apertura do Campeonato Argentino, largou bem na Taça Libertadores 2010. Com uma vitória em casa por 2 a 1 sobre o Morelia, do México, o time argentino começou na liderança do Grupo 6 da principal competição do continente, nesta quarta-feira.

Os gols do Banfield foram marcados por Rodriguez e por Battion. Villamizar descontou para os mexicanos. Deportivo Cuenca-EQU e Nacional-URU são os outros integrantes da chave. Na próxima rodada, o Banfield encara o time equatoriano, enquanto o Morelia recebe os uruguaios.


SÃO PAULO (BRA) 2X0 MONTERREY (MEX)
Burocrático, São Paulo derrota o Monterrey na reestreia de Cicinho



Não foi exatamente a atuação que os tricolores esperavam. Mas começar a Libertadores vencendo foi o que importou para os 35 mil são-paulinos presentes ao Morumbi na noite desta quarta-feira. Com dois gols de Washington, sendo que no primeiro deles quem tocou na bola foi o zagueiro Cervantes, o Tricolor Paulista fez 2 a 0 no Monterrey, que atuou com uma equipe mista. O time mexicano poupou seus principais jogadores para o clássico do próximo domingo, contra o Tigres, seu maior rival, pelo campeonato local.

Com o resultado, o time comandado por Ricardo Gomes divide a liderança do Grupo 2 da competição sul-americana com o Once Caldas (COL), ambos com três pontos. O time colombiano venceu o Nacional (PAR) pelo mesmo placar. E, na próxima rodada, os dois líderes se encontrarão, em duelo que acontecerá na cidade de Manizales, no próximo dia 25. Já o Monterrey, na mesma data, buscará a reabilitação diante do time paraguaio.

Já pelo Campeonato Paulista, a equipe do Morumbi voltará a campo no próximo fim de semana. Em pleno sábado de carnaval, o rival será o Ituano, em duelo marcado para o estádio Novelli Júnior, em Itu, às 16h (de Brasília).

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO DA TAÇA LIBERTADORES DA AMÉRICA



Primeiro tempo fraco

Depois de tudo que os jogadores e o técnico prometeram na véspera, o primeiro tempo do São Paulo decepcionou. O time começou no esquema 4-4-2, formação na qual a equipe enfrentou o Santos, domingo passado, com Renato Silva como um falso lateral-direito e Jean como volante. Sem Dagoberto, machucado, Ricardo Gomes escalou o ataque com Marcelinho Paraíba e Washington.

E a ausência do velocista fez muito mal ao time, que era previsível e lento.
Mas na única jogada em que a equipe trabalhou a bola, o gol saiu. Aos 12, Washington tocou para Hernanes, que lançou Marcelinho Paraíba na esquerda. O atacante esperou a passagem de Jorge Wagner e tocou para o camisa 7, que foi ao fundo e cruzou na medida para Washington. Cervantes se antecipou ao camisa 9 e, ao tentar cortar o lance, empurrou para o próprio gol. O atacante são-paulino nem quis saber e saiu comemorando. O árbitro argentino Sergio Pezzotta "embarcou" e deu o gol para ele.

Quem esperava que o time fosse deslanchar se enganou. Apesar dos gritos de Ricardo Gomes, o time seguiu burocrático. Washington, aos 18, teve grande chance para marcar de novo, após saída errada do goleiro Ortiz. Mas ao tentar encobri-lo, bateu fraco, facilitando a defesa. O Monterrey, por sua vez, adiantou a marcação e passou a ter espaço para tocar a bola.

O jogo se arrastou até o fim do primeiro tempo. Os mexicanos, sem qualidade técnica, rondaram a área de Rogério, mas não chegaram com perigo uma única vez. O São Paulo, em vantagem, também não assustava . Antes do apito do juiz, surgiram as primeiras vaias no Morumbi.

A volta discreta de Cicinho

Os dois times voltaram sem alterações para o segundo tempo. E o que também não mudou foi o fraco futebol apresentado. O São Paulo continuou em ritmo lento, enquanto o Monterrey, limitadíssimo, não levava perigo. Irritada, antes dos dez minutos, a torcida já pedia a entrada do recém-contratado Cicinho, que estava como opção no banco.

Aos 12, o São Paulo chegou com perigo em cobrança de falta de Rogério Ceni. Ortiz voou no ângulo esquerdo e fez grande defesa. Seis minutos depois, Hernanes, em jogada individual, bateu de pé esquerdo de fora da área e mandou à direita do gol. No Monterrey, o técnico Víctor Manuel Vucetich resolveu mexer e colocou seu time na frente, com a entrada de dois atacantes, Santana e Martinez, que entraram na vaga do apagado Val Baiano (ex-Barueri) e do volante Arellano.

Aos 21, quando já mostrava mais aplicação, o São Paulo teve nova chance de gol. Hernanes desceu pela direita e cruzou para Washington. A zaga mexicana afastou o perigo e, na volta, Cléber Santana bateu errado, por cima. O torcedor, irritado, não perdoou mais um erro, vaiou e, mais uma vez, pediu Cicinho. E Ricardo Gomes, aos 28, resolveu atender à voz das arquibancadas e chamou o camisa 23 que, após cinco anos, voltou a vestir a camisa do time.

Aos 30, saiu o segundo gol. Hernanes cobrou escanteio pela esquerda, Jorge Wagner desviou de cabeça, e Washington, na segunda trave, só empurrou para o gol vazio. Com o jogo definido, o técnico Ricardo Gomes aproveitou para fazer nova alteração e tirou o cansado Marcelinho Paraíba para pôr Marlos. Nos minutos finais, o Monterrey buscou mais o ataque, mas nada que assustasse o São Paulo, que segurou a vantagem até o fim.


Ficha técnica:
SÃO PAULO 2 x 0 MONTERREY
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Renato Silva, Xandão e Miranda; Jean (Léo Lima), Hernanes, Richarlyson (Cicinho), Cléber Santana e Jorge Wagner; Marcelinho Paraíba (Marlos) e Washington.
Técnico: Ricardo Gomes.
MONTERREY
Ortiz; Perez, Moralez, Cervantes e Guevara; Arellano (Martinez), Galindo (Rodriguez), Zavala e Medina; Val Baiano (Santana) e Carreño.
Técnico: Víctor Manuel Vucetich.
Gols: Washington, aos 12 minutos do primeiro tempo e aos 30 do segundo.
Cartões amarelos: Hernanes (São Paulo);Perez e Santana (Monterrey).
Estádio: Morumbi. Data: 10/02/2010.
Árbitro: Sérgio Pezzotta (ARG).
Auxiliares: Hernán Pablo Maidana (ARG) e Ricardo Casas (ARG).
Renda e Público: R$ 1.019.971,08 / 35.523 pagantes.


VÉLEZ SARSFIELD (ARG) 2X0 CRUZEIRO (BRA)
Com dois expulsos no 1º tempo, Cruzeiro estreia na fase de grupos com derrota



Uma semana depois de ter uma noite de sonho no Mineirão, com uma goleada de 7 a 0 sobre o Real Potosí (Bolívia), o Cruzeiro teve uma quarta-feira de pesadelo em Buenos Aires. Com dois jogadores (Gilberto e Gil) expulsos no primeiro tempo, o time celeste iniciou a caminhada no Grupo 7 da Libertadores com derrota: 2 a 0 para o Veléz Sarsfield, no estádio José Amalfitani, na capital argentina. O caso de Gilberto chama a atenção: convocado na última terça-feira para o amistoso da seleção brasileira contra a Irlanda, dia 2 de março, o jogador já havia sido expulso no primeiro jogo diante do Potosí, pela pré-Libertadores, também na etapa inicial.

O clube mineiro volta a campo pela Libertadores na próximo dia 24, quando recebe o Colo Colo (Chile) no Mineirão. No dia anterior, o Vélez vai a Caracas para enfrentar o Deportivo Italia.

Primeiro tempo terrível

Imagine um começo ruim para o Cruzeiro. Acredite, foi pior. Logo aos dois minutos, em um lance no meio-campo, Gilberto levantou o pé de forma imprudente, atingiu o zagueiro Sebá Dominguez na linha da cintura e foi expulso pela segunda vez na Libertadores.

Diante do impacto com a perda de um de seus principais jogadores e pressionado pelo Vélez e sua inflamada torcida, o Cruzeiro sofreu o primeiro gol aos cinco. Somoza dominou pelo meio e acionou Cabrera, livre, pela direita. O meia cruzou para Santiago Silva, "El Tanque", testar na pequena área, sem chance para Fábio.

Apesar da dupla desvantagem (no placar e no campo), o Cruzeiro conseguiu se ambientar no campo adversário, embora encontrasse dificuldade para manter a posse de bola. O Veléz teve chance de aumentar aos 24, quando López chutou da risca da área no canto direito, e Fábio salvou, espalmando para córner.

Aos 36, a situação do clube brasileiro ficou ainda mais complicada. Para evitar que Santiago Silva entrasse livre na área, o zagueiro Gil derrubou o atacante na meia-lua, levou o segundo amarelo e foi expulso. Para recompor a zaga, o técnico Adilson Batista trocou o lateral Diego Renan por Thiago Heleno.



Com dois a menos, os jogadores celestes passaram a pressionar o árbitro Martín Vazquez, exigindo cartões vermelhos para os adversários. Vasquez poderia ter expulsado o zagueiro Sebá, que chutou o atacante Kléber, já caído. Mas o uruguaio mostrou falta de critério e amenizou, aplicando apenas o amarelo para o ex-zagueiro do Corinthians. No primeiro tempo, foram seis advertências para o time argentino (Moralez, Cubero, Somoza, Pablo Lima, Santiago Silva, além de Sebá) e duas para o Cruzeiro (Leonardo Silva e Gil)

Apesar de estar com nove, o Cruzeiro não se encolheu totalmente em campo e teve chance de empatar aos 41. Jonathan cobrou falta sobre a área, e Kléber desviou de cabeça, com muito perigo.

O Vélez tocava a bola, e a torcida gritava olé, mas o time argentino, mesmo com dois a mais, não chegou a ser tão incisivo.

Cruzeiro segura o adversário, mas sofre o segundo

A expectativa era de que o Vélez voltasse a todo vapor para liquidar o jogo logo no início do segundo tempo, mas não foi o que aconteceu. Mesmo em situação delicada, o Cruzeiro, nos primeiros dez minutos, conteve as jogadas do time argentino, que, por sua vez, falhava na articulação final.

Mas em um espaço de dois minutos, o líder do Torneio Clausura teve duas grandes chances para aumentar. Aos 13, Lopez recebeu na área, mas errou a conclusão. No minuto seguinte, Santiago Silva recebeu um centro, dominou no peito e arrematou muito perto do gol de Fábio.

Com o meio-campo mais compacto (o volante Pedro Ken entrou no lugar do atacante Thiago Ribeiro), o time celeste conseguia reduzir o ímpeto do adversário. O Veléz só voltou a ameçar aos 24, quando López, quase na risca da pequena área, se antecipou a Fábio e completou um cruzamento da direita por cima da meta.

Mas aos 32 minutos, em uma jogada praticamente idêntica, o desfecho foi diferente. Thiago Heleno cortou mal um cruzamento para a área, e a bola sobrou para Moralez, que cruzou rasteiro da direita. Martinez chegou primeiro que Fábio e desviou para rede.

Consciente de que o empate era algo quase impossível, o time mineiro recuou definitivamente e se defendeu como pôde para evitar uma goleada. E pensar na recuperação diante do Colo Colo, no dia 24.


Ficha técnica:
VÉLEZ SARSFIELD 2 x 0 CRUZEIRO
VÉLEZ SARSFIELD
Montoya, Cubero, Sebá Domingues, Otamendi e Lima (Cabral); Cabrera (Martinez), Somoza e Zapata; Moralez; López e Santiago Silva (Zaráte).
Técnico: Ricardo Gareca.
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Gil, Leonardo Silva e Diego Renan (Thiago Heleno); Elicarlos, Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto; Thiago Ribeiro (Pedro Ken) e Kléber (Wellington Paulista).
Técnico: Adílson Batista.
Gols: Santiago Silva, aos 5 minutos do primeiro tempo, e Martinez, aos 32 do segundo.
Cartões amarelos: Moralez, Cubero, Lima, Santiago Silva, Somoza, Sebá Domingues (Vélez), Gil, Leonardo Silva (Cruzeiro).
Cartões vermelhos: Gilberto e Gil (Cruzeiro).
Estádio: José Amalfitani, em Buenos Aires. Data: 10/02/2010.
Árbitro: Martín Vázquez (Uruguai).