Verdão sofre com desfalques, arranca empate contra o Galo, mas deixa o G4
Mesmo com muitas dificuldades por causa dos desfalques, o Palmeiras conseguiu um empate em 1 a 1 com o Atlético-MG no Mineirão, neste domingo. Diante das circunstâncias, o resultado acabou sendo bom para a equipe paulista, que foi pressionada durante boa parte do jogo. Por outro lado, com apenas um ponto conquistado, o time de Vanderlei Luxemburgo, com 17, cai para quinto e deixa a zona de classificação para a Taça Libertadores. Já o Galo, com 11, desce uma posição e está em 14º.
O time paulista entrou em campo sem o meia Valdivia e o atacante Kléber, ambos suspensos, os zagueiros Gustavo, Deivid e o lateral-direito Elder Granja, lesionados, além do lateral-esquerdo Leandro que discute sua renovação de contrato.
Só dá Galo no primeiro tempo
O Atlético impôs um ritmo alucinante à partida desde o início. Tanto que com dez minutos de bola rolando, o goleiro Marcos já havia operado um milagre numa cabeçada do seu xará do Galo, aos quatro, e ainda viu a bola bater em sua trave direita, num chute de Eduardo, aos dez.
De tanto insistir, a equipe mineira acabou abrindo o placar aos 11. Danilinho cobrou escanteio da direita e Eduardo subiu mais que a zaga palmeirense para escorar de cabeça no canto esquerdo. Marcos nem pôde esboçar reação .
Aos poucos, o Palmeiras foi se assentando em campo, diminuindo a pressão adversária. No entanto, apesar de ter a bola nos pés, o time de Vanderlei Luxemburgo não conseguia criar alguma jogada mais perigosa. Sem seu principal armador, o chileno Valdivia, o Verdão foi um time sem criatividade.
Somente aos 25 é que a equipe do Palestra Itália conseguiu acertar um cruzamento na área. Alex Mineiro disputou no alto com Vinícius e acertou uma cotovelada na cabeça do zagueiro, que sofreu um corte profundo e teve de ser substituído, pois os médicos não conseguiram estancar o sangramento.
O domínio da posse de bola não significou muita coisa para o Verdão, já que o Galo, marcando forte, conseguia retomá-la para explorar contra-ataques. As descidas de César Prates pela esquerda incomodaram muito os paulistas. O lateral do Galo levou vantagem na disputa com Fabinho Capixaba, lateral-direito do Palmeiras, na maior parte da primeira etapa.
Perigoso, o Galo perdeu grande chance para ampliar. Aos 31, a bola é cruzada da esquerda. O lateral palmeirense Jefferson dá uma voadora e acerta o rosto de Eduardo dentro da área. Pênalti. Na cobrança, aos 33, Renan arrisca a paradinha, mas pega mal na bola e chuta fraco, rasteiro, no canto direito. Marcos pula e pega.
Somente aos 43 minutos é que o goleiro Edson, do Galo, teve trabalho. Diego Souza cobrou falta de longe. A bola saiu rasteira e o camisa 1 teve trabalho para encaixá-la.
Ainda havia tempo para o Galo ameaçar. Marcando mal, o Palmeiras viu Danilinho entrar em sua área driblando quem apareceu em sua frente, aos 44. Quando o atacante finalmente foi travado, a bola sobrou para o boliviano Castillo emendar de esquerda. O goleiro do Verdão salvou com a ponta dos dedos.
Diego salva
No segundo tempo, as deficiências do Palmeiras continuaram evidentes. Sem um pingo de lucidez no meio-de-campo, o time paulista abusou dos erros de passe e deu chance para o Atlético atacar sempre com perigo. Tanto que Marcos trabalhou mais que o seu colega Edson.
Logo aos nove minutos, o goleiro pentacampeão defendeu um chute à queima roupa de Eduardo. O Galo continuou em cima, mas foi diminuindo o ritmo aos poucos. O Palmeiras só conseguia ameaçar em jogadas de bola parada. Como numa cobrança de falta de Gladstone aos 30. A bola passou por cima.
Aos 35, César Prates, que fazia uma boa partida, deu mancada ao chutar a bola para longe depois que o juiz havia parado jogo marcando uma falta. Como já tinha o amarelo, acabou sendo expulso de campo numa jogada infantil.
Na seqüência, aos 36, Diego Souza cobrou falta de pé direito, com muita precisão, e acertou o ângulo direito. Um golaço. Mesmo jogando mal, o Verdão igualava o placar .
Com um jogador a mais, o Palmeiras teve espaço para atacar, mas não conseguiu se aproveitar. Aos 43, Denílson recebeu livre pela esquerda e em vez de tentar um chute firme, optou por um toquinho para encobrir o goleiro. Abusou e errou. Já o Galo, mais na base da vontade, tentou sair para o ataque, mas faltou capricho nos passes.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 1 x 1 PALMEIRAS
ATLÉTICO-MG
Edson, Mariano, Marcos, Vinícius (Welton Felipe) e César Prates; Serginho, Renan, Márcio Araújo e Castillo (Elton); Danilinho e Eduardo (Rafael).
Técnico: Gallo.
PALMEIRAS
Marcos, Fabinho Capixaba, Jeci, Gladstone e Jefferson; Pierre, Martinez (Jorge Preá), Léo Lima (Denílson) e Diego Souza; Lenny (Evandro) e Alex Mineiro.
Técnico: V. Luxemburgo.
Gols: Eduardo, aos 11 minutos do primeiro tempo, Diego Souza, aos 36 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Pierre, Jeci, Martinez (Palmeiras), César Prates, Marcos, Serginho (Atlético-MG).
Cartão vermelho: César Prates (Atlético-MG)
Público: . Renda: .
Estádio: Mineirão. Data: 06/07/2008.
Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR/Fifa).
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos (RN/Fifa) e Claudemir Maffessoni (SC).
PORTUGUESA 1X2 VITÓRIA
Gol aos 9 segundos leva o Vitória ao G4
A Portuguesa vinha de uma seqüência de três partidas sem levar gols. Mas, neste domingo, no Canindé, o Vitória balançou a rede da Lusa logo no primeiro lance do jogo. O gol-relâmpago de Dinei, aos nove segundos, foi o segundo mais rápido da história do Campeonato Brasileiro. E ele só abriu caminho para o placar de 2 a 1. Com o resultado, o Vitória subiu uma posição, ultrapassou o Palmeiras, que empatou com Atlético Mineiro, e entrou no G4, o grupo dos times que se classificam para a Taça Libertadores da América.
O Vitória começou arrasador. Assim que o árbitro Djalma Beltrami apitou o início da partida, os jogadores da Portuguesa se atrapalharam na saída e Willians aproveitou para roubar a bola. Ele avançou, ainda se livrou de um marcador e rolou para o lado para Dinei acertar o alvo da entrada da área.
O lance deu um baque na Lusa. O Rubro-Negro continuou pressionando e chegava com facilidade ao gol de André Luís. E após algumas investidas o time baiano marcou o segundo. Aos 15 minutos, Marquinhos rolou para Ramon, que invadiu a área como quis e tocou na saída do goleiro.
A Lusa, que passou por Santos, Botafogo e Atlético Paranaense sem levar gols, já tinha levado dois do Vitória nos primeiros minutos. E o visitante não parava de atacar. O primeiro tempo terminou 2 a 0, mas não seria nenhum exagero se terminasse 4 a 0... Só deu Vitória.

Na volta do intervalo, o técnico da Portuguesa, Vagner Benazzi, trocou dois de uma vez: tirou Dias e Washington e mandou a campo Carlos Alberto e Rogério. Seu xará, Vagner Benazzi, pela tranqüilidade do marcador, demorou um pouco mais para mexer. O treinador do Vitória esperou para ver como reagiria a Lusa após as mexidas: Dinei e Ramon deram lugar para Rodrigão e Ricardinho.
O Vitória ficou com um jogador a menos aos 15 minutos do segundo tempo, quando Marco Aurélio, que já tinha cartão amarelo, tentou usar a mão para completar um cruzamento para o gol e recebeu vermelho. A expulsão animou a Portuguesa, que, mais na base da raça e da vontade, tentou equilibrar a partida. Aos 29 minutos, Vaguinho, impedido, conseguiu descontar.
Os últimos minutos foram de desespero para a Lusa, que foi para cima, até teve chance de empatar, mas não conseguiu superar Viáfara. Com o resultado, o Vitória chega aos 17 pontos e, em termos de pontuação, só está atrás do líder Flamengo (22). Empatado com Grêmio, Cruzeiro e Palmeiras, fica a frente do time paulista, mas atrás do gaúcho e do mineiro nos critérios de desempate.
FICHA TÉCNICA:
PORTUGUESA 1 X 2 VITÓRIA
PORTUGUESA
André Luís, Patrício, Bruno Rodrigo, Halisson e Bruno Recife (Sandro); Dias (Carlos Alberto), Gavilán, Edon e Preto; Washington (Rogério) e Vaguinho.
Técnico: Vagner Benazzi
VITÓRIA
Viáfara, Marco Aurélio, Thiago Gomes, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan, Ramon (Ricardinho) e Willians; Dinei (Rodrigão) e Marquinhos (Jackson).
Técnico: Vágner Mancini
Gols: Dinei, aos 9 segundos, e Ramon, aos 15 minutos do primeiro tempo; Vaguinho, aos 29 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Washington (Portuguesa); Viáfara e Anderson Martins (Vitória). Cartão vermelho: Marco Aurélio (Vitória).
Público: 4.420. Renda: R$ 64.413,00.
Estádio: Canindé. Data: 06/07/2008.
Árbitro: Djalma Beltrami (RJ/Fifa).
Auxiliares: Roberto Braatz (PR/Fifa) e Jair Albano Felix (MG).
FIGUEIRENSE 2X1 VASCO
Figueira vence o Vasco de virada com presença ilustre de Dinamite
O Figueirense aproveitou o mando de campo e derrotou o Vasco por 2 a 1, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, mantendo a sua invencibilidade dentro de casa neste Campeonato Brasileiro. Com a presença do presidente Roberto Dinamite no estádio e à volta da camisa 11, utilizada por Leandro Amaral, o time da Colina errou duas vezes em seu setor defensivo e foi castigado com dois gols de Cleiton Xavier. Rodrigo Antônio marcou para os cariocas.
Com o resultado, o time da Colina permaneceu com dez pontos. Os catarinenses passaram ultrapassaram os cariocas e chegaram aos 12. Na próxima rodada, o Figueirense vai pegar o Palmeiras, em São Paulo. O Vasco tem pela frente o Sport, em São Januário. As duas partidas vão ser na próxima quinta-feira.
Tiago salva o Vasco no primeiro tempo
O primeiro lance de destaque da partida aconteceu aos cinco minutos. Após um lançamento em profundidade, Tiago se antecipou ao atacante Tadeu e saiu jogando. Na seqüência do lance, deu um drible desconcertante em Edu Salles para posteriormente dar um chutão para o ataque.
Com poucas oportunidades de gol, o início da partida foi marcado por muita correria de ambos os lados. Só aos 19 minutos, uma chance clara de gol. Morais tabelou com Edmundo, que tocou para Leandro Amaral dentro da área. O atacante dominou e tocou na saída do goleiro, a bola caprichosamente bateu na trave do goleiro Wilson, que ficou apenas olhando.
Sob o olhar do presidente Roberto Dinamite, o Vasco parecia mais próximo do gol. Aos 21, mais uma oportunidade para os cariocas. Edmundo cobrou falta na cabeça de Vílson, que tocou para Leandro Amaral dentro da área. O atacante ajeitou para Jean, travado na hora do chute. Dois minutos depois, Tadeu passou por Vílson e chutou para boa defesa de Tiago.
Aos 25, Tiago fez um milagre. Em cobrança de falta de Cleiton Xavier, o goleiro fez uma belíssima defesa e na sobra tirou com o pé no momento em que Tadeu colocaria a bola para dentro da rede do Vasco. Dois minutos, o time da Colina assustou novamente. Após escanteio, a bola sobrou para Leandro Amaral dentro da área. O jogador chutou forte e a bola desviou na zaga.
Aos 35, em uma falha de posicionamento da defesa vascaína, Tadeu entrou livre na grande área e foi derrubado por Tiago, pênalti para o Figueira. Na cobrança, Cleiton Xavier bateu mal e o goleiro cruzmaltino fez a defesa com tranqüilidade. Aos 44 minutos, o Vasco abriu o marcador. Morais cobrou falta da direita, a bola sobrou para Leandro Amaral, que acertou novamente a trave do Figueira. Na sobra, Rodrigo Antônio abriu o marcador para os cariocas.
Cleiton Xavier marca duas vezes e dá vitória ao Figueira
O Figueirense voltou para etapa final disposto a empatar o jogo, mas o Vasco começou um pouco melhor, tendo uma maior posse de bola e assustando em cobranças de falta. Porém, aos cinco minutos, os catarinenses tiveram uma chance de ouro com Bruno Aguiar. Após cobrança de escanteio, o zagueiro cabeceou e o goleiro Tiago voltou a salvar o time carioca.
Aos 13, Diogo chegou à linha de fundo e cruzou para Ricardinho, que acabara de entrar. O atacante recebeu dentro da área, sozinho, e chutou para fora. O jogo seguiu movimentado, com bons lances para ambos os lados. Quatro minutos depois, o Vasco foi quem assustou. Leandro Amaral tocou para Edmundo dentro da área. O Animal foi travado e a bola sobrou para Morais. O meia colocou por cima do goleiro Wilson, que fez uma linda defesa.
O Figueira seguiu tentando o empate. Aos 19, após cobrança de escanteio, Tiago se antecipou ao zagueiro Bruno Aguiar e salvou novamente o Vasco. Aos 28, Edmundo cobrou falta da intermediária e acertou uma bomba no travessão de Wilson, que chegou atrasado na bola. No minuto seguinte, o Animal recebeu dentro da área e foi solado pelo adversário. Jogada perigosa dentro da área do time catarinense. O camisa 10 cobrou em cima da barreira.
No entanto, o Figueira chegou ao empate aos 32 minutos. Após cobrança de falta de Rodrigo Fabri, a bola foi cortada para a entrada da área e sobrou para Cleiton Xavier, que acertou um belo sem-pulo para empatar a partida. Nove minutos depois, o mesmo Fabri fez uma bela jogada pela direita e cruzou na cabeça de Claiton Xavier, que fez o gol da vitória catarinense e o seu segundo na partida.
Ficha técnica:
FIGUEIRENSE 2 x 1 VASCO
FIGUEIRENSE
Wilson, Anderson Luiz, Bruno Perone, Bruno Aguiar e Leandro Soares (Rodrigo Fabri); Diogo, Magal, Marquinho e Cleiton Xavier; Edu Salles (Rafael Coelho) e Tadeu (Ricardinho).
Técnico: PC Gusmão.
VASCO
Tiago, Rodrigo Antônio, Eduardo Luiz e Vílson; Wagner Diniz, Jonílson (Mateus), Morais, Jean (Alex Teixeira) e Pablo; Leandro Amaral e Edmundo.
Técnico: Antônio Lopes.
Gols: Rodrigo Antônio, aos 44 minutos do primeiro tempo; Cleiton Xavier, aos 32 minutos, Cleiton Xavier, aos 41 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rodrigo Antônio (V), Bruno Aguiar (F), Tiago (V), Leandro Soares (F), Vílson (V).
Estádio: Orlando Scarpelli. Data: 06/07/2008.
Árbitro: Guilherme Cereta de Lima (SP).
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP-Fifa) e Márcio Luiz Augusto (SP).

INTERNACIONAL 3X0 CORITIBA
Taison e Alex comandam vitória do Inter: 3 a 0 sobre o Coxa
Taison, nome de boxeador e futebol de moleque atrevido, maltratou o Coritiba e deixou tudo pronto para Alex nocautear o adversário na tarde deste domingo, no Beira-Rio. Amplamente superior, o Colorado aproveitou a jornada pouco inspirada do Coxa, repetiu o bom futebol do Gre-Nal, fez 3 a 0 e pode ter iniciado a tão esperada reação no Campeonato Brasileiro. Todos os gols foram de Alex.
Com a vitória, o time de Tite subiu para 11 pontos, mais perto da zona da Sul-Americana. O Coritiba segue com dez. Na próxima rodada, o Inter volta a jogar em casa, contra o Goiás. O Coxa recebe a Portuguesa. As duas partidas são na quarta-feira.
Coritiba vira sparring de Taison. Inter na frente
Instantes antes de a bola rolar, o técnico do Coritiba, Dorival Júnior, disse que não gostaria de ver sua equipe funcionando como sparring, o sujeito que, no boxe, fica apanhando para treinar o lutador. Pois foi o que aconteceu, e justamente pelos pés de um moleque chamado Taison. Aos 20 anos, o guri teve nova atuação destacada no primeiro tempo, como fizera no Gre-Nal. Infernizou a zaga paranaense e comandou o Inter nas ações ofensivas. Só não fez o gol, que saiu dos pés de Alex, aos 29 minutos.
E foi um golaço. O meia colorado, que tinha atuação de pouco brilho até então, pegou a bola pela ponta esquerda, girou para um lado, girou para o outro, deixou Alê perdido e mandou uma bomba, quase sem ângulo, fora do alcance de Edson Bastos. Golaço.
Mas o Inter não se resumiu ao gol. Antes, criou muito, e sempre com Taison. O camisa 7, nova aposta do Beira-Rio, colocou calor no Coritiba. Foi eficiente no desarme e uma peste nas arrancadas ao ataque. Só faltou um pouco mais de atenção no último passe. Nilmar foi participativo, mas pouco eficiente.
A força ofensiva dos vermelhos constrangeu o Coritiba, que ficou amarrado em seu próprio campo. Alê não sabia para qual lado correr. Ricardinho esteve discreto demais na esquerda. Leandro Donizete pouco fez. Assim, a articulação ficou resumida a Carlinhos Paraíba, em revezamento com esporádicos avanços de Tamandará pela direita e do recuo pouco frutífero de Michael. Keirrison quase morreu de solidão na frente. Resultado prático: a primeira conclusão a gol do Coxa foi só aos 36 minutos, justamente com o centroavante. Aos 44, Paraíba complicou a vida de Clemer, que defendeu em dois lances perigoso chute de fora da área.
Muda o lado, segue o panorama
A passagem do primeiro para o segundo tempo pouco mudou no panorama do jogo. O Inter continuou visivelmente superior, Taison seguiu incomodando, o Coritiba permaneceu mais discreto do que deveria.
Aos 15 minutos, Taison recebeu pelo meio e deixou a bola perfeita para Alex. O chute cruzado foi bem calibrado, mas a bola teimou em sair. Pouco antes, o mesmo Alex, de novo em jogada brilhante de Taison, havia cobrado falta sobre o gol.
Alex tentou uma vez, tentou duas vezes, e alcançou na terceira. Ele cobrou, com paradinha, pênalti marcado sobre Nilmar. Foi aos 24. Cinco minutos depois, o terceiro ato do canhotinho. Ele pegou bola pelo meio, na intermediária, mirou a meta de Edson Bastos e mandou a bomba, certeira, impecável: 3 a 0.
O Coritiba nada mais pôde fazer. Balançado por Taison e nocauteado por Alex, não teve forçar sequer para descontar.
Ficha técnica:
INTERNACIONAL 3 x 0 CORITIBA
INTERNACIONAL
Clemer, Ricardo Lopes, Índio, Sorondo e Marcão; Edinho, Maycon, Guiñazu e Taison (Adriano); Alex (Andrezinho) e Nilmar.
Técnico: Tite
CORITIBA
Edson Bastos, Rodrigo Mancha, Felipe e Tiago Bernardes; Marcos Tamandaré, Leandro Donizete, Alê (Marlos), Carlinhos Paraíba e Ricardinho (Rubens Cardoso); Michael (Cadu) e Keirrison.
Técnico: Dorival Júnior
Gols: Alex, aos 29 minutos do primeiro tempo e aos 24 e 29 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Leandro Donizete, Alê, Ricardinho, Tiago Bernardes (Coritiba); Taison e Adriano(Inter)
Estádio: Beira-Rio. Data: 06/07/2008.
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP).
Auxiliares: Nilson de Souza Monção (SP) e Carlos Augusto Nogueira Júnior (SP)
BOTAFOGO 2X0 GRÊMIO
Botafogo desencanta e vence o Grêmio
Parece que os papéis se inverteram. O então vice-líder Grêmio jogou como se estivesse perto da zona de rebaixamento, e o Botafogo, que estava a perigo, voltou aos velhos tempos, vencendo por 2 a 0 o Tricolor gaúcho neste domingo, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro.
O resultado foi um alívio para o Alvinegro, que não vencia há três partidas e estava há duas sem marcar gols, dando maior tranqüilidade para o trabalho de Geninho. A equipe chegou a 11 pontos na tabela, subindo para a 13ª posição. O Grêmio, que continua com 17 pontos, está em terceiro, e mostrou um futebol muito abaixo do esperado.
Mal o árbitro apitou o início da partida, e o Botafogo mostrou que estava disposto a espantar a má fase de qualquer maneira. A equipe entrou em campo com uma disposição incrível, pressionando o Grêmio em seu campo de defesa. Com Perea isolado no ataque, o time gaúcho não conseguia trocar dois passes sem que a bola voltasse aos pés dos alvinegros.
O Botafogo que começou o jogo contra o Grêmio trouxe aos torcedores a lembrança daquela equipe envolvente do início da temporada. Por outro lado, os gaúchos não mostravam a postura de um vice-líder do Brasileirão, atuando de forma defensiva e usando os chutões como forma de aliviar a pressão adversária.
Depois de muito tentar, usando o rápido toque de bola e a algumas jogadas trabalhadas, o Botafogo abriu o placar de forma chorada. Túlio recebeu ótimo lançamento de Wellington Paulista no bico direito da grande área, dominou e demorou a chutar. Quando o fez, a bola tocou em Rafael Carioca, desviou, enganou o goleiro e entrou, aos 15 minutos.
Os jogadores alvinegros no banco de reservas quase entraram em campo para comemorar com os titulares, mostrando o clima de alívio.
Insatisfeito com a inoperância de sua equipe, Celso Roth colocou Marcel e André, seus dois atacantes no banco, no aquecimento. Em campo, o Tricolor tentava colocar mais a bola no chão e, com isso, conseguiu equilibrar as ações. No entanto, ainda carecia de melhor criatividade no meio-campo. Enquanto isso, o Botafogo diminuía o ritmo, embora mantivesse o domínio do jogo até o intervalo. A jogada mais efeitiva das duas equipes aconteceu aos 37 minutos, quando Jorge Henrique cabeceou rente à trave de Victor, depois de um cruzamento de Alessandro.
Grêmio melhora no segundo tempo, mas Botafogo amplia vantagem
O Grêmio voltou para o segundo tempo com Marcel no lugar do meia Rudnei. A alteração mostrou resultado logo nos primeiros minutos da segunda etapa, quando Perea teve boa oportunidade após receber lançamento nas costas de Renato Silva dentro da área. No entanto, o colombiano chutou para fora. O Botafogo continuava a atacar muito, mas mostrava estar mais exposto aos contra-golpes.
Mas antes que o Grêmio pudesse assustar, o Botafogo ampliou a vantagem no placar. Zé Carlos, em cobrança de falta pela esquerda, bateu no contra-pé de Victor e ampliou. Os reservas, enfim, entraram em campo para comemorar com a equipe. Até o goleiro Castillo deixou sua posição para dar os parabéns a Zé Carlos, que começou bem a temporada, mas caiu de produção e vinha ficando no banco.
Somente após sofrer o segundo gol o técnico Celso Roth desistiu do esquema com três zagueiros, tirando Jean. Mas o Botafogo continuava a pressionar, dessa vez investindo mais pelo lado esquerdo. O Alvinegro mantinha a pressão na saída de bola do Grêmio, garantindo o domínio da partida.
Com o placar controlado, o Botafogo passou a valorizar mais a posse de bola, esperando apenas o momento certo para atacar. O Grêmio apostava nas bolas altas, buscando principalmente o atacante Marcel. A torcida alvinegra pedia "mais um", e Wellington Paulista bem que tentou acabar com o jejum que já 14 partidas. Ele teve boa oportunidade aos 35 minuntos, mas Victor fez grande defesa. Os alvinegros reconheceram o esforço, e gritaram "Wellington Paulista, nós gostamos de você."
Como Geninho decidiu não fazer substituições até os 46 minutos do segundo tempo, a equipe preferiu se poupar, já pensando no jogo contra o Vitória, na próxima quarta-feira, em Salvador. Os gaúchos enfrentam o Santos na Vila Belmiro.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 2 x 0 GRÊMIO
BOTAFOGO
Castillo, Renato Silva, Leandro Guerreiro e Edson; Alessandro, Túlio, Diguinho, Lucio Flavio (Thiaguinho) e Zé Carlos; Jorge Henrique e Wellington Paulista.
Técnico: Geninho.
GRÊMIO
Victor, Jean (Maylson), Thiego e Rever; Paulo Sérgio, Willian Magrão, Rafael Carioca, Rudnei (Marcel), Rodrigo Mendes (Makelele) e Hélder; Perea.
Técnico: Celso Roth.
Gols: Túlio, aos 15 minutos do primeiro tempo; Zé Carlos, aos 8 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Túlio (Botafogo); Jean, Paulo Sérgio, Rever (Grêmio).
Público: 7.436 pagantes. Renda: R$ 68.722,50.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 06/07/2008.
Árbitro: Claudio Luciano Mercante Junior (PE).
Auxiliares: Jossemmar Diniz Moutinho (PE) e Fabiano da Silva Ramires (ES).
SÃO PAULO 1X1 IPATINGA
Gol no final faz São Paulo só empatar com o vice-lanterna Ipatinga no Morumbi
Com um gol de Luciano Mandí, aos 44 minutos do segundo tempo, o São Paulo não passou de um empate por 1 a 1 com o Ipatinga, neste domingo, no Morumbi, e se sofreu um duro revés para entrar na briga pelo sexto título do Campeonato Brasileiro.
Com mais um tropeço, o São Paulo aparece agora em sétimo lugar, com 14 pontos. Já os mineiros sobem para seis, mas seguem em situação complicada na luta contra o rebaixamento: estão em 19º, superando apenas o Fluminense, com três.
Na próxima rodada, o Tricolor vai a Recife enfrentar o Náutico, quarta-feira, às 21h45m, nos Aflitos. Já o time do Vale do Aço faz o duelo de Minas Gerais, diante do Cruzeiro, quinta-feira, às 20h30m, no Ipatingão.
Adeílson dá trabalho, mas é Borges quem marca
Quem esperava um massacre do São Paulo no primeiro tempo se surpreendeu. Ao embolar o meio-de-campo com muitos volantes, o Ipatinga atrapalhou os planos do Tricolor na criação. Para complicar ainda mais, aproveitou a avenida nas costas de Joilson e quase abriu o placar, logo aos oito minutos, quando Adeílson invadiu a área após falha de André Dias e tocou para fora na saída de Rogério Ceni.
Com Hugo atuando como um terceiro atacante pelo lado esquerdo, coube a Hernanes e aos laterais a função de armar, mas sempre com muita dificuldade pela forte marcação adversária. Na primeira chance de perigo, apenas aos 15 minutos, Joilson cruzou da direita, a defesa afastou mal e Hugo cabeceou livre nas mãos de Fred.
Apesar de jogar com três zagueiros, o São Paulo continuou tendo problemas com as rápidas descidas de Adeílson pelo lado esquerdo. Aos 17, o atacante passou com facilidade pela marcação de Alex Silva e cruzou. Porém, Neto Baiano e Márcio Gabriel não alcançaram e perderam ótima oportunidade.
Quando a etapa inicial caminhava para terminar empatada, brilhou a estrela do artilheiro Borges. Joilson cruzou da direita e o atacante pegou forte de voleio, acertando o canto direito de Fred. Golaço! Foi o quinto gol dele no Brasileirão. Três minutos mais tarde, quase o segundo. Jorge Wagner bateu falta para a área, Miranda desviou e a bola raspou a trave mineira.
Ipatinga pressiona e Luciano Mandí empata no final
No segundo tempo, o Ipatinga apostou na entrada do atacante Marinho, ex-Atlético-MG, para tentar reagir. Mas foi o São Paulo quem assustou, aos nove minutos. Após boa troca de passes, Jorge Wagner chutou sobre um zagueiro e a bola sobrou para Hugo. Livre de marcação, o jogador bateu mal na saída de Fred e mandou a bola por cima.
Dois minutos depois, Rogério Ceni apareceu para salvar o Tricolor duas vezes. Na primeira, Adeílson deixou Alex Silva sentado e soltou a bomba para o goleiro operar um verdadeiro milagre com o braço esquerdo. Na cobrança do escanteio, Gian desviou na primeira trave e o camisa 1 espalmou novamente.
Sem o mesmo ímpeto dos primeiros minutos, o São Paulo viu o Ipatinga por muito pouco não empatar, aos 25, outra vez com Adeílson. O atacante arrancou em velocidade pela intermediária, chutou forte e a bola explodiu no travessão. A resposta veio em bola parada em seguida. Jorge Wagner bateu falta e Hugo cabeceou com perigo por cima.
No final, o Ipatinga chegou ao empate. Após cobrança de escanteio, Luciano Mandí, que acabara de entrar, subiu entre os zagueiros para cabecear forte, sem chances de defesa para Rogério Ceni. Depois do lance, Zé Luis e Alex Silva trocaram empurrões e foram contidos pelo camisa 1.
O goleiro ainda fez novo milagre em chute forte de Marinho nos últimos instantes. No lance final, Hugo perdeu grande chance ao cabecear para fora ao receber livre na área. Fim de jogo e muitas vaias da torcida.
FICHA TÉCNICA:
SÃO PAULO 1 x 1 IPATINGA
SÃO PAULO
Rogério Ceni; Alex Silva, André Dias e Miranda; Joilson, Zé Luis, Hernanes (Richarlyson), Hugo e Jorge Wagner; Borges e Aloísio (Dagoberto).
Técnico: Muricy Ramalho.
IPATINGA
Fred, Thiago Vieira, Gian (Henrique) e Léo Oliveira; Márcio Gabriel (Marinho), Leandro Salino, Paulinho Dias, Xaves e Rodriguinho; Adeílson e Neto Baiano (Luciano Mandí).
Técnico: Ricardo Drubscky.
Gols: Borges, aos 39 minutos do primeiro tempo; Luciano Mandi, aos 44 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Alex Silva, Miranda (São Paulo); Gian (Ipatinga).
Público: 13.421 pagantes. Renda:R$ 256.375.
Estádio: Morumbi. Data: 06/07/2008.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS).
Auxiliares: Alécio Aparecido Lezo (MS) e Márcia Bezerra Lopes Caetano (RO)
GOIÁS 1X0 FLUMINENSE
Com um gol de Iarley, Goiás vence um desanimado Fluminense
O Fluminense começou a brincar no Campeonato Brasileiro. Mas a torcida tricolor não achou nem um pouco de graça. Pelo menos neste domingo, quando o time perdeu por 1 a 0 para o Goiás, gol de Iarley, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. O jogo foi válido pela nona rodada.
Com o resultado, o time carioca segue na lanterna da competição com apenas três pontos. Já o Esmeraldino segue na zona de rebaixamento, em 17º lugar, agora com nove pontos. Na próxima quarta-feira, o Goiás vai até Porto Alegre para encarar o Internacional, no Beira-Rio. Já o Fluminense enfrenta o Atlético-PR, no Maracanã.
Após a decepção com a perda do título da Taça Libertadores na última quarta-feira, o Fluminense pela primeira vez jogou com força máxima neste Brasileiro. Mas não foi tão fácil como esperava o técnico tricolor. Renato Gaúcho declarou que não estava preocupado com a lanterna porque o time "iria brincar" quando "estreasse" no campeonato. E mesmo após perder o título continental, o comandante tricolor não perdeu a modéstia e mandou os adversários ficarem preocupados já que uma das vagas na Libertadores seria do Tricolor.
Iarley abre o placar
O jogo começou com muitos erros de passe e sem emoção. O Fluminense era um pouco superior. Thiago Neves mandou uma bomba sem direção. Mas o Tricolor abusava dos cruzamentos na área e a bola parava nas mãos de Harlei.
A primeira jogada de perigo foi do Goiás. Ramalho recebeu passe na entrada da área e chutou forte. Fernando Henrique espalmou para escanteio. Logo depois, Iarley também arriscou e a bola foi para fora.
Aos poucos, o Goiás melhorou e passou a jogar com mais velocidade. Passou a dominar a partida. Aos 23 minutos, Iarley apareceu no meio da zaga tricolor e cabeceou. Fernando Henrique fez difícil defesa no canto direito. No minuto seguinte, Paulo Baier chutou rasteiro da entrada da área e a bola passou muito perto da trave. O gol acabou saindo aos 27. Iarley recebeu na entrada da área, saiu do marcador e chutou rasteiro no canto direito de Fernando Henrique: Goiás 1 a 0. Foi o terceiro gol do atacante no Brasileirão.
Após sofrer o gol, o Fluminense passou a arriscar mais. Mas tanto Conca quanto Thiago Neves estavam apagados. O Tricolor quase empatou em uma jogada de bola parada. Cruzamento para a área, Thiago Silva desviou de cabeça e a bola bateu na trave. Na sobra, Dodô soltou a bomba da marca do pênalti e Harlei defendeu com os pés.
Antes de terminar o primeiro tempo, Paulo Baier ainda teve mais uma chance com o Goiás. O meia cobrou falta no canto direito e Fernando Henrique se esticou para espalmar a bola para escanteio.
Tricolor não tem forças para reagir
O Fluminense voltou pressionando. Junior César cruzou e Cícero cabeceou para fora. Thiago Neves cobrou falta por cima do gol. Mas no contra-ataque o Goiás assustava. Vítor foi deslocado na área por Thiago Silva e o árbitro Célio Amorim errou ao não marcar o pênalti.
O técnico Renato Gaúcho resolveu, então, tirar o volante Ygor e colocar Tartá. O atacante quase empatou. Ele recebeu passe pelo meio, ajeitou para a canhota e chutou rasteiro. A bola foi para fora com muito perigo.
A resposta do Goiás foi rápida. Vitor tocou para Iarley, que dominou e girou na área. O chute passou muito perto da trave esquerda de Fernando Henrique, que ficou apenas olhando e torcendo.
Após a pressão inicial, o desânimo da perda da Libertadores parece ter tomado conta dos jogadores tricolores. O time parou de criar e parecia aceitar a derrota. Dodô, isolado na frente, quase não tocava na bola.
O Goiás ainda quase aumentou com Felipe. O atacante recebeu passe de Romerito, entrou na área e chutou forte. Fernando Henrique defendeu firme, sem rebote. E o jogo terminou. O Fluminense segue sendo o único time sem vencer no Brasileirão.
- Foram dois dias difíceis após a gente perder a Libertadores. Mas jogamos bem, fomos melhores e não merecíamos perder. Ainda vamos nos recuperar no Brasileiro - disse o capitão tricolor Luiz Alberto.
Ficha técnica:
GOIÁS 1 x 0 FLUMINENSE
GOIÁS
Harlei; Rafael Marques, Henrique e Paulo Henrique; Vitor, Ramalho, Fernando, Romerito, Paulo Baier (Fábio Bahia); Iarley (Frontini) e Alex Terra (Felipe).
Técnico: Helio dos Anjos.
FLUMINENSE
Fernando Henrique; Gabriel (Rafael), Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Ygor (Tartá), Arouca (Allan), Thiago Neves e Conca; Cícero e Dodô.
Técnico: Renato Gaúcho.
Gol: Iarley aos 27 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Alex Terra, Iarley, Ramalho, Frontini, Romerito e Fernando (Goiás); Thiago Silva, Allan e Tartá (Fluminense). .
Estádio: Serra Dourada, em Goiânia. Data: 06/07/2008.
Árbitro: Célio Amorim (SC).
Auxiliares: Eberval Lodetti (SC) e Luiz Fernando Irineu da Silva (MT)