sábado, 1 de novembro de 2008

Rodada de Sábado

FLAMENGO 2X2 PORTUGUESA
Mais uma vez, Fla tropeça em casa e praticamente dá adeus ao hexa





O público foi quase metade, 44 mil presentes, a derrota deu lugar ao empate por 2 a 2, mas a decepção da torcida na partida diante da Portuguesa foi a mesma. Se no último dia 11 de outubro 81 mil rubro-negros deixaram o Maracanã revoltados com a derrota por 3 a 0 para o Atlético-MG, neste sábado, a igualdade no placar praticamente decretou o fim das possibilidades de hexacampeonato para o Flamengo.

Fábio Luciano, Maxi, para o Fla, Jonas e Athirson para a Lusa, marcaram os gols do jogo que poderia deixar os cariocas na liderança do Brasileirão, mas os manteve na quinta posição, agora com 57 pontos, um a menos que Cruzeiro e Palmeiras, terceiro e quarto colocados, e a dois dos líderes Grêmio e São Paulo. Todos eles ainda entram em campo neste domingo. Já a Lusa, com 36, segue em 14º, fora da zona de rebaixamento.



Na próxima rodada, o Flamengo encara o Botafogo, domingo, às 19h10m, em partida marcada inicialmente para o Maracanã. A Lusa também tem um clássico pela frente, contra o São Paulo, sábado, às 18h30m, no Canindé.



Dupla de ataque inusitada garante vantagem para o Fla







Cientes de que a torcida não perdoaria mais uma noite de pesadelo como na derrota por 3 a 0 diante do Atlético-MG, os jogadores do Flamengo começaram a partida a mil por hora. Marcando forte a saída de bola da Lusa, o time carioca assustou logo aos 2 minutos, quando Obina, Juan e Ibson fizeram uma boa triangulação, mas o volante errou o último passe. Na seqüência, Rai fez boa jogada individual e tentou colocar a Portuguesa no jogo, mas errou feio o chute. Aos 5, o primeiro gol rubro-negro. E um gol as avessas.

Após escanteio mal cobrado por Marcelinho Paraíba, a bola sobrou para Jaílton no bico da área. O volante fez o papel de ponta, deixou Erick para trás e já na linha de fundo levantou a bola na pequena área para...Fábio Luciano. Cheio de estilo, o capitão concluiu como um legítimo atacante e de voleio fuzilou Gottardi para marcar. Na comemoração, ele imitou o gesto eternizado por Bebeto na Copa de 94 e "embalou" a filha Isabella, que nasceu no último domingo.



Em vantagem, o Flamengo seguiu pressionando e os zagueiros seguiram se mandando para o ataque. Aos 7, Kleberson fez o cruzamento e Bruno Rodrigo evitou o gol de Ronaldo Angelim. No minuto seguinte, foi Marcelinho Paraíba quem avançou pela esquerda e buscou Fábio Luciano na área. Dessa vez, o camisa 3 errou a bola.







Seguro na defesa, o Flamengo até deixava a Portuguesa trocar passes, mas, sem penetração na área, os paulistas apelavam para bolas aéreas sem sucesso. Se Obina continuava apagado, Fábio Luciano não se privava de atacar. Aos 17, Paraíba cobrou falta com efeito, Gottardi falhou, mas sofreu falta do zagueiro, que desperdiçou boa chance. Aos 21, Rai mais uma vez tentou acordar a Lusa, só que mais um chute totalmente torto sequer chamou a atenção de Bruno.

Relaxado, o Flamengo apresentava bom volume de jogo. Entretanto, não concluía. Aos 35, os cariocas já tinham cobrado sete escanteios. Em um deles, Marcelinho Paraíba quase fez o gol olímpico. Gottardi, esperto, tirou de soco. Sempre na base do chuveirinho, a Portuguesa arriscava timidamente, e quase empatou aos 38. Patrício fez o cruzamento, Athirson desviou de cabeça e Erick acertou a rede pelo lado de fora.



E a Lusa que estava tímida passou a pressionar. Aos 42, Rai fez a festa pela esquerda, deixou Jaílton caído e rolou para Athirson, na marca do pênalti, isolar. Logo depois, o próprio lateral-esquerdo trocou passes com Edno e da pequena área bateu fraquinho para a defesa de Bruno.

A essa altura, o Rubro-Negro que iniciou o jogo de forma avassaladora já não era o mesmo e foi para o intervalo ao som de vaias e gritos de Fierro.



Fla joga melhor no segundo tempo






Ainda apático, o Flamengo viu a Portuguesa atropelar no início da segunda etapa. Aos 4, Rai, sempre ele, arriscou da intermediária. Dessa vez, o meia acertou o alvo e Bruno defendeu em dois tempo. Era apenas o primeiro chute do bombardeio da Lusa. Aos 6, Erick foi quem limpou a jogada na entrada da área e bateu cruzado para mais uma defesa do camisa 1. Dois minutos depois, entretanto, não teve perdão. Com muita liberdade, Jonas recebeu no bico da área pela esquerda, girou e chutou no cantinho esquerdo do goleiro rubro-negro para decretar o empate.



Totalmente perdido em campo e errando muitos passes, o Flamengo assustou aos 13 com Fábio Luciano, que chutou cruzado para o corte de Bruno Rodrigo na pequena área. No lance seguinte, desilusão rubro-negra. Após vacilo dos cariocas na saída de bola, Erick dominou sozinho pela direita, olhou para área e cruzou na medida para Athirson escorar de cabeça e dançar o vira: 2 a 1 Portuguesa.



O placar adverso deixou o Flamengo, além de desorganizado, desesperado. Mesmo com os gritos de burro vindo das arquibancadas, Caio Júnior tirou Jaílton, que foi muito aplaudido, e colocou Maxi Biancucchi. O argentino incendiou a equipe e quase empatou aos 23. Em seu primeiro lance, ele recebeu cruzamento de Juan, mas foi desarmado por Bruno Rodrigo antes de concluir de cabeça. Nos minutos seguintes, Juan e Ibson ainda desperdiçaram boas chances. Aos 25, o lateral-esquerdo ficou com sobra de bate e rebate na área e isolou. Um minuto depois, o volante arriscou de longe, mas Gottardi fez grande defesa e evitou o gol.



Na base do desespero, o Flamengo seguiu no ataque. Errando tudo que tentava, Juan passou a ser muito vaiado pelo torcedor, que pedia também que Caio Júnior aceitasse uma proposta do futebol japonês. Aos 38, Everton fez boa jogada individual pela esquerda e cruzou no segundo pau. O baixinho Maxi escorou de cabeça, a bola explodiu no travessão e no rebote o próprio argentino escorou para as redes. Na pressa para buscar a bola no fundo das redes, Obina e Patrício se desentenderam e acabaram expulsos. O atacante deixou o campo aplaudido.



Depois disso, muita pressão do lado rubro-negra, foi criação e mais uma decepção com o apito final de Héber Roberto Lopes.



Tabela Dinâmica: simule resultados e veja a classificação




Ficha técnica:
FLAMENGO 2 x 2 PORTUGUESA
FLAMENGO
Bruno, Jaílton (Maxi), Fábio Luciano e Ronaldo Angelim; Leonardo Moura, Toró, Ibson, Kleberson (Fierro) e Juan; Marcelinho Paraíba (Everton) e Obina.
Técnico: Caio Júnior.
PORTUGUESA
Gottardi, Ediglê (Halisson), Bruno Rodrigo e Erick; Patrício, Gavilán, Rai, Preto e Athirson; Jonas (Héverton) e Edno.
Técnico: Estevam Soares.
Gols: Fábio Luciano, aos 5 do primeiro tempo. Jonas, aos 8, Athirson, aos 15, e Maxi, aos 38 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Everton e Maxi (Flamengo); Bruno Rodrigo e Preto (Portuguesa). Cartão vermelho: Obina (Flamengo) e Patrício (Portuguesa).
Estádio: Maracanã. Data: 01/11/2008.
Árbitro: Héber Roberto Lopes (Fifa/PR).
Auxiliares: Aparecido Donizetti Santana (PR) e José Carlos Dias Passos (PR).




NÁUTICO 1X0 VITÓRIA
Timbu bate Vitória em clássico nordestino e sai da zona de rebaixamento



Em um clássico nordestino quente, com dez cartões amarelos, três vermelhos e mais uma polêmica envolvendo a Polícia de Pernambuco, o Náutico derrotou o Vitória por 1 a 0, na noite deste sábado, e deixou a zona de rebaixamento, pelo menos temporariamente, do Brasileirão 2008. Felipe marcou o gol do triunfo do time pernambucano.



Com o resultado, o Timbu soma 36 pontos, sobe para o 14º lugar, mas ainda precisa acompanhar os resultados de domingo para saber se termina a 33ª rodada fora da faixa de risco. O time baiano, nono colocado, continua com 45 pontos, na zona da Copa Sul-Americana.



A polêmica começou no intervalo. Segundo o técnico do Vitória, Vagner Mancini, policiais foram ao vestiário dar voz de prisão ao goleiro Viafara, que teria xingado o árbitro José Henrique de Carvalho após o fim do primeiro tempo. Segundo os policiais, eles foram apenas pedir calma ao jogador rubro-negro, que estaria indignado pelo fato de o árbitro ter pedido para repetir a cobrança do pênalti que resultou no gol do jogo.



Ao fim do jogo, enquanto o treinador do time baiano dava entrevistas no gramado, os atletas alegaram que tinham jogado spray pimenta nos vestiários do Vitória. A Polícia nega o fato e diz que foi um blefe da delegação rubro-negra.



As duas equipes voltam a jogar no domingo, dia 9. Enquanto o Náutico visita o Coritiba, no Couto Pereira, o Vitória joga em casa contra o Atlético-MG, no Barradão.





Na pegada do Timbu






O estádio alvirrubro estava cheio, mostrando que o torcedor entendeu que o momento é de apoio ao time pelo momento complicado em que vive o Timbu. Quando a bola rolou, porém, o equilíbrio ficou claro, com muita movimentação, mas com poucas chances reais de gol. O time pernambucano até conseguiu emendar um contra-ataque com Felipe, aos 13, mas o goleiro Viafara saiu do gol e, como um líbero, conseguiu desarmar a jogada.

Hamilton e Marquinhos chegaram a se estranhar em uma disputa de bola e levaram os dois primeiros dos muitos cartões aplicados ao longo do jogo. Escapando dos lances mais violentos, o atacante Felipe aos poucos mandou no jogo. Teve chance de abrir o placar em uma falta aos 33.

Seis minutos depois, Willian foi derrubado infantilmente por Leonardo Silva dentro da área, e o árbitro apitou pênalti. Na primeira cobrança, Felipe fez a paradinha, e Viafara deu um passo a frente e defendeu. Apesar do protesto dos baianos, o assistente mandou voltar corretamente. Da segunda vez, o atacante alvirrubro acertou o ângulo, para delírio da torcida pernambucana. O lance revoltou os jogadores do Vitória, que cercaram o juiz, ocasionando a polêmica do intervalo.



Leão avança, mas não abocanha








A equipe visitante voltou revoltada com os acontecimentos no vestiário, e o técnico Mancini relatou ao árbitro. Dentro de campo, Ramon substituiu Marco Antônio, mas o Náutico quase ampliou aos sete minutos, com Adriano perdendo um gol incrível de frente para a meta, isolando a bola.

Aos poucos, o Vitória foi usando os espaços na área pernambucana, principalmente nas jogadas do meia Marquinhos. Aos 11, o principal jogador rubro-negro deu um chapéu em Anderson Santana, e concluiu com muito perigo. O time baiano quase marcou aos 25, em cabeçada de Marcelo Cordeiro após falta cobrada por Ramon.

O jogo esquentou ainda mais aos 30, quando Hamilton, que já tinha amarelo, foi expulso após entrada dura em Marquinhos. , ao invés de aproveitar a vantagem numérica, acabou embarcando na onda. Aos 39, após forte discussão na área, mais dois foram expulsos: Marco Aurélio, do Leão, e Everaldo, do Timbu.



Após o apito final, enquanto jogadores pernambucanos agardeciam de joelhos, a Polícia protegia o árbitro das reclamações dos baianos.





Ficha técnica:
NÁUTICO 1 x 0 VITÓRIA
NÁUTICO
Eduardo, Ruy, Everaldo, Adriano e Anderson; Hamilton, Derley, Willian (Titi) e André Oliveira (Clodoaldo); Felipe e Gilmar (Ticão).
Técnico: Roberto Fernandes.
VITÓRIA
Viafara, Marco Aurélio, Leonardo Silva, Anderson Martins e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan, Jackson (Guilherme) e Marco Antônio (Ramon); Marquinhos e Rodrigão (Robert).
Técnico: Vagner Mancini.
Gol: Felipe, aos 44 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Hamilton, Adriano, Derley, Ruy, Clodoaldo e Ticão (Náutico); Marquinhos, Marco Antônio, Leonardo Silva e Vanderson (Vitória).
Cartão vermelho: Hamilton e Everaldo (Náutico). Marco Aurélio (Vitória).
Público: 14.419 pagantes
Estádio: Aflitos, no Recife (PE). Data: 01/11/2008.
Árbitro: Jose Henrique de Carvalho (SP).
Auxiliares: Evandro Luis Silveira (SP) e Edmo Oliveira Santos (SE).




IPATINGA 2X0 CORITBA
Ipatinga vence e encosta no Vasco


O Ipatinga sonhava com a vitória para reagir na tabela e poder seguir na luta para fugir do rebaixamento. O Coritiba, em se aproximar do G-4. Saiu vitorioso o time da casa. No Ipatingão, em boa partida, o Tigre derrotou o Coxa por 2 a 0 neste sábado e chegou aos 31 pontos na tabela do Campeonato Brasileiro. Ferreira foi o herói da equipe, marcando os dois gols. Com o triunfo, o time não saiu da lanterna, mas a divide agora com o Vasco, que enfrentará neste domingo o Fluminense.



Com o mau resultado, o Coritiba continua com os 49 pontos ganhos e no sétimo lugar. Na 34ª rodada, no próximo domingo, o Coxa recebe o Náutico, e o Tigre vai ao Beira-Rio encarar o Internacional.



O jogo



Por pouco, muito pouco mesmo, a torcida do Coxa soltou o grito de gol com menos de um minuto de jogo. A saída foi rápida, e o objetivo, obviamente, era encontrar Keirrison livre. O atacante, como de hábito, bateu com firmeza, mas o goleiro Fernando, apesar de ainda frio, fez defesa sensacional.



O cartão de visitas do Coritiba já estava à mostra. Toques rápidos, sempre procurando o seu centroavante. Mas o Tigre não tardou em mostrar que também ruge em casa. Rodriguinho cortou para o meio e bateu na trave, aos sete minutos. A equipe mineira tentava, pelo meio, servir o grandalhão igor, mas a defesa do Coxa o marcava bem e iniciava com rapidez os contra-ataques. Foi assim que Alê serviu Hugo, que girou e bateu na rede, por fora, aos 15 minutos. Pouco depois, em jogada iniciada por Marlos, o mesmo Hugo tocou de cabeça, mas o goleiro Fernando saiu bem para interceptar.



A partida estava aberta. Em outra jogada veloz do Coxa, Keirrison bateu de canhota para outra defesa de Fernando. E se o bom toque de bola era virtude do Coritiba, o Tigre se aproveitava das falhas de marcação do meio-campo adversário para organizar melhor as jogadas. Foi assim que, aos 29, tocou bonito mas desperdiçou boa chance de abrir o placar. Pablo Escobar tabelou com Ferreira, que devolveu ao camisa 10 de calcanhar, pela esquerda. O paraguaio naturalizado boliviano preferiu tentar o passe para Igor em vez de bater. Aos 35, até o zagueiro Henrique se aventurar a tentar o gol, mas bateu torto.



Domínio do Tigre



O Ipatinga dominava a partida. Se conseguia anular o camisa 10 do Coxa, Carlinhos Paraíba, tinha no seu, Pablo Escobar, o destaque da partida no primeiro tempo. Ousado, arriscou em boa jogada aos 32 minutos. Vanderlei, um dos destaques do Coritiba neste Brasileiro, defendeu bem, em dois tempos, garantindo o 0 a 0, que acabou injusto pela superioridade do Ipatinga na maior parte da primeira etapa.



- Dominamos o meio-campo, mas não criamos chances - reclamou o atacante Ferreira.



E foi ele mesmo quem, no segundo tempo, foi decisivo para a vitória. Primeiro, em jogada pelo meio, marcou o primeiro gol, aos 11 minutos, ao tocar à direita de Vanderlei.


Com o gol sofrido, o Coritiba resolveu se lançar à frente. Keirrison perdeu três oportunidades seguidas - uma de cabeça, no travessão, outra ao concluir mal de carrinho e a última ao bater de direita. Duas delas foram centros de Marcos Tamandaré, que ao lado de Marlos era o destaque do Coxa.



O Ipatinga também procurava o ataque. O jogo ficou aberto e emocionante até o fim. E o Tigre, com mais chances, acabou chegando à vitória. Luiz Fernando bateu, Vanderlei deu rebote, e Ferreira, mais uma vez, agora de cabeça, tocou para as redes, aos 48. A justiça estava feita.





Ficha técnica:
IPATINGA 2 x 0 CORITIBA
IPATINGA
Fernando, Henrique, Leo Oliveira e Gian; Márcio Gabriel, Júlio, Leandro Salino, Pablo Escobar (Sandro Manoel) e Rodriguinho; Igor (Kempes) e Ferreira.
Técnico: Enderson Moreira.
CORITIBA
Vanderlei, Marcos Tamandaré, Maurício, Felipe e Ricardinho; Rodrigo Mancha, Alê, Marlos e Carlinhos Paraíba (Bilu) (Thiago Silvy); Keirrison e Hugo (Jaílson).
Técnico: Dorival Júnior.
Gols: No segundo tempo, Ferreira, aos 11 e 48 minutos
Cartões amarelos: Carlinhos Paraíba, Felipe (Coritiba) e Márcio Gabriel (Ipatinga)
Estádio: Ipatingão. Data: 01/11/2008.
Árbitro: Antonio Hora Filho.
Auxiliares: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Ailton Farias da Silva (SE).