
Brasil dá o troco na França ao melhorar nos fundamentos e vencer por 3 sets a 0
A seleção brasileira entrou em quadra para enfrentar a França neste sábado com uma formação diferente da usada na primeira partida da Liga Mundial em Paris, quando foi derrotada por 3 sets a 2. Com o intuito de testar os jogadores e novas combinações, o técnico Bernardinho listou o capitão André Heller, o levantador Marlon, Samuel na posição de oposto, Murilo, Nalbert, Eder e o líbero Alan.
A mudança surtiu efeito, pois a equipe errou menos, melhorou os fundamentos e deu o troco nos franceses ao vencer por 3 sets a 0, com parciais de 31/29, 25/21 e 25/17. O resultado garantiu a liderança do Grupo A para o Brasil.
O próximo desafio da seleção brasileira será a Venezuela. Nos dias 28 e 29 de junho, o Brasil, também com o time reserva, vai a Caracas. No sábado, o jogo será às 19h. No domingo, às 16h. As duas partidas serão transmitidas ao vivo pelo SporTV
Como o Brasil está com a vaga garantida na fase final da competição por ser a sede da decisão, o técnico Bernardinho está com a filosofia de fazer testes, colocando os 19 convocados para jogar, e dar ritmo a todos para os Jogos Olímpicos de Pequim. Na viagem para a Cidade Luz o treinador contou apenas com os reservas. O mesmo acontecerá em Caracas. Giba, que se recupera de uma torção no tornozelo esquerdo, Serginho, Gustavo, Dante, André Nascimento, Rodrigão e Marcelinho, assim como na semana passada, ficarão no CT de Saquarema aprimorando os treinos para as Olimpíadas.
Início equilibrado, com set decidido na casa dos 30
A escolha de Nalbert para iniciar como titular melhorou a recepção brasileira, que na primeira partida foi um dos pontos falhos. Excelente ponteiro-passador, o jogador deu equilíbrio no fundo de quadra. Com a bola na mão, Marlon teve opções, principalmente usar o meio com Eder e André Heller.
No primeiro tempo técnico obrigatório, a França estava na frente com 8 a 6. Na volta, em um ataque de Samuel, Tuia subiu no bloqueio e na descida virou o pé esquerdo. Com dores, o jogador deixou a quadra. A França saiu na frente na segunda parada obrigatória: 16 a 12.
O Brasil não esteve bem no saque, mas no retorno à quadra o ataque da seleção fez uma sequência de belos pontos com Nalbert, Samuel e Murilo, encostando no placar: 18 a 16. Sentindo o bom momento dos brasileiros, o técnico Philippe Blain pediu tempo. Marlon, em uma excelente atuação, avistou Samuel na saída, que virou com perfeição. Murilo, que se cobrou muito na última partida, forçou o saque e destruiu a recepção francesa. Marlon recebeu a bola na mão e construiu o contra-ataque para Samuel definir.
Em um ace de Murilo, o Brasil passou a frente: 23 a 22. A França empatou e conseguiu o set point ao quebrar o passe brasileiro. O técnico Bernardinho pediu tempo para acalmar seus jogadores. Em quadra, Bruninho fez uma linda jogada de segundo tempo Murilo. Uma larginha de Nalbert deu o set point ao Brasil. A França não cedeu, mas Samuel explorou o bloqueio e teve mais uma vez a bola do set: 27 a 26. Rouzier virou e deixou tudo igual. No bloqueio, o capitão André Heller ficou na vantagem. Os franceses empataram, mas Pujol errou o saque e deu mais uma chance ao Brasil, que não aproveitou: 29 a 29. Samuel explorou o bloqueio e pôs a seleção a um ponto do fim do set. Em um rali, Marlon decidiu na rede: 31 a 29.

Ex-capitão Nalbert consegue jogada incrível
A França começou melhor no segundo set, mas o Brasil não deixou o rival abrir muito no placar. Com 6 a 5 para os franceses no marcador, Bernardinho se descontrolou quando o juíz não marcou dois toques do levantador Pujol, mas Murilo foi esperto e empurrou a bola desviando a atenção da confusão. Mais um bom ataque do Brasil deu o empate: 7 a7. A partir deste momento, as equipes foram se revezando até 15.
Em uma jogada incrível, o Brasil defendeu um forte ataque rival. Nalbert foi quase nas arquibancadas buscar a bola e deu uma manchete para trás, que ultrapasou a rede e caiu na quadra adversária: 16 a 15.
A valentia do ex-capitão motivou a equipe, que foi abrindo no placar: 18 a 15. A França esboçou uma reação, tirando dois pontos de diferença. Mas os ataques de Nalbert e Murilo deixaram a seleção com o set point. Murilo cravou do fundo e fechou em 25 a 21.
Marlon justifica sua convocação com bela atuação
Mais entrosado, o Brasil tomou a dianteira logo no início da parcial. E não deixou a França chegar junto, indo para o primeiro tempo técnico obrigatório com 8 a 5 no placar. Nervosa, a seleção francesa começou a cometer erros bobos, como a rede de Rouzier e os dois toques de Pujol. Samuel continuou sendo uma das melhores opções de Marlon no ataque. Na posição de oposto, ele variou diagonal e paralela. Um ace de Nalbert colocou o Brasil com cinco pontos de vantagem no placar: 15 a 10. A tensão da França era visível. Em uma jogadar armada por Pujol, simplesmente o atacante não pulou e deixou a bola cair.
Após o segundo tempo técnico obrigatória, a seleção brasileira continuou imprimindo o seu ritmo de jogo, colocando pressão sobre os franceses. Em uma sequência de saques de Nalbert, o Brasil abriu sete pontos de vantagem: 17 a 10. Marlon justificou sua convocação para seleção brasileira sendo o destaque da equipe em quadra. Com boas distribuições, deu mais vantagem ao time, que manteve a tranqülidade e fechou em 25 a 17.
França
Rouzier, Sol, Tolar, Pujol, Tuia, Ragondet e Rowlandson
Entraram: Marechal e Le Marrec
Técnico: Philippe Blain
Brasil
André Heller, Marlon, Nalbert, Murilo, Samuel, Eder e Alan
Entraram: Bruninho e Anderson
Técnico: Bernardinho