domingo, 22 de novembro de 2009

36 Rodada:Série A

SANTO ANDRÉ 4X2 AVAÍ
No ABC, Santo André faz a lição de casa e ainda respira na luta contra a degola



Respirando por aparelhos na Série A do Campeonato Brasileiro, o Santo André recebeu uma injeção de esperança neste domingo. Com gols de Marcelinho Carioca, Wanderley e Camilo (dois), além de uma grande atuação do goleiro Neneca, o Ramalhão venceu o Avaí por 4 a 2, no estádio Bruno José Daniel, e segue com chances de escapar do rebaixamento. Muriqui e Marquinhos descontaram. Já os catarinenses ficam mais distantes da briga por uma vaga na Taça Libertadores nas duas últimas rodadas.

Com o triunfo em casa, clube do ABC paulista sobe para 38 pontos, mas continua em situação complicada, na 18ª colocação, precisando vencer os dois últimos jogos e contando com tropeços de adversários diretos para permanecer na Primeira Divisão. O Avaí segue com 53, em sétimo, necessitando de uma grande combinação de resultados para ir à competição internacional.

O Santo André enfrenta nas duas rodadas finais o Náutico, no próximo domingo, às 17h, novamente em casa, e o Internacional, dia 6 de dezembro, no mesmo horário, no Beira-Rio. Em datas idênticas, o Avaí encara o Santos, na Ressacada, e o Náutico, nos Aflitos.

Pé-de-Anjo coloca o Ramalhão na frente, e Neneca salva



Sem Nunes (suspenso) no ataque, o Santo André demorou a se encontrar. Ansioso por obter uma vitória para continuar vivo no Brasileirão, o Ramalhão iniciou a partida errando muitos passes e apostando no veterano Marcelinho Carioca. Foi dele, aliás, a primeira boa chance, aos 14 minutos. Rômulo dominou pelo lado direito e chutou. A bola desviou na zaga e sobrou para o Pé-de-Anjo arriscar por cobertura e errar o alvo.

Ainda sonhando com uma vaga na Libertadores, o Avaí optou por jogar no desespero rival. Silas só liberou Caio, William, Marquinhos e Luís Ricardo para atacar. Quase deu certo aos 16. Em jogada rápida na intermediária, Caio passou por um marcador e tocou para Marquinhos. Livre, o meia invadiu a área e bateu cruzado. Neneca fez um milagre no canto esquerdo.



O Santo André chegou ao gol quando Rodriguinho, dono da camisa 9 na ausência de Nunes, apareceu. Aos 20, ele driblou Augusto na área e foi derrubado por Eltinho: pênalti! Marcelinho Carioca cobrou, Eduardo Martini quase pegou e os paulistas fizeram 1 a 0.

Mais calmo com a vantagem, o Ramalhão por muito pouco não ampliou em dois lances seguidos, aos 33 e aos 34. No primeiro, Ávine pegou rebote fora da área e disparou uma bomba para Eduardo Martini espalmar. Na cobrança do escanteio, Marcel ganhou da zaga pelo alto e cabeceou para fora, perdendo ótima oportunidade.

O Avaí respondeu logo em seguida, aos 36, com Caio. Ele roubou a bola da zaga, driblou Ricardo Conceição e Marcel na área e chutou forte. Neneca, mais uma vez, operou um milagre. O goleiro voltou a aparecer, aos 42. O zagueiro Rafael apareceu na linha de fundo e cruzou. A bola ganhou efeito e só não entrou graças a um tapa do camisa 1, empurrando para escanteio.

Avaí se abre, e Ramalhão garante vitória



Na volta do intervalo, o técnico Silas prometeu mudanças em dez minutos caso a equipe não melhorasse. Melhorou. Mais veloz e ofensivo, o time de Santa Catarina por pouco não empatou, aos quatro. Após cobrança de escanteio, Anderson Luís ajeitou de cabeça para William chutar e, de novo, Neneca fazer ótima defesa.

Silas só não contava com o segundo gol dos paulistas. Mais aberto, o Avaí deu espaços para o Santo André jogar nos contra-ataques. Aos nove, Camilo disparou sobre a marcação pelo lado esquerdo e cruzou para a área. Wanderley apareceu livre e desviou no canto esquerdo alto de Eduardo Martini.

Como prometido, o treinador catarinense sacou o zagueiro Anderson Luís para a entrada do meia-atacante Muriqui. A mudança deu certo dois minutos depois. O ex-vascaíno fez bela jogada individual, invadiu a área e tocou na saída de Neneca para fazer 2 a 1 e dar esperanças ao time sulista. Aos 18, Neneca voltou a aparecer ao defender uma cobrança de falta perigosa de Léo Gago.

Com o gol protegido, o Santo André conseguiu aumentar a vantagem, aos 21. Augusto errou o corte na área e a bola sobrou para Camilo chutar forte. Aos 29, porém, o Avaí descontou outra vez. Muriqui recebeu na área e disparou. A bola explodiu no rosto de Neneca e sobrou para Luís Ricardo. Com o goleiro caído, ele cruzou e Marquinhos completou.

Nos minutos finais, o Avaí partiu com tudo para a pressão. Com o Santo André recuado, os catarinenses foram para cima e quase empataram, aos 44, quando Eltinho invadiu a área pela esquerda e chutou forte. Neneca, para garantir a vitória, mandou para escanteio. No contra-ataque, o Santo André fechou o jogo. Camilo recebeu na área e bateu forte, no canto esquerdo


Ficha técnica:
SANTO ANDRÉ 4 x 2 AVAÍ
SANTO ANDRÉ
Neneca, Rômulo, Marcel, Vinícius Orlando e Ávine (Arthur); Ricardo Conceição, Júnior Dutra (Ricardo Goulart), Camilo e Marcelinho Carioca (Fernando); Rodriguinho e Wanderley.
Técnico: Sérgio Soares.
AVAÍ
Eduardo, Rafael, Augusto e Anderson Luís (Muriqui); Luís Ricardo, Léo Gago, Marcus Winícius (Wendel), Marquinhos e Eltinho; Caio (Fabinho Capixaba) e William.
Técnico: Silas.
Gols: Marcelinho Carioca, aos 22 minutos do primeiro tempo; Wanderley, aos nove, Muriqui, aos 12, Camilo, aos 21 e aos 47, e Marquinhos, aos 29 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rômulo, Neneca (Santo André); Marquinhos (Avaí).
Estádio: Bruno José Daniel. Data: 22/11/2009.
Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira.
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moises (RJ) e Hilton Moutinho Rodrigues (RJ).
Renda: R$ 17.045,00. Público: 3.167 pagantes.


SANTOS 4X0 CORITIBA
Santos passeia em campo, goleia o Coxa e se livra de vez do rebaixamento



O jogo era decisivo para Santos e Coritiba e as equipes entraram em campo em busca da vitória para se afastar de vez da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Porém, só um time jogou. Em uma das melhores atuações da equipe na competição, o Peixe fez 4 a 0 com extrema facilidade. E o placar final não refletiu o que foi a partida. Se tivesse caprichado nas finalizações, os comandados de Vanderlei Luxemburgo teriam aplicado uma goleada histórica em campo, tamanha a superioridade em campo (reveja ao lado o gol marcado por Madson).

Com a vitória, o Peixe foi aos 48 pontos, permaneceu na 12ª colocação e já não corre mais risco de cair para a Série B em 2010. Já o Coxa, que sofreu a sua 16ª derrota em 36 partidas, estacionou nos 44 e voltou a ficar ameaçado de voltar para a Série B, competição que disputou na temporada de 2006.

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO

Domínio alvinegro

O Santos entrou em campo com a formação pedida pelo seu torcedor, com Madson e Paulo Henrique na armação e Neymar e Kléber Pereira no ataque. No Coritiba, o técnico Ney Franco apostava suas fichas em Carlinhos Paraíba, para organizar o setor de criação, e Marcelinho Paraíba, artilheiro da equipe na competição, com 14 gols.

O passeio santista começou aos dois minutos, quando Paulo Henrique chutou de fora da área, e Vanderlei defendeu em dois tempos. Aos cinco, o goleiro do Coxa falhou na saída de bola e Madson quase marcou. Quatro minutos depois, Pará cruzou da direita, e Paulo Henrique cabeceou no ângulo direito de Vanderlei, que voou e mandou para escanteio.

O gol era apenas uma questão de tempo. Depois de Kléber Pereira perder uma oportunidade aos 17, após passe de Paulo Henrique, Madson fez a festa da torcida aos 22. Ele cobrou falta pela direita, a bola passou por toda a área e morreu no canto direito de Vanderlei, que saltou e não alcançou a bola.



O Coritiba mal teve tempo para respirar. Aos 25, após cruzamento da esquerda, a zaga paranaense afastou o perigo. Na sobra, Madson fez passe perfeito para Kléber Pereira, que, em posição legal, dominou a bola, invadiu a área livre e, na saída de Vanderlei, bateu para o fundo do gol, marcando o seu o 13º na competição (reveja o gol do camisa 9).

Festival de gols perdidos

Quem esperava que o Coxa saísse para o jogo para tentar inverter a situação, se enganou. O Santos seguiu soberano em campo e começou a desperdiçar chances. Aos 33, Neymar ficou cara a cara com o goleiro adversário e chutou em cima de Vanderlei. No minuto seguinte, Paulo Henrique tocou para Kléber Pereira, que, pelo lado direito da área, chutou por cima do gol.



Ainda no primeiro tempo, Madson perdeu duas chances inacreditáveis, para desespero do torcedor. Aos 37, após furada de Leandro Donizete na entrada da área, ele avançou livre, driblou Vanderlei, mas foi lento na hora de chutar, permitindo a recuperação do goleiro adversário. Aos 46, ele fez ainda pior. Pará fez bela jogada pela direita, invadiu a área e tocou para Madson, que a um passo da linha do gol, fez o mais difícil e bateu para fora (assista ao incrível lance).

Goleada no segundo tempo

Para tentar buscar uma recuperação, o técnico Ney Franco mudou o Coritiba no intervalo. Ele sacou o meia Carlinhos Paraíba e colocou o atacante Thiago Gentil. Porém, o Santos continuou comandando as ações.

Aos 11, Neymar cobrou falta da entrada da área no canto esquerdo de Vanderlei, que voou e fez a defesa. Oito minutos depois, o mesmo Neymar recebeu na frente e na saída do goleiro do Coxa, desta vez, não vacilou e fez o terceiro gol. Imóvel, o Coritiba não esboçava qualquer reação dentro de campo.

E cabia mais. Aos 23, Neymar, em tarde inspirada, foi derrubado dentro da área. Pênalti bem marcado por Ricardo Marques Ribeiro. Na cobrança, Kléber Pereira bateu no canto direito de Vanderlei, que saltou e fez a defesa. Logo depois, o atacante sentiu contusão muscular e foi substituído por Jean.



Até o fim da partida, o Santos seguiu no ataque, em busca do quarto gol. Que veio aos 43, com uma pintura de Neymar. Ele recebeu na frente e, cara a cara com Vanderlei, bateu por cima, com muita categoria. Um golaço que premiou a inspirada atuação do Peixe e deixou o Coritiba alerta. Afinal, a Série B voltou a assustar (reveja o golaço).


Ficha técnica:
SANTOS 4 x 0 CORITIBA
SANTOS
Felipe; Pará, Adaílton, Eli Sabiá e Léo (Triguinho); Rodrigo Souto, Rodrigo Mancha, Madson (Robsobn) e Paulo Henrique; Neymar e Kléber Pereira (Jean).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
CORITIBA
Vanderlei; Rodrigo Heffner, Pereira (Marcos Aurélio), Jéci e Luciano Amaral; Jaílton, Leandro Donizete, Makelele e Carlinhos Paraíba (Thiago Gentil); Rômulo e Marcelinho Paraíba.
Técnico: Ney Franco.
Gols: Madson, aos 22 min e Kléber Pereira, aos 25min do 1º tempo. Neymar, aos 19min e aos 43min do 2º tempo.
Cartões amarelos: Madson e Léo (Santos) e Pereira (Coritiba).
Estádio: Vila Belmiro. Data: 22/11/2009.
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG).
Auxiliares: Guilherme Dias Camilo (MG) e Márcio Eustáquio Santiago (MG).


SPORT 0X3 FLUMINENSE
Fluminense derrota o Sport no Recife e se fortalece na luta contra o rebaixamento



O Fluminense ganhou um jogo fundamental em sua luta contra o descenso no Campeonato Brasileiro. O time carioca derrotou o já rebaixado Sport por 3 a 0 neste domingo, na Ilha do Retiro, e só depende de seus próprios resultados para permanecer na Série A em 2010. Os gols foram marcados por Zé Antonio (contra), Fred e Conca.

Esta foi a oitava vitória consecutiva do Tricolor (cinco na competição nacional e três na Copa Sul-Americana). A equipe agora tem 42 pontos, mas ainda está no Z-4, pois o Botafogo derrotou o São Paulo por 3 a 2 no Engenhão, com um gol nos minutos finais. O Rubro-Negro, que apenas cumpriu tabela, se manteve com 31.

Na penúltima rodada, o Sport joga em casa de novo, desta vez contra o Internacional, enquanto o Fluminense recebe o Vitória. Os dois jogos serão no domingo, às 17h (de Brasília) e o clube das Laranjeiras pode deixar o Z-4 em caso de triunfo, já que a tabela prevê o duelo Atlético-PR x Botafogo, ambos atualmente com 44 pontos.

Antes, porém, o time do Rio faz a primeira partida da final da Copa Sul-Americana. O jogo de ida contra LDU será nesta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), na altitude de Quito.

Sport joga sério e Flu só aperta no fim da primeira etapa

O jogo começou morno, apesar da provocação entre as torcidas, com gritos de segunda divisão do dois lados. Com apenas dez minutos, o Sport perdeu o meia Adriano Pimenta, machucado. Isael entrou em seu lugar e teve a primeira boa chance do duelo, aos 13 minutos. Após receber passe de Dutra na entrada da área, ele chutou rasteiro à esquerda do gol de Rafael.

O Fluminense, que viajou desfalcado de Digão, Diguinho e Maicon (Cássio, Maurício e Alan iniciaram como titulares), errava muitos passes e encontrava dificuldades para criar jogadas ofensivas. Enquanto isso, o time da casa mantinha a seriedade na partida e tomava as iniciativas ofensivas, mesmo não tendo mais qualquer pretensão no torneio. Aos 29, Wilson chegou à linha de fundo pela esquerda e Gum cortou de forma providencial, evitando a finalização de Arce.

O Tricolor só foi ameaçar o goleiro Cléber aos 36 minutos, quando Dieguinho apareceu de surpresa no lado direito da área e foi travado na hora do chute. Logo depois, Conca arriscou de fora da área, mas mandou por cima do gol.

Nos minutos finais, o Flu começou a pressionar um pouco mais e criou outras duas boas chances. Mariano recebeu ótimo passe de Conca aos 42, mas preferiu o cruzamento ao chute e perdeu a oportunidade de abrir o placar. Em seguida, Cléber impediu o gol de Dieguinho, fechando bem o ângulo no momento da conclusão.

Flu marca três vezes e Sport tem dois expulsos

No começo do segundo tempo, o Fluminense teve a chance de abrir o placar logo no primeiro minuto. Mas o goleiro Cléber apareceu muito bem no chute cruzado de Maurício e salvou também o rebote, concluído por Conca. A resposta do Sport veio aos seis, quando Isael se livrou da marcação de Diogo e chutou por cima.

O Flu teve dois momentos seguidos de preocupação. Diogo saiu machucado aos dez e deu lugar a Urrutia. Aos 12, Isael tropeçou na bola na hora do chute e por pouco não abriu o placar para o Leão.

Como o Flu pouco atacava, Cuca resolveu fazer outra mudança no time e pôs Kieza na vaga de Alan, aos 15. Aos 17, Moacir fez falta em Dieguinho e, como já tinha amarelo, acabou sendo expulso, fazendo a equipe visitante crescer na partida.

Os espaços apareceram e Fred quase abriu o placar aos 20, concluindo passe de Dieguinho. Cléber fez boa defesa no chute do centroavante. Porém, na sequência, o goleiro nada pôde fazer quando Zé Antônio desviou cruzamento de Maurício: gol contra.

Com um a mais, o Fluminense ampliou o marcador em um contra-ataque. Conca arrancou pelo meio e, na saída de Cléber, rolou para Fred fazer seu 11º gol em 12 jogos após retornar de lesão.

Cuca ainda mexeu mais uma vez no Tricolor, botando Equi Gonzalez na vaga de Maurício. Perdido em campo, o Sport teve outro jogador expulso. Ciro deixou o campo mais cedo por falta em Kieza, aos 35. Com dois a mais, o Flu passou a administrar o resultado e ainda fez o terceiro aos 41. Kieza deu passe preciso para Conca, que invadiu a área e bateu cruzado, sacramentando a vitória tricolor.


SPORT 0 x 3 FLUMINENSE
SPORT
Cléber, Igor, Freire (Fabiano), e César; Elder Granja, Zé Antonio, Moacir, Adriano Pimenta (Isael) e Dutra; Wilson e Arce (Ciro).
Técnico: Levi Gomes.
FLUMINENSE
Rafael; Gum, Dalton e Cássio; Mariano, Diogo (Urrutia) Maurício (Equi Gonzales), Conca e Dieguinho; Alan (Kieza) e Fred.
Técnico: Cuca.
Gols: Zé Antonio (contra), aos 21, Fred aos 27 e Conca aos 41 minutos do segundo tempo.
Publico: 9.362 Renda: R$ 35.020.
Cartões amarelos: Mariano e Cássio (Fluminense) Moacir, Zé Antonio e César (Sport).
Cartão vermelho: Moacir e Ciro (Sport).
Estádio: Ilha do Retiro, no Recife (PE). Data: 22/11/2009.
Árbitro: Wilson Luís Seneme (Fifa-SP).
Auxiliares: Ednilson Corona (Fifa-SP) e João Bourgalber Chaves (SP).


BOTAFOGO 3X2 SÃO PAULO
Botafogo vence no fim e deixa São Paulo ameaçado de perder liderança



Uma vitória dramática, que faz jus ao ditado de que há coisas que somente acontecem com o clube. Com um gol de Jobson aos 44 minutos do segundo tempo, o Botafogo se manteve fora da zona de rebaixamento ao vencer por 3 a 2 o São Paulo, neste domingo, no Engenhão. Com o resultado, o time alvinegro permanece em 16º lugar, e o Tricolor Paulista corre o risco de perder a liderança da competição.

Até os 44 minutos da segunda etapa, o Botafogo estava na zona de rebaixamento, devido à vitória por 3 a 0 do Fluminense sobre o Sport. No entanto, o gol de Jobson fez o time chegar aos mesmos 44 pontos de Coritiba e Atlético-PR, seu próximo adversário, domingo, em Curitiba. E dois a mais que o Flu. Já o São Paulo, que permanece com 62 pontos, pode cair para o segundo lugar se o Flamengo vencer o Goiás, ainda neste domingo, no Maracanã. O Tricolor enfrenta o time esmeraldino no Serra Dourada, na próxima rodada.

Sem se importar com a alta temperatura do domingo no Rio de Janeiro, o Botafogo começou a partida imprimindo alta velocidade para cima do São Paulo. Numa disposição que nem de longe lembrava a apática atuação contra o Barueri, o Alvinegro apostava também na troca de passes para desarticular o ferrolho defensivo do adversário.

O São Paulo mal teve tempo de entrar no jogo e logo sofreu o gol. Pouco depois de o técnico Estevam Soares trocar o lado do posicionamento de seus atacantes, Jobson recebeu a bola pelo lado esquerdo, passou por Renato Silva e, da entrada da área, acertou um chute no ângulo esquerdo de Rogério Ceni, que sequer pulou, fazendo 1 a 0 aos 14 minutos.

Mas apesar da paciência e do apoio de sua torcida, pouco vistos ao longo da temporada, o Botafogo mostrou logo uma acomodação com a vantagem adquirida. Ao mesmo tempo que recuou, o São Paulo, diante da necessidade da vitória, avançou sua marcação e passou a tomar conta das ações ofensivas, seja nos contra-ataques ou bolas aéreas.

Nervoso, o Botafogo usava o recurso do chutão para afastar o perigo de sua área. Além disso, contava com a demorada reposição de bola das gandulas, que deixaram revoltado o sereno técnico Ricardo Gomes. Enquanto isso, Arouca, Junior Cesar e Jorge Wagner investiam nos avanços pelo lado esquerdo, nas costas de Alessandro.

Foi em um contra-ataque que o São Paulo criou sua primeira chance de perigo no primeiro tempo. Mas apenas aos 42 minutos. Depois de uma tentativa errada de corte de Leandro Guerreiro, Marlos avançou desde o campo defensivo e arriscou de fora da área, mas Jefferson voou para fazer grande defesa, espalmando a bola no ângulo direito.

O Botafogo, no entanto, teve uma oportunidade ainda mais clara aos 45. Jobson recebeu passe dentro da área e, frente a frente com Rogério Ceni, chutou de forma bisonha, desperdiçando uma chance muito mais simples do que o gol que marcara no início da partida.

Mas se o Alvinegro se preocupava com o relógio, já pensando no intervalo, o São Paulo insistia no ataque, aproveitando o nervosismo e a insegurança do adversário. E logo depois de Miranda acertar a trave num chute de fora da área, Junior Cesar cruzou pelo lado esquerdo, e Washington subiu mais do que Wellington para cabecear e empatar a partida aos 50 minutos.

O segundo tempo começou com Victor Simões no lugar de Reinaldo, que novamente sentiu dores na coxa esquerda. Apesar da necessidade da vitória, o Botafogo mostrou displicência, e foi se aproveitando dela que o São Paulo alcançou a virada, aos 11 minutos. Após uma cobrança rápida de lateral, a defesa alvinegra cochilou. Washington recebeu e rolou para Jorge Wagner, que chutou com categoria para fazer 2 a 1.

Foi então que o Botafogo acordou e logo igualou o placar. Jobson avançou pela esquerda e venceu a marcação são-paulina usando sua habilidade. Ele tocou para trás e, após confusão na área, a bola sobrou limpa para Renato, que tocou de cabeça para o gol, aos 13 minutos. Os jogadores do São Paulo reclamaram muito, pedindo impedimento, mas o zagueiro Renato Silva, que rebateu o cruzamento de Jobson, dava condição para o Alvinegro.

Já com o jogo novamente equilibrado, o Botafogo passou a ter uma vantagem importante aos 25 minutos, quando Richarlyson cometeu falta por trás em Victor Simões e, como já tinha recebido cartão amarelo, foi expulso. A esta altura, todo o Engenhão já sabia da vitória parcial do Fluminense sobre o Sport, que colocava a equipe alvinegra na zona de rebaixamento. O time carioca passou a atuar ainda mais avançado e começou a deixar espaços para o São Paulo, que carimbou uma bola no travessão aos 29 minutos, com Hernanes.

O drama alvinegro parecia maior aos 38 minutos, quando Juninho foi expulso, mas a salvação do Botafogo veio novamente dos pés de Jobson, que recebeu lançamento, após desvio de Victor Simões, limpou Miranda, entrou cara a cara com Rogério Ceni e mandou uma bomba para o gol, aos 44 minutos, garantindo a vitória. Na comemoração, o atacante tirou a camisa e foi expulso, assim como Rodrigo Dantas, por falta violenta em Zé Luis já nos descontos.


Ficha técnica:
BOTAFOGO 3 x 2 SÃO PAULO
BOTAFOGO
Jefferson, Alessandro, Juninho, Wellington e Diego; Leandro Guerreiro, Fahel (Rodrigo Dantas), Lucio Flavio e Renato (Jônatas); Jobson e Reinaldo (Victor Simões).
Técnico: Estevam Soares.
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Renato Silva, Richarlyson e Miranda; Adrián González (Wellington), Arouca (Zé Luis), Hernanes, Marlos (Henrique), Jorge Wagner e Junior Cesar; Washington.
Técnico: Ricardo Gomes.
Gols: Jobson, aos 14, e Washington, aos 50 minutos do primeiro tempo; Jorge Wagner, aos 11, Renato, aos 13, Jobson, aos 44 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Renato, Jobson, Wellington (Botafogo); Renato Silva, Richarlyson, Arouca, Miranda (São Paulo).
Cartões vermelhos: Juninho, Jobson, Rodrigo Dantas (Botafogo); Richarlyson (São Paulo).
Público: 26.513 presentes. Renda: R$ 270.536,00.
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 22/11/2009.
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF).
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa/RS) e Alessandro Rocha de Matos (Fifa/BA).


VITÓRIA 2X1 BARUERI
Vitória encerra jejum, bate o Barueri e segue na luta pela Sul-Americana



Na partida contra o Barueri, o Vitória tinha duas opções: vencer e seguir firme na luta por uma vaga na Copa Sul-Americana do ano que vem, ou perder pontos em casa e passar a se preocupar com o rebaixamento. Para alegria da torcida rubro-negra, o time optou pelo primeiro caminho. No Barradão, o Leão bateu a equipe paulista por 2 a 1 e foi a 47 pontos, três a mais que o Coritiba, primeiro fora da zona de classificação para o torneio continental. O resultado encerrou uma série de cinco derrotas do clube baiano, que se mantém na 13ª posição. Com a derrota, o Barueri, permanece com 48, em 11º.

A partida foi marcada por lances polêmicos da arbitragem. Ainda no primeiro tempo, Neto Berola foi derrubado na área, mas o pênalti não foi assinalado. Na segunda etapa, Otacílio Neto foi expulso ao dividir bola com Bida em um lance aparentemente comum.

Na próxima rodada, o Vitória encara o Fluminense, no Maracanã. O Barueri também joga fora de casa, contra o Grêmio. Ambas as partidas serão realizadas no domingo, a partir das 17h (horário de Brasília).

Gol anulado e pênalti não marcado

O Vitória contou com a volta de Roger, após o jogador se recuperar de uma lesão. Mas o nome do primeiro tempo foi Neto Berola. O atacante foi o protagonista dos melhores e do mais polêmico lance da etapa.



Logo aos 7, Ramon deu belo passe para Neto, mas o atacante, que estava livre, se enrolou e bateu para fora. O Barueri reagiu com categoria. Aos 12, Val Baiano viu Viáfara adiantado e tentou tocar por cobertura. A bola, caprichosamente, bateu na parte de trás do travessão. Contudo, a reação do time paulista parou por aí.

O Vitória passou a dominar as ações e teve um gol corretamente anulado. Aos 23, Ramon cruzou na área, Fábio Ferreira mandou para as redes, mas estava em posição irregular (assista no vídeo ao lado). A partir daí, só deu Neto Berola. Aos 34, o atacante recebeu na área, mas mandou por cima. Um minuto depois, fez boa jogada na área, foi derrubado por Xandão, mas o árbitro ignorou o pênalti (assista no vídeo abaixo).



O lance parece ter irritado Leandro Domingues, que mandou uma bomba, aos 36, que explodiu na trave. Aos 37, mais um lance de ataque e mais um gol perdido. De novo com ele, Neto Berola. O atacante recebeu na área, tirou o zagueiro, mas chutou por cima.

- A equipe está bem, trabalhando bem a bola. Vamos fazer o gol no segundo tempo – prometeu Ramon na saída para o intervalo.

Vitória volta com tudo

Promessa é dívida. Logo no segundo minuto da segunda etapa, Leandro Domingues aproveitou cruzamento de Fábio Ferreira e mandou para o fundo da rede. O Barueri tentou reagir. Aos 7, Márcio Careca fez boa jogada pela esquerda, entrou na área, sofreu falta de Nino, mas seguiu na jogada e não reclamou o possível pênalti. Aos 10, a torcida rubro-negra voltou a ter motivos para comemorar. Roger recebeu cruzamento da direita e mandou uma cabeçada certeira para ampliar o marcador.

A partida, que já estava sendo dominada pelo Vitória, ficou ainda mais tranquila para o time da casa. Otacílio Neto, que tinha acabado de entrar, dividiu bola com Bida e foi expulso. Na saída de campo, o jogador se mostrou indignado com o cartão vermelho que recebeu.



- Ele disse que eu estava o jogo todo batendo, mas eu acabei de entrar – disse Otacílio Neto, em entrevista ao “PFC”.

Apesar da facilidade, o Leão diminuiu o ritmo e apenas esperou o apito final para comemorar a vitória. Por sua vez, o Barueri parecia não ter forças para reagir e, embora tentasse armar algumas jogadas de ataque, pouco ameaçava o gol de Viáfara. Em uma dessas tentativas, conseguiu o gol de honra, com Val Baiano. O atacante aproveitou lançamento longo para marcar, aos 46.


Ficha técnica:
VITÓRIA 2 x 1 BARUERI
VITÓRIA
Viáfara, Nino, Anderon Martins, Fábio Ferreira e Leandro; Vanderson, Bida (Magal), Leandro Domingues (Jackson) e Ramon; Neto Berola (Willian) e Roger.
Técnico: Vágner Mancini.
BARUERI
Renê, Daniel Marques, Leandro Castan, Xandão (João Vitor) e Bruno Ribeiro (Éder); Ewerton, Ralf, Thiago Humberto e Márcio Careca; Flavinho (Otacílio Neto) e Val Baiano.
Técnico: Luis Carlos Goiano.
Gols: Leandro Domingues, aos 2, e Roger, aos 10 do segundo tempo para o Vitória; Val Baiano, aos 46 do segundo tempo para o Barueri.
Cartões amarelos: Ewerton, Márcio Careca, Leandro Castan (Barueri), Roger (VItória). Cartão vermelho: Otacílio Neto (Barueri).
Estádio: Barradão. Data: 22/11/2009.
Árbitro:Gutemberg de Paula Fonseca.
Auxiliares: Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ) e Jorge Luiz Roque (RJ).


FLAMENGO 0X0 GOIÁS
Fla desperdiça tropeço do líder, empata com o Goiás e não assume a ponta

O roteiro não poderia ser mais perfeito para o Flamengo alcançar a liderança do Brasileirão. A vitória do Botafogo sobre o São Paulo abriu as portas do primeiro lugar para o time de Andrade. Bastava vencer o Goiás, no Maracanã lotado, e assumir a ponta. Só que o que parecia provável não aconteceu. Nervoso em campo e com a pontaria bem distante da ideal, o Rubro-Negro não passou de um empate sem gols com o Esmeraldino. O resultado mantém o time na vice-liderança, com 61 pontos. O Tricolor Paulista tem 62. Os goianos, que não sonham com mais nada no Nacional, chegam a 51, em nono. A partida frustrou 78.639 torcedores, novo recorde de público pagante do futebol brasileiro nesta temporada.

No próximo domingo, o Fla encara o Corinthians, às 17h, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas. No mesmo horário, o Goiás recebe o São Paulo, no Serra Dourada, em Goiânia.

Nervoso e desatento, Fla não brilha

“A maior torcida do mundo faz a diferença”. A frase em letras garrafais, estampada em um lindo mosaico rubro-negro no Maracanã, deu boas vindas ao time do Flamengo que, naquele momento, era líder em potencial do Brasileirão. Após a derrota do São Paulo para o Botafogo, no Engenhão, o time de Andrade precisava vencer o Goiás para ultrapassar o primeiro colocado. O apoio da torcida chamou a atenção de Adriano. Enquanto a bola não rolava, o Imperador gastou alguns minutos observando os torcedores. Em seguida, mãos para o céu em sinal de oração.



Ao contrário do esperado, o Flamengo não conseguiu ser absoluto no início do jogo. Aparentemente nervosa, a equipe errou passes e sentiu a forte marcação do Esmeraldino. Petkovic esteve o tempo todo cercado. Rithelly e Douglas se revezaram na marcação sobre o sérvio. Nos primeiros 15 minutos, ele só conseguiu ameaçar em cobranças de falta para a grande área. Pouco acionados, Adriano e Zé Roberto se viram obrigados a buscar jogo. O Camisa 10 chegou a perder a paciênica com Juan, após uma oportunidade de cruzamento desperdiçada pelo lateral-esquerdo.

Nos contra-ataques, Iarley, aberto pela ponta direita, Léo Lima no meio, e Fernandão, mais perto da área, levavam certo perigo ao gol de Bruno. Chance clara mesmo só aos 18. Fernandão recebeu do lado esquerdo, sem marcação, matou no peito e soltou a bomba de esquerda. Chute que o camisa 1 espalmou para escanteio.

O melhor momento do Fla no primeiro tempo não foi tão empolgante, mas deixou o time perto do gol. Aos 20, Pet sofreu falta na entrada da área. Mãos na cintura, e olhos vidrados no gol de Harlei. O sérvio buscou o ângulo direito do goleiro que, estático, só conseguiu torcer para não ver a bola dentro da rede. Dois minutos depois, Adriano teve uma rara oportunidade. Pet cruzou rasteiro da esquerda, mas a zaga travou o chute do Imperador na pequena área.

Algumas arrancadas de Léo Moura pela direita criaram certa expectativa, mas não foram sufientes para romper um silêncio angustiante no Maracanã. Incômodo que só não foi maior por conta de Bruno. Aos 41, a triangulação perfeita entre Iarley, Fernandão e Léo Lima deixou o meia livre na esquerda. O chute colocado no ângulo direito tinha endereço certo, mas o goleiro salvou com um tapa. Após o apito para o intervalo, pedidos de raça acompanharam os rubro-negros até o acesso ao vestiário.

Apesar da luta, Rubro-Negro falha

Dois lances muito parecidos abriram o segundo tempo. O rubro-negro Willians e o esmeraldino Vitor por pouco não abriram o placar, aos dois e aos quatro, respectivamente. O volante do Fla parou em Harlei, enquanto o lateral errou o alvo. Mesmo empurrado pela torcida, o Flamengo parecia preso e via o Goiás ficar mais próximo do gol. Juan tentou ser mais efetivo pela esquerda e conseguiu criar uma ótima chance, aos dez. Após passe do camisa 6, Petkovic arriscou um chute colocado que buscava o ângulo esquerdo do goleiro. Rafael Tolói cortou com a cabeça e por pouco não fez contra.

Com um meio-campo pouco efetivo no ataque, Andrade chamou Kleberson, aos 17, para ocupar o lugar de Willians. A oportunidade marcou a volta do jogador ao time depois de uma lesão no ombro. O camisa 15 não jogava desde agosto, quando se machucou no amistoso da seleção brasileira contra a Estônia. Apesar da falta de ritmo, o toque de bola melhorou.

Só que o Flamengo precisava muito dos craques do time. Pet e Adriano, bem marcados, enfrentavam algumas dificuldades e não se encontravam como de costume. Aos 19, o Imperador trombou com a marcação na área, conseguiu girar o corpo, mas o chute rasteiro saiu sem a força necessária para vencer Harlei. Dois minutos mais tarde, o camisa 10 deu linda assistência para o sérvio. No primeiro chute, Harlei defendeu milagrosamente. Adriano, no melhor estilo lutador, praticamente deu um golpe na bola com a esquerda, mas a zaga conseguiu afastar. Lance inacreditável que levou o Maracanã à loucura e deve ter feito muita gente perder alguns fios de cabelo.

Andrade mudou mais uma vez. Cansado, Petkovic deu lugar a Fierro. E o chileno proporcionou a Adriano a melhor chance dele na partida, aos 35. O cruzamento rasteiro passou por vários defensores do Goiás, mas o Imperador, por um segundo, esqueceu a categoria que o consagrou na Europa e mandou a bola para fora na pequena área. O desespero era tanto que até Ronaldo Angelim deu uma de atacante. Kleberson arriscou mais um chute rasteiro de fora da área, e o goleiro Bruno foi tentar a cabeçada em cobrança de escanteio. De nada adiantou, e a decisão do título fica cada vez mais dramática e emocionante.


Ficha técnica:
FLAMENGO 0 x 0 GOIÁS
FLAMENGO
Bruno; Léo Moura, Álvaro, Ronaldo Angelim e Juan; Airton, Toró, Willians (Kleberson) e Petkovic (Fierro); Zé Roberto (Bruno Mezenga) e Adriano.
Técnico: Andrade.
GOIÁS
Harlei; Vitor, Rafael Tolói, Ernando e Leandro Euzébio; Douglas, Léo Lima, Rithelly (Amaral) e Fernando; Iarley e Fernandão (Felipe).
Técnico: Hélio dos Anjos.
Cartões amarelos: Rithelly e Leandro Euzébio (Goiás).
Estádio: Maracanã. Data: 22/05/2008.
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS).
Auxiliares: Roberto Braatz (PR) e Carlos Berkenbrock (SC).
Público pagante: 78.639. Público presente: 83.489. Renda: R$ 1.470.905,00.


ATLÉTICO - MG 0X1 INTERNACIONAL
Inter vence o Atlético-MG fora de casa e ainda sonha com o título



Em um confronto direto por vaga por vaga no G-4 do Campeonato Brasileiro, o Internacional levou a melhor e venceu o Atlético-MG por 1 a 0, calando mais de 40 mil torcedores no Mineirão, e, de quebra, voltou à briga pelo título, já que o líder São Paulo perdeu e o segundo colocado Flamengo empatou. Giuliano, aos 15 minutos do primeiro tempo, fez o gol que decidiu o confronto. Ao fim do jogo, vaias da torcida do Galo para a equipe alvinegra.

Com a vitória, o Inter chegou a 59 pontos e manteve-se na zona de classificação à Taça Libertadores. Na próxima rodada, o time gaúcho vai visitar o rebaixado Sport, domingo, na Ilha do Retiro. Já o Atlético-MG segue na quinta colocação, com 56 pontos. O próximo compromisso do Galo será contra o Palmeiras, domingo, no Palestra Itália.

O jogo

Empurrado pela torcida, o Atlético-MG bem que tentou tomar a iniciativa no jogo, mas não teve criatividade nem fluxo ofensivo suficientes para furar o bloqueio colorado. Com uma linha defensiva consistente e uma forte marcação no meio de campo, o Internacional mostrou suas cartas desde o início do jogo, deixando claro que apostaria nos contra-ataques, principalmente pela esquerda, acionando Kléber.

Após duas tentativas com o lateral, o Inter voltou a investir pela esquerda de seu ataque e, aos 15 minutos, obteve sucesso: Alecsandro recebeu ótimo lançamento na área, passou pelo goleiro Carini e tentou por cobertura, chutando com categoria por cima do zagueiro Werley. A bola pegou na trave esquerda e sobrou para Giuliano fazer 1 a 0 para a equipe gaúcha.

Com a desvantagem no placar, o Atlético-MG não teve outra alternativa a não ser ir ao ataque, mesmo que sem o planejamento adequado. Visivelmente preso ao esquema defensivo do adversário, o time alvinegro não conseguiu criar uma situação clara de gol sequer.

Aos 19, Lauro defendeu com tranqüilidade um chute de longe disparado por Jonílson. Diego Tardelli, aos 32, invadiu a área e se jogou. A torcida pediu pênalti, mas o árbitro, acertadamente, nada marcou. O último recurso do Galo foi o jogo aéreo, mas as tentativas foram facilmente anuladas.

Após uma dividida com o goleiro Lauro, fora da área, o lateral-direito Carlos Alberto deixou o campo com suspeita de ter fraturado o nariz, sendo substituído pelo meia Evandro, aos 38. Assim, Márcio Araújo e Correa passariam a se revezar na cobertura da lateral direita.

Inter segura o placar

O Internacional voltou para o segundo tempo com duas modificações: Glaydson e Taison na vaga de D’Alessandro e Alecsandro, respectivamente. Logo no primeiro minuto, um ótimo contra-ataque colorado: Taison foi lançado, entrou na área e tocou na saída de Carini. A bola saiu à esquerda da meta. Quase...

Após o susto inicial, o Galo se refez, assumiu o domínio e foi ao ataque. O Internacional recuou e aceitou o volume de jogo atleticano. Foram 20 minutos de insistência alvinegra, mas nada muito diferente de chuveirinhos na área colorada.

No único lance de infiltração, Alessandro, que entrava na vaga de Éder Luís, recebeu livre e fez o gol de empate, aos 24, mas o lance foi corretamente anulado, já que o atacante atleticano estava impedido.

Taison era a válvula de escape do Inter e voltou a assustar a torcida do Galo aos 26: Carini defendeu. Celso Roth tinha planos de colocar o atacante Rentería, mas Welton Felipe se machucou e o técnico viu-se obrigado a repor a zaga, colocando Alex Bruno.

Já na base do desespero, o Atlético-MG insistiu até o fim. O árbitro deu três minutos de acréscimo. No fim, melhor para o Inter, que segurou a vitória e saiu com os três pontos do Mineirão. Revoltada, a torcida atleticana vaiou a equipe, gritou “Timinho” e “Time sem vergonha”.


Ficha técnica:
ATLÉTICO - MG 0 x 1 INTERNACIONAL
ATLÉTICO - MG
Carini, Carlos Alberto (Evandro), Werley, Welton Felipe e Thiago Feltri; Jonílson, Márcio Araújo, Correa, Ricardinho, Éder Luís (Alessandro) e Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth.
INTERNACIONAL
Lauro, Danilo Silva, Índio, Bolívar e Kléber; Sandro, Guiñazu, Giuliano, D´Alessandro (Glaydson) e Marquinhos (Andrezinho); Alecsandro (Tyson).
Técnico: Mário Sérgio.
Gols: Giuliano, aos 15 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Carlos Alberto, Márcio Araújo (Atlético-MG); Lauro, Danilo Silva, Kléber, Guiñazu (Internacional).
Estádio: Mineirão. Data: 22/11/2009.
Árbitro: Cléber Wellington Abade (SP).
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Vicente Romano Neto (SP).