
FRANÇA 0X0 ROMÊNIA
Com Henry no banco, França decepciona e fica no empate sem gols com a Romênia
França e Romênia abriram o Grupo da Morte da Eurocopa com um decepcionante empate por 0 a 0, no estádio Letzigrund, em Zurique, na Suíça. Foi a pior partida até o momento na competição. Detalhe para a ausência de Henry, que teria discutido com o técnico Raymond Domenech antes do jogo. Ele ficou no banco de reservas e não entrou durante a partida, mesmo com o seu time sofrendo para criar chances.
A França também atuou sem o volante Vieira, ainda lutando para se recuperar de uma lesão muscular na coxa esquerda. O jogador do Inter de Milão segue no grupo, apesar de não ter recebido previsão de retorno.
Não foi apenas pela ausência de Henry que a França fez um primeiro tempo ruim. Os meias Ribery e Malouda não funcionaram como deveriam, municiando pouco os homens de frente. Ribery até que se movimentou mais, buscando o jogo pelos dois lados do campo. Malouda, no entanto, foi mal demais. Aliás, quase todo time francês. Benzema e Anelka, isolados, tiveram poucas chances de gol.
A França teve mais posse de bola, mas decepcionou na criação das jogadas. A Romênia conseguiu segurar os favoritos com uma estratégia conhecida: contra-ataques. Assim, fez o tempo passar, levando o 0 a 0 para o intervalo.
O marasmo continuou no segundo tempo. Basicamente, a Romênia continuou fechadinha, preocupada muito mais em desarmar do que em construir jogadas. E a França, apesar de ter mais a bola, não conseguia trocar três passes em seqüência.
O técnico Raymond Domenech também colaborou. Ele deixou para substituir Anelka, mal no jogo, aos 26. No entanto, lançou Gomis, mantendo Henry no banco de reservas. Nos minutos finais, a França ainda tentou o gol salvador em uma jogada de Ribery, mas o goleiro Lobont segurou, mantendo o empate sem graça no placar.
Ficha técnica:
ROMÊNIA 0 x 0 FRANÇA
ROMÊNIA
Lobont; Cosmin Contra, Gabriel Tamas, Goian e Rat; Cocis (Paul Codrea), Radoi (Dica) e Chivu; Nicolita, Mutu (M. Niculae) e D. Niculae.
Técnico: Victor Piturca.
FRANÇA
Coupet; Sagnol, Lilian Thuram, Gallas e Abidal; Claude Makelele, Toulalan, Ribery e Malouda; Benzema (Nasri) e Nicolas Anelka (Gomis).
Técnico: R. Domenech.
Cartões amarelos: Contra, Goian e Niculae (Romênia); Sagnol (França). Cartão vermelho:
Estádio: Letzigrund, em Zurique (Suíça). Data: 09/06/2008. Árbitro: Manuel González. Auxiliares: Juan Carlos Jiménez e Jesús Calvo Guadamuro.

Holanda atropela a campeã mundial Itália e lidera o grupo da morte
A campeã mundial Itália provou de seu próprio veneno nesta terça-feira. A Azzurra foi goleada pela Holanda por 3 a 0, no Stade de Suisse, em Berna, sofrendo dois gols em contra-ataques, habitualmente a principal arma do futebol italiano (Sneijder e Van Bronckhorst marcaram). Van Nistelrooy abriu o marcador com um gol irregular (estava impedido).
Com o resultado, a Holanda lidera isolada o Grupo C da Eurocopa , com três pontos, contra um de França e Romênia, que mais cedo empataram por 0 a 0. A Itália, que não perdia por 3 a 0 há 25 anos, termina a primeira rodada sem pontos. Na sexta-feira, as quatro seleções do considerado grupo da morte voltam a campo: italianos enfrentam romenos e holandeses encaram franceses.
A partida desta terça foi o maior clássico até aqui na Eurocopa. A Holanda foi superior no primeiro tempo, quando construiu vantagem de 2 a 0. No segundo, embora tendo menos a bola, os holandeses souberam se segurar e matar a peleja quando precisaram.
Gol irregular alavanca goleada
O jogo começou equilibrado mas, aos poucos, a Holanda passou ser mais perigosa. Sneijder, por duas vezes de fora da área, teve boas oportunidades, mas errou o alvo. Ainda antes dos 20 minutos, Van Nistelrooy saiu cara a cara com Buffon, mas se enrolou ao tentar driblar o goleiro e desperdiçou ótima oportunidade.
Aos 26, no entanto, o artilheiro do Real Madrid não perdoou. Após cobrança de falta pelo lado direito, a bola foi até o segundo pau e o goleiro Buffon afastou mal, para o meio da área. Van Bronckhorst pegou a sobra e emendou um chute cruzado. Van Nistelrooy, na entrada da pequena área e em posição de impedimento, escorou para a rede. A arbitragem confirmou o gol irregular.
O lance fez o jogo esquentar e a Itália partiu em busca do empate. Por pouco a Azzurra não conseguiu seu gol aos 30, após escanteio da esquerda que desviou no holandês Ooijer e obrigou Van Bronckhorst a salvar em cima da linha.

O próprio Van Bronckhorst, na seqüência, recebeu bola de Van der Vaart e armou o contragolpe mortal que resultou no segundo gol holandês. Depois de avançar pelo lado esquerdo, o lateral lançou Kuyt no lado direito da área. O atacante escorou para o meio e Sneijder, com um toque por cima de Buffon, ampliou a vantagem da Holanda.
Mesmo com 2 a 0 contra, a Itália não baixou a guarda. Em chute rasteiro, Di Natale obrigou Van der Sar a fazer grande defesa para evitar o primeiro da Azzurra. Daí até o intervalo, o jogo ficou um pouco violento, com trocas de pequenas agressões entre os jogadores e com poucas chances de gol. A melhor antes do fim da primeira etapa ainda foi da Holanda. Van Nistelrooy ficou uma vez mais de cara com Buffon, mas bateu em cima do goleiro e perdeu gol feito.
Donadoni mexe no time da Itália, mas de nada adianta
No segundo tempo, a Itália voltou mais animada e, como a Holanda se apresentou retraída, foi a Azzurra quem dominou as ações. Logo aos cinco minutos, Zambrotta fez grande jogada e por pouco não diminuiu.
O técnico Roberto Donadoni lançou Grosso na vaga de Materazzi. O lateral entrou como de costume no lado esquerdo. Sendo assim, Zambrotta passou para a direita e Panucci foi deslocado para a zaga central.
A tentativa de tornar a Itália mais ofensiva até que surtiu efeito, mais por conta da postura defensiva adotada pela Holanda do que pela inicativa de Grosso no ataque. Aos 18, Del Piero entrou na vaga de Di Natale e deu movimentação mais interessante ao setor ofensivo italiano. Com cinco minutos em campo, o veterano deu dois chutes perigosos.
Bem postada na defesa, a Holanda procurou cozinhar o jogo até o fim. Na base da raça, a Itália, que ainda trocou o meia Camoranesi por Cassano, teve duas grandes chances de gol: na primeira, Luca Toni isolou, depois, Grosso chutou em cima do goleiro Van der Sar.
Aos 34, aconteceu o lance que decidiu a partida. Pirlo por pouco não fez para a Itália, de falta, e no contra-ataque, a Holanda fez o terceiro. Kuyt recebeu livre na área e bateu para grande defesa de Buffon. O meia-atacante do Liverpool pegou o rebote e cruzou para Van Bronckhorst, livre, testar para a rede e sacramentar o passeio laranja em Berna.
Ficha técnica:
HOLANDA 3 x 0 ITÁLIA
HOLANDA
Van der Sar, Ooijer, Boulahrouz (Heitinga), Mathijsen e Van Bronckhorst; De Jong, Engelaar, Kuyt (Afellay), Van der Vaart e Sneijder; Van Nistelrooy (Van Persie).
Técnico: Marco van Basten.
ITÁLIA
Buffon, Panucci, Barzagli, Materazzi (Grosso) e Zambrotta; Pirlo, Ambrosini, Gattuso, Camoranesi (Cassano) e Di Natale (Del Piero); Luca Toni.
Técnico: Roberto Donadoni.
Gols: Van Nistelrooy, aos 26 e Sneijder, aos 31 minutos do primeiro tempo; Van Bronckhorst, aos 34 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: De Jong (HOL); Luca Toni, Zambrotta e Gattuso (ITA).
Estádio: Stade de Suisse, em Berna (SUI). Data: 09/06/2008.
Árbitro: Peter Fröjdfeldt (SUE).
Auxiliares: Stefan Wittberg (SUE) e Henrik Andrén (SUE).