sábado, 28 de junho de 2008

Liga Mundial:Venezuela X Brasil


Brasil leva susto no primeiro set, mas vira o jogo e supera a Venezuela em Caracas

Com todos os jogadores reservas em quadra, o Brasil conquistou, neste sábado, uma difícil vitória sobre a Venezuela, pela terceira rodada da fase intercontinental da Liga Mundial, por 3 sets a 1 (16/25, 25/22, 25/21 e 25/19) em 1h48m. Com este resultado o Brasil fica na vice-liderança do Grupo A da competição, com nove pontos em cinco jogos, contra dez da França, que já jogou seis partidas. O próximo jogo entre as duas equipes acontece neste domingo, dia 29, às 16h (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV 2.



O primeiro set começou com a Venezuela abrindo 3 a 0 em erros de ataque dos brasileiros, que permitiam que os anfitriões trabalhassem com conforto os contra-ataques. Apesar de estar com o bloqueio bem posicionado, chegando na maioria das bolas, o Brasil não sacava bem e errava ataques seguidos, o que minava a confiança dos jogadores. Os venezuelanos, por sua vez, apoiados pelo ginásio Poliedro de Caracas lotado, vibravam e conseguiam se manter à frente no placar.Com os passes dos venezuelanos chegando perfeitamente às mãos do levantador Rodman, que distribuía bem as jogadas, variando bem e confundindo a defesa brasileira, que também não atuava bem, permitindo largadas de segunda e deixadas por cima do bloqueio. O único destaque positivo do Brasil foi o atacante Manius, que parecia não sentir o mau momento do time e conseguia pontuar com regularidade, ignorando o bloqueio adversário. No set, foram quatro pontos do atacante.

Após ficar atrás no placar nos dois tempos técnicos (8 a 5 e 16 a 11), o Brasil não teve como segurar a Venezuela, que fechou o set em 25 a 16 em 23 minutos.

No segundo set, o Brasil melhorou o seu ataque, conseguindo colocar mais bolas na quadra venezuelana, mas a defesa continuou falhando e permitindo que os adversários pontuassem em jogadas que normalmente poderiam ser defendidas. Ainda assim, o jogo ficou mais equilibrado, com o Brasil liderando pela primeira vez a partida (2 a 1 no início do jogo), e indo para o primeiro tempo técnico do set à frente no placar (8 a 6). A vibração brasileira em quadra, no entanto, praticamente não acontecia, enquanto os venezuelanos comemoravam intensamente cada ponto conquistado.

Após seguidas trocas de vantagem, o Brasil chegou ao segundo tempo técnico do set também à frente no placar (16 a 14), mostrando regularidade no ataque e deficiências na defesa, principalmente com o líbero Alan, que não fazia uma boa partida. Mesmo assim, o Brasil conseguiu abrir três pontos de vantagem (18 a 15), e parecia caminhar tranqüilamente para a vitória no set, quando uma marcação de condução de André Heller, um erro de passe do levantador Bruno e um ataque para fora de Èder fizeram com que os donos da casa encostassem no placar: 19 a 18.

A partir daí, Lucas, que vinha mal, começou a aparecer bem no jogo, fazendo boas defesas e permitindo contra-ataques para o Brasil, o que fez com que a Venezuela tivesse que se preocupar mais com a defesa e com os próprios contra-ataques. Com isso, os venezuelanos passaram a errar mais, cedendo pontos importantes para os campeões mundiais e olímpicos, que voltaram a abrir vantagem (22 a 19). Essa diferença no placar se manteve até o fim do set, vencido pelo Brasil por 25 a 22 em 27 minutos, empatando a partida.



Triunfo no terceiro set foi fundamental para a vitória brasileira

O terceiro set começou com o Brasil errando na recepção e no ataque, cedendo dois pontos para a Venezuela. A entrada do experiente meio-de-rede Ivan, remanescente do time campeão pan-americano em 2003, dificultou ainda mais a defesa brasileira, já que o jogador conseguia superar o bloqueio brasileiro seguidamente. O Brasil, por sua vez, utilizava as bolas de ponta com Anderson, que vinha mal no jogo. O jogador conseguiu virar duas bolas seguidas, empatando a partida (6 a 6), mas sendo bloqueado na terceira vez seguida em que foi acionado pelo levantador Bruno. No primeiro tempo técnico do set, vitória do Brasil por 8 a 7, o que mostra o equilíbrio da disputa.

A partida seguiu equilibrada, mas o Brasil conseguiu abrir três pontos de frente (15 a 12) após um ataque rápido e um bloqueio de Éder, mas o jogo ainda não era dominado por nenhuma das equipes, já que a Venezuela, mesmo jogando melhor na maior parte da partida, errava muitos ataques. Por conta disso, o Brasil chegou ao segundo tempo técnico em vantagem (16 a 13).

Após a parada obrigatória, o Brasil passou a atuar com mais consistência, principalmente na defesa, e conseguiu abrir uma vantagem mais confortável no placar (22 a 18), que não foi mais ameaçada pelos venezuelanos, que foram derrotados por 25 a 21, em 26 minutos.



Brasil começa quarto set de forma arrasadora

O Brasil começou o quarto set de forma arrasadora, fazendo 5 a 0 tanto em erros de ataque da venezuela quanto em ataques da equipe. Sem fazer nenhum esforço, a equipe foi para o primeiro tempo técnico com a vantagem de 8 a 2, após um lance curioso: um saque errado dos venezuelanos, que acertou a ponta de um dedo da mão esquerda do meio-de-rede Ivan, fazendo com que o jogador tivesse de ser atendido pelos médicos da equipe.



Na volta à quadra, o Brasil mostrava-se muito confiante em quadra, enquanto a Venezuela parecia sentir o impacto do seu pior início de set na partida. Sem a vibração dos sets anteriores, a equipe liderada pelo técnico brasileiro Ricardo Navajas praticamente não oferecia resistência aos brasileiros, que jogavam mais soltos e vibrando mais. No segundo tempo técnico, o Brasil vencia por 16 a 10.



Com tranqüilidade, a equipe brasileira aproveitou a vantagem para trabalar bem as jogadas e, mesmo sem ter uma atuação brilhante e cometendo alguns erros no ataque, venceu o set por 25 a 19, em 24 minutos.