Com show de Bieler, LDU faz 4 a 0 no Lanús e fica perto da vaga nas quartas
Um argentino foi o principal responsável pela vitória por 4 a 0 da LDU, do Equador, sobre o Lanús, da Argentina, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. O atacante Bieler marcou três vezes no estádio Casa Blanca, em Quito, e deixou a classificação do time equatoriano bem encaminhada para as quartas de final.

Com o resultado, o Lanús precisará vencer por cinco gols de diferença na próxima quinta-feira, em casa, para seguir na competição. Se ganhar pelo mesmo placar, o jogo será decidido nos pênaltis.
Comandados pelo jovem treinador Luis Zubeldía, de 28 anos, os jogadores do Lanús pareciam juniores recém-promovidos ao time profissional. Prova disto é que, com apenas seis minutos de jogo, pressionados, já perdiam por 2 a 0. De cabeça e com o pé, apenas escorando belo passe de Bolaños, Bieler deixou seu time em vantagem.
Em outra bobeada, o zagueiro do time argentino tocou a mão na bola dentro da área: pênalti. Bieler foi para a cobrança e marcou novamente.
No segundo tempo o Lanús esboçou uma reação. Voltou melhor, mas nada que mudasse o rumo do primeiro confronto. No fim Mendes ainda marcou o quarto gol de pênalti.
Quem se classificar enfrenta o vencedor de Vélez Sarsfield e Unión Española, do Chile. Na primeira partida, na útlima quarta-feira, na Argentina, o Vélez venceu por 3 a 2.
SAN LORENZO (ARG) 3X0 CIENCIANO (PER)
San Lorenzo goleia o Cienciano e está perto das quartas de final
Sem fazer muito esforço, o San Lorenzo (ARG) venceu o Cienciano (PER) por 3 a 0 dentro de casa e está perto de se classificar para as quartas de final da Copa Sul-Americana. O time argentino jogou praticamente toda a partida no campo de ataque e quase não foi ameaçado pelo adversário.
A partida de volta está marcada para a próxima quarta-feira, dia 30. O San Lorenzo pode perder por até dois gols de diferença que se classifica para a próxima fase. Caso marque um gol, a equipe argentina poderá até ser derrotado por três gols de diferença por causa do critério de gols fora de casa.
Romeo abriu o placar aos 11m com um chute bem colocado. Aos 32, Rovira recebeu livre na área e ampliou. No início da segunda etapa, aos 10, mais uma vez Romeo marcou. O atacante recebeu na entrada da área e tocou por cima do goleiro.
San Lorenzo ou Cienciano será o adversário de Vitória ou River Plate (URU) na próxima fase. No primeiro jogo entre as equipes, o time uruguaio venceu por 4 a 1.
CERRO PORTEÑO (PAR) 2X0 GOIÁS (BRA)
Goiás não suporta pressão e fica em desvantagem contra o Cerro Porteño
Não dá para dizer que foi injusto, mas o Goiás merecia melhor sorte no jogo de ida contra o Cerro Porteño, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Nesta quinta-feira, o time jogou em Assunção, no Paraguai, e acabou derrotado por 2 a 0. No estádio General Pablo Rojas, a equipe de Hélio dos Anjos vacilou no segundo tempo em duas bolas aéreas e fica em desvantagem na disputa por uma vaga na fase seguinte. Com o resultado, o Cerro pode até perder por um gol na volta que se classifica. Os brasileiros precisam repetir o placar para levar aos pênaltis ou vencer por três de diferença. A partida será na quinta-feira, no Serra Dourada.
Antes, porém, o Esmeraldino volta a se concentrar no Brasileirão. No domingo, recebe o Grêmio, às 16h, pela 26ª rodada.
Harlei impede a abertura do placar
Junte dois times em noite pouco inspirada, misture boa dose de cautela exagerada de ambos e esquemas de forte marcação. Pronto. Este é o resumo dos vinte primeiros minutos do duelo entre Cerro Porteño e Goiás. Mas depois de um início de partida para lá de morno, paraguaios e brasileiros decidiram jogar bola de verdade. Velocidade, raça e criatividade entraram em campo com ligeiro atraso, mas não faltaram.
O técnico Hélio dos Anjos optou por uma formação mista e deixou o lateral-esquerdo Júlio César e os atacantes Iarley e Fernandão na reserva. No esquema 3-6-1, Felipe ficou sozinho no ataque. O Cerro apostou primeiro na jogada aérea. Sem saída de bola, o Esmeraldino teve apenas Léo Lima na armação e só quando abria o jogo pelas pontas produzia algo interessante. Foi o que fez Zé Carlos pela esquerda, aos 20. Depois de se livrar da marcação, rolou para Ramalho da entrada da área. O chute parou na zaga do Cerro. Daí em diante, uma série de chances desperdiçadas.
Os times passaram a levar perigo ao gol adversário praticamente a cada três minutos. Ernando teve uma chance de cabeça, subiu sozinho, mas mandou pra fora. Aos 23, Recalde não precisou se esforçar muito para ganhar a dividida com Leandro Euzébio do lado esquerdo de ataque e bater cruzado. Sorte dos goianos que a bola balançou a rede pelo lado de fora. Logo depois, Brítez aproveitou a sobra na área, arriscou uma bicicleta e assustou, aos 27.
Apesar do 0 a 0 insistente, os donos da casa tiveram a grande chance do primeiro tempo na bola parada. Aos 30, a jogada aérea do Cerro enfim deu resultado, mas a bola sequer saiu da marca de escanteio. Enquanto esperavam a cobrança, João Paulo e Nanni se agarraram na área, e o árbitro argentino Saul Laverni marcou o pênalti. Na cobrança, Júlio dos Santos (ex-Grêmio e Atlético-PR) bateu firme, mas Harlei caiu certo no canto esquerdo para defender.
Ainda havia tempo para um lindo chute de fora da área do atacante Felipe, até então sumido, que o goleiro Diego Barreto fez questão de estragar com boa defesa, aos 44.
Vacilos custam caro

Hélio dos Anjos fez duas mudanças após o gol. Fernandão entrou no lugar de Ramalho, e Everton ocupou a vaga de Fernando. O time começava a melhorar quando sofreu o segundo. Aos 20, o zagueiro Diego Herner recebeu cruzamento livre de marcação na área e cabeceou com toda a facilidade do mundo para ampliar: 2 a 0.
O cenário ficou ainda pior para o Esmeraldino quando o lateral-direito Vítor tentou acertar uma cotovelada em um adversário e recebeu cartão vermelho direto. Curiosamente, após a expulsão a equipe de Hélio dos Anjos melhorou e por pouco não diminuiu. Felipe e Zé Carlos chegaram muito perto, mas pararam no goleiro Barreto, aos 24 e aos 25.
O técnico do Cerro, Pedro Troglio, também mudou o time. Lançou César Ramírez, o "El Tigre" (ex-Flamengo), no lugar do veloz Núñez. Léo Lima finalmente apareceu no segundo tempo, aos 31, num chute perigoso de fora da área. Também parou no goleiro. Zé Carlos e Fernandão tentaram novamente, mas sem sucesso. Aos 47, João Paulo teve ótima chance após cobrança de falta, mas, zagueiro que é, não conseguiu concluir livre na área. A missão em Goiânia não será da mais fáceis.
Ficha técnica:
CERRO PORTEÑO 2 x 0 GOIÁS
CERRO PORTEÑO
Diego Barreto; Miguel Torren, Diego Herner e Luis Cardozo, Julio Irrazábal, Jorge Brítez, Carlos Recalde (Mendoza), Luis Caceres e Júlio dos Santos (Iván González); Jorge Núñez (Ramírez) e Roberto Nanni.
Técnico: Pedro Troglio.
GOIÁS
Harlei; João Paulo, Leandro Euzébio e Ernando; Vítor, Fernando (Everton), Amaral, Ramalho (Fernandão) e Léo Lima e Zé Carlos; Felipe.
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Júlio dos Santos, aos sete, e Diego Herner, aos 20 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Irrazábal, Jorge Brítez e González (Cerro Porteño); Fernando, Amaral, João Paulo, Zé Carlos, Léo Lima e Leandro Euzébio (Goiás).
Cartão vermelho: Vítor (Goiás).
Estádio: General Pablo Rojas, Assunção (PAR). Data: 24/09/2009.
Árbitro: Saul Laverni (Fifa - ARG).
Auxiliares: Gustavo Esquivel (Fifa - ARG) e Ariel Bustos (Fifa - ARG).