
BOLÍVIA 4X2 PARAGUAI
Bolívia derrota o líder Paraguai e sai da lanterna das eliminatórias
O líder Paraguai foi a La Paz nesta quarta-feira e perdeu para a Bolívia, então lanterna das eliminatórias sul-americanas , pelo placar de 4 a 2. Seis jogadores dos que foram titulares contra o Brasil não foram escalados de início pelo técnico Gerardo Martino, o que acabou custando caro. Botero (dois), García e o ex-cruzeirense Marcelo Moreno fizeram os gols da Bolívia. Roque Santa Cruz e Haedo Valdez, que entraram no segundo tempo, descontaram.
Foi a primeira vitória boliviana nestas eliminatórias. A seleção subiu para o penúltimo lugar, com quatro pontos, um a mais que o Peru. O Paraguai segue líder, com 13 pontos, mas pode ser alcançado pela Argentina, que mais tarde nesta quarta-feira visita o Brasil, no Mineirão.
Falha do goleiro freia reação paraguaia
Talvez temendo o desgaste de um jogo na altitude (3.600 metros), o Paraguai foi a campo sem alguns jogadores importantes, que ficaram no banco de reservas. Do trio ofensivo que derrotou o Brasil, apenas Cabañas foi titular. Haedo Valdez e Roque Santa Cruz entraram no segundo tempo, já com o placar em 2 a 0.
A Bolívia aproveitou para se impor e, em 25 minutos, já vencia por 2 a 0. Primeiro, Rivero lançou Botero na área e o atacante tocou por cima do goleiro Bobadilla (substituiu Villar). Depois, García avançou pela direita e bateu cruzado para ampliar.
No segundo tempo, com as entradas de Haedo e Santa Cruz, o Paraguai deu a impressão de que reagiria, principalmente quando o camisa 9 diminuiu o marcador com uma cabeçada.
No entanto, a Bolívia tratou de matar o jogo, com uma mãozinha do goleiro Bobadilla. O paraguaio bateu roupa em chute de longe e Botero pegou o rebote para fazer 3 a 1. Aos 30 minutos, Marcelo Moreno, negociado pelo Cruzeiro ao Shakhtar Donetski, bateu falta com força e fez o quarto.
Haedo Valdez, com chute no ângulo após passe de Morel Rodríguez, ainda diminuiu a desvantagem, mas a vitória boliviana já estava assegurada.

EQUADOR 0X0 COLÔMBIA
Equador e Colômbia empatam sem gols
Debaixo de forte chuva durante boa parte dos 90 minutos, Equador e Colômbia empataram por 0 a 0 nesta quarta-feira, em Quito. A partida foi válida pela sexta rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2010.
Com o resultado, a Colômbia se manteve como única invicta nas eliminatórias. A seleção soma agora dez pontos e se mantém em terceiro lugar. O Equador chegou a cinco pontos e continua na oitava posição. O líder das eliminatórias é o Paraguai, com 13 pontos.
Jogando em casa e empolgado por quase ter derrotado a Argentina no último domingo (1 a 1 em Buenos Aires), o Equador dominou boa parte do jogo, embora tenha tido dificuldades para criar chances de gol. Retraída, a Colômbia pouco buscou o ataque.
No primeiro tempo, a melhor chance equatoriana surgiu numa pixotada do colombiano Moreno. Após cruzamento de Valencia para a área, o jogador tentou cortar de cabeça e acertou o próprio travessão.
Com a forte chuva que caiu entre a segunda metade da etapa inicial e o começo da etapa final, o jogo ficou dificultado para as duas equipes.
Na base do abafa e de chutes de longe, o Equador seguiu em busca do gol que lhe daria sua segunda vitória nas eliminatórias. No entanto, o goleiro Julio mostrou-se seguro quando exigido e garantiu os colombianos.
A dez minutos do fim, Dario Moreno invadiu a área equatoriana, driblou o goleiro e foi agarrado pela camisa por Espinoza. A arbitragem não marcou o pênalti e o placar acabou mesmo 0 a 0, depois de o Equador perder pelo menos mais duas boas chances.
BRASIL 0X0 ARGENTINA
Brasil empata com Argentina, e torcida vaia o técnico Dunga
A julgar pelo que foi visto no Mineirão nesta quarta-feira, a popularidade do técnico Dunga no comando da seleção brasileira está bastante arranhada. Apesar de empatar em 0 a 0 com a arqui-rival Argentina, o treinador ouviu toda a sorte de gritos hostis, pedindo sua saída. Este foi o terceiro jogo seguido sem vitória da seleção (havia perdido para Venezuela e Paraguai).
Com o resultado, a seleção brasileira subiu para o quarto lugar nas eliminatórias sul-americanas, com nove pontos - a Argentina está em segundo lugar, com 11 pontos, dois a menos que o líder Paraguai. Mas há um porém. Nesta quinta-feira, a Venezuela recebe o Chile em Puerto La Cruz, às 21h30m (horário de Brasília), para encerrar a rodada. Como as duas seleções estão com sete pontos ganhos, qualquer uma que vença passará o Brasil na tabela - só o empate interessa à seleção de Dunga, que só volta a campo nas eliminatórias no dia 6 ou 7 de setembro, fora de casa, contra o Chile.
Tensão e gols perdidos
O técnico Dunga, que começou a ouvir vaias da torcida quando teve seu nome anunciado no Mineirão, foi a campo apostando em Adriano no ataque na vaga de Luis Fabiano. No meio, Anderson e Julio Baptista ocuparam as vagas de Josué e Diego.
Anderson pareceu nervoso enquanto esteve em campo. O jogador do Manchester United errou muitos passes e saiu aos 33 minutos do primeiro tempo, sentindo dores no joelho esquerdo. Diego entrou. Os demais jogadores de meio também erraram muitos passes durante a primeira etapa. Mineiro perdeu mais bolas do que costuma no meio.
A primeira etapa acabou por ser equilibrada. O Brasil criou duas grandes chances, com Julio Baptista e Robinho, mas a Argentina respondeu com Messi. A torcida mineira, apreensiva, não gritou muito durante a primeira etapa. Adriano teve o nome cantado em coro depois de voltar para ajudar a defesa.
A primeira grande chance do Brasil aconteceu aos 22 minutos. Após chute de Robinho da direita, a bola espirrou e sobrou limpa para Julio Baptista. O camisa 10 chutou exatamente em cima do goleiro Abbondanzieri, que fez grande defesa e ainda correu atrás do rebote para agarrar em definitivo.
Logo depois, Robinho recebeu lançamento no lado esquerdo do ataque, driblou o goleiro Abbondanzieri rente à linha de fundo e partiu para dentro da área. O atacante, entretanto, não conseguiu chutar ao gol ou passar a bola para Adriano, que entrava pelo meio da área. Cercado de argentinos, acabou perdendo a bola.
Os hermanos respeitaram a seleção e não criaram muitas chances no primeiro tempo. Com o grandalhão Cruz como referência e Gutierrez na ala esquerda (uma surpresa), a Argentina foi bem na marcação, porém um tanto tímida no ataque. Teve duas boas oportunidades no primeiro tempo. Na primeira, Julio Cruz entrou nas costas de Juan e cabeceou nas mãos de Júlio César. Depois, Messi penetrou livre na área, por trás de Lúcio, e bateu muito mal, longe do gol.
Show no intervalo e vaias
Como costuma fazer, a Argentina demorou para voltar para o segundo tempo. As duas equipes não sofreram alterações. Depois de assistir ao show do Skank no intervalo, a torcida mineira se inflamou e gritou forte. Em campo, Adriano por pouco não acertou passe para Robinho na área. Abbondanzieri saiu bem do gol e agarrou.
A Argentina respondeu com Messi, que avançou pela direita e foi derrubado por trás por Juan. O brasileiro merecia levar o segundo cartão amarelo, o que resultaria em sua expulsão, mas o árbitro Oscar Ruiz aliviou.

Aos poucos, os agentinos cresceram na partida e ficaram mais perto de abrir o placar. Julio Cruz recebeu bola limpa dentro da área, aos 11 minutos, mas bateu mal, por cima do gol de Júlio César.
Na base da raça, a seleção equilibrou as ações. Apesar de não conseguir grandes finalizações, o Brasil apertou a Argentina na defesa. Os hermanos passaram a parar as jogadas com falta. Os volantes Gago e Mascherano levaram cartões amarelos quase que um após o outro.
As duas seleções resolveram então mexer no ataque. Alfio Basile tirou Cruz e lançou Agüero, jogador de mais velocidade. Dunga foi chamado de burro por tirar Adriano e lançar Luis Fabiano. O nome de Pato era o mais gritado antes da substituição no Mineirão. O Imperador, por sua vez, foi aplaudido ao deixar o campo.
Torcida pede Pato, mas entra Luis Fabiano
Logo em sua primeira jogada, aos 26, Luis Fabiano ganhou de Coloccini, foi ao fundo e cruzou para Julio Baptista. O camisa 10 emendou um voleio, mas o tiro saiu fraco e Abbondanzieri defendeu sem problemas.
A seleção passou a ter mais a bola, embora sem criar grandes oportunidades. Dunga foi novamente chamado de burro ao trocar Diego por Daniel Alves. Daí para a frente, o treinador foi muito hostilizado. Foi chamado também de jumento, além de ouvir o corinho de "Adeus, Dunga".
Daí para o fim, a seleção não se encontrou mais em campo. A Argentina ainda teve uma boa chance, em chute de Messi, mas Júlio César apareceu bem, e o jogo terminou mesmo sem gols.
Ficha técnica:
BRASIL 0 x 0 ARGENTINA
BRASIL
Júlio César, Maicon, Juan, Lúcio e Gilberto; Mineiro, Gilberto Silva, Anderson (Diego) (Daniel Alves) e Julio Baptista; Robinho e Adriano (Luis Fabiano).
Técnico: Dunga.
ARGENTINA
Abbondanzieri, Burdisso, Coloccini e Heinze; Zanetti, Mascherano, Gago, Riquelme (Battaglia) e Gutierrez; Messi (Palacio) e Cruz (Agüero).
Técnico: Alfio Basile.
Gols: -.
Cartões amarelos: Juan, Adriano (BRA), Cruz, Mascherano e Gago (ARG). Cartão vermelho: -. Público: 52.527 pagantes. Renda: R$ 6.605.255,00.
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Data: 18/06/2008.
Árbitro: Oscar Ruiz (COL).
Auxiliares: Wilson Berrío (COL) e Rafael Rivas (COL).