No embalo de Neymar e Madson, Santos vence o Náutico no Pacaembu
Uma vitória incontestável. Assim foi o triunfo do Santos por 3 a 1 sobre o Náutico, na noite deste sábado, no Pacaembu. Depois de um primeiro tempo seguro, com gol de pênalti de Kléber Pereira, o Peixe viu boa atuação da dupla Neymar (dois gols) e Madson (uma assistência) na etapa final. Aílton marcou para o Timbu.
É verdade que o time pernambucano pressionou bastante nos minutos finais, obrigando a defesa do Peixe a se segurar como pode. Mas no fim prevaleceu o melhor momento da equipe da Vila Belmiro, que agora aparece com 45 pontos, ainda em posição intermediária. O Timbu, por sua vez, continua na zona de rebaixamento.
O Santos volta a campo pelo Campeonato Brasileiro no domingo, dia 15. A equipe alvinegra visita o Internacional, no Beira-Rio, em Porto Alegre. A partida está marcada para as 18h30m. O Náutico joga no mesmo dia, só que às 16h, no estádio dos Aflitos. A equipe pernambucana recebe o Flamengo.
Peixe domina
O Santos não deu espaços para o Náutico. Logo no primeiro minuto de partida, a equipe alvinegra mostrou que adotaria postura ofensiva. Léo recebeu excelente passe na esquerda e cruzou na medida para Kléber Pereira. O atacante cabeceou firme, mas o zagueiro Márcio, em cima da linha, salvou o time pernambucano.
Comandado por Paulo Henrique Ganso, o Peixe dominou rapidamente o meio de campo e voltou a assustar o adversário aos 7 minutos. Após cobrança de escanteio da direita pelo camisa 10, Jean desviou de cabeça na primeira trave e a bola passou em frente a Kléber Pereira, que, sozinho, não conseguiu alcançar para chutar.
Aos 10 minutos, Paulo Henrique Ganso teve a sua chance. Em cobrança de falta, o meia acertou o travessão. Cinco minutos depois, Robson apareceu livre na grande área e chutou mal. Mesmo assim, a bola tomou o rumo do gol. Gledson se esticou e deu um leve desvio para escanteio. Após a cobrança, a zaga do Náutico levou a melhor.
O Timbu, por sua vez, foi criar sua primeira oportunidade de gol apenas aos 16. Depois de cobrança de escanteio da esquerda, a zaga do Santos vacilou e a bola sobrou para Michel chutar para fora. O Peixe voltou a responder aos 22, quando Ganso tocou para Jean, que tocou para Kléber Pereira girar em cima da defesa e chutar rasteiro.
Poucos depois, aos 24, o Náutico deu um susto no Santos. Irênio cobrou falta para o meio da área e Bruno Mineiro cabeceou na trave. Mas os anfitriões estavam melhor em campo e chegaram ao gol aos 30. O árbitro marcou pênalti de Michel em Robson. Na cobrança, Kléber Pereira bateu rasteiro e abriu o marcador.
O Náutico ainda teve uma chance de empatar aos 38, após bela jogada de Carlinhos Bala. Mas o goleiro Felipe fez linda defesa na cabeçada de Bruno Mineiro.
Artistas saem do banco
Para o segundo tempo, o técnico Vanderlei Luxemburgo resolveu voltar com Neymar no lugar de Jean. O jovem santista levou a torcida santista à loucura antes mesmo de sua entrada em campo. Depois, com a bola nos pés, ele deixou dois jogadores do Náutico com cartão amarelo em menos de dez minutos: Anderson Santana e Márcio.
A primeira chance clara de gol do Peixe na etapa final, no entanto, saiu da cabeça de Adaílton. Após cobrança de falta de Robson para o meio da área, o zagueiro desviou de cabeça e a bola passou raspando o travessão. Logo depois, a torcida santista começou a pedir a entrada de Madson. E Vanderlei Luxemburgo atendeu ao pedido.
Aos 12 minutos, o treinador sacou Robson e colocou Madson. Foi necessário apenas um minuto, aliás, para que o meia fizesse uma linda jogada. Aos 13, ele recebeu na direita, se livrou de um zagueiro e rolou para Neymar na entrada da área. A revelação do Peixe chutou bem, colocado, e aumentou a vantagem: 2 a 0.
As entradas de Neymar e Madson deixaram o Santos com outra cara. Bem mais ofensiva do que a do primeiro tempo. Aos 15 minutos, por sinal, Madson apareceu novamente bem. Só que dessa vez a finalização foi sua, na trave direita de Gledson. O Timbu parecia morto, mas teve um pênalti a seu favor aos 21 minutos.
Na cobrança, aos 22, o meia Aílton bateu muito bem na bola, no canto alto esquerdo de Felipe e diminuiu para o Náutico. O gol deixou o Timbu empolgado. Tanto que os pernambucanos quase chegaram ao empate aos 29. Aílton fez bela jogada e deixou Ferreira na cara do gol. Ele chutou, mas Pará salvou em cima da linha.
A pressão continuou até os 44 minutos, quando a dupla Madson e Neymar apareceu bem novamente. O primeiro deu belo passe para o garoto, que se livrou de um marcador e chutou mais uma vez colocado, assegurando o triunfo santista.
Ficha técnica:
SANTOS 3x1 NÁUTICO
SANTOS
Felipe; Pará, Adaílton, Eli Sabiá e Léo; Rodrigo Souto, Rodrigo Mancha, Robson (Madson) e Paulo Henrique Ganso; Jean (Neymar) e Kléber Pereira (Felipe Azevedo).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
NÁUTICO
Gledson; Márcio, Fernando (Juliano) e Anderson Santana; Patrick, Johnny, Aílton, Irênio (Mariano Torres) e Michel; Carlinhos Bala (Ferreira) e Bruno Mineiro.
Técnico: Geninho.
Gols: Kléber Pereira, aos 30 minutos do primeiro tempo; Neymar, aos 13 e aos 44, Aílton, aos 22 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rodrigo Souto, Robson, Pará (S); Irênio, Anderson Santana, Marcio (N).
Público: 11.304 pagantes. Renda: R$ 200.920,00
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 07/11/2009.
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (SC).
Auxiliares: Alcides Zawaski Pazetto (SC) e Kleber Lúcio Gil (SC).
VITÓRIA 0X1 AVAÍ
Avaí bate o Vitória em Salvador e garante vaga na Copa Sul-Americana de 2010
O Avaí venceu o Vitória por 1 a 0, na noite deste sábado em Salvador, e garantiu vaga na Copa Sul-Americana de 2010. Depois de um jogo morno e com poucas chances de gol, as raras emoções ficaram para a etapa final, quando o atacante William, do time catarinense, balançou a rede baiana e carimbou o passaporte para a competição continental.
O Rubro-Negro entrou em campo completamente modificado. O técnico Vagner Mancini mandou ao gramado uma equipe diferente daquela que tinha treinado durante a semana: Apodi, Neto Berola e Robert, que eram cotados para jogar, começaram no banco de reservas. Nino Paraíba foi escalado na lateral direita. Elkeson e Gláucio formaram a dupla de frente.
Já no Avaí, as ausências de Marquinhos e Muriqui foram bastante sentidas pelo grupo. Mesmo assim, foi a equipe catarinense quem esteve melhor no início da partida. Explorando as alas, com Luís Ricardo e Eltinho, o Avaí teve mais posse de bola no primeiro tempo e chegou ameaçar algumas vezes. Numa das melhores oportunidades, aos 36 minutos, Cristiano errou o alvo após cruzamento de Luís Ricardo que atravessou toda a área baiana.
Enquanto se defendia das investidas do Avaí e aturava as vaias da sua própria torcida, o Vitória arriscava apenas em chutes de fora da área. O tiro de Gláucio foi o que chegou mais perto do alvo.
Aos 45 minutos, William teve a melhor chance da primeira metade do duelo. Lançado, o atacante de Santa Catarina invadiu a área, mas não suportou a pressão do marcador e na hora de finalizar mandou de canela para fora.
A insatisfação dos rubro-negros era tanta que, no intervalo, o presidente Alex Portela foi até o vestiário cobrar o elenco. Na volta para o segundo tempo, Mancini já fez uma alteração: trocou Elkeson por Neto Berola.

O Rubro-Negro cresceu, criou, arriscou, mas não conseguiu vencer o goleiro de azul. E foi justamente no momento em que a equipe da casa era melhor que o adversário deu a resposta. Em rápida investida de Assis pela esquerda, William esticou a perna para completar o cruzamento e definir o placar: 1 a 0.
O time do técnico Silas, que voltou à Série A neste ano e chegou a flertar com a Taça Libertadores da América, garantiu uma vaga na Copa Sul-Americana. Com o resultado em Salvador, foi a 50 pontos e subiu para a 7ª colocação. O Vitória, com 44 e em 12º, ainda luta para se manter na faixa de classificação.
Na próxima rodada, o Vitória irá enfrentar o São Paulo sábado no Morumbi. E o Avaí receberá o Corinthians domingo na Ressacada.
FICHA TÉCNICA
VITÓRIA 0 x 1 AVAÍ
VITÓRIA
Viáfara; Nino Paraíba (Apodi), Fábio Ferreira, Anderson Martins e Leandro; Vanderson, Uelliton; Ramon e Willian; Elkeson (Neto Berola) e Gláucio (Robert).
Técnico: Vagner Mancini.
AVAÍ
Eduardo Martini; Augusto, Emerson e Rafael; Luís Ricardo (Fabinho Capixaba), Ferdinando, Caio (Marcus Vinícius), Uendel, Cristian (Assis) e Eltinho; William.
Técnico: Silas.
Gol: William, aos 32 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fábio Ferreira, Viáfara e Vanderson (V); Ferdinando e Emerson (A).
Público: 7.958. Renda: R$ 159.640.
Estádio: Barradão, em Salvador (BA). Data: 7/11/2009.
Árbitro: Felipe Gomes da Silva (RJ).
Auxiliares: Marco Aurelio dos Santos Pessanha (RJ) Lílian Fernandes (RJ).
SPORT 2X3 CRUZEIRO
Em virada sensacional, Cruzeiro bate o Sport e alcança o G-4

Agora, o time celeste, com 54 pontos ganhos e 16 vitórias, terá de torcer pelo maior rival, o Atlético-MG, derrotar o Flamengo neste domingo, no Mineirão, para seguir no G-4. Ao Sport, resta torcer por um milagre, que nem os torcedores parecem acreditar - alguns rasgavam os ingressos na Ilha do Retiro.
Na próxima rodada, a 35ª, o Sport vai quarta-feira ao Palestra Itália encarar o Palmeiras. O Cruzeiro receberá no sábado o Grêmio, no Mineirão.
Confira aqui a classificação do Campeonato Brasileiro
Três gols em 19 minutos
O torcedor que foi à Ilha do Retiro não pode reclamar de monotonia. Principalmente nos 19 primeiros minutos, quando assistiu a três gols num jogo que começou em velocidade máxima. Se o Cruzeiro buscava logo de cara a vitória para seguir na briga pelo G-4 e até o título do Brasileirão, o Sport se apegava às últimas esperanças para sair da lanterna e brigar contra o rebaixamento à Série B.
Com os dois times partindo para a vitória, a marcação afrouxou dos dois lados. Com isso, o jogo ganhou em emoção e lances claros de gol. O primeiro chute foi logo aos dois minutos, com Diego Renan arriscando de longe para Marcão mandar a escanteio. Seja pela direita ou pela esquerda, o Cruzeiro partia em velocidade. Numa jogada com Jonathan, aos cinco minutos, Fabrício centrou para Wellington Paulista, que, de cabeça, obrigou o goleiro do Leão a trabalhar novamente. O atacante cruzeirense desperdiçou a melhor chance de marcar seis minutos depois, dessa vez após cruzamento de Diego Renan.
Wilson deslancha
O avanço intenso dos laterais da Raposa e os constantes rodízios dos jogadores de meio-campo davam dinâmica ao time, é verdade, mas deixavam também buracos no sistema defensivo que o adversário podia explorar. E foi assim que o Sport chegou aos 2 a 0 com a rapidez com que um leão tenta apanhar a sua presa. O primeiro gol foi aos 12 minutos. Fabiano pegou bola livre no meio-campo e lançou o boliviano Arce , impedido, pela esquerda. Com um drible, ele tirou Gil e o goleiro Fábio da jogada e tocou para Wilson, livre pela direita, escorar para as redes.
Nem com o gol sofrido a defesa cruzeirense aprendeu. Precisou sofrer outro contra-ataque mortal pelo seu lado esquerdo - direito do ataque do Sport - para perceber o perigo iminente de derrota. Dessa vez, foi Adriano Pimenta o "garçom" para Wilson, sozinho pela direita, invadir e bater cruzado, sem defesa, à direita de Fábio: 2 a 0 Leão, aos 16 minutos.
Raposa diminui
O meio-campo rubro-negro municiava bem os atacantes, mas a defesa dormiu no ponto quando o torcedor teve a doce sensação de que a vitória estaria garantida. Três minutos depois, em lance de bola parada, o Cruzeiro conseguiu diminuir o placar e esquentar mais a partida. Fabrício cobrou falta pela direita, Henrique ganhou no alto da zaga e tocou de cabeça para Thiago Ribeiro bater de primeira, à esquerda de Magrão.
Daí em diante, a Raposa continuou acelerando, mas com mais cautela. Diego Renan e Jonathan subiam menos ao mesmo tempo. Marquinhos Paraná e Gilberto apareciam mais para fechar o meio-campo. E começou o show de Magrão. Aos 25 minutos, ele salvou o gol de empate celeste ao salvar boa cabeçada de Gilberto. Aos 39, tirou o grito de gol da garganta de Wellington Paulista, que fez tudo certo: após receber na área, girou e bateu cruzado, mas a muralha do Leão estava presente mais uma vez, garantindo a vitória parcial.
Virada celeste
O segundo tempo começou com vaias da torcida do Sport ao técnico Péricles Chamusca. Fabiano, um dos destaques da equipe no primeiro tempo, foi substituído por Zé Antônio. E a alteração ruim surtiu efeito rapidamente na partida. O contra-ataque do Leão perdeu um dos "garçons" para municiar os homens de área. O Cruzeiro agradeceu. Aos sete minutos, em nova jogada de bola parada, pela esquerda, chegou ao empate. Dessa vez pelos pés de Gilberto. O camisa 10 cobrou falta da esquerda na medida para Leonardo Silva subir mais que Durval e,de cabeça, mandar à direita de Magrão: 2 a 2
Para piorar a situação do Sport, Andrade, que já tinha cartão amarelo, agarrou a camisa de Jonathan e ganhou o cartão vermelho. Aos 18 minutos, o técnico cruzeirense, Adilson Batista, arriscou: trocou Diego Renan por Guerrón. E mostrou que, ao contrário do treinador do Leão, tem estrela. Numa cobrança rápida de lateral pela esquerda, Wellington Paulista avançou e tocou para Guerrón, livre, só tocar para as redes, marcando o gol da virada celeste.
Na frente no placar e com um jogador a mais, o Cruzeiro mexeu novamente: saiu Fabrício, entrou Fabinho. O Sport também fez nova alteração: Adriano Pimenta, que também esteve bem na primeira etapa, deu lugar a Isael. A essa altura, havia menos torcedores do Leão para qualquer tipo de manifestação contrária - muitos saíram após o gol de Guerrón.
As entradas de Athirson no lugar de Wellington Paulista, no time celeste, e de Ciro no de Arce, no Rubro-Negro, ocorreram numa partida com ritmo bem menos intenso. O Cruzeiro, já com os três pontos embaixo do braço, procurava gastar o tempo com a bola no pé. Gilberto, deslocado para a lateral desde a entrada de Guerrón, dava o toque de experiência necessário a uma equipe que ainda sonha com Libertadores e até o título. Pela virada obtida na Ilha do Retiro, pode seguir nas suas ambições.
Ficha técnica:
SPORT 2 x 3 CRUZEIRO
SPORT
Magrão, Moacir, César, Durval e Fininho; Hamilton, Andrade, Fabiano (Zé Antônio) e Adriano Pimenta (Isael); Wilson e Arce (Ciro).
Técnico: Péricles Chamusca.
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Gil, Leonardo Silva e Diego Renan (Guerrón); Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique e Gilberto; Thiago Ribeiro e Wellington Paulista (Athirson).
Técnico: Adílson Batista.
Gols: No primeiro tempo, Wilson, aos 12 e 15 minutos, e Thiago Ribeiro, aos 19. No segundo tempo, Leonardo Silva, aos sete, e Guerrón, aos 20 minutos.
Cartões amarelos: Andrade, Fininho e Fabiano (Sport) e Wellington Paulista, Gil e Fabinho (Cruzeiro) .
Cartão vermelho: Andrade.
Estádio: Ilha do Retiro (Recife). Data: 06/11/2009.
Árbitro: Paulo Henrique G. Bezerra.
Auxiliares: Angelo Rudimar Bechi (SC) e Claudemir Maffessoni (SC).