domingo, 30 de novembro de 2008

37 Rodada:Série A

FLAMENGO 3X3 GOIÁS
Fla abre três de vantagem, pára e dá vexame contra o Goiás






Na despedida de sua torcida, o Flamengo comprovou que o time atual é capaz de façanhas negativas que até o mais pessimista duvida. Depois de abrir três gols de vantagem com tranqüilidade, a equipe estacionou e permitiu o empate do Goiás por 3 a 3, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro.

O apagão diante da torcida dificulta ainda mais as chances de a equipe chegar à Taça Libertadores. Com 64 pontos, o time está em quinto lugar, empatado com o Cruzeiro. Porém, leva desvantagem no número de vitórias. Na última rodada, a equipe visita o Atlético-PR.




Xingado pela torcida, o técnico Caio Júnior, que não fica na Gávea em 2009, teve uma despedida melancólica do Maracanã e repetiu outros resultados decepcionantes do ano, como as derrotas por 3 a 0 para o América-MEX (ainda sob o comando de Joel Santana) e Atlético-MG, além do empate por 2 a 2 diante da Portuguesa.

Sem muita ambição no Brasileirão, o Goiás sobrou no segundo tempo e só não venceu porque os atacantes perderam diversas oportunidades. O time tem 53 pontos e fica na sétima colocação. A despedida será no próximo domingo, contra o São Paulo, no estádio Bezerrão.



Cinco gols no primeiro tempo


Desde o primeiro passe errado do Flamengo, a torcida demonstrou que a paciência seria pequena. Desta forma, coube aos jogadores contornarem a situação. Aos quatro minutos, Juan recebeu de Obina, driblou Harlei e chutou no lado de fora da rede.



Um minuto depois, Ronaldo Angelim foi à linha de fundo e cruzou para Obina cabecear no canto direito de Harlei e abrir o placar no Maracanã.



Sem objetivos concretos nestes dois jogos finais, o Goiás deu espaços defensivos. Luizinho, substituto de Leo Moura, se aproveitou e chutou forte da entrada da área. Harlei se esticou e fez a defesa.



O Goiás melhorou e começou a ter mais posse de bola no campo ofensivo. Aos 24, Fábio Bahia arriscou da entrada da área e Bruno espalmou.



Em cobrança de falta rápida, aos 28, Kleberson tabelou com Juan, o lateral-esquerdo entrou na frente de Harlei e tocou por baixo, para ampliar a vantagem rubro-negra.



Jogando com facilidade, o Flamengo fez um belo terceiro gol. Obina deu um drible desconcertante em um zagueiro, deu para Ibson e recebeu na frente. Com tranqüilidade, driblou Harlei e tocou para as redes. Tudo isso em 35 minutos.



No entanto, o que parecia fácil começou a se complicar em mais uma bobeada de Jaílton. Atabalhoado, o volante cometeu pênalti em Thiago Feltri. Paulo Baier bateu no centro do gol, aos 37, e diminuiu para o Esmeraldino. A defesa do Flamengo cochilou aos 43 minutos e permitiu que os goianos fizessem linha de passe dentro da área rubro-negra. Ernando, livre na segunda trave, cabeceou para o chão e fez o segundo.



Goiás cala o Maracanã







A etapa final não repetiu o nível dos primeiros 45 minutos. Os erros aumentaram e as chances de gol rarearam. Obina recebeu de Fierro aos dez, mas chutou torto e perdeu a chance. O Goiás calou o Maracanã aos 19 minutos do segundo tempo. Vitor lançou nas costas de Fierro, Thiago Feltri avançou e bateu rasteiro à esquerda de Bruno para deixar tudo igual.



Ibson, aos 23 minutos, quase desempatou de bicicleta, mas Henrique salvou de cabeça sobre a linha. Entre um grito de "burro" e a irritação pela apatia da equipe, a torcida entrou em desespero.



O Goiás começou a mandar no jogo. Vítor obrigou Bruno a uma grande defesa. Pouco depois, aos 37, Paulo Baier perdeu dentro da pequena área. Depois, aos 41 minutos, Fernando acertou a trave direita de Bruno.



Nos minutos finais, Bruno subiu ao ataque em busca do gol da vitória, chegou a escorar a bola, mas Kleberson tocou de calcanhar e perdeu a chance. Aos 49, Vandinho recebeu na área, dominou no peito e chutou na trave direita. A torcida foi ao desespero e a vaga na Libertadores ficou ainda mais longe.



Ficha técnica:
FLAMENGO 3 x 3 GOIÁS
FLAMENGO
Bruno; Luizinho (Fierro), Jaílton, Ronaldo Angelim e Juan; Toró (Vandinho), Aírton, Kleberson e Ibson; Marcelinho Paraíba (Everton) e Obina.
Técnico: Caio Júnior.
GOIÁS
Harlei; Henrique, Ernando e Rafael Marques; Vítor, Fernando (Fredson), Fábio Bahia, Paulo Baier, Thiago Feltri e Júlio César (Adriano Gabiru); Iarley (Alex Terra).
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Obina, aos cinco, Juan, aos 28, Obina, aos 35, Paulo Baier, aos 37, Ernando, aos 43 minutos do primeiro tempo; Thiago Feltri, aos 19 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rafael Marques, Vítor, Fábio Bahia, Iarley, Fernando, Adriano Gabiru (Goiás); Kleberson, Obina, Jaílton e Ibson (Flamengo).
Estádio: Maracanã. Data: 30/11/2008.
Árbitro: Sergio da Silva Carvalho (DF).
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos (Fifa /RN) e Marrubson Melo (SP).



INTERNACIONAL 1X0 CRUZEIRO
Cruzeiro perde para reservas do Inter e adia decisão de vaga para a última rodada






E o Cruzeiro voltou a comer mosca. Na tarde deste domingo, o time mineiro jogou na lata de lixo a oportunidade de garantir vaga na Libertadores do ano que vem. A derrota de 1 a 0 para os reservas do Inter no Beira-Rio deixa a Raposa em risco. Na última rodada, é preciso vencer a Portuguesa em casa, sob pena de ficar com as mãos vazias.

Com a combinação de resultados, o Cruzeiro fechou a rodada na quarta colocação, com 64 pontos, à frente do Flamengo, primeiro não-classificado, apenas no número de vitórias. O Inter, com o triunfo, sobe para 54, em sexto.

O time colorado esquece novamente o Campeonato Brasileiro e vai com tudo para a decisão da Copa Sul-Americana. Na quarta-feira, recebe o Estudiantes precisando apenas de um empate para levantar mais um caneco estrangeiro.



Colorado muito superior à Raposa


Para um clube que almeja assegurar vaga na Libertadores, o Cruzeiro apresentou uma pobreza inexplicável no primeiro tempo. O time de Adílson Batista foi controlado pelos reservas do Inter. A ineficiência dos visitantes passa pela criação – quase nula. Os mineiros só tiveram chances de gol em jogadas de bola parada.

Chega a ser curioso: o Inter, com quase nada a fazer no Campeonato Brasileiro, pareceu mais disposto do que a Raposa. Conseqüentemente, esteve sempre mais perto de balançar a rede. Antes de abrir o placar, o time colorado teve duas chances claras de gol, ambas com Rosinei. Na primeira, ele bateu torto. Na segunda, chutou fraco.


O gol saiu aos 14 minutos. Bustos, na direita, colocou a bola na cabeça de Gustavo Nery, improvisado como meia. O lateral desviou com precisão e fez a festa. Foi o primeiro gol dele com a camisa vermelha.

Chance clara, daquelas de descabelar o torcedor na arquibancada, o Cruzeiro só teve uma. Aos 32 minutos, Fernandinho acertou o travessão de Lauro em cobrança de falta na entrada da área. A bola ficou pererecando na frente do gol até aparecer a zaga gaúcha para cortar.



Lauro estraga planos do ex-clube


O futebol dá voltas. Lauro, escanteado no Cruzeiro, virou destaque no Inter. E complicou muito a vida do ex-clube ao defender pênalti (de Ramon em Wagner) batido por Fernandinho aos dez minutos do segundo tempo. Ele caiu no canto e fez grande defesa. No rebote, Thiago chutou cruzado para a finalização de Fernandinho que marcou, mas estava impedido.

A Raposa voltou mais vibrante na etapa final, disputada com muita chuva. Desde o início, procurou pressionar. Mesmo assim, levou sustos. Daniel Carvalho, aos sete minutos, mandou a bola no travessão de Fábio.

O Cruzeiro pressionou, buscou o gol, tentou abafar. Mas sem sucesso. Nas poucas oportunidades mais claras que teve, parou nas mãos de Lauro. O Inter, nos contra-ataques, teve grandes chances de ampliar. Fábio fez duas defesas impressionantes em chutes de Walter.


Ficha técnica:
INTERNACIONAL 1 x 0 CRUZEIRO
INTERNACIONAL
Lauro, Bustos(Ricardo Lopes), Danny, Orozco e Ramon; Maycon, Guiñazu, Gustavo Nery, Rosinei e Taison; Daniel Carvalho(Walter)
Técnico: Tite.
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Leo Fortunato, Thiago Heleno e Fernandinho; Fabrício(Henrique), Ramires, Marquinhos Paraná e Gerson Magrão; Wagner(Weldon) e Thiago Ribeiro
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Gustavo Nery, aos 14 minutos do primeiro tempo
Cartões amarelos: Marquinhos Paraná (C), Ramon (I), Danny Moraes (I) e Taison (I).
Estádio: Beira-Rio. Data: 30/11/2008.
Árbitro: Djalma Beltrami (Fifa/RJ).
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa/RJ) e Dilbert Pedrosa Moisés (Fifa/RJ).




IPATINGA 1X4 GRÊMIO
Grêmio goleia, rebaixa o Ipatinga e se mantém na briga pelo título






O Grêmio fez valer a fama de imortal e se manteve vivo na luta pelo título do Campeonato Brasileiro e, de quebra, garantiu presença na Libertadores 2009. O Tricolor derrotou o Ipatinga por 4 a 1, em Minas, tirando dois pontos do São Paulo, que empatou o Fluminense no Morumbi. O triunfo do clube gaúcho foi de virada. Pablo Escobar abriu o placar para os mineiros. Marcel (dois), Jean e Léo marcaram para o Tricolor.

A vitória levou o Grêmio a 69 pontos. O São Paulo tem 72. Entretanto, o número de vitórias é o mesmo. Caso o time gaúcho vença em casa o Atlético-MG na última rodada e o time paulista perca para o Goiás fora, o título vai para o Olímpico.

Tigre dá susto no início

O primeiro tempo da partida foi dominado em grande parte pelos visitantes. Apesar de o Ipatinga ter aberto o placar com Pablo Escobar aos cinco minutos, após jogada de Afonso pela direita, o restante da etapa teve o Tricolor mais presente no campo de ataque.

A igualdade não demorou a sair. Veio aos 12 de jogo, quando o zagueiro Jean apareceu no ataque pela esquerda, chegou à linha de fundo e cruzou. Marcel completou de cabeça para o gol.

Sempre pelos lados do campo, o Grêmio chegava com perigo. Aos 20, foi a vez de Felipe Mattioni receber na área e bater buscando o ângulo esquerdo. Fred saltou em colocou para escanteio.







Três minutos depois, a virada. Tcheco bateu falta da esquerda, a bola bateu na zaga e voltou para Souza. O meia pegou de primeira e mandou para a área, pegando a defesa do Ipatinga de surpresa. Paulinho Dias demorou a sair e deu condição a Jean, que se antecipou a Fred e cabeceou para o gol: 2 a 1.

Paulinho Dias falhou de novo, e o Grêmio não perdeu a oportunidade. O volante recuou mal, nos pés de Willian Magrão. O meia mandou rapidamente para Marcel tocar na saída de Fred e ampliar o marcador.

Depois do gol, Marcel sentiu uma contusão e deixou o campo. Roth preferiu colocar Helder em campo, deslocando Souza para o meio de campo. O Tricolor demorou um pouco a se encaixar com a nova formação, e o Ipatinga cresceu nos minutos finais. Adeílson, aos 37, obrigou Victor a fazer grande defesa em chute de fora da área. Cinco minutos depois, Pablo Escobar cruzou da esquerda, e Ferreira, livre, cabeceou por cima do gol.

Gol para decidir o jogo

Mas na volta para o segundo tempo o Grêmio mostrou que Celso Roth acertou o posicionamento do time na conversa do intervalo. Logo aos oito minutos, Jean ajeitou de cabeça, após cruzamento na área, e Léo só teve o trabalho de empurrar para o gol vazio.

O quarto gol do Grêmio esfriou os ânimos da partida. A única boa chance que veio depois foi um chute de fora da área do jovem Muller, aos 20 minutos, e que obrigou Victor a saltar e espalmar para escanteio.

Já com o rebaixamento encaminhado, o Tigre não encontrou forças para reagir. No fim, Silvio acabou sendo expulso, dificultando ainda mais para os mineiros.



Resultado final ficou mesmo no 4 a 1. O Tricolor passou a tocar a bola e fazer o tempo passar, de olho no jogo do São Paulo. Fim da linha para o Tigre, retomada da esperança para o Grêmio.





Ficha técnica:
IPATINGA 1 x 4 GRÊMIO
IPATINGA
Fred, Silvio, Leo Oliveira e Patrick; Afonso, Augusto Recife, Paulinho Dias, Pablo Escobar (Luís Fernando) e Beto (Anderson); Adeílson e Ferreira (Muller).
Técnico: Enderson Moreira.
GRÊMIO
Victor, Léo, Pereira e Jean; Felipe Mattioni, Rafael Carioca, Willian Magrão (Adilson), Tcheco e Souza; Perea (Soares) e Marcel (Helder).
Técnico: Celso Roth.
Gols: Pablo Escobar, aos cinco minutos, Marcel, aos 12, Jean, aos 23 minutos, Marcel, aos 28 do primeiro tempo; Léo, aos oito minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Paulinho Dias, Pablo Escobar (Ipatinga).
Cartão vermelho: Silvio (Ipatinga).
Estádio: Ipatingão. Data: 30/11/2008.
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa/PR).
Auxiliares: Marcos Antônio Moreira Collodetti (ES) e Gelson Pimentel Rodrigues (ES).




VITÓRIA 0X0 PALMEIRAS
Palmeiras empata com o Vitória, mas se aproxima da Libertadores









Mesmo sem conseguir superar a defesa do Vitória no Barradão, o Palmeiras se aproximou neste domingo da classificação para a Taça Libertadores. O atual campeão paulista empatou por 0 a 0 com o Rubro-Negro baiano em Salvador pela penúltima rodada do Brasileirão-2008 e, mesmo assim, subiu para a terceira colocação do torneio. O Alviverde foi beneficiado pelo tropeço do Flamengo no Rio diante do Goiás (3 a 3) e pela derrota do Cruzeiro para o Internacional no Beira-Rio (1 a 0).



Com 65 pontos, o Palmeiras garante a presença na competição continental se vencer o Botafogo no Palestra Itália no próximo domingo, independentemente dos resultados de Cruzeiro e Flamengo. Garantido na Copa Sul-Americana de 2009, o Vitória encara o Vasco em São Januário no mesmo dia.



Mesmo sem gols, o jogo em Salvador foi animado, com várias oportunidades de gol para os dois lados. E reclamações de pênaltis não marcados.



A primeira grande chance da partida no Barradão foi do Palmeiras, aos cinco minutos. Único atacante de ofício da equipe após Vanderlei Luxemburgo ter barrado Alex Mineiro, Kléber fez bela jogada pela direita, deixou o zagueiro Marcelo Batatais caído com um drible e chutou cruzado do bico da pequena área, Viafara defendeu, e Evandro completou para fora, perdendo grande oportunidade.

O goleiro colombiano do Vitória voltou a ser exigido aos 11 minutos. Evandro cobrou falta da esquerda direto para o gol, e Viafara espalmou. O Palmeiras seguiu com mais iniciativa, e teve outra boa chance de abrir o placar. Aos 17, Jumar dominou na entrada da área e bateu no meio do gol. O goleiro rubro-negro defendeu novamente.

Do outro lado, Marcos só foi exigido aos 22. Jackson recebeu na área e chutou cruzado. O goleiro alviverde espalmou. O Palmeiras não se abalou e respondeu dois minutos depois. Kléber teve dificuldade para dominar um cruzamento da esquerda, mas conseguiu servir Diego Souza. O camisa 7 chutou forte, diante de Viafara, mas o goleiro salvou com o pé esquerdo.

O arqueiro resolveu se arriscar no ataque e deu um susto na torcida do Vitória. Aos 32, foi à frente para cobrar uma falta e acabou acertando a barreira. O Palmeiras tentou partir no contra-ataque, mas os defensores do Vitória conseguiram interromper a jogada.

Alvo de polêmica antes da partida por já estar negociado com o Palmeiras, o meia-atacante Marquinhos entrou em campo garantindo estar motivado. Ainda mais após o nascimento do primeiro filho, Marcos Kauã, ocorrido duas horas antes do início da partida. E o jogador quase marcou aos 34, em cobrança de falta, que Marcos espalmou.



Se no campo o jogo foi interessante, fora houve confusão. Torcedores do Palmeiras se misturaram com fãs do Vitória nas cadeiras especiais, causando tensão. Policiais tiveram que intervir e três bombas de efeito moral foram lançadas.



Times pedem pênaltis. Árbitro não marca



Em campo, o Vitória voltou melhor para a segunda etapa. Aos dois minutos, Marquinhos cabeceou, e Gustavo salvou. No lance seguinte, Williams tentou driblar Marcos na área e caiu. Jogadores e torcedores do Vitória pediram pênalti, mas o árbitro Giulliano Bozzano marcou tiro de meta. Nova reclamação dos baianos aos 14. Jackson foi lançado na área e caiu após tentar passar por Marcos. O árbitro mais uma vez mandou o lance seguir.



Com a queda do desempenho ofensivo do Palmeiras, Luxemburgo colocou os atacantes Alex Mineiro e Denilson no lugares de Evandro e Jefferson, querendo os três pontos. O time paulista melhorou de produção, mas seguiu com dificuldades de superar a marcação adversária.



Aos 32, foi a vez dos palmeirenses reclamarem pênalti de Renan em Diego Souza. Dois minutos depois, Marcos fez grande defesa em chute de Adriano. Na seqüência da jogada, Marcelo Cordeiro reclamou de um empurrão do goleiro. Giulliano Bozzano ignorou.



Sabendo que Cruzeiro e Flamengo perdiam pontos preciosos, com admitiu Diego Souza após a partida, o Palmeiras reduziu o ritmo nos minutos finais, contentando-se com um ponto. E a terceira colocação na tabela.



Ficha técnica:
VITÓRIA 0 x 0 PALMEIRAS
VITÓRIA
Viáfara (Gléguer), Marco Aurélio, Marcelo Batatais, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan, Williams (Adriano) e Jackson; Ricardinho (Marco Antônio) e Marquinhos.
Técnico: Vágner Mancini
PALMEIRAS
Marcos, Maurício, Gustavo e Martinez; Fabinho Capixaba, Jumar (Leo Lima), Sandro Silva, Evandro (Alex Mineiro), Diego Souza e Jefferson (Denilson); Kléber.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Cartões amarelos: Maurício, Fabinho Capixaba, Alex Mineiro, Martinez (Palmeiras) e Jackson (Vitória)
Estádio: Barradão. Data: 30/11/2008.
Árbitro: Guilliano Bozzano (DF).
Auxiliares: Cesar Augusto de Oliveira Vaz (DF) e Nilson Alves Carrijo (DF)




SÃO PAULO 1X1 FLUMINENSE
Carrasco, Flu pára o São Paulo e decisão do campeonato fica para a última rodada







A festa estava armada no estádio do Morumbi. Mais de 66 mil pessoas, a maioria com bandeirinhas empunhadas e algumas até com faixa de campeão no peito, compareceram na expectativa da confirmação do hexacampeonato do São Paulo. Só não contavam que o maior carrasco do ano, o Fluminense, novamente atrapalharia os seus planos. Se o Tricolor Paulista deu adeus à Libertadores deste ano ao ser eliminado pelo xará carioca, desta vez o time das Laranjeiras conseguiu um empate em 1 a 1 na capital paulista.

Assim, a decisão do Campeonato Brasileiro de 2008 ficou para a última rodada, que promete muita emoção, já que o Grêmio venceu (e ainda rebaixou) o Ipatinga e diminuiu de cinco para três pontos a diferença em relação ao líder. No domingo que vem, o time paulista encara o Goiás, no Distrito Federal, e os gaúchos, o Atlético-MG, em Porto Alegre.

Apesar da decepção que fica no ar com a igualdade dentro de casa na penúltima rodada do Brasileirão, o São Paulo segue em situação confortável, precisando apenas de um empate diante do time esmeraldino para levantar pela sexta vez o caneco do Nacional. Já o Grêmio, para ser campeão, precisa vencer o Galo e ainda torcer por uma derrota são-paulina. Neste caso, ambos terminariam a competição com 72 pontos, mas o Tricolor gaúcho conquistaria o tricampeonato (foi campeão em 1981 e 1996) por ter mais vitórias: 21 contra 20.

Vice-campeão da Libertadores e time responsável pelo pior momento clube paulista na temporada, o Fluminense entrou em campo determinado a afastar de vez qualquer risco de rebaixamento para a Segundona. E esse empate contra o favorito ao título brasileiro faz os cariocas, enfim, respirarem aliviados.



Apenas uma improvável combinação de resultados na última rodada colocaria o Flu na Série B – isso porque o Figueirense, que poderia empatar em pontos e vitórias, tem saldo negativo de 26 contra um positivo. E mais: a equipe do técnico René Simões encara o já rebaixado Ipatinga, no Maracanã, no próximo domingo.

Borges assusta; Washington assombra



Campeonato por pontos corridos não tem final, é verdade. Mas a partida entre São Paulo e Fluminense começou como tal. Carrasco da equipe do Morumbi na Libertadores da América, o atacante Washington por pouco não abriu o placar aos 33 segundos. Após cruzamento de Arouca, ele desviou fraco e Rogério Ceni defendeu.

O susto despertou o São Paulo. Com postura de campeão, os donos da casa foram para cima dos cariocas. E foi o artilheiro Borges o responsável pelos melhores momentos de perigo. O camisa 17 começou sua série aos três minutos, quando aproveitou rebote na grande área. O chute saiu fraco e Fernando Henrique defendeu.

Aos nove, a oportunidade foi mais clara. Hernanes fez ótima jogada e colocou a bola na área para Borges, que dominou e mandou no lado de fora da rede. Cinco minutos depois, o atacante mostrou oportunismo ao aproveitar chute errado de Hernanes. Na cara do gol, ele bateu e assistiu à excelente defesa do goleiro do Fluminense.

A bola ainda “procurou” por Borges no lance seguinte, após a cobrança de escanteio, mas ele mandou de cabeça, rente à trave esquerda. Mas este lance antecedeu um momento ruim do São Paulo. Sem conseguir abrir o placar, os anfitriões perderem o controle da partida.

Melhor para o Fluminense, que aos 18 minutos incomodou o São Paulo novamente com Washington, travado por Rodrigo na hora do chute. Aos 25, teve ainda uma cabeçada de Luiz Alberto na trave, após cobrança de falta de Conca. Os dez minutos seguintes foram mornos. Ansioso, o time da casa caiu de produção.

Foi preciso Miranda sair da zaga para criar uma nova boa chance para o São Paulo, aos 35. Ele desarmou um adversário, trocou passe com Jorge Wagner e colocou Dagoberto em boa condição, mas o atacante mandou para fora. Hugo também teve chance de cabeça, dois minutos depois, mas desperdiçou.

Insatisfeito, o goleiro e capitão Rogério Ceni resumiu assim o que viu na primeira etapa no estádio do Morumbi:



- Poderia ser bem melhor.



Emoção de final






Muitas vezes neste Campeonato Brasileiro, o técnico Muricy Ramalho fez a diferença no intervalo. Suas broncas no time alteraram em algumas ocasiões a postura dos jogadores em campo. Mas neste domingo, no começo do segundo tempo, quem se destacou foi o técnico do Fluminense, René Simões.

O comandante do clube carioca voltou para a etapa final com Tartá no lugar de Maicon. E logo em seu primeiro lance, o meia-atacante mostrou oportunismo. Washington recebeu na grande área e chutou em cima de Rogério Ceni. No rebote, Tartá dominou, ajeitou e tocou para o fundo das redes.

Em situação complicada, principalmente por causa da vitória do Grêmio contra o Ipatinga, o líder São Paulo precisou superar o mau futebol apresentado e chegar ao empate na base da raça. E não demorou tanto. Após bola alçada na área por Jorge Wagner, André Dias dividiu de cabeça, e a bola sobrou para Borges, de virada, mandar para o fundo do gol. O chute saiu esquisito, e o goleiro Fernando Henrique, apostando no golpe de vista, apenas acompanhou a bola entrar.

O gol de empate deixou o clima favorável ao São Paulo. Empurrado pela torcida, os comandados de Muricy Ramalho iniciaram pressão, mas também deram espaços para perigosos contra-ataques, especialmente com Tartá, autor do gol carioca e que entrou na etapa final para infernizar os são-paulinos.

Aos poucos, a impaciência tomou conta do torcedor da equipe do Morumbi. E o reflexo foi o mesmo dentro de campo, com um São Paulo nervoso e sem conseguir chegar com perigo. Foi preciso novamente um zagueiro aparecer para fazer as vezes do ataque. Aos 37, André Dias acertou a trave após bola alçada na área.



No fim da partida, Rodrigo protagonizou um lance polêmico. Aos 41 minutos, ele subiu com Washington na grande área e deslocou o atacante do Fluminense. Lance bastante difícil, mas pênalti que Heber Roberto Lopes deixou passar.

Embora tivesse continuado na pressão, os anfitriões não conseguiram fazer a festa no estádio do Morumbi, como era esperado. A decisão, agora, fica para a última rodada.



TABELA DINÂMICA: Simule a classificação do Brasileirão


Ficha Técnica:
SÃO PAULO 1x1 FLUMINENSE
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Rodrigo, André Dias e Miranda; Joilson (Richarlyson), Jean, Hernanes, Hugo (Éder Luis) e Jorge Wagner; Borges e Dagoberto (André Lima)
Técnico: Muricy Ramalho
FLUMINENSE
Fernando Henrique, Wellington Monteiro, Thiago Silva, Luiz Alberto e Junior Cesar; Fabinho (Ygor), Romeu, Arouca (Maurício) e Conca; Maicon (Tartá) e Washington
Técnico: René Simões
Gols: Tartá, aos quatro, e Borges, aos 12 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Jean (São Paulo) e Fabinho (Fluminense)
Público: 66.888 pagantes Renda: R$ 1.387.775
Estádio: Morumbi Data: 30/11/2008
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR)
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Alessandro Alvaro Rocha de Matos (Fifa/BA)




PORTUGUESA 2X2 SPORT
Portuguesa empata com o Sport, no Canindé, e cai para a Série B do Brasileiro


A Portuguesa tropeçou mais uma vez dentro de casa e foi rebaixada para a Série B. Depois de ficar no 0 a 0 diante do Goiás, na semana passada, a Lusa voltou a empatar, agora por 2 a 2 diante do Sport, neste domingo, no Canindé, pelo Campeonato Brasileiro, e agora não tem mais chances matemáticas de lutar pela permanência na Primeira Divisão. Edno e Jonas fizeram os gols do time da casa, enquanto Márcio Goiano e Fumagalli marcaram para a equipe pernambucana.



Com os resultados da penúltima rodada, o lanterninha Ipatinga e a penúltima colocada Portuguesa já estão rebaixados matematicamente. Na última rodada do Campeonato Brasileiro, a Lusa enfrenta o desesperado Cruzeiro, que estará lutando pela vaga na Libertadores. O jogo será domingo, às 17h, no Mineirão, em Belo Horizonte.



Já o Sport, apenas cumprindo tabela, se despede da competição enfrentando o Coritiba, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, no mesmo dia e horário.



Virada da Portuguesa

Apesar de precisar da vitória, a Portuguesa começou o jogo aparentando nervosismo. Melhor para o Sport, que soube explorar os contra-ataques para abrir o placar logo aos 11 minutos. Após cruzamento de Sidny e cabeçada despretensiosa de Márcio Goiano, a bola quicou no gramado irregular, o goleiro Gottardi saiu atabalhoado do gol, e a bola foi parar no fundo da rede: 1 a 0.



Em busca do empate, a Lusa se lançou para o ataque e foi prejudicada pelo árbitro Elmo Alves Resende Cunha, que, aos 11, não marcou um pênalti do goleiro Magrão em cima do atacante Jonas. Porém, aos 13, após bela jogada de Athirson, Magrão espalmou e Edno, no rebote, deixou tudo igual: 1 a 1.



Enquanto o Sport se encolheu na defesa, a Portuguesa tomou conta do jogo. Aos 25, em belo chute, de primeira e de fora da área, Fellype Gabriel mandou a bola na trave. De tanto pressionar, a Lusa virou o placar. Aos 31, Patrício cruzou na medida e Jonas, de cabeça, fez 2 a 1. Depois, o jogo caiu de produção.



Segundo tempo

Com Júnior Maranhão e Fumagalli nas vagas de Elias e Fábio Gomes, respectivamente, o Sport correu atrás do empate. E logo no primeiro minuto Sidny, de fora da área, exigiu grande defesa de Gottardi. Mas, nos contra-ataques, a Portuguesa também assustou. Foi assim com Edno, de fora da área, que exigiu boa defesa do Magrão.



O jogo ficou aberto, muito movimentado, com chances de gols para os dois lados. O problema é que a Portuguesa recuou em demasia para explorar apenas os contra-ataque. E o Sport aproveitou bem os espaços, principalmente no meio-campo, para trocar passes e atacar com freqüência pelas laterais do campo.



Melhor em campo, o Sport chegou ao gol de empate aos 29 minutos. Após cruzamento de Carlinhos Bala, Fumagalli subiu, com estilo, e fez um belo gol de cabeça: 2 a 2. No desespero, a Lusa foi para o ataque e Jonas, de cabeça, mandou a bola na trave aos 45. Assim que o árbitro encerrou a partida, a maioria dos jogadores deixou o gramado com cara de choro.



Ficha técnica:
PORTUGUESA 2 x 2 SPORT
PORTUGUESA
Gottardi, Patrício (Vaguinho), Bruno Rodrigo, Ediglê e Athirson; Rai, Erick, Héverton (Preto) e Fellype Gabriel (Rogério); Jonas e Edno.
Técnico: Estevam Soares.
SPORT
Magrão, César, Elias (Júnior Maranhão) e Durval; Sidny, Sandro Goiano, Fábio Gomes (Fumagalli), Márcio Goiano (Ciro) e Dutra; Carlinhos Bala e Roger.
Técnico: Nelsinho Baptista.
Gols: Márcio Goiano, aos 11; Edno, aos 16; e Jonas, aos 31 minutos do primeiro tempo. Fumagalli, aos 29 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jonas e Bruno Rodrigo (Portuguesa) e Sandro Goiano, Fábio Gomes e Roger (Sport).
Estádio: Canindé (SP). Data: 30/11/2008.
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO).
Auxiliares: Fabrício Vilarinho da Silva (GO) e Flavio Gilberto Kanitz (GO).
Renda: R$24.354,00 - Público: 3.565 pagantes.




CORITIBA 0X2 VASCO
Vasco vence o Coxa, mas segue em situação crítica na luta contra a degola


O Vasco venceu, mas o sofrimento da torcida parece não ter fim. Mesmo com o triunfo por 2 a 0 sobre o Coritiba, neste domingo, no estádio Couto Pereira, o time carioca segue em situação crítica na luta contra o rebaixamento. Náutico e Figueirense, adversários diretos na luta contra a queda, também fizeram bonito e bateram Atlético-PR e Botafogo, respectivamente. Com isso, o time carioca precisará de uma combinação de resultados na última rodada para permanecer na Primeira Divisão.



A equipe terá de vencer o Vitória, em São Januário, e ainda torcer por tropeços de dois dos três rivais diretos. Em casa, o Figueirense enfrenta o Internacional. O Náutico vai até a Vila Belmiro encarar o Santos. E o Atlético-PR recebe o Flamengo, que luta por uma vaga na Libertadores, na Arena da Baixada. A Portuguesa e o Ipatinga já estão matematicamente rebaixados para a Série B.



Leandro Amaral fez os gols do Vasco. Mas o time saiu de campo escutando os gritos de "ão, ão, ão, Segunda Divisão" da torcida do Coxa. Com os resultados, a equipe carioca segue em 18º lugar na classificação, agora com 40 pontos.



Veja como ficou a classificação do Campeonato Brasileiro



O Coritiba encerra a participação no Brasileirão contra o Sport, na Ilha do Retiro. Todos os jogos acontecem no domingo, às 17h (horário de Brasília). O time paranaense caiu para o oitavo lugar, com 53 pontos, mas já havia garantido vaga na Sul-Americana de 2009.



Leandro Amaral coloca o Vasco na frente


Antes do jogo, Mateus ergueu os braços para o céu. Pedia uma ajuda divina. Mas foi justamente o meia que perdeu a primeira boa chance do Vasco. Aos sete minutos, Madson fez boa jogada e cruzou. O goleiro Vanderlei, com muita coragem, dividiu com o vascaíno e afastou o perigo. Em seguida, o Coxa quase marcou. Arílton colocou entre as pernas de Vilson, driblou Jonílson e chutou cruzado. A bola passou muito perto da trave direita do goleiro Rafael.


O Vasco começou a jogar em velocidade e passou a surpreender a marcação do Coritiba. Aos 14 minutos, Mateus perdeu uma chance incrível. Leandro Amaral foi até a linha de fundo e tocou para trás. A bola ficou limpa para o meia, mas o chute saiu torto e para fora. Mas no minuto seguinte, o Vasco abriu o placar. O zagueiro Maurício escorregou, Alex Teixeira foi esperto, roubou a bola, driblou um marcador e chutou. Vanderlei espalmou nos pés de Leandro Amaral, que tocou para o fundo da rede. Na comemoração, todos os jogadores do time carioca se abraçaram.

Quatro minutos depois, o Vasco desperdiçou uma ótima oportunidade de fazer o segundo. Em um contra-ataque, Alex Teixeira partiu livre e tinha Madson e Leandro Amaral ao seu lado contra apenas um marcador. Mas o meia tocou errado e o time carioca perdeu uma chance de ouro.

Aos 22 minutos, a resposta do Coritiba. Cobrança de escanteio, Maurício subiu livre e cabeceou. A bola passou muito perto e foi para fora. Naquele momento, o Atlético-PR marcava o primeiro gol contra o Náutico. O Vasco, então, saía da zona de rebaixamento. Pouco depois, um lance polêmico. Ariel e Odvan se agarraram na área. Lance normal. Mas o técnico Dorival Júnior reclamou muito com o árbitro Alício Pena Júnior.

No fim do primeiro tempo, Leandro Amaral quase ampliou. Após cruzamento de Madson, o atacante cabeceou e o goleiro Vanderlei se esticou todo para espalmar a escanteio. O Coxa novamente reclamou de um pênalti, agora de Odvan em Keirrison. Novamente, nada aconteceu. Os vascaínos saíram irritados e foram reclamar com o árbitro do cai-cai dos atacantes do Coxa.



- Eles estão pressionando o árbitro para marcar o pênalti - disse Odvan no intervalo.



Mais um gol de Leandro Amaral garante a vitória



O Coritiba voltou com duas mudanças para o segundo tempo. Carlinhos Paraíba e Ariel saíram para as entradas de Guarú e Jailson. Mas antes de a partida recomeçar, uma cena curiosa. O árbitro Alício Pena Júnior se dirigiu até a lateral do gramado para retirar um filhote de quero-quero e foi atacado pelos "pais" do passarinho.



A bola mal rolou, e o Vasco logo fez o segundo gol. Leandro Amaral tocou para Alex Teixeira, que tocou de cabeça e foi derrubado por Alê. Pênalti bem marcado pelo árbitro. Alguns torcedores ficaram de costas para o campo. Leandro Amaral cobrou bem, com força, no canto direito do goleiro Vanderlei. Vasco 2 a 0. Foi o 11º gol do atacante cruzmaltino no Campeonato Brasileiro.



Mas a alegria diminuiu quando o placar eletrônico mostrou que o Figueirense vencia o Botafogo, no Engenhão. Com o resultado, o Vasco voltava para a zona de rebaixamento.



Aos nove minutos, o terceiro gol só não saiu por preciosismo de Leandro Amaral. Ele recebeu passe de Wagner Diniz e estava livre na pequena área. Mas tentou fazer o gol de letra. O goleiro Vanderlei defendeu. Renato Gaúcho foi a loucura no banco de reservas reclamando com o atacante.



Aos 21 minutos, o Coritiba voltou a assustar. Marlon tabelou com Keirrison e chutou da entrada da área para fora. O gol não saiu, mas a torcida comemorou. É que o alto-falante do estádio Couto Pereira anunciava o gol de empate do Náutico na partida com o Atlético-PR. O rival do Coxa também está na briga contra o rebaixamento. O resultado era ruim para o Vasco, que voltava a ficar atrás do time pernambucano.



Em um dos camarotes do estádio Couto Pereira, o levantador Marcelinho, vascaíno de coração, vibrava com a vitória, mas sofria ao saber dos resultados da rodada.



Edmundo ainda entrou nos minutos finais. Mas o jogo perdeu a emoção. Veio o apito final do árbitro Alício Pena Júnior e, com ele, a notícia pelo alto-falante da vitória do Náutico sobre o Atlético-PR. A vitória não foi tão doce, mas a esperança permanece viva para a torcida do cruzmaltina.



- O importante é que vencemos. Os resultados não foram favoráveis para gente. Agora seja o que Deus quiser na última rodada - disse Madson.



Ficha técnica:
CORITIBA 0 x 2 VASCO
CORITIBA
Vanderlei; Maurício, Rodrigo Mancha (Dinelson) e Felipe; Arílton, Alê, Marlos, Carlinhos Paraíba (Guarú) e Ricardinho; Ariel (Jailson) e Keirrison.
Técnico: Dorival Júnior.
VASCO
Rafael; Odvan, André e Eduardo Luiz; Wagner Diniz, Jonílson, Mateus, Madson, Alex Teixeira (Leandro Bomfim) e Vilson (Johnny); Leandro Amaral (Edmundo)
Técnico: Renato Gaúcho.
Gols: Leandro Amaral aos 15 minutos do primeiro tempo e aos 5 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Felipe, Arílton, Guarú (Coritiba); Vilson, Eduardo Luiz, André, Mateus (Vasco)
Estádio: Couto Pereira. Data: 30/11/2008.
Árbitro: Alício Pena Júnior (Fifa/MG).
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS/Fifa) e Márcio Eustáquio S. Santiago (MG).




NÁUTICO 2X1 ATLÉTICO-PR
De virada, Timbu bate Furacão e coloca fogo na briga contra o rebaixamento


Foi sofrido. O Náutico precisou da estrela de Clodoaldo para virar sobre o Atlético-PR, por 2 a 1, nos Aflitos, pela 37ª rodada do Brasileirão. O atacante entrou na segunda etapa e marcou os dois da sofrida virada.



O resultado deixa o Timbu com 43 pontos e a um empate de se safar do rebaixamento. O Furacão, com 42, no entanto, precisa vencer na última rodada.

Na última rodada, o Timbu visita o Santos, na Vila Belmiro, enquanto o Furacão recebe o Flamengo, na Arena da Baixada. Ambos no domingo, às 17h.



De herói a vilão






Como era de se prever, a partida começou quente e muito disputada, mas sem chances reais de gol. Pelo menos até os 13 minutos, quando Felipe teve oportunidade de marcar, mas errou ao calibrar o chute de cobertura. O lance animou o Timbu, que em dois minutos chegou com perigo, dessa vez com Willian. O meia foi lançado e, bateu mal na bola. No rebote de Galatto, Gilmar protagonizou um lance bisonho ao pegar na orelha da bola.

Quem não faz... Leva. No primeiro ataque do Atlético-PR no jogo, o Furacão achou seu gol. Aos 17, Ferreira tentou tabelar e levou sorte. A bola sobrou na grande área para o colombiano soltar uma bomba no fundo das redes de Eduardo (assista ao belo gol acima).

O meia, no entanto, teve apenas quatro minutos para comemorar. Aos 21, Ferreira se precipitou e deu um carrinho desnecessário em Titi. O árbitro Leonardo Gaciba não hesitou e mostrou o cartão vermelho ao colombiano. A expulsão encorajou o técnico Roberto Fernandes, que na mesma hora pôs o atacante Kuki no lugar do zagueiro Everaldo.



A mudança não surtiu efeito. O Náutico passou a apelar para o tradicional chuveirinho e não ofereceu perigo ao gol de Galatto, exceção ao chute de Ruy, aos 31. Pouco para quem àquela altura estava na zona de rebaixamento.



Clodoaldo, o predestinado






A tática continuou na segunda etapa. Sem objetividade, o Timbu tinha dificuldades para furar a defesa do Furacão, que tampouco mostrava vontade de atacar. Até que o técnico Roberto Fernandes resolveu arriscar. E teve estrela.

Aos 16, Clodoaldo entrou no lugar do lateral-esquerdo Anderson Santana. O atacante, predestinado, obrigou Galatto a fazer um milagre no primeiro lance. No escanteio, por pouco não empatou. De tanto martelar, chegou ao gol. Aos 21, Titi levantou na área para Gilmar, que apenas ajeitou para Clodoaldo marcar o gol 1001 do Campeonato Brasileiro (veja o gol acima).

A partida ganhou tons dramáticos. Com quatro atacantes, o Náutico pressionava de todas as formas o Furacão, com quatro zagueiros em campo. A virada não demorou a vir. Aos 35, Felipe levantou na área. Clodoaldo, aos trancos e barrancos, encontrou espaço ao lado de Rhodolfo para empurrar a bola para o fundo das redes.



Houve tempo ainda para o atacante salvar gol certo de Júlio César, em cima da linha, aos 47. A tarde era mesmo do Timbu.



Ficha técnica:
NÁUTICO 2x1 ATLÉTICO-PR
NÁUTICO
Eduardo, Vagner Silva, Titi e Everaldo (Kuki); Ruy, Derlei, Willian, Geraldo (Reinaldo) e Anderson Santana (Clodoaldo); Gilmar e Felipe.
Técnico: Roberto Fernandes.
ATLÉTICO-PR
Galatto, Antonio Carlos (Júlio César), Chico e Rhodolfo; Zé Antonio (Alberto), Alan Bahia, Fernando (Gustavo Araújo), Valencia, Ferreira e Netinho; Rafael Moura.
Técnico: Geninho.
Gols: Ferreira, aos 17 do primeiro tempo; Clodoaldo, aos 21 e 35 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Alan Bahia (Atlético-PR), Everaldo, Derlei e Gilmar (Náutico) . Cartão vermelho: Ferreira (Atlético-PR) e Gilmar (Náutico).
Estádio: Aflitos. Data: 30/11/2008.
Árbitro: Leonardo Gaciba (FIFA/RS).
Auxiliares: José Antonio Chaves Franco Filho (RS) e Marcelo Bertanha Barison (RS).



BOTAFOGO 1X3 FIGUIERENSE
Bota perde, prejudica o Vasco, e Figueirense ainda respira








Sem ambição no Campeonato Brasileiro, o Botafogo poderia ter ajudado o Vasco se tivesse perdido menos gols e fizesse o seu dever de casa. Mas o Figueirense mostrou garra e conquistou a vitória por 3 a 1(assista ao terceiro gol no vídeo ao lado) no Engenhão, dando um passo importante na luta contra o rebaixamento, faltando uma rodada para o fim da competição.

Com o resultado, a equipe catarinense chegou a 41 pontos, está na 17ª posição e vai pegar o Internacional em Florianópolis na última rodada. O Botafogo se mantém em nono, com 50 pontos, e novamente cumprirá tabela enfrentando o Palmeiras, em São Paulo.

Apesar da necessidade do Figueirense de vencer para tentar escapar do rebaixamento, e para isso contando com a presença de um bom número de torcedores no Engenhão, foi o Botafogo quem pressionou desde o início da partida. O time carioca usava a velocidade para pressionar o adversário, que deixava espaços ao sair ao ataque.

No entanto, o Botafogo cometia falhas exatamente no momento de concluir. A pequena torcida que compareceu ao estádio levantou-se pela primeira vez aos 24 minutos, quando Lucio Flavio avançou pelo lado esquerdo e cruzou. Lucas Silva falhou na conclusão e a bola ficou para Jorge Henrique, que chutou duas vezes até Wilson salvar.


Logo em seguida, o Botafogo teve uma outra grande chance, após novo cruzamento de Lucio Flavio. Zárate cabeceou, e Wilson espalmou. A bola ainda tocou no travessão. O argentino ainda desperdiçou boa oportunidade aos 32 minutos, quando recebeu dentro da grande área, mas chutou para fora. À beira do campo, o técnico Pintado extravasava o seu nervosismo, gritando muito com todos os jogadores do Figueirense.

O Vasco estava especialmente interessado na partida, pois contava com um tropeço do Figueirense para sair da zona de rebaixamento. Mas enquanto fazia a sua parte vencendo o Coritiba, o time cruzmaltino tomava conhecimento da superioridade do time catarinense, que se aproveitava do comportamento displicente do Botafogo para abrir vantagem.







Aos sete minutos, após boa jogada pela esquerda, Diogo tocou para o gol e abriu o placar (assista ao gol). Mas a felicidade e a esperança do Figueirense foram ainda maiores quando Cleiton Xavier avançou pela direita e cruzou. Tadeu chutou na trave, e a bola sobrou para Jairo completar, fazendo 2 a 0.

A torcida perdeu a paciência, e vaiou muito o lateral-esquerdo Triguinho, que foi substituído por Alexandro e, mesmo não tendo motivos para isso, deixou o campo lentamente, como se o Botafogo estivesse vencendo.

O Alvinegro carioca finalmente acordou, e marcou o seu gol aos 22. Zárate recebeu na frente e se enrolou dentro da área. A bola sobrou para Alexandro, que emendou um chute forte para marcar o seu primeiro gol com a camisa do Botafogo (assista ao gol no vídeo abaixo).









Mas antes que o Botafogo chegasse mais perto do empate e ajudasse o Vasco, o Figueirense decretou a vitória. Após um ataque rápido pela esquerda, a bola foi cruzada e ficou com Tadeu, que pegou um chute forte para marcar o terceiro, aos 36 minutos.

Até o encerramento da partida, o Figueirense ainda teve uma boa chance de marcar com Marquinho, que perdeu o gol depois de driblar Renan duas vezes. Zárate teve outra boa oportunidade, mas mostrou que estava mesmo sem qualquer pontaria.







Ficha técnica:
BOTAFOGO 1 x 3 FIGUEIRENSE
BOTAFOGO
Renan, Alessandro, Emerson (Luciano Almeida), Andre Luis e Triguinho (Alexandro); Leandro Guerreiro, Diguinho, Lucio Flavio e Lucas Silva; Jorge Henrique e Zárate.
Técnico: Ney Franco.
FIGUEIRENSE
Wilson, Anderson Luís, Alex, Bruno Perone e William Matheus; Leandro Carvalho (Ramon), Diogo (Asprilla), Marquinho e Cleiton Xavier; Rafael Coelho (Jairo) e Tadeu.
Técnico: Pintado.
Gols: Diogo, aos 7, Jairo, aos 11, Alexandro, aos 22 e Tadeu, aos 36 minutos do segundo tempo
Cartão amarelo: Alex e Diogo (Figueirense).
Público: 3.106 pagantes. Renda: R$ 29.225,00
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 30/11/2008.
Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho (Fifa/SP).
Auxiliares: Ednilson Corona (Fifa/SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP).




ATLÉTICO-MG 0X0 SANTOS
No lotado Mineirão, Galo e Peixe comemoram o cômodo empate de 0 a 0


O jogo entre Atlético Mineiro e Santos, na tarde deste domingo, no Mineirão, parecia um duelo de compadres. Com mais medo de perder do que com vontade de ganhar, as duas equipes ficaram no 0 a 0 numa partida quase sem emoção. O resultado classificou o Galo para a Copa Sul-Americana, e o Peixe praticamente se assegurou na Série A do próximo ano. Só uma tragédia sem precedentes no futebol brasileiro faria os santistas serem rebaixados para a Série B.

O Atlético começou bem melhor, ameaçando muito mais. O atacante Castillo, em três lances seguidos, assustou a zaga santista: bolas passando próximas à trave, Fábio Costa sendo exigido, bate-rebate na área...

O Santos, mais contido, só se soltou na segunda metade do primeiro tempo. Aos 25 minutos, Kleber foi acionado na esquerda e invadiu a área sem marcação. Mas o chute parou nas mãos do goleiro Edson.

A partir daí, os times passaram a se alternar no ataque. Aos 30, Castillo teve mais uma chance de cabeça. Mas a melhor oportunidade do jogo foi com o santista Lima. Aos 33, o atacante recebeu completamente livre na área atleticana. Mas se enrolou com a bola e a conclusão não saiu das melhores, para sorte de Edson, que dominou o lance.



Antes do intervalo, Fábio Costa ainda precisou trabalhar mais uma vez. Aos 37, Elton, da pequena área, chutou forte para a defesa do goleiro santista.


TABELA DINÂMICA: simule aqui a última rodada do Campeonato Brasileiro


Após o descanso, as duas equipes pareciam menos afoitas para buscar o gol. Querendo mais atitude, a torcida do Galo, que encheu o Mineirão com mais de 59 mil pessoas, pediu Petkovic e foi logo atendida. O técnico Marcelo Oliveira tirou Castillo para a entrada do sérvio. Do lado paulista, Márcio Fernandes, que já tinha trocado Wendel por Pará, também substituiu Robinho por Adriano.

Apesar das mexidas dos dois treinadores, as oportunidades de gol foram diminuindo com o passar do tempo. Nem as novas substituições deram muito resultado: entraram Pedro Paulo e Beto no Atlético e Tiago Luís no Santos. O time da casa ainda teve um gol mal anulado. Aos 25 minutos, Renan Oliveira tocou por cobertura, Domingos só tirou a bola depois que ela já tinha cruzado a linha, mas o árbitro errou e assinalou impedimento do atleticano.



Na próxima rodada, o Galo, sem mais pretensões, irá até Porto Alegre enfrentar o Grêmio, que ainda tem chances de título, no estádio Olímpico. Já o Peixe receberá o Náutico, ameaçado pelo rebaixamento, na Vila Belmiro. O Santos não está totalmente livre, mas só cairá se perder para o Timbu, se o Atlético-PR vencer o Flamengo, em Curitiba, e se o Figueirense golear o Internacional, em Florianópolis, precisando ainda descontar uma diferença de 16 gols de saldo dos santistas.


Ficha técnica:
ATLÉTICO-MG 0 x 0 SANTOS
ATLÉTICO-MG
Edson, Sheslon, Leandro Almeida, Welton Felipe e Raphael Aguiar; Francis, Élton, Márcio Araújo (Beto) e Renan Oliveira; Marques (Pedro Paulo) e Castillo (Petkovic)
Técnico: Marcelo Oliveira
SANTOS
Fábio Costa, Wendel (Pará), Domingos, Fabão e Fábio Santos; Roberto Brum, Rodrigo Souto e Kleber; Robinho (Adriano), Molina (Tiago Luís) e Lima
Técnico: Márcio Fernandes
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte (MG). Data: 30/11/2008.
Árbitro: Wagner Tardellli (Fifa-SC).
Auxiliares: Katiuscia Mendonça (Fifa-ES) e Carlos Berkenbrock (SC)