domingo, 12 de julho de 2009

10 Rodada:Série A

CRUZEIRO 0X3 ATLÉTICO - MG
Atlético-MG derrota reservas do Cruzeiro, dá fim a longo jejum e retoma a liderança



Acabou a agonia. A segunda-feira vai ser mais leve para jogadores e torcedores do Atlético-MG. Depois de ficar dois anos e cinco meses sem derrotar o Cruzeiro e ouvindo todos os tipos de provocação, o time do técnico Celso Roth derrotou o maior rival neste domingo, por 3 a 0, no Mineirão, pela décima rodada do Brasileiro. O incômodo jejum atleticano durava 12 jogos (dez triunfos celestes e dois empates).

E não foi só isso. Com o resultado, o Galo retomou a liderança do Nacional, com 21 pontos, beneficiado pela vitória do Atlético-PR sobre o Internacional, em Curitiba. O time estrelado continua com dez, em 16º.

Por conta da decisão da Libertadores, o técnico Adilson Batista escalou um time reserva e foi obrigado a usar garotos da base e atletas que se recuperaram de lesões recentemente. O Galo tratou de aproveitar a chance de tirar um enorme peso das costas. Júnior, Alessandro e Eder Luis fizeram os gols.

No próximo domingo, a Raposa pega o Corinthians, no Mineirão, pela 12ª rodada. Antes, fará o jogo mais importante da temporada até então. Na quarta-feira, também no Gigante da Pampulha, encara o Estudiantes, da Argentina, no segundo e decisivo jogo da Libertadores. Em La Plata, houve um empate sem gol. O Galo volta a campo na quinta-feira, contra o São Paulo, em Belo Horizonte.

Confira a classificação completa do Campeonato Brasileiro

Cruzeiro 'começa' com dez e não suporta pressão do Galo



Incríveis 12 segundos. Foi o tempo da expulsão do atacante Zé Carlos, do Cruzeiro, no clássico. Ele acertou uma cotovelada no volante Renan, o árbitro Paulo Cesar Oliveira viu, não deixou passar e mostrou cartão vemelho direto. Foi a expulsão mais rápida do futebol brasileiro. O lance aumentou a carga de favorismo do Galo, que entrou em campo com força máxima diante de um mistão da Raposa.

Ao contrário do esperado, a vantagem numérica não foi bem aproveitada inicialmente pela equipe de Celso Roth. Sem criatividade, o meio-campo não conseguia levar perigo ao rival. O atacante Eder Luis bem que tentou se deslocar pelas laterais do campo, mas sempre marcado por Neguete.

Sem sofrer ameaças, o Cruzeiro passou a se arriscar nos contra-ataques. Aos 15, o garoto Diego Renan recebeu de Athirson na ponta esquerda, se livrou da marcação com um belo corte e cruzou na cabeça de Fabinho. O volante desviou bonito, mas a bola saiu caprichosa pela linha de fundo.

Mas logo o Galo voltou a se impor. Aos 21, Tardelli tabelou bonito com Marcos Rocha. O garoto ficou livre para chutar, mas demorou e foi travado por Fabrício. O lance incendiou o duelo, e os atleticanos passaram a investir especialmente com cruzamentos para a área. Como não obteve sucesso pelas laterais, o trio ofensivo de Roth - Júnior, Tardelli e Eder - voltou a trabalhar pelo meio. Numa das tentativas, o primeiro ficou na cara do gol, mas bateu para fora com o pé direito, que não é o bom, aos 26.



Irritado com Marcos Rocha, o técnico alvinegro tirou o lateral-direito da partida, aos 30 minutos, para dar lugar ao atacante Alessandro. Com a mudança, o volante Márcio Araújo foi deslocado para a função. Três minutos depois, a melhor chance do Atlético. Renan acionou na esquerda Thiago Feltri, que dividiu com a zaga. Júnior aproveitou o rebote e, mais uma vez com o pé direito, tentou colocar no cantinho de Andrey. Errou por muito pouco.

A pressão do Galo cresceu e o gol só não saiu por falta de pontaria. Aos 36, foram duas chances seguidas desperdiçadas. Numa delas, Júnior tentou encobrir Andrey depois de uma confusão na área celeste e errou por muito. Ele teria uma nova chance. Aos 40, Eder Luis avançou pela direita, achou Tardelli certinho na área, mas o goleador furou e jogou de zagueiro. Sorte que o pentacampeão estava atento, e livre, para concluir no ângulo do gol cruzeirense com o pé direito: 1 a 0

O lance perturbou o Cruzeiro. Três minutos depois, o Atlético chegou mais uma vez pela ponta. Tardelli cruzou rasteiro da direita, e Fabrício furou feio ao tentar cortar, deixando Alessandro livre para fazer 2 a 0 para o Galo. A dificuldade do Cruzeiro por jogar com dez era evidente, mas não faltou valentia. Aos 46, Thiago Ribeiro cabeceou com perigo após cobrança de escanteio, mas Aranha estava atento. A pressão atleticana demorou, mas deu certo no primeiro tempo.

Atleticanos pedem goleada que por pouco não sai

O Atlético-MG voltou disposto a ampliar o placar e quem sabe tentar devolver o placar de 5 a 0 do primeiro jogo da final do Mineiro, no início do ano. Nas arquibancadas, os atleticanos pediam uma vitória por 6 a 0. Assim como no fim da etapa inicial, o lado direito era o mais explorado pelo Galo. Márcio Araújo, Alessandro e Eder Luis eram os que mais pintavam por lá. Aos 20, Alessandro avançou sem marcação e achou Eder Luis na entrada da área, mas o chute parou em Andrey, muito bem colocado.

Mais preocupada com a decisão da Libertadores, na quarta, a torcida do Cruzeiro passou a cantar e mostrou até certo desinteresse pelo clássico. Em tom de provocação e apoio, gritava "olé" a cada vez que a posse de bola ficava com os jogadores celestes.

O nível da partida caiu muito. Apesar de ter mais posse de bola, o Galo pouco ameaçava e encontrava dificuldade frente à forte marcação celeste. A segunda jogada que levantou a torcida só foi criada aos 30 minutos. Alessandro recebeu cruzamento na área, mas cabeceou na rede pelo lado de fora. Sem o peso do jejum sobre as costas, a torcida atleticana provocou aos gritos de "o freguês voltou!".

O time de Adilson Batista aceitou a derrota e sentiu o desgaste físico por jogar toda a partida com dez em campo. Como não tinha nada com isso, o Galo aproveitou para ampliar no fim. Aos 43, em lançamento para Eder Luis, o goleiro Andrey tirou com o peito, mas a bola sobrou para o atacante. Com calma, ele girou e fez um lindo gol por cobertura, de fora da área. Um golaço para lavar a alma dos atleticanos. Enfim, a tão esperada vingança foi conquistada.


Ficha técnica:
CRUZEIRO 0 x 3 ATLÉTICO-MG
CRUZEIRO
Andrey, Jancarlos, Neguete, Vinícius e Diego Renan; Fabrício (Uchoa), Elicarlos, Fabinho (Anderson) e Athirson; Thiago Ribeiro (Wanderley) e Zé Carlos.
Técnico: Adilson Batista.
ATLÉTICO-MG
Aranha, Marcos Rocha (Alessandro), Werley, Welton Felipe e Thiago Feltri; Jonílson, Renan (Serginho), Márcio Araújo e Júnior (Evandro); Diego Tardelli e Eder Luis.
Técnico: Celso Roth
Gols: Júnior, aos 40, e Alessandro, aos 43 do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Elicarlos, Wanderley e Athirson (Cruzeiro); Marcos Rocha, Márcio Araújo, Renan e Serginho (Atlético-MG).
Cartão vermelho: Zé Carlos (Cruzeiro).
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 12/07/2009.
Árbitro: Paulo Cesar Oliveira (SP-Fifa).
Auxiliares: Ednilson Corona (SP-Fifa) e Janette Mara Arcanjo (MG).
Público pagante: 22.583
Renda: R$ 424.612,23


GRÊMIO 3X0 CORINTHIANS
Melhor Grêmio do ano detona o Corinthians no Olímpico



O Corinthians viveu o maior pesadelo de sua história quase centenária no Olímpico, onde foi rebaixado para a Segundona em dezembro de 2007. E agora viu o mesmo estádio ser o ponto final em um mundo de sonhos pós-título da Copa do Brasil. O Grêmio jogou muito, mais do que jamais jogou em 2009, e atropelou Ronaldo, Mano Menezes e quem mais tivesse o escudo corintiano na camisa, na tarde deste domingo. A vitória por 3 a 0, incontestável, foi a prova definitiva de que a queda nas semifinais da Libertadores não causou qualquer tipo de trauma no clube gaúcho.

Em ascensão, o Grêmio entrou de vez no Campeonato Brasileiro. E o Corinthians voltou à realidade de uma competição que exige competitividade máxima em cada segundo. Com a vitória, o Tricolor subiu momentaneamente para a sétima colocação, com 15 pontos, acima do próprio Timão, o oitavo, com 14.

Os gaúchos voltam a campo na quarta-feira, fora de casa, contra o Coritiba. No domingo, tem Gre-Nal no Olímpico. Os paulistas recebem o Sport na quinta.

Um substituto incomoda muita gente. Três incomodam muito mais...

O Grêmio foi a campo sem três titulares: Réver, lesionado, Herrera, suspenso, e Maxi López, gripado. Por uma dessas maluquices do futebol, cada um dos substitutos fez um gol no primeiro tempo. Começou com Alex Mineiro, passou por Jonas e terminou em Rafael Marques. Mas eles não foram necessariamente os destaques do jogo.

É que Tcheco jogou demais. Foi o destaque que sua camisa 10 exige. O meia teve papel fundamental em um dos principais méritos do time gremista na etapa inicial, a capacidade de incomodar a saída dos qualificados volantes do Corinthians. Cristian e Elias, acossados também por Jonas e Souza, não conseguiram levar o time de Mano Menezes ao ataque. E Tcheco ainda criou. Criou muito.

Criou o primeiro gol, por exemplo. Pela esquerda, o capitão tricolor acionou Fábio Santos na esquerda. O cruzamento foi no pé de Alex Mineiro. No momento em que o atacante encostou na bola, ele sabia que era obrigado a fazer o gol. O jejum era longo, desde 1º de março. Mas acabou naquele momento. Felipe nada pôde fazer. O Grêmio estava na frente.

Tcheco também criou o segundo gol: de novo pela esquerda, de novo em jogada direcionada à ponta, mas desta vez para Adílson. O cruzamento do volante resultou em cabeceio certeiro, forte, preciso de Jonas (que também teve atuação fora do comum). Estava encaminhada, com um belo gol, a vitória azul.

O Corinthians, enquanto sofria atrás, pouco criava na frente. Douglas esteve sumido, prejudicado pela prisão dos volantes na marcação gaúcha. Como consequência, Ronaldo foi pouco acionado. Quando tocou na bola, o Fenômeno esteve perto de fazer estragos. Ele dominou uma bola pela direita, na entrada da área, e engatilhou um chute que provavelmente entraria. Mas o Grêmio contou com um anjo da guarda que apareceu para fazer a falta na hora certa. Era Tcheco, que levou um cartão amarelo a ser comemorado como se fosse gol.

A tentativa de reação dos alvinegros foi prejudicada pela expulsão de Jean. O jogador fez falta, reclamou com o árbitro e foi para a rua. Eram 29 minutos do primeiro tempo. Aos 37, o Grêmio ampliou. Souza, pela direita, mandou na área para Rafael Marques, que só teve o trabalho de encerrar a jogada: 3 a 0, banho de bola gremista e festa no Olímpico. A torcida até começou a gritar “olé”.

Controlado, Corinthians não reage

O Corinthians não teve muito a fazer no segundo tempo. Mano Menezes se viu obrigado a colocar Renato no lugar de Jorge Henrique para reorganizar a defesa. O ataque, com menos gente, continuou frágil. Ronaldo e Dentinho não conseguiram superar a marcação.

O Grêmio esteve mais perto de fazer o quarto gol do que de levar o primeiro. Jonas, aos oito, cabeceou com perigo. Perea, aos 29, recebeu livre na direita, mas foi abafado pelo goleiro Felipe. Tcheco seguiu mandando na zona de articulação. Faltou o melhor encaixe no último passe para o placar ficar mais elástico.

Com o jogo morno, o time gaúcho controlou o adversário e os ponteiros do relógio. Assim, sem dificuldades, o melhor Grêmio do ano consolidou uma vitória que já era quase certa desde o primeiro tempo e deixou para o Corinthians o aviso de que a Tríplice Coroa só será possível com muito futebol.



Ficha técnica:
GRÊMIO 3 x 0 CORINTHIANS
GRÊMIO
Victor, William Thiego, Léo, Rafael Marques e Fábio Santos; Túlio (Makelele), Adilson, Tcheco e Souza (Maylson); Jonas (Pera) e Alex Mineiro.
Técnico: Paulo Autuori.
CORINTHIANS
Felipe, Alessandro (Diogo), Jean, Diego e André Santos; Cristian, Elias e Douglas; Jorge Henrique, Dentinho e Ronaldo.
Técnico: Mano Menezes.
Gols: Alex Mineiro, aos 16, e Jonas, aos 22, e Rafael Marques, aos 37 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: William Thiego, Tcheco, Rafael Marques, Léo, Souza, Perea (Grêmio); Ronaldo, Jean, Alessandro, Dentinho (Corinthians).
Cartão vermelho: Jean (Corinthians).
Público: 33.688 presentes
Renda: R$ 654.577,00
Estádio: Olímpico. Data: 12/07/2009. Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL). Auxiliares: Carlos Jorge Titara da Rocha (AL) e Pedro Jorge Santos de Araújo (AL).


SÃO PAULO 2X2 FLAMENGO
Na volta do Imperador ao Morumbi, São Paulo reage e empata com o Flamengo

Em um jogo emocionante, o Imperador voltou ao Morumbi um ano após defender o São Paulo. E marcou, mas não comemorou. O anfitrião, sem apresentar um bom futebol e com um a menos, conseguiu pelo menos assegurar o empate por 2 a 2 com o Flamengo, na tarde deste domingo, pelo Brasileiro.

Com o resultado, o dono da casa está com 11 pontos, em 12º lugar provisoriamente, afastando-se da zona de rebaixamento. O Flamengo acabou a partida em sétimo, com 15 pontos. Na próxima rodada, o Tricolor encara o Atlético-MG fora de casa, na quinta-feira. Um dia antes, o time carioca recebe o Palmeiras no Maracanã.

Denis erra, Imperador não comemora, e Tricolor perde um expulso

O São Paulo entrou em campo com novidades: três zagueiros, para fazer uma forte marcação em Adriano, e sem Washington, sacado para a entrada de Hugo. Jean também ganhou a posição no meio, na vaga de Eduardo Costa, e Arouca foi improvisado na lateral direita, que antes era de Zé Luis. No Flamengo, o Imperador era a referência na frente. E desde o primeiro segundo de bola rolando, o atacante mostrou que queria jogo ao se apresentar muito e cadenciar as jogadas.

Apesar de apostar na defesa, o Tricolor não contava com a infelicidade de Denis. Em uma reposição de bola, o goleiro chutou errado e carimbou Fierro que, na frente da área, ajeitou e levantou a bola até o gol, marcando o primeiro gol da partida: 1 a 0 para o Flamengo, aos três minutos.

O visitante era mais eficiente na criação das jogadas e, também com três zagueiros, impedia a chegada do São Paulo. Aos nove minutos, Adriano perdeu um gol feito. Sozinho e de frente para Denis, o atacante chutou, mas o goleiro fez a defesa.

Se o Tricolor tinha dificuldades de chegar ao ataque do adversário, precisou contar com o talento de Marlos e com a falha da defesa. O meia recebeu o passe de Miranda perto da área e cruzou para Borges, que chutou de primeira, sem chances para Bruno, aos 18: 1 a 1.

O dono da casa nem teve muito tempo de curtir o gol de empate. Aos 20, Adriano invadiu a área e, na disputa com Renato Silva, caiu. O árbitro entendeu que houve a penalidade e apontou para a marca. O Imperador bateu no canto esquerdo de Denis e aumentou para o Flamengo, aos 21. Mas, apesar de ter sido vaiado pelos são-paulinos, não comemorou o gol por respeito ao período recente em que defendeu a camisa do time paulista, no primeiro semestre de 2008.

Borges apareceu novamente para criar uma chance para o São Paulo. Ele sofreu uma falta de Wellinton perto da área. Hernanes bateu para fora, passando perto do ângulo esquerdo de Bruno. O São Paulo tentava trabalhar mais a bola e valorizar o passe, já que estava complicado penetrar na defesa rubro-negra. Aos 36, Marlos tentou um chute de longe e Bruno precisou fazer a ponte para defender.

Dois minutos depois, o clima ficou um pouco mais quente. Everton Silva recebeu um amarelo por jogada violenta e, na sequência, Adriano deixou o corpo, levantando Jean Rolt do chão. Também recebeu o cartão. Bruno não gostou do rigor do juiz e foi reclamar. Amarelou para ele.

Apesar da chuva de amarelos para o Flamengo, quem perdeu um jogador foi o São Paulo. Aos 43, Renato Silva cometeu uma falta em cima de Zé Roberto. Como já tinha o cartão, recebeu o segundo e foi expulso. A defesa tricolor que já tinha dificuldades, agora estava desfalcada. O visitante foi para o intervalo com a vantagem no placar.

Tricolor reage de pênalti

No segundo tempo, o São Paulo voltou mais animado, mas não conseguiu levar muito perigo ao gol de Bruno. O Flamengo, fechado, tinha chances nos contra-ataques. Ricardo Gomes, vendo que o time sentia a ausência de um jogador, mudou a equipe. Colocou Jorge Wagner e Eduardo Costa, tirando Hernanes e Hugo. Com uma defesa novamente forte, o anfitrião tinha Marlos agora mais adiantado para ajudar Borges. E Miranda aparecia como elemento surpresa.

Jorge Wagner entrou e já bateu uma falta na entrada da área. Preferiu rolar para Junior Cesar, que soltou a bomba, mas não encontrou o gol de Bruno. A sorte do São Paulo começou a mudar aos 18 minutos. Willians empurrou Miranda em um pedacinho da grande área e o árbitro apontou o pênalti. Não adiantou a reclamação dos rubro-negros. Jorge Wagner cobrou aos 20 e empatou a partida: 2 a 2.

O Flamengo resolveu colocar pressão para voltar a ficar em vantagem. E fez uma blitz na área tricolor, mas não teve sucesso. O São Paulo resolveu aposta em um grandalhão também: tirou Borges e colocou Washington em campo. No primeiro lance, em uma disputa de bola, o atacante escorregou, e já ouviu algumas reclamações da torcida.

Everton recebeu um cartão por tocar a bola com o braço e mostrou certa irritação com Junior Cesar. Logo foi sacado por Cuca para a entrada de Petkovic. Aos 44, quase que o Flamengo faz o gol da vitória. Erick Flores tentou alcançar na pequena área, mas Denis pulou na bola para defender e afastar o perigo. Tentando dar o troco, Marlos cruzou e Jean soltou a bomba, mas a bola foi para fora. Aos 47, polêmica: Everton Silva derrubou Washington na área e o juiz não anotou o pênalti. A torcida do São Paulo reclamou muito, mas o jogo terminou mesmo empatado.


Ficha técnica:
SÃO PAULO 2 x 2 FLAMENGO
SÃO PAULO
Denis, Jean Rolt, Renato Silva e Miranda; Arouca, Jean, Hernanes (Jorge Wagner), Marlos e Junior Cesar; Hugo (Eduardo Costa) e Borges.
Técnico: Ricardo Gomes.
FLAMENGO
Bruno, Wellinton (Erick Flores), Ronaldo Angelim e Fabrício; Leo Moura, Willians, Fierro (Jorbison), Everton (Petkovic) e Everton Silva; Zé Roberto e Adriano.
Técnico: Cuca.
Gols: Fierro, aos três minutos, Borges, aos 18 minutos e Adriano, aos 21 minutos do primeiro tempo. Jorge Wagner, aos 20 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Renato Silva, Jorge Wagner (São Paulo); Fierro, Wellinton, Everton Silva, Adriano, Bruno, Leo Moura, Everton, Fabrício (Flamengo).
Cartão vermelho: Renato Silva (SP), aos 43 minutos do primeiro tempo.
Estádio: Morumbi, em São Paulo. Data: 12/07/2009.
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG).
Auxiliares: Erich Bandeira (PE) e Carlos Berkenbrock (Fifa-SC)
Público e renda: 21.648 pagantes e R$ 507.690,00


ATLÉTICO - PR 3X2 INTERNACIONAL
Atlético-PR vence, sai da zona de rebaixamento e tira a liderança do Inter



De virada, o Atlético-PR venceu por 3 a 2 o Internacional neste domingo, na Arena da Baixada, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro, e deixou a zona de rebaixamento. Já o time gaúcho perdeu a liderança da competição para o Atlético-MG, que venceu o Cruzeiro no clássico mineiro. Nilmar abriu o placar. Mas Marcinho, duas vezes, e Wesley garantiram os três pontos para o Furacão, que jogou sem o principal atacante: Rafael Moura, que cumpriu suspensão. Alecsandro ainda conseguiu diminuir para o time gaúcho no fimda partida.

Com o resultado, o Atlético-PR pulou de 18º para o 13º lugar, com 11 pontos. Já o Internacional segue com 20 pontos e agora está em segundo, um atrás do Atlético-MG.

Apesar da boa posição no Campeonato Brasileiro, o Internacional vive um momento difícil, deixando técnico Tite ameaçado. O time gaúcho perdeu duas finais consecutivas em um intervalo de uma semana – Copa do Brasil e Recopa. E agora foi derrotado pelo Furacão.

Na próxima rodada, o Atlético-PR joga fora de casa contra o Santo André, às 21h. Já o Internacional vai encarar o Fluminense, no Beira-Rio, às 21h50m. Os dois jogos serão na quarta-feira.

Nilmar faz o primeiro do Inter

O jogo começou equilibrado, com muita correria no meio-campo. No entanto, em um lance de sorte, o Internacional conseguiu marcar o primeiro gol, aos nove minutos. Nilmar recebeu sozinho no ataque contra três marcadores e arriscou o chute de longe. A bola desviou no zagueiro Rhodolfo e deixou o goleiro Vinícius sem reação. Ela entrou no canto esquerdo enquanto o camisa 1 paranaense se dirigia para o lado direito. Foi o quarto gol de Nilmar no Campeonato Brasileiro.

O jogo, então, passou a ter muitos erros de passe. As chances eram raras. O Atlético-PR, apesar de ter mais a posse de bola, não conseguia chegar com perigo. A história só começou a mudar após os 28 minutos. Foi quando Paulo Baier roubou uma bola de Guiñazu e tocou para Marcinho, que devolveu de calcanhar enganando a marcação. E o meia arriscou de fora da área. Mas a bola foi sem muita força e o goleiro Lauro defendeu sem dificuldades.

O empate veio aos 31 minutos. Wallyson fez ótima jogada pela direita e cruzou para Marcinho, que se antecipou a Sorondo e tocou de primeira para o gol, sem chance para o goleiro Lauro, que não teve tempo nem de pular na bola. Tudo igual: 1 a 1.

A partida melhorou e ganhou mais velocidade. Nilmar quase fez o segundo do Internacional. Ele recebeu de Taison na área e chutou cruzado. Mas o goleiro Vinícius fez ótima defesa e evitou o gol. A resposta do Furacão veio em seguida. De canhota, Márcio Azevedo chutou da entrada da área e a bola passou muito perto da trave direita de Lauro. E o primeiro tempo terminou no momento em que a partida pegava fogo.

Marcinho marca o segundo de pênalti e vira a partida

As duas equipes voltaram para o segundo tempo sem alterações. O Atlético-PR conseguiu a virada aos 13 minutos, em um lance infantil de Bolívar. Ele empurrou o atacante Wallyson na área. Pênalti bem marcado pelo árbitro Sandro Meira Ricci. Na cobrança, Marcinho deslocou o goleiro Lauro e fez o segundo gol na partida.

Com a vantagem, o Atlético-PR passou a controlar mais a partida. O Internacional até tentava pressionar, mas faltava qualidade no meio-campo. Atletas importantes da equipe colorada passam por má fase. Dois deles não encararam o Furacão: Kléber foi liberado para resolver assuntos particulares, e D'Alessandro ficou fora para fazer trabalhos de recondicionamento físico.

Taison não fazia uma boa partida, e Nilmar ficava isolado no ataque.

Tite tentou mudar o panorama, ao arriscar e colocar Alecsandro em campo. O atacante até teve uma chance de empatar, mas cabeceou para fora após cruzamento de Nilmar. Mas aí o Atlético-PR matou a partida.

Aos 26 minutos, Wesley recebeu na área e conseguiu girar rápido. O chute foi forte, no canto direito do goleiro Lauro. A bola ainda bateu na trave antes de entrar. Era o terceiro gol do time paranaense. Nos minutos finais, o Internacional ainda conseguiu diminuir. Em cruzamento para a área, Danilo Silva ajeitou de cabeça, e Alecsandro apareceu para completar para o gol. Mas já era tarde. Vitória paranaense por 3 a 2.



Ficha técnica:
ATLÉTICO-PR 3 x 2 INTERNACIONAL
ATLÉTICO-PR
Vinícius; Raul (Nei), Rhodolfo, Rafael Santos e Márcio Azevedo; Chico, Valencia, Paulo Baier (Rafael Miranda) e Marcinho; Wesley e Wallyson (Patrick).
Técnico: Waldemar Lemos.
INTERNACIONAL
Lauro; Bolívar (Danilo), Índio, Sorondo e Marcelo Cordeiro; Glaydson (Giuliano), Guiñazu, Magrão e Andrezinho; Taison (Alecsandro)e Nilmar
Técnico: Tite.
Gols: Nilmar aos nove minutos; Marcinho aos 31 minutos do primeiro tempo; Marcinho aos 13 minutos e Wesley aos 26 minutos; Alecsandro aos 43 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Raul, Nei (Atlético-PR); Sorondo, Índio, Bolívar, Danilo Silva, Giuliano (Internacional)
Estádio: Arena da Baixada, em Curitiba.Data: 12/07/2009.
Árbitro: Sandro Meira Ricci
Auxiliares: Ênio Ferreira de Carvalho (DF) e Fábio Gonçalves Araújo (DF).


SPORT 1X0 GOIÁS
Sport vence o Goiás na Ilha do Retiro e deixa a zona de rebaixamento



O Sport venceu o Goiás por 1 a 0 neste domingo, na Ilha do Retiro, no Recife, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro, e saiu da zona de rebaixamento. O gol foi marcado por Fabiano, de pênalti, no primeiro tempo.

Com o resultado, o Sport subiu para o 12º lugar, com 11 pontos. Já o Goiás segue com 14 pontos, agora na nona posição na classificação.

Na próxima rodada, o Goiás enfrenta o Avaí, na quarta-feira, em casa. Já o Sport encara o Corinthians, na quinta-feira, em São Paulo.

A vitória manteve a invencibilidade do time pernambucano na Ilha do Retiro em cima do rival. A última vitória do Goiás no estádio foi em 1995. De lá para cá, o Sport venceu as cinco partidas.

De pênalti, Sport sai na frente no primeiro tempo

O Goiás começou melhor a partida. Logo aos três minutos, Vitor entrou na área e soltou a bomba. A bola explodiu no travessão de Magrão e por pouco não entrou. Logo depois, o atacante Felipe avançou e arriscou de fora da área. O goleiro se esticou todo para espalmar a bola, que foi rasteira no canto esquerdo, para escanteio. O Sport respondeu com um chute perigoso de Fabiano para fora após uma bola mal rebatida pela defesa do Goiás.

Aos 15 minutos, o árbitro Leandro Pedro Vuaden apontou pênalti a favor do time pernambucano após a cobrança de um escanteio. A marcação foi confusa, e os jogadores demoraram a entender o que estava acontecendo. Por isso, houve muita reclamação do time goiano. A partida ficou interrompida por dois minutos. No lance, o zagueiro Rafael Tolói dividiu uma bola pelo alto com Roger e tocou a mão na bola. O auxiliar Altemir Hausmann viu e avisou o árbitro da penalidade. Os jogadores do Goiás alegavam falta no lance. Após a confusão, Fabiano cobrou bem, no canto direito de Harley, e abriu o placar para o Sport.

O gol animou o time pernambucano, que passou a pressionar em busca do segundo. Mas falhava ao tentar entrar na área do Goiás, sempre tocando a bola. Aos 27 minutos, Felipe arrancou em velocidade e chutou cruzado. A bola bateu na rede, mas pelo lado de fora.

Depois dos 30 minutos, o jogo ficou mais feio e truncado. Era uma falta atrás da outra. E pouca bola rolando. O fim do primeiro tempo veio em boa hora.

Emerson Leão arma retranca

Para o segundo tempo, o técnico Emerson Leão resolveu tirar o atacante Ciro e colocar Vandinho no Sport. Aos três minutos, o time pernambucano teve uma ótima chance para ampliar. Guto arrancou bem pela esquerda e entrou na área. Mas foi travado na hora do chute por Ernando.

Mas a partir daí o Goiás melhorou e passou a levar perigo. Felipe era quem dava mais trabalho. O atacante arriscou dois chutes, mas foram para fora. Bruno Meneghel entrou no lugar de Iarley e deu mais velocidade ao time. O atacante bateu cruzado com perigo ao gol de Magrão.

Aos 26 minutos, sentindo que o Goiás estava perto do empate, Emerson Leão resolveu trocar o atacante Guto pelo volante Andrade. A equipe, então, ficou com apenas um homem de frente. A mudança deu resultado. O time goiano até tinha mais a posse de bola, mas não conseguia concluir contra o gol de Magrão.

O atacante Felipe, aos 34 minutos, perdeu a última boa chance do Goiás na partida. O chute cruzado foi para fora. No fim da partida, o técnico Hélio dos Anjos reclamou bastante da arbitragem e chamou de frouxo o auxiliar Altemir Hausmann, que ajudou o árbitro na marcação do pênalti.


Ficha técnica:
SPORT 1 x 0 GOIÁS
SPORT
Magrão; Élder Granja, Igor, César Lucena e Durval; Dutra, Dudé, Sandro Goiano e Fabiano (Luciano Henrique); Ciro (Vandinho) e Guto (Andrade).
Técnico: Emerson Leão.
GOIÁS
Harley; Ernando, Rafael Tolói, Leandro Euzébio e Vitor; Amaral, Ramalho, Felipe Menezes (Zé Carlos) e Júlio César (Jael); Felipe e Iarley (Bruno Meneghel).
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gol: Fabiano aos 17 minutos do primeiro tempo;
Cartões amarelos: César Lucena, Magrão (Sport); Rafael Tolói, Vitor (Goiás).
Estádio: Ilha do Retiro, no Recife (PE).Data: 12/07/2009.
Público: 16.645 pagantes
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS/FIFA)
Auxiliares: Altemir Hausmann (RS/FIFA) e Alessandro Rocha de Matos (BA/FIFA).


VITÓRIA 6X2 SANTOS
Imbatível em casa, Vitória atropela o Santos e se firma no G-4



O Vitória provou mais uma vez que não está entre os melhores do Campeonato Brasileiro por acaso. Neste domingo, no Barradão, a equipe baiana goleou o Santos por 6 a 2 e chegou a 19 pontos na competição (terceiro lugar). Com uma atuação lamentável da sua defesa, o Peixe segue com 13 pontos (11º colocado). O Rubro-Negro segue com impressionante 100% de aproveitamento dentro de casa.

Os gols da equipe baiana foram marcados por Roger (dois), Willian, Victor Ramos, Leandro Domingues e Jackson. Kléber Pereira e Paulo Henrique Lima descontaram.

Na próxima rodada, quarta-feira, o Santos encara o Barueri na Vila Belmiro. Na quinta, o Vitória enfrenta o Náutico no Recife.

Zaga do Santos olha, e Vitória aproveita bem



Foi um primeiro tempo para os santistas esquecerem e os jogadores do Vitória tomarem como exemplo para o restante do campeonato. A primeira lambança da zaga paulista aconteceu logo aos três minutos. Douglas furou na reposição e a bola sobrou para Roger, que, de perna esquerda, chutou fraquinho. A bola foi no contrapé do goleiro e, mansamente, morreu no fundo da rede: 1 a 0. Dois minutos depois, quase o segundo. Domingos escorregou e bola ficou com Roger, mas o atacante se enrolou no domínio e não conseguiu finalizar antes de ser desarmado.

Não demorou para o Vitória ampliar. Aos 15, Roger foi lançado e a zaga parou para pedir impedimento. O atacante invadiu a área e chutou de esquerda, mas Douglas defendeu. A bola sobrou novamente para o jogador do time baiano, que só empurrou para o fundo do gol: 2 a 0. Aos 22, Victor Ramos, livre na linha da pequena área, mandou de cabeça e Douglas fez grande defesa. Encurralado, o Santos não tardou a levar outro gol. Um minuto depois, Leandro tocou para Willian, que, sozinho, só chutou na saída do goleiro: 3 a 0.

Tinha mais. Com facilidade para chegar ao ataque, o Vitória fez o 4 a 0 aos 27 minutos. Da direita, Leandro Domingues cruzou para Victor Ramos, que se antecipou a Fabão e desviou para a rede. A primeira boa trama de ataque do Peixe só aconteceu aos 32 minutos. Madson foi lançado na esquerda, e, de dentro da área, chutou cruzado. A bola foi para fora.

A equipe da Vila conseguiu diminuir o prejuízo aos 46, em um pênalti de Victor Ramos em Pará. Kléber Pereira cobrou com categoria e fez.



Peixe tenta reagir, mas a zaga não deixa....


Atrás no placar, o Santos voltou do vestiário tentando adotar uma postura mais ofensiva, mesmo que de forma tímida. Aos três minutos, Kléber Pereira mandou de cabeça após cruzamento da esquerda e Viáfara fez boa defesa. O Vitória, tranquilo com a vantagem construída no primeiro tempo, ficou mais atrás e apostou na velocidade dos seus homens de frente.

Em um rápido contra-ataque, aos 14 minutos, Apodi foi lançado pela direita e chutou forte. Douglas fez boa defesa. Mas quem balançou a rede foi o Santos, em uma cochilada da zaga adversária. Aos 16, Madson cobrou falta na área e Paulo Henrique Lima, sozinho, desviou para o fundo do gol: 4 a 2. Com ânimo renovado, o Peixe fez outra boa jogada aos 19. Molina arrancou e chutou cruzado, Kléber Pereira chegou atrasado e não conseguiu o desvio.

A tentativa de reação santista foi logo freada. Aos 26, Domingos fez pênalti em Wallace, e Leandro Domingues cobrou bem para fazer o 5 a 2. Aos 33, o golpe de misericórdia do Vitória. Roger se livrou de Domingos com facilidade e cruzou para o baixinho Jackson, que antecipou em cima de Fabão e desviou para o gol: 6 a 2.



Fim de jogo no Barradão aos gritos de "olé" da torcida baiana.


Ficha técnica:
VITÓRIA 6 x 2 SANTOS
VITÓRIA
Viáfara, Wallace, Victor Ramos e Anderson Martins; Apodi; Uelliton (Carlos Alberto), Magal, Leandro Domingues (Elkeson) e Leandro; Wilian (Jackson) e Roger.
Técnico: Paulo C. Carpegiani.
SANTOS
Douglas, Wagner Diniz (Luizinho), Fabão, Domingos e Pará; Roberto Brum (Molina), Paulo Henrique, Rodrigo Souto e Paulo Henrique Lima; Madson (Róbson) e Kléber Pereira.
Técnico: Vagner Mancini.
Gols: Roger, aos três e 15 minutos, Willian, aos 23, Victor Ramos, aos 27, e Kléber Pereira, aos 46 minutos do primeiro tempo; Paulo Henrique Lima, aos 16, Leandro Domingues, aos 26, e Jackson, aos 33 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Molina, Kléber Pereira, Domingos e Paulo Henrique Lima, Pará (SAN); Victor Ramos, Willian, Apodi, Wallace (VIT).
Estádio: Barradão. Data: 12/07/2009.
Árbitro: Luís Antônio Silva dos Santos.
Auxiliares: Dibert Pedrosa Moisés e Jorge Luís Campos Roxo.


FLUMINENSE 0X1 SANTO ANDRÉ
Fluminense perde em casa para o Santo André e entra na zona de rebaixamento



Um mês sem vitórias - um total de quatro partidas sem sair de campo com os três pontos - e o pior ataque do Campeonato Brasileiro. Para piorar, O Fluminense entrou em campo, no complemento da décima rodada, ocupando um lugar na zona de rebaixamento. A torcida, parecendo prever o pior, compareceu em número reduzido ao Engenhão, estádio do Botafogo, companheiro do Tricolor na parte de baixo da tabela. Menos de cinco mil pessoas pagaram ingresso para assistir, na noite deste domingo, ao Tricolor ser derrotado por 1 a 0 pelo Santo André, consciente e mais bem organizado em campo, com um gol contra de Wellington Monteiro. No fim, número suficiente de torcedores para fazer forte protesto contra o técnico Carlos Alberto Parreira, o principal alvo da ira dos tricolores presentes.

Com o resultado, o Tricolor passou a figurar entre os quatro piores times da competição. Com dez pontos, está em 18º lugar. Já o time paulista, com 14 pontos, subiu da 14ª para a décima colocação. As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira. O Fluminense vai a Porto Alegre, onde enfrenta o vice-líder Internacional, às 21h50m, no Beira-Rio. Já o Santo André recebe o Atlético-PR no estádio Bruno José Daniel, no ABC, às 21h.

Logo aos três minutos, o Fluminense começou a viver seu drama. Em jogada pela direita, Antônio Flávio cruzou para a área buscando Nunes, e Wellington Monteiro acabou marcando contra ao tentar cortar - o árbitro Antônio Carlos de Oliveira confirmou o gol para o volante do Flu. Assistir à equipe paulista abrir o placar no início da partida deixou os tricolores impacientes, que passaram a vaiar Edcarlos e Wellington Monteiro a cada de toque de um dois na bola.

Alheios aos protestos vindos da aquibancada, os jogadores tentavam impor pressão. Diguinho e Leandro Amaral concluíram para fora aos sete e nove minutos, respectivamente. Bem armado, o Santo André se fechou ainda mais à espera de chances de sair em contra-ataques. Em um deles, aos 19, Elvis mandou longe do gol. O Tricolor tinha mais posse de bola, no entanto, errava muitos passes e facilitava a vida do adversário, que criou as melhores oportunidades.

O jogo era morno, mas o time do ABC poderia ter ampliado em três oportunidades. Aos 31, Gustavo Nery lançou na área para Elvis, que encobriu Ricardo Berna. Edcarlos salvou em cima de linha. Quatro minutos depois, Marcelinho Carioca cobrou falta com efeito, e goleiro espalmou. O camisa 1 teve trabalho novamente aos 38, e em mais um lance de bola parada do meia. Aos anfitriões restou rondar a área do Santo André, mas sem perigo.

Parreira muda, mas não escapa das vaias da torcida

Já na base do desespero, o Fluminense voltou para a etapa final com Marquinho no lugar de Wellington Monteiro, tentando tornar a equipe mais ofensiva. Os mandantes realmente partiram para o abafa, mas foi dos visitantes o primeiro lance de perigo. Aos três, falta frontal ao gol tricolor, mas Marcelinho Carioca cobrou no meio do gol, facilitando a defesa de Ricardo Berna. A resposta veio em dose tripla, sempre pelos pés de Conca. Na primeira, o meia argentino levantou na área, Fernando desviou, e Neneca segurou. Na sequência, bola para Luiz Alberto, que não venceu a marcação de Elvis. Em seguida, o camisa 10 cobrou falta na cabeça de Edcarlos, mas o goleiro do Santo André voltou a aparecer bem.

Tudo com menos de dez minutos de bola rolando, e Carlos Alberto Parreira, que virara alvo da torcida na faixa "Fora, Parreira" estendida na arquibancada, resolveu mexer novamente. Marquinho foi deslocado para a lateral esquerda, e João Carlos saiu para a entrada de Tartá. O Tricolor continuava pressionando, mas os visitantes é que assustavam. Aos 20, Elvis aproveitou rebote da zaga e mandou a bomba. Ricardo Berna fez ótima defesa. No minuto seguinte, Antônio Flávio aproveitou cruzamento de Marcelinho Carioca, subiu mais do que a zaga
carioca e cabeceou com perigo, à esquerda.

Aos 26, Leandro Amaral cabeceou para ótima defesa de Neneca, que espalmou a escanteio - foi o último lance do atacante na partida, dando lugar a Maicon. A substituição foi apenas mais um motivo para os torcedores pedirem a saída de Parreira, com gritos e xingamentos. Aos 28, Conca chutou rente à trave esquerda. Recuado, o time do ABC passou por uma verdadeira blitz nos minutos finais, e o seu goleiro surgiu como herói. Aos 38, ele fez excelente defesa em cobrança de falta de Conca. No minuto seguinte, foi seguro ao defender conclusão de Edcarlos. Sem nenhuma organização e ainda mais desesperado, o Fluminense terminou a partida como começou: na zona de rebaixamento.



FLUMINENSE 0 x 1 SANTO ANDRÉ
FLUMINENSE
Ricardo Berna, Ruy, Luiz Alberto, Edcarlos e João Paulo (Tartá); Wellington Monteiro (Marquinho), Carlos Eduardo, Diguinho e Conca; Leandro Amaral (Maicon) e Alan
Técnico: Carlos Alberto Parreira
SANTO ANDRÉ
Neneca, Cicinho (Dionísio), Cesinha, Marcel e Gustavo Nery; Fernando, Ricardo Conceição, Marcelinho Carioca (Rodrigo Fabri) e Elvis (Pablo Escobar); Antônio Flávio e Nunes
Técnico: Sérgio Guedes
Gols: Wellington Monteiro (contra), aos três minutos do primeiro tempo
Cartões amarelos: Marquinho, Tartá, Conca e Edcarlos (Fluminense); Marcelinho Carioca e Cesinha (Santo André)
Estádio: Engenhão, no Rio de Janeiro.Data: 12/07/2009.
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES)
Auxiliares: Antônio Carlos de Oliveira (ES) e José Ricardo Maciel Linhares (ES) Renda: R$ 72.360,50 Público: 4.818 pagantes