Coritiba vence e afunda o Ipatinga
O triunfo foi suado, mas o Coritiba conseguiu se recuperar da derrota de virada para o Atlético-MG ao vencer o Ipatinga por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Couto Pereira. Com o resultado, o Coxa chegou a 20 pontos, e o Tigre segue com dez, na lanterna do Brasileirão. O gol foi de Carlinhos Paraíba, o melhor em campo.
Primeiro tempo
O Coxa entrou em campo num ritmo acelerado e logo aos 7 minutos teve ótima chance de abrir o placar. O atacante Hugo cabeceou, mas o goleiro Fred fez grande defesa. O Tigre, por sua vez, optou por uma marcação forte no meio-de-campo, explorando bem os contra-ataques. A etapa inicial foi movimentada, com as duas equipes buscando o ataque, mas houve raras jogadas realmente de perigo.
Por mais que tentasse, o Coritiba esbarrava nos erros de passe, sobretudo no meio, onde Carlinhos Paraíba tentava sozinho dar um rumo ao time. A segunda boa oportunidade de marcar do Coxa saiu de uma tabela entre Keirrison e Hugo, que passou a bola de calcanhar para o companheiro, aos 35. No finzinho, João Henrique cabeceou sozinho, mas mandou a bola para fora. Antes do intervalo, o Ipatinga também ameaçou o gol de Édson Batos, que defendeu chute de Rodriguinho no canto direito.
Segundo tempo
O Alviverde paranaense voltou do intervalo como começou a partida: com gás total e mais presença de área. O Tigre diminuiu o ritmo, mas sempre aparecia com perigo quando conseguia subir para o ataque.
Assim como na etapa inicial, o Verdão teve mais posse de bola e iniciativa, enquanto o Tigre investiu no contra-ataque mais uma vez. Neste contexto, o gol do jogo só saiu aos 30 minutos. Após bate-rebate na área, a bola sobrou para Carlinhos Paraíba, o melhor em campo, que não perdoou desta vez.
Depois do tento sofrido, o Ipatinga, enfim, partiu para o ataque. Porém, não houve tempo de mudar o placar.
Ficha técnica:
CORITIBA 1 X 0 IPATINGA
CORITIBA
Édson Bastos; Maurício, Rodrigo Mancha e Felipe; Rodrigo Heffner, Dirceu (Alê), João Henrique (Henrique Dias), Carlinhos Paraíba e Ricardinho; Keirrison e Hugo (Cadu).
Técnico: Dorival Junior.
IPATINGA
Fred; Leandro Salino, Tiago Vieira, Leo Oliveira e Beto (Xaves); Augusto Recife, Paulinho Dias, Leo Silva (Luciano Mandí) e Rodriguinho; Adeílson e Marinho.
Técnico: Ricardo Drubsky.
Gols: Carlinhos Paraíba, aos 30 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Keirrison, Rodrigo Mancha, Cadu (Coritiba); Paulinho Dias, Leo Silva (Ipatinga).
Estádio: Couto Pereira. Data: 23/07/2008.
Árbitro: Francisco de Assis Almeida Filho.
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Marcelo Braz Mariano.
CRUZEIRO 0X1 GOIÁS
Mesmo com um a menos, Goiás tira invencibilidade da Raposa no Mineirão
O Goiás jogou com um a menos desde o fim do primeiro tempo, mas mesmo assim venceu o Cruzeiro por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Mineirão, tirando a invencibilidade da Raposa em seu estádio no Campeonato Brasileiro. De quebra, o gol de Iarley, de falta, tirou o Esmeraldino da zona de rebaixamento e evitou que o time celeste ultrapassasse o Flamengo e chegasse à primeira colocação.
O triunfo levou a equipe de Hélio dos Anjos a 17 pontos. O Cruzeiro, por sua vez, permaneceu com o 24. Na próxima rodada, Goiás e Raposa enfrentam Sport e Fluminense, respectivamente.
O jogo
A equipe da casa apresentou uma surpresa: o meia Wagner se recuperou de lesão e foi escalado. E seriam dele as principais jogadas da Raposa no primeiro tempo. O cartão de visitas foi aos seis minutos, com um chute de fora da área do camisa 10 que saiu próximo ao ângulo direito de Harlei.
Na jogada seguinte, um lance recorrente da defesa celeste nos últimos jogos. Thiago Heleno se atrapalhou e recuou fraco para Fábio, que saiu nos pés de Alex Terra para evitar o gol. No rebote, Vítor deu toque esperto no canto direito, mas o goleiro cruzeirense foi buscar, espalmando para o lado. As lambanças contra Atlético-MG e Grêmio também renderam vaias a Espinoza durante o primeiro tempo.
E mesmo em um confronto entre o segundo colocado contra o 17º, o jogo era equilibrado. Aos 16, o Esmeraldino teve mais uma oportunidade. Da meia-lua, Fernando bateu falta, mas a zaga conseguiu desviar para escanteio.
O Cruzeiro respondeu novamente com Wagner. Também de falta, ele finalizou buscando o ângulo direito. A bola saiu raspando a trave, aos 24. Com 36 de jogo, a melhor chance da Raposa. Guilherme recebeu de Reinaldo na entrada da área e carimbou a trave esquerda.
Com tantas faltas próximas à área no jogo, era bem possível que um gol saísse de bola parada. E assim foi. Aos 41, Iarley aproveitou nova infração e da intermediária mandou no ângulo esquerdo para abrir o placar.
No fim da etapa, o ala-esquerdo Júlio César colocou a mão na bola em um ataque cruzeirense, recebeu o segundo amarelo na partida e foi expulso de campo, aumentando a expectativa para o segundo tempo.
Adilson tira Jadilson mais uma vez
Na volta do intervalo, Adilson Batista trocou Jadilson por Weldon. Mesmo com um atacante a mais, era Wagner quem dava mais trabalho ao Goiás. No primeiro minuto ele entrou na área pela esquerda e bateu cruzado. Harlei saltou e tirou a bola, que entraria no ângulo direito. Seis minutos depois, o camisa 10 celeste recebeu nas costas de Fernando e chutou por cima do gol, perdendo boa chance.
Com o tempo o Goiás foi se ajeitando na defesa, e ainda sobrava espaço para ir ao ataque. Aos 20, Vítor foi lançado na esquerda. Cruzou de trivela para Alex Terra tocar de primeira, à direita.
Com o resultado adverso, Adilson Batista fez algo pouco comum: deixou apenas um zagueiro em campo quando tirou Espinoza para colocar Gerson Magrão. Mas, apesar da pressão, não conseguiu sequer empatar o jogo.
Ficha técnica:
CRUZEIRO 0 x 1 GOIÁS
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan (Elicarlos), Thiago Heleno, Espinoza (Gerson Magrão) e Jadilson (Weldon); Fabricio, Charles, Marquinhos Paraná e Wagner; Guilherme e Reinaldo.
Técnico: Adilson Batista.
GOIÁS
Harlei, Rafael Marques, Henrique e Ernando; Vítor, Ramalho, Fernando (Pituca), Fabio Bahia e Júlio César; Alex Terra (Schwenck), Iarley (Thiago Feltri).
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Iarley, aos 41 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Guilherme, Thiago Heleno, Gerson Magrão, Fabrício (Cruzeiro); Fernando, Harlei, Ramalho (Goiás).
Cartão vermelho: Júlio César (Goiás).
Estádio: Mineirão. Data: 23/07/2008.
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (RJ).
Auxiliares: Paulo Ricardo Silva Conceição (RS) e Alexandre Antônio Pruinelli Kleiniche (RS).

VITÓRIA 2X0 NÁUTICO
Vitória não toma conhecimento do Náutico no Barradão
Embalado pelo triunfo sobre o Flamengo no Maracanã, pela 13ª rodada do Brasileirão, o Vitória recebeu o time do Náutico no Barradão. Com grande atuação de Marquinhos, que marcou dois gols, o Leão não tomou conhecimento do Náutico e venceu por 2 a 0. O resultado deixa o Náutico com 18 pontos em 14 partidas. Com o mesmo número de jogos, Vitória atingiu os 26 pontos na Série A.
Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Náutico recebe o Coritiba, sábado, às 18h20m, nos Aflitos. Já o Vitória vai a Minas Gerais enfrentar o Atlético-MG no domingo, às 18h10m.
O jogo
O primeiro tempo começou com chances para os dois lados. As equipes apresentavam praticamente o mesmo volume de jogo e alternavam bons momentos. Aos 4 minutos, o Vitória já chegou com perigo ao gol do Náutico. Williams recebeu a bola na direita do ataque, cruzou rente a trave e Marquinhos desviou, mas a bola saiu à direita dol gol de Eduardo
A resposta do Náutico não demorou muito. Gilmar recebeu passe na direita do ataque do Náutico, conduziu driblou dois adversários e chutou, a bola bateu na zaga e sobrou para Wellington, que livre, finalizou por cima do gol. A partir dos 20 minutos, a superioridade do Vitória no jogo ficou evidente, a equipe baiana chegava com velocidade e explorava todos os setores do campo. A defesa do Timbu tentava se virar como podia e muitas vezes chegava atrasada. O gol do Vitória estava era questão de tempo. E em um lance aos 24 do primeiro tempo, Williams, que vinha tendo uma grande atuação, fez um passe para Ramon. O veterano desviou a bola, ela sobrou para Marquinhos que só teve o trabalho de tocar rasteiro no canto esquerdo de Eduardo.
O Náutico não conseguia articular boas jogadas e sempre que passava para o campo de ataque tinha dificuldades para acertar os passes. O Vitória não tomava conhecimento do adversário, tocava a bola com facilidade, mas era um pouco displicente no momento do último passe.
Segundo tempo
No início da etapa complementar, tanto Vitória como Náutico não conseguiam colocar a bola no chão e organizar seu jogo devido a baixa qualidade do gramado do Barradão.
Ao contrário do primeiro tempo, o Náutico era ligeiramente melhor, porém sem Geraldo, o Timbu não tinha a qualidade necessária para transformar volume de jogo em chances do gol. Mas por ironia do destino, o time pernambucano sofreu o segundo gol no momento em que era melhor na partida. Em uma disputa pelo alto no meio-de-campo, a bola sobrou para Marquinhos que, na velocidade ganhou de Piauí, do Náutico, e chutou com tranquilidade na saída do goleiro Eduardo. Vitória 2 a 0 aos 16 minutos do segundo tempo.
Depois de marcar o segundo gol, o Leão ficou apenas administrando o resultado. Já o Náutico, tentava articular boas jogadas, mas faltava qualidade ao meio-de-campo do Timbu. Mas antes do fim do jogo ainda houve uma lance lamentável. Negretti, do Náutico deu um carrinho frontal em Wallace, que tinha acabado de entrar. Em cima do lance, o árbitro Wágner Tardelli expulsou o agressor.
Ficha técnica:
VITÓRIA 2 x 0 NÁUTICO
VITÓRIA
Viáfara; Rafael, Thiago Gomes, Anderson Martins e Daniel; Renan, Marco Antônio, Willans, Ramon(Ricardinho)e Marquinhos(Muriqui); Rodrigão(Wallace).
Técnico: Vágner Mancini
NÁUTICO
Eduardo; Radamés(Eduardo Erê), Negretti, Luisão e Piauí; Ticão, Alceu, Paulo Santos(Anderson) e Roger (Fabiano Gadelha); Wellington e Gilmar.
Técnico: Pintado
Gols: Marquinhos, do Vitória, aos 24 minutos do primeiro tempo e aos 16 da etapa complementar.
Cartões amarelos: Roger, do Náutico e Viafará, do Vitória
Cartão vermelho: Negretti, do Náutico .
Estádio: Barradão. Data: 23/07/2008.
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo.
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos e Cleriston Clay Barreto Rios.
BOTAFOGO 4X0 ATLÉTICO-MG
No Engenhão, Botafogo aplica goleada e coloca o Galo na zona de rebaixamento
Não foi com futebol vistoso, mas o Botafogo fez o seu papel ao vencer por 4 a 0 o Atlético-MG, nesta quarta-feira, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o time carioca chegou aos 18 pontos, se afastando ainda mais da parte de baixo da tabela. O Galo permanece com 15, entrando na zona de rebaixamento.
Esta foi a terceira das seis partidas entre as duas equipes em 2008. O Botafogo, que não perde para o Atlético desde 2001, leva vantagem nos confrontos deste ano, com duas vitórias e um empate. Haverá ainda um outro confronto pelo Brasileiro, em Belo Horizonte, e outros dois pela Copa Sul-Americana.
Pênalti relâmpago
Quem chegou um pouco atrasado ao estádio não viu. Aos 25 segundos de jogo César Prates empurrou Wellington Paulista na área. O árbitro Leonardo Gaciba não hesitou e marcou pênalti. Lucio Flavio cobrou a um minuto e abriu o placar. Foi o 17º gol do capitão na temporada, e o 14º convertendo penalidade máxima.
Passado o baque inicial, o Atlético se arrumou em campo e passou a oferecer perigo ao Botafogo. A equipe mineira pressionava a saída de bola adversária e deixava a defesa do Alvinegro carioca confusa, obrigada a dar chutões para a frente. Aos nove minutos, Gedeon recebeu livre em posição legal, enquanto a zaga carioca pedia impedimento, chutou em cima de Castillo e fez o gol no rebote. O árbitro Leonardo Gaciba parou a jogada e salvou o time da casa.
No Botafogo, tudo era mais na base do improviso. A equipe criava quase que exclusivamente se apoiando em jogadas individuais e lançamentos longos. Não se via o rápido toque de bola e as descidas pelas laterais, como nas últimas partidas. Com a marcação facilitada, o Atlético aproveitava para usar a velocidade nos contra-ataques, mas pecava nas conclusões.
O único lance de real perigo do Botafogo aconteceu apenas aos 27 minutos. Andre Luis fez lançamento longo para Carlos Alberto, que avançou em velocidade e chutou. O goleiro Edson falhou na defesa, e a bola ia entrando, mas o zagueiro Vinícius chegou para tirar quase em cima da linha.
O Atlético respondeu aos 33 numa chance muito clara. Gedeon foi lançado e recebeu livre de marcação. Frente a frente com Castillo, o volante tentou encobrir o goleiro, mas chutou muito mal, e a bola foi para fora. Enquanto isso, o Botafogo continuava a falhar nas conclusões, apesar de ter criado mais chances de gol até o fim do primeiro tempo.
Galo tem dois expulsos no segundo tempo
As duas substituições feitas por Ney Franco no intervalo mostraram que o treinador não estava acomodado com a vitória parcial do Botafogo. Jorge Henrique entrou no lugar de Thiaguinho, que já havia recebido um cartão amarelo e sentia dor na perna esquerda. Zé Carlos, foi substituído por Gil, que passou a atuar mais centralizado no ataque. Túlio foi deslocado para a ala direita.
O Galo insistia a pressionar a saída de bola do Botafogo, mas não criava jogadas, e sim aproveitava-se dos erros cometidos pela defesa adversária. No entanto, a reação do Atlético ficou mais difícil a partir dos 14 minutos, quando César Prates foi expulso ao puxar pela camisa Wellington Paulista, que ia em direção ao gol. A falta aconteceu bem perto da grande área.
Apesar de ter um jogador a mais, o Botafogo atuava de forma muito recuada, deixando Wellington Paulista isolado na frente. Mas apesar da dificuldade em criar jogadas, o Alvinegro chegou ao segundo gol aos 26 minutos. A zaga do Atlético rebateu uma bola para trás e ela parou nos pés de Triguinho dentro da área. O lateral teve tranqüilidade para matar no peito e chutar na saída de Edson. Na comemoração, os jogadores cantaram parabéns para o técnico Ney Franco, que completou 42 anos na última terça-feira.
Após o gol o Botafogo passou a valorizar ainda mais a posse de bola. Embalado pelo grito de olé da torcida, o Alvinegro trocou passes até Leandro Guerreiro achar Wellington Paulista livre, mas o atacante chutou mal, e a bola parou nas mãos de Edson. Nesta altura da partida o Atlético já demonstrava nervosismo e teve mais um jogador expulso aos 36 minutos, quando Yuri cometeu falta violenta em Túlio e foi expulso.
Mesmo com o jogo controlado o Botafogo continuou atacando, e a insistência foi premiada. Aos 41 minutos, Edson chutou para a frente e a bola ficou com Carlos Alberto, que dominou mal, mas acreditou no lance. Ele dividiu com o zagueiro e ficou frente a frente com o goleiro, driblou e ampliou a vantagem. Na comemoração, o camisa 19 ensaiou uns passos de dança. Ainda houve tempo para Gil deixar o seu aos 44 minutos, depois de receber um lançamento e dar um belo toque por cobertura.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 4 x 0 ATLÉTICO-MG
BOTAFOGO
Castillo, Renato Silva, Andre Luis e Triguinho; Thiaguinho (Jorge Henrique), Túlio, Diguinho, Lucio Flavio (Leandro Guerreiro) e Zé Carlos (Gil); Carlos Alberto e Wellington Paulista.
Técnico: Ney Franco.
ATLÉTICO-MG
Edson, Mariano, Marcos, Vinícius e César Prates; Francis (Yuri), Serginho, Márcio Araújo e Gedeon; Renan Oliveira (Marques) e Eduardo (Calisto).
Técnico: Alexandre Gallo.
Gols: Lucio Flavio, a 1 minuto do primeiro tempo.Triguinho, aos 26, Carlos Alberto, aos 41, e Gil, aos 44 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Triguinho, Thiaguinho e Túlio (Botafogo); Gedeon, César Prates, Francis, Serginho, Calisto e Marcio Araújo (Atlético-MG).
Cartões vermelhos: César Prates e Yuri (Atlético-MG).
Público: 9.581 pagantes. Renda: R$ 82.972,50.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 23/07/2008.
Árbitro: Leonardo Gaciba (Fifa/RS).
Auxiliares: Marcelo Bertanha Barison (RS) e José Antônio Chaves Franco Filho (RS).
INTERNACIONAL 2X0 SÃO PAULO
Com gols de Nilmar, Internacional vence o São Paulo no Beira-Rio
No duelo que era sinônimo de equilíbrio no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro, o Internacional conseguiu levar a melhor e venceu o São Paulo por 2 a 0, nesta quarta-feira, em Porto Alegre. O destaque da partida foi o atacante Nilmar, que marcou os dois gols do confronto.
A vitória fez o Inter ampliar para sete jogos a sua série de invencibilidade. Já o São Paulo caiu depois de três êxitos consecutivos.
Com o resultado, o Inter chegou a 22 pontos e agora ocupa a sexta posição no Brasileirão. O time paulista, por sua vez, segue com 23 pontos, na quinta posição.
Na próxima rodada, o São Paulo enfrenta a Portuguesa, domingo, às 18h10, no Morumbi. Já o Internacional visita o Ipatinga, no sábado, às 18h20.
Inter sai na frente e São Paulo reclama de gol anulado
Tentando se aproximar do G-4, o Inter tratou de determinar o ritmo da partida, usando-se da velocidade de Nilmar e da habilidade de Alex. Ao São Paulo restou o artifício dos contragolpes para tentar chegar ao gol de Clemer. Mas foi o time gaúcho quem deu um susto em Rogério Ceni
No primeiro lance de perigo do time da casa, Andrezinho cruzou para Nilmar, na pequena área, cabecear em cima do goleiro são-paulino, que fez bela defesa.
Apostando na velocidade de Éder Luis e Dagoberto, o São Paulo poderia ter saído na frente do marcador se o árbitro Heber Roberto Lopes não tivesse anulado um gol legal do camisa 25 do Tricolor.
Em cruzamento de Jorge Wagner, Dagoberto, que veio de trás da zaga colorada, cabeceou para o gol, mas o assistente da partida assinalou impedimento do atacante. Os jogadores reclamaram muito da marcação no intervalo da partida.
Mais incisivo no ataque, o Inter chegou ao gol aos 35 minutos do primeiro tempo, em uma falha do zagueiro Juninho. Ângelo bateu cruzado, a bola desvia em Joilson e o zagueiro são-paulino falhou, deixando a sobra para Nilmar ficar cara a cara com Rogério Ceni e apenas deslocá-lo para fazer 1 a 0.
Alex ainda teve a chance de ampliar para os gaúchos, arriscando de fora da área, mas Rogério Ceni conseguiu espalmar para a linha de fundo.
Nilmar amplia para o time do Beira-Rio
Na segunda etapa o Inter seguiu pressionando o time paulistano. Em uma bola enfiada para Nilmar, o goleiro Rogério foi obrigado a sair com os pés para evitar novo gol. No rebote, Guiñazu tentou encobrir o arqueiro tricolor, mas Ceni conseguiu se recuperar a tempo.
Na tentativa de empatar o duelo, o São Paulo procurou alternar bastante as jogadas pelas laterais. Mas à medida que o time se aproximava da meta gaúcha, a penetração na defesa colorada ficava mais difícil e os paulistas viam-se obrigados a arriscar de longe. Foi assim com Jorge Wagner e Hugo.
E quando o São Paulo insistia mais no ataque, foi o Inter que ampliou o placar. Em um lance de velocidade, Guiñazu esticou a bola para Andrezinho, que encontrou Nilmar no lado direito. O atacante bateu cruzado e vazou a meta tricolor pela segunda vez na noite: 2 a 0.
A entrada de Aloísio, considerado um homem de referência no ataque, não foi suficiente para que o São Paulo encontrasse o seu gol. E vendo que o lado direito da equipe estava muito frágil, Muricy Ramalho sacou Jancarlos e colocou o volante Jean, passando Joilson para a lateral.
Mas o São Paulo prosseguiu sem conseguir encaixar as jogadas no ataque, mostrando-se nervoso. Juninho ainda teve a chance de se redimir da falha no primeiro gol, mas sem sucesso.
Ficha técnica:
INTERNACIONAL 2 x 0 SÃO PAULO
INTERNACIONAL
Clemer; Ricardo Lopes (Ângelo), Índio, Danny e Ramon; Edinho, Maycon, Andrezinho e Taison (Walter); Alex e Nilmar.
Técnico: Tite.
SÃO PAULO
Rogério Ceni; André Dias, Juninho e Zé Luis; Jancarlos (Jean), Richarlyson, Joílson, Hugo e Jorge Wagner; Dagoberto e Éder Luís (Aloísio).
Técnico: M. Ramalho.
Gols: Nilmar, aos 35 minutos do primeiro tempo. Nilmar, aos 17 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Joilson (São Paulo), Ramon e Guiñazu, Ângelo e Índio (Inter).
Estádio: Beira-Rio. Data: 23/07/2008.
Árbitro: Heber Roberto Lopes.
Auxiliares: Gilson B. Coutinho e Ivan Carlos Bohn.
Renda e Público: R$ 570.020,00 e 41.674 pagantes

Em jogo polêmico do início ao fim, Fla e Lusa empatam no Canindé
Em um jogo emocionante e cheio de polêmicas, Portuguesa e Flamengo empataram por 2 a 2 nesta quarta-feira, no Canindé. O Rubro-Negro, que perdeu um pênalti aos 43 minutos do segundo tempo com o volante Ibson, chegou a 27 pontos e agora torce contra o Grêmio, que pega o Figueirense nesta quinta em Florianópolis, para não perder a liderança. Na estréia do técnico Valdir Espinosa, a Lusa correu atrás do placar e com o ponto somado chegou a 16 no Campeonato Brasileiro, e está em 15º.
Na próxima rodada, domingo, 27 de julho, o Flamengo faz o clássico carioca com o Botafogo, no Maracanã. A Portuguesa terá pela frente o São Paulo, no Morumbi. O time carioca não poderá contar com o goleiro Bruno, que levou o terceiro cartão amarelo, e o atacante Diego Tardelli, que foi expulso.
Primeiro tempo cheio de gols e polêmicas
A opção dos treinadores por formações ofensivas tornou o jogo aberto desde o apito inicial. A primeira boa chance foi do time casa, logo aos três minutos. Bruno Recife cruzou rasteiro da esquerda, Washington antecipou em cima de Ronaldo Angelim e desviou para o gol. Bruno, bem posicionado, defendeu firme. A resposta rubro-negra foi rápida. Aos sete, Tardelli fez jogada de velocidade pela direita e cruzou para Souza, que dominou dentro da área e chutou. A bola pegou na zaga e saiu. Rápido nos contra-ataques, o Fla chegou com perigo novamente aos 14 minutos. Éder deu passe longo para Juan na esquerda, o lateral mandou uma bomba sem deixar a bola cair e assustou o goleiro Sérgio.
Pela esquerda a Lusa conseguia criar as suas principais jogadas. Em uma delas, aos 21 minutos, Diogo driblou Jaílton e cruzou rasteiro para o meio da área. Jonas desviou prensado com a defesa, mas, antes de a bola entrar, Bruno se esticou e fez a defesa. O Flamengo abriu o placar em um lance de bola parada para lá de polêmico, aos 34. Juan levantou a bola na área, Jaílton desviou, e, na segunda trave, Ronaldo Angelim bateu com a mão na bola e fez 1 a 0 para o Rubro-Negro. Antes, o zagueiro do Fla foi agarrado por Ediglê. A reclamação dos jogadores da Lusa foi grande, mas o árbitro validou o lance.
As maiores emoções da primeira etapa ficaram guardadas realmente para os dez minutos finais. Aos 36, o juiz marcou pênalti de Fábio Luciano em Bruno Recife. Na cobrança, Diogo chutou e Bruno defendeu, mas o assistente mandou o lance voltar. Na segunda tentativa, o atacante chutou no canto esquerdo do goleiro e colocou 1 a 1 no placar. O Fla, no entanto, respondeu à altura com outro gol de bola parada. Aos 42, Juan cruzou da direita, Diego Tardelli bateu com a mão na bola, que sobrou para Ibson. O volante chutou firme por baixo de Sérgio e colocou os cariocas novamente em vantagem.
Lusa empata em nova cobrança de pênalti
Os times voltaram do vestiário com a mesma disposição do fim do primeiro tempo. A Lusa não deu tempo aos rubro-negros e empatou a partida novamente aos dois minutos. O árbitro marcou outro pênalti para o time paulista, desta vez de Jaílton em Jonas. Na cobrança, Diogo chutou forte e fez: 2 a 2. Aos nove, quase a Portuguesa vira o jogo. Após um rápido contra-ataque, Fábio Luciano foi fazer o corte e chutou em cima do adversário. A bola encobriu Bruno, bateu no travessão e saiu. Aos 16, em cobrança de falta, foi a vez de Patrício obrigar o camisa 1 rubro-negro a fazer uma grande defesa.
Os donos da casa, animados, continuaram pressionando. Aos 19, Patrício recebeu de cara para o goleiro Bruno e tocou na saída. Antes de a bola entrar, Cristian aliviou o perigo. Os rubro-negros ainda perderam o atacante Diego Tardelli, que colocou a mão na bola propositalmente e recebeu o segundo cartão amarelo, aos 19. Com um jogador a menos, o Flamengo adotou uma postura mais defensiva, e a Lusa se mandou para o ataque definitivamente.
Aos 31 minutos, o atacante Diogo avançou pela esquerda e bateu cruzado. A bola passou rente à trave. Um minuto depois, o atacante aplicou um drible desmoralizante entre as pernas de Fábio Luciano e chutou colocado. Bruno, com a perna, fez outra defesa espetacular. Refeito de outro susto, o Fla voltou a ameaçar aos 38. Depois do chute de Ibson de perna esquerda de dentro da área, a bola sobrou para Maxi, que chutou e o zagueiro, em cima da linha, impediu o gol certo.
Para desespero dos rubro-negros, aos 43, Ibson perdeu um pênalti cometido por Gavilán em Juan. O camisa 7 cobrou e o goleiro Sérgio defendeu, mas o assistente mandou voltar porque o goleiro se adiantou. Na segunda cobrança, o arqueiro da Lusa se superou novamente e garantiu o empate. Maxi ainda tentou chutar no rebote, mas a bola foi para fora após tocar em Bruno Recife.
Ficha técnica:
PORTUGUESA 2 x 2 FLAMENGO
PORTUGUESA
Sérgio, Patrício (Wilton Goiano), Bruno Rodrigo, Ediglê e Bruno Recife; Gavilán, Dias, Preto e Edno; Diogo e Washington (Vaguinho).
Técnico: Valdir Espinosa.
FLAMENGO
Bruno, Leo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jailton, Cristian, Ibson e Éder (Maxi); Diego Tardelli e Souza (Obina).
Técnico: Caio Júnior.
Gols: Ronaldo Angelim, aos 34, Diogo, aos 39, e Ibson, aos 42 minutos do primeiro tempo. Diogo, aos dois minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Gavilán, Sérgio, Washington, Preto (POR); Diego Tardelli, Fábio Luciano, Juan, Bruno (FLA) .
Cartão vermelho: Diego Tardelli (FLA)
Público: 11.364 pagantes.Renda: R$ 238.775,00
Estádio: Canindé. Data: 23/07/2008.
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa/PR).
Auxiliares: Roberto Braatzz (Fifa/PR) e José Amilton Pontarolo.

Em um jogo eletrizante, Vasco e Flu empatam no Maracanã
Em um jogo eletrizante, Vasco e Fluminense empataram em 3 a 3 na noite desta quarta-feira, no Maracanã. Após estar vencendo por 3 a 1, o time da Colina deixou o Tricolor igualar o marcador em duas falhas da defesa. Com o resultado, a equipe cruzmaltina seguiu sem vencer um clássico na temporada, e o das Laranjeiras na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, o time da Colina, que não vence há quatro jogos, chegou aos 16 pontos na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O Tricolor permaneceu na zona de rebaixamento, com 13. Na próxima rodada, o Fluminense pega o Cruzeiro, no sábado, no Maracanã. O Vasco vai encarar o Santos, no domingo, na Vila Belmiro.
Edmundo deixa a sua marca na etapa inicial
O Fluminense começou melhor a partida e teve duas chances logo no início do jogo. Com um minuto, Washington aproveitou cruzamento da esquerda, mas cabeceou por cima do gol. No lance seguinte, o camisa 9 recebeu livre pelo lado direito e tentou encobrir o goleiro Tiago, mas exagerou na força, errando o alvo.
Edmundo se mostrava irritado com os erros de passes da equipe e reclamava muito com os companheiros. Aos nove minutos, a primeira chance cruzmaltina. Rodrigo Antônio dominou na entrada da área e chutou. A bola passou à esquerda do goleiro Ricardo Berna.
Aos 12, Conca fez uma linda jogada, dando um drible desconcertante em Edu. Na seqüência, o argentino cruzou na cabeça de Washigton, mas a zaga chegou antes, afastando o perigo. Dois minutos depois, a síndrome da camisa 11 parece ter tomado conta de Leandro Amaral. O jogador recebeu um cruzamento perfeito de Wagner Diniz e, sem goleiro, dentro da pequena área, chutou por cima do gol. Ricardo Berna já estava batido. Ninguém presente no Maracanã acreditou na chance desperdiçada pelo jogador.
Aos 18, não teve jeito. Edu encontrou Madson livre pelo lado esquerdo. O meia chegou à linha de fundo e cruzou para a área. Edmundo aproveitou a lentidão de Luiz Alberto e abriu o marcador, fazendo o seu quinto gol no Campeonato Brasileiro. O lance acordou os vascaínos na arquibancada do Maracanã. O Fluminense partiu em busca do empate, principalmente em bolas pelo alto.
O Tricolor chegou ao ataque com perigo em um chute de Dodô. Aos 31, o atacante recebeu pelo lado direito da grande área, mas acabou travado pela zaga vascaína. Um minuto depois, Madson fez ótima jogada, passou por seu marcador e chutou para fora. Aos 41, Morais encontrou Leandro Amaral dentro da área. O atacante chutou de primeira por cima do gol de Berna. No último minuto da etapa inicial, Dodô aproveitou passe de cabeça de Washington e chutou com força. Edu tirou em cima da linha.
Leandro Amaral e Edmundo completam a festa cruzmaltina
O Fluminense voltou para o segundo tempo com Tartá na vaga de Maurício. A intenção do técnico Renato Gaúcho era dar mais velocidade ao ataque. O time insistia em chutes de fora da área. Aos 7, Conca arriscou, mas a bola passou à direita de Tiago. Só que um minuto depois, Leandro Amaral acabou com o jejum e marcou o seu primeiro gol desde que passou a usar a camisa 11. Em uma bela arrancada, o jogador entrou na área e tocou na saída de Ricardo Berna.
Nem deu tempo para a torcida do Vasco comemorar. Aos 9, Washington tabelou com Dodô e recebeu na frente. O atacante entrou na área, olhou o posicionamento do goleiro Tiago e tocou para diminuir o placar. O time da Colina seguiu jogando em velocidade, usando e abusando dos contra-ataques. E foi em um lance rápido que a equipe marcou o terceiro. Marcus Vinícius carregou a bola até o meio-campo e passou para Morais. O camisa 98 cruzou no pé de Edmundo, que não perdoou: 3 a 1.
O Tricolor sentiu o terceiro gol e caiu de produção na partida. O time não conseguia chegar ao gol de Tiago e só assustava quando a zaga cruzmaltina errava. Fora isso, apenas o argentino Conca mostrava uma certa lucidez. Na arquibancada, os tricolores não perdoavam o lateral-direito Rafael e pediam a saída do técnico Renato Gaúcho. Aos 24, Junior Cesar fez ótima jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Washington, que cabeceou com força. O camisa 1 da Colina fez um milagre.
Em um lance esporádico na partida, Conca encontrou Dodô na entrada da área. O atacante entrou em velocidade e foi derrubado por Rodrigo Antônio: pênalti para o Fluminense. Washington cobrou alto, no canto esquerdo de Tiago, e diminuiu novamente a diferença, aos 29. O Tricolor acordou e partiu para o ataque. Seis minutos depois, Somália acreditou em um lance perdido e cruzou para a área. Tartá aproveitou a falha dos zagueiros do Vasco e empatou a partida.
Aos 38 minutos, Morais fez falta dura em Tartá e é expulso. O jogador já tinha o cartão amarelo e foi advertido novamente pelo árbitro. O jogo seguiu aberto até o fim. Aos 43, Jean teve a chance de marcar, mas Ricardo Berna salvou com a ponta dos dedos. Dois minutos depois, a bola resvalou em um defensor do Vasco e quase entrou, o que selaria uma virada tricolor. Wágner Diniz ainda teve a última chance com um chute por cima do travessão.
Ficha técnica:
VASCO 3 x 3 FLUMINENSE
VASCO
Tiago, Wagner Diniz, Eduardo Luiz, Luizão e Edu (Marcus Vinícius); Rodrigo Antônio, Souza, Madson (Leandro Bomfim) e Morais; Leandro Amaral e Edmundo (Jean).
Técnico: Antônio Lopes.
FLUMINENSE
Ricardo Berna, Rafael (Somália), Luiz Alberto, Roger e Junior Cesar; Fabinho, Arouca, Maurício (Tartá) e Conca; Dodô e Washington.
Técnico: Renato Gaúcho.
Gols: Edmundo, aos 18 minutos do primeiro tempo Leandro Amaral, aos oito minutos; Washington, aos nove minutos; Edmundo, aos 13 minutos; Washington, aos 29 minutos, Tartá, aos 36 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Junior Cesar (F), Washington (F), Eduardo Luiz (V), Souza (V), Conca (F), Morais (V).
Cartão vermelho: Morais (Vasco).
Estádio: Maracanã. Data: 23/07/2008.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ).
Auxiliares: Ricardo Mauricio Ferreira de Almeida (RJ) e Wagner de Almeida Santos (RJ).
Renda: R$ 299.820,50. Público: 19.346 pagantes