Inter vence a primeira das nove decisões e agrava a crise do Furacão
No clima do "Eu acredito!", o Internacional venceu a primeira das nove decisões que traçou para tentar se classificar para a Libertadores do ano que vem. Neste sábado, no Beira-Rio, o Colorado superou o Atlético-PR, por 2 a 1, gols de Nilmar (assista ao vídeo ao lado) e Alex, pela 30ª rodada do Brasileirão. O resultado deixa a equipe gaúcha com 46 pontos e piora a crise do Furacão. Os paranaenses estacionam nos 28 pontos e continuam na zona de rebaixamento. O colombiano Ferreira fez o gol rubro-negro.
Na próxima rodada, o Inter visita o Atlético-MG, no Mineirão. O Atlético-PR recebe o Cruzeiro, na Arena da Baixada.
CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO DO BRASILEIRÃO 2008
Quarteto colorado em alta velocidade
Com Alex, de volta da seleção brasileira, D'Alessadro, livre de suspensão, e Nilmar, o técnico Tite escalou o Internacional de forma ofensiva. Sem o volante Magrão, machucado, o substituto Andrezinho deu mais velocidade na saída de bola.
Aos 24, Nilmar, sempre muito rápido, driblou a marcação na entrada da área, bateu firme de perna esquerda, mas parou nas mãos de Galatto. Três minutos depois, boa chance dos paranaenses. O ala Zé Antônio invadiu a área pela direita, bateu cruzado e assustou o goleiro Lauro.
Aos 30 minutos, mais uma jogada rápida do ataque colorado. Andrezinho arrancou até a entrada da área e foi derrubado. Na cobrança de falta, o chute do meia Alex subiu demais. Em seguida, foi a vez de Ângelo testar Galatto. Em chute forte, o goleiro mostrou segurança na defesa. O Furacão só voltou ao ataque aos 35. O meia Alan Bahia ficou de frente para o gol, mas bateu muito mal na bola.
Por tentar mais, o dono do Beira-Rio acabou recompensado. Nilmar, aos 38, recebeu passe preciso de Alex na área e só teve o trabalho de tocar na saída de Galatto, com categoria. Foi o 14º gol do camisa 9 no Brasileirão 2008.
Furacão apático. Colorado tranqüilo
Mesmo em vantagem, o Inter continuou tomando a iniciativa no confronto. A primeira chance clara de gol da etapa final só saiu aos 17 minutos. Andrezinho arriscou da entrada da área, em chute colocado, e levantou a torcida. Dois minutos mais tarde, ele mesmo chutou mais uma. Galatto apareceu bem novamente.
Com um ataque quase nulo, Geninho tirou Geílson e escalou Pedro Oldoni. Só com 23 minutos o time da Arena da Baixada conseguiu atacar de forma mais aguda. Em cobrança de escanteio, o zagueiro Antônio Carlos subiu bem, mas a cabeçada foi para fora. A situação do Furacão ficou pior. Aos 27, Zé Antônio puxou a camisa de Edinho para impedir um contra-ataque e levou cartão vermelho direto.
Craque de volta, e bola na rede
Se na seleção brasileira o camisa 10 do Inter não teve muito tempo para mostrar todo o seu talento, no Beira-Rio ele deita e rola. Aos 29 minutos, o camisa 10 recebeu na área, driblou o zagueiro e soltou uma bomba no ângulo de Galatto. Festa da metade vermelha de Porto Alegre (assista ao vídeo ao lado).
Aos 33, esperança atleticana. D'Alessandro recuou mal a bola com o peito para Ângelo, o jogador se atrapalhou, e Ferreira aproveitou para tocar rasteiro e diminuir. O gol mexeu com o Inter, e Tite tirou D'Alessandro e Alex. Taison e Daniel Carvalho entraram para dar mais velocidade. O resultado por pouco não foi imediato. Aos 38, Carvalho recebeu de Nilmar, bateu forte, e Galatto foi buscar.
O latera-direito Ângelo tentou se redimir da falha no gol do Atlético-PR. Aos 41, ele cobrou falta com muita categoria, mas a bola bateu na trave. A vitória colorada mantém vivo o sonho da Libertadores da América.
Ficha técnica:
INTERNACIONAL 2 x 1 ATLÉTICO-PR
INTERNACIONAL
Lauro, Ângelo, Bolívar, Danny e Gustavo Nery; Edinho, Ramon (Sandro), Andrezinho e D'Alessandro (Taison); Alex (Daniel Carvalho) e Nilmar.
Técnico: Tite.
ATLÉTICO-PR
Galatto, Gustavo, Antônio Carlos e Gustavo Lazzaretti (Anderson Aquino), Zé Antônio, Alan Bahia, Julio dos Santos e Netinho (Alex Sandro); Ferreira e Geílson (Pedro Oldoni).
Técnico: Geninho.
Gols: Nilmar, aos 38 minutos do primeiro tempo. Alex, aos 29 do segundo tempo (Internacional). Ferreira, aos 33 do segundo tempo (Atlético-PR).
Cartões amarelos: Edinho, D'Alessandro (Internacional); Gustavo, Gustavo Lazzaretti, Alan Bahia, Chico, Alex Sandro (Atlético-PR)
Cartão vermelho: Zé Antônio (Atlético-PR)
Estádio: Beira-Rio. Data: 18/10/2008.
Árbitro: Cleber Welington Abade (SP).
Auxiliares: Evandro Luis Silveira (SP) e Fabricio Vilarinho da Silva (GO).

Em jogo de muita chuva e pouco futebol, Figueirense e Ipatinga ficam no empate
O futebol passou longe do estádio Orlando Scarpelli na noite deste sábado. Nesta briga contra a chuva e contra a bola, Figueirense e Ipatinga ficaram no empate em 1 a 1, resultado que não é bom para nenhum dos times. O time da casa vencia até o minuto final da partida, quando o boliviano Pablo Escobar marcou o gol que colocou a igualdade no placar. Com isto, o Alvinegro perde a chande de se afastar mais da degola do Brasileirão e fica com 34 pontos, na décima-quarta posição. Já o time do Vale do Aço chega a 28 pontos e deixa a lanterna na mão do Vasco.
O jogo
A forte chuva que caia sobre a cidade de Florianópolis atrapalhou a vida das duas equipes. O gramado do estádio Orlando Scarpelli não resistiu ao grande volume de água, e a formação de grandes poças acabou sendo inevitável. Desta forma, conduzir a bola era algo impensável, apesar da tentativa dos jogadores. Mais esperto, o Figueira logo partiu para o jogo aéreo, e na primeira boa chance, abriu o placar. Aos 11 minutos, após cruzamento pela esquerda de Marquinho, Tadeu aproveitou a sobra e empurrou para o fundo das redes.
Depois de sofrer o gol, o Ipatinga logo percebeu que não seria possível chegar ao ataque com toque de bola, e partiu para cima do adversário tentando lançamentos longos. E por muito pouco o Tigre não empatou aos 20. Após cobrança de escanteio de Márcio Gabriel, Gian subiu e cabeceou forte, mas o goleiro Wilson defendeu. Aproveitando a postura do rival, o Figueira tentava os contra-ataques e também arriscava chutes de longa distância. Em um deles, Lima pegou bem na bola, mas ela passou à direita do gol de Fernando.
Lima ainda teria outra chance clara de gol, logo em seguida. O atacante recebeu belo passe de Marquinho quase na entrada da pequena área, mas furou na hora do chute. Para piorar a situação, a chuva não dava trégua, e o estado do gramado piorava cada vez mais. Dentro deste panorama, o número de faltas acabou crescendo e a qualidade do futebol diminuindo ainda mais. No último lance de perigo da primeira etapa, Tadeu cobrou com força uma falta da entrada da área mineira, mas a bola passou sobre o gol.
Muita água e pouco futebol
Na volta para o segundo tempo, o técnico Mário Sérgio fez duas mudanças em sua equipe, adotando uma postura mais defensiva, com a entrada de Jackson no lugar de Ramon, e Bruno Aguiar na vaga de Lima. Já Márcio Bittencourt fez o contrário, sacando o lateral Márcio Gabriel e lançando o atacante boliviano Pablo Escobar. Apesar das modificações, a história do jogo não mudou. Com o gramado ainda mais pesado e disputas cada vez mais ríspidas, o futebol não passava de um detalhe.
Apenas aos 14 minutos saiu uma jogada bem trabalhada. Em boa arrancada pela direita, Bruno Santos deu belo passe para Gomes, de frente para o goleiro, chutar para fora. A resposta do Ipatinga veio em seguida. Kempes avançou pelo meio e invadiu a área do Figueira. Na hora do chute, Magal chegou fazendo o bloqueio e evitando o gol do empate. Com o passar do tempo, o Figueira ficava mais cauteloso, evitando as subidas para o ataque. Enquanto isso, o Tigre pressionava, mas desperdiçava suas chances.
Aos 25 minutos, Kempes recebeu sozinho na área mas se atrapalhou na poça na hora de chutar. Mesmo assim, o atacante ainda conseguiu o passe para Pablo Escobar, que bateu em cima da zaga alvinegra. Nos minutos finais a partida ficou lá e cá. As duas equipes perdiam boas chances de gol, dando ares de dramaticidade ao confronto. Já no fim da partida, veio o castigo para o Figueira. Após contra-ataque em alta velocidade, Pablo Escobar recebeu na área e chutou para o gol. Wilson ainda tocou nela mas a bola entrou de mansinho no gol.
Ficha técnica:
FIGUEIRENSE 1 x 1 IPATINGA
FIGUEIRENSE
Wilson, Bruno Perone, Asprilla, Diogo e Magal; Gomes, Ramon (Jackson), Marquinho e Bruno Santos (Rodrigo Fabri); Lima (Bruno Aguiar) e Tadeu.
Técnico: Mário Sérgio
IPATINGA
Fernando; Márcio Gabriel (Pablo Escobar), Henrique, Gian e Beto (Luciano Mandi); Augusto Recife, Julio, Xaves e Leandro Salino; Ferreira e Kemper
Técnico: Márcio Bittencourt
Gols: Tadeu, aos 11 do 1º tempo. Pablo Escobar aos 48 do segundo tempo
Cartões amarelos: Augusto Recife e Gian (Ipatinga) Ramon e Bruno Santos (Figueirense).
Estádio: Orlando Scarpelli. Data: 18/10/2008.
Árbitro: Sergio da Silva Carvalho (DF)
Auxiliares: Katiuscia Mendonça (Fifa /ES) e Marcia Caetano (RO).
BOTAFOGO 0X1 SANTOS
Santos apronta no Engenhão e estraga a festa do Botafogo
O Santos estragou a festa do Botafogo no dia em que a diretoria carioca homenageou Mané Garrincha, que ganhou um busto e um totem neste sábado, no hall dos elevadores do Engenhão. Em campo, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, o Peixe venceu o rival carioca por 1 a 0, com um gol de Molina e se distanciou ainda mais da zona de rebaixamento da competição.
Com o resultado, o Peixe chegou aos 36 pontos e ocupa a 13ª colocação. O Botafogo permaneceu com 46 pontos, na sexta posição. Na próxima rodada, os cariocas pegam o Ipatinga, no interior de Minas Gerais. O Peixe vai encarar o Figueirense, na Vila Belmiro. As duas partidas vão ser no sábado.
Goleiros se destacam
A partida começou movimentada e bem disputada, com as duas equipes buscando dominar as ações no meio-campo para chegar ao primeiro gol. Aproveitando o apoio da torcida, o Botafogo foi quem assustou primeiro. Aos três minutos, Lucio Flavio cobrou falta e a bola passou por dois jogadores alvinegros que, sozinhos, poderiam ter completado para o gol de Fábio Costa.
O confronto seguiu movimentado e o Santos assustava apenas nos contra-ataques. Em uma dessas saídas rápidas da defesa, o Peixe quase abriu o marcador aos 14 minutos. Rodrigo Souto lançou Lima dentro da área. O atacante driblou o goleiro Renan, mas chutou muito forte e a bola passou por cima do gol alvinegro.
Dois minutos depois, o Botafogo perdeu a chance mais clara do jogo. Carlos Alberto fez ótima jogada e cruzou para encontrar Wellington Paulista completamente livre na marca do pênalti. O atacante chutou de primeira e o goleiro Fábio Costa fez uma bela defesa, salvando o Peixe. Um minuto depois, Bida arriscou de fora da área e Renan espalmou para escanteio.
O Botafogo seguiu pressionando e teve mais uma ótima oportunidade com Wellington Paulista. Aos 21, o atacante recebeu de fora da área e arriscou para grande defesa de Fábio Costa. Oito minutos depois, Renan, no reflexo, salvou o Botafogo em um desvio de Lima após chute de Wendel. Aos 42, o camisa 1 do Peixe fez outro milagre. Em cabeçada de Wellington Paulista, ele voltou a segurar o empate na etapa inicial.
As duas equipes perderam jogadores importantes na primeira etapa por causa de problemas médicos: Lucio Flavio, pelo lado do Bota, e Cuevas, do lado santista.
Molina dá a vitória ao Peixe com um belo chute
Botafogo e Santos voltaram para o segundo tempo com o mesmo objetivo da etapa inicial. Enquanto os cariocas tinham a iniciativa do jogo para chegar ao gol, os paulistas buscavam os contra-ataques para surpreender o rival. Aos dez, Zárate foi quem teve a primeira chance. Em cobrança de escanteio de Carlos Alberto, o zagueiro subiu mais do que a zaga do Peixe e cabeceou rente à trave de Fábio Costa.
O Santos respondeu logo em seguida, aos 14. Kleber encontrou Róbson livre na marca do pênalti. O atacante chutou forte e o goleiro Renan defendeu firme no meio do gol. Um minuto depois, Jorge Henrique passou por dois adversários e chutou. No meio do caminho, Zárate deu um toque de bico para a defesa tranqüila de Fábio Costa.
A partida ficou feia, muita disputada no meio-campo e com muitos erros de passes. Até que aos 26, Molina fez um golaço. Em cobrança de falta pelo lado direito da área do Botafogo, o colombiano surpreendeu o goleiro Renan e bateu direto, abrindo o marcador para os paulistas. Só aí o time carioca acordou e partiu em busca do empate.
Mesmo com o Botafogo em busca do empate, quem quase marcou o segundo gol foi o Santos. Em um contra-ataque rápido, Róbson encontrou Lima sozinho de frente para Renan. O atacante tentou tocar por cobertura, mas o goleiro defendeu. No rebote, a bola sobrou para Molina que arriscou de fora da área para outra bela defesa do camisa 1.
Disposto a conseguir o empate, Ney Franco sacou Carlos Alberto, que deixou o campo vaiado, para a entrada de Marcelinho. Porém, mais uma vez quem assustou foi o Santos. Molina arriscou de fora da área, a bola desviou na zaga e sobrou para Lima. A atacante tentou encobrir o goleiro Renan, que voltou a salvar o Botafogo. E na festa em homenagem a Garrincha, o Santos foi quem saiu com os três pontos.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 0 x 1 SANTOS
BOTAFOGO
Renan, Thiaguinho, Renato Silva, André Luis e Triguinho; Túlio, Diguinho, Lucio Flavio (Zárate) e Carlos Alberto (Marcelinho); Jorge Henrique e Wellington Paulista (Lucas Siilva).
Técnico: Ney Franco.
SANTOS
Fábio Costa, Wendel, Domingos, Adaílton (Fabão) e Kléber; Rodrigo Souto, Roberto Brum, Cuevas (Robson) e Molina; Lima e Bida (Pará).
Técnico: Márcio Fernandes.
Gols: Molina, aos 26 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Renato Silva, André Luis (BOT); Domingos, Roberto Brum (SAN).
Estádio: Engenhão. Data: 04/05/2008.
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa/RS).
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa/PR) e Carlos Berkenbrock (SC).