
Cruzeiro vence fora de casa o Figueirense em partida cheia de gols e emoção
Jogo limpo, na bola, com apenas um cartão amarelo, e cheio de gols e emoção. Foi assim a partida em que o Cruzeiro arrancou vitória importante de 4 a 3 sobre o Figueirense, neste domingo, no estádio Orlando Scarpelli. O time agora torce para o tropeço do Palmeiras para o Vasco para, com 46 pontos ganhos, assumir pelo saldo de gols a vice-liderança do Campeonato Brasileiro. O Figueira, que estreou o técnico Mário Sérgio, teve sua sexta derrota seguida e se mantém com 28 pontos ganhos, mais perto da zona de rebaixamento.
Os gols foram de Guilherme (2), Thiago Ribeiro e Henrique para o Cruzeiro. Bruno Santos, Ramon e Diogo fizeram os do time da casa. Na próxima rodada, o Figueira vai a Belo Horizonte enfrentar o Atlético-MG, no sábado. A Raposa faz jogo importante contra o São Paulo, domingo, no Morumbi.
Bom início
Os quatro gols nos primeiros 45 minutos mostraram que o primeiro tempo foi intenso e cheio de alternativas. O Cruzeiro, mais bem armado e com superioridade técnica, acabou cedendo o empate por falhas no seu sistema defensivo. Bom para o Figueirense. O técnico Mário Sérgio estreou com a responsabilidade de quebrar a série de cinco derrotas seguidas. De cara, armou um esquema 3-6-1 para conter o poder ofensivo da Raposa e promoveu as estréias do zagueiro Alex e do ala-meia Alex Cazumba.
Foi o próprio Alex Cazumba quem começou a primeira boa jogada do Alvinegro na partida. Aos sete, lançou da esquerda para a direita. Diogo centrou para a área, e Bruno Santos, único atacante do time, chegou atrasado no lance.
Parecia que o time viria melhor, mas as aparências enganaram. Não demorou muito para o Cruzeiro superar o esquema defensivo de Mário Sérgio. Desfalcado de Ramires, mas com Marquinhos Paraná de volta ao meio-campo cheio de gás, a Raposa impôs logo o seu jogo veloz cheio de toques rápidos.
Velocidade e gols
Aos 8, pela esquerda, Thiago Ribeiro foi ao fundo e centrou para trás, mas Guilherme não estava na área, e a zaga salvou. Aos 12, Guilherme, já ligado na partida, meteu bola na medida para Thiago Ribeiro desperdiçar. Mas aos 13, a blitz azul foi bem-sucedida, com boa contribuição da defesa do Figueira: Cleiton Xavier perdeu a bola na intermediária, e Guilherme tocou para Wagner. O camisa 10 bateu de pé direito, mas fraco. Wilson falhou e soltou nos pés de Guilherme, que apenas escorou para as redes.
Com o gol cruzeirense, aumentou a tensão para o Figueira. O meio-campo estava perdido, errava passes e esbarrava na forte marcação adversária. Até que, aos 26 minutos, num lance isolado em contra-ataque, a defesa cruzeirense falhou na marcação. Diogo, pela direita, lançou Bruno Santos na esquerda. O atacante deu lindo drible em Jonathan e bateu sem defesa para Fábio, empatando a partida.
Nem deu tempo para a torcida do Figueira comemorar. Em escanteio cobrado por Wagner pela direita, a zaga cabeceou para o meio da área. Erro fatal. Henrique, cria do Alvinegro catarinense, agora com a camisa azul, bateu de voleio: 2 a 1.
Dois minutos depois, Thiago Ribeiro tentou fazer golaço e desperdiçou a chance de ampliar o placar. A Raposa acabou punida. Aos 36, em jogada pela esquerda, Bruno Santos centrou para a área. Ramon cabeceou para baixo, o quique da bola enganou Fábio, que falhou e espalmou para trás. Cleiton Xavier ainda entrou para escorar para as redes, mas a bola já havia entrado: gol de Ramon, empate alvinegro.
Vitória da Raposa
Aos 43 minutos, Guilherme isolou a chance de o Cruzeiro terminar em vantagem a primeira etapa. E um lance pode mudar a cara da partida. Sorte para o Figueira, que acabou crescendo no início do segundo tempo e criou várias chances claras. Aos dois minutos e trinta segundos, Bruno Santos dividiu com Fábio e a bola sobrou limpa para Ramon, que com o gol vazio bateu para fora. Aos nove, foi a vez de Cleiton Xavier bater fraco da entrada da área. Espinoza bloqueou com o peito.
Sim, os atacantes alvinegros estavam ruins de mira. Só que, aos 13, em outra boa jogada de Bruno Santos, melhor da equipe, o Figueira chegou ao terceiro gol. Ele entrou driblando na área, e a bola sobrou para Diogo - outro bem na partida -, que bateu com força, sem defesa para Fábio.
O dia parecia do Figueira. No minuto seguinte, o goleiro Wilson se redimiu ao salvar gol que Guilherme, que já saía para comemorar. A Raposa teve de começar tudo de novo. Camilo entrou no lugar de Elicarlos e o técnico Adilson Batista conseguiu reequilibrar o jogo. E foi justamente Camilo quem participou do gol de empate. Aos 23, ele tocou da esquerda, para trás. Thiago Ribeiro deixou Diogo no chão e tocou para as redes.
O técnico Mário Sérgio resolveu tirar o melhor jogador, Bruno Santos, que estava cansado, mas incomodava a defesa. Acabou punido. A Raposa voltou a crescer e, aos 33, em jogada linda pela direita, Thiago Ribeiro troca passes com Marquinhos Paraná e bate cruzado. Wilson salva, mas, no rebote, estava ele lá, Guilherme, para escorar e fazer 4 a 3.
Ficha técnica:
FIGUEIRENSE 3 x 4 CRUZEIRO
FIGUEIRENSE
Wilson, Alex, Gomes e Asprilla; Diogo, Magal, Jackson (Lima), Ramon, Cleiton Xavier e Alex Cazumba; Bruno Santos (Rafael Coelho).
Técnico: Mário Sérgio.
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan (Maurinho), Espinoza, Thiago Heleno e Carlinhos; Henrique, Elicarlos (Camilo), Marquinhos Paraná e Wagner; Thiago Ribeiro (Thiago Martinelli) e Guilherme.
Técnico: Adilson Batista.
Gols: Guilherme, aos 13, Bruno Santos, aos 26, Henrique, aos 28, e Ramon, aos 36 minutos do primeiro tempo. Diogo, aos 13, Thiago Ribeiro, aos 23, e Guilherme, aos 33 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Gomes(F).
Estádio: Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC) Data: 21/09/2008.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique.
Auxiliares: Ediney Guerreiro Mascarenhas e Ricardo Maurício Ferreira de Almeida (RJ).
PORTUGUESA 3X1 BOTAFOGO
Portuguesa vence no Canindé, sai da lanterna e tira o Botafogo do G-4
O Botafogo entrou em campo com a missão de derrotar a Portuguesa e secar o Cruzeiro, que enfrentava o Figueirense em Florianópolis, para subir na tabela. A julgar pelas primeiras etapas, até que tudo dava certo, mas o final não foi nada feliz. Derrota por 3 a 1 no Canindé, em partida válida pela 26ª rodada do Brasileirão, e triunfo da Raposa no Orlando Scarpelli, 4 a 3.
Edno, duas vezes, e Fellype Gabriel marcaram os gols da Portuguesa, que ultrapassou Ipatinga e Fluminense e deixou a lanterna. Agora é 18º, com 25 pontos. Wellington Paulista descontou para o Alvinegro, que foi superado pelo São Paulo e pelo Flamengo e está fora do G-4, em sexto, com 42 pontos.
Cariocas saem na frente
Por causa da situação delicada na tabela, a Portuguesa começou a partida de forma cautelosa, procurando se fechar na defesa. O Botafogo tentou se impor tomando a iniciativa do ataque. No entanto, a equipe tocava a bola sem muita objetividade, e com isso não criava muitos problemas para o adversário.
Com o passar dos minutos, a Portuguesa foi se soltando, já que o Botafogo pouco ameaçava. Assim, a Lusa foi apostando nos contra-ataques como a forma de surpreender o Botafogo. A equipe criou uma boa chance aos 19 minutos, quando, depois de uma jogada de lateral, Edno recebeu lançamento e ficou frente a frente com Castillo. Mas Edson fez o desarme no momento da conclusão.
O Botafogo até que encontrava espaços para trabalhar, principalmente pelas laterais do campo. Mas o time pecava na hora de concluir, não conseguindo ter a organização suficiente para chegar em boas condições. Apenas numa jogada isolada o Alvinegro criou perigo real pela primeira vez aos 29 minutos. Depois de uma cobrança de escanteio, a zaga da Portuguesa rebateu, e a bola sobrou para Carlos Alberto, que mandou a bomba de fora da área. André Luís defendeu, e Edson ficou com o rebote, mas o árbitro assinalou impedimento do zagueiro.
Esse lance aconteceu poucos minutos depois de um choque entre Patrício e Jorge Henrique. O atacante levou a pior na pancada e cortou o supercílio, precisando de atendimento e voltando ao campo depois de o médico fazer um curativo no local.
A Portuguesa se animou e continuou pressionando o Botafogo, e chegou muito perto do gol aos 33 minutos. Rai arriscou de fora da área, e a bola raspou no travessão de Castillo antes de ir para fora. Nesse momento a partida estava aberta, com as duas equipes buscando o ataque, mas ao mesmo tempo pegada. Eram muitos os lances ríspidos e as reclamações de falta por parte das duas equipes.
E foi o Botafogo quem abriu o placar, aos 42 minutos. Triguinho cruzou pelo lado esquerdo e encontrou Carlos Alberto na área. Ele ajeitou conscientemente de cabeça para Wellington Paulista, que subiu e, também de cabeça, empurrou para o gol, fazendo 1 a 0. Delírio do bom número de torcedores alvinegros no Canindé, que viram de perto a comemoração curiosa do atacante, que, ao lado de Carlos Alberto e Edson, simulou estar dirigindo um carro.
O time carioca poderia ter ampliado pouco antes do intervalo, depois que Túlio arrancou e ficou frente a frente com André Luís, mas deu um toque a mais na bola se enrolou na hora de concluir.
Mudança no intervalo e brilho de Edno
O técnico Estevam Soares decidiu fazer durante o intervalo duas mudanças que deixaram a Portuguesa mais ofensiva. Com o meia Fellype Gabriel e o atacante Vaguinho em campo, o time da casa assustou logo aos seis minutos, quando Fellype Gabriel acertou um belo chute, mas Castillo saltou no canto direito para fazer uma boa defesa.
E no momento em que a torcida do Botafogo comemorava a virada do Figueirense em cima do Cruzeiro, a Portuguesa chegou ao empate, aos nove minutos. Após cruzamento, Castillo espalmou para o meio da área, e a bola sobrou limpa para Fellype Gabriel, que empurrou para o fundo da rede e fez 1 a 1. No lance, o goleiro se chocou com Edno e precisou ser substituído por Renan.
O gol incendiou a Portuguesa, que partiu para cima do Botafogo. O time alvinegro se mostrava nervoso e desorganizado, principalmente na defesa, permitindo que a equipe da casa chegasse com facilidade e levasse perigo, principalmente nas jogadas aéreas.
A insistência da Lusa foi premiada aos 30 minutos. Apenas alguns segundos depois de o sistema de som do Canindé anunciar o placar de Cruzeiro 4 x 3 Figueirense, o Botafogo sofreu mais um golpe. Edno recebeu lançamento e chutou forte, no canto esquerdo de Renan, fazendo o segundo. O lance gerou uma discussão entre Renato Silva e Thiaguinho, e logo em seguida o técnico Ney Franco substituiu o lateral por Alessandro.
O mesmo Edno, que já havia sido o herói da vitória por 1 a 0 no Engenhão, no primeiro turno, recebeu lindo lançamento de Patrício, aos 38, avançou sem marcação, driblou Renan e decretou a vitória, que encerrou um jejum de seis partidas da Lusa e pôs fim a série de quatro vitórias consecutivas fora de casa do Glorioso.
Ficha técnica:
PORTUGUESA 3 x 1 BOTAFOGO
PORTUGUESA
André Luís, Ediglê, Bruno Rodrigo e Erick (Aderaldo); Patrício, Carlos Alberto (Fellype Gabriel), Rai, Preto e Athirson; Edno e Washington (Vaguinho).
Técnico: Estevam Soares.
BOTAFOGO
Castillo (Renan), Thiaguinho (Alessandro), Renato Silva, Edson e Triguinho; Túlio, Diguinho (Zé Carlos), Lucio Flavio e Carlos Alberto; Jorge Henrique e Wellington Paulista.
Técnico: Ney Franco.
Gols: Wellington Paulista, aos 42 minutos do primeiro tempo; Fellype Gabriel, aos 9, Edno, aos 30 e aos 38 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Edno, Preto, Rai e Ediglê (Portuguesa); Wellington Paulista, Triguinho, Jorge Henrique, Diguinho e Zé Carlos(Botafogo).
Público: 4.634 pagantes. Renda: R$ 50.255,00.
Estádio: Canindé, em São Paulo (SP). Data: 21/09/2008.
Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa/PR).
Auxiliares: Gilson Bento Coutinho (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR).

Em jogo pegado, São Paulo empata com o Sport e perde chance de entrar no G-4
O São Paulo não conseguiu vencer o Sport como planejava. E, ficando no 0 a 0 na tarde deste domingo, na Ilha do Retiro, a equipe do técnico Muricy Ramalho recebeu como punição a estagnação na quinta colocação, agora com 43 pontos.
O time do Morumbi até chegou a ocupar momentaneamente o quarto posto da tabela, beneficiado pela derrota do Botafogo, que também briga para ficar no G-4, para a Portuguesa. No entanto, com a vitória do Flamengo, que também somou 43 pontos depois de vencer o Ipatinga, o Tricolor acabou ficando mesmo com a quinta posição - perde no número de vitórias (12 a 11).
Já o Sport, que joga solto por estar garantido na Libertadores depois de ter conquistado a Copa do Brasil, fica com a 10ª colocação, com 39 pontos.
Na próxima rodada, o São Paulo recebe o Cruzeiro, no Morumbi, enquanto que o Sport encara o Flamengo, no Maracanã.
Primeiro tempo pegado na Ilha do Retiro
Como o elenco são-paulino já havia comentado durante a semana, o confronto entre Sport e São Paulo foi bem disputado, principalmente no meio-campo. Tanto que, com 5 minutos de jogo, o árbitro Djalma Beltrami já havia advertido três jogadores com cartões amarelos.
Nas tentativas em busca do gol, o São Paulo teve a primeira oportunidade com um chute de Dagoberto. As melhores jogadas do time paulistano partiram do lado esquerdo, onde Hugo e Jorge Wagner se revezavam e aproveitavam a falha da marcação do time pernambucano, que tinha Carlinhos Bala improvisado na ala destra.
Mas era também o baixinho serelepe do Sport quem mais apostava contra a defesa tricolor. Com a velocidade de Carlinhos Bala, a equipe chegava com perigo ao gol de Rogério Ceni. Em uma das investidas, o camisa 11 levantou para Enilton cabecear, mas parar nas mãos do goleiro são-paulino.
O camisa 1 do Tricolor também deu um susto na torcida, quando ficou estirado no chão, sentindo dores no ombro, depois de subir e se esticar todo para realizar uma defesa. No entanto, Rogério Ceni nada sofreu de grave e seguiu normalmente na partida.
Outro susto, mas agora na torcida do Sport, foi a bola de Hugo. Em chute cruzado, pelo lado direito, o meia acertou o travessão esquerdo de Magrão, na melhor oportunidade do time paulistano.
Nos minutos finais da primeira etapa, o time de Nelsinho Baptista, sempre empurrado pelos fãs que lotaram a Ilha do Retiro, esteve mais presente na área tricolor. Com Enilton e Wilson, os pernambucanos chegavam com força e velocidade, mas, ainda assim, não conseguiram abrir o placar.
Correria e chances perdidas
Tentando dar maior criatividade ao meio-campo pernambucano, Nelsinho sacou Kássio e promoveu a entrada de Luciano Henrique na sua equipe. Porém, foi o São Paulo quem voltou mais ligado na etapa final do encontro em Recife.
Dagoberto, em jogadas individuais, bem que tentou furar o bloqueio que o Sport criou. Com dificuldades para criar as jogadas, não foram raras as vezes em que Rogério Ceni deixou a grande área para fazer lançamentos ao ataque.
No lance mais bonito da etapa, já pelo lado do Sport, Wilson tentou vencer o goleiro são-paulino tocando a bola de calcanhar, mas parou nas pernas de Rodrigo.
Com a proximidade dos minutos finais do jogo, as equipes se abriram mais, com Magrão e Rogério Ceni tendo de trabalhar dobrado. Eram bolas chutadas por Hugo e Jorge Wagner contra a meta pernambucana, e tentativas em vão de Ciro e companhia.
No final, para conter o ímpeto pernambucano, Muricy trocou Dagoberto por Richarlyson e segurou o 0 a 0 na Ilha do Retiro.
Ficha técnica:
SPORT 0 x 0 SÃO PAULO
SPORT
Magrão, César, Igor e Durval; Carlinhos Bala, Andrade (Sandro Goiano), Junior Maranhão, Kássio (Luciano Henrique)e Dutra; Wilson e Enilton (Ciro).
Técnico: Nelsinho Baptista.
SÃO PAULO
Rogério Ceni, Miranda, André Dias e Rodrigo; Joilson, Zé Luis, Hernanes, Hugo e Jorge Wagner; André Lima (Éder Luis) e Dagoberto (Richarlyson).
Técnico: Muricy Ramalho.
Cartões amarelos: Dagoberto, Miranda e Rodrigo (São Paulo). César, Júnior Maranhão e Andrade (Sport).
Estádio: Ilha do Retiro. Data: 21/09/2008.
Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira.
Auxiliares: Milton Otaviano dos Santos e Hilton Moutinho Rodrigues .

Empate na Arena mantém o Grêmio na ponta e complica o Atlético-PR
O gremista mais otimista dirá que o empate por 0 a 0 contra o Atlético-PR, um adversário sempre complicado, ficou de bom tamanho. Já o mais pessimista observará que o time foi superar ao oponente e, por isso, tinha que vencer. E o atleticano terá que ser realista: a situação não é nada boa. O resultado da tarde deste domingo, na Arena da Baixada, garantiu ao Grêmio a manutenção da liderança isolada do Brasileirão por mais uma rodada, a 13ª consecutiva. Já o Furacão segue assombrado pelas ameaças de rebaixamento.
O time de Celso Roth subiu para 50 pontos na tabela, quatro à frente do Palmeiras, que recebe o Vasco a partir das 18h10m. O Atlético-PR sobe a 27 e fica de olho no próprio clube carioca para não entrar no G-4 do mal.
Passado o jogo da Arena, tricolores e rubro-negros já começam a pensar em seus maiores adversários. No domingo, tem Gre-Nal no Beira-Rio, às 18h10m, e Atletiba no Couto Pereira, às 16h.
Líder manda no primeiro tempo
Chega a soar estranho: Galatto, eterno herói da torcida gremista, atrapalhou a vida do líder no primeiro tempo. O goleiro fechou o gol na Arena da Baixada e evitou que o Grêmio, superior no período, chegasse ao gol. O Atlético-PR, muito atrapalhado em campo, criou mais chances de gol para o rival do que a seu favor. Se fosse possível comercializar passes errados, os paranaenses deveriam abrir uma fábrica com o produto.
E o Grêmio, nada bobo, agradeceu. Sempre comandado por Tcheco, que resistiu muito bem à pressão da torcida atleticana, o time gremista ameaçou com perigo. Marcel (em jogada tramada por Orteman), Perea (graças a um presente do lateral Alberto) e Paulo Sérgio (belo chute de fora da área) só não balançaram a rede porque Galatto não estava nada disposto a colaborar com seu ex-clube (assista ao vídeo com uma defesa do goleiro).
Aliviado com a segurança do goleiro, o Furacão cresceu na parte final do período. E também ficou perto de marcar. Foram duas chances vivas com Rafael Moura, ambas de cabeça: na primeira, defesa de Victor; na segunda, bola por cima, raspando o travessão.
Novas chances, mesmo placar
A torcida do Furacão perdeu a paciência no segundo tempo. O time continuou insistindo em errar na saída de bola e dar passes que nem no infantil são aceitos. Mesmo sem parar de apoiar, a galera começou a resmungar. Em determinado momento, exigiu raça.
Logo no primeiro minuto da etapa final, Ferreira cruzou da direita para o centroavante Rafael Moura, que se superou e chutou para trás. Logo depois, Tcheco roubou a bola e acionou Perea. O colombiano mandou o chute para mais uma defesa de Galatto.
E não seria a última. O goleiro ainda teria que agir aos 13. Marcel, livre, cabeceou à queima-roupa, forçando o camisa 1 a praticar grande intervenção. No rebote, Rever não fez gol imperdível. Foi um risco criado pelos gaúchos, que passaram a ser ameaçados na base do abafa, com bolas na direção da área.
Lance polêmico
Celso Roth percebeu que as chances de vitórias eram boas e adiantou o time. Colocou Souza no lugar de Pico e lançou o estreante Morales. O time seguiu no campo de ataque, com um ou outro susto atrás. Aos 42, Soares invadiu a área e caiu após receber um trombada por trás de Zé Antônio. Os gremistas reclamaram muito, pedindo pênalti no lance. Mas o árbitro Alicio Pena Junior não deu nada, e o placar ficou mesmo zerado.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 0 x 0 GRÊMIO
ATLÉTICO-PR
Galatto, Danilo, Rhodolfo e Antônio Carlos; Alberto, Alan Bahia (Márcio Azevedo), Chico, Ferreira e Netinho; Júlio César (Pedro Oldoni) e Rafael Moura (Zé Antônio).
Técnico: Geninho.
GRÊMIO
Victor, Léo, Jean e Réver; Paulo Sérgio, Rafael Carioca, Orteman, Tcheco e Anderson Pico (Souza); Perea e Marcel (Morales).
Técnico: Celso Roth.
Cartões amarelos: Antônio Carlos, Rafael Moura e Ferreira (Atlético-PR); Anderson Pico, Orteman, Paulo Sérgio e Réver (Grêmio).
Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba (PR).
Público pagante: 20.052. Renda: R$ 328.185,00.
Data: 21/09/2008.
Árbitro: Alicio Pena Junior (Fifa MG).
Auxiliares: Jair Albano Felix (MG) e Rodrigo Otávio Baeta (MG).
FLAMENGO 1X0 IPATINGA
Sem brilho, Flamengo derrota o Ipatinga e volta para o G-4
Flamengo e Ipatinga fizeram uma partida de uma nota só na noite deste domingo, no Maracanã. O time rubro-negro pressionou o jogo inteiro, com os mineiros se defendendo e tentando sair para o contra-ataque. A vitória de 1 a 0 deixou o Rubro-Negro com 43 pontos ganhos, uma vaga no G-4, e vivo na luta pelo hexacampeonato. Já o Ipatinga, com esta derrota, voltou para a lanterna do Campeonato Brasileiro e permanece com 24 pontos.
Na próxima rodada, o Flamengo recebe o Sport, sábado, às 18h20, no Maracanã. O Ipatinga vai enfrentar o Vasco, domingo, às 16h, no Ipatingão.
A pressão do Flamengo sobre o Ipatinga começou logo nos primeiros minutos de jogo. Aos 13 minutos, Leo Moura recebeu lançamento pela direita de ataque e chutou forte. O goleiro Fernando fez grande defesa. Com o meio-de-campo dominado, o time de Caio Júnior encontrava dificuldades para penetrar na defesa do Ipatinga.
Aos 30, o time mineiro assustou pela primeira vez. Gian chutou forte e Bruno espalmou para fora. Cinco minutos depois o Flamengo conseguiu abrir o placar. Marcelinho Paraíba recebeu pela esquerda e, da entrada da área, chutou rasteiro no canto direito de Fernando.
O segundo tempo começou como o primeiro, com o Flamengo pressionando o time do Ipatinga. Logo no primeiro minuto, Leo Moura cruzou para área e encontrou Ibson livre de marcação. Ele chutou tirando a bola do goleiro, mas ela foi para fora. Aos 13, o time rubro-negro fez uma bela troca de passes na entrada da área, mas Kléberson chutou e isolou.
O técnico Márcio Bitencourt fez as substituições e tornou o time mais ofensivo. O Ipatinga melhorou em campo e quase empatou no fim da partida. Em duas cobranças de falta o goleiro Bruno fez boas defesas e garantiu a vitória rubro-negra.
Ficha técnica:
FLAMENGO 1 X 0 IPATINGA
FLAMENGO
Bruno, Leo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jailton (Sambueza), Ibson, Kleberson e Everton (Fierro); Marcelinho Paraíba e Josiel (Obina)
Técnico: Caio Júnior.
IPATINGA
Fernando, Márcio Gabriel, Henrique, Gian e Rodriguinho; Augusto Recife (Gilsinho), Leandro Salino, Xaves (Kempes) e Luciano Mandi; Ferreira (Escobar) e Adeílson
Técnico: Márcio Bitencourt.
Gols: Marcelinho Paraíba, aos 35 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Xaves, Augusto Recife, Ferreira, Márcio Gabriel (Ipatinga); Ibson, Everton, Juan, Ronaldo Angelim, Marcelinho Paraíba (Flamengo).
Estádio: Maracanã. Data: 21/09/2008.
Árbitro: José Henrique de Carvalho.
Auxiliares: Emerson de Carvalho e Carlos Augusto Monteiro.
PALMEIRAS 2X0 VASCO
No sufoco, Verdão vence o Vasco e agora tem apenas um ponto a menos que o líder
O Palmeiras colou definitivamente no Grêmio. O vice-líder está fungando no cangote do líder do Campeonato Brasileiro, com apenas um ponto a menos (50 a 49). Enquanto o Tricolor gaúcho ficou no empate sem gols diante do Atlético-PR, na Arena da Baixada, em Curitiba, o Verdão, que saiu do sufoco no final do jogo, derrotou o Vasco, que estreou o técnico Renato Gaúcho, por 2 a 0, neste domingo, no Palestra Itália. Diego Souza fez um golaço (Assista ao vídeo exclusivo com o gol) e Alex Mineiro completou o placar.
Enquanto o Palmeiras subiu feito um foguete na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, o Vasco continua "namorando" com a zona do rebaixamento. O time da Colina permaneceu na 17ª colocação, com 26 pontos em 26 jogos, e não conseguiu se livrar das incômodas quatro últimas posições.
Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras enfrenta o Náutico, domingo, às 16h, nos Aflitos, em Recife. Mas, antes disso, o Verdão encara o Sport Ancash, do Peru, quarta-feira, às 22h, em Lima, no jogo de ida das oitavas-de-final da Copa Sul-Americana. Já o Vasco enfrenta o Ipatinga, domingo, às 16h, no Ipatingão.
Pressão alviverde
O Palmeiras começou sufocando o Vasco. Logo aos dois minutos, Diego Souza levou a melhor em cima de Eduardo Luiz, invadiu a área, e chutou cruzado, na saída de Rafael. A bola raspou a trave esquerda. Aos seis, Sandro Silva lançou Kléber, livre de marcação, que não teve tranqüilidade na finalização e mandou a bola em cima do goleiro vascaíno, desperdiçando uma chance incrível de gol.
Sem conseguir fazer a bola chegar ao ataque, o Vasco congestionou o meio-campo e passou a trocar passes para esfriar o jogo. Mesmo de maneira afoita, o Verdão continuou atacando, mas sem o mesmo perigo. Aos 18, Alex Mineiro chutou da entrada da área, a bola desviou na zaga, e foi na rede, mas pelo lado de fora. Aos 20, Leo Lima, cobrando falta, exigiu boa defesa de Rafael.
A primeira investida ofensiva do Vasco aconteceu somente aos 23 minutos, quando Victor chutou da entrada da área e Marcos defendeu em dois tempos. Mas a pressão alviverde acabou resultado em gol aos 25. Leo Lima deu um passe milimétrico para Diego Souza, que, da entrada da área, bateu com estilo e mandou a bola no ângulo direito do goleiro vascaíno: 1 a 0.
Mesmo em desvantagem, o Vasco continuou encolhido na defesa, tentando explorar os contra-ataques puxados por Madson. Já o Palmeiras diminuiu o ritmo, atacou pelos lados do campo, mas insistiu nos cruzamentos na área e facilitou a vida dos zagueiros vascaínos.
Segundo tempo
As duas equipes voltaram sem alterações. E o Vasco quase empatou o jogo logo aos três minutos. Edmundo foi à linha de fundo e cruzou na medida, Eduardo Luiz cabeceou e Marcos espalmou. Depois, aos cinco, Madson arrancou em velocidade pelo setor esquerdo e mandou a bola por cima do travessão, assustando o goleiro palmeirense.
Displicente e errando muitos passes, o Palmeiras voltou para a etapa final extremamente desligado. Sem conseguir criar jogadas no meio-campo, a dupla Kléber e Alex Mineiro ficou um longo tempo sem participar da partida. Já o Vasco perdeu um gol incrível com Leandro Amaral, aos 18 minutos. Ele recebeu belo passe de Edmundo e mandou a bola para fora.
Na base do tudo ou nada, aos 19, Renato Gaúcho foi ousado e sacou o lateral Marquinho e promoveu a estréia do meia Pedrinho. Em seguida, Luxemburgo preferiu reforçar o poder de marcação e retirou Leo Lima para a entrada do volante Pierre.
Enquanto o Vasco continuou melhor em campo, o Palmeiras arriscou o primeiro chute perigoso somente aos 29, quando Pierre, de fora da área, mandou a bola por cima do travessão de Rafael. Porém, aos 30, o zagueiro André cometeu falta desnecessária, por trás, em Kléber, foi expulso e enterrou de vez a chance vascaína de chegar ao empate.
De imediato, Luxemburgo sacou Elder Granja, promoveu a entrada do volante Jumar, e liberou Sandro Silva para atacar pelo lado direito. O Palmeiras cresceu de produção, saiu do sufoco, e fez o segundo gol aos 38 minutos. Leadro cruzou da esquerda e Alex Mineiro, de carrinho, fez 2 a 0. (Assista ao vídeo exclusivo acima).
Ficha técnica:
PALMEIRAS 2 x 0 VASCO
PALMEIRAS
Marcos; Gladstone, Maurício e Martinez; Elder Granja (Jumar), Sandro Silva, Leo Lima (Pierre), Diego Souza (Evandro) e Leandro; Alex Mineiro e Kléber.
Técnico: V. Luxemburgo.
VASCO
Rafael, Vílson, Eduardo Luiz e André; Marquinho (Pedrinho), Victor (Abubakar), Johnny, Alex Teixeira e Madson; Leandro Amaral e Edmundo.
Técnico: Joel Santana.
Gols: Diego Souza, aos 25 minutos do primeiro tempo. Alex Mineiro, aos 38 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Sandro Silva e Jumar (Palmeiras) e Victor e Pedrinho (Vasco). Cartão vermelho: André (Vasco).
Renda: R$ 625.047,00 - Público: 22.944 pagantes
Estádio: Palestra Itália (SP). Data: 21/09/2008.
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa/PR).
Auxiliares: Roberto Braatz e Jesmar Benedito Miranda (GO).
Confira a classificação do Campeonato Brasileiro

Inter bate o Rubro-Negro baiano e emplaca a terceira vitória seguida
O Internacional conseguiu emplacar o terceiro resultado positivo seguido no Brasileirão 2008 ao derrotar o Vitória por 1 a 0, na noite deste domingo, no Beira-Rio, pela 26ª rodada. O único gol do jogo foi marcado por Alex, de pênalti, em uma falta marcada fora do lance em cima de Nilmar.
O resultado não faz o Colorado ganhar posições, já que ele continua no mesmo 11º lugar. Mas deixa o time gaúcho mais próximo do G-4: com 39 pontos, está a quatro da zona de classificação para a Libertadores. A equipe baiana segue 40 pontos e perde uma posição, caindo para o sétimo lugar.
O próximo desafio do Colorado no Brasileiro é o último Gre-Nal da temporada, que será realizado no próximo domingo, no Beira-Rio. Antes disso, o time viaja para enfrentar o Universidad Católica, no Chile, nesta quinta, pela Copa Sul-Americana. O VItória joga no próximo sábado, contra o embalado Goiás, no Serra Dourada.
Pênalti fora do lance
A primeira boa jogada colorada surgiu aos nove minutos, mas a bola quase foi parar fora do estádio. Nilmar cruzou da ponta esquerda, D’Alessandro desviou de cabeça, mas Ricardo Lopes isolou ao completar para o gol. Aos 14, o argentino voltou a aparecer com perigo cruzando na área, mas Viafara espalmou.
Aos 26, Edinho apareceu no ataque como um ponta-direita e cruzou para Alex, que como um centroavante, cabeceou a arrancou tinta da trave. Logo depois, Em um cruzamento para a área, o árbitro Elmo Alves Resende Cunha apitou pênalti em um lance sem bola de Anderson em cima de Nilmar. Na cobrança, Alex, com categoria, bateu no canto esquerdo, abrindo o placar (assista ao vídeo).
O time baiano teve boas chances de empatar ainda na etapa inicial. Aos 35, Leandro Domingues obrigou Clemer a fazer boa defesa em um chute de fora da área. Cinco minutos depois, Marcelo Cordeiro avançou pela esquerda e bateu cruzado, e novamente o goleiro colorado desviou para escanteio.
Pressão colorada no fim
Após o intervalo, as duas equipes voltaram elétricas, criando boas oportunidades de balançar as redes. Logo aos cinco minutos, Alex fez uma jogada individual, entrou na área e bateu para a boa defesa de Viafara. O Rubro-Negro respondeu em seguida, com Rafael cruzando da ponta direita para Leandro Domingues cabecear no ângulo. Clemer estava atento e fez bonita defesa.
Após a pressão inicial, ambos tiveram problemas para criar jogadas de ataque, e os técnicos mexeram nos times. No Vitória, Adriano e o estreante Robert entraram nas vagas de Renan e Osmar, se juntando a Ricardinho, que voltou do intervalo no lugar de Ramon. Tite trocou o cansado Alex por Taison.
O garoto colorado melhorou o time gaúcho, que passou a usar mais as pontas e voltou a pressionar. Aos 27, o zagueiro Índio perdeu um gol feito, na pequena área, após cruzamento de D’Alessandro pela esquerda (assista ao vídeo). O defensor do Inter voltou a perder boa chance em seguida, após escanteio. Depois da pressão, o Colorado só segurou o resultado e garantiu a vitória.
Ficha técnica:
INTERNACIONAL 1 x 0 VITÓRIA
INTERNACIONAL
Clemer, Ricardo Lopes, Índio, Bolívar e Gustavo Nery (Marcão); Edinho, Magrão, Guiñazu e D’Alessandro; Alex (Taison) e Nilmar (Daniel Carvalho).
Técnico: Tite.
VITÓRIA
Viafara, Rafael, Anderson Martins, Leonardo Silva e Marcelo Cordeiro; Vanderson, Renan (Adriano), Ramon (Ricardinho) e Williams; Leandro Domingues e Osmar (Robert).
Técnico: Vágner Mancini.
Gol: Alex, aos 31 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Ricardo Lopes (Internacional); Rafael e Leonardo Silva (Vitória).
Estádio: Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Data: 21/09/2008.
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO).
Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Flavio Gilberto Kanitz (GO).