domingo, 20 de setembro de 2009

25 Rodada:Série A

GRÊMIO 5X1 FLUMINENSE
Sóbrio, Grêmio goleia o Flu, que tropeça nas pernas no Brasileirão



O volante Adílson disse durante a semana que, para o torcedor do Grêmio, vencer o Fluminense seria como bater em bêbado. Os cariocas retrucaram, mas acabaram deixando o Olímpico tropeçando nas pernas na luta contra o rebaixamento. Com um sonoro 5 a 1, com direito a 3 a 0 em apenas 23 minutos, o Tricolor gaúcho nocauteou o carioca neste domingo, em jogo válido pela 25ª rodada do Brasileirão e segue firme na luta por uma vaga na Libertadores. Adeílson e Cássio, ambos contra, Tcheco, Souza e Jonas marcaram os gols para o time da casa. Kieza descontou.

O resultado colocou a equipe de Paulo Autuori na quinta colocação, com 39 pontos, dois a menos que o Atlético-MG, quarto, enquanto o time de Cuca, há dez partidas sem vencer, permanece na lanterna, com 18.

Na próxima rodada, o Fluminense recebe o Avaí, sábado, às 18h30m (de Brasília), no Maracanã. Já o Grêmio tem briga direta pelo G-4 pela frente: vai até Goiânia enfrentar o Goiás, no Serra Dourada, domingo, às 16h.

Confira a tabela atualizada do Campeonato Brasileiro!


Avalanche gremista define a partida em 23 minutos



Durante a semana, Cuca frisou bastante os pontos fortes do Grêmio: a pressão nos minutos iniciais, a bola parada e as jogadas aéreas. Parece que a orientação não foi bem assimilada pelo elenco do Fluminense. Justamente em cima dessas três características, o time gaúcho partiu para cima do Flu e precisou de apenas 23 minutos para aumentar para 33 partidas a série invicta em casa, que já dura mais de um ano.

No primeiro lance de perigo, Rafael até salvou os cariocas. Aos seis minutos, Tcheco levantou a bola na área, Réver emendou após bate e rebate. O goleiro salvou com os pés e impediu também o gol de Herrera no rebote. No contra-ataque, Conca também obrigou Victor a fazer boa defesa. Mas na quinta falta cometida pelo Flu em apenas dez minutos veio o castigo.

Souza cruzou com força, e Adeílson, no primeiro pau, ao tentar fazer o corte marcou contra. A desvantagem deixou o time carioca totalmente desnorteado, e, aos 16, Gum presentou o rival com um pênalti ao puxar Herrera infantilmente na área após cruzamento. Na cobrança, muita polêmica.



Na disputa pela artilharia, Jonas conversou com Tcheco e assumiu a responsabilidade. Do banco de reservas, Paulo Autuori se revoltou com a decisão e viu o atacante cobrar muito mal para a defesa de Rafael. Para a sorte do camisa 9, o auxiliar identificou um avanço do goleiro e mandou a cobrança ser repetida. Na segunda chance, bola para o cobrador oficial, e Tcheco balançou as redes, aos 18.

A essa altura, o volante Adílson, que pouco apareceu no jogo, já tinha uma certeza: se o Fluminense não era um bêbado, estava tonto como tal. Tanto que aos 23, a fácil vitória se transformou em goleada. Com muita liberdade, Tcheco avançou pela direita, levantou a cabeça e cruzou para Souza dividir de carrinho com Diogo e marcar: 3 a 0.

Sem muita opção, o Tricolor carioca até se mandou para o ataque, mas o chute nas alturas de Adeílson, aos 24, deu o tom do desespero. Dono do jogo, o Grêmio se deu ao luxo até mesmo de desperdiçar contra-ataques no mano a mano, com Souza, aos 28, e Jonas, aos 31. Com o pé no freio, os gaúchos administraram o resultado até o intervalo sem sofrerem um susto sequer.

Tranquilo, Grêmio só administra vantagem



Com a partida praticamente definida, Cuca se preocupou em evitar uma goleada histórica e reforçou a defesa na volta para o segundo tempo. Cássio entrou na vaga de Paulo César, e o Flu passou a jogar com três zagueiros de ofício. A opção ao menos deixou a equipe mais bem postada defensivamente.

Sem o mesmo ímpeto ofensivo do início, o Grêmio assustou apenas aos três, em boa jogada de Jonas desperdiçada por Herrera. No lance seguinte, Marquinho, que entrou na vaga de Equi Gonzalez, quase descontou para o Flu. O meia driblou Victor, mas chutou torto.

Mais seguro em campo, o Tricolor carioca fez seu gol aos 12. Após cobrança de falta de Conca da intermediária, Kieza apareceu livre nas costas da zaga e escorou de cabeça. Nada, no entanto, que sequer permitisse a equipe de sonhar com uma reação. Logo na saída de bola, Jonas recebeu na área e tocou de peito para Herrera. O argentino tentou devolver para o companheiro, mas Cássio apareceu apavorado na jogada e marcou contra de cabeça.

Com o Fluminense entregue e a vitória garantida, o Grêmio passou a se divertir, manteve a posse de bola e fechou o caixão com o artilheiro Jonas, que, aos 39, tabelou com Réver, driblou Rafael e empurrou para as redes. Seu 13º gol no Brasileirão.


Ficha técnica:
GRÊMIO 5 x 1 FLUMINENSE
GRÊMIO
Victor, Thiego, Raphael Marques e Réver; Souza, Adílson (Túlio), Tcheco, Fábio Rochemback e Bruno Collaço; Herrera e Jonas.
Técnico: Paulo Autuori.
FLUMINENSE
Rafael, Ruy, Gum, Luiz Alberto e Paulo César (Cássio); Diogo, Urrutia, Conca e Gonzalez (Marquinho); Kieza e Adeílson (Fábio Neves).
Técnico: Cuca.
Gols: Adeílson, contra, aos 10, e Tcheco, aos 18, e Souza aos 23 minutos do primeiro tempo. Kieza, aos 13, Cássio, contra, aos 14, e Jonas aos 39 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Herrera (Grêmio); Gum, Kieza, Adeílson e Marquinho (Fluminense).
Estádio: Olímpico, em Porto Alegre. Data: 20/09/2009.
Árbitro: Wallace Nascimento Valente.
Auxiliares: Carlos Berkenbrock e José Ricardo Maciel Linhares.


AVAÍ 4X0 BARUERI
Avaí não dá chance ao Barueri e goleia após três rodadas de jejum

Se a sequência de três derrotas serviu para justificar a manutenção do discurso modesto do Avaí, a boa atuação do time do técnico Silas na vitória por 4 a 0 sobre o Barueri, neste domingo, na Ressacada, pela 25ª rodada do Brasileirão, pode levar a torcida avaiana a acreditar em uma nova arrancada na competição. Com pleno domínio da partida e apesar de ter desperdiçado diversas oportunidades de gol, os catarinenses começaram a goleada com o atacante William, que voltou à equipe após desfalcar por três jogos. Eltinho ampliou ainda na primeira etapa. No segundo tempo, após resistir à pressão inicial dos visitantes, os avaianos voltaram a marcar, com Muriqui e Léo Gago, em uma bomba certeira de fora da área.

Com 37 pontos, o Avaí chega à sétima colocação da tabela, enquanto o Barueri, com 36, é o 11º.

As equipes voltam a campo no sábado. O clube paulista recebe o Cruzeiro, enquanto os catarinenses encaram o Fluminense, no Maracanã, ambos às 18h30m.

William abre o placar

No início da primeira etapa, a indecisão era a maior rival das duas equipes. Aos 5, Thiago Humberto recebeu na área avaiana, se livrou da marcação, mas demorou muito a chutar e acabou desperdiçando chance clara de marcar. O Avaí chegou bem aos 13, com Luís Ricardo, que recebeu na área pela direita e fez o cruzamento rasteiro. William errou o chute e, na sobra, Eltinho devolveu de primeira para o lateral-direito, que, entre concluir e passar, acabou se atrapalhando e entregou a bola para a zaga.



Os donos da casa aproveitaram a facilidade para jogar pela direita, e, aos 21, após tabelar com Luís Ricardo, Muriqui entrou na área e, quando ia perdendo o domínio, viu o zagueiro Daniel Marques errar o corte e deixar a bola nos pés de William. O atacante ainda acertou a trave antes de mandar para as redes (assista ao vídeo do lance).

O caçula do Brasileirão tentou correr atrás do prejuízo. Aos 23, Flavinho invadiu a área e, enquanto os defensores catarinenses só observavam, limpou para a direita e chutou forte por cima do gol de Eduardo Martini.

Mas o Avaí ampliou aos 28. William não conseguiu dominar a bola levantada na área, e Eltinho surgiu por trás da defesa visitante para surpreender o goleiro Renê.

Com a defesa do Barueri muito dispersa, William ainda tentou uma jogada de efeito, aos 43. O camisa 9 recebeu na entrada da área, dominou a bola e, enquanto o zagueiro André Luiz puxava sua camisa, arriscou uma meia-bicicleta, mas errou o gol.

Após a pressão, a goleada

Eduardo Martini fez sua primeira participação no jogo em contra-ataque paulista, aos 5 minutos da segunda etapa, quando a bola sobrou para o goleador Val Baiano, na entrada da área. Após o chute forte, o goleiro avaiano fez a defesa em dois tempos. Aos 8, Martini contou com a sorte, quando o zagueiro Augusto desviou cruzamento e quase marcou contra, e acertou o travessão. Mas o Barueri não conseguiu aproveitar o bom momento e, aos 13, Val Baiano chegou atrasado e não conseguiu completar o cruzamento rasteiro para o gol.

Cansado das oportunidades perdidas, o técnico Diego Cerri trocou de uma vez só seus dois atacantes, aos 20. Entraram Otacílio Neto e Basílio na vaga de Flavinho e Val Baiano, respectivamente.



No entanto, ao invés de uma reação paulista, foi o Avaí que se recompôs e quase marcou o terceiro. Aos 21, William cruzou na pequena área, e Muriqui emendou de primeira para carimbar o travessão. Na sequência, Marquinhos tentou de cabeça, mas Renê ficou com a bola. O meia avaiano quase marcou um gol de placa, aos 23, quando recebeu nas costas da zaga e tocou por cobertura, na saída do goleiro. Márcio Careca apareceu a tempo de travar o grito de gol da torcida catarinense e tirar a bola em cima da linha.

A resistência paulista acabou cedendo. Aos 29, Muriqui recebeu na entrada da área e chutou cruzado. Renê se esforçou, mas não alcançou, e a bola entrou no canto direito. Com a vitória assegurada, Léo Gago soltou uma bomba certeira de fora da área, aos 37, e fez o quarto (assista ao vídeo do lance).

Marquinhos ainda teve boa oportunidade de marcar o quinto, aos 40, em bola esticada na área, mas foi atrapalhado pelo desvio da zaga e acabou chutando para fora. O Barueri ficou com um a menos, aos 44, quando Daniel Marques derrubou Leonardo na meia-lua e recebeu o segundo amarelo.

Com o apito final, o Avaí pôde comemorar o fim do jejum e mais um passo importante rumo ao objetivo de seguir na elite em 2010.


Ficha técnica:
AVAÍ 4 x 0 BARUERI
AVAÍ
Eduardo Martini, Rafael, Émerson e Augusto; Luís Ricardo, Léo Gago (Carlos Eduardo), Ferdinando, Marquinhos, Muriqui (Fabinho Capixaba) e Eltinho; William (Leonardo).
Técnico: Silas.
BARUERI
Renê, André Luiz, Xandão e Daniel Marques; Marcos Pimentel, João Vítor, Ralf, Thiago Humberto e Márcio Careca; Flavinho (Otacílio Neto) e Val Baiano (Basílio).
Técnico: Diego Cerri.
Gols: William, aos 21, e Eltinho, aos 28 minutos do primeiro tempo. Muriqui, aos 29, e Léo Gago, aos 37 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rafael, Émerson, Muriqui e Ferdinando (Avaí); Daniel Marques, André Luiz, Márcio Careca e Otacílio Neto (Barueri).
Cartão vermelho: Daniel Marques (Barueri).
Estádio: Ressacada. Data: 20/09/2009.
Árbitro: Wagner Reway.
Auxiliares: Claudio José de Oliveira Soares (RJ) e Lílian Fernandes (RJ).


SANTO ANDRÉ 1X1 SÃO PAULO
Tranquilo demais, São Paulo cede empate ao Santo André e deixa escapar liderança

O São Paulo encontrou novamente a pedra que teima em cruzar seu caminho nos últimos quatro anos e acabou cedendo o empate por 1 a 1 ao Santo André , na tarde deste domingo, em Ribeirão Preto. Com o resultado, o time de Ricardo Gomes deixou escapar a primeira chance de assumir a liderança do Brasileirão , repetindo o placar do confronto no primeiro turno. O Tricolor empatou com o Palmeiras no número de pontos (44), mas leva desvantagem no saldo de gols e ainda pode ficar mais distante da ponta se o Verdão vencer o Cruzeiro , na quarta-feira, em Belo Horizonte.

O anfitrião, que optou por jogar no interior, tem 25 pontos e permanece na zona de rebaixamento, na 17ª colocação. O time do ABC ainda pode ser ultrapassado pelo Botafogo, que enfrenta o Santos ainda neste domingo. Na próxima rodada, o Ramalhão encara o Sport, fora de casa, e o São Paulo recebe o Corinthians no Morumbi. Os dois jogos são no domingo.

Gol logo no início dá tranquilidade ao Tricolor

O São Paulo era o visitante, mas parecia estar em casa. A torcida tricolor era maioria esmagadora no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto. E Miranda foi o escolhido para entrar em campo. Renato Silva, o outro zagueiro pendurado, foi preservado. Logo no primeiro minuto, ao tentar desarmar a bola, Miranda enroscou as pernas nas de Fernando, que rumava ao gol dentro da área. O árbitro entendeu que não houve o pênalti e deixou seguir. Aos seis, Nunes tentou uma jogada, mas bateu fraco na bola, que ficou com Ceni.

O Santo André parecia mais empolgado na busca do primeiro gol do que o São Paulo. Mas, aos sete minutos, Junior Cesar desceu pela esquerda e cruzou para Jean, que chegava na área e bateu de primeira para o gol de Neneca. O goleiro não teve qualquer chance de defender a bela finalização: 1 a 0 para o Tricolor.

O visitante parecia mais paciente, enquanto o Santo André ainda tentava fazer o seu gol. Aos 18, Marcelinho Carioca cobrou uma falta de longa distância na direção do gol, mas Ceni fez a defesa sem muito esforço. O goleiro ameaçou dar o troco aos 22. Após uma falta de Cesinha na entrada da área do Ramalhão, o camisa 1 são-paulino ajeitou a bola para cobrar a falta na meia lua. Mas foi Jorge Wagner quem chutou, acertando a barreira.

Marcelinho, que geralmente se destaca por bater bem na bola, entrou de forma violenta em Miranda e recebeu cartão amarelo. O meia, aliás, se queixava de uma dor na coxa esquerda, mas ainda assim era o responsável por todas as bolas paradas do Santo André.

O Tricolor, que administrava bem o resultado, teve boas chances com Dagoberto, já perto do fim do primeiro tempo. Jorge Wagner cruzou da linha de fundo e Neneca defendeu de soco. Na sobra, o camisa 25 chutou de longe, mas não mirou bem. Aos 45, ele desceu pela direita e chutou em cima de Neneca, que conseguiu fazer a defesa com precisão. Borges, que estava livre na área, lamentou a opção do companheiro. A etapa inicial terminou com vitória parcial do São Paulo.

Escobar entra e tira liderança são-paulina

Nada mudou nas duas equipes para o segundo tempo. E ambas tinham algumas chances, mas sem muito ímpeto. Junior Cesar arriscou um chute de direita, que não é a perna boa, e não acertou o gol. Jorge Wagner, de cabeça, tentou aproveitar outra bola, também sem sucesso. O primeiro lance de mais perigo veio dos pés de Fernando, aos 12. Mas a bola saiu pela linha de fundo, perto da trave esquerda de Ceni, e chegou a acertar a rede, mas pelo lado de fora.

As dores de Marcelinho na coxa esquerda pioraram e o pé de anjo foi substituído por Pablo Escobar. Sem o principal cobrador de faltas e escanteios, o Santo André tentou colocar mais a bola no chão. Richarlyson, também reclamando de dores, foi substituído por Zé Luis.

Ricardo Gomes tentou dar mais ânimo ao ataque e trocou Borges por Washington. O camisa 9 teve uma chance, mas acabou desarmado. Pior para o Tricolor, que até então estava tranquilo, mas viu a vitória escapar aos 26 minutos. Pablo Escobar, que havia entrado pouco antes, recebeu uma bola pela esquerda, quase na linha de fundo, e tocou cruzado por baixo de Ceni, empatando a partida: 1 a 1.

O São Paulo precisou acordar. Gomes tentou mais ofensividade com Marlos. Antes calmo até demais, o Tricolor parecia afobado em campo. Ricardo Gomes também estava agitado no banco. O time pressionava bastante o anfitrião, mas não tinha sucesso na conclusão das jogadas. A torcida até que tentou empurrar, mas em vão: o jogo terminou mesmo 1 a 1. E o Santo André, que não perde para o time da capital desde 2005, atrapalha novamente a vida dos são-paulinos. Melhor para a torcida do Ramalhão, que estava em pequeno número no Santa Cruz, mas acabou animada com o resultado.


Ficha técnica:
SANTO ANDRÉ 1 x 1 SÃO PAULO
SANTO ANDRÉ
Neneca, Cesinha, Marcel, Gustavo Nery e Ávine; Rômulo, Fernando, Júnior Dutra e Marcelinho Carioca (Pablo Escobar); Wanderley (Leandrinho) e Nunes (Eduardo Ratinho).
Técnico: Sérgio Soares.
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Rodrigo, André Dias e Miranda; Jean, Arouca, Richarlyson (Zé Luis), Jorge Wagner e Junior Cesar (Marlos); Dagoberto e Borges.
Técnico: Ricardo Gomes.
Gols: Jean, aos sete minutos do primeiro tempo; Pablo Escobar, aos 26 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Cesinha, Marcelinho Carioca (Santo André); Jorge Wagner, Arouca (São Paulo).
Estádio: Santa Cruz, em Ribeirão Preto (SP). Data: 20/09/2009.
Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra.
Auxiliares: Marcio Luiz Augusto e Anderson Jose de Moraes Coelho (SP).


CORINTHIANS 1X4 GOIÁS
Na volta de Ronaldo, Iarley e Fernandão comandam show do Goiás no Pacaembu



A festa estava armada neste domingo para o Corinthians voltar à briga pelo título do Campeonato Brasileiro: Pacaembu lotado, o rival São Paulo tropeçando no Santo André, Edno apresentado antes da partida e, claro, Ronaldo em campo depois de 56 dias. Mas esqueceram de avisar ao Goiás. Com uma grande atuação, o Esmeraldino anulou o Fenômeno e dos pés dos veteranos Iarley (duas vezes) e Fernandão fez impiedosos 4 a 1, voltando a encostar nos líderes. João Paulo marcou o outro. Dentinho descontou.

O resultado impede que o Corinthians se aproxime novamente da primeira colocação e o derruba na classificação. O revés faz o Timão descer da sexta para a nona colocação, com 37 pontos, sete abaixo do líder Palmeiras, que ainda pega o Cruzeiro, na quarta-feira. Para piorar, o Goiás mantém vivo o sonho do inédito título nacional. A equipe do Centro-Oeste subiu para o quarto lugar, na zona de classificação para a Taça Libertadores, com 42 pontos.

O Corinthians tentará manter vivo o sonho do terceiro título em 2009 contra o rival São Paulo, no clássico marcado para domingo, às 16h, no Morumbi. Já o Goiás recebe o Grêmio, no mesmo dia e horário, no Serra Dourada, em Goiânia.

Primeiro tempo com show de Iarley e Fernandão



Ter Ronaldo no ataque não foi o bastante para o Corinthians no primeiro tempo. Apesar de toda a preocupação do Goiás com o Fenômeno, o Timão sentiu muito a falta de um meia para criar as jogadas. Os volantes Jucilei e Elias bem que tentaram assumir a função, mas esbarraram na ótima marcação feita pelo Goiás na intermediária.

Os esmeraldinos, aliás, não apenas se defenderam. Com a bola, o time do Centro-Oeste abusou da paciência para tocar e soube aproveitar os erros da defesa paulista para abrir o placar. Aos oito minutos, Léo Lima deu lindo passe nas costas da zaga para Júlio César. O lateral cruzou rasteiro e Iarley apareceu na pequena área para desviar.

Empurrado pela torcida, que compareceu em grande número ao Pacaembu, o Corinthians buscou a reação imediata. Entretanto, sem um armador, passou a buscar alternativas em chutes de longa distância. Aos 15, quase deu certo. Balbuena arriscou de longe, Harlei não acertou em cheio o soco que queria na bola e quase engoliu. Logo em seguida, aos 17, foi a vez de Elias bater de fora da área no canto esquerdo e assustar.

Quando o Corinthians parecia melhorar, o Goiás respondeu de forma fatal, aos 23, mais uma vez em falha de Diego, em uma das piores atuações desde que chegou ao time profissional. Júlio César fez o levantamento da esquerda, Fernandão se antecipou ao zagueiro, dominou no peito e bateu no canto direito de Felipe. Golaço!

O Corinthians não conseguiu reagir depois de mais um golpe. Errando muito, a equipe levou ao desespero a torcida e o técnico Mano Menezes na beirada do campo. Aos 33, o Goiás quase fez o terceiro. Júlio César cobrou falta pela direita, Fernandão subiu de cabeça e Felipe salvou.

Timão volta melhor, mas Iarley fecha o baile



No segundo tempo, a situação corintiana piorou. Chicão, único a jogar bem na defesa, sentiu uma lesão na coxa direita e deu lugar ao atacante Bill. Logo aos dois minutos, o avante perdeu grande chance. Marcelo Oliveira cruzou da esquerda e ele, de carrinho na pequena área, mandou por cima.

Apesar de ganhar força ofensiva, o Timão ficou ainda mais fragilizado na defesa. E o Goiás não perdoou. Aos três, Felipe operou um milagre em chute à queima roupa de Júlio César. No lance seguinte, porém, o terceiro. Iarley recebeu de Fernandão na área, girou sobre a marcação de Balbuena e tocou sutilmente no canto esquerdo.

Mesmo com o jogo praticamente perdido, o Corinthians ainda tentou reagir. Bil, aos 12, recebeu passe de Elias na área, passou pelo goleiro e tocou para Dentinho chutar para fora. Dois minutos mais tarde, Marcelo Mattos bateu de fora da área e Harlei espalmou para escanteio.

Muito marcado e sem ritmo, Ronaldo só apareceu aos 22 minutos. Ao seu melhor estilo, o Fenômeno arrancou na entrada da área, passou por dois adversários e bateu cruzado. Harlei espalmou e a defesa mandou para fora.

Aos 29, o Corinthians conseguiu descontar em um lance dramático. Ronaldo cobrou falta e acertou o travessão. No rebote, Jucilei desviou de cabeça, Harlei tocou e a bola bateu na trave, mas caiu nos pés de Dentinho, que só empurrou. O gol fez a torcida acordar. No entanto, aos 34, o sonho do empate acabou. Após cobrança de falta, o zagueiro João Paulo subiu de cabeça e fechou a goleada.


Ficha técnica:
CORINTHIANS 1 x 4 GOIÁS
CORINTHIANS
Felipe, Balbuena, Chicão e Diego; Alessandro, Marcelo Mattos, Jucilei e Marcelo Oliveira (Marcinho); Dentinho e Ronaldo.
Técnico: Mano Menezes.
GOIÁS
Harlei, Leandro Eusébio, João Paulo (Zé Carlos) e Ernando; Vitor, Fernando (Gomes), Léo Lima (Ramalho), Éverton e Júlio César; Iarley e Fernandão.
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Iarley, aos oito, e Fernandão, aos 23 minutos do primeiro tempo. Iarley, aos quatro, e Dentinho, aos 28, e João Paulo, aos 34 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Elias, Marcelo Mattos (Corinthians); Leandro Eusébio, Fernando (Goiás)
Estádio: Pacaembu. Data: 20/09/2009.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique.
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés (MG) e Hilton Moutinho Rodrigues (RJ).
Público: 33.710 pagantes. Renda: R$ 1.209.559,50


FLAMENGO 3X0 CORITIBA
Em noite de golaços, Flamengo vence o Coritiba e se aproxima do G-4

Adriano é conhecido pela potência de sua perna esquerda, mas também mostrou que sabe chutar com jeito. E foi dessa forma que o Imperador marcou mais um golaço para o Flamengo, desta vez na vitória por 2 a 0 sobre o Coritiba, neste domingo, pelo Campeonato Brasileiro, numa noite de belos lances de Petkovic e Willians. Apesar dos três pontos conquistados em campo, o Rubro-Negro perdeu o duelo de público para o Vasco, levando ao Maracanã um público de 47.921 pagantes, número inferior aos 50.335 cruzmaltinos da vitória por 1 a 0 sobre o Guarani, no último sábado.

Com o resultado, o Flamengo chegou a 37 pontos conquistados, subindo para a oitava posição. A equipe rubro-negra, que continua a sonhar com o G-4, está agora a cinco pontos da zona de classificação para a Libertadores. Já o Coritiba continua ameaçado pelo rebaixamento. Com 27 pontos, está a dois do Santo André, primeiro integrante da zona da degola. Na próxima rodada, os cariocas enfrentam o Internacional no Beira-Rio, e os paranaenses recebem o Náutico.

Mesmo pressionado pela boa presença da torcida rubro-negra no Maracanã, o Coritiba não se intimidou e tomou a iniciativa da partida. Logo aos três minutos, Leandro Donizetti arriscou de longe e Bruno espalmou para a frente. Ariel ficou com o rebote, chutou de primeira e acertou a trave.

Mesmo sem construir muitas jogadas consistentes nos primeiros minutos, o Flamengo levava perigo quando a bola caía no pé de Adriano, nem que fosse o direito. Dessa forma, o atacante acertou um ótimo cruzamento para Denis Marques, que perdeu grande chance aos 18 minutos, a partir de quando a equipe da casa ganhou corpo e chegou com maior propriedade ao campo de defesa do Coritiba.

Como não conseguia levar muito perigo no toque de bola, o Flamengo conseguiu marcar seu primeiro gol numa jogada de bola parada. Everton sofreu falta perto da linha da grande área, e tudo indicava que Adriano cobraria com força. O Imperador chegou a tomar distância, mas foi Petkovic quem bateu com jeito, no lado direito de Edson Bastos, fazendo 1 a 0 aos 33 minutos.

Mais calada, sem se empolgar com a atuação do time, a torcida do Flamengo se fazia ouvir sempre que Marcelinho Paraíba tocava na bola. Sob muitas vaias, o atacante, que esteve na Gávea até o início do ano, incomodou a defesa rubro-negra, mas errou feio ao chutar de perna direita uma bola rebatida por Bruno, aos 38 minutos. Logo em seguida, Adriano respondeu de forma parecida, mas com mais eficiência. O atacante avançou pela direita, bateu com o pé teoricamente ruim e a bola acertou a trave.

Mas toda a empolgação que faltou no primeiro tempo veio em apenas um lance, aos 12 minutos da segunda etapa. Petkovic lançou Adriano, que avançou em velocidade e, num toque de gênio, encobriu Edson Bastos de forma sensacional, marcando o segundo gol do Flamengo. A torcida rubro-negra explodiu e gritou “O Imperador voltou!”, palavras que foram reproduzidas pelo placar eletrônico do Maracanã. Foi seu 13º gol no Campeonato Brasileiro, empatando com Jonas, do Grêmio, na artilharia da competição.

Na base do toque de bola, o Flamengo chegou ao terceiro gol aos 37 minutos, em mais um belo lance. A zaga do Coritiba cortou uma bola para o meio, e Willians apareceu livre na intermediária para acertar uma bomba no ângulo direito de Edson Bastos. Foi a terceira vitória consecutiva do Rubro-Negro no Maracanã, após Santo André e Sport.


Ficha técnica:
FLAMENGO 3 x 0 CORITIBA
FLAMENGO
Bruno, Leo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim e Everton; Maldonado, Aírton, Fierro (Willians) e Petkovic (Erick Flores); Denis Marques (David) e Adriano.
Técnico: Andrade.
CORITIBA
Edson Bastos, Rodrigo Heffner, Jéci, Dirceu e Renatinho; Jaílton (Marcos Aurélio), Leandro Donizetti (Luciano Amaral), Pedro Ken e Carlinhos Paraíba; Marcelinho Paraíba e Ariel (Rômulo).
Técnico: Ney Franco.
Gols: Petkovic, aos 33 minutos do primeiro tempo; Adriano, aos 12, e Willians, aos 37 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Aírton, Everton, Adriano, Bruno (Flamengo); Jéci, Leandro Donizetti, Renatinho, Ariel (Coritiba).
Público: 47.921 pagantes (50.552 presentes). Renda: R$ 797.765,50.
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 20/09/2009.
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF).
Auxiliares: Enio Ferreira de Carvalho (DF) e César Augusto Vaz (DF).


SANTOS 0X0 BOTAFOGO
Santos e Botafogo maltratam a bola e empatam sem gols na Vila Belmiro



O Santos entrou em campo sonhando com a vitória para ampliar suas chances na briga por um lugar no G-4 do Campeonato Brasileiro. Já o Botafogo precisava do resultado positivo para fugir da zona de rebaixamento da competição. Mas as duas equipes, em dia de muita chuva e gramado pesado na Vila Belmiro, castigaram a bola e mereceram amplamente o placar de 0 a 0.

Com o resultado, o Peixe segue na zona intermediária da tabela, com 36 pontos, na 12ª colocação. O Alvinegro carioca permanece em 18º, com 25 pontos. O time carioca é o recordista de empates no torneio (13 em 25 partidas).

As duas equipes voltarão a campo no próximo final de semana. No domingo, o Santos vai até Belo Horizonte enfrentar o Atlético-MG. Já o Botafogo, no mesmo dia, receberá o Vitória no Engenhão.

Peixe pressiona no começo

Os primeiros vinte minutos da partida foram controlados pelo Santos, que começou a partida em alta velocidade. Sem Madson, barrado para a entrada de Róbson, o técnico Vanderlei Luxemburgo adiantou Germano para ajudar na armação. Aos cinco, o Peixe chegou pela primeira vez e perdeu a sua melhor chance na etapa inicial. Pará recebeu passe açucarado de Róbson pela direita, foi ao fundo e cruzou na medida para Kléber Pereira que, livre de marcação na área, tomou a decisão errada. Ao invés de cabecear para o gol, testou para o meio da área, o que facilitou o corte da defesa botafoguense. Aos 11, o juiz gaúcho Leonardo Gaciba da Silva errou ao não marcar pênalti de Fabão em cima de André Lima.

O time de Luxemburgo forçava o jogo pelas pontas. Ora pela direita, com o apoio de Pará, ora pela esquerda, com Léo. Aos 18, após cruzamento da direita, Róbson testou firme no canto direito de Jéfferson, que saltou e fez grande defesa. O gol do Peixe parecia próximo. O Botafogo, completamente recuado, se defendia, como podia. Apenas Reinaldo e André Lima ficavam após a linha de meio-campo.

Se do meio para a frente o Santos se esforçava, apesar da falta de qualidade técnica, a defesa resolveu dar sustos. Fabão, aos 21, escorregou sozinho, e o Botafogo só não marcou porque Gabriel, que avançou e ficou cara a cara com Felipe, bateu errado, à esquerda do gol santista. Quatro minutos depois, o camisa 1 do Peixe defendeu um chute de longe de Reinaldo.

Faltava inspiração para os dois times que, até o final da primeira etapa, tiveram uma chance de gol cada. O Peixe assustou aos 35, com Fabão que, após cruzamento de Germano da esquerda, cabeceou por cima do gol. O Botafogo respondeu cinco minutos depois, com André Lima, que arriscou de fora da área e deu trabalho para o goleiro Felipe, que quase levou um frango. Com muitas dificuldades, conseguiu mandar pela linha de fundo.

Etapa complementar

O técnico Vanderlei Luxemburgo resolveu deixar o Santos mais ofensivo para o segundo tempo, com a entrada de Madson na vaga de Germano. Aos quatro, o Peixe quase abriu o marcador. Fabão cobrou falta da entrada da área, pelo lado esquerdo, e a bola explodiu no travessão de Jéfferson.

Foi o que de melhor aconteceu no segundo tempo. Os dois times começaram a maltratar a bola. O Santos seguiu tomando a iniciativa, mas não tinha qualidade no último passe. Neymar, em muitos lances, recuou para tentar fazer o papel de armador, mas a defesa do Botafogo, sem se esforçar muito, seguiu soberana. Do lado contrário, o time carioca passou a ter mais liberdade para chegar ao ataque, mas também não criava algo produtivo.

Irritados, os treinadores resolverem mexer nas equipes para ver se algo melhorava. No Peixe, Alan Patrick entrou na vaga de Róbson. No Botafogo, Ricardinho ocupou o lugar do apagadíssimo Reinaldo. E a equipe carioca quase abriu o marcador, aos 26, em cobrança de falta de Juninho que, da intermediária, exigiu grande defesa de Felipe.

Quatro minutos depois, o técnico do Santos resolveu partir para o tudo ou nada. Ele sacou mais um volante, Rodrigo Souto, e colocou mais um atacante, André. De nada adiantou. Nos últimos dez minutos, vulnerável na marcação, o Peixe viu o Botafogo chegar em contra-ataques perigosos. Em um deles, Renato deu passe açucarado para André Lima, que falhou na hora do chute. O mesmo André Lima teve nova chance, de cabeça, mas Felipe defendeu. Já o Santos teve um último lampejo aos 41, em chute de fora da área de Madson, que foi bem defendido por Jéfferson.

E no fim, quando Leonardo Gaciba da Silva apitou, os 6.336 pagantes vaiaram. Com toda a razão. Afinal, faltou futebol na Vila Belmiro.


Ficha técnica:
SANTOS 0 x 0 BOTAFOGO
SANTOS
Felipe; Pará, Fabão, Eli Sabiá e Léo; Emerson, Rodrigo Souto (André), Germano (Madson) e Róbson (Alan Patrick); Neymar e Kléber Pereira.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
BOTAFOGO
Jéfferson; Émerson, Juninho e Wellington; Tiaguinho, Leandro Guerreiro, Jônatas (Renato), Lucio Flavio (Marquinho) e Gabriel; Reinaldo (Ricardinho) e André Lima.
Técnico: Estevam Soares.
Cartões amarelos: .Germano (Santos); Juninho, Gabriel, Tiaguinho e André Lima (Botafogo)
Estádio: Vila Belmiro. Data: 20/09/2009.
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (RS).
Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Altemir Hausmann (RS).
Renda e Público: R$ 143.690,00 / 6.336 pagantes