quinta-feira, 24 de julho de 2008

Fim da 14 Rodada:Série A

PALMEIRAS 4X2 SANTOS
Em clássico recheado de gols, Verdão vence o Santos e retorna ao G-4

Em clássico eletrizante, certamente um dos jogos mais empolgantes do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras voltou ao G-4 em grande estilo. O Verdão venceu o Santos por 4 a 2, nesta quinta-feira, no Palestra Itália, e manteve a invencibilidade diante da sua torcida. Leandro (2), Alex Mineiro e Gladstone (assista ao vídeo ao lado) foram os autores dos gols. Kléber Pereira e Apodi descontaram.


O Palmeiras não batia o rival há oito jogos. Mas, além de quebrar a escrita, o time paulista empatou o Cruzeiro em 24 pontos, sete vitórias e sete gols de saldo. Porém, agora é o quarto colocado, pois tem 25 gols marcados, contra 20 da equipe mineira.



Já o Santos continua em situação delicada na tabela de classificação do Brasileiro. O Peixe tem apenas 11 pontos em 14 jogos e ocupa a 19ª e penúltima colocação.



Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras enfrenta o Grêmio, neste domingo, às 16h, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. No mesmo dia e horário, o Santos terá pela frente o Vasco, na Vila Belmiro.



Clássico inesquecível



Luxemburgo abomina o esquema tático com três zagueiros. Mas, com 10 desfalques, o treinador do Palmeiras armou o time no 3-5-2. Jeci virou líbero, Maurício, pelo lado direito, e Gladstone, pelo setor esquerdo, completaram o trio defensivo. Valdivia jogou como atacante, atuando ao lado de Alex Mineiro, podendo trocar de posição com Diego Souza. O Peixe optou por Dionísio na marcação, na vaga de Roberto Brum, e também manteve os três zagueiros.



Logo aos dois minutos, aconteceu o lance mais polêmico do clássico. Leandro cobrou falta, Diego Souza desviou de cabeça e Gladstone, impedido, fez o gol. O árbitro validou o gol, mas voltou atrás e atendeu à marcação do assistente Ednílson Corona. Os palmeirenses alegaram que a bola foi direto para o gol, mas as reclamações foram em vão.


Mas o gol anulado nem fez falta. O Palmeiras fez uma blitz ofensiva em cima do Santos, que ficou acuado na defesa. E não demorou para abrir o placar. Aos 12 minutos, Diego Souza lançou Alex Mineiro, que deu um passe milimétrico para Leandro completar para o fundo da rede.


Assustado com a volúpia ofensiva do Palmeiras, o Santos se encolheu na defesa. E o Verdão ampliou o placar aos 14. Diego Souza, outra vez, fez um lançamento maravilhoso para Alex Mineiro, que, livre de marcação, invadiu a área e tocou na saída de Felipe para fazer 2 a 0.

Sem criatividade no meio-campo e objetividade no ataque, o Santos virou uma presa fácil. Tanto que a única jogada perigosa do Peixe aconteceu somente aos 27 minutos, em cobrança de falta de Fabão, que Marcos rebateu e depois fez a defesa antes da chegada de Molina.



Aos 28, em nova cobrança de falta, Leandro tentou fazer o cruzamento na área. O goleiro Felipe ficou adiantado, a bola o encobriu e foi morrer no fundo da rede: 3 a 0.

Perdido por três, perdido por mil. Foi assim que o Santos foi para o tudo ou nada. E, aos 33 minutos, após cruzamento de Fabão, Kléber Pereira mostrou oportunismo e no meio dos zagueiros encheu o pé para diminuir o placar. Valente, o Peixe cresceu em campo, passou a tocar a bola e intimidou o Verdão. E voltou a balançar a rede, aos 38, após passe magistral de Molina para Apodi, que, de canhota, mandou a bola no ângulo esquerdo do goleiro Marcos. Golaço!



Mas a pressão santista parou na sua própria fragilidade defensiva. Em nova cobrança de falta de Leandro, aos 44, a bola atravessou toda a área, o goleiro Felipe novamente não saiu do gol, e Gladstone, com um leve toque de cabeça, mandou a bola para o fundo da rede: Verdão 4 x 2 Santos. O gol foi bem parecido ao que havia sido anulado no início do clássico. Que jogaço!



Peixe volta com mudanças

Na etapa final, Cuca sacou o meia Molina e colocou em campo o atacante Maikon. O Santos ficou mais ofensivo, mas faltou alguém com capacidade para criar as jogadas no meio-campo. O lateral-esquerdo Kléber não conseguiu exercer esse papel.



O Palmeiras, sem muita pressa, passou a trocar passes e a valorizar a posse de bola. Chamou o Santos para o ataque, tentando aproveitar os lançamentos de Diego Souza, a habilidade de Valdivia e o faro de gol de Alex Mineiro.



Em busca do tudo ou nada, outra vez, Cuca colocou em campo o atacante Tiago Luís na vaga do zagueiro Fabiano Eller. O Santos passou a atuar no corajoso 4-2-4. Isso mesmo, com quatro homens ofensivos. Para não deixar o Palmeiras muito defensivo, Luxemburgo sacou o zagueiro Maurício para a entrada do meia ofensivo Maicosuel. E o clássico ficou ainda mais aberto.



Mas, apesar da ofensividade, os zagueiros das duas equipes passaram a conter o ímpeto ofensivo dos atacantes. A partida ficou aberta, mas a maioria das chances de gols aconteceu em chutes de fora da área. Foi assim que Valdivia, aos 33, quase fez um golaço.



Aos 47, o técnico Cuca, do Santos, discutiu com o árbitro e acabou expulso. A situação do treinador é bastante complicada e ele pode deixar o comando do clube a qualquer momento.





Ficha técnica:
PALMEIRAS 4 x 2 SANTOS
PALMEIRAS
Marcos; Maurício (Maicosuel), Jeci, Gladstone; Fabinho Capixaba, Wendel, Jumar, Diego Souza (Lenny) e Leandro; Valdivia e Alex Mineiro.
Técnico: V. Luxemburgo.
SANTOS
Felipe; Fabão, Marcelo e Fabiano Eller (Tiago Luís); Apodi, Adriano (Fabiano), Dionísio, Molina (Maikon) e Kléber; Cuevas e Kléber Pereira.
Técnico: Cuca.
Gols: Leandro, aos 12 e 28, Alex Mineiro, aos 14, Kléber Pereira, aos 33, Apodi, aos 38, e Gladstone, aos 44 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Valdívia (3º), Fabinho Capixaba, Diego Souza e Leandro (Palmeiras); Kléber, Fabão (3º), Fabiano, Maikon, Kléber Pereira, Marcelo (3º) e Apodi (Santos).
Estádio: Palestra Itália (SP). Data: 24/07/2008.
Renda: R$ 571.567,50. Público: 21.339 pagantes.
Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP).
Auxiliares: Ednílson Corona (SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP).


FIGUEIRENSE 1X7 GRÊMIO
Arrasador, Grêmio goleia e assume a liderança do Brasileirão


A liderança do Campeonato Brasileiro mudou de endereço. Com sete bolas na bagagem, trocou a Gávea, no Rio, pela avenida Carlos Barbosa, em Porto Alegre. A partir desta quinta-feira, o líder do Nacional veste azul, preto e branco. Com grande atuação e goleada de 7 a 1 sobre o Figueirense, o Grêmio assumiu a ponta da competição, um ponto à frente do Flamengo. Perea e Reinaldo, destaques do jogo, fizeram três gols. Já o Alvinegro, com o fracasso em casa, perdeu a chance de migrar para o bloco de cima da tabela e agora terá que conviver com a indignação da torcida.

O Figueira fechou a 14ª rodada do Brasileirão em nono, com 19 pontos, nove a menos do que o Grêmio. Na próxima rodada, o Tricolor recebe o Palmeiras, enquanto o time catarinense visita o Atlético-PR. Os dois jogos são no domingo.



Perea ligou para a mãe...


Quando as coisas não vão bem, Perea costuma ligar para sua mãe. Ele tira dela a palavra de conforto para continuar trabalhando com paz de espírito. E costuma dar certo. Se é assim, a conta telefônica do colombiano ficará mais gorda este mês, porque, com dois gols, ele comandou o Grêmio no primeiro tempo e mandou a má fase para longe. O gringo, em momento de contestação, foi o toque final de uma equipe visivelmente superior em Floripa.

O primeiro gol de Perea foi aos 17 minutos. Paulo Sérgio puxou jogada pela direita e mandou na área. Willian Magrão apareceu para, de cabeça, acionar o colombiano. O cabeceio do atacante explodiu no travessão e acertou as costas do goleiro Wilson antes de entrar.

O gol não foi por acaso. Antes, o Tricolor desperdiçara duas oportunidades, uma em cruzamento de Tcheco que ninguém concluiu, outra em chute de Perea que a zaga afastou. O Figueira foi pobre. Marquinho e Cleiton Xavier não conseguiram articular nada, e a dupla de ataque ficou isolada. Se alguém tivesse pintado a bola de verde-limão, Rafael Coelho e Tadeu talvez sequer percebessem.

O grande mérito do Grêmio no primeiro tempo foi não perder a ambição. Mesmo em vantagem no placar, seguiu atacando. Aos 28, veio o prêmio. Tcheco bateu escanteio, o goleiro saiu mal, a zaga ficou contando estrelas e Perea, oportunista, apareceu na segunda trave para concluir: 2 a 0.

Tudo caminhava às mil maravilhas para o Grêmio, mas aí deu um curto-circuito na cabeça de Paulo Sérgio. Até então bem no jogo, o lateral cometeu pênalti bobo em Leandro Soares. Cleiton Xavier, com paradinha, fez o gol.



Mais do mesmo


Se o gol animou o Figueirense, não foi possível perceber dentro de campo. No segundo tempo, o Grêmio seguiu muito melhor. Logo no início, Perea perdeu duas grandes chances. E aí brilhou a estrela de Marcel. Aos oito minutos, Tcheco cruzou, o colombiano não alcançou a bola e o camisa 9 apareceu para concluir: 3 a 1.

Para a festa azul ficar completa, faltava outro gol de Perea, que deve ter ligado para a mãe até no intervalo. Aos 22 minutos, ele se livrou sem dificuldades de Asprilla e tocou na saída de Wilson.

Já estava ótimo para o Grêmio, mas não era tudo. Dois minutos depois, o Figueirense, completamente desnorteado, levou mais um, marcado por Reinaldo, que acabara de substituir Marcel.



No fim, com a zaga alvinegra completamente aberta, Reinaldo ampliou a goleada para 7 a 1, aos 36 e 38 minutos. Talvez com o pena do time da casa, o árbitro Paulo Cesar Oliveira encerrou a partida aos 44 minutos e 30 segundos.




Ficha técnica:
FIGUEIRENSE 1 x 7 GRÊMIO
FIGUEIRENSE
Wilson, Anderson Luiz (Wellington Amorim), Bruno Aguiar, Asprilla e Leandro Soares; Diogo (Ramon), Magal (Leandro Carvalho), Marquinho e Cleiton Xavier; Rafael Coelho e Tadeu.
Técnico: PC Gusmão.
GRÊMIO
Victor, Jean, Pereira e William Thiego (Makelele); Paulo Sérgio (Bruno Teles), Willian Magrão, Rafael Carioca, Tcheco e Anderson Pico; Perea e Marcel (Reinaldo).
Técnico: Celso Roth.
Gols: Perea, aos 17 e 27, Cleiton Xavier, aos 36 minutos do primeiro tempo; Marcel, aos oito, Perea, aos 22 minutos, Reinaldo, aos 24, 36 e 38 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Magal (Figueirense); Paulo Sérgio, Thiego (Grêmio).
Estádio: Orlando Scarpelli. Data: 24/07/2008.
Árbitro: Paulo Cesar Oliveira (Fifa/SP).
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa /SP) e Nilson de Souza Monção (SP).


SPORT 1X0 ATLÉTICO-PR
Sport arranca vitória suada sobre o Atlético-PR e respira aliviado

Com um belo primeiro tempo, o Sport derrotou o Atlético-PR por 1 a 0, nesta quinta-feira, na Ilha do Retiro. O time da casa foi superior e só não marcou mais porque o goleiro Galatto fez mais uma vez boas defesas. Com o resultado, o Leão chegou a 18 pontos no Brasileirão. O Furacão, com uma postura muito defensiva até a metade do segundo tempo, se manteve com 16, um acima da zona de rebaixamento.




Primeiro tempo do Leão



Sport foi o senhor do jogo no primeiro tempo. Pressionou desde o início, teve maior posse de bola e criou as jogadas mais perigosas. O Furacão cresceu apenas no finzinho da etapa inicial, quando o time da casa desacelerou. Inclusive, teve uma grande chance aos 47 minutos, em um chute de fora da área de Joãozinho.

A primeira boa oportunidade do Leão ocorreu logo aos 3, também com um chute de longe (de Cássio Lopes). A jogada mais bonita do Sport saiu aos 33, com um foguete de Fumagalli, que Galatto mandou para escanteio. E a bola teimou em não entrar.

O Atlético, por sua vez, esbarrou na falta de criatividade e na postura defensiva na maior parte do primeiro tempo. Alan Bahia, Valencia e Douglas Maia ficaram muito fixos e pouco ajudaram na criação das jogadas, que saíram mais de longos lançamentos.







Segundo tempo equilibrado


Os times voltaram como na primeira etapa: Sport com mais iniciativa e presença de área, e Atlético muito fechado. Aos 5, Luciano Henrique obrigou Galatto a fazer uma boa defesa, após cabeçada do atacante. Porém, dois minutos depois, não deu chance ao goleiro. Com um belo drible, tirou Alan Bahia da jogada e tocou no canto direito. Gol mais que justo.


Luciano Henrique ainda perdeu outras boas chances, e o Leão seguiu atacando. Até que, aos 14 minutos, o Furacão finalmente subiu bem ao ataque. Alan Bahia arriscou da meia-lua, e a bola passou perto da trave de Magrão. E, pelo visto, o lance animou o visitante, que equilibrou o jogo.


Em desvantagem no placar, o Rubro-Negro de Curitiba se viu obrigado a partir com pressa para cima do Sport. E só não empatou porque o travessão impediu o gol de Julio dos Santos. Porém, acordou muito tarde e acabou derrotado.





Ficha técnica:
SPORT 1 x 0 ATLÉTICO-PR
SPORT
Magrão; Cássio Lopes (Luizinho Netto), Igor, Gabriel e Dutra; Daniel Paulista, Júnior Maranhão (Fábio Gomes), Fumagalli (Juninho)e Carlinhos Bala; Luciano Henrique e Roger.
Técnico: Nelsinho Baptista.
ATLÉTICO-PR
Galatto; Rhodolfo, Chico e Danilo; Douglas Maia (Wilian(, Alan Bahia, Valencia, Julio dos Santos (Pedro Oldone) e Márcio Azevedo (Anderson Aquino); Ferreira e Joãozinho.
Técnico: Joel Santana.
Gols: Luciano Henrique, aos sete minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Carlinhos Bala, Dutra (Sport); Júlio dos Santos, Márcio Azevedo, (Atlético-PR).
Estádio: Ilha do Retiro. Data: 24/07/2008.
Árbitro: Djalma Jose Beltrami Teixeira (Fifa-RJ).
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa-RJ) e Marcelo Fonseca Duarte (RJ)