Mistão do Cruzeiro não resiste ao Barueri, é goleado e perde longa invencibilidade

Os times voltam a campo pelo Nacional no sábado da semana que vem. Ambos vão jogar em casa. O Cruzeiro recebe o Avaí, às 18h30m, enquanto o Barueri pega o Atlético-MG, às 16h10m. Antes, porém, os comandados de Adilson Batista terão um compromisso importantíssimo pela competição continental. Na próxima quarta-feira, a Raposa encara o Grêmio, no primeiro jogo da semifinal, em Belo Horizonte, às 21h50m.
Início promissor, queda e empate
Parecia que seria um baile. Mesmo sem usar força máxima, o time de Adilson Batista começou o jogo com disposição. Alguns titulares foram poupados para a disputa da semifinal da Libertadores. Com isso, foi preciso improvisar. O lateral-direito Jonathan, por exemplo, entrou na partida como volante. O zagueiro Vinícius, jogador da base, fez o papel de lateral-esquerdo. O primeiro gol saiu muito rápido. Aos dois minutos, Jonathan recebeu na entrada da área e, antes que a marcação chegasse, bateu cruzado com a perna esquerda (assista ao vídeo ao lado). A abertura do placar teve efeito negativo sobre o grupo celeste. Sonolento, passou a trocar passes no meio-campo e deixou o adversário crescer.
As investidas pelas laterais eram as melhores opções dos paulistas. Por várias vezes o goleiro Fábio foi obrigado a corrigir o posicionamento da defesa na tentativa de evitar surpresas. Esforço inútil. Aos dez minutos, Fernandinho avançou pela esquerda com velocidade, se livrou da marcação de Anderson sem pedir passagem e rolou para o meio da área. Thiago Humberto, com liberdade, deu um tapa na bola, de primeira, para empatar: 1 a 1.
Ao contrário do que os cruzeirenses esperavam, o gol não acordou o semifinalista da Libertadores. Os visitantes partiram para o abafa, mas falhavam no último passe. Se no toque de bola não adiantava, o jeito foi investir na jogada aérea. Aos 24, após escanteio, o zagueiro Andre Luis, ex-Santos, Cruzeiro e Botafogo, subiu muito e cabeceou no ângulo. Fábio, em excelente forma, evitou o pior e mandou pela linha de fundo. No entanto, um minuto depois, na segunda cobrança, houve desvio na primeira trave, e a bola sobrou limpa para Pedrão, de cabeça, fazer o segundo. Ela ainda tocou no poste esquerdo antes de entrar (assista ao vídeo ao lado).
Só depois de sofrer a virada e ouvir muitos gritos de Adilson Batista o Cruzeiro despertou, mas ainda sem muita vibração. A falta de entrosamento da formação escolhida pelo treinador se comprovava com os erros de passe na ligação entre meio-campo e ataque. Foram quase vinte minutos para encaixar uma jogada e chegar à igualdade. Aos 43, Wagner recebeu na esquerda, fez o levantamento para a segunda trave, e Wellington Paulista cabeceou no contrapé do goleiro Renê. Tudo igual no Mineirão: 2 a 2.
Cruzeiro irreconhecível, e Barueri inspirado
Sem substituições, os dois time voltaram para o segundo tempo, e a emoção não demorou a acontecer. Primeiro, Léo Fortunanto atravessou uma bola no meio-campo e por pouco não entregou o jogo. A tarefa ficou com Anderson. No lance seguinte, o zagueiro tentou sair com a bola, mas acabou desarmado por Márcio Careca que, em velocidade, avançou até a entrada da área e tocou com tranquilidade na saída de Fábio (assista ao vídeo ao lado). O erro custou caro para o defensor celeste. A cada toque na bola, Anderson era "homenageado" pela torcida.
Irritado e insatisfeito, Adilson recorreu ao banco de reservas. Kléber, que estava sendo poupado, e Bernardo substituíram Wanderley e Vinícius. Com a mudança, Wagner passou a fazer a função de lateral-esquerdo, equanto Bernardo assumiu a armação das jogadas. As mudanças não surtiram efeito imediato, e o Barueri continuou melhor e mais perigoso.
Perto do quarto gol, o time paulista se lançou ao ataque com velocidade e conseguiu tirar um jogador celeste de campo. Aos 17 minutos, o estreante Fabinho, ex-Corithians, segurou Thiago Humberto pela camisa e evitou que o meia ficasse cara a cara com Fábio. Cartão vermelho para ele. Na cobrança da falta, o camisa 10 do Barueri buscou o canto esquerdo, mas o goleirão evitou o quarto gol dos visitantes.
A primeira e única chance de Kléber só apareceu aos 25 minutos. Ele recebeu passe de Jonathan, ganhou do zagueiro na corrida e bateu forte. A bola subiu demais. O lance até animou ao time que, três minutos depois, teve duas chances em uma só jogada, com Wagner e Wellington Palista. Ambas foram desperdiçadas.
Em vantagem numérica e no placar, além de jogar melhor, o Barueri explorava contra-ataques e levava perigo aos mineiros. Aos 30, Fernandinho tentou repetir a jogada que deu certo no primeiro gol do time. Só que desta vez ele foi parado com falta de Léo Fortunato dentro da área. Na cobrança de pênalti, Pedrão não deu chances para Fábio: 4 a 2. Por muito pouco o Barueri não chegou ao quinto gol. Aos 39, mais uma falha da defesa vulnerável do Cruzeiro, a bola sobrou para Fernandinho na marca do pênalti, mas o atacante chutou para fora. A Raposa não vence há quatro jogos no Nacional.
Ficha técnica:
CRUZEIRO 2 x 4 BARUERI
CRUZEIRO
Fábio; Jancarlos, Léo Fortunato, Anderson e Vinícius (Bernardo); Fabinho, Marquinhos Paraná, Jonathan e Wagner; Wellington Paulista (Zé Carlos) e Wanderley (Kléber).
Técnico: Adilson Batista.
BARUERI
Renê; Andre Luis, Leandro Castan e Xandão; Éder (Marcos Pimentel), Ralf, Ewerton, Thiago Humberto (Val Baiano) e Márcio Careca; Pedrão (João Vitor) e Fernandinho.
Técnico: Estevam Soares.
Gols: Jonathan, aos dois, Thiago Humerto, aos dez minutos, Pedrão, aos 25, e Wellington Paulista, aos 43 do primeiro tempo; Márcio Careca, aos dois, e Pedrão, aos 30 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Wellington Paulista, Kléber, Léo Fortunato e Bernardo (Cruzeiro); Xandão, João Vitor e Val Baiano (Barueri).
Cartão vermelho: Fabinho (Cruzeiro).
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 21/06/2009.
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (RS).
Auxiliares: Julio Cesar Rodrigues Santos (RS) e José Antonio Chaves Franco Filho (RS).
FLAMENGO 4X0 INTERNACIONAL
Com atitude e três gols do Imperador, Fla goleia o desfalcado Inter no Maracanã
O Flamengo superou em parte a crise de relacionamento, as falhas constantes da defesa e as últimas derrotas traumáticas no Campeonato Brasileiro, para Sport (4 a 2) e Coritiba (5 a 0), e goleou o Internacional por 4 a 0, neste domingo, no Maracanã. Em noite de Adriano, que marcou três vezes e pareceu bem mais em forma, o time rubro-negro mostrou uma atitude bem diferente das últimas apresentações no Brasileiro e acabou com a invencibilidade do Colorado na competição. Emerson completou o placar. O resultado dá fôlego ao técnico Cuca, que chegou a ter o cargo ameaçado durante a semana.
Na arquibancada, antes da partida, os torcedores aproveitaram para cobrar um bom desempenho contra o Colorado, que entrou em campo com cinco desfalques (o zagueiro Bolivar, o meia D´Alessandro e o atacante Taison, machucados, e o lateral-esquerdo Kleber e o atacante Nilmar, ambos na seleção brasileira). Faixas com os dizeres "O Flamengo é maior do que tudo e todos" e "Diretoria e jogadores respeitem a a nação" foram exibidas no Maracanã.
Imperador e Sheik colocam o Fla em vantagem
O Flamengo aproveitou o excesso de desfalques do Internacional para impor o seu ritmo de jogo no início da partida. Aos 12, Ibson fez um belo lançamento para Adriano, que invadiu a área completamente livre. O Imperador olhou a posição do goleiro Lauro e deu um leve toque para encobrir o arqueiro e marcar o primeiro do Rubro-Negro. O Inter teve uma boa chance aos 17. Sandro arriscou de fora da área e Bruno fez a defesa.
Fabrício quase marcou o segundo em uma cobrança de falta ensaiada. Aos 30, Juan rolou para Fabrício na intermediária e o zagueiro acertou uma bomba. A bola passou rente à trave de Lauro. O Rubro-Negro seguiu melhor e mantendo a posse de bola. O Colorado só assustava em lances de bola parada.
Aos 35, o Flamengo marcou um belo gol. Léo Moura avançou pelo lado direito e cruzou para Ibson. De forma inteligente, o meia ajeitou de calcanhar e a bola chegou aos pés de Emerson. Com tranquilidade, o atacante chutou para ampliar. O Inter quase diminuiu com Bolaños. Aos 44, o equatoriano recebeu no bico da grande área e tentou encobrir o goleiro Bruno. A bola foi para fora.
Dois minutos depois, o Flamengo fez o terceiro. Adriano cobrou falta com categoria no canto esquerdo de Lauro e ampliou o marcador. Na saída para o intervalo, Emerson deu a tônica do time na etapa inicial.
- Jogamos com atitude. A semana na Granja Comary serviu para isso aí - disse o jogador antes de descer para o vestiário.
Adriano fecha a goleada
O Flamengo voltou para o segundo tempo com a mesma atitude da etapa inicial. O Inter, por sua vez, retornou com duas alterações. O técnico Tite perdeu a paciência com o meia Giuliano e com o equatoriano Bolaños. O treinador apostou nas entradas de Gleidson e Leandrão.
Com o jogo na mão, o Flamengo passou a jogar nos contra-ataques, mantendo a posse de bola. O Inter buscava diminuir a diferença, tentando compensar a péssima apresentação do primeiro tempo. Aos 15, a atenção dos torcedores se voltou para os atletas rubro-negros que estavam no banco e seguiram para o aquecimento. O coro no Maracanã foi um só: "Pet! Pet! Pet!". Tudo por conta de Petkovic, ídolo do clube.
Aos 20, Léo Moura entrou na área e foi derrubado por Gleidson. O lance acabou causando uma divergência entre dois jogadores: Juan e Adriano, que queriam fazer a cobrança do pênalti. No fim das contas, Adriano pegou a bola e foi para a batida. A indefinição revoltou alguns jogadores, principalmente Ibson, que tentou mediar a situação.
Finalmente, aos 22, Adriano cobrou e marcou o quarto gol do Flamengo. Ibson sequer foi comemorar com os companheiros. Após o reinício da partida, o volante ainda discutiu com Adriano e Emerson. Aos 38, o torcedor rubro-negro finalmente reencontrou o ídolo Petkovic. No fim, aplausos e vibração com o show de Adriano: "Ô, o Imperador voltou!"
Ficha técnica:
FLAMENGO 4 x 0 INTERNACIONAL
FLAMENGO
Bruno, Welinton, Fabrício, Ronaldo Angelim, Léo Moura (Fierro), Toró, Willians, Ibson (Petkovic) e Juan; Emerson e Adriano (Everton).
Técnico: Cuca.
INTERNACIONAL
Lauro, Danilo Silva, Índio, Álvaro e Marcelo Cordeiro; Sandro, Guiñazu, Andrezinho e Giuliano (Gleidson); Alecsandro e Bolaños (Leandrão).
Técnico: Tite.
Gols: Adriano, aos 12 minutos, Emerson aos 35 minutos, Adriano, aos 46 minutos do primeiro tempo; Adriano, aos 22 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Ronaldo Angelim, Emerson, Fabrício, Bruno (Fla); Guiñazu, Sandro, Giuliano, Gleidson (Inter).
Estádio: Maracanã. Data: 21/06/2009.
Árbitro: José Henrique de Carvalho (RJ).
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e João Bourgalber Chaves (SP).
Renda: R$ 249.961,00. Público: 15.864 pagantes
CORINTHIANS 3X1 SÃO PAULO
Com direito a olé, Timão derruba o São Paulo e comemora: ‘O freguês voltou’
Sobrou olé e gritos de que o “freguês voltou”. A torcida do Corinthians não teve do que reclamar nesta noite, já a do São Paulo... O Timão, na verdade, não precisou nem apresentar o seu melhor futebol para fazer 3 a 1 no rival do Morumbi neste domingo, no estádio do Pacaembu, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. A derrota no clássico, aliás, aumenta o clima de tensão no clube tricolor.
Diferentemente do Alvinegro, que está bem próximo do título da Copa do Brasil, o São Paulo vive o momento mais turbulento dos últimos anos. Foi eliminado da Libertadores pelo Cruzeiro, teve o técnico Muricy Ramalho demitido e ainda perdeu para um dos principais rivais. Para piorar, a situação do Tricolor na tabela do Nacional não é das melhores. Tem apenas sete pontos e namora a zona de rebaixamento.
Já o Corinthians, com o incontestável triunfo desta noite, aumenta para sete o número de jogos sem perder do rival tricolor e sobe para a quinta colocação, bem perto do bloco de frente. A última derrota aconteceu no dia 11 de fevereiro de 2007, pelo Campeonato Paulista. De lá para cá são quatro vitórias alvinegras e três empates. Antes disso, era o São Paulo quem mantinha um tabu. O clube do Morumbi ficou sem saber o que era cair diante do Timão por mais de quatro anos.
Sem compromissos durante a semana, Corinthians e São Paulo voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro no próximo sábado. A equipe do Parque São Jorge encara o Atlético-PR, às 16h10m, na Arena da Baixada, em Curitiba. Já o time do Morumbi tem desafio em casa, diante do Náutico, no mesmo horário.
Pressão, gol e confusão
Como já imaginava, o São Paulo encontrou um forte clima de pressão no estádio Pacaembu na noite deste domingo. A começar pela sua própria torcida. Insatisfeitos com a saída de Muricy Ramalho, demitido após a eliminação da equipe na Taça Libertadores da América, os tricolores gritavam o nome do ex-técnico e entoavam o seguinte canto: “vergonha, vergonha, time sem vergonha”.
Em alta depois da vitória sobre o Internacional, na primeira final da Copa do Brasil, os corintianos aproveitaram e provocaram os rivais gritando: “eliminado, eliminado...”. A bola, então, rolou, e as duas equipes adotaram postura cautelosa no início do jogo. O Timão, sem Dentinho, entrou com Marcelinho ao lado de Jorge Henrique e Ronaldo. E o Tricolor, que teve Washington vetado, teve Hugo e Borges na linha de frente.
Logo aos 6 minutos, uma nota triste para o Corinthians: Marcelo Oliveira, que retornou recentemente após um ano e dez meses afastado, sentiu lesão muscular na coxa esquerda e deu lugar a Diego. No decorrer da partida, principalmente nos 15 minutos iniciais, os dois times abusaram dos erros de passe e não assustaram os goleiros.
Depois de algumas tentativas frustradas de ambos os lados, enfim um chute a gol saiu certo, aos 16 minutos. E foi do são-paulino Richarlyson. Mas Felipe defendeu. Aos 20, foi a vez de Marlos entrar driblando na área e se jogar reclamando pênalti. Três minutos depois, Jean arriscou de longe. O goleiro do Corinthians salvou de novo.
A leve superioridade do São Paulo em campo não foi transformada em gol. Fato que fez o Corinthians acordar na partida. E foi preciso dois lances de perigo para os donos da casa abrirem o placar. Aos 31 minutos, Cristian arriscou de longe e assustou Denis. Mais tarde, aos 37, ele não desperdiçou. Após tabela com Douglas, o volante apareceu na grande área e tocou na saída do goleiro.
No lance, Cristian sentiu um problema muscular e pediu para sair. Jucilei entrou. O gol, aliás, esquentou o clima da partida. Aos 38, Júnior César entrou forte em Douglas, que acusou o são-paulino de ser maldoso e avisou que teria volta. Em seguida, ainda por conta desse lance, Jorge Henrique e Hugo se desentenderam. A confusão continuou depois em discussão entre Mano Menezes e Milton Cruz, interino do São Paulo.
Só deu Timão
Em desvantagem no placar, o São Paulo logo foi para cima do Corinthians no segundo tempo. No primeiro minuto, Hugo arriscou de longe e viu Felipe defender. Aos 2 foi a vez de Marlos aparecer bem na área, mas o chute saiu fraco, sem perigo para o goleiro alvinegro. Depois desses dois sustos, o Timão ressurgiu no jogo. E bem.
Primeiro com Diego, aos 4 minutos. O zagueiro apareceu bem no ataque, dominou a bola e chutou rasteiro. Denis fez boa defesa. Aos 9 minutos, o Fenômeno assustou os tricolores. Após passe de Douglas, o atacante dominou, cortou um marcador e arriscou de perna esquerda, de fora da área. O defensor são-paulino salvou.
Perdido em campo, o clube do Morumbi não suportou a pressão alvinegra e sofreu o segundo gol. Aos 12 minutos, após falta de Eduardo Costa em Marcelinho, o zagueiro Chicão cobrou com perfeição e acertou o ângulo esquerdo de Denis. A Fiel, então, explodiu nas arquibancadas e começou a gritar “olé” a cada toque dos corintianos.
Assim como no começo do jogo, os são-paulinos responderam com os gritos pró-Muricy Ramalho. Porém eles foram calados novamente pelos alvinegros, que falavam assim: “ô, o freguês voltou, o freguês voltou”. Aos 17 minutos, mais uma chance para Ronaldo. O Fenômeno puxou o contra-ataque, mas perdeu a bola.
Sem ser pressionado pelo São Paulo, o Corinthians tocou com calma e quase chegou ao terceiro gol aos 23 minutos. Marcelinho fez boa jogada pela esquerda e cruzou para o meio da área. Ronaldo tentou de carrinho, porém não alcançou. Aos 25, mais uma vez o atacante tentou levar o Timão ao ataque, mas passou errado.
Ainda aos gritos de olé da torcida, os donos da casa tocaram a bola com facilidade no meio-campo. Foi então que Jucilei começou a brilhar. Aos 26 minutos, ele resolveu avançar sozinho para a grande área e chutar para desvio de Denis. Na cobrança do escanteio, o volante cabeceou para o chão e marcou o terceiro do Corinthians.
O lance parecia ter derrubado o São Paulo em campo. Infernizado pelo gritos de olé da torcida corintiana, o time tricolor ficou ainda mais abatido em campo. Mas aos 35 minutos esboçou uma reação. Richarlyson apareceu bem na grande área e bateu forte para diminuir.
Ficha técnica:
CORINTHIANS 3x1 SÃO PAULO
CORINTHIANS
Felipe; Diogo, William, Chicão e Marcelo Oliveira (Diego); Cristian (Jucilei), Elias e Douglas; Jorge Henrique, Marcelinho (Jean) e Ronaldo.
Técnico: Mano Menezes.
SÃO PAULO
Denis; André Dias, Jean Rolt (Jorge Wagner) e Renato Silva; Jean (Arouca), Eduardo Costa, Richarlyson, Marlos e Júnior César; Hugo (Oscar) e Borges.
Técnico: Milton Cruz.
Gols: Cristian, aos 37 minutos do primeiro tempo; Chicão, aos 12, Jucilei, aos 27, Richarlyson, aos 35 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Diogo, Jorge Henrique, William (C); Marlos, Hugo, Jean Rolt, André Dias (SP).
Público: 15.371 pagantes. Renda: R$ 487.054,00
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP). Data: 21/06/2009.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (SP).
Auxiliares: Vicente Romano Neto (ES) e Márcio Luiz Augusto (SP).
SANTOS 2X3 ATLÉTICO - MG
Galo encurrala o Peixe e vence, de virada, jogo que terminou duas vezes
O Atlético-MG está se tornando o bicho-papão das primeiras rodadas do Brasileirão. Invicto na competição, o Galo não tomou conhecimento do Santos e venceu mais uma: 3 a 2, neste domingo à noite, na Vila Belmiro. O Peixe - que perdeu Fábio Costa logo no começo do jogo, por lesão - saiu na frente, mas não foi páreo para a rapidez e a intensa movimentação dos jogadores de frente do Galo, que mataram o jogo nos contra-ataques no segundo tempo.
O jogo terminou de maneira muito confusa. O árbitro Djalma Beltrami apitou o fim antes do tempo, percebeu o erro e recomeçou a partida. Em seguida, o Peixe marcou o gol de empate, mas o juiz anulou equivocadamente, alegando falta de Kléber Pereira.
O Atlético-MG, que conseguiu sua terceira vitória em quatro jogos fora de casa, segue na primeira colocação, com 17 pontos, três a mais do que o vice-líder Inter. Na próxima rodada, pega o Barueri fora de casa, às 16h10m de sábado. O Santos, que somou apenas um ponto nos últimos três jogos, tem nove e está em décimo lugar. No domingo, faz o clássico contra o Palmeiras, às 16h, no Palestra Itália.
Peixe domina e sai na frente
Após perder para o Botafogo por 2 a 0, no Rio, numa partida irreconhecível de seus principais jogadores, o Santos entrou em campo neste domingo disposto a se reabilitar. Mesmo diante de um líder que está invicto fora de casa, o Peixe encontrou espaços para jogar.
O técnico Vagner Mancini optou por escalar Neymar, deixando Molina no banco. E o garoto não fez feio. Logo no primeiro minuto, acertou um belo voleio e mandou a bola no travessão. Como ia muito para frente, o Santos deixava espaços em sua defesa. O Galo chegou a se aproximar da área adversária, mas sem conseguir arrematar com correção.
Aos sete minutos, um susto: Fábio Costa saiu para cortar um lançamento para Diego Tardelli com um carrinho, prendeu o pé direito na grama e torceu joelho e tornozelo. Deixou o gramado chorando, com suspeita de lesão de ligamentos.
Entre os 15 e os 25 minutos, o Atlético chegou a ter o domínio da posse de bola, mas o Peixe era mais incisivo. E Neymar estava inspirado. Aos 28, ele recebeu passe de Wagner Diniz e mandou por cobertura. Faria um golaço se o zagueiro Werley não tirasse em cima da linha.
De tanto insistir, Neymar acabou marcando o seu golaço. Aos 45, a zaga do Galo tentou afastar a bola com um chutão. O garoto, que estava na entrada da área, matou a bola com o pé direito e emendou logo de pé esquerdo, acertando o cantinho esquerdo de Aranha.
Galo acorda e vira o jogo
O Atlético voltou melhor no segundo tempo. Provando que é mesmo um visitante indigesto, foi para cima do Peixe. Adiantou sua marcação e deixou o time da casa acuado, sem conseguir trocar passes. Aos 16, a bola foi levantada na área santista. A zaga afastou, mas a bola caiu no pé esquerdo de Diego Tardelli, que completou de primeira, no ângulo. Mais um golaço na Vila.
O gol do Galo colocou fogo no jogo. O Peixe acordou e respondeu logo em seguida, aos 17. Wagner Diniz fez boa jogada pela direita e cruzou rasteiro para a área. Léo, com o gol aberto à sua frente, pegou mal e jogou a bola nas mãos de Aranha. O lance não assustou o Atlético, que continuou melhor. Aos 20, Evandro recebeu na entrada da área, deixou Roberto Brum no chão com um drible seco e chutou no canto esquerdo, virando a partida.
O Santos voltou a demonstrar os seus problemas defensivos. Roberto Brum e Rodrigo Souto marcavam mal, e os atacantes do Galo apareciam livres à frente da zaga. A movimentação constante de Evandro, Éder Luís e Diego Tardelli bagunçou a defesa alvinegra, que parecia não saber para onde correr.

Maikon Leite entra e se machuca
Vagner Mancini resolveu mexer no time, trocando Neymar e Paulo Henrique por Maikon Leite e Molina. Paulo de fato não vinha bem, mas Neymar era o santista mais lúcido em campo. A torcida reprovou as substituições e vaiou.
O jogo era todo do Atlético. O Santos, completamente bagunçado, tentou ir para o abafa e deixou um latifúndio no meio. Nos contra-ataques, os visitantes acabaram matando o jogo. Aos 30, Carlos Alberto foi lançado na direita. Ele avançou sozinho pela direita, a partir da linha de meio-campo, e tocou na saída de Douglas.
Para provar que a noite não era mesmo santista, aos 40, Maikon Leite machucou o joelho direito, o mesmo operado em 2008, e deixou o gramado chorando. Como Mancini já havia feito as três alterações, o Peixe terminou o jogo com dez jogadores.
Mais na base da vontade do que na organização tática, o Santos foi para cima tentando diminuir o prejuízo. Aos 43, Kléber Pereira ganhou disputa com a zaga e a bola sobrou para Léo chutar de pé direito e estufar a rede.
No fim, o árbitro Djalma Beltrami originou uma enorme confusão. Após anunciar quatro minutos de acréscimo, apitou o término da partida com com 47. Os santistas reclamaram, e a partida recomeçou. Aos 50, o Peixe empatou, com um gol de Molina, mas o juiz invalidou o lance marcando falta inexistente de Kléber Pereira. Léo reclamou muito e foi expulso.
Ficha técnica:
SANTOS 2 x 3 ATLÉTICO-MG
SANTOS
Fábio Costa (Douglas), Wagner Diniz, Fabão, Fabiano Eller e Léo; Roberto Brum, Rodrigo Souto, Paulo Henrique Lima (Molina) e Madson; Neymar (Maikon Leite) e Kléber Pereira.
Técnico: Vagner Mancini.
ATLÉTICO-MG
Aranha, Carlos Alberto, Welton Felipe, Werley e Chiquinho (Marcos Rocha), Renan, Jonílson, Márcio Araújo e Evandro; Éder Luís (Serginho) e Diego Tardelli (Renan Oliveira)
Técnico: Celso Roth.
Gols: Neymar, aos 45 do primeiro tempo; Diego Tardellli, aos 15, Evandro, aos 20, Carlos Alberto, aos 30, e Léo, aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Fabiano Eller, Wagner Diniz, Paulo Henrique (Santos), Evandro, Marcos Rocha, Welton Felipe, Aranha (Atlético-MG).
Cartão vermelho: Léo (Santos).
Estádio: Vila Belmiro, em Santos. Data: 21/06/2009.
Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ).
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (RJ) e Ricardo Mauricio Ferreira de Almeida (RJ).
Público e renda: 7.214 pagantes e R$110.640,00