quinta-feira, 22 de maio de 2008

Libertadores

SANTOS 1X0 AMÉRICA-MEX
Peixe vence o América-MEX na Vila, mas está eliminado da Libertadores

O Santos bem que tentou, mas nem as presenças ilustres de Pelé e Robinho na Vila Belmiro deram sorte ao time, que venceu por 1 a 0 mas não conseguiu inverter a vantagem do América-MEX e está eliminado da Libertadores. Na partida de ida, os mexicanos venceram por 2 a 0, com dois gols de Cabañas. O Peixe procurou o ataque durante todo o jogo, mas abusou do direito de perder gols. O América vai pegar a LDU, que eliminou o San Lorenzo, na semifinal.

Os 19.539 mil santistas que foram ao estádio, o maior público do ano na Vila, devem ter sentido muito a falta do gol legítimo de Kleber Pereira anulado no México, já que o resultado desta quinta daria a classificação aos brasileiros caso o jogo no Azteca tivesse sido 2 a 1.


O Santos fez o que tinha de fazer. Foi para cima do América desde o primeiro minuto de jogo. Com Cabañas bem vigiado pela dupla Fabão e Marcelo, o Peixe se lançou ao ataque e foi criando chances. Aos 10, Molina mandou uma bomba de esquerda. O goleiro Ochoa defendeu, e a bola sobrou para Rodrigo Souto, que bateu cruzado. Kléber Pereira tentou desviar, mas chegou tarde.

O América, com dez jogadores atrás e apenas Cabañas à frente, apenas se segurava e tentava sair em um contra-ataque. A única chance do time mexicano no primeiro tempo ocorreu aos 12 minutos, quando Argüello arrancou pela direita e cruzou para Esqueda emendar de primeira. A bola passou por cima, assustando Fábio Costa.

O lance de perigo, porém, não diminuiu o ímpeto dos santistas. O bombardeio era incessante. Aos 21, Kléber lançou Kléber Pereira, que dominou e chutou de direita. Ochoa espalmou. Na sobra, Rodrigo Souto mandou outro petardo, e o goleiro mexicano defendeu novamente.

A bola vinha de todo o lado, e Ochoa ia se segurando como podia. Algumas vezes, o time santista confundia rapidez com pressa e se atrapalhava nos passes. Corria mais que a bola. Ainda assim, era dono do jogo. Aos 33, Molina avançou sozinho pela direita, cortou para a canhota e chutou firme, mas o camisa 1, bem colocado, encaixou.

Apesar de criar muito, insistir, correr, mostrar muita garra, o Peixe não saiu do zero. Intervalo de jogo, a vaga era do América.



Kléber Pereira renova a esperança dos santistas



O Peixe voltou para o segundo tempo ainda mais ofensivo. O técnico Emerson Leão sacou Wesley e colocou o argentino Trípodi. Wesley ainda ajudava na meia. Já Trípodi entrou para ficar bem mais à frente. A pressão tornou-se ainda mais intensa que no primeiro tempo.

Aos 8, Kléber Pereira recebeu livre, dentro da área, mas demorou para chutar e acabou levando um esbarrão de Sebá. Os santistas pediram pênalti, mas o árbitro mandou seguir. Aos 9, Kléber Pereira, novamente recebeu pela esquerda, driblou o goleiro mas, sem ângulo, chutou para fora.


À medida que o tempo ia passando e o gol não saía, os santistas iram ficando bastante nervosos. Tanto dentro de campo quanto nas arquibancadas. A torcida começou a pressionar os jogadores, que em vez de tentarem entrar com a bola pelo chão insistiam em balões para dentro da área.


Aos 16, Leão resolveu então mandar o time com tudo para o ataque. Tirou Betão e colocou o equatoriano Michael "Jackson" Quiñonez para jogar aberto pela direita. Em seu primeiro lance, o xará do astro americano fez jogada de ponta, driblou o marcador e cruzou de canhota na cabeça de Kléber Pereira, que encobriu o goleiro com um toque certeiro. Explosão na Vila Belmiro.

Em busca do segundo gol, que levaria a decisão para os pênaltis, o Alvinegro intensificou a pressão. Cabañas, sem conseguir receber a bola em condições, tentou tirar os santistas do sério. Catimbeiro, o paraguaio provocou, tentou parar o jogo, fez cera e acabou levando um cartão amarelo aos 26 minutos.



Aos 37, Kléber e Trípodi fizeram uma boa jogada, o argentino tocou para o lateral, que lançou Kleber Pereira na entrada da área. O atacante, mesmo livre, chutou mal e perdeu boa chance. Dois minutos depois, Molina mandou uma bomba de longe com a perna esquerda, a bola passou rente ao travessão. Ochoa só olhou. Até o apito final, os santistas sufocaram os adversários, mas não conseguiram balançar a rede adversária novamente.



Ficha do jogo
SANTOS 1 x 0 AMÉRICA-MEX
SANTOS
Fábio Costa, Betão (Quiñonez), Marcelo, Fabão e Kléber; Marcinho Guerreiro, Rodrigo Souto, Molina e Wesley (Trípodi); Lima e Kléber Pereira.
Técnico: Leão.
AMÉRICA-MEX
Ochoa, Castro, Sanchez, Sebá e Rodríguez (Iñigo); Rojas, Villa, Argüello (Armando Sanchez) e Silva; Cabañas e Esqueda (Mosqueda).
Técnico: Juan Luna.
Gols: Kléber Pereira, aos 18 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Silva, Villa, Sebá, Cabañas (AME); Trípodi (SAN).
Público: 19.539pagantes. Renda: R$ 609.820,00.
Estádio: Vila Belmiro. Data: 22/05/2008.
Árbitro: Jorge Larrionda (URU).
Auxiliares: Carlos Pastorino e Robert Muniz (URU).


LDU 1(5)X1(3) SAN LORENZO
LDU leva a melhor na disputa por pênaltis e se classifica para a semifinal


A LDU sofreu, mas conseguiu a classificação para a semifinal da Taça Libertadores. O time derrotou o San Lorenzo por 5 a 3 na disputa por pênaltis, depois de dominar o adversário no empate em 1 a 1 no estádio Casablanca, em Quito. A partida de ida, em Buenos Aires, terminara com o mesmo resultado.



O adversário dos equatorianos será o América do México, que eliminou o Santos nesta quinta-feira, na Vila Belmiro.



Esse é o terceiro time argentino eliminado pela LDU, que deixou o Arsenal para trás na primeira fase e o Estudiantes nas oitavas-de-final. Para o San Lorenzo, é o fim do sonho do inédito título continental no ano do centenário.





San Lorenzo joga com cautela



O goleiro Orión, do San Lorenzo, já havia sido o personagem principal da partida em Buenos Aires ao fazer uma embaixadinha estabanada dentro da área e entregar um gol para a LDU. Dessa vez, com um minuto de partida, ele já demonstrou insegurança. Saiu de forma afobada na lateral do campo e deu um carrinho duro em Bolaños, recebendo cartão amarelo.



Mesmo precisando fazer gol, o San Lorenzo pouco se arriscou no ataque no primeiro tempo. A melhor oportunidade veio logo no começo da partida, em uma bola de Romeo na trave. A LDU tomou a iniciativa, mas sem se expor a contra-ataques. Conseguiu seu gol aos 26 minutos, em um chute de longe de Manso. Orión pulou atrasado e falhou novamente.



A situação do San Lorenzo se complicou aos 30, quando o árbitro entendeu que o volante Juan Manuel Torres pisou em um adversário depois de empurrá-lo ao chão. Com um jogador a menos, o time argentino se expôs e conseguiu mais posse de bola no campo de ataque, mas criou poucas chances de perigo. Aos 36, Bergessio chutou para fora um cruzamento da esquerda. A LDU, em vantagem no placar, não ameaçou até o intervalo.





Empate no início do segundo tempo



O San Lorenzo chegou ao empate no início do segundo tempo, em uma cobrança de escanteio concluída de cabeça por Bergessio. Com o resultado, que levava a decisão para os pênaltis, o técnico Ramón Díaz tirou o atacante Romeo e pôs o meia Aureliano Torres.



A partir de então, a LDU pressionou o tempo todo e até acertou a trave, com Manso, depois que Bolaños entrou livre e chutou em cima de Orión. As oportunidades se sucediam e eram desperdiçadas de maneira inacreditável. Aguirre salvou um gol em cima da linha e Tula travou um chute de Manso na entrada da pequena área. Guerrón, geralmente o destaque do time equatoriano, esteve em um péssimo dia, chegando a cair sozinho com a bola dominada.



Na disputa por pênaltis, pela LDU marcaram Urrutia, Campos, Vaca, Guerrón e Bieler. No San Lorenzo, converteram González, D'Alessandro e Alvarado. Aureliano Torres chutou para a defesa de Cevallos.