sábado, 28 de junho de 2008

SPORTS HISTORY BRASIL:Internacional


O Sport Club Internacional, também chamado de Inter, é um clube brasileiro de futebol, da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Seus torcedores são conhecidos como colorados.

Foi campeão da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes FIFA em 2006, e da Recopa Sul-Americana em 2007. É ainda o único clube brasileiro a ter sido campeão nacional de forma invicta (1979), e também o único Octacampeão Gaúcho (1969-1976).

O Internacional é atualmente o segundo clube de futebol com maior número de sócios na América Latina, com 74.013 sócios em 7 de Maio de 2008e fica atrás apenas do River Plate, com 82.155 sócios.




História

Fundação

Os comerciantes paulistas, descendentes de italianos da Lombardia, os irmãos José e Henrique Poppe Leão, e o primo Luiz Madeira Poppe, foram os responsáveis pela criação do Sport Club Internacional.

A maior dificuldade encontrada pelos Poppe, quando transferiram-se de São Paulo para Porto Alegre em 1908, foi a de não serem aceitos como sócios nos dois clubes da cidade (o Grêmio e o Fussball Porto Alegre), pois não tinham ascendência germânica. A intenção dos Poppe era praticar algum esporte, preferencialmente o futebol. No Grêmio, que existia há 6 anos, as portas foram fechadas a eles, com a desculpa de que eram gente recém-chegada e pouco conhecida na cidade. Isso irritou os Poppe, que então convocaram um grupo de estudantes e comerciários de Porto Alegre para uma reunião, marcada para o dia 4 de abril de 1909, na avenida Redenção nº 141 (hoje avenida João Pessoa 1025), com o objetivo de fundar um novo clube de futebol.

Começou assim a história do Sport Club Internacional.

Primeira diretoria

A primeira diretoria colorada foi escolhida em uma reunião na avenida Redenção (hoje avenida João Pessoa), número 211 (hoje 1.025), na mesma casa onde o clube fora criado, na noite de 11 de abril de 1909. Mais de 40 pessoas votaram também para a escolha do nome do clube, definido em homenagem ao Sport Club Internacional (São Paulo), então campeão paulista, de onde vieram os irmãos Poppe. Como na época os clubes eram costumeiramente identificados com colônias de imigrantes de determinada etnia ou nacionalidade (ex. o Palestra Itália paulista, em relação aos italianos; o Vasco da Gama, em relação ao imigrantes portugueses etc.), o nome "Internacional" tinha por escopo identificar um clube em que "todos" poderiam jogar, independentemente de origem, raça ou status social. Surgia assim um clube genuinamente democrático e sem preconceitos.

O Sport Club Internacional (São Paulo), fundado em 1899, deixou de existir em 1933, quando, por problemas financeiros, se fundiu à Sociedade Antárctica, formando o Clube Atlético Paulista.

Como primeiro presidente, foi escolhido o dono da casa, João Leopoldo Seferin, de apenas dezoito anos. Mas o presidente de honra tinha que ser mais velho e com prestigio indiscutível na cidade. E assim ocorreu. Foi escolhido para o cargo o diretor da Limpeza Pública e líder político distrital, capitão Graciliano Filho Ortiz, que também era sogro do jovem fundador Henrique Poppe Leão.

A primeira diretoria do Internacional ficou assim estabelecida:

* Presidente: João Leopoldo Seferin
* Vice-presidente: Pantaleão Gonçalves de Oliveira
* Presidente honorário: Gracilliano Filho Ortiz
* Primeiro secretário: Legendre das Chagas Pereira
* Segundo secretário: Manuel Lopes da Costa
* Primeiro tesoureiro: Antônio Coiro
* Segundo tesoureiro: Waldemar Fachel
* Capitão: José Thomáz Poppe
* Orador: Henrique Poppe Leão
* Comissão de campo: João Luis de Andrade Vasconcelos, Irineu dos Santos, Luiz Madeira Poppe e Alcides Filho Ortiz.

O primeiro estatuto do clube foi aprovado em Assembléia Geral de 40 sócios, no dia 2 de maio.

Uma distorção histórica

Durante a Segunda Guerra Mundial, surgiram tentativas de vincular o nome do "clube do povo" de Porto Alegre ao F. C. Internazionale Milano, da cidade de Milão, Itália. Todavia, trata-se de uma informação falsa difundida por torcedores do arqui-rival Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense, para prejudicar o Inter, já que o Brasil estava em guerra contra o Eixo (aliança formado por Alemanha, Itália e Japão). Na época os clubes de imigrantes alemães e italianos vinham sofrendo discriminações por isso. O Palestra Itália de São Paulo foi obrigado a mudar de nome passando a se chamar "Palmeiras", enquanto o homônimo de Minas Gerais se tornou "Cruzeiro". Veja-se que em ambos os casos foram substituídos os nomes que aludiam a um país estrangeiro por símbolos brasileiros. "Palmeiras" decorre do famoso poema de Gonçalves Dias ("Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá...") enquanto o "cruzeiro" é símbolo da república, adotado no Brasão Nacional.

Já o Grêmio, fundado por alemães, sofreu muitas represálias em face de sua origem germânica, e sobretudo por, na sua origem e até os anos 1950, aceitar somente atletas brancos no seu time. Para evitar segregação pública em face do nacionalismo despertado pela Grande Guerra, o tricolor gaúcho substituiu a palavra estrangeira "Foot-Ball" do seu escudo por simplesmente "Grêmio", muito embora o termo não seja o nome, mas apenas sinônimo de "clube".

Cumpre ressalvar que seria absolutamente improvável que o nome do Inter de Porto Alegre tivesse sido inspirado no do homônimo italiano, já que este foi criado em 1908, apenas um ano antes, em época em que as informações demoravam meses, senão anos para atravessar o oceano. No ano de sua fundação, a Internazionale de Milão tinha jogado somente três partidas e perdera as três. Em 1909, o clube italiano não tinha a menor expressão, tampouco conquistado qualquer título, sendo um clube ainda desconhecido.

Escolha das cores

Após a criação do clube, na terceira reunião foram escolhidas as cores vermelho e branco.

Todos os jovens que ali estavam também apreciavam o carnaval porto-alegrense e se dividiam entre os Venezianos, de cores vermelho e branco e a Sociedade Esmeralda, de cores verde e branco. Os Venezianos eram maioria nesta reunião e assim o vermelho e branco ficou sendo a cor do novo clube, embora os Poppe quisessem ainda acrescentar o preto, em homenagem à bandeira de São Paulo.

O torcedor do Internacional é chamado de "colorado", em menção a cor vermelha da camisa do time.

Primeiro uniforme

O primeiro uniforme do Internacional foi feito por Humbertina Fachel, mãe de dois fundadores do clube. A camisa possuía listras verticais simétricas vermelhas e brancas, gravatas nas duas cores, calções brancos e meias pretas.

Logo depois do insucesso contra o Grêmio, alguns meses após a fundação, e com a demissão do primeiro presidente, o Internacional adotou aquele que viria a ser seu uniforme atual: camisas vermelhas, escudo na altura do coração, frisos brancos nas mangas e golas, calções e meias pretas (hoje brancas).

Depois, vários modelos apareceram: a camiseta branca com uma faixa diagonal vermelha; a camiseta totalmente branca, calções e meias vermelhas; e, mais recentemente, meias cinzas. Além disso, os uniformes de treinamento também sofreram alterações, ultimamente aderindo às cores laranja, além do cinza.

Primeiro distintivo

O primeiro distintivo do Sport Club Internacional era formado com as iniciais - SCI - bordadas em vermelho sobre fundo branco, sem a borda também vermelha que apareceu logo em seguida. Foi na década de 50 que aconteceu a inversão, com a combinação de letras passando a ser branca sobre fundo vermelho.

Em virtude da conquista da Mundial de Clubes da FIFA, o escudo do Internacional passou por uma reformulação. O clube ostentava 6 estrelas no peito: três do Campeonato Brasileiro, uma da Copa do Brasil, uma da Copa Libertadores da América e outra do Mundial de Clubes, as quais foram substituídas pela tríplice coroa, que é composta das conquistas da Copa Libertadores da América, Campeonato Mundial de Clubes e Recopa Sul-Americana e por dois ramos de louro na base do escudo representando o título brasileiro de 1979, sendo este de forma invicta. É o único clube do Rio Grande do Sul que obteve tais conquistas.

Primeiras partidas

O Internacional realizou seus primeiros treinamentos já no primeiro mês de fundação, em abril de 1909, num terreno da Rua Arlindo, na Ilhota. Mas o time nem chegou a jogar ali, ficando no local apenas um ano. As inundações freqüentes fizeram com que fosse logo abandonado o campo da Ilhota.

Para marcar definitivamente a rivalidade entre os dois maiores clubes do Rio Grande do Sul, os dirigentes do clube convidaram o Grêmio (já com seis anos de experiência) para disputar o primeiro clássico Gre-Nal da história. No dia 18 de julho do mesmo ano, o Internacional realizou sua primeira partida, no estádio do Grêmio (Baixada), situado no Bairro Moinhos de Vento. O resultado não poderia ser pior para o Inter, que com apenas três meses de fundação, perdeu por 10 x 0 para o Grêmio.

No dia 7 de setembro de 1909, com cinco meses de vida, o Internacional obteve seu primeiro empate contra uma equipe considerada de primeira linha na época: 0 a 0 contra o Militar Football Club, que no ano seguinte seria o campeão citadino. Mas a primeira vitória viria ainda neste ano, no dia 12 de outubro contra o mesmo Militar, por 2 a 1. Esta foi a primeira de muitas vitórias do clube.

Em 1910, o clube foi transferido para um campo da Várzea, Parque da Redenção, local que hoje ficaria entre o Hospital de Pronto Socorro e o Colégio Militar. O lugar possuía até um elegante pavilhão para mil pessoas. Em 1911, o lateral-direito Benjamin Vinholes marcou o primeiro gol colorado contra o Grêmio, no 10 a 1 para o tricolor Gaúcho.

Expulso da Várzea, o Inter foi procurar um outro campo e, em 1912, o novo presidente do clube (Julio Seelig) conseguiu alugar um campo na Rua Silveiro, Bairro Menino Deus - que ainda hoje tem o mesmo nome, e abriga quadras de futebol para aluguel, e tem treinos regulares do time feminino do Internacional - conhecido como Chácara dos Eucaliptos. O estádio, inaugurado no dia 17 de maio de 1913, possuía gramado de futebol, instalações sociais, ginástica e outros esportes.

Primeiros títulos

Em 1913, o Internacional conquistou seu primeiro título, e de forma invicta: o do Campeonato Metropolitano de Porto Alegre. Esse feito seria repetido no ano seguinte, em 1914. Apesar dos progressos, o incômodo dos Gre-Nais permanecia e pertubou a vida de colorados até 1915, quando finalmente venceu o Grêmio por 4 a 1. O dirigente Antenor Lemos gritava de felicidade: "Está quebrado o lacre, esta quebrado o lacre", repetia sem parar, emocionado. Em julho de 1916, o Inter aplicou mais uma goleada no rival: 6 a 1, já na Chácara dos Eucaliptos. O ponta-esquerda Francisco Vares o grande herói colorado na partida, fazendo todos os seis gols do Inter.

Nesta primeira fase do Internacional, a importância dos estudantes foi tanta que os campeonatos citadinos vencidos sucessivamente em 1913 a 1916 de forma invicta, e 1917, só foram interrompidos em 1918, por força do surto da febre espanhola. As escolas e as faculdades suspenderam as aulas com receio de contágio - e o Internacional ficou praticamente sem time.

A partir da década de 20, o Inter abriria a sua sede e daria lugar no seu time aos jogadores que pertenciam às muitas ligas que organizavam competições entre clubes representativos de negros (a famosa Liga da Canela Preta, por exemplo), de funcionários públicos, de funcionários do comércio e de estivadores.

Em 1925, um jogador negro veste pela primeira vez a camisa colorada. Chamava-se Dirceu Alves e atuava na defesa. Multicampeão metropolitano, faltava ao Internacional o reconhecimento estadual. Isso aconteceu em 7 de setembro de 1927, quando o Inter sagrou-se Campeão Gaúcho pela primeira vez, ao vencer o Bagé no estádio da Baixada (antigo estádio do Grêmio) por 3 a 1, em dois tempos de 40 minutos. Nessa época, o campeonato gaúcho era decidido entre o campeão da capital e o campeão do interior.

Primeiro estádio

No ano de 1928, o Asilo da Providência (dono da Chácara dos Eucaliptos) resolveu vender o terreno, dando preferência ao Internacional, embora o preço fosse alto. Mas o Inter não se interessou pelo terreno e, sem sede, esteve próximo de fechar as portas.

Até que o engenheiro Ildo Meneghetti iniciou uma campanha de arrecadação de dinheiro para comprar um terreno no bairro Menino Deus. Depois de 20 anos utilizando campos alheios, o colorado finalmente adquiria uma propriedade. O Estádio dos Eucaliptos, com suas arquibancadas de madeira que abrigavam aproximadamente 10 mil pessoas, já era uma realidade.

No dia 15 de março de 1931, o Internacional inaugurava o "majestoso" Estádio dos Eucaliptos. Nada melhor do que convidar o Grêmio para a primeira partida no novo campo. No Gre-Nal de inauguração deu Inter: 3 a 0 no rival, todos os gols marcados por Javel. Em reconhecimento ao seu grande esforço, o Internacional homenagearia o presidente Ildo Meneghetti, anos mais tarde, com o título de patrono colorado. O Estádio dos Eucaliptos seria a casa colorada até o aparecimento do Beira-Rio, em 1969.

Ainda no ano de 1931, o clube faria a sua primeira viagem fora do Rio Grande do Sul, e também a primeira fora do Brasil. A ocasião deve-se ao amistoso realizado contra o uruguaio Oriental, no dia 25 de maio em Rivera, no Uruguai. O Internacional venceu a partida amistosa por 4 a 2.

Começa a grande mudança social do clube. Com o segundo título estadual em 1934, os jogadores já recebiam alguma forma de remuneração para jogar futebol. O time não era mais formado por tios, primos, filhos, e amigos da família. Estavam em campo jogadores das ligas periféricas, gente mais simples, alguns pobres, e negros. Também foi nesta época que se construía a eterna rivalidade do futebol gaúcho.

Porto Alegre e a Copa do Mundo de 1950

O Estádio dos Eucaliptos foi palco dos jogos da primeira fase da Copa do Mundo de 1950. Para isso, precisou ser submetido a uma série de reformas, nas quais refletiram principalmente na alteração nas dimensões do gramado e ampliação da capacidade do estádio, atendendo às exigências da FIFA. A prefeitura de Porto Alegre contribuiu com a doação de Cr$ 500.000,00 para as melhorias.

O gramado foi cercado por tela e passou a medir 108 metros de comprimento por 72m de largura; dois túneis para o acesso dos jogadores ao campo foram construídos; postes de iluminação foram instalados, bem como cabines para a imprensa.

Partidas realizadas no Estádio dos Eucaliptos:

* 28 de junho de 1950 - 18h15
o México 1 x 4 Iugoslávia

* 2 de julho de 1950 - 15h40
o México 1 x 2 Suíça

Curiosamente, na partida contra a Suíça, a seleção mexicana jogou com uniforme do Cruzeiro de Porto Alegre, pois o árbitro da partida considerou que a diferença entre o grená do México e o vermelho da Suíça era pouca, exigindo a troca de uniforme de uma das equipes.

Como a seleção mexicana não possuia uniforme reserva, teve que atuar com camisetas de um dos clubes locais. O Inter, dono do Eucaliptos, não poderia emprestar seu uniforme, pois era vermelho tal qual o da Suíça. O Grêmio também não, pelo fato de sua sede ser longe do local da partida. Portanto, o escolhido foi o Cruzeiro, pois sua sede localizava-se no bairro Azenha, bem próximo ao Estádio dos Eucaliptos.

Rolo Compressor

O Rolo Compressor era um time de craques extremamente ofensivo formado pelo dirigente Hoche de Almeida Barros (o Rocha), quando assumiu a presidência do clube em 1940. No Rolo, se consolidavam aos poucos as peças de um time de futebol que seria invencível. Houve uns quatro ou cinco rolos, mas o primeiro tem um nome que deflagrou todo o resto: Carlitos, o maior goleador da história do futebol gaúcho, marcando 485 gols.

Quem criou a expressão "Rolo" foi Vicente Rao, o maior Rei Momo de todos os tempos em Porto Alegre, cujo reinado foi de 22 anos (de 1950 a 1972). Jogador do Internacional na década de 20 (inclusive fazendo parte do grupo de jogadores que conquistou o primeiro Campeonato Gaúcho do Inter, em 1927), acabou sendo inscrito na história do clube como o seu insuperável animador de torcida. Gostava de futebol e da juventude, tanto que foi ele quem criou as primeiras escolinhas de futebol do Internacional.

Aliás, Vicente Rao era um caso de "coloradismo" patológico e fatal: nasceu justamente em 4 de abril, data de aniversário de seu clube do coração. Se divertia em dizer que não havia nascido: foi inaugurado. Rao fazia desenhos dos jogadores do Inter e do time todo, em forma de um rolo compressor, amassando todos os adversários. Depois, levava suas charges pessoalmente aos jornais.

É deste tempo também o surgimento das grandes bandeiras e entradas do time em campo abaixo de foguetes, serpentinas, uma barulhada de sinos e sirenes. Por iniciativa de Rao, também, surge nesta mesma década prodigiosa a primeira torcida organizada do Internacional e do Estado, denominada "Camisa 12".

Na década de 40, a grande equipe do Internacional teve um retrospecto avassalador contra o rival: em 28 Gre-Nais venceu dezenove, empatou cinco e perdeu apenas quatro. Nesta mesma época, conquistou o hexacampeonato estadual (de 1940 a 1945), sendo que em 1942, 1943 e 1945 foi invicto.

Em 18 de novembro de 1945, o Internacional ganhou o inédito título de hexacampeão gaúcho, na Timbaúva, estádio do Força e Luz, jogando contra o Pelotas. A partir daí é que o apelido de Rolo Compressor dado por Vicente Rao ganhou fama. Os grandes clubes do eixo Rio-SP apareciam com propostas milionárias, mas os jogadores recusavam-se a sair de Porto Alegre. Era mesmo uma grande família, unidos para sempre e adorados pelos torcedores e imprensa, jamais sendo esquecidos.

O time mais ofensivo de todos os tempos já surgido no Rio Grande do Sul durou praticamente toda a década, e teve um sucessor, o "Rolinho" comandado pelo inesquecível Teté nos anos 50.

Primeira participação em competições nacionais

O ano de 1967 marca a definitiva entrada do Internacional no cenário do futebol brasileiro. Até ali, a presenca de clubes de fora do eixo RJ-SP se resumia a esporadicas presencas na Taça Brasil, um torneio rápido e em fases eliminatorias, instituído em 1960. Finalmente, o Torneio Rio-São Paulo foi estendido a dois clubes do Rio Grande do Sul, dois de Minas Gerais e um do Paraná, criando-se o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (ou "Robertão"). O Inter foi logo se destacando, terminando seu primeiro campeonato nacional como vice-campeão do país.

A histórica vitória de 1 a 0 sobre o Corinthians, gol de Lambari em pleno Estádio Pacaembu, aconteceu no dia 28 de maio de 1967. O Corinthians havia vencido suas quinze partidas anteriores e parecia imbatível. Essa foi a primeira vitória de um time gaúcho frente a um time paulista em São Paulo. Na temporada seguinte, em 1968, o Colorado repetiu o segundo lugar no "Robertão".

Despedida dos Eucaliptos

No dia 26 de março de 1969, o Internacional realizava a sua última partida no Estádio dos Eucaliptos. No amistoso de despedida, o Colorado goleou o Rio Grande por 4 a 1, gols de Sérgio, Valdomiro, Gilson Porto e Marciano (descontando Motine para o Rio Grande). Nesta partida, o ex-craque Tesourinha, então com 47 anos, voltou a jogar por alguns minutos com a camisa do Inter.

Criação do Beira-Rio

A construção do Gigante da Beira-Rio, projeto do ilustre vereador colorado Ephraim Pinheiro Cabral, iniciou-se no dia 12 de setembro de 1956, quando foi doado o terreno onde seria construído o estádio. Na verdade, o terreno consistia de uma pequena porção das águas do Guaíba, pois o aterro só teve início em 1958. As primeiras estacas foram colocadas somente no ano de 1959.

Em 1965, as obras chegaram a parar e só continuaram com a ajuda do Banco da Província do Rio Grande do Sul. Em princípio, as obras foram lideradas pelo português José Pinheiro Borda, torcedor fanático do Internacional. Borda faleceu em 1966 e não pode ver o seu sonho se concretizar.

Era uma época difícil para todos os colorados. O Inter perdeu muitas partidas nesse período, pois todo o dinheiro arrecadado era destinado à construção do estádio, sobrando muito pouco para investir nos jogadores. Entretanto, a torcida colorada colaborou com doações de material de construção para o término do estádio.

Após anos de espera, o Estádio Gigante da Beira-Rio (oficialmente Estádio José Pinheiro Borda, em homenagem ao imigrante português que ajudou a construí-lo) era finalmente inaugurado no dia 6 de abril de 1969. Exatamente 60 anos e dois dias após a fundação do clube.

Na partida inaugural do Estádio Beira-Rio, o Internacional enfrentava o poderoso time do Benfica, campeão português e europeu. O Inter bateu o time português por 2 a 1, sendo que o primeiro gol da história do estádio foi marcado por Claudiomiro. Os demais gols da partida foram marcados pelo colorado Gilson Porto, descontando o lendário Eusébio para o Benfica. ‎

Pioneirismo nacional

Na década de 70, surgiu um dos maiores times da história do futebol brasileiro: o Internacional de Falcão, Figueroa, entre outros.

Em 1974, um feito histórico. O Internacional conquistava o Campeonato Gaúcho com uma campanha impressionante: 18 vitórias em 18 partidas. O Colorado disputou todo o campeonato sem conhecer outro resultado que não fosse vitória.

No ano seguinte, o Internacional seria o primeiro clube gaúcho a conquistar o Brasil. Após terminar sempre entre os cinco primeiros colocados nos anos anteriores, desde que o Campeonato Brasileiro fora criado, o Inter finalmente era campeão. O primeiro título foi obtido em uma partida emocionante, na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, no Estádio Beira-Rio. O único gol da partida foi marcado pelo zagueiro chileno Figueroa. Este gol tornou-se conhecido como “gol iluminado”, pelo fato de ter surgido um facho de luz do sol exatamente onde Figueroa subiu para cabecear a bola para o fundo da rede adversária.

Em 1976, o Internacional conseguia outra façanha inédita nos pampas. O Colorado conquistava o Octacampeonato Gaúcho (69 a 76), a maior série de títulos consecutivos de campeonatos estaduais no Rio Grande do Sul (e uma das maiores do Brasil), quebrando o recorde do rival, o qual havia alcançado a marca de sete títulos consecutivos em 1968. Em nível nacional, o Inter conquistou mais um título nacional, ao bater o Corinthians por 2 a 0 no Beira-Rio. Os gols foram marcados por Dario (que terminaria como artilheiro da competição, com 16 gols marcados) e Valdomiro.

Nenhum dos feitos colorados de até então se igualaria ao que estava por vir. No ano de 1979, o Internacional sagrou-se Campeão Brasileiro pela terceira vez. Desta vez, porém, de forma invicta (algo que nenhum outro clube do País conseguiu repetir até hoje). Na partida decisiva, no Beira-Rio, vitória colorada sobre o Vasco da Gama por 2 a 1 (gols de Jair e Falcão para o Inter, e Wilsinho descontando para o Vasco), depois de ter vencido o time carioca na primeira partida da final em pleno Maracanã pelo placar de 2 a 0 (dois gols de Chico Spina).

Em 1980, o Internacional alçaria vôos mais altos. Não bastasse ter sido o primeiro time gaúcho a disputar a Taça Libertadores da América, em 1976, o Inter seria também o primeiro a chegar na final da competição sul-americana. O adversário da decisão era o Nacional de Montevidéu. Após um empate frustrante em zero a zero no Beira-Rio, o Inter perderia o título ao ser derrotado com um magro 1 a 0 no Uruguai, gol de Waldemar Victorino. Acredita-se que a venda de Falcão para a Roma tenha sido um fator decisivo para a perda do título da Libertadores.

Tempos difíceis

Os anos 80 foram períodos de poucos títulos para o Internacional. Mesmo assim, forneceu praticamente todo o time (9 dos 11 titulares) da Seleção Brasileira que disputou as Olimpíadas de 1984, alcançando uma inédita Medalha de Prata em Los Angeles. Destaque também para a conquista do Troféu Joan Gamper, em Barcelona, no qual o Internacional eliminou o poderoso Barcelona (que anos mais tarde viria a ser o adversário da maior conquista da história do clube) de Maradona calando mais de 100 mil pessoas no Camp Nou e vencendo o inglês Manchester City na final por 3 a 1. Obteve um Tetracampeonato Gaúcho (de 1981 a 1984). No cenário nacional, o clube conquistou o Torneio Heleno Nunes em 1984 e chegou a duas finais consecutivas do Campeonato Brasileiro (1987 e 1988).

O clube passou por graves crises na década de 90. O ano de 1992 fora uma exceção: o Colorado conquistava o inédito título da Copa do Brasil. A final dramática no Beira-Rio foi contra o Fluminense. O Inter venceu a partida com um polêmico pênalti ocorrido aos 42 minutos do segundo tempo, convertido pelo zagueiro Célio Silva. Nessa década, o Internacional ainda obteve quatro títulos gaúchos (1991, 1992, 1994 e 1997). Após boa campanha no Campeonato Brasileiro de 1997, no qual terminou na terceira colocação, o Internacional viveria um dos piores momentos de sua história em 1999, quando esteve ameaçado de ser rebaixado para a Segunda Divisão nacional. O Colorado escapou do rebaixamento apenas na última partida do Campeonato Brasileiro daquele ano, com um gol do ídolo Dunga sobre o Palmeiras de Luiz Felipe Scolari, no Beira-Rio, garantindo a permanência do clube gaúcho entre as principais equipes do futebol brasileiro.

O Internacional manteve-se durante 24 anos seguidos (1975-1998) como primeiro lugar no Ranking de Pontos do Campeonato Brasileiro de Futebol.





A Tríplice Coroa

O Sport Club Internacional, conhecido como Celeiro de Ases por ser um dos principais formadores de craques do Brasil, resolveu apostar em sua categoria de base para uma nova era de conquistas, neste início de Século XXI. O clube revelou grandes jogadores ao futebol brasileiro e mundial nos últimos anos, como Lucio, Fábio Rochemback, Daniel Carvalho, Nilmar, Rafael Sóbis e Alexandre Pato.

Após uma nova ameaça de rebaixamento em 2002, novamente livrando-se da queda apenas na última partida (desta vez fora de casa, contra o Paysandu, em Belém), o Internacional recuperou a hegemonia do futebol gaúcho, com a conquista de quatro estaduais consecutivos (2002, 2003, 2004 e 2005).

Sob o comando do presidente Fernando Carvalho, o Inter voltou a disputar competiçőes sul-americanas, depois de um longo tempo afastado do cenário internacional. Na Copa Sul-Americana, o Colorado fez boas campanhas. Em 2004, chegou nas semi-finais, sendo derrotado pelo Boca Juniors da Argentina e, em 2005, após passar por São Paulo e Rosario Central (o clube argentino ostentava uma invencibilidade de 40 partidas contra equipes estrangeiras em casa, até ser derrotado pelo Internacional em seu estádio), o Inter cairia novamente diante do Boca Juniors. A experiência adquirida na Copa Sul-Americana serviu para que os jogadores, em sua maioria mantidos, pudessem encarar um desafio ainda maior: a Copa Libertadores da América.

A vaga para a principal competição sul-americana seria alcançada em 2005, ano que jamais será esquecido pela torcida colorada, que viu o título do Campeonato Brasileiro ser tirado do Internacional através de uma manobra extrajudicial, na qual o Corinthians foi o maior beneficiado. Dentro de campo, o Internacional fez mais pontos que seu adversário. Porém, um escândalo envolvendo manipulação de resultados abriu uma brecha para que o Corinthians disputasse novamente duas partidas das quais havia perdido. Não bastando isso, no confronto direto entre as duas equipes do dia 20 de novembro, no Estádio do Pacaembu, o árbitro Márcio Rezende de Freitas errou ao não marcar um pênalti claro sofrido por Tinga e, não satisfeito, expulsou o jogador colorado, que era um dos melhores da partida, quando o jogo estava empatado em 1 a 1, resultado que se manteve até o final. Duas semanas depois, o clube paulista acabou ficando com o título, com apenas três pontos de vantagem sobre o Internacional, vice-campeão.

A compensação colorada viria no histórico ano de 2006, o ano do Internacional. Depois de perder o Campeonato Gaúcho para o maior rival, o Inter finalmente conquistaria um grande título internacional. Treinado por Abel Braga, o time colorado sagrou-se campeão da Copa Libertadores, no dia 16 de agosto de 2006. Mais de 57 mil torcedores lotaram o Beira-Rio para assistirem ao emocionante empate em 2 a 2 contra o São Paulo (campeão mundial em 2005), colocando assim o clube colorado na galeria dos campeőes da Libertadores, tornando-se o segundo time no sul do Brasil a conquistar este título. Os gols do Inter foram marcados por Fernandão e Tinga, enquanto Lenílson e Fabão fizeram os gols do time adversário. O Inter jogou desde os 27 minutos do segundo tempo com um jogador a menos, após a expulsão de Tinga. No primeiro duelo das finais, no Morumbi, o Internacional havia vencido por 2 a 1, numa grande atuação de Rafael Sóbis, que marcou duas vezes.

Com a vaga garantida no Mundial de Clubes da FIFA, o Inter manteve a boa fase no Campeonato Brasileiro. Mesmo tendo utilizado o time reserva em boa parte da competição, o grupo colorado conseguiu terminar na vice-liderança. Mais um feito inédito na história do futebol brasileiro, pois nunca um clube do Brasil que conquistou a Libertadores havia terminado entre os dois primeiros colocados do Campeonato Brasileiro do mesmo ano. O melhor resultado de até então era o quarto lugar obtido pelo São Paulo, no campeonato de 1993.



O dia 17 de dezembro ficará marcado na memória de todos os colorados como aquele em que o Inter viveu a maior glória de sua quase centenária existência. Nesta data, o Internacional sagrou-se campeão do Mundial de Clubes da FIFA, ao novamente enfrentar e vencer, em Yokohama (Japão), o Barcelona. O clube espanhol era considerado favorito por grande parte da imprensa mundial, vinha de uma goleada na partida anterior e ainda contava com Ronaldinho Gaúcho (duas vezes eleito o melhor jogador do mundo) no elenco, enquanto o Internacional teve dificuldades para vencer o egípcio Al-Ahly por 2x1, com gols de Alexandre Pato e Luiz Adriano. Porém, o Internacional levou a melhor, vencendo a partida por 1 a 0. O gol foi marcado por Adriano Gabiru, jogador contestado pela torcida, que saiu da reserva para fazer o gol mais importante da história do Clube. Na chegada à Porto Alegre, o time colorado foi recepcionado por milhares de torcedores, do aeroporto até o trajeto ao Beira-Rio, que se encontrava lotado para recepcionar os campeões.

Em meio a tantas vitórias, o Internacional teve um mau início de temporada em 2007. Porém, para fechar com chave de ouro este ciclo vitorioso, no dia 7 de junho de 2007 o Inter conquista a Recopa Sul-Americana diante do Pachuca do México, pelo placar final de 5x2. No primeiro jogo, no estádio Hidalgo, a equipe não teve uma boa atuação e foi derrotada por 2x1. Alexandre Pato abriu o placar, mas Gimenez, com dois gols, virou para o time mexicano. Na segunda partida, apoiado por mais de 51 mil torcedores que lotaram o Beira-Rio, o Inter venceu o adversário pelo placar de 4x0 - a maior goleada da história da competição. Alex, de pênalti, Pinga, Alexandre Pato e Mosquera (contra) marcaram os gols. Depois de erguer as taças da Libertadores e do Mundial de Clubes da FIFA em 2006, o Inter vencia a Recopa e garantia a inédita Tríplice Coroa Internacional.

Títulos

Campeonato Mundial de Clubes FIFA: 2006.
Copa Libertadores da América: 2006.
Recopa Sul-Americana: 2007.
Campeonato Brasileiro de Futebol: 3 vezes (1975, 1976 e 1979*).
* Campeão invicto.
Copa do Brasil: 1992.
Campeonato Gaúcho: 38 vezes - (1927, 1934, 1940, 1941, 1942, 1943, 1944, 1945, 1947, 1948, 1950, 1951, 1952, 1953, 1955, 1961, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, 1974, 1975, 1976, 1978, 1981, 1982, 1983, 1984, 1991, 1992, 1994, 1997, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2008).


Artilheiros

* Artilheiros do Campeonato Gaúcho
1. Barros - 1927.
2. Tupan - 1934.
3. Marques - 1940.
4. Vilalba - 1941 e 1942.
5. Tesourinha - 1943 e 1945.
6. Xinxim - 1944.
7. Carlitos - 1947 e 1948.
8. Ênio Andrade - 1950.
9. Canhotinho - 1951 e 1953.
10. Salvador - 1952.
11. Solis - 1952.
12. Luizinho - 1953.
13. Bodinho - 1953.
14. Larry - 1955.
15. Ivo Diogo - 1960 (19 gols).
16. Sapiranga - 1961 (16 gols).
17. Claudiomiro - 1970 (10 gols) e 1972 (13 gols).
18. Valdomiro - 1971 (06 gols) e 1978 (15 gols).
19. Escurinho - 1974 (11 gols).
20. Jair - 1978 (15 gols) e 1979 (24 gols).
21. Geraldão - 1982 (20 gols).
22. Balalo - 1985 (14 gols).
23. Tita - 1986 (12 gols).
24. Amarildo - 1987 (19 gols).
25. Alex - 2008 (13 gols).

* Artilheiros da Copa Sul
1. Christian - 1999 (08 gols).

* Artilheiros da Copa do Brasil
1. Gérson - 1992 (09 gols).
2. Paulinho McLaren - 1994 (06 gols).

* Artilheiros do Campeonato Brasileiro
1. Flávio - 1975 (16 gols).
2. Dario - 1976 (16 gols).
3. Nílson - 1988 (15 gols).

* Artilheiros da Taça Libertadores da América
1. Fernandão - 2006 (05 gols).


Campeonato Gaúcho

1927 Campeão
1934 Campeão
1936 2º
1940 Campeão
1941 Campeão
1942 Campeão
1943 Campeão
1944 Campeão
1945 Campeão
1947 Campeão
1948 Campeão
1950 Campeão
1951 Campeão
1952 Campeão
1953 Campeão
1955 Campeão
1961 Campeão
1962 2º
1963 2º
1964 2º
1965 5º
1966 2º
1967 2º
1968 2º
1969 Campeão
1970 Campeão
1971 Campeão
1972 Campeão
1973 Campeão
1974 Campeão
1975 Campeão
1976 Campeão
1977 2º
1978 Campeão
1979 3º
1980 2º
1981 Campeão
1982 Campeão
1983 Campeão
1984 Campeão
1985 2º
1986 2º
1987 2º
1988 2º
1989 2º
1990 3º
1991 Campeão
1992 Campeão
1993 2º
1994 Campeão
1995 2º
1996 5º
1997 Campeão
1998 2º
1999 2º
2000 3º
2001 4º
2002 Campeão
2003 Campeão
2004 Campeão
2005 Campeão
2006 2º
2007 7º
2008 Campeão


Taça Brasil
1962 3º

Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Taça de Prata)
1967 2º
1968 2º
1969 5º
1970 5º

Copa do Brasil
1989 14º
1990 19º
1991 não participou
1992 Campeão
1993 11º
1994 6º
1995 10º
1996 7º
1997 7º
1998 19º
1999 4º
2000 23º
2001 25º
2002 11º
2003 19º
2004 12º
2005 9º
2006 não participou
2007 não participou
2008 5º

Campeonato Brasileiro
Posição
1971 5º
1972 3º
1973 4º
1974 4º
1975 Campeão
1976 Campeão
1977 25º
1978 3º
1979 Campeão
1980 3º
1981 8º
1982 24º
1983 19º
1984 22º
1985 10º
1986 16º
1987 2º
1988 2º
1989 16º
1990 16º
1991 7º
1992 10º
1993 17º
1994 12º
1995 9º
1996 9º
1997 3º
1998 12º
1999 16º
2000 6º
2001 9º
2002 21º
2003 6º
2004 8º
2005 2º
2006 2º
2007 11º
2008


Copa Dubai
2008 Campeão
2009 Classificado

Copa Sul-Americana
2003 17º
2004 4º
2005 7º
2008 Classificado

Copa Libertadores da América
1976 9º
1977 4º
1980 2º
1989 3º
1993 20º
2006 Campeão
2007 18º

Campeonato Mundial de Clubes FIFA
2006 Campeão

Recopa Sul-Americana
2007 Campeão


Elenco atual
Goleiros
Clemer
Renan
Muriel {Contundido}
Luiz Carlos
Defensores
Índio
Danny Morais
Marcão
Orozco
Ramon
Bustos
Sidnei
Sorondo
Titi
Ângelo
Meio Campistas
Alex
Edinho (Capitão)
Guiñazú
Jí-Paraná
Wellington Monteiro {Contundido}
Andrezinho
Magrão
Maycon
Jonas
Atacantes
Adriano
Nilmar
Gil
Guto
Técnico
Tite


Curiosidades
* O primeiro gol da história do Internacional foi marcado por Benjamin Vignoles, os dois da vitória Colorada por 2 a 1 sobre o Militar Football Club, no dia 12 de outubro de 1909. Foi também a primeira vitória na história Colorada.

* O Inter possui o maior estádio do Sul do Brasil, o Estádio Beira-Rio.

* O Inter possui o maior ginásio do Sul do Brasil, o Ginásio Gigantinho.

* O Estádio dos Eucaliptos, substituído atualmente pelo Beira-Rio, foi o único estádio gaúcho a sediar partidas de uma Copa do Mundo. Em 1950, foi o palco de Iugoslávia 4 a 1 México e Suíça 2 a 1 México.

* O Internacional já representou a Seleção Brasileira em 2 ocasiões. Na primeira, em 1956, quando foi campeão invicto dos Jogos Pan-americanos do México. Detalhe: o técnico Francisco Duarte Júnior (o Teté) também era colorado. Na outra, em 1984, quando conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles; A equipe brasileira foi derrotada na final pela França por 2 a 0. Dentre os atletas que se destacaram, estiveram Gilmar, Pinga, Mauro Galvão, André Luis, Ademir, Dunga, Tonho, Kita e Silvinho, todos colorados. A Sele-Inter, como era chamada em 84, bateu recorde de público em muitas partidas. Contra a Itália, em Stanford, teve 83 mil espectadores e contra a França, no estádio Rose Bowl, o público foi de 101.799 pessoas. Essa conquista da medalha de prata (juntamente com a prata de Seul 1988) é, até hoje, a maior conquista do Futebol Olímpico Brasileiro.

* A Camisa 12 é a torcida organizada mais antiga do Rio Grande do Sul, fundada em 12 de outubro de 1969.

* Primeiro clube gaúcho a conquistar um Campeonato Brasileiro (1975).

* Único clube brasileiro a conquistar um Campeonato Brasileiro de forma invicta (1979).

* Único clube gaúcho sempre na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.

* Primeiro clube gaúcho a disputar a Taça Libertadores da América. Também é o primeiro clube gaúcho a chegar numa final de Libertadores: em 1980, quando perdeu a decisão para o Nacional do Uruguai, em Montevidéu, por 1 a 0 (após de empatar a partida de ida, no Beira-Rio, por 0 a 0).

* Maior seqüência de títulos do Campeonato Gaúcho (oito vezes, de 1969 a 1976).

* Em 1974, o Internacional conquistou pela segunda vez um hexacampeonato gaúcho, com uma campanha inacreditável: foram 18 vitórias em 18 partidas.

* Em confrontos contra o maior rival, o Grêmio, o Internacional possui 19 vitórias a mais, além de 36 gols de vantagem sobre o adversário. O Inter possui também a maior invencibilidade em clássicos: 17 partidas, entre 1971 e 1975.

* Nos 4 confrontos de matas-matas à nivel nacional e internacional contra o rival, eliminou o Grêmio em todos: Campeonato Brasileiro 1988, Copa do Brasil 1992, Seletiva da Libertadores 2000 e na Copa Sul-Americana 2004.

* No Gre-Nal conhecido como "Gre-Nal do Século", que valia vaga para a final do Campeonato Brasileiro de 1988 e para a Taça Libertadores da América de 1989, o Inter venceu por 2 a 1.

* Em 2005, o Internacional comemorou o título do Campeonato Brasileiro, com festa nas ruas de Porto Alegre e de várias outras cidades gaúchas. Os jogadores foram recepcionados e levados até o Estádio Beira-Rio num ônibus de turismo. Esse título foi comemorado, pois o Inter terminaria o Brasileiro um ponto à frente do Corinthians, não fosse o episódio da anulação de 11 partidas por denúncias de compra de resultados com ajuda da arbitragem. Porém, com as partidas remarcadas, o Corinthians aproveitou a vantagem de poder jogar novamente duas partidas (nas quais havia sido derrotado anteriormente), ultrapassou o Inter na nova tabela e sagrou-se campeão. Sem possibilidades de obter o título na justiça, devido às ameaças de retaliação feitas pela CONMEBOL (o que poderia eliminar o clube da Taça Libertadores da América de 2006, competição na qual sagrar-se-ia campeão), o Inter decidiu abrir mão da ação, decretando assim o Corinthians como campeão brasileiro do referido ano.

* Tríplice Coroa Internacional: o Internacional é junto com São Paulo e Nacional-URU os únicos detentores da Tríplice Coroa Internacional na América do Sul, fato homologado pela FIFA e CONMEBOL.

* Em 2008, o Internacional aplicou a segunda maior goleada em final de Campeonato Gaúcho, ao vencer o Juventude por 8 x 1, no Estádio Beira Rio, conquistando assim o seu 38º título estadual. Antes disso, o Internacional havia vencido o Bagé, em 1944, por 9x0, sendo seis gols anotados no tempo normal e três na prorrogação.


Recordes

* Maior goleada: Internacional 16 a 0 Nacional de Porto Alegre (18 de agosto de 1912).

* Recorde de gols em uma mesma partida: 7 gols, marcados por Bedionda (26 de setembro de 1915, Inter 10 x 2 Fussball), César (14 de dezembro de 1920, Inter 14 x 2 Municipal) e Carlitos (6 de agosto de 1939, Inter 13 x 1 Sokol).

* Maior série invicta: 39 partidas (26 vitórias e 13 empates), em 1984.

* Maior série invicta em casa: 46 partidas no Estádio Beira-Rio entre 1973 e 1975 (37 vitórias e 9 empates - Recorde brasileiro).

* Goleiro que mais tempo ficou sem levar gols: Gainete, em 1970, ficou 1.203 minutos sem levar gol (13 partidas e 33 minutos - Recorde brasileiro).

* Goleiro que mais tempo ficou sem levar gols em Campeonatos Brasileiros: Renan, em 2006, ficou 772 minutos sem levar gol.

* Técnico que mais tempo treinou o Inter em Campeonatos Brasileiros: Abel Braga, 109 partidas entre 1988 e 2008 (recorde alcançado no jogo contra o Palmeiras, dia 18 de maio de 2008[3]).

* Maior vitória no Campeonato Gaúcho: Internacional 14 a 0 Ferro Carril (23 de maio de 1976).

* Maior vitória na Copa Sul-Minas: Internacional 5 a 1 Malutrom-PR (19 de janeiro de 2002).

* Maior vitória na Taça Brasil: Internacional 3 a 2 Metropol-SC (20 de setembro de 1962) e Internacional 3 a 2 Metropol-SC (25 de setembro de 1962).

* Maior vitória no Torneio Roberto Gomes Pedrosa: Internacional 4 a 0 Flamengo-RJ (17 de novembro de 1968).

* Maior vitória no Torneio do Povo: Internacional 4 a 0 Bahia-BA (27 de fevereiro de 1972).

* Maior vitória na Copa do Brasil: Internacional 9 a 1 Ji-Paraná-RO (6 de abril de 1993).

* Maior vitória no Campeonato Brasileiro: Internacional 7 a 0 Bragantino-SP (8 de novembro de 1997).

* Maior vitória na Copa Sul-americana: Internacional 3 a 1 Flamengo-RJ (27 de agosto de 2003) e Internacional 3 a 1 Cruzeiro-MG (10 de outubro de 2004).

* Maior vitória na Recopa Sul-americana: Internacional 4 a 0 Pachuca (MÉX) (7 de junho de 2007).

* Maior vitória na Taça Libertadores da América: Internacional 6 a 2 Peñarol (URU) (5 de abril de 1989).

* Maior vitória no Mundial de Clubes da FIFA: Internacional 2 a 1 Al-Ahly (EGI) (13 de dezembro de 2006).

Maiores artilheiros
1 Carlitos 325
2 Bodinho 244
3 Claudiomiro 210
4 Valdomiro 192
5 Larry Pinto de Faria 180
6 Tesourinha 176
7 Villalba 145
8 Ivo Diogo 123
Jair 123
9 Adãozinho 113
10 Alfeu 107

Jogadores que mais atuaram
1 Valdomiro 803
2 Bibiano Pontes 523
3 Dorinho 461
4 Luiz Carlos Winck 457
5 Claudiomiro 424
6 Gainete 408
7 Mauro Galvão 396
8 Falcão 392
9 Bráulio 386
10 Carlitos 384


Amanhã teremos o Atlético-PR.