quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Jogo Isolado na Série A

FIGUEIRENSE 4X3 NÁUTICO
Em partida eletrizante, Figueira leva a melhor sobre o Náutico: 4 a 3


O Figueirense segue vivo em sua "loucura estatística" na luta contra a degola. Em uma das partidas mais emocionantes do Campeonato Brasileiro, o Alvinegro saiu atrás, virou o placar, sofreu o empate e ainda achou tempo para vencer o Náutico quando estava com um a menos: 4 a 3 (assista aos melhores momentos abaixo).

O time do estreante Pintado foi aos 38 pontos e agora torce contra o Vasco no fim de semana para poder deixar a zona de rebaixamento na próxima rodada. O mesmo vale para o Timbu, com 40 pontos, que lutou, mas agora não pode mais perder na competição.



O próximo compromisso do Figueirense é o Botafogo, no Engenhão, enquanto o Náutico encara o rival direto Atlético-PR, nos Aflitos, pela penúltima rodada da Série A.



Começo de jogo eletrizante






Quem sofre de problemas no coração certamente passou por apertos nos minutos iniciais. Em apenas 15 minutos, o saldo foi de quatro gols, virada de placar e, principalmente, emoção de sobra. Em débito só a má condição do gramado, castigado pela chuva. No primeiro lance de perigo, Ruy encontrou espaços e lançou Felipe na direita. Alex Bruno não conseguiu cortar e o atacante entrou livre para tocar na saída de Wilson: 1 a 0.


O clima desfavorável mudou de figura em instantes. Aos três, o grandalhão Tadeu subiu no meio de dois defensores e, após a saída espalhafatosa de Eduardo, igualou o marcador. Aos nove, foi a vez de Rafael Coelho, autor dos gols da vitória no jogo de ida, aparecer. O atacante fez belíssima jogada na ponta direita e rolou na medida para Cleiton Xavier, que só teve o trabalho de chutar para o gol. Em oito minutos o Figueira conseguia a virada.

Mas os Deuses do futebol resolveram aprontar novamente. O Náutico acordou e quase empatou com o volante Hamilton. Na seqüência, Gomes pôs a mão na bola infantilmente na intermediária. Sinônimo de perigo para o sistema defensivo, a bola aérea puniu o Figueira. Felipe cobrou na cabeça de Vagner, que, sozinho, empatou. O torcedor pôde, enfim, respirar.

Parecidos em tudo, Figueirense e Náutico criaram algumas chances de perigo, até que a bola parada voltou à cena aos 44. Marquinho cruzou na ponta direita e o volante Diogo sequer precisou se levantar para colocar o Alvinegro novamente na frente: 3 a 2 e fim de primeiro tempo.



Mais emoção na segunda etapa


O técnico Roberto Fernandes pôs o meia Valdeir no lugar do zagueiro Everaldo, que atuava na ala-esquerda. A mudança não surtiu muito efeito, já que os times voltaram precavidos e mais preocupados em não dar espaço ao adversário do que fazer gols. Chances, de fato, foram poucas. Aos 18, Tadeu aproveitou-se do escorregão de Titi, invadiu a área e chutou cruzado, assustando Eduardo. Sinal de mudança.

No Timbu, Ticão saiu para a entrada de Geraldo, enquanto Pintado não abdicou da ofensividade e colocou o atacante Wellington Amorim no lugar de Cleiton Xavier. Mas a estrela ficou com Roberto Fernandes.

Em seu primeiro lance, Geraldo recebeu na intermediária e deixou Felipe livre de marcação na grande área. Novamente, o atacante deslocou Wilson e marcou o seu 13º gol na competição.

Minutos depois, Rodrigo Fabri, que acabara de entrar, aplicou uma tesoura em Hamilton. Colado no lance, o árbitro Wallace Nascimento Valente expulsou o meio-campista. O panorama novamente estava a favor do Náutico, que preferiu se defender e esperar o apito final.

Jogo definido? Que nada. Aos 37, Marquinho cobrou escanteio na cabeça de Bruno Perone que, com a ajuda do ombro, desempatou. Foi o terceiro gol de bola parada do Figueirense e o primeiro do zagueiro no Brasileirão. No fim, ainda houve tempo para Ricardinho chutar na trave. Apito final e alívio do time da casa.



Ficha técnica:
FIGUEIRENSE 4 x 3 NÁUTICO
FIGUEIRENSE
Wilson, Anderson Luis, Alex Bruno, Bruno Perone e William Matheus; Gomes (Rodrigo Fabri), Diogo, Marquinho e Cleiton Xavier (Wellington Amorim); Tadeu e Rafael Coelho (Ricardinho).
Técnico: Pintado.
NÁUTICO
Eduardo, Titi, Adriano e Vagner Silva; Ruy, Hamilton, Ticão (Geraldo), Willian e Everaldo (Valdeir); Gilmar (Reinaldo) e Felipe.
Técnico: Roberto Fernandes
Gols: Felipe, a 1, Tadeu, aos 3, Cleiton Xavier, aos 9, Vagner, aos 15 e Diogo, aos 44 do primeiro tempo; Felipe, aos 26 e Bruno Perone aos 37 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Gomes (Figueirense), Adriano e Ruy (Náutico).
Cartão vermelho: Rodrigo Fabri.
Estádio: Orlando Scarpelli. Data: 20/11/2008.
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES).
Auxiliares: Fabiano da Silva Ramires (ES) e José Ricardo Maciel Linhares (ES).