domingo, 2 de agosto de 2009

16 Rodada:Série A

VITÓRIA 0X1 SÃO PAULO
São Paulo acaba com a pose do Vitória no Barradão e pega o elevador



Graças a um gol solitário de Dagoberto, o São Paulo bateu o Vitória neste domingo à tarde, no Barradão, em Salvador, e acabou com a invencilidade da equipe baiana em casa neste Brasileirão. Até então, o Leão havia disputado sete partidas em seu estádio, vencendo seis e empatando uma. Ao garantir o triunfo por 1 a 0, Dagoberto mais uma vez foi decisivo. Contra o Grêmio, na quinta-feira passada, ele já havia feito os dois gols de sua equipe na vitória por 2 a 1.

Agora, o São Paulo aparece em oitavo lugar, com 24 pontos, e consolida sua recuperação na competição. O Vitória também tem 24, mas fica em sétimo por ter uma vitória a mais.

CONFIRA A CLASSIFICAÇÃO COMPLETA DO BRASILEIRÃO

O Leão volta a campo na próxima quinta-feira, quando enfrentará o Barueri, às 21h, em Barueri. Já o Tricolor recebe o Botafogo, no Morumbi, às 21h de quarta-feira.

Vitória começa melhor, mas São Paulo chega mais perto

O Vitória começou melhor a partida. Bem ao seu estilo, partia com muita velocidade para cima do São Paulo, explorando sobretudo as descidas do lateral-direito Apodi. Muito rápido, e sem posição fixa, o ala sempre chegava à frente de seus marcadores. Os volantes Magal, Vanderson e Leandro Domingues também chegavam de trás com perigo. O primeiro lance de perigo foi justamente de Vanderson. Aos cinco, após boa troca de passes, ele apareceu pelo meio chutando forte de pé direito. A bola veio cheia de efeito, e o goleiro Dênis defendeu no susto.

O São Paulo apresentava dificuldades para sair jogando. O time baiano marcava muito forte no meio, sufocando os armadores de jogadas são-paulinos: Jorge Wagner e Hernanes. Isso fez com que Dagoberto voltasse para tentar buscar a bola, isolando Borges à frente.



A partir dos 25, porém, o São Paulo começou a controlar a posse de bola no meio-de-campo e a criar algumas chances. Borges teve tudo para marcar em dois lances consecutivos. Aos 28, ele apareceu sozinho na área, após ótimo passe de Dagoberto. Na hora do chute, porém, foi travado por Fábio Ferreira. Em seguida, aos 29, o atacante tricolor aproveitou-se de bobeira da zaga baiana e cabeceou sozinho. No entanto, errou o alvo.

À medida que o primeiro tempo ia se aproximando do fim, o São Paulo parecia cada vez mais perto do gol. Aos 47, a chance bateu na trave. Jorge Wagner cobrou falta colocada. A bola bateu no travessão, no dedo indicador esquerdo do goleiro Viáfara e saiu. No lance, o camisa 1 do Vitória acabou sofrendo uma luxação e teve de ser substituído por Gléguer (assista ao lance no vídeo).

São Paulo coloca a bola no chão e garante vitória

O segundo tempo começou amarrado, com os dois times mais preocupados em destruir jogadas adversárias do que em criar algum lance de perigo. Começou então um festival de chutões para frente. A estratégia até poderia dar certo se os times tivessem atacantes fixos na frente. O problema é que os dois técnicos tiraram os centroavantes e colocaram jogadores de meio. No Vitória, Itacaré se machucou e foi substituído pelo volante Bida. Do lado são-paulino, Borges saiu para a entrada do meia Marlos.

A solução, evidentemente, era colocar a bola no chão, trocar passes e buscar espaços. O São Paulo entendeu isso. Aos 28, Hugo, que havia entrado no lugar de Jorge Wagner sete minutos antes, acertou belo passe para Dagoberto. Aberto pela esquerda, o atacante cortou para o meio, encontrou o ângulo certo para o chute e encaixou a bola no canto superior esquerdo de Gléguer. Um belo gol.

Com a desvantagem, o Vitória tentou partir para cima do adversário, mas esbarrou em um muro tricolor. O time de Ricardo Gomes soube controlar bem as investidas, a posse de bola e acabou com a pose do Leão em sua toca.

Com a vitória consolidada, a pequena torcida são-paulina presente ao Barradão gritou em coro:

- O campeão voltou! O campeão voltou!


Ficha técnica:
VITÓRIA 0 x 1 SÃO PAULO
VITÓRIA
Viáfara (Gléguer), Apodi (Ramón), Wallace, Anderson Martins, Fábio Ferreira e Leandro; Leandro Domingues, Magal, Vanderson, Jackson, Itacaré (Bida).
Técnico: Paulo Cesar Carpegiani.
SÃO PAULO
Dênis, Jean, Renato Silva, André Diás e Júnior César; Eduardo Sosta, Richarlyson, Hernanes (Arouca)e Jorge Wagner (Hugo); Dagoberto e Borges (Marlos).
Técnico: Ricardo Gomes.
Gols: Dagoberto, aos 28 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Eduardo Costa, Richarlyson, Jorge Wagner, Dagoberto (São Paulo), Itacaré, Anderson Martins, Wallace (Vitória).
Estádio: Barradão, em Salvador. Data: 02/08/2009.
Árbitro: Franscisco Carlos Nascimento (AL).
Auxiliares: Carlos Jorge Titara da Rocha (AL) e Ivaney Alves de Lima (SE)


CORINTHIANS 0X0 AVAÍ
'Novo' Timão não sai do zero contra o Avaí



Mano Menezes pediu um mês para colocar o Corinthians no mesmo nível do primeiro semestre. Enquanto isso, a Fiel vai ter de se acostumar com resultados nem sempre satisfatórios. Na tarde deste domingo, o Timão não passou de um empate em 0 a 0 com o Avaí, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro (assista aos melhores momentos no vídeo ao lado). Foi o terceiro jogo consecutivo sem vitória do Alvinegro, que perdeu a oportunidade de sonhar com o G-4 ao fim da 16ª rodada e agora está a nove pontos do líder e arquirrival Palmeiras.

Com o tropeço, o Corinthians sobe para 25 pontos, mas permanece em quinto lugar, sem chances de ser ultrapassado. Já o Avaí, que vinha de cinco vitórias consecutivas, chega aos 23 pontos, em nono, e abre boa vantagem para a zona do rebaixamento. O time catarinense já começa a sonhar com uma vaga em alguma competição internacional em 2010.

Na próxima rodada, o Corinthians enfrenta o Náutico, quarta-feira, às 21h50m, no estádio dos Aflitos, no Recife. No mesmo dia, mas às 21h, o Avaí recebe o Santo André, na Ressacada, em Florianópolis.

Bill carimba o travessão, mas o Avaí também assusta

O Corinthians começou a partida disposto a espantar a má fase e aplacar a pressão da torcida, insatisfeita não apenas com a queda de produção da equipe, mas também com a saída de alguns jogadores. Com uma forte marcação no campo de ataque, o Timão atrapalhou a saída de bola do Avaí e encurralou o adversário nos primeiros minutos. Souza, substituto de Henrique, teve a primeira chance. Aos dois, Jorge Henrique cruzou da direita, e o centroavante, livre na área, cabeceou por cima.

O Alvinegro também levou perigo pelo outro lado, aos cinco. Bil, estreando como titular, deu belo passe para o volante Jucilei na área. Desequilibrado, ele desviou de pé direito, mas Eduardo Martini defendeu em dois tempos. Quatro minuto depois, o goleiro operou um milagre. Souza cruzou forte da direita, e ele espalmou. Na pequena área, Bill pegou o rebote e bateu forte, mas o camisa 1 defendeu de forma espetacular.

Os lances serviram para o Avaí acordar e abandonar momentaneamente a postura cautelosa. Aos 21, William recebeu passe de Luis Carlos e, na saída de Felipe, tocou rasteiro no canto esquerdo. A bola passou raspando a trave. O Corinthians assustou novamente aos 24. Souza desviou de cabeça, Bill ganhou do zagueiro Rafael na corrida na entrada da área e tocou por cobertura, carimbando o travessão.

Mais ofensivo, o Avaí desperdiçou ótima oportunidade aos 31. Eltinho cruzou da esquerda, e Luis Ricardo tocou de cabeça para a pequena área. Sem marcação, William arriscou uma meia bicicleta, mas errou o alvo e mandou a bola à esquerda de Felipe, para alívio da Fiel. Jorge Henrique deu a resposta aos 35, desviando de cabeça com perigo um escanteio batido pelo lado direito.

Eduardo Martini garante o placar em branco

No segundo tempo, o técnico Mano Menezes tentou dar mais força ao Corinthians pelo lado esquerdo com a entrada do garoto Bruno Bertucci na vaga de Marcinho. A troca, porém, surtiu pouco efeito. O Timão caiu bastante de rendimento, enquanto o Avaí se limitou a esperar os contra-ataques e a jogar no erro dos paulistas.

A primeira boa chance da etapa complementar, aliás, foi dos visitantes, aos 21. Marquinhos bateu escanteio, a zaga se atrapalhou, e a bola tocou na trave. Logo em seguida, o técnico Mano Menezes sacou Jorge Henrique para a entrada de Marcelinho, mais um vindo das categorias de base. No entanto, novamente o Timão não conseguiu apresentar uma melhora significativa.

Felipe salvou o Corinthians aos 30 minutos. Em contra-ataque, Roberto recebeu pela esquerda, cortou a marcação e bateu cruzado para o goleiro fazer ótima defesa. Logo em seguida, quem começou a brilhar foi Eduardo Martini. Aos 33, Elias aproveitou sobra na área e bateu rasteiro. O goleiro do Avaí espalmou. Pouco depois, Marcelinho invadiu a área pela direita, bateu cruzado, e mais uma vez ele desviou. Pressionando, foi a vez de Souza cabecear com estilo, e o arqueiro voou no canto esquerdo, garantindo um ponto para o time de Silas.


CORINTHIANS 0 x 0 AVAÍ
CORINTHIANS
Felipe, Alessandro, Chicão, William e Marcinho (Bruno Bertucci); Jucilei, Elias e Boquita (Diogo); Jorge Henrique (Marcelinho), Souza e Bill
Técnico: Mano Menezes
AVAÍ
Eduardo Martini, Rafael, Augusto e Émerson; Luis Ricardo, Marcus Vinícius, Fernando Bob (Wendel), Marquinhos (Chaves) e Eltinho; Caio e William (Roberto)
Técnico: Silas
Cartões amarelos: Fernando e Rafael (Avaí)
Estádio: Pacaembu Data: 02/08/2009
Renda: R$ 433.259 Público: 13.686 pagantes (15.490 presentes)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Auxiliares: Marcio Eustaquio S. Santiago (MG) e Paulo César Silva Faria (MT)


FLAMENGO 1X1 NÁUTICO
Flamengo joga mal e apenas empata com o Náutico no Maracanã



Na primeira partida após Andrade ser efetivado como treinador, o Flamengo voltou a apresentar muitas falhas e só empatou por 1 a 1 com o Náutico, neste domingo, no Maracanã, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time carioca atuou com um jogador a mais desde os 15 minutos do segundo tempo quando o zagueiro Vágner Silva foi expulso ao trocar o calção dentro de campo sem a autorização do árbitro. Gilmar abriu o placar para o time pernambucano e Leo Moura empatou para o Rubro-negro.

Petkovic, que entrou no intervalo, teve boa atuação e participou da jogada do gol de empate rubro-negro. Com o resultado, o Flamengo caiu para o oitavo lugar na classificação com 24 pontos. Na próxima quarta-feira, o Rubro-negro vai até Goiânia enfrentar o Goiás, às 21h50m.

O Náutico completa 13 partidas sem vencer no Brasileiro. A última vitória do time pernambucano foi na terceira rodada em cima do Atlético-PR por 3 a 2, em Curitiba. Com o empate com o Flamengo, o Náutico passa a ter 12 pontos e deixa a lanterna da competição para o Fluminense, que perdeu para o Atlético-PR e segue com 11 pontos. Na próxima rodada, o time pernambucano enfrenta o Corinthians, na quarta-feira, às 21h50m, no Recife.

Gilmar deixa o Maracanã em silêncio

O Flamengo entrou em campo anunciando o lançamento de uma camisa em homenagem ao ex-goleiro Zé Carlos, que faleceu no último dia 24, vítima de câncer, aos 47 anos. A primeira chance rubro-negra aconteceu aos cinco minutos. Adriano deu bom passe para Wellinton, que entrou na área e chutou forte. A bola subiu demais e passou por cima do travessão do goleiro Glédson com muito perigo.

O Flamengo dominava a partida nos primeiros 15 minutos. Falta na entrada da área. Leo Moura cobrou na barreira. Pouco depois, Zé Carlos aproveitou a sobra da defesa, mas chutou por cima do travessão.

Mas o time carioca diminuiu o ritmo. O Náutico melhorou e passou a levar perigo no contra-ataque aproveitando as falhas da marcação do meio-campo rubro-negro. Com Anderson Santana, Juliano e Márcio Barros jogando com velocidade, a equipe pernambucana criava oportunidades. Primeiro, Patrick tocou fraco e Bruno defendeu. Depois, Gilmar recebeu bom passe, mas errou feio a pontaria e a bola foi parar nas cadeiras inferiores.

Aos 24 minutos, porém, o Náutico abriu o placar. Gilmar recebeu pela esquerda, puxou para o meio e chutou cruzado. A bola foi rasteira, no cantinho esquerdo de Bruno, que não tinha como defender. Náutico 1 a 0. Foi o oitava gol do atacante no Campeonato Brasileiro. Logo depois, quase saiu o segundo gol pernambucano. Juliano recebeu na área e bateu cruzado. A bola foi para fora. O meia foi fominha. Márcio Barros esperava o passe livre na área.

O Flamengo se perdeu em campo e não conseguiu mais chegar com perigo ao gol de Glédson no primeiro tempo. Zé Roberto, que substituía Emerson - vetado com dores musculares na coxa direita -, estava muito mal. Já Adriano não conseguiu finalizar uma única bola a gol nos primeiros 45 minutos. Leo Moura, jogador que mais aparecia para tentar criar, passou a ser perseguido pelos torcedores. E o Flamengo desceu para o vestiário sob vaias e os gritos de "queremos raça".

- O time tem que tocar um pouco mais a bola e ter tranquilidade - disse Leo Moura.

Zagueiro do Náutico é expulso ao trocar o short em campo

Para o segundo tempo, o técnico Andrade resolveu arriscar. Tirou Fabrício e colocou Petkovic no time. O Flamengo voltou mais animado. Pet arrancou e foi derrubado na entrada da área. Falta e uma ótima oportunidade. Mas a cobrança do meia rubro-negro foi em cima da barreira. Aos três minutos, cruzamento para a área e Leo Moura cabeceou com perigo para fora. Aos cinco, Kleberson partiu pela direita e chutou da intermediária. A bola passou por cima do travessão.

Mas, no contra-ataque, o Náutico seguia levando muito perigo. Gilmar recebeu na frente, driblou Willians e chutou cruzado de dentro da área. A bola passou muito perto da trave esquerda de Bruno. Logo em seguida, Leo Moura fez falta em Gilmar na entrada da área. Juliano bateu no canto direito e Bruno se esticou todo para espalmar. A bola ainda bateu na trave antes de ir para fora. Que susto para os rubro-negros.

Andrade, então, resolveu colocar Bruno Paulo na partida. Zé Roberto, que deixou o campo muito vaiado, foi o escolhido para sair. Enquanto isso uma cena muito estranha e curiosa, que gerou uma grande confusão. O zagueiro Vágner Silva foi até a lateral e trocou rapidamente de calção. Tirou o que estava rasgado e colocou um novo. O jogo continuou normalmente sem o trio de arbitragem perceber. Mas aí o quarto árbitro Leonardo Garcia Cavaleiro chamou o juiz e falou sobre o lance. Sandro Ricci, então, deu o segundo cartão amarelo ao jogador do Náutico, que acabou expulso. Os jogadores do time pernambucano ficaram revoltados e cercaram o árbitro. Gilmar chegou a pegar o short rasgado e jogar em direção ao quarto árbitro.

Com um jogador a mais, o Flamengo foi para o abafa. Adriano teve ótima chance. Mas a cabeçada parou no goleiro Glédson, que fez difícil defesa. Aos 26 minutos, Leo Moura arriscou da entrada da área, a bola desviou em Asprilla e passou muito perto da trave direita. O goleiro do Náutico já havia caído para o outro lado.

O gol de empate veio com Leo Moura aos 36 minutos do segundo tempo. O zagueiro Cláudio Luiz fez uma lambança ao tentar sair driblando na área. Petkovic pegou a bola e chutou cruzado. O goleiro Glédson largou a bola na pequena área e Leo Moura apareceu para tocar a bola para o fundo da rede. Tudo igual: 1 a 1. O gol teve um gosto de alívio para o lateral-direito, que saiu xingando os torcedores. Ele vinha sendo vaiado e comemorou falando palavras nada educadas para a arquibancada.

Após o empate, o Flamengo ainda tentou pressionar. Mas não teve sucesso. Sem criatividade, o time carioca tentava apenas cruzar bolas para área para Adriano dividir com os zagueiros.


Ficha técnica:
FLAMENGO 1 x 1 NÁUTICO
FLAMENGO
Bruno, Wellinton, Fabrício (Petkovic) e Ronaldo Angelim; Leo Moura, Willians, Toró (Camacho), Kleberson e Everton; Zé Roberto e Adriano.
Técnico: Andrade.
NÁUTICO
Glédson, Vágner Silva, Cláudio Luiz, Asprilla e Nilson; Derley, Juliano (Douglas Maia), Aílton e Anderson Santana; Gilmar e Márcio Barros (Michel).
Técnico: Geninho.
Gols: Gilmar aos 24 minutos do primeiro tempo; Leo Moura aos 36 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Cláudio Luiz, Vágner Silva, Nilson, Anderson Santana, Juliano (Náutico); Willians (Flamengo).
Cartão vermelho: Vágner Silva (Náutico)
Público: 41.772 pagantes
Renda: R$ 687.068,00
Estádio: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ) Data: 2/8/2009
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF).
Auxiliares: Enio Ferreira de Carvalho (DF) e Antonio Carlos Oliveira (ES).


ATLÉTICO - PR 1X0 FLUMINENSE
Atlético-PR dribla a lama, vence e deixa Flu na lanterna



A lama, os buracos e os passes errados sugeriam um empate gélido entre Atlético-PR e Fluminense. Mas uma cobrança precisa de Paulo Baier garantiu a vitória dos curitibanos por 1 a 0 na tarde deste domingo, no estádio do Café, em Londrina. O jogo foi válido pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. No fim, a trave e Galatto brilharam e impediram o empate do Tricolor.

O resultado põe fim a uma sequência de cinco jogos sem vitória do Rubro-Negro e tranquiliza a chegada de Antônio Lopes, que assume nesta segunda. Apesar da vitória, o time permanece na zona de rebaixamento, em 17º lugar, com 15 pontos.

Pior, bem pior, é a situação do Fluminense. Há 11 jogos sem conseguir triunfar, o time caiu para a lanterna, com 11 pontos. O técnico Renato Gaúcho tem o retrospecto de um empate e três derrotas desde que assumiu.

O Atlético-PR teve de mandar a partida no interior do Paraná porque o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) o puniu devido a uma briga de torcidas no Atletiba do último dia 19, na Arena da Baixada.

Na próxima rodada, o Furacão visita o Cruzeiro, quarta-feira, no Mineirão. No dia seguinte, o Fluminense recebe o Sport, no Maracanã.

Precisão de Baier deixa o Furacão à frente

Um dia depois de ser anunciado como técnico do Atlético-PR, Antônio Lopes foi ao estádio do Café apenas como observador. E pôde ver um time carente de técnica, mas bem disposto. O excesso de vontade garantiu cartões, chutes para o alto, mas pouca produção ofensiva.

O primeiro chute saiu apenas aos 21 minutos. Raul entrou pela direita e bateu cruzado. Fernando Henrique espalmou. No minuto seguinte, o goleiro recebeu uma joelhada involuntária de Marcinho na cabeça, foi atendido pelo médico tricolor e voltou ao jogo.

Tímido em campo, o Fluminense incomodou aos 26. O estreante Roni passou para Kieza, que foi travado pela zaga e perdeu a oportunidade.

Enlameados e driblando contra os buracos do gramado, os jogadores produziram uma chuva de passes errados. Em um dos raros momentos de perigo, Raul cruzou aos 38, Rodolpho chutou meio sem jeito e Fernando Henrique espalmou.

No lance seguinte, aos 41, Paulo Baier cobrou falta com perfeição no ângulo direito e abriu o placar.

Trave e Galatto garantem a vitória



O Fluminense voltou mais ligado e com duas modificações. Sentindo tonturas, Fernando Henrique deu lugar a Rafael, enquanto Maurício entrou na vaga de Dalton. Roni tabelou com Conca e arriscou de longe e sem direção, aos seis.

Os erros da primeira etapa não cessaram. E só em jogadas esporádicas os times levaram perigo. Aos 15, Raul avançou do meio-campo, finalizou de longe e Rafael mandou para escanteio.

Assista ao vídeo acima com os comentários de Luis Roberto e Júnior sobre a vitória paranaense contra os cariocas.

O Atlético-PR dominou o jogo, mas não criou. Por sua vez, o Fluminense esboçou uma pressão final e só não empatou porque a trave e Galatto impediram. Primeiro, aos 45, Roni cabeceou na trave. Logo depois, Edcarlos cabeceou à queima-roupa e o goleiro do Furacão fez linda defesa.


Ficha técnica:
ATLÉTICO - PR 1 x 0 FLUMINENSE
ATLÉTICO - PR
Galatto, Nei, Rodolpho, Bruno Costa; Raul, Valencia, Wesley, Paulo Baier (Carlão) e Márcio Azevedo; Marcinho e Wallyson (Rafael Miranda).
Técnico: Riva Carli.
FLUMINENSE
Fernando Henrique (Rafael); Ruy, Edcarlos, Luiz Alberto e Dieguinho; Dalton (Maurício), Wellington Monteiro, Diguinho (Alan) e Conca; Roni e Kieza.
Técnico: Renato Gaúcho.
Gols: Paulo Baier, aos 41 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Raul, Nei, Rodolpho, Galatto (Atlético-PR); Diguinho, Edcarlos e Roni (Fluminense).
Cartão vermelho: Raul (Atlético-PR)
Estádio: Café, em Londrina (PR). Data:2/8/2009.
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS).
Auxiliares: José Silveira (RS) e Carlos Berkenbrock (SC).


GRÊMIO 4X1 CRUZEIRO
Grêmio aproveita expulsões do Cruzeiro e, de virada, goleia no estádio Olímpico



Não é a Taça Libertadores, não valeu vaga na final, mas a goleada de 4 a 1 sobre o Cruzeiro no início da noite deste domingo, no Olímpico, foi saboreada pelo Grêmio como se rendesse muito mais do que três pontos na tabela do Campeonato Brasileiro. O jogo marcou o reencontro entre gaúchos e mineiros depois do duelo pelas semifinais da principal competição continental. Na ocasião, a Raposa levou a melhor, eliminou o Tricolor gaúcho e chegou à decisão contra o Estudiantes, que ficou com o título.

O Grêmio deu o troco com os gols de Réver (assista ao lance no vídeo acima), Tcheco, Jonas e Maxi López. Foi de virada. O Cruzeiro saiu na frente com Wellington Paulista, ainda no primeiro tempo, mas viu seus objetivos irem pelo ralo graças às expulsões de Jonathan e Thiago Ribeiro.

Com a vitória, o time gaúcho subiu para o sétimo lugar, com 24 pontos. A Raposa, com 17, caiu para 16º, perto da área de rebaixamento - mas tem um jogo a menos, fora de casa, contra o Botafogo, adiado da 11ª rodada para o dia 27 de agosto. O Cruzeiro volta a campo na quarta-feira, quando recebe o Atlético-PR às 19h30m, no Mineirão. O Grêmio visita o Palmeiras, líder do Campeonato Brasileiro, às 21h de quinta-feira, no Palestra Itália.

Grêmio pressiona, mas quem marca é o Cruzeiro

Água mole em pedra dura tanto bate até que vaza por algum lugar. O Grêmio forçou o jogo, pressionou, perdeu gols e viu até uma bola encontrar a trave no primeiro tempo. Mas quem fez o gol foi o Cruzeiro. E com um jogador a menos.

Era uma partida enrolada, daquelas de causar bocejos, sem chances para lado nenhum. Jonathan, da Raposa, resolveu dar emoção ao jogo e foi expulso com 18 minutos. Os números são um alerta para o time de Adílson Batista: foi o oitavo cartão vermelho para os celestes em 15 rodadas no Brasileirão.

O Grêmio, em vantagem numérica, cresceu na parada. O técnico Paulo Autuori tirou o lateral direito William Thiego e mandou o garoto Douglas Costa a campo. A Raposa ficou acuada, resistindo à pressão gaúcha. Jonas perdeu duas chances. Tcheco e Maxi López desperdiçaram uma cada. Túlio teve oportunidade clara, mas acabou anulado pela zaga no chute final.



As investidas tricolores ao ataque passaram quase sempre por Tcheco. Ele coordenou um time que ficou muito perto de abrir o placar especialmente aos 36 minutos. Em cruzamento do meia, Jonas mandou na trave. A bola passeou por alguns segundos no rebote e depois ficou com Fábio Santos, que chutou mal, fraco, para desespero da torcida.

O lance desperdiçado resultou no gol cruzeirense no contra-ataque. Tcheco, bem no ataque, falhou na defesa ao deslocar Wellington Paulista na área. O pênalti foi cobrado pelo próprio atacante, algoz dos gaúchos já na Libertadores, com três gols em dois duelos pelas semifinais. Neste domingo, ele repetiu a dose, bateu bem e colocou o time mineiro na frente aos 40 minutos (assista ao lance no vídeo acima). A vantagem foi um presente que o Cruzeiro não mereceu. O Grêmio foi muito superior nos 45 minutos iniciais.

Com dois a mais, Grêmio vira e chega à goleada



O Grêmio criou uma pressão insustentável para o adversário no segundo tempo. Foram chances claras, uma atrás da outra. Tcheco perdeu boa chance logo com um minuto. Réver girou a bola um centímetro ao lado da trave. Souza também desperdiçou oportunidade viva. O gol parecia questão de tempo. E aí Thiago Ribeiro, do Cruzeiro, resolveu colaborar. Ele acertou o cotovelo no rosto de Túlio e foi expulso – nono cartão vermelho em 15 jogos para a Raposa.

Com dois a mais, o Grêmio encontrou o empate e logo virou. A igualdade foi buscada pelo Tricolor aos 13 minutos. Tcheco bateu escanteio na cabeça de Réver. A conclusão foi certeira, sem chance para Fábio: 1 a 1. O gol abalou o Cruzeiro, que virou presa fácil por causa das expulsões. Desnorteado, o time mineiro levou a virada. Aos 19 minutos, Tcheco recebeu de Jonas dentro de área e bateu colocado, no cantinho de Fábio. O Olímpico sacudiu em um misto de alívio e alegria (assista ao lance no vídeo acima).

O Cruzeiro não tinha condições de reagir. O Grêmio manteve o adversário encurralado na defesa e alcançou o terceiro gol. Foi aos 30 minutos, com Jonas, de cabeça. E poderia ter saído mais. Sempre no ataque, o Tricolor ainda perdeu boas chances com Maxi López, que no fim acabou deixando a sua marca. Aos 43, o argentino limpou a jogada pela esquerda e chutou forte da entrada da área, no canto esquerdo de Fábio, que nada pôde fazer.


GRÊMIO 4 x 1 CRUZEIRO
GRÊMIO
Víctor, Thiego (Douglas Costa), Réver, Léo e Fábio Santos (Jadílson); Túlio (Joílson), Adílson, Tcheco e Souza; Jonas e Maxi López
Técnico: Paulo Autuori
CRUZEIRO
Fábio, Jonathan, Leonardo Silva, Thiago Heleno e Gerson Magrão; Fabrício, Henrique, Fabinho (Soares) e Marquinhos Paraná (Bernardo); Wellington Paulista (Elicarlos) e Thiago Ribeiro
Técnico: Adilson Batista
Gols: Wellington Paulistas, aos 40 minutos do primeiro tempo; Réver, aos 13, Tcheco, aos 19, Jonas, aos 30, e Maxi López, aos 43 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Maxi López (Grêmio); Jonathan, Fabrício e Thiago Heleno (Cruzeiro) Cartões vermelhos: Jonathan e Thiago Ribeiro (Cruzeiro)
Estádio: Olímpico, em Porto Alegre (RS) Data: 02/08/2009
Árbitro: Evandro Rogerio Roman
Auxiliares: Marcos Rogerio da Silva e Roberto Braatz


ATLÉTICO - MG 3X2 CORITIBA
Renan Oliveira ressurge e garante vitória do Atlético-MG sobre o Coritiba



Alegria completa para os atleticanos que foram ao Mineirão neste domingo. Depois de verem os garotos do Galo conquistarem o tetracampeonato a Taça BH de Futebol Júnior na preliminar, os torcedores assistiram à vitória suada dos profissionais sobre o Coritiba, por 3 a 2, pela 16ª rodada (assista ao vídeo ao lado). Jonílson, Diego Tardelli, novo artilheiro do Brasileirão, e Renan Oliveira, no melhor estilo salvador da pátria, fizeram para os donos da casa. Demerson e Leozinho descontaram para o Coxa. Com o resultado, o time de Celso Roth chega a 31 pontos e encurta a distância para o líder Palmeiras, que tem 34. A equipe do Alto da Glória tem 16 e continua em 16º, primeira posição fora da zona do rebaixamento.

O Atlético-MG só volta a jogar pelo Nacional no dia 12, contra o Palmeiras, pela 18ª rodada. A partida da 17ª, contra o Internacional, foi adiada para 2 de setembro, pois o Colorado disputa a Copa Suruga, no Japão. O Coritiba recebe o Santos, na quarta-feira, no Couto Pereira.

Confira a classificação atualizada do Brasileirão


Não dá nem para respirar



“Vamos marcar muito!”. A frase foi dita pelos jogadores do Coritiba ainda no túnel que leva ao gramado do Mineirão. Mas o que se viu nos minutos iniciais do jogo foi um time mais ofensivo que os donos da casa. De volta ao Coxa após cumprir suspensão, Marcelinho Paraíba logo mostrou que faz a diferença. Aos três, ele achou Jaílton livre de marcação do lado esquerdo, o volante invadiu a área, mas foi travado por Aranha na hora do arremate. O goleirão foi testado novamente, aos seis, em chute de longe de Marcos Aurélio, mas conseguiu espalmar.

Com Carlos Alberto de volta à lateral direita, e Evandro no lugar de Júnior, o Galo demorou um pouquinho para se organizar no campo, mas quando chegou...que perigo. Aos 11, Diego Tardelli cruzou, Eder Luis escorou para Carlos Alberto chutar, a bola desviou na zaga, e Michel Bastos defendeu. No rebote, Thiago Feltri bateu cruzado e acertou a trave. Na volta, Evandro cabeceou, mas a zaga coxa-branca afastou na base do chutão. E não houve sorte que ajudasse o Coxa no lance seguinte, aos 14. Evandro cobrou falta para a área, e Jonílson, completamente livre, cabeceou para o chão e mandou para a rede (assista ao vídeo acima).



A blitz atleticana não parou por aí. Só um minuto depois, novo gol de cabeça. Thiago Feltri recebeu na área, parou a bola, cruzou com toda calma do mundo, e achou Tardelli na pequena área para fazer o segundo. Nono do goleador, agora jogador da seleção brasileira, no Brasileirão. Ele divide a artilharia com Val Baiano, do Barueri. Comemoração tradicional com direito a “tiros” do matador (assista ao vídeo ao lado).

O time de René Simões tirou força da desvantagem e foi para cima. E qual seria a melhor arma para tentar surpreender o adversário? A bola aérea passou de veneno a antídoto. Na cobrança de estanteio de Marcelinho Paraíba, o zagueiro Demerson nem precisou subir muito para cabecear. A bola ainda desviou de leve na defesa atleticana e tirou a chance de Aranha defender: 2 a 1 (assista ao vídeo abaixo). O time do Alto da Glória cresceu e passou a investir nos chutes de fora da área.



Intimidado, o Atlético deu um tempo nos ataques e só voltou a levar perigo aos 29. Carlos Alberto ficou livre na ponta direita, chutou forte, e Edson Bastos espalmou meio sem jeito. Aí o jogo ficou lá e cá, em ritmo alucinante. O empate do Coxa só não saiu porque Aranha vive grande fase. Marcos Aurélio foi lançado na área, chutou de primeira, colocado, e o camisa 36 foi buscar com um tapa de mão esquerda. O lance, aos 37, foi o último a arrancar suspiros na etapa inicial.

Coxa dá trabalho, mas Renan Oliveira decide



A pressão que se esperava por parte do Coritiba não aconteceu no início do segundo tempo. O Atlético tomou a iniciativa e tentou liquidar o jogo de imediato. O relógio nem marcava um minuto, e Júnior, que entrou no lugar de Evandro, bateu falta em diagonal, a bola desviou na zaga paranaense e por pouco não balançou a rede. Aos sete, o meia tentou mais uma vez de longe, desta vez com a bola rolando, mas Edson Bastos afastou o perigo.

Depois de descansar durante todo o primeiro tempo no banco de reservas, o camisa 6 se apresentou cheio de disposição. Numa bela jogada pela direita, o canhoto usou o pé que não é bom para achar Welton Felipe livre na área. O zagueirão bateu no melhor estilo atacante, de primeira, mas Edson Bastos defendeu novamente. A dupla voltou a funcionar aos 21. Welton Felipe foi lançado por Júnior, ficou na cara do gol coxa-branca, mas chutou nas mãos de Bastos. O próximo a perder uma boa chance seria Marcos Aurélio, até então sumido no segundo tempo da partida. Aos 25, ele ficou livre na entrada da área, tentou encobrir Aranha, só que chutou forte de mais e mandou o empate para fora.



Inspirado, Júnior servia um companheiro de cada vez na tentativa de ajudar o time a ampliar. O próximo do "rodízio" foi Thiago Feltri, aos 30. Ele recebeu passe preciso do capitão, bateu de esquerda, mas Edson Bastos também estava em ótima noite.

Aos 36, o Atlético acabou punido pelo caminhão de gols perdidos. Leozinho recebeu na esquerda, invadiu a área e bateu na saída do goleiro Aranha: 2 a 2. O empate calou o Mineirão e fez o técnico Celso Roth mexer no time de forma emergencial. O garoto Renan Oliveira, que andava sumido depois de se recuperar de uma grave lesão no joelho, foi chamado para a vaga de Eder Luis. Aos 41, a estrela do meia brilhou. Ele recebeu passe de Wellinton Saci na marca do pênalti, girou bonito e bateu forte, no canto: 3 a 2. Desta vez Edson Bastos não fez milagre.


Ficha técnica:
ATLÉTICO - MG 3 x 2 CORITIBA
ATLÉTICO - MG
Aranha; Carlos Alberto, Werley, Welton Felipe e Thiago Feltri (Wellinton Saci); Jonílson, Renan, Serginho e Evandro (Júnior); Diego Tardelli e Eder Luis (Renan Oliveira).
Técnico: Celso Roth.
CORITIBA
Edson Bastos; Márcio Gabriel, Demerson, Jéci, e Carlinhos Paraíba (Pedro Ken); Dirceu (Guaru), Jaílton, Leandro Donizete e Marcelinho Paraíba; Marcos Aurélio e Bruno Batata (Leozinho).
Técnico: René Simões.
Gols: Jonílson, aos 14, Diego Tardelli, aos 15, e Demerson, aos 20 do primeiro tempo. Leozinho, aos 36, e Renan Oliveira, aos 41 do segundo tempo.
Cartões amarelos: Serginho, Júnior e Diego Tardelli (Atlético-MG); Dirceu, Marcos Aurélio e Jéci (Coritiba).
Estádio: Mineirão, Belo Horizonte. Data: 02/08/2009.
Árbitro: Felipe Gomes da Silva (RJ).
Auxiliares: Ricardo Mauricio Ferreira de Almeida (RJ) e Dibert Pedrosa Moises (RJ).


SANTO ANDRÉ 1X2 GOIÁS
Nos acréscimos, Goiás consegue vitória de virada sobre o Santo André

Foi no sufoco, na base da pressão, mas o Goiás conseguiu manter sua série invicta. Depois de sair perdendo, o time de Hélio dos Anjos conseguiu a virada aos 47 minutos do segundo tempo, com um gol de Júlio César, e venceu o Santo André por 2 a 1. Conseguiu a quinta vitória consecutiva diante de 847 pagantes - o menor público deste Campeonato Brasileiro - no Anacleto Campanella.

Com o resultado, o time do Centro-Oeste subiu para a terceira posição, agora com 29 pontos. Já o Ramalhão, que teve a estreia do técnico Alexandre Gallo, segue em 14º lugar, com 18 pontos. Na próxima quarta-feira, o Santo André visita o Avaí, na Ressacada. Já o Goiás tenta se manter no G-4 contra o Flamengo, no Serra Dourada.

Goiás um pouco melhor

O primeiro tempo foi ruim no Anacleto Campanella, estádio utilizado para receber a partida, já que o gramado do Bruno José Daniel passa por reformas. Com muitas dificuldades de tocar a bola, Santo André e Goiás castigaram os poucos torcedores que compareceram ao estádio em São Caetano. Prova é que o primeiro momento de emoção aconteceu somente aos 30 minutos.

Em jogada individual, Iarley avançou e chutou, mas a bola saiu um pouco acima do travessão de Neneca. E assim, aos poucos, o Goiás começou a se impor na partida e fazer as melhores jogadas. Aos 35, Júlio César bateu forte, e o goleiro do Santo André espalmou. Marcel ainda precisou salvar o gol tirando a bola em cima da linha. Seis minutos depois, Zé Carlos arriscou de fora e viu a bola passar perto do ângulo direito do rival.

Numa das poucas chances do Ramalhão, e a única a animar a pequenina torcida, saiu dos pés de Marcelinho Carioca, aos 43 minutos. Depois de receber cruzamento de Arthur, o experiente meia, de bicicleta, obrigou Harlei a fazer uma defesa. A torcida, irritada, pediu por Pablo Escobar.

Escobar muda o jogo, mas Goiás consegue virar

Atendendo ao desejo dos torcedores, o estreante Alexandre Gallo promoveu mudanças que tornaram o Santo André melhor no segundo tempo, com Pablo Escobar e Júnior Dutra. A equipe passou a pressionar mais o Goiás.

No primeiro lance de perigo, o paraguaio naturalizado boliviano ajeitou no peito e chutou contra Harlei, obrigando o goleiro goiano a espalmar para fora, aos quatro minutos. Depois, novamente Escobar protagonizou um lance bizarro, quando bateu de fora da área, e a bola saiu pela lateral.

Apesar da jogada esquisita, foi ele que abriu o placar para o time do ABC paulista, que dominava a partida. Aos 21 minutos, impedido, ele recebeu passe de Romulo na área. O goleiro Harley conseguiu salvar no primeiro lance, mas depois o atacante pegou o rebote do chute de Marcelinho Carioca e fez 1 a 0 para o Santo André.

Não deu muito tempo para o Santo André curtir a vitória. Aos 32 minutos, o Goiás conseguiu um rápido contragolpe puxado por Júlio César, que cruzou rasteiro para Iarley empatar por 1 a 1. Foi o sétimo gol do camisa 9 do time esmeraldino no Campeonato Brasileiro.

Já nos acréscimos, o Goiás encontrou a vitória num contra-ataque armado por Bruno Meneghel. Em jogada rápida, ele passou para Júlio César, que aos 47 minutos deu o 2 a 1 ao time goiano.


Ficha técnica:
SANTO ANDRÉ 1 x 2 GOIÁS
SANTO ANDRÉ
Neneca, Romulo, Cesinha, Marcel e Arthur (Júnior Dutra); Fernando, Ricardo Conceição, Marcelinho Carioca (Dionísio), Rodrigo Fabri (Pablo Escobar) e Elvis; Nunes.
Técnico: Alexandre Gallo.
GOIÁS
Harlei, Ernando, Tolói e João Paulo; Douglas, Fernando (Gomes), Amaral, Felipe Menezes e Júlio César; Iarley e Zé Carlos (Bruno Meneghel).
Técnico: Hélio dos Anjos.
Gols: Pablo Escobar, aos 21 minutos do segundo tempo. Iarley, aos 32 minutos, e Júlio César, aos 47 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Fernando (Santo André); Iarley, Douglas e João Paulo (Goiás).
Estádio: Anacleto Campanella, em São Caetano.
Público: 847 pagantes. Renda: R$14.445.
Data: 02/08/2009.
Árbitro: Wagner Tardelli (SC).
Auxiliares: Alcides Zawaski Pazetto (SC) e João Gomes Jacome (AC).