Em confronto direto pela Sul-Americana, Peixe e Furacão ficam no empate
No discurso dos jogadores das duas equipes antes da partida, o mesmo tópico: a vitória era obrigatória. Em jogo, uma vaga na Copa Sul-Americana. No entanto, Atlético-PR e Santos acabaram mesmo ficando no empate em 1 a 1. Resultado que, diante das circunstâncias, acabou sendo melhor para o Peixe, que vai a 42 pontos e segue dentro da zona de classificação para a competição continental. Já o Furacão soma 40 pontos. Está longe do rebaixamento, mas segue na parte cinza da tabela: fica longe da degola, mas também não se aproxima da Sul-Americana.
O jogo pelo menos teve um lance histórico. Com o gol de pênalti que marcou, Kléber Pereira chega a 48 em campeonatos brasileiros pelo Peixe, supera Robinho, e se torna o maior artilheiro do clube na história da competição.

No embalo de Ganso, Peixe domina, mas gol não sai
O Santos teve amplo domínio do jogo no primeiro tempo. Marcando forte as saídas de bola, sem deixar o adversário respirar, o Peixe se sentia em casa. Apresentava na Arena um futebol que a Vila Belmiro raramente viu neste Brasileirão (o aproveitamento do time alvinegro como mandante é de apenas 50%): toques de bola conscientes e boas jogadas armadas por Paulo Henrique Ganso, que desfilou no gramado, com direito a chapéu, ótima visão de jogo e passes perfeitos.
O Furacão, por sua vez, tinha dificuldades para acertar a marcação. O Peixe entrou em campo com Kléber Pereira mais adiantado. Ganso, Jean e Felipe Azevedo vinham de trás, em movimentação constante. A dupla de zaga do Furacão não sabia a quem marcar e bateu cabeça em três lances: logo no primeiro minuto, Kléber apareceu sozinho na direita e chutou colocado, tentando encobrir Galatto, que conseguiu espalmar. Aos 14, Rodrigo Souto achou Jean sozinho entrando pelo meio. O atacante, que estreava como titular, invadiu a área e tocou na saída do goleiro. A bola acabou saindo. Chance incrível perdida pelo Peixe. Em seguida, aos 19, a zaga saiu para marcar Kléber Pereira, e Paulo Henrique apareceu livre para escorar de cabeça cruzamento de Pará. A bola subiu muito.
O Atlético, cercado por todos os lados, não conseguia acertar passes. Marcinho, Patrick e Wallyson recebiam de costas para a zaga santista, mas eram desarmados. Dessa forma, o Furacão só conseguiu ameaçar na bola parada. Aos 22, a única chance real de gol do time da casa: Paulo Baier bateu falta da direita e jogou a bola meio da bagunça da grande área. Ninguém desviou, e ela pingou em frente a Felipe, que, atento, conseguiu espalmar.
Kléber marca gol histórico, mas Furacão empata
O segundo tempo começou, mas o panorama do primeiro não se alterou. O Santos, mais bem organizado, continuava dominando a partida. A diferença é que, desta vez, teve o gol. Paulo Henrique Ganso recebeu passe de peito de Kléber Pereira, invadiu a área e foi derrubado. Pênalti, que Kléber Pereira bateu bem, aos 4 minutos, para abrir o placar.
Um gol histórico, aliás. O camisa 9 do Santos acabou com um jejum que durava um mês. Ele não balançava as redes desde o dia 27 de setembro, na derrota por 3 a 1 para o Atlético-MG. Além disso, ele se tornou o maior goleador santista em campeonatos brasileiros, com 48 gols em três edições (2007, 2008 e 2009).
Parecia que o Peixe se encaminhava para uma vitória tranquila. Parecia, apenas. O Atlético-PR saiu para o jogo e, três minutos após o gol santista, conseguiu o empate. Aos 7, Paulo Baier cobrou escanteio da esquerda, muito fechado. Felipe chegou a espalmar, mas foi atrapalhado por Bruno Costa, que trombou com o goleiro. O árbitro não deu a falta, e a bola sobrou para o próprio Bruno empurrar para o gol.
O empate tornou o jogo igual. Além disso, a entrada de Rodrigo Tiuí no lugar de Wallyson melhorou a movimentação do ataque da equipe paranaense. Aos 14, ele recebeu a bola pela esquerda e recebeu de Róbson, que havia entrado no time santista substituindo Felipe Azevedo, uma entrada criminosa. Por cima da bola, o meia santista acertou a perna de Tiuí. Vermelho direto.
Com um jogador a menos, o Santos se trancou e buscou o contra-ataque. Para isso, o técnico Vanderlei Luxemburgo colocou Madson no lugar de Jean. No entanto, o Peixe não conseguiu criar mais nada. O Furacão, por sua vez, dominava a posse de bola, virava o jogo de um lado para o outro, cruzou inúmeras bolas na área, mas não conseguiu a virada.
Ficha técnica:
ATLÉTICO - PR 1 x 1 SANTOS
ATLÉTICO - PR
Gallato, Nei, Manoel, Ronaldo e Bruno Costa; Valencia, Rafael Miranda (Netinho), Paulo Bayer e Marcinho; Wallyson (Rodrigo Tiuí) e Patrick (Alex Mineiro).
Técnico: Antônio Lopes.
SANTOS
Felipe, Pará, Astorga, Adaílton e Triguinho; Rodrigo Souto, Germano, Paulo Henrique Ganso, Felipe Azevedo (Róbson) e Jean (Madson); Kléber Pereira (Rodrigo Mancha).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Gols: Kléber Pereira, 4, Bruno Costa, aos 7 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Paulo Henrique Ganso, Kléber Pereira, Germano (Santos), Valência, Ronaldo (Atlético).
Cartão vermelho: Róbson (Santos).
Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Data: 28/10/2009.
Árbitro: Francisco de Assis Almeida Filho (CE).
Auxiliares: Erich Bandeira (Fifa/PE) e Thiago Gomes (CE).
Público: 17.930 pagantes.
BOTAFOGO 1X0 NÁUTICO
Em jogo tenso, Botafogo vence o Náutico e sai novamente da zona de rebaixamento
Em um confronto entre duas equipes desesperadas, era esperado o clima de muita tensão. E foi sob este ambiente - além de uma ajuda involuntária da arbitragem - que o Botafogo conquistou uma sofrida vitória por 1 a 0 sobre o Náutico, na noite desta quarta-feira, no Engenhão, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro (assista ao gol no vídeo ao lado) O resultado significou um sopro de esperança para o Alvinegro na luta contra o rebaixamento . Ao mesmo tempo, complicou ainda mais a situação do time pernambucano, que fica mais próximo da Série B de 2010.
Com o resultado, o Botafogo saiu do Z-4, chegando à 16ª posição, com 35 pontos, uma vez que o Cruzeiro derrotou o Santo André, no Mineirão, e o Ramalhão parou nos 32 pontos e caiu para a 17ª colocação. No próximo domingo, a equipe enfrenta o Internacional, às 16h, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Já o Náutico, em 18º lugar, com a mesma pontuação da equipe paulista, pega o arquirrival Sport, às 18h30m, no estádio dos Aflitos.
Nervoso, Alvinegro erra muito no primeiro tempo
As duas equipes entraram em campo pressionadas pela necessidade de vitória. Mas por estar em casa, foi o Botafogo quem acusou o golpe. A sua atuação era claramente a de uma equipe com medo de cometer erros, e até por isso as falhas foram muitas. Com receio de arriscar, o anfitrião era pressionado pelo adversário.
O Náutico teve boas chances de marcar na primeira fase, mas pecou na pontaria. O time pernambucano aproveitava os erros primários dos alvinegros para encaixar contra-ataques. E foi depois de um passe errado de Juninho no meio-campo que o Timbu partiu em velocidade, aos 18 minutos, e Carlinhos Bala ficou frente a frente com Jefferson, que saiu da área de carrinho e cometeu falta. O árbitro Leonardo Gaciba mostrou apenas cartão amarelo ao goleiro.
Para o Botafogo, tudo parecia difícil. Nas poucas vezes que chegava à frente da área, hesitava em chutar a gol. Quando o fazia, era de maneira improvisada, sem construir jogadas consistentes. O time investia muito na correria, mas deixava de lado a calma necessária para ignorar a pressão externa pela vitória. A melhor oportunidade alvinegra na primeira etapa aconteceu apenas aos 41 minutos, depois que Reinaldo partiu em velocidade pela direita e cruzou rasteiro para Jobson, que não conseguiu concluir.
Bota volta melhor, mas vitória chega após pênalti mal marcado
Ao contrário dos primeiros 45 minutos, o Botafogo iniciou o segundo tempo mais ligado. A equipe partiu para cima do Náutico, mas continuava sem organização. Além disso, a defesa ainda se mostrava frágil nas vezes em que o Timbu partia em velocidade. Enquanto o Alvinegro não sabia o que fazer quando chegava à área oposta, os visitantes levavam perigo nas poucas chances que tinham. Aos 18 minutos, Tuta recebeu na área, mas o goleiro Jefferson fez uma grande defesa à queima-roupa.
Neste momento, a paciência da torcida já havia acabado, seja com os jogadores, que eram vaiados, e com o treinador, que era chamado de burro. Mas a esperança renasceu quando o árbitro marcou pênalti inexistente de Johnny em Diego. Um dos mais perseguidos pela torcida, o capitão Juninho cobrou forte e rasteiro no canto direito, e a bola passou por baixo do corpo de Gledson, aos 28 minutos.
A vantagem que poderia dar tranquilidade acabou aumentando a tensão no estádio. A torcida empurrava o Botafogo, que buscava o gol que garantiria uma vitória sem novos sustos. No entanto, a equipe continuava a dar espaços ao Náutico, que se aproveitava do nervosismo alvinegro. Mas o Timbu não teve competência para aproveitar os momentos em que pressionou o Alvinegro.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 1 x 0 NÁUTICO
BOTAFOGO
Jefferson, Alessandro, Juninho, Wellington e Diego; Leandro Guerreiro, Léo Silva (Renato), Jônatas e Reinaldo; Jobson (Rodrigo Dantas) e André Lima (Victor Simões).
Técnico: Estevam Soares.
NÁUTICO
Gledson, Vágner, Fernando e Márcio; Patrick, Johnny (Anderson Santana), Aílton, Irênio (Mariano) e Michel; Carlinhos Bala e Tuta (Elton).
Técnico: Geninho.
Gol: Juninho, aos 28 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Jefferson, Reinaldo, Jônatas, Alessandro e Renato (Botafogo); Fernando, Vágner, Márcio e Mariano (Náutico).
Público: 6.127 pagantes.Renda: R$ 90.760,50.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).Data: 28/10/2009.
Árbitro: Leonardo Gaciba (Fifa/RS).
Auxiliares: Paulo Ricardo Silva Conceição (RS) e Marcelo Bertanha Barison (RS).
GRÊMIO 3X1 AVAÍ
Luz no fim do túnel: Grêmio bate Avaí em casa e ainda sonha
Uma luz no fim do túnel ilumina o caminho do Grêmio na reta final do Campeonato Brasileiro. Com a calculadora na mão e ciente de que não custa nada sonhar, o Tricolor bateu o Avaí por 3 a 1 na noite desta quarta-feira, no Olímpico, e manteve vivas as esperanças de classificação para a Libertadores da América. Aos catarinenses, resta a conquista de uma vaga na Sul-Americana.
A vitória no primeiro jogo pós-derrota no Gre-Nal impulsiona o time de Paulo Autuori para 47 pontos, em sétimo, a cinco do G-4. O Avaí cai para 12º, com 44.
O time de Florianópolis volta a campo no sábado. Às 18h30m, recebe o Atlético-PR. Um dia depois, no mesmo horário, a equipe gaúcha visita o Santo André.
Grêmio larga na frente
Se todos os jogadores do Grêmio tivessem ido a campo com o ímpeto de Mário Fernandes e Maxi López, a vida tricolor poderia ter sido mais tranquila no primeiro tempo. Não foi o que aconteceu, e o time gaúcho até abriu 1 a 0, mas jogando mal. Ao Avaí, faltou qualidade ofensiva para aproveitar melhor os lances criados.
A primeira chance foi do Grêmio, em cruzamento de Mário. Perea não conseguiu concluir a gol. Foi um falso sinal de uma possível superioridade gremista. O Avaí logo cresceu e passou a colecionar gols perdidos. Leonardo, pela esquerda, bateu cruzado, mas ninguém completou. Em cruzamento de Eltinho, Luís Ricardo perdeu gol feito, muito perto da linha. Bateu fraco, para fora. Caio, em pancada cruzada, também ameaçou. A bola lambeu o ângulo de Victor.
O Grêmio estava mal, desatento, nervoso, quando surgiu um pênalti para aliviar a barra. Lançamento de Tcheco ficou dividido entre o atacante Perea e o goleiro Eduardo Martini. Era um ou outro. E a bola não ficou com nenhum deles, porque o camisa 1 deu um carrinho que mais parecia um pedido para o árbitro marcar pênalti. O juiz atendeu. E Tcheco, com 30 minutos, usou a paradinha para cobrar com qualidade e colocar o Grêmio na frente.
Até poderia ser um aviso de tranquilidade para o Tricolor, mas aí Fábio Rochemback, em outra atuação muito ruim, fez bobagem. Ele deu carrinho forte, por cima da bola, em Léo Gago. Foi para a rua direto, sem receber amarelo antes. Deixou o campo envolto em muitas vaias e alguns aplausos.
O Avaí não soube aproveitar a vantagem. Quando conseguiu controlar a bola, não soube criar. O Grêmio não se apavorou e até teve chances de ampliar. Aos 44 minutos, Maxi López mandou uma bomba, mas no meio do gol. Eduardo Martini espalmou para a frente.
Tricolor amplia e mata o jogo
A vantagem numérica fez o Avaí buscar mais o gol na largada do segundo tempo. Com Cristian e Fabinho Capixaba na equipe, os catarinenses partiram em busca do empate. Aí Victor teve que trabalhar. Com cinco minutos, Cristian cabeceou sozinho, na altura da segunda trave. O goleiro defendeu com o pé. Ferdinando, em pancada de longe aos 11, obrigou o goleiro a espalmar para escanteio.
O Avaí parecia em condições de empatar. Mas foi o Grêmio quem ampliou. Souza puxou contra-ataque aos 15 minutos e acionou Adílson na direita. O cruzamento do volante encontrou Maxi López livre. O único trabalho do argentino foi concluir para o gol: 2 a 0.
Restou à equipe de Silas se jogar para o ataque. E lidar com as consequências de ceder espaços. Douglas Costa, passados 18 minutos do segundo tempo, partiu em disparada pela esquerda e cruzou para Souza. O meia, sem zagueiros para incomodá-lo, venceu Eduardo Martini e eliminou qualquer esperança de reação do Avaí. Com o 3 a 0, a partida estava liquidada.
O Avaí ainda conseguiu descontar. Aos 32 minutos, Léo Gago bateu forte e Émerson completou para o gol. Na prática, o efeito foi nulo. A vitória já era do Grêmio, que deixou o tempo passar para garantir os três pontos, ver a luz no fim do túnel e manter as esperanças vivas.
Ficha técnica:
GRÊMIO 3 x 1 AVAÍ
GRÊMIO
Victor, Mário Fernandes (Saimon), Willian Thiego, Réver e Lúcio; Adílson, Fábio Rochemback, Tcheco e Souza; Perea (Douglas Costa) e Maxi López.
Técnico: Paulo Autuori.
AVAÍ
Eduardo Martini, Rogélio, Augusto (Fabinho Capixaba) e Émerson; Luís Ricardo (Jandson), Ferdinando, Léo Gago, Marquinhos, Caio e Eltinho; Leonardo (Cristian).
Técnico: Silas.
Gols: Tcheco, aos 30 minutos do primeiro tempo; Maxi López, aos 15, Souza, aos 17 minutos, Émerson, aos 32.
Cartões amarelos: Perea, Maxi López, Adílson e Souza (Grêmio); Eduardo Martini, Augusto, Eltinho (Avaí).
Cartão vermelho: Fábio Rochemback (Grêmio).
Estádio: Olímpico. Data: 28/10/2009.
Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez (RJ).
Auxiliares: Marcelo Braz Mariano (RJ) e Hilton Moutinho Rodrigues (RJ).
CRUZEIRO 3X2 SANTO ANDRÉ
Com gol aos 46 minutos do segundo tempo, Cruzeiro vence o Santo André

Essa foi a quinta vitória seguida do Cruzeiro na competição. O Flamengo perdeu para o Barueri por 2 a 0 e caiu para sexto, com o mesmo número de pontos da Raposa, mas perde na quantidade de vitórias. O São Paulo passou pelo Internacional e dormiu na liderança, com 55. O Colorado permanece com 52 na quarta. A equipe do Palmeiras joga nesta quinta e pode retormar a ponta e chegar aos 57. O Atlético-MG em terceiro, com 53, também entrará em campo.
O resultado colocou o Ramalhão, que se manteve com 32 pontos, de volta na zona do rebaixamento. O retorno se deve ao fato de que o Botafogo venceu o Náutico por 1 a 0, no Rio de Janeiro, e chegou aos 35.
O próximo jogo do Cruzeiro será contra o Fluminense, domingo, às 18h30m, no Mineirão. Já o Santo André recebe o Grêmio, nos mesmos dia e horário.
Cruzeiro domina o 1º tempo e perde muitos gols
Jogando em casa, a Raposa teve a primeira grande chance de gol. Aos oito minutos, Diego Renan recebeu passe pela esquerda e cruzou rasteiro, mas ninguém chegou para finalizar.
O time mineiro era melhor, e o Santo André não conseguia passar do meio-campo. Aos 18, a torcida quase comemorou o primeiro gol. Gilberto recebeu cruzamento pela direita, dominou com categoria e chutou forte. A bola explodiu no travessão. Parecia que o Cruzeiro ganharia fácil.
Aos 26, Guerrón teve a melhor chance do jogo. O equatoriano recebeu lançamento, entrou na área sozinho e acabou finalizando por cima. A torcida ficou nervosa com os gols perdidos e começou a cobrar do time celeste. Quatro minutos depois, Guerrón perdeu outro gol feito. Gilberto tocou para a área, o atacante cabeceou fraco e a bola saiu pela linha de fundo. Vaia da torcida...
O Cruzeiro seguiu pressionando. Aos 34, Diego Renan fez jogada individual e arriscou de fora da área. A bola passou raspando a trave direita e assustou o goleiro Neneca, que só ficou observando.
A primeira vez que o Santo André chegou com perigo foi aos 43. Marcelinho Carioca cobrou falta para a área, e Nunes subiu mais que a zaga para desviar de cabeça, assustando Fábio. O Cruzeiro respondeu no ataque seguinte. Thiago Ribeiro recebeu cruzamento de Henrique, mas, mesmo bem posicionado, cabeceou para fora.
Cinco gols saem na etapa final
O Santo André começou o segundo tempo assustando. Pablo Escobar entrou sozinho na área, mas perdeu um gol incrível. O Cruzeiro não se abateu e foi ao ataque. Gilberto, o melhor jogador em campo, aproveitou um cruzamento de Jonathan e finalizou na trave.
Depois de ser muito vaiado, Guerrón teve seu nome gritado. Aos 13, ele aproveitou um lançamento na área e chegou antes do goleiro Neneca para colocar para o fundo das redes. Mas a torcida não teve tempo para comemorar. Nunes recebeu passe na área, driblou o zagueiro e empatou, aos 17.
O jogo ficou equilibrado. Adilson Batista tirou Guerrón para colocar o jovem Eliandro. Mas quem evoluiu foi a equipe visitante. Aos 28, Ávine cruzou para Júnior Dutra, que recebeu sozinho e tocou no canto do goleiro Fábio para virar o jogo.
O Cruzeiro não se abateu. Mesmo vaiado pela torcida, o time foi ao ataque. Depois de muitas tentativas, conseguiu empatar. Eliandro recebeu cruzamento de Gilberto e cabeceou sem chances para Neneca.
De tanto pressionar, o Cruzeiro chegou ao desempate. Thiago Ribeiro recebeu cruzamento de Jonathan da direita e escorou de cabeça para dar a vitória ao time mineiro, que ainda sonha com o título nacional. No fim do jogo, os jogadores do Santo André reclamaram muito com o juiz Celio Amorim alegando que o lance foi irregular. No lance polêmico, Marquinhos Paraná tocou para Bernardo, que estava impedido. O meia rolou para Jonathan, que fez o cruzamento do gol.
Ficha técnica:
CRUZEIRO 3 x 2 SANTO ANDRÉ
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Thiago Heleno, Caçapa (Leandro Lima) e Diego Renan; Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto; Thiago Ribeiro e Guerrón (Eliandro).
Técnico: Adilson Batista.
SANTO ANDRÉ
Neneca, Rômulo (Cris), Cesinha, Marcel e Ávine; Ricardo Conceição, Fernando, Marcelinho Carioca (Fernando) e Júnior Dutra; Pablo Escobar (Eduardo Ratinho) e Nunes
Técnico: Sérgio Soares.
Gols: Guerrón, aos 13 do segundo tempo, Nunes, aos 17, Júnior Dutra, aos 28, Eliandro, aos 38, e Thiago Ribeiro, aos 46.
Cartões amarelos: Elvis e Ávine (Santo André) e Gilberto e Fabrício (Cruzeiro).
Estádio: Mineirão. Data: 29/10/2009.
Árbitro: Celio Amorim (SC).
Auxiliares: Carlos Berkenbrock (SC) e Kleber Lucio Gil (SC).
SÃO PAULO 1X0 INTERNACIONAL
Em duelo pelo topo, Washington garante vitória do São Paulo sobre o Internacional
O vencedor do duelo desta quarta-feira, no Morumbi, teria o privilégio de dormir na liderança do Brasileiro . E o gostinho de alcançar o topo pela primeira vez foi do São Paulo que, com um gol de Washington, venceu o Internacional por 1 a 0 (assista no vídeo ao lado). Apesar de o time gaúcho ter dominado boa parte do jogo e até ter envolvido o Tricolor, a estrela do Coração Valente e a excelente atuação do goleiro Bosco prevaleceram na briga de times tão fortes. Os gritos de "o campeão voltou" ecoaram no estádio.
O resultado levou os paulistas a 55 pontos, um a mais que o Palmeiras , que ainda joga nesta quinta contra o Goiás e pode reassumir a ponta. O Atlético-MG , com 53, também entra em campo no mesmo dia e, se vencer o Fluminense também fica à frente do São Paulo. O Colorado segue com 52, na quarta posição. Na próxima rodada, o time paulista recebe o Barueri , sábado, no Morumbi, e a equipe gaúcha enfrenta o Botafogo , no Beira-Rio, domingo.
Domínio colorado, mas Washington decide
No início, o jogo foi bastante truncado, com muita dificuldade de criação para as duas equipes. Mas o Inter logo adiantou sua marcação e passou a jogar no campo de ataque, prendendo o São Paulo atrás. Aos oito, Fabiano Eller cruzou e acabou obrigando Bosco a se esticar. Ele jogou a bola para cima. Ela ainda quicou em cima da trave e da rede, assustando o torcedor tricolor.
O time visitante criava a maioria das jogadas pelo lado direito do Tricolor. O São Paulo não conseguia colocar a bola no chão. Se Bosco assustou os torcedores na defesa aos oito, mostrou precisão aos 18. Após cobrança rasteira, D'Alessandro mandou direto para o gol, a bola passou por Richarlyson, e o goleiro espalmou, salvando o Tricolor.
O São Paulo já conseguia tocar mais a bola e até chegar ao gol colorado, mas o adversário seguia muito eficiente no bloqueio com três zagueiros e quatro homens no meio campo. A arma do São Paulo era a roubada de bola e o contra-ataque na sequência. O Inter tinha muita velocidade e um fôlego sem fim de Alecsandro.
Durante uma jogada ofensiva do São Paulo, um torcedor invadiu o gramado, aos 34, e o árbitro só percebeu após a defesa do Inter afastar a bola da área. O rapaz trazia uma mensagem na camisa - pedindo uma chance como jogador de futebol - e usava chuteiras. Foi imobilizado e retirado rapidamente, mas o São Paulo pode perder mando de campo por causa do ocorrido.
De volta ao jogo, o Inter teve a chance mais clara de gol na partida aos 36. D'Alessandro invadiu a área após receber a bola. Na conclusão, viu Bosco fazer uma defesa muito difícil e impedir a abertura do placar. A torcida gritou o nome do substituto de Ceni, que cumpre suspensão.
O Inter voltava a ser melhor na partida. E o São Paulo perdeu Richarlyson, que sentiu dores musculares na altura do púbis e saiu chorando, preocupado com uma possível lesão mais grave. Junior Cesar entrou na vaga. Com isso, Jorge Wagner voltou ao meio, e Hernanes passou a jogar atrás com Jean.
Nos minutos finais, o São Paulo chegou à área do Inter com sucessivos escanteios. E, num deles, aos 47, o artilheiro apareceu. Em cobrança de Hernanes, André Dias desviou no primeiro pau, e Washington, oportunista, empurrou para a rede. Na comemoração, o atacante correu até o escudo do São Paulo que fica à beira do gramado, ajoelhou-se, beijou o símbolo e apontou para os céus. A torcida, que tem sido dura com o camisa 9, desta vez aplaudiu.
Segundo tempo aberto, mas sem gols
Animado pelo gol no fim do primeiro tempo, o São Paulo voltou para a segunda etapa com todo o gás, embalado principalmente pela velocidade de Junior Cesar. A pressão começou logo aos três. Dagoberto deu uma arrancada, fez fila, mas tropeçou no goleiro antes de finalizar, na pequena área. A torcida são-paulina foi ao delírio.
O técnico Mário Sérgio resolveu mudar o jeito de jogar do Inter com as saídas de Fabiano Eller e Taison e as entradas de Alan Kardec e Marquinhos. O time gaúcho passou a jogar no 4-3-3. E até arriscou alguns chutes. Mas foi um lance de erro defensivo que assustou a torcida do São Paulo aos 13. Miranda e Bosco se desentenderam em um lançamento colorado, e a bola foi em direção ao gol, mas o zagueiro deu um bicão para trás e conseguiu salvar a meta tricolor.
Aos 16, a defesa do São Paulo deixou Índio sozinho na área, após uma cobrança de escanteio. Mas o zagueiro errou o alvo. Depois do domínio inicial dos paulistas, os gaúchos já se mostravam mais fortes novamente.
Apesar das investidas do Inter, o time de Ricardo Gomes soube ter tranquilidade para segurar o ímpeto do adversário. Passou a marcar com mais eficiência, principalmente após a entrada de Zé Luis. Difícil mesmo era segurar D'Alessandro, jogador que mais levava perigo ao gol de Bosco. Do outro lado, Washington teve outra boa chance aos 30, em uma falha da zaga colorada, mas chutou para fora. Logo depois, ele de novo recebeu na área, mas chutou em cima da defesa.
O Internacional viu o gol de empate parar nas mãos de Bosco, aos 36. O goleiro fez uma primeira defesa difícil em um chute de Alan Kardec. No rebote, Giuliano também bateu com força para, mas o goleiro mais uma vez espalmou. A torcida do São Paulo explodiu, exaltando o grande lance do camisa 22. Depois do sufoco, os torcedores soltaram os gritos de "o campeão voltou".
Ficha técnica:
SÃO PAULO 1 x 0 INTERNACIONAL
SÃO PAULO
Bosco; Renato Silva, André Dias e Miranda; Adrian González (Zé Luis), Jean, Richarlyson (Junior Cesar), Hernanes e Jorge Wagner; Dagoberto (Hugo)e Washington.
Técnico: Ricardo Gomes.
INTERNACIONAL
Lauro; Bolívar, Índio e Fabiano Eller (Alan Kardec); Daniel (Andrezinho), Sandro, Giuliano, D'Alessandro e Kléber; Taison (Marquinhos) e Alecsandro.
Técnico: Mário Sérgio.
Gols: Washington, aos 47 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Bosco, Hernanes (São Paulo); Giuliano (Internacional).
Estádio: Morumbi.Data: 28/10/2009.
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF).
Auxiliares: Enio Ferreira de Carvalho (DF) e Cesar Augusto de Oliveira Vaz (DF). Renda e Público: R$ 846.825,00/ 34.203 pagantes.
VITÓRIA 0X1 CORINTHIANS
Defederico marca, Timão vence o Vitória e embala para o clássico com o Palmeiras

O duelo com o arquirrival, em Presidente Prudente, é tido como o principal compromisso do Timão nesta reta final de Nacional. Sem pretensões maiores na competição, na nona colocação, com 45 pontos, o Alvinegro quer atrapalhar o adversário, que luta pelo título. E mais: acabar com um jejum que já dura seis jogos, com cinco derrotas e um empate.
A equipe baiana, por sua vez, visita o Coritiba na próxima rodada. Com 44 pontos, em décimo, o time comandado por Vagner Mancini segue em zona intermediária na tabela. Longe da briga por uma vaga na Libertadores, o Leão espera agora assegurar um lugar na Copa Sul-Americana.
Poucas chances
Com dores musculares nas coxas, o atacante Dentinho iniciou a partida no banco de reservas. Na equipe titular, o técnico Mano Menezes escalou Matías Defederico. E foi do argentino a primeira chance do Corinthians na partida. Aos 48 segundos, ele aproveitou rebote após cruzamento de Marcelo Oliveira e mandou por cima do gol de Viafara.
Apesar de estar jogando fora de casa, o Timão foi quem tomou a iniciativa. Tanto que aos 9 minutos teve uma excelente oportunidade de abrir o placar. Em cobrança de falta ensaiada, Ronaldo rolou em profundidade para Chicão. O camisa 3 apareceu bem entre os zagueiros, driblou o goleiro Viafara, mas na hora do arremate pegou mal na bola e mandou para fora.
O Vitória, por sua vez, não conseguia se encontrar em campo. A equipe baiana, aliás, abusou das faltas em determinado momento da etapa inicial. A primeira chance dos donos da casa saiu apenas aos 27 minutos. E foi a melhor do jogo até então. Depois de cruzamento de Gláucio da esquerda, Leandrão cabeceou forte na trave de Felipe.
Sem o mesmo poder ofensivo dos primeiros dez minutos, o Corinthians deu mais espaços ao rival, que chegou novamente com perigo aos 40. Wallace cabeceou após escanteio da direita, e Felipe se esticou para espalmar. Três minutos depois, o Timão respondeu. Ronaldo recebeu perto da grande área, dominou, ajeitou e chutou prensado com Lino.
- O jogo está truncado. O gramado é bem ruim, a bola não rola, ela quica. Vamos tentar uma oportunidade para ganhar o jogo no segundo tempo – falou Ronaldo à TV Globo.
Argentino resolve
Vitória e Corinthians voltaram para a etapa final sem mudanças. E em relação ao primeiro tempo, a postura das equipes também não mudou. A primeira oportunidade dos paulistas ocorreu apenas aos 18 minutos. E num lance inusitado. Matías Defederico bateu escanteio fechado da direita, o goleiro Viafara se atrapalhou e mandou para escanteio. Na cobrança do novo tiro de canto, a defesa do Vitória levou a melhor e afastou o perigo.
Mas o Corinthians sentiu que o momento era bom e permaneceu no ataque. Até que aos 21 minutos o volante Jucilei deu um lindo passe em profundidade para Defederico. O argentino saiu na cara do gol, olhou o goleiro Viafara e bateu colocado para abrir o placar. Foi o primeiro gol do camisa 10 pelo clube do Parque São Jorge.
Com a vantagem no placar, o Timão diminuiu o seu ímpeto ofensivo. O Vitória, por outro lado, foi para cima. Mas parou na boa marcação dos visitantes. A equipe de Mano Menezes cadenciava o jogo e em alguns lances tentava algo mais adiante, como aos 37, quando Ronaldo fez boa jogada pelo meio e rolou para Dentinho. O atacante, no entanto, não conseguiu chutar.
A partir daí, os visitantes apenas tocaram a bola de um lado para o outro e esperaram o fim do jogo para comemorar uma vitória depois de duas derrotas. Mas aos 45 minutos, os corintianos levaram um susto. O lateral-direito Alessandro levou uma cabeçada no rosto em lance com Fábio Ferreira e caiu no gramado. Atendido pelos médicos, se levantou, mas, com suspeita de fratura na face, foi levado para fazer novos exames após a partida.
Ficha técnica:
VITÓRIA 0 x 1 CORINTHIANS
VITÓRIA
Viafara; Nino, Wallace, Fábio Ferreira e Robson (Anderson Martins); Vanderson, Uelliton, Ramon e Gláucio; Elkeson (Neto Berola) e Leandrão (Roger).
Técnico: Vagner Mancini.
CORINTHIANS
Felipe; Alessandro, Chicão, William e Marcelo Oliveira (Balbuena); Jucilei, Edu (Boquita), Elias e Defederico (Dentinho); Jorge Henrique e Ronaldo.
Técnico: Mano Menezes.
Gol: Defederico, aos 21 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fábio Ferreira, Lino, Uelliton, Neto Berola (V); Edu, Elias, Defederico, Boquita (C).
Estádio: Barradão, em Salvador (BA). Data: 28/10/2009.
Árbitro: Marcio Chagas da Silva (RS).
Auxiliares: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Jose Antonio Chaves Franco Filho (RS).
BARUERI 2X0 FLAMENGO
Intruso na própria casa, Barueri faz 2 a 0 e atrapalha chegada do Flamengo ao G-4
A torcida do Flamengo compareceu em massa à Arena, mas ainda não foi desta vez que viu o time entrar no G-4 do Campeonato Brasileiro. Com um gol de Val Baiano - em lance irregular - e outro de Ewerton, o Barueri venceu o Rubro-Negro por 2 a 0, nesta quarta-feira à noite, na Grande São Paulo, e atrapalhou a arrancada carioca. Para piorar, o lateral-esquerdo Juan reclamou com o técnico Andrade ao ser substituído no segundo tempo e gesticulou contra a torcida, aumentando a tensão entre eles.
Além de ver o fim da série invicta de dez jogos, o Flamengo perde uma posição na classificação. O time está agora em sexto lugar, com 51 pontos, perdendo no número de vitórias para o Cruzeiro (15 contra 14). Mesmo assim, continua apenas um ponto abaixo do grupo que disputará a Libertadores em 2010. Já o Barueri, que fez por merecer o triunfo, continua brigando por uma vaga na Copa Sul-Americana. Agora, aparece em décimo, com 44.
Na próxima rodada, o Barueri enfrenta o São Paulo, sábado, às 18h30m, no Morumbi. Nos mesmos dia e horário, o Flamengo recebe o Santos, no Maracanã.
Val Baiano quebra jejum em lance irregular
O time carioca não conseguiu, em momento algum do jogo, transferir para dentro de campo a superioridade nas arquibancadas. Acostumado ao gramado, o Barueri começou atacando, principalmente pelo lado direito, nas costas de Leonardo Moura. Logo no primeiro minuto, Bruno Ribeiro cobrou falta perigosa, assustando o goleiro Bruno. Aos cinco, o lateral deu belo passe para Thiago Humberto. Ele passou por um marcador e bateu cruzado. Bruno espalmou.
Os cariocas só melhoraram quando adiantaram a marcação. Willians, Fierro e Zé Roberto encostaram nos volantes paulistas e atrapalharam a saída de bola. A primeira chance surgiu em um desarme, aos sete. Willians tomou a bola de Ewerton, avançou pela intermediária e finalizou para Renê defender com dificuldade.
O Rubro-Negro chegou a marcar, aos 14, mas o árbitro Heber Roberto Lopes anulou com exatidão. Após cobrança de escanteio pela direita do ataque, o zagueiro Ronaldo Angelim cabeceou, Renê espalmou, a bola tocou na trave e sobrou para Airton, em impedimento, mandar para as redes.
Com a gramado pesado pela chuva que caiu durante praticamente toda a etapa inicial, o Flamengo não manteve a mesma força na marcação e abriu espaços para o Barueri atacar. No entanto, sem grandes sustos.
O Flamengo voltou a levar perigo apenas aos 35 minutos. Zé Roberto cruzou da direita e Willians, livre na área, cabeceou por cima. A resposta dos donos da casa veio logo em seguida, aos 36. Thiago Humberto disparou uma bomba de fora da área e Bruno voou para espalmar.
No final do primeiro tempo, o Barueri chegou ao gol de forma irregular. Impedido por 76cm, Thiago Humberto dominou na área, aplicou um lindo chapéu em Álvaro e tocou para o meio da área. Val Baiano, sem marcação, bateu forte, sem chances para Bruno, quebrando o jejum de nove jogos sem marcar.
Flamengo se abre, e Barueri sacramenta vitória com Ewerton
No segundo tempo, o técnico Andrade sacou Fierro para a entrada de Denis Marques. Zé Roberto passou a fazer a função de armador, e a equipe ganhou mais mobilidade. Aos três, Leonardo Moura fez o levantamento da direita, Adriano desviou de cabeça, mas Renê espalmou.
Com o Flamengo mais adiantado, o Barueri passou a ter mais espaço para os contra-ataques. E foi em uma jogada rápida, aos 16 minutos, que a equipe da casa quase fez o segundo. Márcio Careca aplicou um drible da vaca em Leonardo Moura, invadiu a área e chutou cruzado. Bruno cortou para o meio, e Val Baiano não alcançou. Aos 21, Flavinho disparou pela intermediária e serviu Thiago Humberto pela esquerda. Ele bateu forte, rasteiro, e o goleiro rival pegou mais uma vez.
Andrade abriu ainda mais o Rubro-Negro com a entrada de Erick Flores no lugar de Maldonado. Em vez de tornar o time mais ofensivo, a mudança desarrumou completamente o setor defensivo. Aos 24, Ewerton tabelou com Thiago Humberto na entrada da área e apenas rolou para as redes na saída de Bruno. O terceiro gol quase veio aos 28. Thiago Humberto recebeu livre e concluiu, mas o camisa 1 do Fla evitou.
Completamente perdido em campo, o time rubro-negro virou presa fácil para o Barueri nos 15 minutos finais. João Vitor, aos 30, mandou uma bomba de longe e o goleiro foi buscar no ângulo. Adriano, bastante apagado, só apareceu aos 33, quando chutou com perigo de fora da área.
Na tentativa de melhorar a equipe, Andrade ganhou mais um problema. Ao ser substituído por Toró, o lateral-esquerdo Juan gesticulou para a torcida, que o vaiava, e questionou o treinador com a frase "assiim você me queima", seguida de um palavrão.
Nos últimos minutos, o Barueri poderia ter transformado a vitória em uma goleada. Thiago Humberto e Val Baiano tiveram chances claras de ampliar o placar, mas desperdiçaram, enquanto torcedores do Flamengo brigavam entre eles nas arquibancadas.
Ficha técnica:
BARUERI 2 x 0 FLAMENGO
BARUERI
René, Bruno Ribeiro, Daniel Marques, Leandro Castan e Márcio Careca; Ralf, Ewerton (Márcio Hahn), João Vitor e Thiago Humberto; Flavinho (Otacílio Neto) e Val Baiano (Willian).
Técnico: Luis Carlos Goiano.
FLAMENGO
Bruno, Leonardo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim e Juan (Toró); Airton, Maldonado (Erick Flores), Willians e Fierro (Dênis Marques); Zé Roberto e Adriano.
Técnico: Andrade.
Gols: Val Baiano, aos 48 minutos do primeiro tempo. Ewerton, aos 24 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Daniel Marques, João Vitor, Flavinho, Márcio Careca (Barueri).
Estádio: Arena Barueri. Data: 28/10/2009.
Árbitro: Heber Roberto Lopes.
Auxiliares: Ivan Carlos Bohn (PR) e Gilson Bento Coutinho (PR).
Público: 10.354 pagantes. Renda: R$ 218.720,00