Atlético-PR deixa a lanterna com vitória suada sobre os reservas do Corinthians
Com a cabeça na finalíssima da Copa do Brasil, o Corinthians conheceu neste sábado a terceira derrota no Campeonato Brasileiro. Com 11 reservas em campo, o Timão lutou, mas não conseguiu impedir a derrota por 1 a 0 para o até então lanterna Atlético-PR, neste sábado, na Arena da Baixada, pela oitava rodada. Paulo Baier, cobrando falta aos 35 minutos do primeiro tempo, marcou único gol da partida.
O primeiro triunfo em casa ameniza o ambiente pesado vivido pelo Rubro-Negro de Curitiba nas últimas semanas. Agora, o time dirigido por Waldemar Lemos deixa a última colocação e sobe para 14°, com oito pontos, torcendo por tropeços de rivais diretos para não despencar na tabela. Já o Corinthians cai da quinta para a sexta posição, com 11.
No próximo domingo, o Atlético-PR encara o Grêmio, às 16h, no Olímpico. O Corinthians decide o título da Copa do Brasil contra o Internacional, quarta-feira, às 21h50m, no Beira-Rio. Pelo Brasileirão, o Alvinegro pega o Fluminense, dia 8 de julho (quarta-feira), às 21h50m, no Pacaembu.
Paulo Baier coloca Furacão na frente
Apesar de jogar com apenas Jucilei na marcação, o Corinthians conseguiu controlar com facilidade o ímpeto ofensivo do Atlético-PR nos primeiros minutos. Bem posicionado, o Timão tentou explorar principalmente os contra-ataques pelo lado direito. E foi por lá que quase marcou, aos sete minutos. Marcelinho avançou pelo setor e bateu cruzado. Souza, atrasado, não alcançou.
O Furacão sofreu um pouco para se acertar. Paulo Baier, o cérebro da equipe, ficou sobrecarregado na armação, enquanto Wesley, com a missão de cavar espaços na defesa rival, teve atuação discreta. Os sustos vieram somente em lances parados. Aos nove, Baier bateu falta com perigo no canto esquerdo, mas errou o alvo. Já aos 13, o armador levantou para a área, Chico se antecipou a Julio Cesar e quase marcou.
A melhora atleticana abriu espaços na defesa, porém, o Corinthians não soube aproveitar. Marcinho, estreando como titular, foi tímido jogando aberto pelo lado esquerdo. Marcelinho e Morais também pouco produziram, dificultando ainda mais o trabalho do centroavante Souza, preso na marcação do trio de zagueiros do adversário.
Se tocando a bola estava difícil, o Atlético-PR conseguiu abrir o placar em uma nova jogada de bola parada. Em lance perto da área, Paulo Baier bateu com perfeição por cima da barreira. Julio Cesar voou em vão. Era impossível pegar. Foi o primeiro gol dele pelo Furacão.
Timão melhora, mas Furacão garante vitória
No segundo tempo, Mano Menezes tentou deixar o Corinthians mais ofensivo pela entrada do atacante Otacílio Neto no lugar de Marcinho. Entretanto, quem assustou foi o Atlético-PR. Aos nove minutos, Paulo Baier bateu escanteio, Rafael Santos desviou de cabeça e a bola saiu à direita, arrancando um "uuuuh" da torcida rubro-negra.
O Corinthians ganhou mais força na frente com a entrada do lateral-esquerdo Wellington Saci na vaga de Diego. .O Timão passou a tocar a bola com mais calma e fez o Atlético-PR recua, de olho nos contra-ataques. Apesar do domínio, os paulistas não criaram grandes chances pelo ferrolho armado na entrada da área.
Paulo Baier teve a chance de garantir a vitória e se consagrar, aos 35 minutos. Ele avançou livre em velocidade pela direita em contra-ataque e, na entrada da área, e chutou torto, para desespero de Eduardo, que surgia do outro lado sem marcação.
Nos minutos finais, Waldemar Lemos trancou ainda mais o Furacão com a entrada do volante Rafael Miranda em lugar de Paulo Baier. O Corinthians ainda tentou chegar ao empate. Apenas tentou. Os jogadores do Timão ainda reclamaram de um toque de mão dentro da área, mas o árbitro nada marcou.
Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 1 x 0 CORINTHIANS
ATLÉTICO-PR
Vinícius, Rhodolfo, Rafael Santos e Antônio Carlos; Zé Antônio (Raul), Valencia, Chico, Paulo Baier (Rafael Miranda) e Márcio Azevedo; Wesley e Rafael Moura (Eduardo).
Técnico: Waldemar Lemos.
CORINTHIANS
Julio Cesar, Diogo, Renato, Jean e Diego (Wellington Saci); Jucilei, Boquita, Marcinho (Otacílio Neto) e Morais (Lulinha); Marcelinho e Souza.
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Paulo Baier, aos 35 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Rafael Santos, Valencia (Atlético-PR); Marcinho, Lulinha (Corinthians)
Estádio: Arena da Baixada. Data: 04/05/2008.
Árbitro: Claudio Luciano Mercante Junior (PE).
Auxiliares: Erich Bandeira (PE) e Carlos Berkenbrock (SC).
Público: 17.119 pagantes. Renda: R$ 377.130,00.
SÃO PAULO 2X0 NÁUTICO
Na estreia de Ricardo Gomes, São Paulo vence Náutico no Morumbi

Com o resultado, o São Paulo chega a dez pontos e alcança a nona posição provisoriamente. O Náutico tem os mesmos oito pontos e a 13ª colocaão por enquanto. Na próxima rodada, o Tricolor encara o Coritiba no Couto Pereira, no dia 5 de julho, e o Timbu recebe o Internacional no mesmo dia.
Washington tenta, não marca, e torcida não gosta
Como era esperado, o São Paulo, jogando no 4-4-2, começou a partida em casa pressionando o Náutico, que perdeu Sidny logo no início, por causa de uma fisgada na coxa. Juliano entrou. Durante a semana, Washington reclamou mais uma vez que a bola não chegava para o ataque, o que dificultava a marcação dos gols, e que se tivesse três chances claras, mas não marcasse, pedia para sair. Desta vez, a ligação do meio com os homens de frente foi melhor, com Marlos sendo o principal condutor. No entanto, as oportunidades não foram bem aproveitadas, principalmente pelo Coração Valente.
Aos oito minutos, em cobrança de falta da intermediária, Washington chutou por cima do gol de Eduardo. Dois minutos depois, o camisa 9 arriscou um chute rasteiro, mas sem muita mira. Aos 17, mais uma tentativa do atacante para fora. E, aos 23, ele chegou pela direita e concluiu forte, acertando a rede, mas pelo lado de fora. Alguns torcedores, de forma isolada, reclamaram de Washington.
O Náutico, vendo que o São Paulo não acertava o pé e errava muitos passes, começou a se arriscar mais. Aos 19, Aílton assustou Denis com um chute por cima do travessão. Aos 26, foi a vez de Asprilla mandar a bola perto do gol tricolor. O visitante aproveitava cada vez mais os espaços e já igualava forças com o anfitrião.
Aos 32, o São Paulo conseguiu acertar o pé da trave direita de Eduardo. Enquanto Washington tentava sair da marcação, Borges pegou a sobra e chutou forte, carimbando o poste. No rebote, Junior Cesar ainda tentou o gol, mas chutou para fora. O lance levantou a torcida. A resposta do Náutico veio aos 39, quando Gilmar cruzou e Asprilla cabeceou para fora, para a sorte de Denis. O primeiro tempo terminou sem gols.
Gols saem no segundo tempo. Hernanes garante vitória
Os times voltaram sem modificações nas escalações, mas o jogo mudou logo no primeiro minuto. Hernanes cobrou falta pela direita e encontrou Jean Rolt pelo alto, na frente do gol. O zagueiro cabeceou com precisão e abriu o placar para o São Paulo: 1 a 0. Animados com o gol, os são-paulinos passaram a pressionar novamente, o que já não acontecia no fim da primeira etapa. E o Timbu apelou para as faltas. Juliano e Asprilla foram premiados com cartões amarelos.
O visitante até tentava o gol de empate, mas não conseguia assustar o gol de Denis. A melhor chance foi de Washington, aos 22. Ele recebeu na área, tentou se livrar da marcação, não conseguiu e arriscou de calcanhar. A bola passou na frente do gol de Eduardo. A torcida ficava cada vez mais irritada.
O técnico Márcio Bittencourt não aprendeu a lição. Depois de ser suspenso por 60 quando ainda era técnico do Santa Cruz e voltar a trabalhar no banco de reservas justamente nesta partida, foi novamente expulso pelo árbitro por reclamar demais. Do outro lado, Ricardo Gomes tentou mudar a forma de jogar da equipe e tirou Washington, que ouviu algumas vaias. O jovem meia Oscar foi o escolhido para tentar alcançar Borges.
Hugo também entrou na vaga de Marlos e o time ganhou velocidade e fôlego. Aos 40, depois de duas tentativas pela esquerda, o anfitrião conseguiu o segundo gol. Hernanes cobrou falta na direção da área, e a bola desviou em Johnny, enganando o goleiro Eduardo e balançando a rede. Festa da torcida tricolor.
Ficha técnica:
SÃO PAULO 2 x 0 NÁUTICO
SÃO PAULO
Dênis; Zé Luís, Renato Silva, Jean Roth e Junior Cesar; Eduardo Costa, Richarlyson(Jorge Wagner), Hernanes e Marlos(Hugo), Borges e Washington(Oscar)
Técnico: Ricardo Gomes.
NÁUTICO
Eduardo; Galiardo, Gladstone, Asprilla e Sidny(Juliano); Anderson Santana, Derley, Johnny e Aílton(Edson Miolo); Gilmar e Márcio Barros(Anderson Lessa).
Técnico: M. Bittencourt
Gols: Jean Roth com um minuto e Hernanes aos 41 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Renata Silva, Eduardo Costa e Richarlyson (São Paulo). Asprilla e Juliano (Náutico)
Público: 7.977 pagantes
Renda: R$ 180.060
Estádio: Morumbi. Data: 28/06/2009.
Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO).
Auxiliares: Jesmar Benedito Miranda de Paulo (GO) e Cristhian Passos Sorence (GO).
BARUERI 4X2 ATLÉTICO - MG
Terror dos mineiros, Barueri acaba com invencibilidade do líder Atlético-MG
O Barueri acabou com a pose do líder Atlético-MG no Campeonato Brasileiro. Debaixo de muita chuva, a equipe comandada pelo técnico Estevam Soares não tomou conhecimento do rival e venceu por 4 a 2, em partida realizada na tarde deste sábado, na Arena Barueri. Foi a primeira derrota do time mineiro na competição. (Veja ao lado o gol marcado por Thiago Humberto).
Com o resultado, o time paulista mostrou ser o terror das equipes mineiras, já que na última rodada, não tomou conhecimento do Cruzeiro e aplicou uma goleada de 4 a 2 em pleno estádio do Mineirão.
Com a vitória, a terceira na competição, o Barueri, um dos caçulas da Série A, alcançou uma surpreendente quarta posição na tabela, com 13 pontos. Já o Atlético-MG segue na liderança, mas pode ser alcançado em número de pontos pelo Internacional que, neste domingo, recebe o Coritiba no Beira-Rio.
Confira a classificação do Campeonato Brasileiro
As duas equipes voltarão a campo no próximo final de semana. No próximo sábado, o Barueri vai ao ABC encarar o Santo André. No dia seguinte, o Atlético-MG receberá a visita do Botafogo, no estádio do Mineirão.
Começo arrasador
O Barueri não se importou com a forte chuva que caía e, assim que a partida começou, tomou a iniciativa da partida e encurralou o Atlético-MG. Jogando com velocidade, principalmente pelo lado esquerdo com a dupla Thiago Humberto e Fernandinho, o time da casa só não abriu o marcador logo aos 2min porque Pedrão falhou na hora de dominar a bola quando ficaria cara a cara com Aranha.
Mas, aos 9min, não teve jeito. Fernandinho, endiabrado, fez bela jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para a área. Éder, sozinho, furou. A bola sobrou para Thiago Humberto, que bateu no canto direito de Aranha, que ainda tocou na bola. Aos 17min, o goleiro do Atlético-MG trabalhou bem e evitou gol de Thiago Humberto, que ao cruzar a bola para a área, quase encobriu o goleiro atleticano.
O Galo seguia irreconhecível em campo. Suas principais peças não funcionavam. Como o meio-campo praticamente não criava nada, Diego Tardelli era obrigado a voltar para buscar a bola, o que deixava Éder Luís preso entre os zagueiros. O Barueri forçava na marcação e, quando tinha a bola dominada, buscava rapidamente o contra-ataque.
Aos 31min, quando a partida já havia perdido um pouco de velocidade, o Barueri foi para a rede novamente. E foi uma verdadeira lambança do goleiro Aranha. Ele recebeu passe recuado do lateral Júnior e, ao tentar afastar a bola da área, chutou em cima do zagueiro Pedrão. A bola caminhou em direção ao gol e Thiago Humberto, que ganhou na corrida de Alex Bruno, só teve o trabalho de empurrar para as redes. (Reveja o gol)
Mesmo em desvantagem de 2 a 0, o Atlético-MG não esboçava a menor reação. Para complicar ainda mais para o técnico Celso Roth, o Galo perdeu Éder Luís, machucado. Kléber entrou no seu lugar.
Segundo tempo
Na etapa complementar, a equipe mineira voltou com mais vontade e equilibrou a partida no início. O Barueri, satisfeito com o resultado, diminuiu o ritmo. O goleiro Renê, que não trabalhou nos primeiros 45 minutos, começou a aparecer. Aos 7min, ele fez grande defesa em lance de Márcio Araújo, que havia feito bela jogada pelo meio. Logo depois, o técnico Celso Roth queimou suas duas últimas alterações, colocando Thiago Feltri e Alessandro nas vagas de Júnior e Renan.
No Barueri, o técnico Estevam Soares resolveu mexer na lateral-direita. Éder, que já tinha cartão amarelo e mostrava deficiência na marcação, deu lugar a Marcos Pimentel, que entrou aplaudido pela torcida.
Se Renê havia brilhado no começo do segundo tempo, o goleiro Aranha também resolveu aparecer aos 19min. Após cruzamento da esquerda, Xandão cabeceou no ângulo esquerdo do goleiro do Atlético-MG, que voou e fez uma grande defesa.
Aos 26min, o Galo renasceu na partida. O zagueiro Xandão foi tentar cortar a bola na área, errou e colocou a mão na área. Pênalti bem marcado pela arbitragem. Na cobrança, Diego Tardelli mostrou categoria, batendo no canto direito de Renê, que pulou para o lado esquerdo. Foi o quinto gol do atacante do Galo no Brasileirão, que assumiu a vice-artilharia da competição. (Reveja o gol ao lado)
O jogo ganhou em emoção. Isso porque o Galo, logo depois, chegou ao empate. Alessandro fez jogada pela esquerda, invadiu a área e foi derrubado. Novo pênalti para Diego Tardelli, que não desperdiçou a chance.
Com a igualdade no marcador, o Barueri resolveu fazer o que não havia feito durante todo o segundo tempo e voltou a atacar. Bastou repetir a atitude do primeiro tempo que o time voltou a ficar em vantagem. Primeiro, o Atlético-MG ficou com dez homens ao perder Werley, expulso.
Depois, aos 39min, Thiago Humberto, em cobrança de falta da entrada da área, botou no canto direito de Aranha. Ainda havia tempo para mais um gol. E ele veio aos 40min, com Marcos Pimentel, que aproveitou cruzamento de Fernandinho e empurrou para o gol vazio.
Depois, foi esperar o tempo passar e comemorar. O Atlético-MG, perdido, ainda terminou a partida com nove homens, já que Evandro também foi expulso.
Ficha técnica:
BARUERI 4 x 2 ATLÉTICO-MG
BARUERI
Renê; André Luís, Xandão e Leandro Castan (João Vitor); Éder (Marcos Pimentel), Ralf, Everton, Thiago Humberto e Márcio Careca; Pedrão (Basílio) e Fernandinho.
Técnico: Estevam Soares.
ATLÉTICO-MG
Aranha; Carlos Alberto, Alex Bruno, Werley e Júnior (Thiago Feltri); Renan (Alessandro), Jonílson, Márcio Araújo e Evandro; Éder Luis (Kléber) e Diego Tardelli.
Técnico: Celso Roth.
Gols: Thiago Humberto, aos 9min e Fernandinho, aos 31min do 1º tempo. Diego Tardelli, aos 26min e 30min, Thiago Humberto, aos 39min e Marcos Pimentel, aos 40min do 2º tempo
Cartões amarelos: André Luís, Marcos Pimentel, Thiago Humberto e Éder (Barueri); Werley, Leandro Castan, Alex Bruno, Carlos Alberto e Jonílson (Atlético-MG).
Cartões vermelhos: Werley e Evandro (Atlético-MG)
Estádio: Arena Barueri. Data: 27/06/2009.
Árbitro: Pericles Bassols Pegado Cortez.
Auxiliares: Jackson Lourenço Massarra dos Santos (BA) e Rodrigo Pereira Joia (RJ) . Renda e Público: R$ 39.055,00 / 3.613 pagantes
CRUZEIRO 1X0 AVAÍ
Garotada do Cruzeiro mostra personalidade e derrota o Avaí

Na nona rodada, os dois times jogam no domingo. O Cruzeiro vai enfrentar o Goiás, em Goiânia, enquanto o Avaí recebe o Palmeiras, na Ressacada. Os mineiros, porém, voltam a campo na próxima quinta-feira, pelo segundo jogo da semifinal da Libertadores. A equipe encara o Grêmio, no estádio Olímpico, em Porto Alegre. Na primeira partida, vitória celeste por 3 a 1.
Apesar do equilíbrio, Cruzeiro sai na frente
Quem esteve no Mineirão na última quarta-feira e voltou neste sábado deve ter pensado que se tratava de outro estádio. O público que saiu de casa e encarou uma noite fria para assistir ao duelo entre Cruzeiro e Avaí não chegou a 3.500 pagantes. Bem diferente dos quase 52 mil que viram a Raposa bater o Grêmio pela competição continental.
Os times começaram a partida sem pressa, com muitos erros de passe e pouca criatividade. Como a Libertadores é prioridade, Adilson Batista escalou dez reservas. A exceção foi o volante Henrique. O técnico teve de usar garotos da base, já que tem dez jogadores no departamento médico.
Jancarlos, Zé Carlos e Dudu foram os mais ativos do lado mineiro. Muriqui, Marquinhos e Ferdinando tentavam responder. A primeira chance clara de gol só foi criada aos 15 minutos. O garoto Dudu, de 1,65m, invadiu a área pela direita e bateu cruzado. A bola passou perto da trave de Eduardo Martini. Quando a ansiedade da garotada começou a passar, os donos da casa melhoraram. O volante Mateus avançou até a intermediária, tabelou bonito com o atacante Zé Carlos e recebeu na frente. O chute rasteiro passou muito perto do gol, aos 25. A primeira boa chance dos visitantes só apareceu cinco minutos depois. Léo Gago fez belo lançamento para Lima na entrada da área, o atacante ficou na dúvida sobre um possível impedimento e dominou muito mal.
O técnico Silas precisou tirar Uendel, machucado, e lançou Eltinho na lateral esquerda. Parecia que o placar ficaria em branco, mas o mistão do Cruzeiro não decepcionou. Aos 39, Ferdinando deslocou o baixinho Dudu na área, e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Zé Carlos não deu chance para o Eduardo Martini: 1 a 0 (assista ao vídeo acima).
Equipe avaiana pressiona, e garotos resistem

Adilson Batista e Silas promoveram mudanças do meio para frente, com intuito de mudar o desenho do jogo. As alterações do Cruzeiro funcionaram melhor. Com Diego Renan no lugar de Bernardo, que saiu machucado, e Wanderley na vaga de Zé Carlos, o time ficou mais veloz. No entanto, quem chegou mais perto do gol foi o Avaí. O atacante Luís Ricardo ficou com a sobra sozinho na área, bateu rasteiro, e Andrey fez boa defesa. O técnico celeste sentiu que estava perdendo força no meio-campo e resolver contar com a experiência de Wagner. Aos 33, ele entrou na vaga de Dudu, que saiu muito aplaudido pela torcida.
- Graças a Deus joguei bem, e a torcida reconheu - disse.
O time de Silas também buscou a igualdade na bola aéra. Aos 37, o zagueiro Émerson recebeu cruzamento na área, mas a cabeçada saiu torta pela linha de fundo. Mas a chance mais clara estava por vir. Aos 41, o atacante William ficou na cara do gol, sem marcação, e chutou para fora. Já no desespero, Muriqui teve a última chance, aos 47. Ele bateu forte, e Andrey, destaque do jogo, salvou. Era mesmo uma noite para a garotada celeste brilhar.
Ficha técnica:
CRUZEIRO 1 x 0 AVAÍ
CRUZEIRO
Andrey; Jancarlos, Anderson, Luisão e Vinícius; Henrique, Mateus, Aderson Uchôa e Bernardo (Diego Renan); Zé Carlos (Wanderley) e Dudu (Wagner).
Técnico: Adilson Batista.
AVAÍ
Eduardo Martini; Ferdinando, Émerson, Anderson e Uendel (Eltinho); Léo Gago, Xaves (Michel), Marquinhos e Muriqui; Luís Ricardo e Lima (William).
Técnico: Silas.
Gols: Zé Carlos, aos 41 do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Andrey (Cruzeiro); Xaves e Léo Gago (Avaí).
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 27/06/2009.
Árbitro: Jailson Macedo Freitas (BA).
Auxiliares: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Luiz Carlos Silva Teixeira (BA).
Público pagante: 3.435
Renda: R$ 59.776,72
BOTAFOGO 1X4 GOIÁS
Goiás coloca Botafogo na roda e goleia no Engenhão por 4 a 1
Entre o aplauso e repúdio a jogadores do passado, a torcida do Botafogo encontrou a ira destinada ao elenco que disputa o Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado, o Goiás passeou no Engenhão, goleou por 4 a 1 e deflagrou uma crise de relacionamento entre torcedores e jogadores alvinegros.
O segundo tempo do duelo, válido pela oitava rodada, praticamente foi dominado pelos gritos de protestos vindos das arquibancadas. Os xingamentos se multiplicaram – Lucio Flavio foi o principal alvo - e a sessão nostalgia ganhou voz:
- Que saudade enorme, que eu sinto de 89.
Momentos antes do jogo, diversos jogadores que participaram do título do Campeonato Carioca de 1989 foram ao gramado e receberam os aplausos da torcida. O mesmo tratamento não teve Zé Roberto. O jogador está cotado para voltar ao clube, mas antes mesmo de a negociação avançar foi xingado e “homenageado” com uma faixa contra a sua contratação.
Em situação delicada no comando do Botafogo, Ney Franco foi “dispensado” pela torcida: “Fora, Ney Franco”, cantaram os botafoguenses.
O time está na 19º colocação, com seis pontos, e pode terminar a rodada na lanterna se o Sport pelo menos empatar com o Grêmio, domingo, na Ilha do Retiro.
A segunda vitória fora de casa – a outra foi contra o Coritiba – faz o Goiás pular para os 11 pontos e terminar o sábado na sétima colocação. A goleada fora de casa foi construída graças à velocidade dos contragolpes. Felipe Menezes, Felipe, Rafael Toloi e Iarley fizeram os gols.
Na próxima rodada, o time goiano recebe o Cruzeiro no Serra Dourada. Por sua vez, o Botafogo visita o Atlético-MG. As duas partidas acontecem no domingo.
Felipes dão vantagem ao Goiás
O clima de nostalgia que antecedeu a partida foi quebrado com o choque de realidade do momento atual. Antes dos 15 minutos, a torcida do Botafogo ensaiou algumas vaias aos jogadores. O grito de “Queremos raça” veio pouco depois. Os chutes a gol dos mandantes, porém sumiram.
E se não fosse Renan, aos 19 minutos, Felipe teria feito o primeiro do Goiás. O atacante chutou de dentro da grande área e o goleiro alvinegro espalmou. Mas aos 24 não houve jeito. Juninho cortou mal um cruzamento , e a bola sobrou para Felipe Menezes acertar o canto direito e abrir o placar.
A vantagem fez mal aos goianos. Entre uma tentativa ou outra de cozinhar a partida, o time visitante falhou e Victor Simões aproveitou para fazer um golaço, aos 35. De dentro da pequena área, o atacante deu um voleio forte, sem chance de defesa para Harlei.
Quando a torcida botafoguense se animou, Léo Silva empurrou Iarley dentro da área. Na cobrança do pênalti, aos 42, Felipe fez uso da paradinha para enganar Renan e fazer 2 a 1.
Mais gols dos visitantes, e fúria dos alvinegros
No intervalo, o técnico Ney Franco colocou Tony na vaga de Léo Silva e deixou o Botafogo com três atacantes. Mas o que era ruim para os alvinegros piorou aos 12 minutos. Após bate rebate na área, Rafael Tolói chutou forte e fez o terceiro dos goianos. Dois minutos depois, já sob a ira da torcida botafoguense, Iarley bateu cruzado da entrada da área e fez o quarto do time esmeraldino.
O Botafogo partiu para o desespero e até criou chances. Victor Simões, Fahel e Leandro Guerreiro obrigaram Harlei a fazer defesas arrojadas. Nas arquibancadas, os protestos se multiplicaram e atingiram diretoria, jogadores e o técnico Ney Franco.
Ficha técnica:
BOTAFOGO 1 x 4 GOIÁS
BOTAFOGO
Renan; Alessandro, Emerson, Juninho (Fahel) e Eduardo; Leandro Guerreiro, Batista, Léo Silva (Tony) e Lucio Flavio (Rodrigo Dantas); Victor Simões e Laio.
Técnico: Ney Franco.
GOIÁS
Harlei; Leandro Euzébio, Rafael Toloi e Ernando; Vitor, Amaral, Ramalho, Felipe Menezes (Gomes) e Julio Cesar; Iarley e Felipe (Zé Carlos).
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Felipe Menezes, aos 24, Victor Simões, aos 35, Felipe, aos 42 minutos do primeiro tempo; Rafael Tolói, aos 12 minutos e Iarley, aos 14 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Léo Silva, Laio (Botafogo) e Iarley e Vitor (Goiás)
Estádio: do Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ). Data: 27/06/2009.
Árbitro: Paulo Cesar Oliveira (Fifa-SP)
Auxiliares: Vicente Romano Neto (SP) e Anderson José de Moraes (SP)
Renda: R$ 76.524,00