Fluminense complica jogo fácil, mas arranca empate com o Alianza Atlético
Ainda não foi desta vez. Contra o fraco Alianza Atlético, do Peru, pela Copa Sul-Americana, o Fluminense teve a chance de encerrar a série de dez jogos sem vitória e ganhar fôlego na fuga do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, mas tropeçou na falta de tranquilidade. No estádio Miguel Grau, em Piúra, o time complicou um jogo fácil e não passou de um empate por 2 a 2 (assista aos gols no vídeo ao lado). O resultado não é tão ruim em termos de classificação para as quartas de final. Na partida de volta, dia 1º de outubro, em casa, um empate sem gols ou por 1 a 1 assegura a vaga.
O time volta a jogar no próximo fim de semana. Vai enfrentar o Avaí, no Maracanã, domingo. A partida será às 16h, válida pela 26ª rodada do Brasileirão.
Após ótimo começo, Tricolor tem trabalho

No famoso estilo blitz, os tricolores demonstravam esforço e ambição. O resultado foi instantâneo. Aos cinco, Conca encontrou João Paulo livre. O garoto cruzou rasteiro da esquerda, a bola passou por todo mundo na área e sobrou limpa para Luiz Alberto bater de primeira e abrir o placar. Bem colocado em campo e em vantagem, o Flu até tentou ampliar. Por pouco não conseguiu com Conca, até então o melhor do time, aos 18.
Porém, num apagão súbito, os jogadores recuaram e passaram a fazer faltas desnecessárias e duras. Em determinados momentos, perderam a cabeça em jogadas no meio-campo que não representavam qualquer perigo. O volante Diguinho chegou a abusar da força ao esquecer a bola e acertar o adversário. Cuca fazia cara feia na área técnica. Também, pudera. Seus comandados não aproveitavam a enorme superioridade para construir um placar maior e começavam a dar espaços ao Alianza Atlético. Era como se o seu modesto adversário ganhasse qualidades.
Principal jogador do time da casa, o meia Valverde tentava levar perigo pela ponta direita de ataque. Além dele, o atacante Maraude incomodou. Aos 35, ficou livre na área, teve tempo para dominar, se posicionar para o chute, mas esbarrou na ótima defesa do goleiro Rafael. Naquele momento, o som do apito que decretava o fim do primeiro tempo teve som de alívio para os brasileiros.
Apesar da falta de sorte, Flu tem Conca
Intempestivo, nervoso e com Roni no lugar de Adeílson. Foi assim que o Fluminense voltou para o segundo tempo, apesar da vantagem. Era um mau sinal. Aos três minutos, Aponte entrou sem marcação na área entre dois defensores e bateu de primeira para empatar. Com o placar igual, o comportamento da equipe tricolor lembrou muito aquele que tem sido apresentado na briga contra o rebaixamento no Brasileirão.
O gol serviu também para diminuir o ritmo do Alianza. Bom para o time de Cuca, que teve um pouco de tempo para esfriar a cabeça, tocar a bola e tentar se reorganizar em campo. O treinador sacou Maurício e lançou Ruy para jogar no meio. Apesar de discreta, houve uma melhora. Aos 20, jogada polêmica. Kieza recebeu na área, tentou cruzar, é Farfán cortou a bola com a mão. O árbitro equatoriano Carlos Vera nada marcou, apesar dos reclames do atacante.
A partir dos 25 minutos, a bola parada entrou em cena de forma decisiva. Foi quando Valverde cobrou falta de longe, a bola desviou em Diguinho e tirou as chances de Rafael defender. O golpe pareceu duro, mas não desesperou o Fluminense. Principalmente porque a resposta demorou menos de cinco minutos para ser dada. Aos 29, Conca teve a chance dele em cobrança da entrada da área e não decepcionou: 2 a 2.
O goleiro Rafael ainda levou um susto em chute de Rivas. Da entrada da área, o meio-campo por pouco não deixou o time da casa novamente em vantagem. Naquele momento, o melhor mesmo para o time brasileiro era assegurar o resultado e evitar o pior.
Ficha técnica:
ALIANZA ATLÉTICO 2 x 2 FLUMINENSE
ALIANZA ATLÉTICO
Carlos Laura, Rafael Farfán, Espinoza, Ismael Márquez e Kerwin Peixoto; José Rivas, Israel Tordoya, Marcio Valverde e Saulo Aponte; Juan Alberto Maraude (Colan) e Vilca (Rodríguez).
Técnico: Teddy Cardama.
FLUMINENSE
Rafael, Mariano, Gum, Luiz Alberto e João Paulo (Alan); Diguinho, Maurício (Ruy), Conca e Marquinho; Kieza e Adeílson (Roni).
Técnico: Cuca.
Gols: Luiz Alberto, ao cinco do primeiro tempo. Aponte, aos três, e Valverde, aos 25, e Conca, aos 29 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Tordoya, Farfán, Aponte, Vilca e Valverde (Alianza Atlético); Luiz Alberto, Diguinho e Kieza (Fluminense).
Estádio: Miguel Grau, Piúra (PER). Data: 23/09/2009.
Árbitro: Carlos Vera (EQU).
Auxiliares: Juan Cedeño e Luis Alvarado (ambos do EQU).
VÉLEZ SARSFIELD (ARG) 3X2 UNION ESPAÑOLA
Vélez Sarsfield sofre, mas derrota o Unión Española com dois gols no fim da partida
Eliminar o Boca Juniors na fase nacional da Copa Sul-Americana pode ter credenciado o Vélez Sarsfield como franco favorito diante do Union Española, pelas oitavas de final da competição continental. Mas a equipe sofreu para derrotar o time chileno por 3 a 2, em partida de duas viradas, na noite desta quarta-feira, no estádio José Amalfitani, em Buenos Aires.
Com o resultado, os argentinos jogam por empate na próxima quinta-feira, 1º de outubro, às 21h45m (de Brasília), no estádio Santa Laura, em Santiago, para avançar à próxima fase. Os donos da casa, por sua vez, garantem a classificação com uma vitória simples ou por 2 a 1, graças à vantagem de dois gols marcados na casa do adversário. Repetição do placar levará a decisão para os pênaltis.
Rodrigo López abriu o placar para o Vélez aos 23 minutos do primeiro tempo, mas o Union chegou ao empate dez minutos depois, com Ramírez. Na etapa final, os visitantes ficaram à frente no placar aos 16, com um gol de 'Pipa' Estevez, atacante que vestiu a camisa do Botafogo em 2004. Mas a equipe argentina escapou da derrota no fim da partida. Otamendi igualou o placar aos 45, e nos acréscimos, aos 48, Roly Zárate garantiu o triunfo em casa.
O vencedor do confronto entre Vélez Sarsfield e Union Española encara a LDU, do Equador, ou o Lanús, da Argentina. As duas equipes começam a decidir uma vaga nesta quinta-feira, às 18h, em Quito. O jogo da volta será no dia 1º, em Lanús.
BOTAFOGO (BRA) 2X0 EMELEC (EQU)
Sem muito esforço, Botafogo vence o Emelec e fica em boa situação

Com o placar construído em casa, o Botafogo vai a Guaiaquil, na próxima quarta-feira, podendo perder por 1 a 0 e, ainda assim, se classificar para as quartas de final. Caso o time equatoriano devolva o placar do jogo de ida, a decisão será nos pênaltis. Antes do compromisso internacional, o Alvinegro receberá o Vitória, no Engenhão, neste domingo, pelo Campeonato Brasileiro.
Como tem sido comum nas últimas partidas, o Botafogo começou disperso, principalmente seu sistema defensivo. Logo a um minuto, Wellington e Emerson fizeram uma sequência de lambanças, mas Rojas não conseguiu aproveitar a oportunidade, frente a frente com Jefferson.
Os dois times, que pouco se conheciam, mostravam-se cautelosos. O Botafogo tomava a iniciativa do ataque, mas esbarrava nas suas limitações e, muitas vezes, na falta de objetividade, com toques para os lados. Além disso, os laterais Thiaguinho e Gabriel sequer conseguiam dar sequência às jogadas.
Aos poucos, o Emelec foi se acomodando na partida, e, com pouca qualidade para chegar ao ataque, tentava garantir o empate. Não demorou muito para que o goleiro Elizaga demorasse a repor a bola. Foi advertido, mas não punido com cartão pelo árbitro paraguaio Carlos Galeano.
As raras e melhores chances do Botafogo eram de Renato, que, apesar de ser um meia de origem, aparecia com frequência no ataque, assim como explicara o técnico Estevam Soares ao justificar a opção pelo jogador. André Lima atuava mais como um pivô e exagerava nas quedas dentro da área, reclamando de pênalti.
Numa das poucas vezes em que apostou na velocidade, o Botafogo abriu o placar, aos 46 minutos, exatamente com Renato, que já havia desperdiçado duas boas chances. Lucio Flavio roubou a bola no meio-campo, avançou e tocou para Gabriel no lado direito. O lateral acertou o cruzamento certeiro na cabeça de Renato, que entrou em velocidade e foi preciso na conclusão.
No segundo tempo, André Lima faz gol da tranquilidade alvinegra
Na volta para o segundo tempo, o Botafogo manteve a rotina da dispersão, e o Emelec tentou se aproveitar disso para buscar o ataque, principalmente usando o seu lado direito. Mais por suas falhas do que por mérito do adversário, o Alvinegro chegou a levar sufoco, mas em um lance a equipe garantiu sua vitória.
Após cruzamento pela direita, a bola passou por toda a área do Emelec e caiu nos pés de Juninho, que cruzou com perfeição para André Lima. O atacante subiu dividindo com um marcador e cabeceou no canto esquerdo de Elizaga, aos 18 minutos. Assim, o camisa 9 acabava com jejum de um mês (seis partidas) sem balançar a rede.
Com o placar favorável, o técnico Estevam Soares optou por poupar alguns jogadores, já pensando no próximo compromisso pelo Campeonato Brasileiro. Jônatas acusou dor muscular e deixou o campo para a entrada de Fahel. O meia deixou o campo aplaudido, e o treinador foi chamado de burro por uma parte dos torcedores.
A implicância se justificou por pouco tempo. Em seu primeiro lance, Fahel tentou um cruzamento pela direita e chutou bisonhamente. A partir de então, foi vaiado. Sua situação piorou depois que arriscou uma conclusão para o gol - a bola passou longe.
A última vibração do torcedor foi aos 41 minutos, quando Lucio Flavio deu belo passe para Ricardinho, que acertou a trave direita de Elizaga. O Botafogo ainda insistiu, mas não conseguiu ampliar a vantagem.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 2 x 0 EMELEC
BOTAFOGO
Jefferson, Emerson, Juninho e Wellington; Thiaguinho, Leandro Guerreiro, Jônatas (Fahel), Lucio Flavio, Renato (Ricardinho) e Gabriel (Alessandro); André Lima.
Técnico: Estevam Soares.
EMELEC
Elizaga, Achillier, Fleitas, Mina e Aguirre; Bran (Rivera), Quiroz, Pérez (Estacio) e Raponi; Peirone (Mendoza) e Rojas.
Técnico: Gabriel Perrone.
Gols: Renato, aos 46 minutos do primeiro tempo; André Lima, aos 18 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: André Lima (Botafogo); Bran, Aguirre (Emelec).
Público: 4.500 pagantes (5.285 presentes). Renda: R$ 50.731,00.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 23/09/2009.
Árbitro: Carlos Galeano (PAR).
Auxiliares: Rodney Aquino (PAR) e Milciades Saldivar (PAR).
INTERNACIONAL (BRA) 1X1 UNIVERSIDAD DE CHILE (CHI)
Internacional estreia na Sul-Americana com empate melancólico no Beira-Rio
Pouco mais de seis mil colorados passaram frio na noite desta quarta-feira para ver o Internacional jogar mal novamente e apenas empatar em 1 a 1 com o Universidad de Chile no Beira-Rio (assista aos gols da partida). A estreia vermelha na Copa Sul-Americana, diretamente nas oitavas de final, vantagem por ser o atual campeão do torneio continental, foi um repeteco das fracas atuações recentes. O esquema 3-5-2 não funcionou, o time errou muito, desperdiçou gols e complicou a classificação para a próxima etapa. A melancolia para os colorados ainda aumentou com a vitória do Palmeiras sobre o Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro.
Foi o pior público do ano no Beira-Rio. Nem no Gauchão houve tão pouca gente na casa dos colorados. A pouca presença da torcida foi um reflexo do momento do time. Em campo, o Inter voltou a apresentar falhas, saiu perdendo e buscou o empate na etapa final, com um gol de Kleber. O resultado obriga a equipe de Tite a vencer os chilenos na casa deles ou arrancar empate a partir do 2 a 2. Novo 1 a 1 leva a decisão da vaga para os pênaltis. Empate sem gols classifica a equipe de Santiago.
O jogo contra La U fica para trás. O Inter precisa voltar a pensar no Brasileirão. No domingo, volta a campo contra o Flamengo, às 16h, no Beira-Rio. E precisa vencer, pois a distância para o líder Palmeiras subiu para quatro pontos.
Esquema colorado não funciona, e chilenos saem na frente

Tite testou o 3-5-2 desde o início da partida para tentar tapar os buracos da defesa. Não deu certo. O time deu espaços para o adversário no meio-campo, chegou mal ao ataque e ainda levou um gol. Aos 23 minutos, Guiñazu perdeu a bola na intermediária. Montillo, no contra-ataque, avançou com liberdade e mandou uma pancada impressionante. Lauro mal viu a bola. Belo gol dos chilenos.
O Inter até teve oportunidades de gol, mas não conseguiu marcar. Alecsandro poderia ter deixado o Colorado em vantagem aos 20 minutos. Edu encontrou uma brecha na defesa chilena e colocou o atacante na cara do gol, mas ele desperdiçou chance clara ao mandar para fora.
O técnico da equipe gaúcha não esperou o fim do primeiro tempo para mexer. Com D’Alessandro girando o tempo todo para lugar nenhum, Tite se viu obrigado a reforçar a saída para o ataque. A opção foi mudar o esquema. Saiu Danilo Silva, entrou Andrezinho. O sistema passou para o 4-4-2, com Bolívar na lateral direita.
Houve um crescimento tímido. Bicicleta de Edu e conclusão fraca de Andrezinho foram as chances para acalmar uma torcida visivelmente insatisfeita. Mas não teve jeito. Com muito mais erros do que acertos, o time colorado foi para o vestiário derrotado. Só restava buscar uma reviravolta no segundo tempo.
Virada não vem, mas o Inter empata

O Universidad, não poderia ser diferente, criou um ferrolho defensivo. Os donos da cada podiam avançar até a intermediária de ataque. A partir dali, davam de cara com um paredão azul. Chances foram criadas e desperdiçadas. Chutes parecidos de Edu e Andrezinho, ambos pela direita, cruzados, acabaram defendidos pelo goleiro Miguel Pinto. Guiñazu, aos 22 minutos, perdeu gol incrível. No lugar onde deveria haver um centroavante, ele concluiu mal, a poucos centímetros da meta, para fora.
O Colorado manteve o abafa. A torcida teve de segurar o grito de gol na ponta da língua quando Sandro cabeceou na rede de Pinto, mas pelo lado de fora. Aos 31 minutos, o berro dos vermelhos foi liberado. Kleber apareceu bem pela esquerda e mandou o chute: 1 a 1.
E a virada quase saiu. Índio, de cabeça, ainda mandou a bola na trave. Mas a partida ficou mesmo no empate. E as interrogações que pairavam sobre o Beira-Rio no Brasileirão agora também abraçaram a Sul-Americana.
INTERNACIONAL 1 x 1 UNIVERSIDAD DE CHILE
INTERNACIONAL
Lauro, Bolívar, Índio e Fabiano Eller; Danilo Silva (Andrezinho), Sandro, Guiñazu, D'Alessandro (Marquinhos) e Kleber; Edu e Alecsandro (Taison)
Técnico: Tite
UNIVERSIDAD DE CHILE
Pinto, González, Victorino, Olarra e Arias; Contreras, Seymour (Díaz), Rojas, Montillo (Pinto) e Iturra; Gómez (Villalobos)
Técnico: José Badualdo
Gols: Montillo, aos 24 minutos do primeiro tempo; Kleber, aos 31 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Alecsandro, Edu (Internacional); Arias, Olarra (Universidade de Chile).
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre Data: 23/09/2009
Árbitro: Sergio Pezzotta (ARG)
Auxiliares: Roberto Reta (ARG) e Norberto Moyano (ARG)