domingo, 25 de outubro de 2009

31 Rodada:Série A

SANTOS 3X4 SÃO PAULO
Num clássico emocionante, Tricolor vira sobre o Peixe e segue em quarto

Santos e São Paulo mostraram neste domingo, como deve ser um clássico: muita disposição, luta, e, vários gols e, para apimentar ainda mais, uma expulsão. A Vila Belmiro viu tudo isso. E mais. Viu o Tricolor vencer por 4 a 3, de virada, para seguir no encalço do líder Palmeiras. Com o triunfo, a equipe do Morumbi vai a 52 pontos e permanece em quarto lugar. Não pode mais ser ultrapassado pelo Flamengo. O Verdão tem 54. Já o Peixe segue em 13º lugar, com 41 pontos.

Rogério Ceni garantiu a vitória são-paulina com um gol de falta aos 23 minutos do segundo tempo. Assim, quebrou um jejum que já durava um ano.

Bola parada movimenta placar

O San-São começou com tudo. Ainda que os times não tenham sido brilhantes tecnicamente, pelo menos houve disposição. Houve, também, falhas. Muitas, aliás. Os quatro gols da primeira etapa saíram em jogadas de bola parada. Em três delas, a colaboração da defesa foi determinante - sobretudo nos dois gols santistas.

O Peixe, com uma postura mais ofensiva, atuava com a marcação adiantada, buscando pressionar as saídas de bola do Tricolor. Essa marcação provocava erros de passe da equipe da capital, que começou a apresentar problemas para criar jogadas.

A defesa são-paulina, uma das melhores da competição, sofreu pane no jogo aéreo. Isso ficou evidente nos dois gols marcados pelo Santos na primeira etapa. No primeiro, aos 6, Madson cobrou escanteio da direita, Rodrigo Souto subiu no primeiro pau e desviou para André, substituto de Kléber Pereira, suspenso, marcar o seu segundo gol como profissional, o primeiro em um clássico.

O São Paulo só conseguia criar chances quando a bola caía nos pés de Hernanes. Nesses momentos, o camisa 10 mostrava porque é o principal jogador tricolor. Aos 12, em jogada individual, o volante sofreu falta de Astorga na entrada da área, pelo lado esquerdo. Ele mesmo executou a cobrança. Perfeita. Como manda o manual do bom batedor. A bola acertou o ângulo superior esquerdo de Felipe, que só se esticou para sair bem na foto.

O gol tricolor não assustou o Santos. Pelo contrário, o time da Vila partiu novamente para cima e, mais uma vez, aproveitou-se de falha da zaga adversária. Num lance bem parecido com o do primeiro gol, o Peixe ampliou, aos 26. Madson cobrou escanteio na direita e Rodrigo Souto apareceu novamente na frente dos marcadores para desviar. Dessa vez, a bola entrou direto.

O jogo era lá e cá e o São Paulo quase empatou aos 28, quando Hernanes, sempre ele, pegou o rebote pelo meio e chutou rasteiro. Felipe caiu e mandou para escanteio. O Santos era ligeiramente melhor, tinha mais posse de bola, mas acabou provando do seu próprio veneno: a jogada de escanteio. Aos 38, Hernanes executou a cobrança da esquerda. A bola passou por todos os defensores santistas e sobrou para Washington, que, mesmo desequilibrado, acertou o chute. A bola foi em cima de Felipe, que, ao tentar desviar, acabou mandando para o próprio gol.

Ceni: fim de jejum e expulsão

É como se não tivesse havido intervalo. Os dois times voltaram para o segundo tempo e mantiveram o ritmo do primeiro. Disposição, velocidade e muitos gols. O que mudou com relação ao primeiro tempo foi que, agora, o São Paulo é quem sufocava. A equipe do Morumbi passou boa parte dos minutos iniciais dentro da área santista. O gol da virada era inevitável. Aos 14, Jorge Wagner recebeu cruzamento da direita, se antecipou à marcação e empurrou para o gol.

O gol sofrido acordou o Peixe. As mudanças de Vanderlei Luxemburgo também ajudaram. Felipe Azevedo e Madson foram substituídos por Róbson e Jean, respectivamente. Não que os dois que entraram tenham sido brilhantes, mas melhoraram um pouco o toque de bola santista. Aos 21, em boa triangulação, Triguinho desceu pela esquerda e cruzou no meio da área. Róbson, sozinho, subiu, cabeceou e empatou a partida.

Mas não houve tempo para comemorar. Aos 22, o fim de um jejum. Dagoberto sofreu falta de Astorga na entrada da área. Rogério Ceni bateu e voltou a marcar após um ano. A última vez havia sido no dia 19 de outubro de 2008, no empate em 2 a 2 com o Palmeiras.

Ainda havia mais emoção por vir, pois o Santos partiu com tudo para cima do São Paulo. Aos 33, Jean escapou pela direita e, livre, e quando ia passar por Rogério Ceni sofreu falta. O goleiro era o último homem e acabou levando o vermelho.

Após a saída de seu capitão e com a vantagem no placar, o São Paulo se trancou.Foi bombardeado pelo Peixe, mas conseguiu se segurar.


Ficha técnica:
SANTOS 3 x 4 SÃO PAULO
SANTOS
Felipe, Pará, Adaílton, André Astorga e Triguinho (Léo); Rodrigo Souto, Germano, Paulo Henrique Ganso, Felipe Azevedo (Róbson) e Madson (Jean); André.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Renato Silva, André Dias e Miranda; Adrián González (Zé Luis), Jean, Hernanes, Jorge Wagner e Junior Cesar; Dagoberto (Borges) e Washington (Dênis).
Técnico: Ricardo Gomes.
Gols:André, aos 6, Hernanes, 12, Rodrigo Souto, 26, Washington, 38 do primeiro tempo; Jorge Wagner, 14, Róbson, aos 21, Rogério Ceni, aos 23 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: André Dias, Jean, Miranda (São Paulo), Germano, Adaílton (Santos). Cartão vermelho: Rogério Ceni.
Estádio: Vila Belmiro. Data: 25/10/2009.
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa RS).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa PR) e Altemir Hausmann (Fifa RS).
Público e renda: 8.735 pagantes/R$ 217.640,00.


GOIÁS 2X2 FLUMINENSE
Flu reage para cima do Goiás e arranca empate no Serra Dourada



Tudo parecia fácil para o Goiás, mas o time esmeraldino não contava com a reação do Fluminense, que conseguiu deixar o placar em 2 a 2, neste domingo, no Serra Dourada. Os donos da casa chegaram a abrir 2 a 0, mas perderam a chance de encostar no G-4. Agora estão com 47 pontos e seguem na sexta posição. O Tricolor, com 27 pontos, permanece seu calvário na lanterna do Campeonato Brasileiro. O rebaixamento fica cada vez mais provável.

Os gols da partida foram marcados por Iarley e Romerito, para o Esmeraldino, e Mariano e Equi González para o time carioca. Na próxima rodada, as equipes enfrentam os dois primeiros colocados do campeonato. Na quinta-feira, às 21h, o Goiás enfrenta o líder Palmeiras no Palestra Itália. No mesmo horário, o Fluminense recebe o Atlético-MG no Maracanã.

Flu não consegue segurar o ataque do Goiás

Desde o apito inicial do árbitro, o Goiás deu mostras de que não estava disposto a dar bobeira para o azar. E logo aos cinco minutos de jogo abriu o placar em uma jogada que é sua característica, a velocidade. A defesa do Flu tentou fazer a linha de impedimento e deixou Iarley na boa, sozinho com Rafael. O atacante entrou na área e acertou o ângulo esquerdo do goleiro: 1 a 0.

Atrás no placar, o Tricolor tentou adiantar a marcação, mas acabou sofrendo mais uma vez com a eficiência do time goiano. Aos 16 minutos, Vítor levou na linha de fundo pela direita e cruzou na medida para Romerito. O meia, entre o zagueiro Gum e o lateral-direito Mariano, mandou de cabeça para o fundo do gol: 2 a 0. O Esmeraldino tinha muita facilidade para envolver os defensores do Fluminense.

Sem forçar muito, o Goiás quase fez o terceiro aos 31 minutos. Após uma furada de Diguinho, Iarley tocou na medida para Felipe, que chutou cruzado. A bola passou rente à trave direita de Rafael. Até o momento, o lance de mais perigoso do Flu havia sido um chute de longe de Diogo, defendido por Harlei com segurança. Mas, aos 41, o Tricolor renovou suas esperanças dentro da partida. Depois de uma bela deixada de Fred, Mariano bateu na saída de Harlei e fez o gol: 2 a 1.

Flu consegue a igualdade com belo gol de falta

A segunda etapa começou em alta velocidade e cheia de emoções. No primeiro minuto, Iarley recebeu belo lançamento e pegou de primeira na entrada da área. Rafael voou e fez ótima defesa. A reposta tricolor veio logo aos dois minutos: Ruy, que havia entrado no lugar de Fábio Neves, cruzou da ponta direita na direção de Fred. O atacante conseguiu o desvio de dentro da pequena área mas a zaga interceptou em cima do lance.



Mais ofensivo após a entrada de Equi González no lugar do zagueiro Digão, o Flu conseguiu empatar logo aos 13 minutos. E com participação decisiva do argentino, que cobrou com enorme categoria a falta recebida por Fred: 2 a 2. Harlei nem se mexeu. Animado, o Tricolor esteve perto de virar a partida aos 18 minutos. Maicon recebeu em velocidade e chutou cruzado, mas o goleiro do Goiás defendeu.

O Goiás voltou a assustar aos 32 minutos. Iarley fez boa jogada e arrumou na medida para Vitor, que bateu cruzado, fazendo a bola passar rente à trave esquerda. Aos 39, Valmir Lucas cabeceou de frente para o gol e Rafael fez uma defesa espetacular. O finzinho de jogo ainda reservava mais emoções. Aos 45, Felipe ainda teve uma chance clara, de frente para o gol, mas o goleiro do Fluminense salvou novamente.


Ficha técnica:
GOIÁS 2 x 2 FLUMINENSE
GOIÁS
Harlei, Ernando, Henrique e Valmir Lucas; Vitor, Fernando, Ramalho (Bruno Meneghel), Romerito (Fernandão) e Júlio César; Iarley e Felipe.
Técnico: Hélio dos Anjos.
FLUMINENSE
Rafael, Gum, Digão (Equi Gonzalez)) e Dalton; Mariano, Diogo, Diguinho, Fábio Neves (Ruy) e Dieguinho (Marquinho); Maicon e Fred.
Técnico: Cuca.
Gols: Iarley, aos cinco, Romerito, aos 16, e Mariano, aos 41 minutos do primeiro tempo. Equi González, aos 13 minutos da segunda etapa.
Cartões amarelos: Henrique, Vitor, Felipe, Fernando, Valmir Lucas (GOI); Diguinho, Ruy (FLU).
Estádio: Maracanã. Data: 25/10/2009.
Árbitro: Leonardo Gaciba (RS).
Auxiliares: Marcelo Bertanha Barison (RS) e Jose Antonio Chaves Franco Filho (RS).


INTERNACIONAL 1X0 GRÊMIO
Inter vence o Gre-Nal, cresce na luta pelo título e mata esperanças do rival



Ao Inter, a esperança de um título mais próximo. Ao Grêmio, a tristeza de uma Libertadores cada vez mais distante. Gre-Nal bom é aquele em que vencer o rival também significa complicar a vida dele na tabela. Os colorados têm muito a comemorar: venceram por 1 a 0, com gol de D’Alessandro (adora clássicos!), colaram de vez no líder Palmeiras e ainda viram o Tricolor assumir um papel de mero coadjuvante para o restante do Brasileirão.

Foi o quinto Gre-Nal do ano. E a quarta vitória do Inter. O Grêmio caminha mal para o fechamento da temporada - sem título de Gauchão e/ou Libertadores, com quase nada a fazer no Brasileirão e tendo vencido apenas um Gre-Nal. O Colorado mantém a supremacia sobre o rival e tem chances vivas de voltar a ser campeão brasileiro 30 anos depois, em plena temporada de centenário.

Não foi um bom clássico tecnicamente. As chances de gol foram raras, especialmente no primeiro tempo. O Gre-Nal valeu mais por sua importância do que pela qualidade da partida. O Inter, com o resultado, manteve a terceira colocação, agora com 52 pontos, dois atrás do líder Palmeiras e com apenas um de desvantagem para o vice, o Atlético-MG. O Grêmio, é o oitavo, ainda com 44, oito pontos atrás de uma quase inalcançável zona de classificação para a Libertadores da América.

Os dois rivais voltam a campo na quarta-feira. O Inter faz jogão contra o São Paulo no Morumbi. O Grêmio recebe o Avaí.

O Inter tem D’Alessandro...

Ainda no túnel de acesso ao gramado, perguntado por um repórter sobre o costumeiro bom futebol em Gre-Nais, D’Alessandro disse que ainda não tinha feito nada. Modéstia dele. Ele fez, sim. Fez dois gols no passado, desequilibrou clássicos, deu vitórias ao Inter. E continuou assim neste domingo. Não que tenha jogado muito. Longe disso. Mas fez o gol. Como sempre, teve estrela para dar, vender e emprestar em um Gre-Nal.

Foi cedinho, pouco antes dos três minutos. A bola partiu de Kleber. Quando chegou em Alecsandro, ele recuou de peito para o argentino. D’Ale dominou, mirou o gol adversário e mandou o chute. A bola viajou, bateu em cima da linha da pequena área, ganhou altura e passou por cima de Victor. Rotina: gol de D’Alessandro em Gre-Nal. Inédito: falha de Victor, o goleiro que sempre pareceu imune a erros.

O Gre-Nal começou fervendo e foi esfriando com o passar do tempo. Depois do gol do Inter, pouco aconteceu. O Grêmio não se abalou, manteve o padrão de jogo, firmado em três volantes, dois meias e apenas um atacante. O time de Paulo Autuori controlou a bola, passeou pelo campo de ataque, mas esteve excessivamente defensivo para poder ameaçar o adversário com vigor. Chutes de Adílson e Rochemback, de longe, foram o resumo das oportunidades tricolores na etapa inicial.

E o Inter fez ainda menos. Mordeu, correu, mostrou disposição de sobra, mas criou pouco: alguns lances de Giuliano, uma ou outra tentativa de D’Alessandro, mas nada que tenha recebido continuidade no ataque. O melhor que a equipe de Mário Sérgio fez nos 45 minutos iniciais, fora o gol de D’Ale, foi a capacidade de controlar o adversário. Daniel anulou o lado esquerdo do Grêmio, fortalecido com as presenças de Lúcio e Douglas Costa. Índio e Bolívar cortaram tudo pelo meio. Sandro esteve firme como volante. Guiñazu foi Guiñazu. E ser Guiñazu basta para jogar bem.

No ataque, a equipe vermelha foi improdutiva. Alecsandro apareceu bem de pivô, buscou o jogo, tentou auxiliar das formas possíveis. Já Taison perdeu todas para o gremista Mário Fernandes. Teve rendimento quase nulo. Assim, o Inter não fez nada além de duas tentativas fracas, uma com Giuliano, outra com Kleber. Foi um primeiro tempo ruim.

Inter mantém a vitória

O Grêmio voltou diferente no segundo tempo. Autuori manteve a estrutura de três volantes, mas tirou Douglas Costa, um meia, para colocar Herrera, um atacante. Talvez não tenha sido culpa da substituição, mas o fato é que o time conseguiu ameaçar mais. Com um minuto, Lúcio cruzou, Guiñazu cortou e Souza chutou mal, por cima. Com 11, o mesmo Souza, de cabeça, quase empatou o jogo. A bola saiu por pouco.

Aí o Inter também mudou. Mário Sérgio sacou Taison e D’Alessandro para apostar em Marquinhos e Andrezinho. Mas foi o Grêmio quem seguiu criando. Souza, pela direita, mandou na área. Herrera tinha tudo para fazer o gol. Mas o chute foi daqueles que constrangem até alunos de escolinha: fraco, espremido contra o chão, insuficiente até para chegar na linha do gol.

Com o passar do tempo, o Inter conseguiu controlar melhor o adversário e passou a atacar um pouco mais. Quase ampliou com Alecsandro, que recebeu de Marquinhos na área, mas se enrolou ao tentar driblar Victor. Era uma chance clara.

O Grêmio ainda tentou a igualdade com Renato. Incrível: Paulo Autuori só desfez o esquema de três volantes aos 33 minutos do segundo tempo. A entrada do meia não fez grande diferença. O Tricolor teve que suportar a derrota, teve que ver as esperanças minguarem, teve que aceitar o papel de coadjuvante e ainda teve o zagueiro Rafael Marques expulso no fim de jogo. E talvez ainda veja o Inter ser campeão brasileiro.


Ficha técnica:
INTERNACIONAL 1 x 0 GRÊMIO
INTERNACIONAL
Lauro, Daniel, Índio, Bolívar e Kleber; Sandro, Guiñazu, Giuliano e D’Alessandro (Andrezinho); Taison (Marquinhos) e Alecsandro.
Técnico: Mário Sérgio.
GRÊMIO
Victor, Mário Fernandes, Léo (Rafael Marques), Réver e Lúcio; Túlio (Cajá), Adílson, Fábio Rochemback, Souza e Douglas Costa (Herrera); Perea.
Técnico: Paulo Autuori .
Gols: D’Alessandro, aos dois minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Giuliano, Guiñazu (Inter); Adilson, Souza e Túlio (Grêmio).
Cartão vermelho: Rafael Marques (Grêmio).
Estádio: Beira-Rio. Data: 25/10/2009.
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa/SP).
Auxiliares: Ednílson Corona (Fifa/SP) e Nilson de Souza Monção (SP).


CORITIBA 3X2 ATLÉTICO - PR
Com um gol aos 47 do segundo tempo, Coritiba bate o Atlético-PR no Couto



Foi no apagar das luzes, aos 47 minutos do segundo tempo, que o clássico Atletiba foi decidido. Marcos Aurélio saiu do banco de reservas e decretou a vitória do Coritiba por 3 a 2 sobre o Atlético-PR, neste domingo, no Couto Pereira, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro (assista aos gols). O argentino Ariel marcou um gol a favor do Coxa e outro contra. Marcinho foi o autor do segundo gol do Furacão. Com o resultado, o Alviverde do Alto da Glória permanece na 15ª posição com 37 pontos, enquanto o Atlético-PR é o 14º, com 39.

Além da vitória, o Coritiba quebrou um tabu que durava seis anos. O último triunfo do Coxa sobre o rival, em casa, na competição havia acontecido no dia 14/06/2003 (2 a 0).

Na próxima rodada, o Atlético-PR recebe o Santos, na Arena da Baixada, nesta quarta-feira, às 19h30m, enquanto o Coritiba encara o Sport, quinta-feira, às 21h, na Ilha do Retiro.

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro


Ariel dá um presente para o Furacão, mas se redime com o Coxa

O 341º Atletiba começou quente. Com 30 segundos de bola rolando, Paulo Baier, do Atlético-PR, levou cartão amarelo por uma entrada dura em Leandro Donizete, na frente do árbitro Paulo César Oliveira. No embalo da torcida, que lotou a arquibancada do estádio Couto Pereira, o Coritiba tomava a iniciativa de atacar.

Revoltado, o técnico Antônio Lopes, do Furacão, pediu cartão amarelo para Leandro Donizete, que deixou a mão na nuca do colombiano Valencia, mas o árbitro não atendeu aos apelos do delegado. Aos nove, Leandro Donizete foi desarmado no seu campo de defesa, e Alex Sandro chutou forte, da entrada da área. Edson Bastos espalmou, salvando o Coxa.

Enquanto a bola rolava, Marcelinho Paraíba e Antônio Lopes discutiam. Aos 13, após cobrança de falta ensaiada, Marcelinho Paraíba rolou para o outro ‘Paraíba’, o Carlinhos, que soltou a bomba da intermediária. A bola se perdeu sobre a meta de Galatto. Na sequência, Wallyson escapou pela canhota, em velocidade, e foi derrubado por Leandro Donizete, punido com o cartão amarelo.

Se o ímpeto ofensivo era do Coritiba, quem abriu o placar foi o Atlético-PR. Aos 16, Paulo Baier cobrou escanteio no primeiro pau. O argentino Ariel, ajudando na defesa, desviou de cabeça, contra a sua própria meta. Porém, não deu tempo de a torcida rubro-negra comemorar. Dois minutos depois, Marcelinho Paraíba desceu pela esquerda e cruzou rasteiro na pequena área. ‘El Loco’ apareceu pelo meio da defesa e escorou no canto de Galatto, empatando para o Coxa e se redimindo do gol contra.

Aos 28, Carlinhos Paraíba cobrou o escanteio. Jeci subiu mais que todo mundo e escorou de cabeça, assustando Galatto. Até os 30, o Coritiba havia roubado oito bolas contra apenas uma do Furacão. Aos 35, Wesley ganhou na disputa de bola e rolou para Wallyson. O atacante invadiu a área, tentou cortar Jeci, mas o zagueiro se recuperou no desarme. Antes do fim da primeira etapa, Ângelo acertou o travessão de Galatto em cobrança de falta.

Ao apagar das luzes, Marcos Aurélio garante a vitória coxa-branca

O Atlético-PR voltou do intervalo com duas alterações. O zagueiro Rhodolfo deixou o campo sentindo dores no ombro direito e Chico entrou para compor a defesa. E Marcinho substituiu Wallyson para tentar dar mais criatividade ao ataque. O Coritiba retornou com a mesma formação que iniciou o jogo. No primeiro minuto, Marcinho arriscou de longe, e Edson Bastos encaixou.

Com cinco minutos, antes de cobrar um escanteio, Paulo Baier entregou na mão do assistente nº 1 um objeto que estava no gramado, que teria sido atirado pela torcida do Coxa. Em seguida, o técnico Ney Franco tornou o Coritiba ainda mais ofensivo ao colocar o atacante Marcos Aurélio no lugar do lateral Ângelo. Aos 10, Marcelinho Paraíba cobrou o escanteio, o zagueiro Dirceu fechou no primeiro pau e e desviou de cabeça, à direita do gol de Galatto.

Aos 14, Leandro Donizete sentiu o tornozelo direito e foi substituído por Márcio Gabriel, que passou a atuar pela lateral direita do Coxa. Dois minutos depois, o mesmo Márcio Gabriel provocou a expulsão de Alex Sandro, que chegou duro. Aos 17, após cobrança de escanteio de Marcelinho Paraíba, Dirceu subiu no segundo pau e desviou de cabeça. Galatto espalmou.

Com um jogador a menos, o Atlético-PR passou a sofrer uma pressão ainda maior. Aos 19, Carlinhos Paraíba cruzou na área. Ariel desviou no primeiro pau, na rede, pelo lado de fora. A virada coxa-branca era questão de tempo. Após cobrança de escanteio, Pedro Ken subiu junto com a zaga rubro-negra e a bola sobrou para Jaílton. O volante tentou a finalização, mas quem apareceu para empurrar para o gol foi o zagueiro Jeci.

No desespero, Antônio Lopes tirou o inoperante Alex Mineiro para a entrada de Patrick, na tentativa de um empate que veio aos 28. Paulo Baier mostrou visão de jogo e esticou para Marcinho, nas costas de Luciano Amaral. O atacante recebeu na área e finalizou, sem chance para Edson Bastos.

O Coxa insistia nas bolas aéreas, e Rômulo entrou na vaga de Carlinhos Paraíba, para tentar o desempate. Aos 47, em cobrança de falta ensaiada, Marcelinho Paraíba rolou para Marcos Aurélio, que estufou a rede de Galatto, dando a vitória ao Coritiba, que deixou o clássico mais aliviado na briga contra o rebaixamento.


Ficha técnica:
CORITIBA 3 x 2 ATLÉTICO - PR
CORITIBA
Edson Bastos; Ângelo (Marcos Aurélio), Jeci, Dirceu e Luciano Amaral; Jaílton, Leandro Donizete (Márcio Gabriel), Pedro Ken e Carlinhos Paraíba (Rômulo); Marcelinho Paraíba e Ariel.
Técnico: Ney Franco.
ATLÉTICO - PR
Galatto; Nei, Manoel, Rhodolfo (Chico) e Alex Sandro; Valencia, Rafael Miranda, Paulo Baier e Wesley; Wallyson (Marcinho) e Alex Mineiro (Patrick).
Técnico: Antônio Lopes.
Gols: Ariel (contra), aos 16 minutos do primeiro tempo e aos 18; Jeci, aos 23 minutos do segundo tempo, Marcinho, aos 28, e Marcos Aurélio aos 46.
Cartões amarelos: Leandro Donizete, Jeci e Marcos Aurélio (Coritiba); Paulo Baier (Atlético - PR).
Cartão vermelho: Alex Sandro (Atlético - PR).
Estádio: Couto Pereira. Data: 25/10/2009.
Árbitro: Paulo Cesar Oliveira (SP).
Auxiliares: Aparecido Donizetti Santana (PR) e Gilson Bento Coutinho (PR).
Renda e público: R$ 575.805,00 / 32.838 pagantes.


CORINTHIANS 0X1 CRUZEIRO
Com gol em impedimento, Cruzeiro vence o Corinthians e continua rondando o G-4



Nem a volta de Ronaldo e a vontade do Corinthians de apimentar a disputa pelo título foram suficientes para frear o melhor time do segundo turno do Campeonato Brasileiro. Com um gol em impedimento do veterano Gilberto no fim do primeiro tempo e um jogador a menos desde os 29 minutos da etapa final (Fernandinho foi expulso), o Cruzeiro manteve o ótimo momento ao vencer o Timão por 1 a 0, neste domingo à noite, no Pacaembu, entrando de vez na briga por uma vaga na Taça Libertadores de 2010.

Com o resultado, a equipe de Belo Horizonte chega ao sexto jogo consecutivo sem perder (cinco vitórias e um empate) e já aparece na sexta colocação, com 48 pontos, apenas quatro abaixo do São Paulo, último a se garantir na competição internacional neste momento. A arrancada, aliás, faz o clube sonhar até com o título. A diferença para o líder Palmeiras também caiu, agora para seis pontos, restando sete rodadas para o encerramento.

Ao Corinthians sobrou apenas cumprir tabela até o fim do Brasileirão, pela distância de dez pontos para o G-4 e outros dez para a zona do rebaixamento. Foi a segunda derrota consecutiva (havia perdido para o Sport), mantendo o time do Parque São Jorge com 42 pontos, na 11ª colocação.

Na próxima rodada, o Corinthians vai até Salvador enfrentar o Vitória, na quarta-feira, às 21h50m, no estádio Barradão. O Cruzeiro recebe o Santo André, no mesmo dia, às 21h, no Mineirão.

Gol em impedimento coloca Cruzeiro em vantagem



Sem um meia de origem, o Corinthians apostou na movimentação de seus jogadores para passar pela barreira mineira formada pelos volantes Fabrício, Henrique e Marquinhos Paraná. Ronaldo, de volta após duas semanas de treinamentos, mostrou mais disposição e quase fez um golaço. Logo aos dois minutos, ele entortou Gil na área, driblou Cláudio Caçapa, mas foi travado no chute, e a bola saiu para escanteio. Aos oito, o Fenômeno marcou ao receber cruzamento de Edu pela esquerda, mas em impedimento, bem marcado pela arbitragem.

Preocupado mais com a defesa, o Cruzeiro deu pouco trabalho a Felipe. A primeira tentativa surgiu apenas aos 15 minutos, em chute de longa distância de Guerrón, que o goleiro alvinegro segurou. O equatoriano, aliás, teve pouco espaço para trabalhar, já que atuou centralizado na área, sempre acompanhado por Chicão ou William. Thiago Ribeiro e Gilberto eram as opções para os contra-ataques, porém, sempre com um número elevado de passes errados.

O marasmo só foi quebrado a partir dos 34 minutos. Diego Renan, uma das revelações da equipe mineira, fez boa jogada pelo lado esquerdo, avançou para o meio e chutou. Felipe pegou bem. O Corinthians respondeu pouco depois, aos 36, com uma grande oportunidade para Jorge Henrique. Dentinho cruzou da direita, a bola atravessou toda a área e sobrou para o atacante. Ele tentou pegar de primeira, mas a bola tocou no gramado antes e subiu muito, por cima da meta.

Quando conseguiu encaixar uma boa troca de passes, o Cruzeiro chegou ao gol, aos 40. Pelo lado esquerdo, Thiago Ribeiro passou para Marquinhos Paraná, que deu excelente passe para Fabrício. O volante cruzou para a área e Gilberto, em posição de impedimento, apenas desviou para o gol.

Com um a menos, Raposa segura pressão do Timão

No segundo tempo, o Corinthians reapareceu mais disposto, quase marcando nos primeiros minutos. Aos dois, Ronaldo recebeu de Alessandro e serviu Edu, que bateu à direita. Logo em seguida, aos quatro, Jucilei subiu de cabeça após cobrança de falta pela esquerda e assustou Fábio.

Com Fernandinho no lugar de Guerrón, o técnico Adilson Batista tentou dar mais velocidade ao Cruzeiro nos contra-ataques. Apesar do bom espaço dado pela defesa paulista, os mineiros não conseguiram encaixar uma saída rápida. Melhor para o Corinthians. Na chance mais perigosa, Ronaldo, aos dez, recebeu lançamento na área e desviou de cabeça para Jorge Henrique. De frente para Fábio, o baixinho cabeceou, mas o goleiro defendeu espetacularmente.

Mano Menezes também optou por trocar sua equipe em busca do empate. Dentinho, machucado, deu lugar ao argentino Defederico, enquanto Boquita substituiu Edu. As trocas, porém, não tiveram muito resultado. O Cruzeiro continuou dominando o meio de campo e dificultando a produção alvinegra no setor.

Mas, aos 28, o Cruzeiro ficou com um jogador a menos. Marquinhos Paraná e Fernandinho reclamaram de uma falta de Elias, e o clima esquentou. Vários jogadores trocaram empurrões, mas apenas Fernandinho, que já tinha cartão amarelo, recebeu o vermelho.

A vantagem fez o Corinthians se animar. Boquita, aos 37, recebeu passe de Jorge Henrique e chutou da entrada da área, quase acertando o ângulo esquerdo de Fábio. Mano Menezes tratou de reforçar o ataque, com Edno no lugar do volante Jucilei. Mesmo assim, o Corinthians teve problemas para criar. Ronaldo ainda lutou, mas já era tarde para buscar o empate.


Ficha técnica:
CORINTHIANS 0 x 1 CRUZEIRO
CORINTHIANS
Felipe, Alessandro, Chicão, William e Marcelo Oliveira; Jucilei (Edno), Elias e Edu (Boquita); Jorge Henrique, Ronaldo e Dentinho (Defederico).
Técnico: Mano Menezes.
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Gil, Cláudio Caçapa e Diego Renan (Elicarlos); Fabrício, Henrique, Marquinhos Paraná e Gilberto (Leandro Lima); Thiago Ribeiro e Guerrón (Fernandinho).
Técnico: Adílson Batista.
Gols: Gilberto, aos 40 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Edu, Felipe, William (Corinthians); Gil, Fernandinho, Fabrício (Cruzeiro).
Cartão vermelho: Fernandinho (Cruzeiro).
Estádio: Pacaembu. Data: 25/10/2009.
Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez.
Auxiliares: Ricardo Mauricio Ferreira de Almeida (RJ) e Hilton Moutinho Rodrigues (RJ).
Público: 21.738 pagantes. Renda: R$ 705.591,50.


AVAÍ 2X2 SPORT
Em jogo emocionante, Sport empata com o Avaí e segue em situação complicada

O Sport tinha tudo para conseguir um importante resultado, contra o Avaí, em Florianópolis, mas voltou para Recife com um sentimento de derrota. Depois de fazer 2 a 0, o time pernambucano recuou muito e acabou levando o empate que deixa a equipe em uma situação ainda mais complicada na tabela de classificação. Com 29 pontos, segue em penúltimo e sofre com o famtasma do rebaixamento a cada rodada. Já os catarinenses chegaram aos 44 e permanecem na décima posição no Campeonato Brasileiro.

O próximo jogo do Avaí será contra o Grêmio, às 21h, de quarta-feira, no estádio Olímpico. Já o Sport recebe o Coritiba, quinta, na Ilha do Retiro, no mesmo horário.

Inicio de jogo movimentado

Precisando de uma vitória para tentar minimizar a situação ruim na tabela de classificação, o Sport, mesmo na casa do adversário, foi ao ataque e logo aos quatro minutos fez o seu primeiro gol. Arce cruzou pela esquerda, Durval tentou de cabeça e a bola sobrou para Wilson, que finalizou com força para abrir o placar. A torcida do Avaí ainda lamentava quando o time sofreu o segundo, aos sete. Luciano Henrique aproveitou um rebote do goleiro e arriscou de fora da área. A bola fez uma curva e entrou no ângulo direito de Eduardo Martini.

O Avaí não se abateu e tentou a reação. Willian recebeu um bom passa de Eltinho na entrada da área, tentou o drible e acabou derrubado. Marquinhos pegou a bola para cobrar e deu certo. Com muita categoria, ele cobrou no ângulo esquerdo sem chances para Magrão, aos 16.

O Lance animou o time de Florianópolis. Aos 27, Marquinhos aproveitou outra falta para assustar Magrão, que se esticou todo para espalmar para escanteio. O Avai já tinha o domínio do jogo e teve a última chance do primeiro tempo em mais uma falta. Ferdinando bateu forte e Magrão, destaque do Sport na partida, afastou o perigo espalmando para o alto.

Sport volta recuado e...

Quando acabou o primeiro tempo Vagner Mancini, técnico do Sport, disse que sua equipe não poderia voltar para a etapa final para segurar o placar. Mas não foi isso que aconteceu. O Avaí começou mais disposto e o Leão recuado.

De tanto pressionar, conseguiu o empate aos 19. Willian avançou pela esquerda e cruzou rasteiro na área. Luis Ricardo foi mais rápido que a zaga e chegou primeiro na bola para finalizar para o fundo das redes. Festa na Ressacada.

O Sport sentiu que poderia sofrer a virada e foi ao ataque. No lance mais claro do jogo, Vandinho recebeu cruzamento na área, driblou o zagueiro e finalizou. Ferdinando tirou na linha do gol salvando o Avaí da derrota.


Ficha técnica:
AVAÍ 2 x 2 SPORT
AVAÍ
Eduardo Martini; Rafael(Rogélio), Augusto e Émerson; Luis Ricardo, Ferdinando, Léo Gago, Marquinhos, Caio (Assis) e Eltinho; William.
Técnico: Silas.
SPORT
Magrão; Moacir, César, Durval e Dutra; Hamilton, Andrade, Fabiano e Luciano Henrique; Arce (Vandinho)e Wilson.
Técnico: Péricles Chamusca.
Gols: Wilson, aos quatro, Luciano Henrique, aos sete, e Marquinho, aos 16 do primeiro tempo. Luis Ricardo, aos 19 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Andrade, Fabiano, Dutra e Arce (Sport) e Marquinhos (Avaí).
Público: 8571.Renda: R$ 42.952.
Estádio: Ressacada. Data: 25/10/2009.
Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho (SP).
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Carlos Augusto Nogueira Junior (SP).


BOTAFOGO 0X1 FLAMENGO
Na primeira vez no Engenhão, Flamengo vence outro clássico contra o Botafogo



A primeira vez o torcedor nunca esquece. Botafogo e Flamengo nunca haviam se enfrentado no Engenhão, e o clássico realizado na tarde deste domingo teve todos os ingredientes que o transformaram no de maior rivalidade no futebol carioca nos últimos anos. Confronto entre a torcida rubro-negra e a Polícia Militar no lado de fora do estádio, tensão lá dentro, pênalti defendido por Bruno e até mesmo o inusitado fato de o público presente ter sido menor que o número de ingressos vendidos - a explicação dos responsáveis cai sobre torcedores que compraram o seu bilhete mas desistiram de assistir ao jogo, ou sobre cambistas que não conseguiram se desfazer dos seus. A única coisa que não mudou foi o resultado da partida. No fim das contas, nova vitória do clube da Gávea, desta vez por 1 a 0.

Já são dez partidas de jejum do Glorioso (sete derrotas e três empates) contra o arquirrival. A última vez que a torcida alvinegra pôde comemorar foi no dia 14 de abril de 2008, quando o time venceu por 3 a 0 na semifinal da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. Com o resultado, o Flamengo manteve a quinta colocação, agora com 51 pontos, a um do G-4 e três a menos que o líder Palmeiras, entrando de vez na briga não apenas por uma vaga na Taça Libertadores de 2010, mas também do título. Já o Botafogo continua na zona de rebaixamento, com 32 pontos, mas agora em 18º lugar - o time acabou ultrapassado por Santo André e Náutico, que venceram na rodada, chegaram ao mesmo número de pontos, mas levam vantagem no número de vitórias (oito contra seis).

As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira, e ambos sem os seus respectivos maestros: Lucio Flavio e Petkovic receberam o terceiro cartão amarelo e terão de cumprir suspensão automática - o meia rubro-negro ainda deixou o campo após sentir uma lesão no músculo posterior da coxa direita. O Alvinegro recebe o Náutico, às 19h30m, no Engenhão, em um confronto direto na briga contra o rebaixamento nesta reta final do Brasileirão. Já o Flamengo vai a São Paulo, onde enfrenta o Barueri, na Arena, às 21h50m.

Casa cheia só na expectativa, e o Fla confirma melhor momento

Com um público muito aquém do esperado, as equipes entraram em campo buscando o ataque desde o início. O Rubro-Negro contava com o trio formado por Petkovic, Zé Roberto e Adriano, enquanto o Alvinegro começou com Reinaldo ao lado de Jobson e André Lima na frente. Duas formações ofensivas, mas o melhor momento do time visitante acabou prevalecendo. Aos cinco, Juan foi à linha de fundo e cruzou para o meio da área. Fierro, sem marcação, concluiu para fora. No minuto seguinte, Zé Roberto aproveitou rebote da defesa adversária e chutou com perigo, à esquerda de Jeferson. O camisa 22 voltou aparecer em seguida, aos sete, quando aproveitou o espaço pelo lado esquerdo para entrar na área. O goleiro botafoguense saiu bem para ganhar a jogada.

A resposta dos donos da casa veio na sequência. Aos oito, Reinaldo arriscou de longe, e Bruno espalmou a escanteio. Após um início eletrizante, os dois times colocaram o pé no freio, e a partida passou a ficar mais disputada no meio-campo. O Botafogo chegou com perigo ao 13 e aos 17, com Batista chutando com perigo de fora da área, e Reinaldo cabeceando à direita do gol. A partir daí, predomínio total do Rubro-Negro, que pressionou até abrir o placar e ainda poderia ter ido para o vestiário com uma vantagem maior. Aos 23, Toró errou o chute, mas a bola acabou nos pés de Adriano, que dominou e chutou para a segura defesa de Jefferson. Um minuto depois, Fierro cruzou da direita, e Zé Roberto, sem marcação, cabeceou mal, por cima do travessão.

Foi apenas um ensaio. Diante de um Alvinegro nervoso e com medo de arriscar, o Flamengo se aproveitou exatamente de um erro do sistema defensivo do rival. Aos 31, Wellington vacilou ao tentar cortar uma bola pelo alto, e Adriano partiu com tudo para cima. O Imperador ganhou na força de Juninho e do próprio Wellington, mesmo com um involuntário toque na bola com o braço esquerdo, e chutou sem chances para Jefferson: 1 a 0, e o atacante descarregava a raiva declarada porque estava há duas partidas sem marcar. Aos 38, Petkovic limpou jogada na área rubro-negra e fez lançamento espetacular para Fierro. O chileno tabelou com Zé Roberto, recebeu livre na área e chutou para fora, rente à trave esquerda, perdendo chance incrível.

Bota volta melhor, pressiona e perde pênalti

Os times voltaram sem alterações para a segunda etapa, mas o Alvinegro retornou com outra postura, criando mais oportunidades. Logo aos três minutos, Lucio Flavio cobrou falta da direita, e André Lima, livre de marcação na entrada da pequena área, concluiu sem direção. Aos seis, o camisa 9 acertou a pontaria, mas Bruno apareceu para realizar ótima defesa. Enquanto os anfitriões buscavam o ataque somente na base da vontade, o Flamengo, mais bem armado, dominava o meio-campo e sempre saía com perigo para o campo adversário. Aos dez, o retrato fiel do nervosismo alvinegro: Batista deu ótimo passe na esquerda para Jobson, mas o atacante chutou de maneira bisonha. A bola saiu pela linha lateral.



Com a entrada de Victor Simões no lugar de Batista, e a saída de Petkovic para a entrada de Gil, o Botafogo passou a ter mais posse de bola e encurralou o rival no campo de defesa. Aos 19, em seu primeiro lance na partida, Victor Simões chutou de primeira, após tabela com André Lima, e Bruno apareceu muito bem mais uma vez. Três minutos depois, brilhou a estrela do o camisa 1 rubro-negro. Pouco depois de os jogadores alvinegros reclamarem um toque de mão de Toró na área, o árbitro Luiz Antônio Silva dos Santos viu falta inexistente de Airton em
André Lima. Pênalti mal marcado que Lucio Flavio cobrou aos 25 para a defesa do goleiro.

Aos 33, Lucio Flavio desceu pela esquerda e cruzou rasteiro para o meio da área. Victor Simões fez o corta-luz para André Lima, que soltou a bomba, mas isolou. O Botafogo seguiu pressionando em busca do gol de empate, que o tiraria do Z-4, mas foi o Flamengo, mesmo encurralado durante os 20 minutos finais, que quase balançou as redes. Já nos acréscimos, Zé Roberto desceu livre pela direita e chutou para Jefferson fazer ótima defesa. No rebate, Gil, com o gol aberto a sua frente, concluiu de maneira ridícula para fora. E não faria diferença
alguma mesmo.


BOTAFOGO 0 x 1 FLAMENGO
BOTAFOGO
Jefferson, Alessandro, Juninho, Wellington e Diego (Jônatas); Leandro Guerreiro, Batista (Victor Simões), Lucio Flavio e Reinaldo (Renato); Jobson e André Lima .
Técnico: Estevam Soares.
FLAMENGO
Bruno, Leonardo Moura, Aírton, Fabrício e Juan (Wellinton); Maldonado, Toró, Fierro (Lenon) e Petkovic (Gil); Zé Roberto e Adriano.
Técnico: Andrade.
Gol: Adriano, aos 31 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Lucio Flavio e Jobson (Botafogo); Fierro, Juan, Petkovic e Airton (Flamengo).
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro. Data: 25/10/2009.
Renda: R$ 656.242. Público: 25.192 pagantes (22.727 presentes).
Árbitro: Luiz Antônio Silva dos Santos (RJ).
Auxiliares: Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ) e Marco Aurelio dos Santos Pessanha (RJ).