sábado, 22 de novembro de 2008

37 Rodada:Série B

BARUERI 3X0 AMÉRICA-RN
Com festa em casa, Barueri garante vaga na Série A ao vencer o América-RN






A ansiedade acabou. O Barueri garantiu a vaga na elite do Brasileirão de 2009 neste sábado, ao vencer o América-RN por 3 a 0, na Arena Barueri (assista ao vídeo). O anfitrião conduziu o jogo com tranqüilidade no primeiro tempo e só precisou administrar o resultado na segunda etapa para depois fazer a festa. O time potiguar segue ameaçado de rebaixamento na Série B .



O Barueri chegou a 63 pontos e não perde mais a quarta posição. O América segue com 43 pontos e ficou com a 15ª posição, beneficiado pelo empate do Criciúma. Mas o time de Natal ainda leva o risco de cair para a última rodada.



A chuva forte que caiu nos arredores de Barueri e na capital paulista afugentaram um pouco o torcedor, que não chegou a lotar o estádio. Mas o público que esteve presente fez festa do começo ao fim. Logo aos 13 minutos, Diego Silva, sem marcação, tocou por cima e viu a bola morrer no fundo do gol. A defesa ainda correu para tentar tirar, mas sem sucesso. Gol comemorado pelos jogadores ao lado da bandeira de escanteio. Eles engatinharam e formaram um trenzinho.



O anfitrião não tinha dificuldades para dominar o visitante, que só chegava ao gol adversário nos contra-ataques. Aos 33, Val Baiano soltou a bomba e acertou o travessão. No minuto seguinte, Diego Silva entrou em ação novamente: após cobrança de escanteio de Everton, ele usou a cabeça e colocou a bola no canto direito do goleiro Fabiano. Na comemoração, jogou uma flecha imaginária para a torcida.



O América só conseguiu balançar a rede aos 40, em conclusão de Marcelo Nicácio. Mas o árbitro já havia parado a jogada e o gol não valeu. Desanimado, o time do Rio Grande do Norte se entregou ao Barueri ainda no fim do primeiro tempo. E Everton marcou o terceiro, aos 47, após receber sozinho na área, em mais uma bobeada da zaga americana: 3 a 0.



O técnico Ruy Scarpino ainda trocou peças para tentar uma reação do América. Márcio Araújo só precisou mexer no primeiro tempo, quando Esley deixou o campo machucado. O anfitrião voltou para a segunda etapa ainda mais tranqüilo. Passou a jogar no erro do adversário e encontrou brechas para fazer mais gols desde o início.



Uma pipa chegou a atrapalhar a partida ao cair perto dos jogadores, no campo. O dono logo empinou o objeto novamente e conseguiu tirar do estádio. Everton aproveitou a esfriada no jogo e foi substituído por Thiago Humberto.



O Barueri administrava o resultado e não era ameaçado pelo América. A torcida cantava sem parar e fez mais festa ainda quando o sistema de som do estádio anunciou o gol do Fortaleza sobre o Bragantino. O time do interior paulista entrou na penúltima rodada com chances de roubar a vaga do Barueri.



Os gritos de "olé" passaram a ecoar ainda na metade do segundo tempo. Thiago Humberto quase fez o quarto ao chutar forte, mas Fabiano evitou a bola na rede. Para aumentar a festa, Márcio Araújo tirou o goleiro Renê, que foi ovacionado pela torcida, e colocou Flávio. Assim que o árbitro apitou, Renê entrou em campo dirigindo o carrinho da maca, com mais jogadores de carona. A festa estava só começando!





BRASILIENSE 2X0 VILA NOVA
Vila perde para o Brasiliense e dá adeus ao sonho de disputar a Série A em 2009






O sonho acabou. O Vila Nova sofreu a quarta derrota seguida e deu adeus ao sonho de disputar a Série A em 2009. O algoz dessa vez foi o Brasiliense, que venceu por 2 a 0, na Boca do Jacaré, pela 37ª rodada da Série B (assista aos gols). Com o resultado, o time goiano caiu para a sétima colocação, estacionado nos 55 pontos, enquanto o time candango afastou de vez as chances de rebaixamento, com 47.

No próximo sábado, o Brasiliense visita o desesperado Fortaleza, no Castelão. Já o Vila Nova cumpre tabela contra o Bragantino, no Serra Dourada.

O jogo

A partida começou aberta. Tanto Brasiliense quanto Vila Nova encontravam espaços para atacar e colocaram Max e Guto para trabalhar nos minutos iniciais. Em especial com os atacantes Pedro Júnior e Diogo.

Sem Túlio Maravilha, barrado pelo técnico Givanildo Oliveira, o Alvirrubro sentia a falta de uma referência na frente. Quem atacava era o time candango, que não demorou a marcar. Aos 21 minutos, o zagueiro Ailson cobrou falta da intermediária. A bola foi rasante e entrou no canto direito de Max.

Aos 34, o Vila acordou. Wando saiu na cara de Guto e tocou por cima do goleiro, mas Fábio Braz tirou em cima da linha. Pouco para quem, àquela altura, disputava uma vaga na Série A.



Se na primeira etapa os goleiros tiveram com o que se preocupar, o segundo tempo foi monótono. O Brasiliense, sem Jóbson, com entorse no tornozelo, tocava a bola sem objetividade. O Vila, já sabendo do resultado que o desclassificava, tentava atacar, mas sem qualidade.



Aos 28, Túlio entrou em campo na esperança de virar o jogo para os visitantes. Mas foi o Brasiliense que ampliou. Aos 33, Iranildo, que também veio do banco, arriscou de fora da área. A bola veio em cima do goleiro Max, que espalmou para dentro do gol.

Na saída de bola, o árbitro Maurício Aparecido de Siqueira marcou pênalti para o Vila Nova. Pedro Júnior bateu e diminuiu. Túlio, que desperdiçou uma penalidade contra o Barueri, apenas olhou o companheiro marcar. No fim, o Vila pressionou, mas não conseguiu igualar o marcador. Fim de ano melancólico.



Simule a última rodada da Série B na Tabela Dinâmica




ABC 1X1 PONTE PRETA
ABC e Ponte Preta ficam no empate magro no estádio Frasqueirão






Neste sábado, o ABC empatou em 1 a 1 com a Ponte Preta, no estádio Frasqueirão, pela 37ª rodada da Série B (assista ao vídeo). Com o resultado, a equipe potiguar chega aos 45 pontos e diminui as possibilidades de cair para a Terceira Divisão. A Ponte chega aos 55 pontos, permanecendo em sétimo na classificação.



Na última rodada, no próximo sábado, o ABC enfrenta o já rebaixado CRB, em Maceió, enquanto a Ponte Preta recebe o Criciúma, no Moisés Lucarelli, em Campinas. Todos os jogos às 16h20m (horário de Brasília).



Macaca abre o placar



No estádio Frasqueirão, marcado pelos corneteiros que ficam tirando o sossego dos visitantes, no banco de reservas, quem começou ditando o ritmo da partida foi a Ponte Preta. E não foi à toa que abriu o placar, logo aos seis minutos. Vicente desceu pela esquerda e cruzou para a área. Leandrinho, sozinho, escorou de cabeça, no ângulo de Paulo Musse.



A equipe potiguar caiu na real e correu atrás do prejuízo. Fabiano Gadelha aproveitou a sobra do escanteio, na entrada da área, e soltou a bomba, obrigado Aranha a fazer uma bela defesa, aos 11. No entanto, se descuidava na defesa. Em um rápido contra-ataque, novamente Leandrinho quase ampliou para a equipe campineira.



Aos 16, o árbitro Alício Pena Júnior anulou o que seria o empate do ABC. Fabiano Gadelha desceu pelo meio, invadiu a área e bateu na saída de Aranha. Ronaldo, impedido, empurrou para o fundo da rede. O forte calor em Natal fez uma vítima: Danilo Neco, da Ponte, sentindo tontura, pediu para ser substituído. Amauri ocupou a vaga. A pressão do time da casa continuou até o fim da primeira etapa.



ABC empata



No segundo tempo, o técnico Artur Neto, do ABC, tirou Fábio Silva e Ivan, e colocou Marcelinho - que se machucaria mais tarde, dando lugar a Alexandre - e Élton respectivamente. O panorama se manteve: os anfitriões pressionando os visitantes. E de tanto martelar, Fabiano Gadelha empatou a partida, acertando um chutaço, de fora da área, aproveitando o rebote, aos quatro minutos.



Para melhorar a qualidade do contra-ataque ponte-pretano, e também a marcação, o treinador Vágner Benazzi tirou o meia Renato e pôs Bonfim. Todavia, o ABC era quem estava mais perto de marcar o segundo gol e virar a partida. Todavia, o jogo terminou em 1 a 1.




CORINTHIANS 3X2 AVAÍ
Em jogo recheado de confusão, Timão vence Avaí e recebe a taça de campeão







Era para ser um jogo de festa entre as duas primeiras equipes que conseguiram o acesso para a Série A de 2009. Mas o 3 a 2 imposto pelo Corinthians ao Avaí, na tarde deste sábado, no Pacaembu, acabou ofuscado pela confusão que os atletas protagonizaram em campo.

No futebol, Herrera foi autor de dois gols e André Santos fechou a conta para o Timão; André Turatto e Marcus Winícius descontaram para o time catarinense. Na pancadaria, as duas equipes perderam com as expulsões. O Corinthians ficou sem Morais e Elias, que vinha fazendo uma bela partida, enquanto o Avaí perdeu Marquinhos e Batista. Chicão também foi para o chuveiro mais cedo após cometer falta em Abuda, no fim da partida. Tudo isso em uma partida que deveria ficar marcada somente pela entrega da taça de campeão da Série B ao time paulistano.



Confira a galeria de fotos do jogo no Pacaembu!

Na última rodada da Segundona, o Corinthians encerra sua participação contra o América-RN, no próximo sábado, em Natal. Já o Avaí recebe o São Caetano, na Ressacada, em Florianópolis.



OUÇA OS GOLS DA PARTIDA NO PACAEMBU



Clima nada amistoso e "jogadinha de salão"


Apesar de ter sido o encontro de dois times que já estavam classificados para a Série A de 2009 com antecedência, o jogo entre Corinthians e Avaí não teve nada de amistoso.



A partida nem bem tinha começado e o Timão já balançava as redes no Pacaembu. Em belo passe de Elias, Herrera só teve o trabalho de completar contra a meta catarinense, logo aos três minutos do primeiro tempo. Mas o Avaí não ficou atrás na empolgação.



Dois minutos depois, foi a vez de André Turatto empatar a partida, após cobrança de escanteio. O 1 a 1, com menos de dez minutos jogados, parecia o prenúncio de equilíbrio entre as equipes. Só parecia, pois logo o Corinthians tomou conta da situação, dando ao Avaí apenas os contragolpes. E os ânimos se exaltaram em determinados momentos.



Depois do gol, Marcus Winícius, que havia provocado os torcedores corintianos, foi repreendido pelos atletas do time paulista, provocando um pequeno tumulto em campo. Após o início de confusão ser controlado, o Corinthians voltou a mandar na partida, mas desperdiçava suas oportunidades. Em uma delas, Dentinho cabeceou após passe de Alessandro, mas foi barrado pelo goleiro Eduardo Martini.



Só aos 37 minutos o Timão voltou a marcar, novamente com Herrera, em outra bela jogada iniciada nos pés de Elias. Depois de dominar no meio-campo, o camisa 7 do Timão se livrou de dois defensores, rolou para Dentinho, que cruzou para o artilheiro argentino anotar o segundo.



- Estamos bem entrosados, sabendo onde cada companheiro se posiciona. O segundo gol foi mais uma jogadinha de salão que a gente gosta e acabou dando certo - explica Elias.



Briga e invasão de gramado






O jogo que tinha tudo para ser tranqüilo ganhou contornos de violência logo no início do segundo tempo. Após uma dividida entre Elias e Batista, o clima esquentou no gramado.



Na confusão, os jogadores se agrediram e Marquinhos e Morais chegaram a trocar socos. Herrera também levou uma voadora de um atleta do time catarinense que estava no banco de reservas. Depois de os técnicos Silas e Mano Menezes, assim como todos os suplentes, entrarem em campo para acabar com a confusão, o árbitro Péricles Cortez resolveu o tumulto expulsando quatro atletas: Marquinhos e Batista pelo Avaí, e Morais e Elias pelo Corinthians.



Depois que a bola voltou a rolar, um torcedor ainda invadiu o gramado, mas logo foi contido pelos seguranças do estádio.



Já com os ânimos mais contidos, o Avaí voltou a marcar com André Turatto, mas o juiz assinalou impedimento. Com o passar do tempo, o espetáculo foi ficando cada vez mais de lado e só a torcida fazia a sua parte, empurrando o Corinthians para mais um gol. E conseguiu.



Aos 29 minutos, André Santos marcou um golaço de falta, levantando a torcida nas arquibancadas, que chamava o goleiro Eduardo Martini de "frangueiro".



Dez minutos depois, Marcus Winícius, beneficiado por um desvio de Carlos Alberto, que enganou o goleiro Felipe, diminuiu a conta para 3 a 2.



Bebeto, que entrou na vaga de Dentinho, ainda teve a oportunidade de ampliar o marcador para o Corinthians, mas perdeu, chutando por cima da meta de Eduardo Martini. Com a vitória garantida, ainda deu tempo de os torcedores corintianos tirarem uma onda, gritando "olé". E só pararam quando Chicão foi expulso, depois de fazer falta em Abuda.



Ficha técnica:
CORINTHIANS 3x2 AVAÍ
CORINTHIANS
Felipe; Alessandro, Chicão, William e André Santos; Cristian, Elias, Douglas e Morais; Dentinho (Bebeto) e Herrera (Carlos Alberto).
Técnico: Mano Menezes.
AVAÍ
Eduardo Martini; Gustavo (Joelson), André Turatto, Rafael e Arlindo Maracanã; Marcus Winícius, Batista, Marquinhos e Válber (Wendel); Evando e William (Abuda).
Técnico: Silas.
Gols: Herrera, aos 3 e aos 37, e André Turatto, aos 5 minutos do primeiro tempo. André Santos, aos 29, e Marcus Winícius aos 39 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Cristian, Herrera e William (Corinthians). Marcus Winícius, Joelson e Gustavo (Avaí).
Cartão vermelho: Marquinhos e Batista (Avaí); Morais, Elias e Chicão (Corinthians)
Estádio: Pacaembu. Data: 22/11/2008.
Público: 32.774 pagantes.
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez.
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues e Rodrigo Pereira Jóia.




BRAGANTINO 0X1 FORTALEZA
Fortaleza derrota o Bragantino, sai da degola e desclassifica o time paulista






O Fortaleza conquistou uma grande vitória fora de casa sobre o Bragantino, por 1 a 0, e saiu da zona de rebaixamento da Serie B do Brasileiro (assista ao vídeo). O Tricolor ganhou duas posições e agora ocupa o 16° lugar, com 42 pontos conquistados. O Bragantino, que ainda lutava para ficar no G-4, permanece na 5ª colocação, com 57 pontos, e não tem mais chances de se classificar à Primeira Divisão.

A partida começou com 15 minutos de atraso - o árbitro teve que ir ao vestiário do Fortaleza para exigir que eles entrassem em campo. Com a partida iniciada, o donos da casa partiram para cima da equipe cearense. Logo aos 5 minutos, Pará cobrou uma falta e quase abriu o placar.



Aos 10 minutos, o gol saiu. Nego mandou para o fundo das redes na saída do goleiro Tiago Cardoso, mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou impedimento do lateral. O Braga continuou pressionando sem ceder espaços ao time dirigido por Heriberto da Cunha.

O esquema com três zagueiros se mostrou eficiente com Juninho, Gaúcho e Preto, que tiveram grande atuação e não deram chance para os atacantes do Bragantino. Zé Eduardo teve boa atuação organizando o meio-de-campo da equipe. Na etapa complementar, logo aos 7 minutos, Erandir lançou com precisão Osvaldo, que, em velocidade, passou por César Gaúcho, entrou na grade área e fuzilou para o gol: Fortaleza 1 a 0.



Não restou outra alternativa ao time de Bragança Paulista que não fosse atacar. Aos 22 minutos, Nunes lançou Sérgio Manoel, que disparou um balaço a gol. A bola resvalou na zaga e morreu nas mãos de Tiago Cardoso. Uma bomba disparada por Pará aos 25 minutos também levou perigo a meta do goleiro do Fortaleza.



O meio-de-campo marcava bem e o Tricolor se defendia com muita segurança. No final, o desânimo tomou conta dos jogadores do Bragantino e os do Fortaleza tocaram a bola a espera do apito do árbitro, para comemorar a saída do G-4 negativo.




CRICIÚMA 4X4 SANTO ANDRÉ
Empate de 4 a 4 com Santo André no fim mantém esperanças do Tigre na Série B






Foi um jogo emocionante. Teve muita chuva, poças, disposição e gols. O empate de 4 a 4 entre Criciúma e Santo André, no Heriberto Hulse, não foi um bom resultado para o Tigre, mas poderia ter sido pior (assista ao vídeo). O time obteve o resultado no fim da partida e com isso mantém as esperanças de se manter na Série B do Campeonato Brasileiro. O destaque da partida foi o atacante Osny, do Santo André, que marcou os quatro gols da equipe - Zulu, Cláudio Luís, Luís Mário e Acerola fizeram os do Criciúma.



Com o resultado, o Tigre, com 41 pontos ganhos, cai para o 18º lugar, após a vitória do Fortaleza sobre o Bragantino por 1 a 0, também neste sábado. Na 38ª rodada, a última, no próximo sábado, para não ser rebaixado para a Série C, o Criciúma precisa vencer a Ponte Preta em Campinas e secar América-RN, com 43 pontos, Marília e Fortaleza, com 42, que enfrentam em casa, respectivamente, Corinthians, Ceará e Brasiliense.



O Santo André, que pulou para 65 pontos ganhos e se mantém no 3º lugar, encerra sua participação na Série B no próximo sábado, em casa, diante do Paraná.



O jogo



A direção do Criciúma fez promoção, baixando o ingresso de R$ 30 para R$ 5. E os que encararam o mau tempo e foram ao estádio inventivar o Tigre viram o time desde o primeiro minuto apertar o adversário. A palavra-chave do esquema de jogo, no entanto, era disposição - estava difícil priorizar técnica e tática com tantas poças no gramado.



A primeira chance de gol foi do Santo André, num lance de bola parada. Aos oito minutos, Marcelinho Carioca, para variar, bateu uma falta, que resvalou na defesa e parou... numa poça, no meio da área. Livre para Leno, que tocou por cima, levando perigo.



Depois disso, só deu Criciúma, que teve duas chances seguidas, aos 15 e 16 minutos. Primeiro, Helton cobrou uma falta com violência de fora da área, que Neneca espalmou para escanteio. Na seqüência, a bola molhada enganou o goleiro na saída. Neneca soltou, e Everton, sem goleiro, mandou na trave.



Gols



A partir dos 20 minutos, o Santo André, com um time de melhor qualidade técnica mas desinteressado, começou a equilibrar a partida. Aos 28, no entanto, o zagueiro Marcel foi pivô de uma confusão com o atacante Zulu, ao deixar a perna numa dividida e atingir o atacante do Tigre.



O tumulto voltou a despertar o time da casa, mas as jogadas de ataque esbarravam na condição ruim do gramado. A solução era usar bem as bolas aéreas e contar com uma 'ajudinha' do goleiro. Deu certo para o Santo André aos 40 minutos. Após centro pela direita, o goleiro Vinicius saiu e socou mal a bola, que sobrou para Osny, de virada, bater de primeira, para as redes: 1 a 0.



O Ramalhão só segurou o resultado um minuto. Também pela direita, Luciano Bebê cruzou para Zulu testar firme. O goleiro Neneca foi mal na bola e contribuiu para o empate do Tigre, aos 41. Que só não saiu com a vitória no primeiro tempo porque faltou sorte a Cláudio Luís, que cabeceou na trave aos 47.



Euforia e desespero



Mas o zagueiro do Tigre entrou com o pé direito, literalmente, no segundo tempo - que iniciou com atraso porque funcionários do Criciúma tentaram dar um jeitinho nos buracos do Heriberto Hulse. Logo aos três minutos, Cláudio Luís fez a torcida do Tigre explodir com um gol típico de um zagueirão. Na entrada da área, o grandalhão Zulu teve o seu mérito ao levantar, de costas para o gol, a bola na altura certa para o camisa 3 soltar a bomba e fazer 2 a 1.



A torcida do Tigre acordou. Mas o Santo André também, e o time tinha uma arma até então sumida: Marcelinho Carioca. Experiente, aproveitou as poças do campo para bater falta com perigo aos sete minutos. Ela quicou e por pouco enganou o goleiro Vinicius, que tocou para escanteio. Dois minutos depois, Marcelinho, novamente, lançou Osny pela esquerda, que bateu cruzado. A bola passou por Vinicius, que engoliu outro frango: 2 a 2



Salvação no fim



O gol foi uma ducha para o Criciúma, que no entanto veria seu desespero aumentar aos 12 minutos. Novamente lançado pela esquerda, Osny se livrou do marcador e tocou com categoria, deixando o Ramalhão novamente em vantagem na partida: 3 a 2. Aos 23, o atacante repetiu a dose e marcou seu quarto gol na partida, ao bater de primeira bola cruzada da direita.



Mas o Tigre não se entregou. Aos 33, Luís Mário não desperdiçou chance na área e diminuiu o placar. A torcida voltou a acordar. Outro jogador que entrou virou herói no fim. De costas, o baixinho Acerola aproveitou bola lançada na área e, de cabeça, aos 43, empatou a partida e manteve as esperanças de o clube se manter na Série B. É difícil, mas não impossível.