
Falcão comanda a virada, e Brasil passa às semifinais em primeiro do grupo
Em jogo com clima de amistoso, a seleção brasileira de futsal, já classificada, precisou levar um puxão de orelha. Diante de um Maracanãzinho com espaços vazios na arquibancada, a Ucrânia surpreendeu, saiu na frente e chegou a ficar 8 minutos em vantagem. Mas Falcão, em dia inspirado, marcou três gols e comandou a virada verde e amarela. O Brasil, mesmo sem Betão e Schumacher, fez o dever de casa: venceu por 5 a 3 e passou em primeiro do Grupo E para as semifinais da Copa do Mundo de Futsal da Fifa. A vaga na final será disputada contra a Rússia, que garantiu sua classificação ao empatar com a Argentina em 2 a 2.
Ao mesmo tempo, em Brasília (DF), a Itália levava um sufoco do Irã, e só garantiu a segunda vaga do grupo nos últimos minutos da partida, ao empatar em 5 a 5.
Como o Brasil só precisava de um empate para garantir a primeira colocação no grupo, o técnico PC Oliveira optou por poupar boa parte dos principais jogadores. Betão, suspenso, e Schumacher, pendurado com cartão amarelo, não atuaram. Falcão e Lenísio começaram no banco.
O técnico da Ucrânia, porém, tinha prometido um time ofensivo. E seus comandados seguiram as orientações à risca. No primeiro minuto, a surpresa. Zamyatin aproveitou uma falha de Ciço, na defesa, e abriu o placar. Foi o segundo gol levado pela seleção brasileira. O primeiro tinha sido na estréia, na partida contra o Japão, que terminou 12 a 1. Osodo foi o autor da façanha.
O gol e a postura da equipe fizeram PC Oliveira mexer na equipe depois de seis minutos. Falcão, Lenísio, Marquinho e Gabriel entraram em quadra, e Falcão fez o que a seleção não tinha conseguido até o momento: chutar a gol. A 12m para o fim, ele aproveitou uma bola de sobra dentro da área, encobriu o goleiro e empatou. Foi o 12º gol dele na competição, o primeiro no Rio de janeiro.
A 11m do fim, Lenísio chutou de longe, e Falcão quase marcou de novo, mas a zaga salvou. Ari pegou um contra-ataque e chutou rasteiro. O goleiro Lysenko defendeu com o joelho. Falcão pôs o Brasil em vantagem quando faltavam quatro minutos para o intervalo, depois de dominar a bola pela direita e chutar de perna esquerda. A alegria, porém, durou pouco. Menos de um minuto, na verdade. Romanov roubou a bola no meio da quadra e marcou com um toque sutil por cima do goleiro Tiago.
A seleção deu o troco em seguida, numa bela tabelinha entre Lenísio e Falcão. Desta vez, Lenísio mandou para a rede: 3 a 2. A 17 segundos do fim, Falcão, em bela jogada, fez o terceiro dele na partida.
Na volta do intervalo, o goleiro Lysenko quase entregou o ouro. Ao receber uma bola recuada, não conseguiu dominá-la e, por pouco, não tomou um gol. Dois ataques depois, a 18m45s, Marquinho chutou em cima do goleiro, numa bola dividida. No rebote, deu uma puxada, tentando uma bicicleta, e conseguiu marcar o quinto gol da seleção.
Com três gols de vantagem, a equipe brasileira relaxou. Errava muitos passes. Diminuiu o ritmo, e tinha apenas alguns lampejos. Wilde e Ciço sentiram as virilhas, e passaram a ser preocupações.
A partida voltou a ter clima de treino, quase sonolenta. A 1m30s do fim, Falcão acordou a torcida ao dominar dentro da área, driblar o goleiro e chutar por cobertura. A zaga salvou em cima da linha.
Os torcedores não pararam de incentivar, mas só o que viram foi um gol da Ucrânia no último minuto, de Romanov. Gol do Brasil, agora, só na quinta-feira, às 10h30m, quando Falcão & cia voltarão ao Maracanãzinho para buscar uma vaga na final.

Em partida eletrizante, Itália empata com Irã e se garante na semifinal
Em uma partida emocionante, a Itália se classificou para as semifinais da Copa do Mundo de Futsal ao empatar em 5 a 5 com o Irã, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Os iranianos chegaram a ficar à frente no placar por duas vezes, mas um gol de Bertoni a cinquenta segundos do fim garantiu a Azzurra na próxima fase. Os italianos terminaram em segundo no Grupo E, atrás do Brasil, que venceu a Ucrânia por 5 a 3, no Maracanãzinho.
Agora, os italianos terão um clássico europeu pela frente. Após vencer o Paraguai por 4 a 1, a Espanha garantiu o primeiro lugar do Grupo F e encara a Itália na próxima fase. Clique aqui e confira a classificação completa da competição.
Partida eletrizante do começo ao fim
Itália e Irã entraram em quadra sabendo da importância do jogo. Justamente por isso, as duas equipes começaram a partida de forma afobada, errando muitos passes e se precipitando nas jogadas de ataque. Com mais experiência, porém, a Itália logo acertou a primeira. Com pouco mais de um minuto, Grana abriu o placar para os italianos.
À frente no placar, a Itália se lançou ao ataque para tentar ampliar a diferença. O Irã, mais fechado atrás, tentava surpreender nos contra-ataques, mas continuava mostrando nervosismo em quadra. Aos oito minutos, o castigo: Grana, novamente, marcou para os italianos.
Após levar bronca do técnico Hossein Shams, os iranianos se encontraram em quadra. Tanto que Daneshvar marcou aos dez minutos. O gol animou o Irã, que chegou ao empate aos dois minutos depois, com Masoudi. A alegria iraniana, porém, durou pouco. Aos 13, Nora voltou a pôr os italianos na frente.
O primeiro tempo terminou com as duas equipes se poupando para a etapa final. O começo do segundo tempo foi eletrizante. Apesar da vantagem no placar, a Itália buscava o quarto gol. O Irã, que precisava da vitória para se classificar, também buscava o ataque. E o gol de empate saiu aos seis minutos, com M. Hashemzadeh. Dois minutos depois, A. Hassanzadeh chutou de longe e colocou os iranianos em vantagem pela primeira vez no jogo, para delírio do técnico Hosseim Shams.
Aos 10, porém, Fabiano voltou a deixar o placar empatado, após cobrança de escanteio. Mesmo assim, os iranianos não desistiram. Em jogada idêntica ao quarto gol italiano, M. Daneshvar marcou seu segundo gol na partida e voltou a pôr o Irã na frente: 5 a 4. O jogo, então, ficou ainda mais emocionante. Um minuto depois, Masoudi salvou uma bola em cima da linha. No minuto final, porém, não deu para salvar o gol de Bertoni, que evitou o que seria uma histórica eliminação italiana, diante de um adversário ainda sem muita expressão no futsal.